Tarantino Confessa: Precisou de Três Vezes para Perceber um Filme de Christopher Nolan

O fascínio de Tarantino por Dunkirk

Quentin Tarantino pode ter uma das filmografias mais icónicas do cinema moderno, mas até ele admitiu que não foi fácil absorver a grandiosidade de Dunkirk, de Christopher Nolan. O realizador revelou, no podcast Rewatchables do site The Ringer, que só à terceira visualização conseguiu realmente compreender o filme e ultrapassar o que descreve como o “espectáculo avassalador” da obra.

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Na primeira vez, Tarantino sentiu-se esmagado pela dimensão técnica da produção: “Fiquei atordoado, mas não sabia bem pelo quê”, confessou. À medida que voltou a ver o filme, conseguiu perceber melhor as camadas emocionais escondidas por trás da experiência visual. Foi então que Dunkirk saltou para o segundo lugar na lista dos seus filmes favoritos de sempre.

O espelho em Pulp Fiction

A ironia, claro, é que algo semelhante aconteceu com o próprio Tarantino quando lançou Pulp Fiction, em 1994. O público da altura precisou de mais do que uma sessão para decifrar a narrativa fragmentada e não linear, que entrelaça histórias de mafiosos, pugilistas, overdoses acidentais e um misterioso porta-documentos. Tal como em Dunkirk, o puzzle narrativo só ganha verdadeira forma à medida que se revê a obra.

Nolan, o mestre da segunda (e terceira) visualização

E se Dunkirk exige paciência, Nolan não foge à regra noutras criações. Desde Memento, com a sua estrutura contada ao contrário, até The Prestige e Inception, o cineasta britânico construiu uma reputação como arquitecto de enigmas cinematográficos. Em Tenet, levou essa complexidade ao extremo, com a manipulação do tempo a deixar muitos espectadores perdidos à primeira tentativa.

Até mesmo Oppenheimer, o seu biopic mais recente e premiado, opta por linhas temporais não convencionais, reafirmando a sua predilecção por estruturas narrativas desafiantes.

Dois autores, duas linguagens

No fundo, tanto Tarantino como Nolan partilham uma característica: os seus filmes não se esgotam numa única sessão. Ambos confiam na inteligência e persistência do público, obrigando-o a regressar, rever e reinterpretar. O que começa como confusão transforma-se, na segunda ou terceira experiência, em fascínio e compreensão.

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Talvez por isso Tarantino tenha reconhecido em Nolan um “mago” com quem partilha essa mesma filosofia — de que o cinema, mais do que uma história, é um labirinto para explorar.

House of Guinness: A Nova Série da Netflix Que Junta Intrigas Familiares, Segredos e o “Swagger” de Peaky Blinders

Steven Knight volta a apostar em dinastias problemáticas

Depois de transformar um gangue de rua de Birmingham num fenómeno cultural com Peaky Blinders, o argumentista Steven Knight regressa agora com uma nova aposta: House of Guinness, que estreia esta quinta-feira na Netflix. A série mergulha nos bastidores da família Guinness, símbolo maior da indústria cervejeira irlandesa, no momento em que a morte de Sir Benjamin Guinness deixa os quatro filhos a disputar o controlo da famosa cervejaria — cada um deles com segredos obscuros que prometem incendiar a narrativa.

Knight reconhece que a história real da família foi o ponto de partida ideal: “Foi imediato perceber que isto era um drama incrível, cheio de personagens fascinantes e acontecimentos que se cruzam com a História.

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Entre a realidade e a ficção

Embora assente em factos históricos, House of Guinness não pretende ser um documentário: a fronteira entre verdade e imaginação é deliberadamente difusa. Como explica Knight, muitas vezes “os eventos verdadeiros são tão inacreditáveis que parecem inventados”.

Um exemplo é a criação da figura fictícia de Sean Rafferty, capataz da cervejaria interpretado por James Norton (Happy Valley). O ator, que descreve a experiência como irresistível desde a leitura dos primeiros guiões, confessa que o peso de representar ao lado de um elenco maioritariamente irlandês tornou a tarefa ainda mais desafiante, especialmente no domínio do sotaque.

Um elenco de luxo com sangue irlandês

A série conta ainda com Danielle Galligan no papel de Lady Olivia, uma aristocrata que se casa com um Guinness e que, apesar de ser a mulher mais rica da Grã-Bretanha e da Irlanda da época, é retratada como alguém em busca de algo que a fortuna não podia comprar. Galligan destaca que “foi muito especial contar uma história irlandesa numa escala global, uma experiência única na vida”.

Também fazem parte do elenco Niamh McCormack, ligada ao movimento rebelde Fenian Brotherhood, e Jack Gleeson— inesquecível como Joffrey em Game of Thrones. Ambos sublinham o orgulho em participar numa produção que coloca a Irlanda no centro das atenções, mesmo reconhecendo a pressão de corresponder às expectativas do público local.

Comparações inevitáveis

Com o seu tom sombrio, intrigas de poder e personagens intensas, House of Guinness já está a ser comparada a séries como SuccessionThe Crown e, claro, Peaky Blinders. Steven Knight, no entanto, mantém-se tranquilo: “Estou confiante de que esta série é algo único, com a sua própria identidade.

Ainda assim, reconhece sem rodeios que existem paralelismos com a sua criação mais famosa. O próprio está a ultimar o filme Peaky Blinders: The Immortal Man, que trará de volta Cillian Murphy como Tommy Shelby, e admite que a energia, o humor e a “atitude” acabaram por contaminar ambas as histórias.

O futuro de Knight: de Guinness a James Bond

Além de House of Guinness e do regresso dos Shelby, Steven Knight está também envolvido no argumento do novo filme de James Bond, que será realizado por Denis Villeneuve e produzido pela Amazon MGM. Questionado sobre o projeto, limita-se a sorrir e a dizer que não pode revelar detalhes, mas reconhece que o sucesso das suas séries lhe deu uma maior liberdade criativa.

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Com House of Guinness, Knight espera agora brindar o público com mais uma saga familiar marcada por poder, ambição e, claro, muito drama.

Emma Watson Quebra o Silêncio: Por Que Abandonou Hollywood Durante Sete Anos

“Destruidor de almas”: a pressão para além das câmaras

Emma Watson, hoje com 35 anos, explicou finalmente por que razão decidiu afastar-se da representação depois de “Adoráveis Mulheres” (2019), de Greta Gerwig. Em entrevista à revista Hollywood Authentic, a atriz britânica não escondeu que a exigência da vida promocional em Hollywood a deixou esgotada.

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“Vou ser honesta e direta: não sinto falta de vender coisas. Achei isso bastante desmoralizante, embora sinta falta da arte de representar”, confessou.

Para Watson, não era apenas a pressão de estar diante das câmaras que a desgastava, mas sim todo o circo mediático em torno das estreias, conferências de imprensa e campanhas publicitárias que, segundo a própria, lhe retiravam tempo e energia para aquilo que realmente queria fazer: atuar.

Reconstrução longe dos holofotes

Durante esta pausa, que já se estende por sete anos, Emma dedicou-se a estudos de pós-graduação e a projetos pessoais. A atriz afirmou que reencontrou o equilíbrio e o bem-estar, priorizando a vida familiar e os amigos:

“Estou talvez mais feliz e saudável do que nunca.”

Essa decisão marcou um corte claro com a rotina de intensa exposição pública que começou ainda na adolescência, quando se tornou mundialmente conhecida como Hermione Granger, em Harry Potter.

Entre ícones e novos rumos

Embora continue a ser lembrada sobretudo pelo universo mágico de Hogwarts, Watson construiu uma carreira sólida: desde “Noé” (2014), de Darren Aronofsky, a “A Bela e o Monstro” (2017), até ao sucesso crítico de Adoráveis Mulheres.

Após esse último papel, as suas raras aparições foram no especial dos 20 anos de Harry Potter (2022) e na série Pickled, também em 2022. Já em 2023, admitiu ao Financial Times que não estava “muito feliz” com a profissão e que se sentia “enjaulada”.

E o futuro?

Se o hiato foi uma escolha para preservar a sua saúde mental e reencontrar sentido na vida pessoal, fica agora a dúvida: Emma Watson estará pronta para regressar às telas? A atriz não fecha portas, mas deixa claro que, caso volte, será em termos diferentes — sem repetir os mesmos erros que a afastaram de Hollywood.

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“O Luke Não Teria Desaparecido”: John Boyega Reescreve Mentalmente a Trilogia Star Wars

Uma visão alternativa para a galáxia muito, muito distante

John Boyega, o ator que deu vida a Finn na trilogia de sequelas de Star Wars (2015–2019), voltou a falar sem rodeios sobre o rumo da saga. Durante o Florida Supercon 2025, o britânico partilhou como teria conduzido a narrativa se estivesse no lugar dos argumentistas e produtores.

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A sua visão? Uma trilogia “completamente diferente”, onde Luke Skywalker e Han Solo não morreriam e as novas personagens não receberiam tanto poder de bandeja. Uma posição que ecoa muitas das críticas que parte do fandom levantou contra os filmes realizados por J. J. Abrams e Rian Johnson.

O legado que ficou por cumprir

Boyega foi claro: “Não nos vamos livrar do Han Solo, do Luke Skywalker, de todas estas pessoas. A primeira coisa que vamos fazer é cumprir a sua história, cumprir o seu legado. Vamos criar um bom momento de passagem de testemunho.”

No entanto, a própria realidade já teria colocado obstáculos a este plano, uma vez que Harrison Ford só aceitou regressar a Han Solo com a condição de a personagem morrer em O Despertar da Força.

Menos superpoderes, mais luta

Outro ponto que incomoda Boyega é a forma como Rey (Daisy Ridley) e outros novos heróis dominaram rapidamente a Força e técnicas de combate. Para o ator, essa abordagem tornou a narrativa pouco credível:

“As nossas novas personagens não seriam tão poderosas nestes filmes. Elas não vão simplesmente pegar em coisas e saber o que fazer com elas. Não. Tens de lutar como todas as outras personagens nesta franquia.”

Uma crítica clara ao que muitos fãs consideraram uma ascensão demasiado acelerada de Rey.

A inspiração na Velha República e nos videojogos

Mostrando o lado de fã apaixonado, Boyega afirmou que teria ido beber inspiração às histórias da Velha República, uma das eras mais amadas do universo expandido, e até a The Force Unleashed, popular franquia de videojogos.

Tentaria expandir o universo Star Wars tanto quanto possível, respeitando a tradição. Se estamos a expandir a tradição, temos de o fazer dentro dos limites que a mantêm verdadeira”, reforçou.

A polémica maior: o destino de Luke

A crítica mais dura de Boyega foi direcionada a Os Últimos Jedi e à despedida de Luke Skywalker. Para ele, a icónica personagem nunca deveria ter acabado isolada numa ilha, projetando-se à distância:

O Luke Skywalker não desapareceria numa rocha. Nem pensar. Estar ali e ele é, tipo, um projetor? Eu quereria dar a essas personagens muito mais.”

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O futuro da saga

Enquanto os fãs debatem as palavras de Boyega, o universo Star Wars segue em frente. O próximo capítulo será “The Mandalorian and Grogu”, com estreia marcada para 22 de maio de 2026. O filme contará com a presença de Sigourney Weaver no papel de Zeb, prometendo mais uma peça no intrincado puzzle da galáxia.

On Falling: Um Retrato Cru da Precariedade Moderna Chega ao TVCine

A estreia em exclusivo na televisão portuguesa

No dia 28 de setembro, às 21h15, o canal TVCine Top (e em simultâneo o TVCine+) estreia On Falling, da realizadora luso-britânica Laura Carreira. O filme, aclamado pela crítica internacional, oferece um olhar intimista e poético sobre a vida de trabalhadores presos a um sistema impiedoso, marcado pela alienação e pela invisibilidade.

Aurora: a vida entre algoritmos e solidão

A protagonista é Aurora, interpretada com intensidade e contenção por Joana Santos, uma imigrante portuguesa na Escócia que trabalha como picker num gigantesco armazém de e-commerce. Ali, a rotina é ditada por algoritmos e metas quase impossíveis de atingir.

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Entre corredores metálicos e um apartamento partilhado, Aurora enfrenta a solidão e a frieza de um quotidiano mecânico, onde cada gesto é monitorizado e cada pausa parece um luxo proibido. O filme mostra como a dignidade humana se esbate num sistema que trata os trabalhadores como peças descartáveis, sem espaço para sonhos ou identidade.

Minimalismo que conquista

On Falling distingue-se pela sua abordagem minimalista e pela estética marcada pela frieza dos espaços industriais, o que reforça o peso emocional da narrativa. A escolha da realizadora de trabalhar com silêncios, pausas e gestos mínimos transforma a experiência em algo visceral e próximo.

A interpretação de Joana Santos tem sido amplamente elogiada: contida mas intensa, capaz de transmitir a vulnerabilidade de uma vida invisível.

Reconhecimento internacional

A obra de Laura Carreira foi premiada em grandes festivais de cinema, conquistando o Prémio de Melhor Realização em Londres e em San Sebastián. Distinções que sublinham a relevância e qualidade deste retrato da precariedade moderna.

Onde ver

A não perder: domingo, 28 de setembro, às 21h15, em exclusivo no TVCine Top e TVCine+. Uma oportunidade para mergulhar numa história silenciosa, mas profundamente humana, sobre o desejo universal de fuga.

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O Novo James Bond Está a Chegar: Homem, Britânico e “Rosto Desconhecido”

O adeus à era Craig e um futuro em aberto

Depois de mais de 60 anos sob a tutela da família Broccoli, a saga James Bond entrou oficialmente numa nova fase: agora controlada pela Amazon MGM, a produção do 26.º filme já está em marcha, com estreia prevista para 2028. A despedida de Daniel Craig em 007 – Sem Tempo para Morrer deixou a fasquia alta, mas as informações que começam a circular apontam para um regresso às origens do personagem criado por Ian Fleming.

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Uma equipa de luxo por trás das câmaras

A 25 de junho, foi confirmada a escolha de Denis Villeneuve, realizador de Dune, para comandar o novo capítulo da saga. O argumento ficará nas mãos de Steven Knight, criador de Peaky Blinders, conhecido por personagens sombrias e violentas. Os produtores escolhidos pela Amazon foram Amy Pascal e David Heyman, nomes de peso que dão credibilidade ao projeto.

Enquanto Villeneuve termina Dune: Parte Três (estreia em 2026), Bond terá de esperar. Só depois disso começará a seleção do próximo ator que vai dar vida ao espião mais famoso do mundo.

O perfil do novo 007

Segundo fontes citadas pela Deadline, a decisão é clara: o novo Bond será homem, britânico e relativamente desconhecido. Esqueçam nomes como Timothée Chalamet, Jacob Elordi ou até Henry Cavill. A produção procura alguém nos seus 20 e poucos ou 30 anos, um “novo rosto” que se encaixe na descrição original de Fleming: um “instrumento contundente”, letal e aparentemente aborrecido, mas capaz de agir com frieza implacável.

Há abertura para que o ator escolhido não seja caucasiano, mas a prioridade é encontrar alguém que transmita, no imediato, a sensação de que “poderia matar com as próprias mãos num instante”.

O que esperar da nova história

Steven Knight está a regressar aos livros de Fleming para recuperar o espírito do Bond original. Fontes próximas sugerem que o filme poderá explorar a vida do protagonista como Comandante da Marinha Real, antes de ser recrutado pelo MI6. Contudo, nada está fechado: o argumento ainda está a ser escrito e a narrativa pode mudar de rumo.

O certo é que Bond 26 será um recomeço absoluto. Nada ficará ligado ao último filme, nem ao “antigo regime” da família Broccoli. É uma oportunidade para revitalizar a saga e conquistar uma nova geração de fãs.

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Estreia marcada para 2028

As filmagens deverão arrancar em 2027, com a estreia mundial prevista para novembro de 2028, mantendo a tradição de lançamentos nesta altura do ano. Até lá, a especulação continuará intensa: quem será o próximo James Bond?

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Uma série que revive fantasmas do passado

A estreia da série “O Arquiteto”, transmitida pela TVI e pela Prime Video, voltou a lançar luz sobre um dos episódios mais mediáticos e polémicos da sociedade portuguesa: o escândalo sexual que envolveu o arquiteto Tomás Taveira no final dos anos 80. A produção, que oficialmente não é biográfica, tem como protagonista o fictício Tomé Serpa, mas as semelhanças com a vida real de Taveira são tantas que a ligação é inevitável.

O enredo foca-se num arquiteto em ascensão que grava em segredo os encontros íntimos com mulheres, sem o conhecimento destas — uma história que remete diretamente para as famosas cassetes que circularam em 1989 e que viriam a abalar não só a carreira, mas também a vida pessoal do arquiteto.

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As cassetes que chocaram o país

Em 1989, a imprensa foi surpreendida por um visitante inesperado: um homem que se apresentou nas redações dos jornais a vender cassetes de vídeo com gravações explícitas do arquiteto em encontros íntimos com mulheres da alta sociedade e até com alunas no seu escritório nas Amoreiras.

A revista Semana Ilustrada baptizou o escândalo como “As Loucuras Sexuais de Tomás Taveira”, um título que ficaria marcado na memória coletiva. Mais tarde, a revista espanhola Interviú tentou lucrar com a curiosidade em torno do caso, lançando 20 mil exemplares destinados ao mercado português — grande parte acabou apreendida pela polícia.

A única mulher envolvida a 100%: Amarílis Taveira

Se muitas mulheres viram os seus nomes associados ao caso, a única que se viu verdadeiramente envolvida de forma integral foi Amarílis Taveira, então esposa do arquiteto. Figura conhecida do jet set português, habituada a aparecer em revistas sociais, Amarílis viu-se arrastada para o centro da polémica.

Com rumores, boatos e especulações a mancharem a sua imagem, foi praticamente “forçada” a desaparecer da vida pública. Mais tarde, já divorciada, regressou aos eventos sociais, mas sob o nome de Amarílis Cristina, numa tentativa de refazer a sua vida longe do peso do escândalo.

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O eco de uma história que nunca morreu

Passadas mais de três décadas, o caso continua a suscitar curiosidade e a ser tema de debate, agora reavivado pela ficção televisiva. Para uns, “O Arquiteto” é apenas uma série de época; para outros, é a reabertura de um capítulo que marcou para sempre a vida pública portuguesa e, sobretudo, a de uma mulher que acabou por ser colateral de uma das maiores polémicas mediáticas nacionais.

Emma Watson Quebra o Silêncio Sobre J.K. Rowling: “O Que Mais Me Entristece é Que Nunca Foi Possível Conversar”

Se a magia de Harry Potter parecia eterna, a realidade fora do ecrã mostrou-se bem mais complicada. Desde que J.K. Rowling começou a disparar comentários polémicos sobre a comunidade trans, o mundo dos feiticeiros ficou dividido em dois feitiços opostos: os actores que permaneceram ao lado da autora e os que se afastaram em defesa dos direitos humanos.

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Emma Watson, que deu vida à brilhante Hermione Granger, esteve sempre no grupo dos que não hesitaram em apoiar pessoas trans. A sua frase simples mas poderosa — “As pessoas trans são quem dizem ser e merecem viver sem serem constantemente questionadas” — colocou-a, inevitavelmente, no lado oposto de Rowling. A resposta da escritora não foi propriamente calorosa: Rowling deixou claro em várias ocasiões que dificilmente perdoaria os jovens protagonistas da saga, chegando a insinuar que a presença deles nos filmes “estraga” a experiência de os rever.

Agora, Watson decidiu falar abertamente sobre esta rutura. Numa participação no podcast On Purpose With Jay Shetty, a actriz, afastada do cinema desde Mulherzinhas (2019), confessou a sua maior tristeza: nunca ter havido espaço para uma conversa franca com Rowling.

“Acho profundamente triste que nunca tenha sido possível conversar. Não acredito que, por apoiar as pessoas trans e defender as minhas convicções, isso signifique que não guardo com carinho as memórias e a relação que tive com a Jo. Para mim não é uma coisa ou outra. Gostava que as pessoas que não concordam comigo ainda pudessem gostar de mim, e eu também quero continuar a gostar delas. O que mais me entristece é não termos tido sequer a oportunidade de falar.”

É um desabafo que humaniza Watson: a actriz deixa claro que não pretende apagar a importância de Rowling na sua vida, mas não abdica dos seus princípios.

Enquanto isso, Rowling segue o seu próprio caminho: continua a investir parte da sua fortuna em iniciativas jurídicas contra os direitos trans no Reino Unido, ao mesmo tempo que apoia activamente a nova série de Harry Potter que está a ser desenvolvida pela HBO.

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No meio disto tudo, a magia parece ter-se transformado numa espécie de duelo permanente entre valores, memórias e feridas abertas. Para os fãs, a grande questão é se algum dia será possível lançar o feitiço da reconciliação — ou se esta será uma história sem final feliz.

Fonte: Variety

Ripley: A Heroína Que Reinventou o Cinema de Acção e Mudou Hollywood Para Sempre

Nos anos 70, o cinema americano estava pronto para uma revolução. O Código Hays já tinha caído, a segunda vaga do feminismo agitava a sociedade e as audiências estavam preparadas para ver mulheres muito para além do papel de “donzela em perigo”. Foi nesse caldo cultural que surgiu, em 1979, uma personagem improvável mas destinada à imortalidade: Ellen Ripley, interpretada por Sigourney Weaver em Alien – O 8.º Passageiro.

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Curiosamente, Ripley nem estava escrita para ser uma mulher. O argumento de Dan O’Bannon e Ronald Shusett descrevia personagens neutras em termos de género. Mas quando Ridley Scott escolheu Weaver para o papel principal, o cinema ganhou a sua primeira grande heroína de ficção científica: profissional, pragmática, sem paciência para hierarquias inúteis — e, acima de tudo, sobrevivente.

Em Alien, Ripley é apresentada como mais uma entre a tripulação do Nostromo. Só a pouco e pouco percebemos que é ela quem vai carregar o filme às costas. Ao contrário das “scream queens” típicas do terror da altura, Ripley mantém a calma, organiza planos e insiste em protocolos de segurança que os colegas ignoram — com consequências fatais. O contraste com Lambert (Veronica Cartwright), em constante histeria, não podia ser mais claro: Ripley era a antítese da vítima.

O salto definitivo veio em 1986, com Aliens – O Reencontro Final. James Cameron não quis apenas repetir a fórmula: transformou Ripley numa verdadeira estrela de acção, mas sem lhe roubar a humanidade. Agora, para além de enfrentar os Xenomorfos, ela protege a pequena Newt e assume-se como mãe substituta. O clímax é um duelo de mães — Ripley contra a Rainha Alien — que resultou numa das frases mais icónicas do género: “Get away from her, you bitch!” Foi suficiente para garantir a Weaver uma inédita nomeação ao Óscar de Melhor Actriz num filme de ficção científica.

Ripley foi especial porque não dependia de músculos hipertrofiados como Rambo, nem de charme galáctico como Leia. Era uma profissional competente que tomava decisões sob pressão e não pedia desculpa por liderar. Esse retrato de liderança feminina, em plena era de figuras como Shirley Chisholm a lutar pela presidência dos EUA, era tão radical quanto necessário.

Nos anos seguintes, Weaver voltou em Alien³ (1992) e Alien: Ressurreição (1997), mas o impacto já não foi o mesmo. A cultura tinha mudado: as heroínas de acção já não eram novidade e o próprio franchise parecia perdido em debates filosóficos sobre androides e genética. Mesmo assim, cada nova tentativa — de Prometheus a Alien: Covenant — continuou a procurar, de forma quase obsessiva, recriar a fórmula Ripley com outras protagonistas femininas.

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Hoje, o legado de Ripley sente-se em cada mulher que empunha uma arma no grande ecrã, de Sarah Connor a Furiosa, de Katniss Everdeen a Rey. Ela mostrou que uma heroína não precisa de superpoderes, apenas de inteligência, coragem e nervos de aço. E, para sempre, ficará a imagem de Sigourney Weaver, suada, determinada e absolutamente imbatível, a provar que o cinema de acção também podia — e devia — ser liderado por mulheres.

South Park  Arrasa Presidente da FCC… com Fezes de Gato à Mistura

Quem achava que South Park estava a perder a chama, pode arrumar já as varinhas mágicas da dúvida: Trey Parker e Matt Stone continuam tão (ou mais) caóticos do que sempre. A prova? O mais recente episódio da 27.ª temporada, “Conflict Of Interest”, transformou o presidente da FCC, Brendan Carr, em saco de pancada oficial. E não foi só no sentido figurado: o homem acabou no hospital, em tracção, depois de levar tareia, cair de escadas, ser envenenado… e ainda contrair um vírus através de fezes de gato. Classe pura.

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Carr, que tem passado as últimas semanas a tentar impor disciplina às cadeias televisivas para que não falem mal do “chefe”, tornou-se alvo preferencial da série. É quase como se tivesse enviado uma carta formal a dizer: “Caros Parker e Stone, por favor ridicularizem-me na televisão.” Pedido aceite.

O episódio elevou o disparate a níveis olímpicos, com direito a enredos de Trump a tentar livrar-se do seu filho não-nascido (que, detalhe essencial, estava alojado no rabo de Satanás). Entre quedas, insultos e excrementos felinos, Carr foi o pião da festa, terminando imóvel numa cama de hospital com o aviso de que podia perder a liberdade de expressão se a infecção cerebral avançasse. Satírico? Nem tanto. Escandalosamente South Park? Com certeza.

Mas o episódio não se ficou por aí. Entre uma gargalhada e outra, ainda houve espaço para uma crítica séria: a dependência crescente das apostas online nos EUA. E, claro, uma incursão nada subtil pelo conflito Israel-Gaza, com a mãe de Kyle a viajar até Israel para confrontar Benjamin Netanyahu de frente:

“Quem pensa que é, a matar milhares e a arrasar bairros inteiros, embrulhando-se no judaísmo como se fosse um escudo contra críticas?”

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Ou seja, pausa ou não, South Park continua a atirar para todos os lados. De políticos americanos a líderes mundiais, ninguém sai incólume. Brendan Carr que o diga — provavelmente ainda a tentar tirar o cheiro a gato do fato.

Fonte: AV Club

The Shrouds – As Mortalhas: David Cronenberg Confronta o Luto com Tecnologia e Horror Psicológico 🖤📱⚰️

O regresso inquietante de um mestre do cinema

O pioneiro do body horror está de volta. The Shrouds – As Mortalhas, o mais recente filme de David Cronenberg, estreia já este sábado, 27 de setembro, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e TVCine+ .

Descrito como um dos projetos mais pessoais do realizador canadiano — escrito após a morte da sua mulher —, o filme mergulha no território onde o luto e a tecnologia se cruzam de forma perturbadora.

Uma app que fala com os mortos

A narrativa acompanha Karsh (interpretado por Vincent Cassel), um empresário de tecnologia devastado pela morte da esposa, Becca (Diane Kruger). Incapaz de aceitar a perda, Karsh cria uma invenção polémica: mortalhas inteligentes, que permitem aos vivos observar os corpos dos seus entes queridos em tempo real, mesmo após a morte.

Instalado em cemitérios de última geração, o sistema transforma o luto num negócio — mas também abre portas que nunca deveriam ter sido abertas. Quando vários caixões são profanados, Karsh vê-se envolvido numa teia de conspiração, paranoia e feridas emocionais que o obrigam a confrontar os limites da dor, da memória e da própria intimidade.

Cronenberg na sua essência

Fiel ao seu estilo, Cronenberg volta a explorar o lado mais inquietante da condição humana, onde corpo, tecnologia e psicologia se entrelaçam em cenários desconfortáveis. Mas aqui há uma camada extra de intensidade: a inspiração autobiográfica. O realizador escreveu o guião após a morte da sua companheira, transformando The Shrouds num filme que é ao mesmo tempo arte, catarse e reflexão sobre o ato de “deixar partir”.

Um elenco de peso

Além de Vincent Cassel e Diane Kruger, o filme conta com interpretações que reforçam o ambiente claustrofóbico e emocional da história. Juntos, dão corpo a uma narrativa que questiona os limites da nossa necessidade de ligação com quem já partiu.

Uma estreia a não perder

Mais do que um filme de terror, The Shrouds – As Mortalhas é um drama psicológico desconcertante que desafia o espectador a refletir sobre a fronteira entre intimidade e invasão, memória e obsessão. Uma experiência cinematográfica imperdível para fãs de Cronenberg — e para todos os que não têm medo de encarar o lado mais sombrio da tecnologia.

Dora Transforma-se em Sereia no Novo Filme Dora: Numa Aventura Mágica Sob o Mar 🧜‍♀️✨

Um mergulho para celebrar 25 anos de Dora

A exploradora mais famosa do Nickelodeon está de volta ao grande ecrã e desta vez vai trocar a mochila por barbatanas. Dora: Numa Aventura Mágica Sob o Mar estreia em Portugal a 2 de outubro, numa celebração especial do 25.º aniversário da franquia que marcou gerações de crianças em todo o mundo .

Distribuído pela NOS Audiovisuais, o filme será exibido exclusivamente nos cinemas e promete uma experiência cheia de cor, música e fantasia para toda a família.

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A história: um charango mágico e novas amigas

Na nova aventura, Dora e o inseparável Botas descobrem um charango mágico, pequeno instrumento típico dos Andes. Ao tocarem nele, transformam-se em sereias e mergulham num universo submarino repleto de mistério.

A dupla vai conhecer Marisol, a Sereia, e a sua melhor amiga, a golfinho Rosa, embarcando juntas numa jornada épica pelo Mar Sirena. Pelo caminho, enfrentam missões inesperadas e descobrem que a amizade é sempre o maior tesouro.

Mais do que cinema: podcasts e YouTube

A celebração dos 25 anos de Dora vai além do filme. Já está disponível o podcast Dora’s Mermaid Adventures, com 10 episódios cheios de música e histórias, bem como uma série de YouTube baseada nesse universo. Ambas as produções estão acessíveis desde setembro e expandem a experiência para os mais novos em casa.

Um fenómeno global que continua vivo

Desde a estreia em 2000, Dora, a Exploradora tornou-se um verdadeiro fenómeno cultural, exibido em mais de 150 países e traduzido em 32 línguas. Ao longo de oito temporadas — todas disponíveis na Paramount+ —, a série conquistou prémios prestigiados como os Emmy, Peabody e Parents’ Choice, provando que a sua mensagem de amizade, inclusão e aventura continua relevante 25 anos depois.

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Uma estreia imperdível

Seja pela nostalgia dos pais ou pelo encanto dos mais pequenos, Dora: Numa Aventura Mágica Sob o Mar promete ser uma das estreias familiares mais especiais do outono. Um convite a mergulhar num mundo de imaginação que celebra não só a personagem, mas também o impacto duradouro da sua mensagem.

James Cameron em Bloqueio Criativo: “É Difícil Escrever um Novo Extremador Implacável Sem Ser Ultrapassado pela Realidade” 🤖🎬

O peso de uma saga que moldou a ficção científica

Quando James Cameron lançou O Extremador Implacável em 1984, a história do cinema de ficção científica mudou para sempre. A premissa de um ciborgue assassino vindo do futuro para alterar o presente foi um marco cultural que deu origem a uma franquia multimilionária, com filmes, séries, videojogos e até atrações temáticas.

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Mas agora, quatro décadas depois, o próprio criador admite estar num beco criativo. Em conversa com a jornalista Christiane Amanpour, Cameron confessou que está com dificuldades em desenvolver um novo capítulo da saga:

“Cheguei a um ponto em que está a ser difícil escrever ficção científica. Recebi a tarefa de escrever uma nova história de Extremador Implacável, mas não consegui ir muito longe porque não sei o que dizer que não seja superado pela própria realidade.”

A ficção já não ultrapassa a realidade

Cameron sublinha que muitas das suas antigas previsões se tornaram realidade, mas que hoje a tecnologia avança a uma velocidade que rivaliza com a própria imaginação. “Vivemos atualmente na era da ficção científica. E a única saída é usar a nossa inteligência, a nossa curiosidade e a nossa tecnologia, sem deixar de compreender os cenários difíceis que enfrentamos”, acrescentou o realizador.

Para os fãs, isto significa que um novo Extremador Implacável está, no mínimo, a vários anos de distância.

Pandora acima das máquinas

O bloqueio criativo também se explica pelos múltiplos projetos que já ocupam o realizador. O grande foco de Cameron continua a ser o universo de Avatar, com a terceira parte prevista para dezembro e planos concretos para um quarto e até um quinto filme, caso o público mantenha o entusiasmo por Pandora.

Em contraste, o futuro sombrio de Extremador Implacável parece menos apelativo para o cineasta, que prefere explorar a ecologia, a espiritualidade e a ligação entre humanos e natureza no mundo azul que criou.

Hiroshima: um projeto de vida

Outro trabalho no horizonte é a adaptação de Ghosts of Hiroshima, de Charles Pellegrino, combinando ainda elementos do livro Last Train to Hiroshima. Cameron quer transformar estas narrativas num único filme, inspirado na história real de Tsutomu Yamaguchi, o homem que sobreviveu aos dois bombardeamentos atómicos.

“Este é um assunto sobre o qual quero fazer um filme, e um assunto com o qual venho a lutar há vários anos”, revelou Cameron. “Conheci Yamaguchi pouco antes de ele morrer. Ele deixou-me o legado da sua história, e não posso virar-lhe as costas.”

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Entre o passado e o futuro

James Cameron encontra-se, assim, dividido entre dois mundos: um passado histórico que exige ser contado e um futuro fictício que se arrisca a ser ultrapassado pelo presente. Resta saber se o realizador conseguirá reinventar O Extremador Implacável para um público que já vive rodeado de inteligência artificial, drones e tecnologias outrora dignas apenas do cinema.

O Telefone Preto 2: Ethan Hawke Regressa no Novo Capítulo de Terror da Universal ☎️🖤

O regresso do Sequestrador

Universal Pictures divulgou um novo teaser de O Telefone Preto 2, a aguardada continuação do sucesso de 2021. O vídeo mostra o aterrador Sequestrador, interpretado por Ethan Hawke, a voltar a assombrar Finney (Mason Thames), sugerindo que o pesadelo está longe de terminar.

O estúdio está a promover a sequela como “o começo de uma nova e sinistra franquia”, deixando claro que a história do telefone amaldiçoado ainda tem muito para contar. A estreia está marcada para 17 de outubro de 2025.

O primeiro filme: sucesso surpresa

Realizado por Scott Derrickson e coescrito com C. Robert CargillO Telefone Preto transformou-se numa das surpresas do cinema de terror recente. Adaptado de um conto de Joe Hill (filho de Stephen King), o filme apresentava Ethan Hawke num dos papéis mais perturbadores da sua carreira, dando vida a um serial killer mascarado que raptava crianças.

Preso num porão à prova de som, o jovem Finney descobre um telefone preto misteriosamente conectado às vítimas anteriores do assassino. Entre ecos do além e estratégias de sobrevivência, o filme conquistou o público e arrecadou mais de 161 milhões de dólares em bilheteira mundial.

O que esperar da sequela?

Os detalhes da trama de O Telefone Preto 2 ainda estão em segredo, mas o teaser sugere que a ligação sobrenatural através do telefone continua a ser o centro da narrativa — e que Finney não se livrou totalmente da sombra do Sequestrador.

Com Derrickson e Cargill novamente envolvidos no guião e na realização, a expectativa é que a sequela explore mais fundo o terror psicológico e o sobrenatural que marcaram o primeiro capítulo.

Um novo ícone do terror moderno

Se cumprir a promessa de expandir a mitologia em torno do temível telefone preto e da figura enigmática de Ethan Hawke, a franquia pode consolidar-se como um novo clássico do terror contemporâneo, ao lado de sagas como InsidiousThe Conjuring.

Resta agora esperar por outubro de 2025 para atender outra vez a chamada mais assustadora do cinema.

A Noiva!: Christian Bale é Frankenstein no Filme de Maggie Gyllenhaal 🎬⚡💀

Um clássico reinventado

Preparem-se para um dos confrontos mais excitantes da nova era do cinema de monstros: A Noiva!, realizado por Maggie Gyllenhaal, ganhou o seu primeiro trailer e promete trazer uma nova vida (literalmente) à lenda criada por Mary Shelley. O filme chega aos cinemas a 5 de março de 2026 e junta um elenco de luxo com Christian Bale no papel de Frankenstein e Jessie Buckley como a icónica Noiva.

Este é apenas o segundo trabalho de Gyllenhaal como realizadora, depois da aclamação recebida por A Filha Perdida(2021), e a sua segunda colaboração com Buckley. A cineasta dá assim um salto ousado para o género do terror gótico com um orçamento de grandes proporções.

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A história: amor, revolução e monstros em Chicago

A narrativa inspira-se tanto no romance original de Shelley como em A Noiva de Frankenstein (1935), de James Whale. Mas, como o trailer deixa claro, aqui a perspetiva é diferente:

👉 Um Frankenstein solitário chega a Chicago nos anos 30 e procura a ajuda do Dr. Euphronius. Juntos, reanimam uma jovem assassinada, e assim nasce a Noiva.

👉 Só que ela não é apenas uma “companheira” — é uma força da natureza, que desperta uma paixão explosiva, chama a atenção da polícia e ainda inspira um movimento social radical.

Em vez de uma história de terror clássico, Maggie Gyllenhaal promete um filme de monstros que é também romance, comentário político e espetáculo visual.

O elenco dos sonhos

Além de Bale e Buckley, o filme conta com nomes de peso como:

  • Penélope Cruz,
  • Annette Bening,
  • Julianne Hough,
  • e ainda Peter Sarsgaard (marido de Gyllenhaal) e Jake Gyllenhaal (seu irmão).

Com um leque destes, A Noiva! tem tudo para se tornar um evento cinematográfico à escala global.

A inevitável comparação com Guillermo del Toro

O adiamento da estreia, inicialmente marcada para outubro de 2025, coloca A Noiva! diretamente frente a frente com o aguardado Frankenstein de Guillermo del Toro, protagonizado por Jacob ElordiOscar Isaac e Mia Goth, que estreia já em novembro na Netflix.

Será impossível escapar às comparações: de um lado, del Toro e o seu estilo visual inconfundível; do outro, Maggie Gyllenhaal a reinventar o mito pela lente do romance, da política e da sensualidade.

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O que esperar?

Um filme que tanto presta homenagem aos monstros clássicos como os atualiza para o público do século XXI. Se o trailer é algum indício, A Noiva! não é apenas mais uma versão da história de Frankenstein: é uma abordagem ousada, feminina e socialmente carregada, capaz de incendiar debates e bilheteiras em 2026.

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Uma vida maior do que o cinema

A atriz Claudia Cardinale, nascida na Tunísia em 1938 e naturalizada francesa, morreu aos 87 anos, em Nemours, na região de Paris. Protagonista de mais de 150 filmes, musa de cineastas como Visconti, Fellini, Leone, Brooks e Verneuil, Cardinale foi uma das últimas grandes divas do cinema europeu do século XX.

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Com um olhar intenso e uma presença inesquecível no ecrã, deixou a sua marca em clássicos absolutos como O Leopardo(1963), Oito e Meio (1963), Era uma Vez no Oeste (1968) ou A Pantera Cor-de-Rosa (1963). Em Cannes, Veneza ou Hollywood, o seu nome era sinónimo de talento, beleza e força.

Itália, França, Hollywood… e Portugal

Embora nascida em La Goulette, perto de Túnis, filha de mãe francesa e pai siciliano, foi no cinema italiano que se tornou estrela. Curiosamente, até Oito e Meio, a sua voz era dobrada em italiano — mas Fellini insistiu que fosse a sua voz rouca, transformando-a num ícone inconfundível.

Com Manoel de Oliveira, cumpriu um desejo antigo: filmou O Gebo e a Sombra (2012), descrevendo o realizador português como “extraordinário” e cheio de energia. Já em 2001, tinha sido homenageada em Portugal pelo Presidente Jorge Sampaio, numa cerimónia no Teatro Rivoli, no Porto.

Uma estrela entre génios

Claudia contracenou com gigantes como Alain Delon, Burt Lancaster, Marcello Mastroianni, Rock Hudson, John Wayne ou Peter Sellers. Foi dirigida por mestres do cinema italiano (Bolognini, Zurlini, Squitieri), brilhou em Hollywood (O Maior Circo do Mundo) e até em colaborações com Werner Herzog (Fitzcarraldo).

Mastroianni descreveu-a assim: “É a única rapariga simples e saudável neste meio de neuróticos e hipócritas.”

Lutas pessoais e causas públicas

A vida de Cardinale não foi só glamour. Em 1957, foi vítima de violação, da qual resultou o nascimento do seu filho Patrick — que decidiu manter, mesmo perante o escândalo da época. Mais tarde, confessou que foi por ele que entrou no cinema, para garantir a sua independência.

Claudia foi também uma mulher de causas: embaixadora da UNESCO, feminista assumida, defensora dos direitos das mulheres, da comunidade LGBTQ+, da luta contra a SIDA e contra a pena de morte. A própria dizia que a sua carreira lhe deu “uma infinidade de vidas” e a oportunidade de colocar a sua fama ao serviço dos outros.

Um legado eterno

Com distinções como o Leão de Ouro em Veneza (1993) e o Urso de Ouro em Berlim (2002), Claudia Cardinale deixa um legado artístico e humano inigualável. Nas palavras do seu agente, Laurent Savry:

“Ela deixa-nos o legado de uma mulher livre e inspirada, tanto como mulher como artista.”

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Com a sua partida, o cinema europeu perde uma das suas últimas divas, mas as imagens de Cardinale — entre palácios sicilianos, westerns poeirentos e enredos românticos — continuarão a brilhar, como um reflexo eterno da sétima arte.

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Um casamento discreto para um casal reservado

Ele é um dos atores mais amados de Hollywood, ela uma artista plástica de renome. Keanu Reeves, de 61 anos, e Alexandra Grant, de 52, deram o nó neste verão numa cerimónia íntima e secreta na Europa. Segundo revelou uma fonte à RadarOnline, o casamento contou apenas com familiares e amigos muito próximos, em total sintonia com o estilo reservado do casal.

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“Falaram sobre isso durante anos, mas no fim quiseram algo que fosse só para eles”, explicou a mesma fonte. “O Keanu e a Alexandra valorizam muito a sua privacidade, por isso manter tudo em segredo encaixa perfeitamente com eles.”

Rumores que já se adivinhavam

Os boatos sobre um possível noivado surgiram quando Alexandra Grant foi fotografada com um anel sugestivo durante a estreia de Do Universo de John Wick: Ballerina. A imprensa internacional não tardou em levantar suspeitas, mas a confirmação oficial só agora chega, com a revelação do casamento secreto.

Um amor que trouxe paz a Keanu

A relação entre Reeves e Grant não é apenas uma história de amor tardio; é também uma narrativa de resiliência. O ator viveu momentos extremamente difíceis no passado: em 1999 perdeu a filha, Ava, que nasceu sem vida aos oito meses de gestação, e pouco depois separou-se de Jennifer Syme, que acabaria por falecer em 2001, aos 28 anos, num acidente de carro.

Perante estas tragédias, Keanu Reeves tornou-se uma figura associada à solidão e à introspeção. Mas os amigos garantem que a chegada de Alexandra Grant mudou tudo. “Ela traz-lhe tranquilidade. Ele ri-se mais, está mais relaxado. Ela é realmente a sua âncora”, referiu a fonte próxima do casal.

Uma história que começou em 2009

O casal conheceu-se em 2009, fruto de uma colaboração artística. A amizade evoluiu discretamente ao longo dos anos, e só em 2019 assumiram publicamente a relação. Desde então, têm mostrado uma cumplicidade rara em Hollywood: longe dos holofotes, mas próximos um do outro.

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Keanu Reeves, o eterno herói de Matrix e John Wick, parece finalmente ter encontrado o equilíbrio e a serenidade ao lado de Alexandra Grant. E, tal como nos melhores romances, escolheram celebrar esse amor em segredo, longe das câmaras e do frenesim mediático.

Jimmy Kimmel Regressa ao Ar Entre Lágrimas e Polémica: “Nunca Foi Minha Intenção Fazer Piada com a Morte de Charlie Kirk” 🎤📺

Um regresso emotivo

Jimmy Kimmel voltou finalmente ao seu programa, Jimmy Kimmel Live!, depois de uma semana afastado na sequência das polémicas declarações sobre o assassinato do influenciador conservador Charlie Kirk.

Visivelmente emocionado, Kimmel abriu a emissão quase em lágrimas, sublinhando:

“Não acho que haja nada de engraçado nisto. Nunca foi minha intenção fazer piada com a morte de Charlie Kirk, nem culpar um grupo específico pelo que foi claramente a ação de um indivíduo perturbado.”

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O apresentador admitiu ainda que os seus comentários anteriores puderam soar “mal cronometrados ou pouco claros, ou talvez ambos”.

Perdão e contraste político

Kimmel aproveitou o momento para elogiar Erika Kirk, viúva do influenciador, que no memorial público perdoou o assassino do marido. O gesto, descreveu o humorista, foi “um ato de graça desinteressado que me tocou profundamente”.

O contraste foi evidente em relação ao Presidente Donald Trump, que no mesmo serviço fúnebre declarou: “Eu odeio o meu adversário e não lhe desejo o melhor.”

Guerra aberta com as estações e com Trump

No regresso, Kimmel também criticou as afiliadas da ABC que se recusaram a transmitir o programa durante a sua suspensão:

“Isso não é legal. Isso não é americano. É antiamericano.”

Recorde-se que apesar de a Disney, dona da ABC, ter anunciado o regresso do talk-show após a onda de protestos vindos de Hollywood e de políticos democratas, grupos de comunicação como a Sinclair Broadcast Group e a Nexstaranunciaram que não exibiriam o programa.

Do lado político, Trump voltou ao ataque na sua rede Truth Social, escrevendo:

“Não consigo acreditar que a ABC lhe devolveu o programa. Ele não é engraçado, tem más audiências e passa lixo democrata positivo em 99% do tempo. Vamos testar a ABC nisto.”

Kimmel não deixou passar em claro: “Ele tentou cancelar-me e, em vez disso, obrigou milhões a ver o programa”, ironizou no monólogo.

O que desencadeou a suspensão

A polémica começou a 15 de setembro, quando Kimmel comentou no programa a exploração política da morte de Kirk:

“Chegámos a novos patamares vergonhosos com a turma MAGA a tentar desesperadamente caracterizar o jovem que assassinou Charlie Kirk como algo diferente de um deles e a fazer de tudo para ganhar pontos políticos com isso.”

Nessa mesma noite, acrescentou ainda que a forma como Trump reagiu à morte de Kirk se parecia mais “com a de uma criança de quatro anos a chorar pela morte de um peixinho dourado”.

Entre liberdade de expressão e pressão política

A suspensão de Kimmel abriu um debate aceso sobre liberdade de expressão e influência política nos media norte-americanos. Para uns, o apresentador foi vítima de censura; para outros, ultrapassou os limites do respeito em circunstâncias trágicas.

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O certo é que o regresso de Jimmy Kimmel aconteceu sob forte escrutínio, mas também com o apoio público de centenas de celebridades e figuras políticas — entre elas Barack Obama —, que consideraram a suspensão um “momento sombrio para a liberdade de expressão na América”.

It – A Coisa Regressa aos Cinemas em Portugal (Mas Só Por Um Dia) 🎈👀

O regresso do palhaço mais aterrador do cinema

Preparem-se para voltar a flutuar: It – A Coisa, o fenómeno de terror de 2017 baseado na obra de Stephen King, vai regressar às salas portuguesas no próximo 24 de setembro. Mas atenção: será apenas por um dia, num evento especial que promete fazer reviver o medo nas melhores condições técnicas.

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O filme será exibido em salas selecionadas da UCI e da NOS, mas apenas naquelas equipadas com sistema Dolby ATMOS, garantindo uma experiência imersiva onde cada sussurro e cada gargalhada de Pennywise ecoam pelo auditório.

A história que fez tremer uma geração

A ação decorre em Derry, no Maine, no final dos anos 80. Tudo começa com o desaparecimento de Georgie, numa noite chuvosa, que deixa o seu irmão Bill obcecado em descobrir a verdade.

É então que se forma o mítico “Clube dos Falhados”, composto por Bill, Beverly, Ben, Eddie, Richie, Mike e Stanley. Unidos pelas suas próprias fragilidades — bullying, inseguranças e dramas familiares —, os jovens descobrem que os desaparecimentos na cidade estão ligados a uma criatura que assume a forma de um palhaço aterrorizador: Pennywise.

Mas este não é um palhaço qualquer. É uma entidade sobrenatural que regressa a cada 27 anos para se alimentar dos medos das crianças. Para sobreviver, o grupo terá de enfrentar os seus maiores terrores frente a frente.

Um sucesso colossal

Lançado em 2017, It – A Coisa foi um dos maiores êxitos de terror da década, arrecadando 601 milhões de euros em bilheteira mundial. Parte do sucesso deve-se ao elenco jovem carismático, que inclui Finn WolfhardJaeden MartellSophia LillisJack Dylan Grazer e Wyatt Oleff. Mas o grande destaque vai inevitavelmente para Bill Skarsgård, cuja interpretação de Pennywise se tornou instantaneamente icónica.

Um aperitivo para 

Welcome to Derry

O regresso ao cinema não é coincidência. A sessão especial surge como forma de preparar terreno para “Welcome to Derry”, a série que expandirá o universo de It e explorará ainda mais as origens e o ciclo de terror que assombra a pequena cidade criada por Stephen King.

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Para os fãs, trata-se de uma oportunidade rara: rever It no grande ecrã, sentir novamente a tensão coletiva na sala escura e deixar-se dominar pela atmosfera de um dos filmes mais marcantes do terror moderno.

John Ford Ressuscitado em Lisboa: The Scarlet Drop Vai Ser Exibido na Cinemateca Portuguesa

Um século perdido, um achado no Chile

Um pedaço da história do cinema que parecia perdido para sempre vai finalmente ser exibido em Lisboa. A Cinemateca Portuguesa apresenta, no próximo 20 de outubro, o filme mudo The Scarlet Drop (1918), realizado por John Ford e dado como desaparecido durante mais de 100 anos.

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A descoberta aconteceu em 2024, num armazém em Santiago do Chile, quando o académico Jaime Córdova, da Universidade de Viña del Mar, comprou um lote de películas a um colecionador que as tinha guardado durante quatro décadas sem imaginar o seu valor. Entre elas, estava esta raridade de Ford, protagonizada por Harry Carey.

“Encontrar um filme perdido de John Ford é como encontrar o Santo Graal”, confessou Córdova, na altura, em entrevista à agência Efe.

Ford antes de Ford

Rodado em 1918, The Scarlet Drop é um western atípico para a época, já que aborda temas pouco habituais no género: desigualdade social, luta de classes e marginalização. Segundo nota da Cinemateca, o filme “permite já antever o que viria a ser entendido como universo fordiano: os rituais, as situações melancólicas, os anti-heróis e aquela fotografia extraordinária”.

É, portanto, uma oportunidade única de assistir ao embrião daquilo que viria a ser a assinatura de um dos cineastas mais influentes da história, autor de clássicos como O Vale Era Verde (1941) ou A Desaparecida (1956).

Um restauro minimalista

A cópia encontrada foi digitalmente restaurada pela Cinemateca Nacional do Chile, mas de forma quase invisível. “Não lhe quero chamar restauro. Obviamente que houve uma reparação no suporte do filme, mas a imagem não sofreu qualquer intervenção”, explicou Jaime Córdova, sublinhando a qualidade surpreendente da película em nitrato, ainda intacta após mais de um século.

Curiosamente, o filme conserva ainda as tonalidades originais da época — rosa, azul e ocre — utilizadas para dar cor às películas mudas e quebrar o monocromático do preto e branco.

Sessão dupla na Cinemateca

A exibição de The Scarlet Drop acontecerá numa sessão especial inserida no Dia Mundial do Património Audiovisual(celebrado a 27 de outubro). O filme será apresentado em conjunto com Sansho Dayu (1954), de Kenji Mizoguchi, proporcionando uma noite que junta duas obras-primas resgatadas do tempo e da memória.

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Para cinéfilos, historiadores e curiosos, trata-se de um acontecimento raro: ver renascer no ecrã uma obra de John Ford que o próprio mundo acreditava estar perdida.