Rebecca Romijn Regressa como Mystique no Novo Filme dos Vingadores — E Está Também de Volta a Star Trek!

A actriz fala sobre o desafio de filmar duas mega-produções ao mesmo tempo: Avengers: Doomsday e Strange New Worlds

Rebecca Romijn teve um verão digno de super-herói… ou melhor, de super-mutante interestelar. A actriz, conhecida por ter dado vida à enigmática Mystique nos filmes dos X-Men, confirmou no painel do universo Star Trek na San Diego Comic-Con que está de volta não só ao papel mutante, como também à ponte da USS Enterprise.

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Romijn está a viver um verdadeiro turbilhão de ficção científica e acção, ao filmar simultaneamente duas das maiores franquias do momento: Avengers: Doomsday, onde regressa como Mystique, agora integrada no MCU, e a quarta temporada de Star Trek: Strange New Worlds, recentemente finalizada em Toronto. E, claro, a actriz já se prepara para começar a rodar a quinta temporada da série.

“É surreal e esmagador”

Durante o painel, moderado por Robert Picardo (ele próprio um veterano Trek), Rebecca Romijn confessou:

“É surreal e esmagador, e estou muito grata a esta produção por ter conseguido articular tudo com a outra produção para que eu pudesse participar em ambas. Tem sido muito entusiasmante — e com muito tempo passado no avião.”

De um lado, os uniformes da Frota Estelar. Do outro, as próteses (ou talvez agora um fato com fecho?) da mutante azul. Quando confrontada com a pergunta se desta vez usa um fato completo de Mystique em vez do já lendário (e desconfortável) body painting, a actriz foi diplomática:

“Não posso confirmar nem negar absolutamente nada.”

Mas deixou escapar:

“Tem sido um verão muito entusiasmante.”

Reunião mutante à vista!

Avengers: Doomsday, agendado para estrear a 18 de Dezembro de 2026, promete ser o filme que levará a integração dos X-Men ao MCU a um novo patamar — ainda mais depois do sucesso antecipado de Deadpool & Wolverine.

Romijn não estará sozinha nesta nova incursão: o filme junta vários veteranos da era X-Men da Fox, incluindo Patrick Stewart (Professor X), Ian McKellen (Magneto), Alan Cumming (Nightcrawler), James Marsden (Cyclops) e Kelsey Grammer (Beast).

E como se isto não bastasse, Robert Downey Jr. regressa ao MCU… mas não como Tony Stark. Desta vez, será o icónico vilão Victor Von Doom — o que promete virar o multiverso do avesso.

Segundo Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, os planos futuros incluem um recasting dos X-Men no universo principal da Marvel, depois das aventuras multiversais que culminarão nos próximos filmes dos Avengers. Mas, até lá, os fãs vão poder matar saudades dos actores que ajudaram a cimentar o sucesso dos mutantes no grande ecrã.

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De volta ao futuro… e ao passado

Rebecca Romijn é, assim, uma das primeiras actrizes a viver esta fusão de mundos: de volta à sua personagem mais icónica no cinema, enquanto continua a brilhar no espaço com Strange New Worlds. Entre viagens no tempo, viagens interestelares e, claro, muitas viagens de avião, Romijn está oficialmente no centro do multiverso da cultura geek. E nós só temos a agradecer por isso.

“Kiss Cam”, demissões e… Gwyneth Paltrow: a história bizarra da empresa que virou meme e contratou a ex de Chris Martin

🎬 Quando a vida te dá limões… contrata Gwyneth Paltrow!

O mundo das tecnologias e o das celebridades raramente se cruzam — a não ser que uma “kiss cam” num concerto de Coldplay transforme um CEO e uma diretora de recursos humanos em virais internacionais. Foi o que aconteceu com a Astronomer, uma empresa americana de dados que, depois do embaraço, decidiu dar uma reviravolta inesperada: contratou Gwyneth Paltrow como “porta-voz temporária”. Sim, essa mesma, ex-mulher de Chris Martin, vocalista dos Coldplay. Coincidências? Só se for o algoritmo da vida a conspirar.

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O momento que ninguém consegue desver

Tudo aconteceu a 16 de julho num concerto dos Coldplay. A habitual “kiss cam” apontou para um homem e uma mulher que pareciam mais íntimos do que “colegas de escritório”. O embaraço foi tal que se esconderam da câmara — mas não das redes sociais. Em poucas horas, os internautas identificaram os dois protagonistas como Andy Byron, CEO da Astronomer, e Kristin Cabot, Chief People Officer da mesma empresa.

O próprio Chris Martin, em palco, não resistiu ao comentário:

“Ou estão a ter um caso, ou são mesmo muito tímidos.”

Resultado? No dia seguinte, a Astronomer comunicava estar a investigar o episódio. A 19 de julho, Byron demitia-seCabot seguiria o mesmo caminho menos de uma semana depois. Um clássico caso de “excesso de transparência digital”.

Gwyneth ao resgate (e com um piscar de olho)

Na tentativa de virar a página — ou talvez apenas abraçá-la com estilo — a empresa surpreendeu ao lançar um vídeo institucional com Gwyneth Paltrow a responder às “dúvidas mais frequentes” sobre a Astronomer. Com um ar descontraído e um texto cheio de piadas subtis, Gwyneth começa por cortar um “OMG!” para afirmar:

“Sim, a Astronomer é o melhor sítio para correr Apache Airflow.”

Noutra parte do vídeo, interrompe a frase “Como está a vossa equipa de redes sociais a aguentar-se…” para publicitar a próxima conferência da empresa.

E termina com uma tirada digna de quem sabe o poder de um bom “punchline”:

“Vamos agora voltar ao que fazemos melhor — entregar resultados transformadores aos nossos clientes.”

O poder de rir de si próprio (com um empurrão da Goop)

Gwyneth, que se separou de Chris Martin em 2014, não comentou a ironia de estar agora associada a um escândalo que envolveu o ex-marido. Mas a aparição como “rosto” da Astronomer foi recebida com gargalhadas generalizadas… e uma inesperada onda de simpatia para a empresa de Nova Iorque especializada em inteligência artificial e automação de dados.

O episódio é um verdadeiro case study de relações públicas no século XXI: o escândalo foi real, as consequências também, mas a resposta foi tão insólita que quase nos esquecemos da gravidade inicial.

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Afinal, como dizem os anglo-saxónicos: when in doubt, get Gwyneth.

Bring Her Back — O Novo Terror da A24 que Está a Chocar o Mundo (e a Fazer Espectadores Desmaiar)

A24 volta a provocar arrepios com um filme onde Sally Hawkins brilha no meio da insanidade… e do terror físico mais grotesco

⚠️ Aviso: este filme não é para os fracos de estômago. Literalmente.

Depois do sucesso surpreendente de Talk to Me, os irmãos australianos Danny e Michael Philippou estão de regresso com Bring Her Back, o seu novo mergulho no terror sobrenatural — e este vem com tudo: cultos, sangue, gritos, crianças problemáticas, e uma Sally Hawkins absolutamente arrepiante.

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Aliás, para os mais sensíveis, talvez o nome da atriz britânica — duas vezes nomeada ao Óscar — seja a última âncora emocional antes do filme se transformar numa espiral de loucura, dor e horror visceral. Literalmente visceral. Num dos momentos mais marcantes da obra (e não é um exagero), houve quem desmaiasse nas salas de cinema nos EUA e na Austrália. Agora, é a vez dos britânicos — e, esperemos, dos portugueses em breve — enfrentarem este desafio sensorial.

Um filme que começa com uma forca… e só piora a partir daí

A primeira cena já dá o tom: imagens granuladas de rituais de um culto com pessoas torturadas e enforcadas. Não há aquecimento, não há “introdução simpática” — Bring Her Back mergulha-nos imediatamente numa atmosfera de pânico, acompanhada por uma banda sonora dissonante e um design sonoro de Emma Bortignon que é, sem exagero, perturbador.

A história segue Andy (Billy Barratt) e Piper (Sora Wong), dois meios-irmãos que encontram o pai morto na banheira. Passam a viver com Laura, uma ex-orientadora educacional interpretada por Hawkins com um entusiasmo quase psicótico. A casa é caótica, cheia de tralha, isolada nas colinas, e habitada também por Oliver, um menino mudo com comportamentos… digamos, não recomendados para antes de jantar.

Sally Hawkins: de musa de Del Toro a encarnação do desassossego

A prestação de Sally Hawkins é, como seria de esperar, brilhante e desconfortável. A sua personagem oscila entre o acolhimento maternal e o desequilíbrio absoluto, tratando Piper como substituta da filha falecida e desfazendo Andy com comentários passivo-agressivos cada vez mais inquietantes. Mas o verdadeiro motor do horror é Oliver. Desde comer moscas a bater nos vidros como um animal selvagem, o rapaz protagoniza a tal cena que levou alguns a saírem da sala.

Não a vamos descrever aqui. Mas a crítica britânica resume bem: é “body horror clássico, daqueles que nos fazem ter pesadelos com a quebra de ossos e o som de algo a rasgar por dentro”.

Entre o terror puro e a metáfora do luto

Tal como já vimos em obras recentes da A24, como Hereditário ou A Lenda do Demónio, o terror não é só estético: é existencial. Bring Her Back é também um retrato cru do luto, da culpa, da necessidade de substituição e da erosão emocional que certos traumas podem provocar. É um filme sobre dor, mas contado como um pesadelo febril.

Ainda assim, nem tudo é perfeito. O argumento por vezes escorrega em soluções óbvias — há uma porta trancada que é tão previsível como inevitável — e o título talvez prometa mais mistério do que realmente entrega. Mas a viagem é intensa o suficiente para que o destino final nem incomode tanto.

Conclusão

Se procuras terror de fácil digestão, Bring Her Back não é o teu filme. Mas se és daqueles que ainda tem pesadelos com The RingThe Babadook ou Talk to Me, então prepara-te: este filme vai ficar contigo durante dias — ou pelo menos até te esqueceres do som daquele estalido ósseo horrível.

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A24 volta a entregar um filme visualmente marcante, psicologicamente devastador e, claro, com aquele toque de terror físico que desafia os limites do que se pode mostrar no grande ecrã. E se achavas que Sally Hawkins não podia ser assustadora… é porque ainda não viste este filme.

Scott Eastwood e Sylvester Stallone em Alta Tensão: “Alarum: Código Mortal” Chega aos Cinemas a 7 de Agosto

Quando o passado não fica enterrado, a luta pela sobrevivência começa… com tudo a arder.

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Preparem-se para um verão escaldante nas salas de cinema! A partir de 7 de agosto, estreia Alarum: Código Mortal, um thriller explosivo protagonizado por Scott EastwoodSylvester Stallone e Willa Fitzgerald, que promete transformar cada minuto numa corrida contra o tempo — e contra todo o tipo de inimigos, incluindo os fantasmas do passado.

Quando os ex-agentes se apaixonam… e a CIA não perdoa

Joe (Eastwood) e Lara (Fitzgerald) pensavam ter deixado para trás as suas vidas como assassinos ao serviço de agências secretas. Escondidos num refúgio romântico, tudo muda quando assistem à queda de um avião e, entre os destroços, encontram uma pen drive com dados ultrassensíveis. A partir desse momento, começa uma perseguição letal por parte de governos, mercenários e até antigos colegas de profissão.

Entre os caçadores está Chester (Sylvester Stallone), um veterano agente da CIA que tem apenas uma missão: eliminar qualquer rasto de informação… incluindo quem a transporta. O filme transforma-se rapidamente num jogo de sobrevivência global, onde a confiança é uma moeda perigosa e as alianças duram o tempo de um disparo.

O regresso de Stallone aos thrillers de espionagem

Depois de dar corpo a ícones como Rocky e Rambo, Sylvester Stallone regressa em grande estilo ao género que ajudou a moldar. Em Alarum: Código Mortal, o ator norte-americano incorpora um antagonista duro, impiedoso, mas com um código de honra próprio. Já Scott Eastwood, herdeiro da lenda Clint Eastwood, volta a demonstrar por que razão é um dos nomes fortes da ação contemporânea.

O elenco conta ainda com Mike Colter (Luke CageMissão de Resgate), garantindo que a tensão se mantém sempre em níveis elevados — e que os confrontos são tudo menos previsíveis.

Realismo, adrenalina e conspiração em alta dose

Com um argumento centrado na manipulação governamental e nas zonas cinzentas do mundo da espionagem, o filme cruza ação intensa, perseguições alucinantes e dilemas morais, numa produção de ritmo implacável. A realização aposta num realismo cru e numa narrativa envolvente, que coloca o espectador no centro do conflito — onde ninguém está realmente a salvo.

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Para os fãs de thrillers de espionagem e ação musculada, Alarum: Código Mortal promete ser um dos filmes mais adrenalínicos deste verão.

📅 Estreia: 7 de agosto

Spinal Tap 2 Já Tem Trailer — e Traz Paul McCartney e Elton John Para o Palco Mais Barulhento do Mundo 🤘

Mais de 40 anos depois, a banda mais fictícia (e hilariante) do heavy metal está de volta. E desta vez, não vêm sozinhos.

🎸 A San Diego Comic-Con 2025 começou com decibéis bem elevados: o primeiro trailer oficial de Spinal Tap 2 foi revelado no painel de realizadores e trouxe consigo duas lendas da música real — Paul McCartney e Elton John — que se juntam à lendária banda fictícia nesta nova e esperada sequela.

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O realizador Rob Reiner, que regressa também no papel do cineasta Marty DiBergi, apresentou o trailer num momento que rapidamente se tornou viral. E sim, This is Spinal Tap volta a subir o volume… para além do 11.

O regresso da banda que nunca se foi

O trailer arranca com um flashback do filme original, lançado em 1984, e que se tornou num clássico absoluto do humor musical. Logo de seguida, vemos Paul McCartney a falar sobre uma possível reunião, deixando claro que esta sequela não é apenas uma sátira – é também uma carta de amor ao rock.

As imagens reveladas mostram os membros da Spinal Tap a reencontrarem-se 40 anos depois. O tempo passou, os egos não diminuíram, e o merchandising parece ainda mais confuso que antes. Mas há uma certeza: estão de volta para um último (e possivelmente épico) concerto.

Entre ensaios de fotos, reuniões desastrosas e ajustes técnicos com amplificadores que continuam a ir até 11, a banda prepara-se para o que promete ser o concerto mais caótico e glorioso da sua carreira fictícia.

Elton John no palco. Sim, leste bem.

O trailer termina com imagens bombásticas do espectáculo, onde se destaca a presença de Elton John, ao piano, a partilhar o palco com os Tap. Um momento tão improvável quanto absolutamente perfeito para um filme que sempre viveu no limbo entre realidade e delírio musical.

Um clássico do “mockumentário”

Para quem não conhece o original (shame on you!), This is Spinal Tap é um dos filmes fundadores do género “mockumentary” — documentários fictícios em tom satírico. Acompanhava a digressão nos EUA de uma banda britânica de heavy metal cujos desastres em palco (e fora dele) são tão hilariantes quanto absurdos. O filme tornou-se objeto de culto, especialmente entre músicos e fãs de rock que reconheciam nas personagens muitas verdades escondidas sob o exagero.

Estreia marcada para setembro

Com estreia confirmada nos EUA a 12 de setembroSpinal Tap 2 junta-se à lista de regressos improváveis e altamente desejados em Hollywood. Ainda sem data de estreia para Portugal, o mais certo é que aterre nos nossos cinemas pouco tempo depois — com sorte, com som surround a fazer tremer as cadeiras.

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Este será o último concerto? A última digressão? O fim da banda mais desafinada da história? Só o tempo (e os decibéis) dirão. Mas uma coisa é certa: ninguém satiriza o rock como a Spinal Tap.

Elon Musk vai chegar ao cinema – e já há ator escolhido para o interpretar

Ike Barinholtz, estrela de “The Studio”, foi escolhido para dar vida ao controverso bilionário Elon Musk no novo filme de Luca Guadagnino.

🚀 De Sal Saperstein a Elon Musk: a carreira de Ike Barinholtz está prestes a entrar em órbita. Conhecido até há pouco tempo como um rosto secundário da comédia televisiva norte-americana, o ator e argumentista viu a sua carreira dar um salto gigantesco com o sucesso da série The Studio, da Apple TV+, e prepara-se agora para aquele que será, sem dúvida, o papel mais mediático da sua vida: Elon Musk no cinema.

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O filme chama-se “Artificial” e é realizado por Luca Guadagnino, o cineasta italiano que nos trouxe obras como Chama-me Pelo Teu Nome e Challengers. O projecto está a ser desenvolvido para a Amazon MGM Studios e, embora envolto em secretismo, sabe-se que será uma comédia dramática centrada no mundo da Inteligência Artificial — nomeadamente os bastidores da revolução tecnológica mais polémica dos últimos anos.

Musk, Altman e o caos de 2023

De acordo com a imprensa especializada de Hollywood, Artificial poderá focar-se nos acontecimentos em torno da OpenAI em 2023, quando Sam Altman, co-fundador e CEO, foi afastado e recontratado num curto espaço de dias, gerando um verdadeiro motim entre os colaboradores da empresa. Elon Musk, também ele um dos fundadores da OpenAI, poderá ter um papel decisivo na narrativa — e agora já sabemos quem o interpretará.

Barinholtz, de 48 anos, não é um nome que associamos imediatamente a dramas biográficos, mas a escolha parece acertada para um filme que promete combinar humor, crítica social e uma dose de absurdo tecnológico, marca registada de Guadagnino nos seus projectos mais recentes.

Elenco de luxo

A acompanhar Barinholtz estará um elenco recheado de talento reconhecido pela Academia. Confirmados estão Andrew Garfield (nomeado ao Óscar por Tick, Tick… Boom! e Até ao Último Homem) e Yura Borisov, revelação em Anora, um dos filmes sensação de Cannes este ano.

Também em negociações está Monica Barbaro, que brilhou recentemente em A Complete Unknown. Já garantidos no elenco estão ainda Cooper Koch, conhecido por Monstros: A História de Lyle e Erik Menendez, e Cooper Hoffman, filho do saudoso Philip Seymour Hoffman e revelação em Licorice Pizza.

Um filme sobre IA que promete gerar polémica

A escolha de Elon Musk como figura central — numa altura em que o bilionário acumula polémicas tanto como inovações — torna este projecto particularmente apetecível. O facto de Artificial surgir pelas mãos de Guadagnino, um realizador com talento para cruzar intimismo com grande escala emocional, deixa antever uma abordagem tão elegante quanto provocadora.

Não é todos os dias que vemos um filme de prestígio abordar directamente as figuras mais influentes (e divisivas) da tecnologia contemporânea. E será fascinante ver como Ike Barinholtz — vindo do humor ácido e da sátira televisiva — se adapta ao perfil de um dos homens mais poderosos e enigmáticos da era moderna.

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A estreia ainda não tem data oficial, mas com rodagem prevista para o final de 2025, é de esperar que Artificial se torne um dos títulos a ter em conta na época de prémios seguinte.

A Nova Guerra das Estrelas em Hollywood: Paramount Vendida à Skydance Após Compromissos com Governo Trump

O estúdio de “Missão Impossível”, “Transformers” e “Star Trek” muda de mãos num acordo de 8 mil milhões de dólares que levanta sérias questões sobre liberdade editorial e pressão política.

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Foi aprovado: a Skydance, produtora responsável por títulos como Top Gun: Maverick, vai comprar a Paramount Global, um dos maiores estúdios de Hollywood, num negócio avaliado em 8 mil milhões de dólares (cerca de 6,8 mil milhões de euros). A decisão foi validada esta quinta-feira pela Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA — mas a polémica está longe de terminar.

A autorização só foi concedida depois da Skydance assinar um compromisso por escrito com o governo norte-americano, garantindo que a programação da nova empresa respeitará as diretrizes do executivo de Donald Trump, nomeadamente a rejeição explícita de conteúdos que promovam a diversidade, a equidade e a inclusão de forma activa. Em troca, a FCC garantiu luz verde à fusão — uma manobra que levanta dúvidas profundas sobre independência editorial e interferência política na cultura pop.

A queda de Colbert e o silêncio da CBS

O momento da decisão deixou muitos observadores políticos e culturais em alerta, especialmente porque surge poucos dias após o anúncio do cancelamento do programa “The Late Show” com Stephen Colbert, um dos críticos mais duros de Trump na televisão americana.

Segundo a CBS, canal pertencente à Paramount, trata-se de uma “decisão puramente financeira”, mas o contexto levanta suspeitas: o anúncio surgiu apenas três dias depois de Colbert criticar no ar o acordo de 16 milhões de dólarescelebrado entre a Paramount e Trump, chamando-lhe “um grande suborno”.

Colbert, que assumiu o programa em 2015 após a saída de David Letterman, tem sido uma voz vocal contra Trump e as suas políticas. O antigo presidente não perdeu tempo a celebrar o cancelamento na sua rede Truth Social: “Adoro que tenham demitido o Colbert. O seu talento era ainda menor que os seus índices de audiência.”

senadora democrata Elizabeth Warren foi uma das vozes mais críticas: “Os Estados Unidos merecem saber se o seu programa foi cancelado por motivos políticos.”

O império da Paramount — e o que está em jogo

Paramount Global é dona de um catálogo que inclui alguns dos maiores nomes da história do cinema e televisãoMissão ImpossívelTransformersStar Trek, além dos canais CBSMTVNickelodeonComedy Central e o serviço de streaming Paramount+. A compra pela Skydance representa um dos maiores movimentos de concentração de poder mediático em décadas.

A produtora Skydance, liderada por David Ellison, filho do bilionário fundador da Oracle, Larry Ellison, comprometeu-se com a FCC a garantir uma “diversidade de pontos de vista políticos”. Uma expressão que, segundo analistas, pode abrir caminho para uma limitação dos conteúdos que abordam questões raciais, de género ou sexualidade, frequentemente alvo de ataques pela ala mais conservadora da política americana.

Entre o entretenimento e a manipulação

Nos EUA, os talk shows noturnos sempre desempenharam um papel central na crítica política, numa tradição que remonta a Johnny Carson e continuou com Jay Leno, Letterman, e mais recentemente, Jimmy Fallon, Jimmy Kimmel e Stephen Colbert. São espaços de comentário, sátira e opinião. Que um deles seja cancelado dias depois de uma crítica aberta a um acordo com o governo não passa despercebido.

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O debate sobre liberdade de expressão, independência dos media e pressão política na indústria do entretenimentopromete intensificar-se nos próximos meses. O que está em causa não é apenas o futuro da Paramount ou da Skydance — é o futuro do próprio papel da televisão e do cinema na vida pública americana.

George Lucas Vai Estrear-se na Comic-Con — Sim, Leste Bem

Criador de “Star Wars” e “Indiana Jones” marca presença pela primeira vez no maior evento de cultura pop do planeta. E há muito mais para ver este ano em San Diego.

A edição de 2025 da Comic-Con de San Diego arrancou esta quinta-feira e já está a fazer história — ou melhor, vai fazer história este domingo, com a primeira visita de sempre de George Lucas ao evento. Sim, o homem que revolucionou o cinema com Star Wars e Indiana Jones nunca tinha posto os pés na convenção onde o sabre de luz e o chapéu de Indiana são praticamente dress code. Bizarro? Talvez. Emocionante? Sem dúvida.

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Lucas participará numa conversa moderada por Queen Latifah (!) sobre o aguardado Museu Lucas de Arte Narrativa, em parceria com o realizador Guillermo del Toro e o artista Doug Chiang, um dos grandes nomes do design visual do universo Star Wars. O museu, que abre portas em 2026 em Los Angeles, será uma ode à narrativa ilustrada — e claro, um templo da imaginação que alimenta o cinema há décadas.

Alien: Earth e o Predador que vai a jogo como presa

Mas não só de jedis se faz a Comic-Con. A ausência da Marvel Studios — que desta vez ficou sem o seu tradicional painel na Sala H — abriu espaço para outras sagas brilharem. E quem brilha agora é o terror cósmico.

Na sexta-feira, os fãs vão poder assistir à estreia mundial de “Alien: Earth”, série prequela de Alien: O 8.º Passageiro, com argumento e realização de Noah Hawley (FargoLegion). A estreia está marcada para agosto no Disney+, mas a Comic-Con será o palco de honra para mostrar o primeiro episódio, ambientado anos antes do filme de 1979 de Ridley Scott.

Também em destaque estará “Predador: Badlands”, o novo capítulo da saga que começou nos anos 80 com Arnold Schwarzenegger e que, desta vez, vira o jogo: o Predador é agora a presa. O realizador Dan Trachtenberg (do aclamado Prey) estará presente, ao lado dos protagonistas Elle Fanning e Dimitrius Schuster-Koloamatangi, para revelar mais sobre esta nova abordagem da icónica criatura caçadora.

Ryan Gosling, o Sol e a sobrevivência da humanidade

Outro momento muito aguardado será a apresentação do filme “Projeto Hail Mary”, protagonizado por Ryan Gosling e baseado no romance de Andy Weir (Perdido em Marte). Gosling interpreta um ex-professor de ciências que acorda numa nave espacial sem memória… e com a missão de salvar a Terra de uma catástrofe solar. A dupla de realizadores Phil Lord e Christopher Miller — os mesmos de Spider-Man: Into the Spider-Verse — juntam-se a Gosling no painel de sábado.

“Peacemaker”, princesas e pop culture até ao limite

Os fãs da DC vão poder ver em primeira mão novidades sobre a segunda temporada de “Peacemaker”, com expectativas altas para a presença de James Gunn e parte do elenco. John Cena de capacete? Provável. Revelações explosivas sobre o universo DC? Também.

Entretanto, pelas ruas de San Diego já desfilam os tradicionais cosplayers, entre princesas Disney, super-heróis, monstros, robôs, guerreiros e criaturas alienígenas. A cidade transforma-se numa verdadeira montra de criatividade e paixão geek, com exposições interativas, painéis de bastidores e experiências sensoriais para todos os gostos.

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A Comic-Con decorre até domingo, 27 de julho, e promete ser um daqueles momentos para guardar no holofote da memória nerd. E com George Lucas finalmente a atravessar as portas da convenção, pode bem ser a edição mais simbólica de sempre.

South Park volta a provocar e Casa Branca não acha graça nenhuma

No arranque da 27.ª temporada, a série de animação volta a centrar-se em Donald Trump — com uma versão do presidente criada por Inteligência Artificial a viver situações tão bizarras quanto provocatórias.

A nova temporada de South Park mal estreou e já está a gerar reacções inflamadas. No primeiro episódio da 27.ª temporada, a série satírica apresenta uma versão de Donald Trump recriada digitalmente — com Inteligência Artificial — e coloca-a a vaguear pelo deserto num estado de grande fragilidade (física e… emocional).

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Num dos momentos mais ousados do episódio, essa representação alternativa do presidente tenta convencer uma conhecida personagem das profundezas a envolvê-lo numa cena embaraçosa — com resultados, claro está, hilariantes e desconcertantes para os padrões de South Park.

🤐 O problema? A Casa Branca não achou graça nenhuma.

Críticas duras por parte do porta-voz oficial

O porta-voz da presidência norte-americana, Taylor Rogers, foi rápido a reagir:

“Este programa não tem relevância há mais de 20 anos e sustenta-se por um fio, com ideias pouco inspiradas numa tentativa desesperada de chamar a atenção.”

E acrescentou, referindo-se ao desempenho do presidente:

“Trump cumpriu mais promessas em apenas seis meses que qualquer outro presidente na história do nosso país, e nenhum programa de quinta categoria pode interromper a sequência de vitórias do presidente.”

As palavras foram fortes, mas o episódio também não poupou nos exageros — como é tradição na série criada por Trey Parker e Matt Stone, que já parodiaram praticamente tudo o que se move na cultura americana, da Igreja da Cientologia aos Óscares, passando por Elon Musk e… sim, o Canadá.

Um sucesso de bilheteira, mesmo com críticas

Apesar do desconforto político, South Park continua a ser uma das séries mais valiosas da televisão. O estúdio responsável, a Paramount, assinou recentemente um contrato de 1,5 mil milhões de dólares para manter a série na sua plataforma de streaming durante os próximos cinco anos.

Coincidência ou não, este episódio particularmente ousado surge no mesmo período em que a Paramount se encontra num processo de fusão com a Skydance, num negócio avaliado em 8 mil milhões de dólares, que abrange não só os estúdios de cinema como canais como CBS, MTV, Nickelodeon e Comedy Central.

Nada que South Park já não tenha feito

Este episódio provocador segue a tradição de sátira dura da série, agora a caminho da terceira década de exibição. Os criadores parecem mais interessados em manter a irreverência do que em agradar à política do momento — e, convenhamos, o público espera precisamente isso de South Park.

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Entre a crítica afiada, o humor absurdo e as reacções viscerais que provoca, South Park mantém-se como uma das últimas grandes fortalezas da comédia que não tem medo de pisar o risco — mesmo que isso implique uma reacção furiosa… diretamente de Washington.

Leonardo DiCaprio Está de Volta (e com Mau Feitio): Novo Trailer de One Battle After Another Promete Acção, Sarcasmo e Revolução

🎬 Preparem-se para ver Leonardo DiCaprio como nunca antes: barbas por fazer, olhar desconfiado e ar de quem já viu (e fez) muita coisa. O novo teaser de One Battle After Another, o muito aguardado filme de Paul Thomas Anderson para a Warner Bros., foi finalmente revelado — e traz consigo a promessa de um thriller negro com acção, humor sarcástico e um elenco de luxo.

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Intitulado provocatoriamente Bad Hombre, o teaser oferece o maior vislumbre até agora do que nos espera quando o filme chegar às salas a 26 de Setembro. E sim, será o primeiro filme de Anderson a estrear em IMAX — o que nos leva a crer que, para além das neuroses e diálogos afiados que o realizador adora, teremos também direito a imagens de encher o olho.

Revolucionários à moda antiga (e com contas por saldar)

A sinopse oficial ainda é escassa, mas a descrição no IMDb adianta o essencial: “Quando um inimigo do passado ressurge após 16 anos, um grupo de ex-revolucionários reúne-se para resgatar a filha de um dos seus.” Clássico? Talvez. Paul Thomas Andersonesco? Com toda a certeza.

A história é livremente inspirada em Vineland, romance de 1990 de Thomas Pynchon, autor que o realizador já explorou em Inherent Vice (2014), com Joaquin Phoenix. E, como seria de esperar, o tom parece equilibrar o absurdo do quotidiano com a tensão constante de quem já não sabe se ainda está numa guerra ou se apenas se esqueceu de crescer.

Um elenco de luxo para um mundo à deriva

Além de DiCaprio (cujo personagem parece ser descrito no trailer como o tal “bad hombre”), o elenco inclui Benicio del ToroSean PennRegina HallWood HarrisAlana Haim (que volta a colaborar com Anderson depois de Licorice Pizza) e Teyana Taylor.

E sim, o trailer já nos oferece algumas pérolas: tiroteios estilizados, diálogos tensos a meio de nada, olhares desconfiados atrás de óculos escuros e um DiCaprio com aquele ar característico de “não confiem em mim… mas também não me ignorem”.

O regresso de Paul Thomas Anderson à acção (com estilo)

Depois de dramas íntimos como Phantom Thread e comédias disfarçadas como Licorice Pizza, Anderson parece pronto a mostrar que também sabe brincar com géneros mais clássicos — e se há alguém capaz de filmar uma perseguição automóvel e transformá-la numa meditação sobre o falhanço humano, é ele.

Com 11 nomeações aos Óscares e uma reputação de autor consagrado, Anderson mantém-se uma figura única no cinema americano — alguém que consegue fundir o experimentalismo com narrativas acessíveis, e o absurdo com o sublime.

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Conclusão

One Battle After Another promete ser mais do que um mero filme de acção. Com DiCaprio a liderar um elenco de elite e Paul Thomas Anderson a explorar novos formatos visuais e narrativos, este poderá ser um dos grandes eventos cinematográficos do ano. E se o teaser Bad Hombre serve de indicador, é melhor começarmos já a preparar-nos para o caos — e para a diversão que vem com ele.

Adeus ao Ícone: Morreu Hulk Hogan, a Lenda do Wrestling e Estrela de Cinema

🕊️ Hulk Hogan morreu esta quinta-feira aos 71 anos, vítima de paragem cardíaca, avança o TMZ Sports. As equipas de emergência foram chamadas durante a manhã à sua residência em Clearwater, na Florida, onde o antigo campeão da WWE foi transportado de maca para uma ambulância, acabando por não resistir. A confirmação já está a circular nas redes sociais, acompanhada por uma onda de homenagens vindas de fãs, colegas de profissão e figuras públicas.

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Mais do que um lutador: um fenómeno da cultura pop

Nascido Terry Bollea, Hulk Hogan não foi apenas o nome mais reconhecível do wrestling profissional — foi um fenómeno transversal à cultura pop, que marcou gerações tanto dentro como fora dos ringues.

A sua ascensão ao estrelato começou nos anos 80, quando a sua figura musculada, bigode icónico e gritos de “Whatcha gonna do when Hulkamania runs wild on you?!” invadiram os televisores de milhões de famílias. Com um carisma inegável e uma presença larger than life, Hogan levou o wrestling da marginalidade à ribalta mediática, transformando-o num produto familiar e global. Em 1996, chocou o mundo ao reinventar-se como vilão, ao fundar a mítica New World Order (NWO), tornando-se Hollywood Hulk Hogan e reacendendo a sua popularidade numa nova geração.

No grande ecrã: entre o culto e o kitsch

A popularidade de Hogan não tardou a abrir-lhe as portas de Hollywood. Estreou-se com pequenos papéis, mas foi com Rocky III (1982) que chamou verdadeiramente a atenção, ao interpretar o temível Thunderlips, num confronto memorável com Sylvester Stallone.

Nos anos 90, apostou fortemente em filmes familiares e de acção leve, como Mr. Nanny (1993), Suburban Commando(1991) ou Santa with Muscles (1996). Embora muitas destas produções tenham sido alvos de críticas negativas, tornaram-se clássicos nostálgicos de uma era em que as estrelas do wrestling podiam dominar também o ecrã grande — uma tradição que The Rock, John Cena e Dave Bautista herdariam décadas depois.

Desenhos animados, reality shows e mais além

A versatilidade de Hogan estendeu-se também ao mundo da televisão. Teve a sua própria série de animação, Hulk Hogan’s Rock ‘n’ Wrestling, exibida entre 1985 e 1986, em plena era dourada da WWF. Mais tarde, protagonizou séries como Thunder in Paradise (1994) e deixou a sua marca na cultura dos reality shows com Hogan Knows Best (2005-2007), onde mostrou o lado familiar do herói de ringue.

Participou ainda em inúmeras aparições em talk shows, sitcoms e programas de competição, mantendo-se como presença constante no imaginário televisivo norte-americano durante mais de três décadas.

Luzes e sombras

Induzido no Hall of Fame da WWE em 2005, Hogan foi removido em 2015 após a divulgação de comentários racistas gravados clandestinamente — episódio que manchou irremediavelmente a sua reputação. No entanto, o processo judicial subsequente contra o site Gawker, que publicou o vídeo, resultou numa vitória para Hogan e na falência da plataforma, num caso que reconfigurou os limites legais da privacidade e do jornalismo digital nos EUA.

Um legado imortal

Com todas as suas polémicas, Hulk Hogan foi e será sempre um dos nomes mais influentes da história do entretenimento desportivo. Revolucionou o wrestling, deixou pegadas firmes em Hollywood e ajudou a definir o arquétipo do herói larger-than-life que tantas produções ainda hoje procuram emular.

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De Thunderlips a Hollywood Hogan, da animação ao cinema de acção de série B, Hulk Hogan tornou-se um símbolo de uma era onde o exagero era sinónimo de diversão — e onde o impossível parecia sempre ao alcance de um leg drop bem aplicado.

Dakota Johnson Brilha em Cannes, Mas Aparição Gera Debate Sobre Padrões de Beleza em Hollywood

🎬 A actriz norte-americana Dakota Johnson voltou a conquistar flashes na passadeira vermelha do Festival de Cannes, desta vez com um vestido preto elegante, decotado e sem soutien, que dividiu opiniões nas redes sociais. Aos 35 anos, a protagonista de Cinquenta Sombras de Grey mostrou-se fiel ao seu estilo clássico e minimalista, mas acabou no centro de um debate em torno da sua silhueta — e dos padrões estéticos exigidos às mulheres em Hollywood.

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Um vestido ousado, uma reacção inesperada

Foi em maio que Dakota Johnson surgiu com um vestido midi preto, de alças finas e corte justo, que deixava visíveis os ombros, as pernas e parte do decote. A escolha foi elogiada por muitos pela simplicidade elegante, com um toque retro, mas também motivou comentários preocupados sobre o seu peso.

Em particular, utilizadores de redes sociais mencionaram que a actriz estaria “demasiado magra” ou com um “ar doentio”, chegando mesmo a afirmar que “parecia pouco saudável”. Outros, em contraponto, elogiaram o facto de Dakota aparentar “envelhecer naturalmente” e “não ter cedido à tentação do Botox”.

Entre a pressão e a liberdade: uma discussão maior

A crítica dirigida à actriz não é nova — nem exclusiva. A indústria do entretenimento tem um longo historial de exigências físicas e padrões muitas vezes inatingíveis, especialmente no caso das mulheres. O que para uns é elegância e autocuidado, para outros pode parecer sinal de exaustão ou de problemas de saúde… mesmo que sem qualquer confirmação real.

Dakota Johnson, conhecida pelo seu discreto perfil público, não respondeu aos comentários. Importa referir que não existem quaisquer declarações da actriz sobre perturbações alimentares, nem qualquer confirmação de que a sua saúde esteja comprometida. O que existe é um fenómeno frequente: o escrutínio público do corpo feminino, alimentado por fotografias, redes sociais e a cultura do clique fácil.

Moda, expressão e julgamento: onde traçar a linha?

A actriz também causou sensação com um vestido rosa com franjas, de inspiração western, usado noutro evento em Cannes. A escolha, considerada “assustadoramente magra” por alguns fãs, somou elogios no que toca à ousadia e criatividade visual.

A controvérsia levanta uma questão essencial: quando é que o comentário passa a julgamento? Até que ponto estamos, enquanto público, a contribuir para a pressão estética sobre figuras públicas? E, sobretudo, o que diz isto sobre as expectativas que projectamos no corpo das mulheres — famosas ou não?

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Conclusão

Em tempos de constante exposição mediática, o corpo das mulheres continua a ser visto como território público. Dakota Johnson, com ou sem soutien, com mais ou menos peso, escolheu ser fiel ao seu estilo. Talvez isso baste — e seja até um acto de resistência silenciosa

Morreu Ricardo Neto, Pioneiro do Cinema de Animação em Portugal

Realizador de “O Romance da Raposa” e fundador da Topefilme, cineasta deixa legado incontornável na história do audiovisual português

O cinema de animação português perdeu uma das suas figuras fundadoras. Ricardo Neto, autor de obras marcantes como O Romance da Raposa e O Tapete Vivo, faleceu esta terça-feira, aos 87 anos, deixando para trás um legado criativo pioneiro que moldou o percurso da animação em Portugal ao longo de várias décadas.

A notícia foi avançada pela Casa da Animação, entidade que presta tributo ao papel fundamental que Neto teve na construção da identidade animada nacional. “Foi um dos principais pioneiros do cinema de animação português”, lê-se na nota publicada no site da associação.

Um percurso que começou nos anos 60

Nascido em Lisboa, a 18 de novembro de 1937, Ricardo Neto iniciou o seu percurso no cinema de animação em 1962, trabalhando em produtoras de filmes publicitários como a Prisma, dirigida por Mário Neves, e a Êxito, onde colaborou com Servais Tiago.

No biénio de 1963-1964 integrou a Meta Filmes, onde contribuiu para a criação de uma secção dedicada exclusivamente à animação. Mais tarde, fixou-se na Telecine-Moro, outro nome incontornável na história do sector.

Topefilme: o sonho que ganhou forma

O grande marco da sua carreira chegaria em 1973, quando fundou, juntamente com Artur Correia e Armando Ferreira, a mítica Topefilme — produtora que se tornaria um farol para o desenvolvimento do cinema de animação em Portugal. Segundo o historiador Paulo Cambraia, a Topefilme foi “um ponto de partida para o cinema de animação tal como hoje o conhecemos”. A produtora manteve-se activa até março de 1994.

“O Romance da Raposa” e a entrada na televisão

Um dos grandes momentos da carreira de Ricardo Neto foi a criação da série O Romance da Raposa, coassinada com Artur Correia. Baseada no clássico de Aquilino Ribeiro, com adaptação de Maria Alberta Menéres, a série estreou-se em 1987 na RTP, tornando-se na primeira série de animação integralmente portuguesa a ser exibida na televisão pública. Um verdadeiro marco cultural, que encantou gerações.

Entre o humor, a poesia e a pedagogia

Além das séries e curtas-metragens, Ricardo Neto deixou a sua marca também no cinema promocional e educativo. Realizou filmes como Torralta – Sincopado, O Grão de Milho, O Mistério da Semente no Jardim, Os Dez Anõezinhos da Tia Verde-Água, A Lenda do Mar Tenebroso e Patilhas e Ventoinha: O Caso da Mosca da TV, produzido com os icónicos Parodiantes de Lisboa.

Combinando técnica, irreverência e um profundo respeito pelo imaginário popular e literário, a sua obra contribuiu decisivamente para que o cinema de animação português tivesse voz própria — e rosto próprio.

Uma vida dedicada a dar vida ao desenho

No comunicado oficial, a Casa da Animação agradece a Ricardo Neto “pela ousadia” de fundar uma produtora para dar vida “aos seus desenhos, às suas histórias e aos seus sonhos”.

Hoje, o cinema de animação nacional presta homenagem àquele que, sem computadores ou ferramentas digitais, ousou animar o futuro com traços firmes, ideias visionárias e um talento singular.

Nicole Kidman Quer Ficar em Portugal — Estrela de Hollywood Dá Entrada em Pedido de Residência

Aos 58 anos, a atriz australiana passa vários dias em Lisboa e prepara-se para investir na Comporta ao lado de outras celebridades internacionais

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Nicole Kidman está rendida a Portugal — e tudo indica que quer tornar essa paixão oficial. A atriz australiana, de 58 anos, deu entrada num pedido de autorização de residência junto da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), segundo avançou a SIC Notícias. A estrela de Big Little Lies, The Hours e Eyes Wide Shut está há vários dias em Lisboa, numa visita que parece ter mais de permanente do que de passageira.

A actriz aterrou no domingo no Aeródromo de Tires e deslocou-se ao Alentejo litoral, onde está a tratar da aquisição de um imóvel numa das zonas mais exclusivas do país: o Costa Terra Golf & Ocean Club, um empreendimento de luxo entre Melides (Grândola) e Comporta (Alcácer do Sal).

Vizinhança de luxo e investimento milionário

Este condomínio privado, que conta com 300 moradias, é um dos segredos mais bem guardados do litoral alentejano — embora cada vez mais cobiçado por milionários e celebridades internacionais. Entre os residentes já confirmados está Paris Hilton, que também comprou casa no local. Com campo de golfe, centro equestre, beach club e wellness center, o Costa Terra representa o novo luxo português, com preços a começar nos 4 milhões de euros, de acordo com o portal Idealista.

Já há casa em Lisboa

Nicole Kidman e o marido, o músico Keith Urban, já tinham manifestado o seu apreço por Portugal ao adquirirem, em 2023, uma casa no Parque das Nações, em Lisboa. A possível compra na Comporta parece ser mais um passo em direção a uma presença regular (ou mesmo fixa) no país.

E se a estrela australiana está a escolher Portugal como casa — ainda que parcial — talvez também esteja a preparar terreno para futuros projectos cinematográficos em solo luso? Não seria a primeira actriz de Hollywood a fazê-lo.

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Por agora, os fãs portugueses podem apenas sonhar com a hipótese de esbarrar com Nicole Kidman numa esplanada lisboeta ou numa caminhada junto às dunas da Comporta. Uma coisa é certa: o encanto português continua a seduzir os maiores nomes do cinema internacional.

Elle Fanning e o Predador Formam Aliança Improvável no Novo Filme da Saga: Predador: Badlands

Realizado por Dan Trachtenberg, filme estreia em novembro e traz uma nova abordagem centrada na personagem alienígena

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Foi revelado um novo e electrizante trailer de Predador: Badlands, o aguardado regresso da saga Predador ao grande ecrã — e com uma reviravolta inesperada: desta vez, o famoso caçador alienígena poderá ser… um herói.

Ao seu lado estará Elle Fanning, num papel central que promete dar nova alma à franquia. Com 27 anos e uma carreira que começou ainda na infância, a actriz é conhecida por títulos como Super 8, Maléfica, The Great e A Complete Unknown. Segundo a própria, é uma fã assumida da saga iniciada em 1987 com Arnold Schwarzenegger.

Um novo capítulo, um novo planeta

Predador: Badlands chega aos cinemas a 6 de novembro, incluindo sessões em IMAX, e marca o regresso do realizador Dan Trachtenberg, que assinou o elogiado Prey (O Predador: Primeira Presa), lançado diretamente no Disney+ em 2022. Nesse filme, a acção recuava ao século XVIII e à Nação Comanche — desta vez, o cenário avança para o futuro.

A história passa-se num planeta remoto, onde um jovem Predador (interpretado por Dimitrius Schuster-Koloamatangi), excluído do seu clã, encontra uma inesperada aliada em Thia (Fanning). Juntos, embarcam numa jornada perigosa à procura do adversário supremo — numa narrativa que mistura ficção científica, drama e aventura.

Uma abordagem centrada no Predador

Em entrevista à revista Empire, Trachtenberg revelou que Badlands se afasta dos filmes anteriores por colocar o Predador no centro da história. “É a primeira vez que o acompanhamos como protagonista. Esta é uma história sobre identidade, exílio e sobrevivência — com muito sangue, claro”, brincou o realizador.

Com efeitos visuais promissores e uma dupla improvável no centro da acção, Predador: Badlands poderá ser o renascimento épico que a franquia precisava — e uma nova porta de entrada para quem nunca viu um caçador intergaláctico em acção.

Festival de Veneza 2025: Julia Roberts Estreia-se e Estrelas Não Faltam na Passadeira Vermelha

Programação da 82.ª edição inclui filmes de Guillermo del Toro, Kathryn Bigelow, Noah Baumbach, e uma poderosa homenagem a David Bowie

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A 82.ª edição do Festival de Cinema de Veneza foi oficialmente anunciada e promete ser uma das mais mediáticas e politicamente relevantes dos últimos anos. De Julia Roberts, que se estreia no festival, a George Clooney, Emma Stone, Cate Blanchett ou Jude Law, o certame decorre de 27 de agosto a 6 de setembro com uma programação recheada de estrelas e filmes que prometem marcar a temporada de prémios.

Julia Roberts estreia-se com Guadagnino

A icónica actriz norte-americana Julia Roberts marca presença pela primeira vez no festival para a estreia de After the Hunt, de Luca Guadagnino, produzido pela Amazon. O filme, sobre um caso de agressão sexual numa prestigiada universidade americana, será exibido fora de competição. “É a primeira vez que Julia Roberts desfilará na passadeira vermelha de Veneza, estamos muito felizes em tê-la”, afirmou o diretor artístico Alberto Barbera.

Competição oficial: de Putin a Frankenstein

Vinte e uma longas-metragens concorrem ao prestigiado Leão de Ouro, incluindo:

  • The Wizard of the Kremlin, de Olivier Assayas, sobre a ascensão de Putin, com Jude Law no papel principal;
  • Frankenstein, de Guillermo del Toro, com Oscar Isaac, Jacob Elordi, Mia Goth e Christoph Waltz, numa luxuosa produção da Netflix;
  • Jay Kelly, de Noah Baumbach, uma comédia coescrita com Greta Gerwig e protagonizada por George Clooney;
  • Father Mother Sister Brother, de Jim Jarmusch, com Adam Driver e Cate Blanchett;
  • The Smashing Machine, de Benny Safdie, com Dwayne Johnson e Emily Blunt.

Politicamente contundente: o caso Hind Rajab

O filme mais politicamente carregado será The Voice of Hind Rajab, de Kaouther Ben Hania, que reconstrói o caso real da menina palestiniana de seis anos morta pelas forças israelitas durante a guerra em Gaza. “É um dos filmes que mais impacto terá no público”, garantiu Barbera.

Estreia mundial e homenagens

O festival abrirá com La Grazia, de Paolo Sorrentino, com Toni Servillo, cujo enredo permanece em segredo. A actriz Kim Novak receberá o Leão de Ouro de Carreira. No segmento de clássicos restaurados, será exibido Aniki Bóbó, de Manoel de Oliveira.

Júri de luxo

O júri da competição principal será presidido por Alexander Payne e inclui nomes como Fernanda Torres, Zhao Tao, Stéphane Brizé, Maura Delpero, Cristian Mungiu e Mohammad Rasoulof.

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Com uma seleção que cruza géneros, geografias e gerações, a 82.ª edição do Festival de Veneza afirma-se como um dos grandes acontecimentos cinematográficos do ano.

Alexander Skarsgård Conta Como Desistiu da Representação Aos 13 Anos: “Só Queria Conduzir um Saab”

Protagonista de “Murderbot” recorda fama precoce na Suécia e explica por que deixou tudo para trás durante uma década

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Alexander Skarsgård está hoje no auge da sua carreira internacional, mas poucos sabem que, em tempos, jurou nunca mais voltar à representação. O actor sueco, conhecido por séries como True Blood, Big Little Lies e, mais recentemente, Murderbot, revelou no podcast Armchair Expert de Dax Shepard que desistiu da representação aos 13 anos, depois de ter alcançado fama repentina na Suécia com o telefilme Hunden som log (O Cão que Sorriu), em 1989.

“Era um filme para televisão com 50 minutos. Mas nos anos 80 só havia dois canais na Suécia, muito antes da televisão por cabo. Quando algo passava, o país inteiro via”, contou Skarsgård, agora com 48 anos.

Um sucesso que se tornou um fardo

O actor descreveu como o sucesso inesperado daquela produção lhe trouxe algo que não estava preparado para enfrentar: notoriedade. “Tinha 13 anos e, de repente, toda a gente me reconhecia por causa daquilo. Tornar-me ‘uma estrela’ deixou-me incrivelmente auto-consciente”, confessou.

Skarsgård admitiu que a fama precoce contrastava com os seus desejos mais simples: “Para alguém que sonhava com um pai de fato cinzento, num Saab cinzento a caminho de um escritório cinzento… aquilo foi duro.” A fama incomodava-o, e o desconforto tornou-se insuportável quando começou a sentir-se observado pelos colegas de escola: “Não gostava de ser reconhecido. Não gostava que os miúdos dissessem: ‘Vi-te naquele filme.’”

A pressão acabou por arrasar a sua autoconfiança. “Aquilo arrasou-me. Pensei: ‘Isto é horrível. Não quero continuar.’ Reformei-me. Larguei tudo aos 13 anos.”

Uma pausa de 10 anos… e o regresso inesperado

Durante uma década, Skarsgård afastou-se completamente da representação. E não teve dúvidas: “Não foi uma decisão difícil. Pensei: ‘Eu nem quero ser actor. Só quero conduzir um Saab.’ E parei.”

Acabaria por regressar ao ecrã em 2001, com uma participação em Zoolander. Desde então, construiu uma carreira sólida tanto na Europa como nos EUA, conquistando reconhecimento em dramas intensos e ficção científica. Ainda assim, o actor acredita que aquela pausa foi essencial para preservar a sua sanidade e reencontrar-se consigo mesmo.

Hoje, com a estreia de Murderbot a reforçar a sua presença no universo da ficção especulativa, Alexander Skarsgård parece ter encontrado o equilíbrio entre fama e autenticidade — e talvez até um Saab.

Fadiga de Super-Heróis? Kevin Feige Usa o Novo Superman Para Rebater Críticas ao Género

Presidente da Marvel admite excesso de conteúdos e promete regressar ao essencial: qualidade antes da quantidade

ver também: James Cromwell Tornou-se Vegan no Segundo Dia de Rodagem de Babe

Numa reunião inédita com os principais meios da imprensa norte-americana — incluindo Variety, The Hollywood Reporter e Deadline — Kevin Feige abriu o jogo sobre o presente e o futuro do Universo Cinematográfico Marvel (MCU). Durante uma hora, no coração da sede dos Marvel Studios, falou sem rodeios sobre a tão debatida “fadiga de super-heróis”, os erros cometidos, os planos até 2032 e até o impacto do novo Superman de James Gunn.

Quantidade a mais, qualidade a menos

Feige reconheceu que a Marvel ultrapassou os seus próprios limites. Entre 2008 (Homem de Ferro) e 2019 (Vingadores: Endgame), o estúdio lançou cerca de 50 horas de conteúdo. Nos seis anos seguintes, esse número mais do que duplicou: 102 horas de filmes e séries em imagem real, mais 25 horas de animação. “Foi demasiado”, admitiu. “Pela primeira vez, a quantidade superou a qualidade.”

Como resposta, a nova estratégia passa por produzir apenas dois ou três filmes por ano (em alguns, apenas um), e limitar as séries em imagem real do Disney+ a uma por ano. Tudo isto planeado com sete anos de antecedência.

A fadiga é real? Feige aponta o dedo… com elegância

Contrariando a ideia de que o público está saturado de super-heróis, Feige usou o sucesso do novo Superman, realizado por James Gunn para a rival DC Studios, como argumento. O filme arrecadou 125 milhões de dólares no seu primeiro fim-de-semana na América do Norte.

“Olhem para o Superman. Claramente não é fadiga de super-heróis, certo?”, disse. “Gostei imenso. Adorei que se entra logo na história. Não sabem quem é o Mister Terrific? Azar, acabarão por perceber. Este é um mundo totalmente desenvolvido.”

E revelou que trocou mensagens com James Gunn: “Estava a dizer-lhe o quanto adorava o filme. E ele respondeu: ‘Não existiria sem vocês.’”

Cortes, ajustes e lições com O Criador

A Marvel tem revisto os seus orçamentos. Kevin Feige revelou que O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos terá um custo 30% inferior ao planeado, em linha com os cortes aplicados aos projectos desde Deadpool & Wolverine. Em busca de eficiência, reuniu-se até com os responsáveis de O Criador, de Gareth Edwards, para perceber como fizeram um épico de ficção científica com apenas 80 milhões de dólares.

Blade, com Mahershala Ali, continua em desenvolvimento após várias versões rejeitadas. “Não queríamos simplesmente colocar-lhe uma roupa de couro e fazê-lo matar vampiros. Tinha de ser único. E [o argumento] não era ‘incrivelmente bom’.” O novo guião decorre no presente e está a ser trabalhado com calma e exigência.

O efeito pós-Endgame: quando tudo parecia desconectado

Dos 22 primeiros filmes do MCU, apenas três ficaram abaixo dos 500 milhões de dólares nas bilheteiras globais. Mas após Endgame, e com a pandemia, sete dos 13 filmes seguintes não atingiram essa marca.

Feige reconheceu os problemas: Capitão América: Admirável Mundo Novo “não funcionou porque era o primeiro sem o Chris Evans”. E Thunderbolts? “Um bom filme, mas ninguém conhecia o título. Muitas das personagens vinham das séries. O público perguntava: ‘Tinha de ver aquilo tudo para perceber este?’”

Segundo Feige, esse não será o caso com O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, passado nos anos 60 e pensado como ponto de entrada para novos espectadores.

Kang e o futuro: sem Majors, com Downey Jr.

Sem mencionar directamente Jonathan Majors (demitido após condenação por violência doméstica), Feige indicou que o estúdio já se preparava para afastar-se de Kang como grande vilão. “Ele não era Thanos.”

Em contrapartida, o regresso de Robert Downey Jr. ao MCU como Doutor Destino foi discutido entre os dois ainda antes da estreia de Homem-Formiga 3. A confirmação oficial chegou no final de julho de 2024 — e promete incendiar o hype para os próximos anos.

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No fundo, Kevin Feige parece ter percebido a principal lição: fazer menos, mas melhor. E se até a rivalidade com Superman servir para afinar a bússola criativa, os fãs têm razões para manter a esperança.

James Cromwell Tornou-se Vegan no Segundo Dia de Rodagem de Babe

— e Nunca Mais Voltou AtrásActor recorda como um porquinho falante mudou a sua vida para sempre

ver também: Rian Johnson Revela os Bastidores da Trilogia Star Wars Que Nunca Aconteceu

Há filmes que nos divertem. Outros que nos comovem. E depois há aqueles que mudam a nossa vida — e não apenas a dos espectadores. Foi o caso de Babe – O Porquinho, clássico de 1995 que, além de conquistar corações, teve um impacto profundo no seu protagonista, James Cromwell. Tanto, que o actor se tornou vegan… no segundo dia de filmagens.

Numa entrevista recente ao The Guardian, Cromwell contou que, depois de passar a manhã a filmar com os animais e, à hora de almoço, os ver transformados em comida no prato, não conseguiu continuar a ignorar o que via. “Tive um momento de consciência. E nunca mais comi carne desde então.”

Um papel que quase lhe fugia das mãos

Cromwell interpretou o icónico Farmer Hoggett, o agricultor de poucas palavras que vê algo especial no pequeno Babe. Mas o papel esteve por um fio. O estúdio pretendia manter um elenco totalmente australiano, e só graças à insistência da directora de casting é que Cromwell foi considerado — e, felizmente, escolhido.

Inicialmente, os produtores queriam que mantivesse o sotaque americano, mas o actor não se sentia confortável. Testou até um sotaque texano exagerado, mas acabou por filmar tudo com sotaque britânico, o que trouxe uma sobriedade inesperada à personagem.

A relação com o realizador George Miller (também conhecido por Mad Max e Happy Feet) não começou da melhor maneira: num teste de maquilhagem, Cromwell recusou tirar as patilhas, o que criou alguma tensão. Mas tudo se resolveu, e o que começou com atritos acabou por se transformar numa experiência que o actor descreve como “profundamente transformadora”.

Uma cena, um perdão, uma catarse

Um dos momentos mais marcantes para Cromwell aconteceu precisamente no final do filme. A cena em que os carneiros seguem Babe, após meses de treino frustrado, culmina com a frase icónica: “That’ll do, pig. That’ll do.” Ao pronunciá-la, Cromwell viu o reflexo do seu próprio pai na lente da câmara — e, naquele instante, perdoou-o. Foi o encerramento emocional de um capítulo importante da sua vida, conta ao jornal britânico.

O porquinho mais realista de sempre

Por detrás da ternura do filme, escondiam-se desafios técnicos gigantescos. Neal Scanlan, responsável pelos efeitos animatrónicos, recorda o esforço quase artesanal: pelos aplicados manualmente nas cabeças dos bonecos, olhos com pupilas ajustáveis e uma nova fórmula de silicone com textura realista de pele. O objectivo era simples mas exigente — Babe tinha de parecer real ao lado dos animais verdadeiros. E isso implicava trabalho exaustivo, muitas vezes sob calor intenso no interior da Austrália.

A dedicação foi tal que algumas das inovações desenvolvidas para Babe continuam hoje a ser utilizadas na indústria cinematográfica.

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Um impacto real — até nos mais pequenos

O filme não só tocou gerações como, segundo Cromwell, mudou vidas. O actor recorda o caso de uma mãe que se queixou porque a filha deixou de querer comer hambúrgueres depois de ver Babe. Para ele, essa reacção confirmou o impacto e a importância da obra — que continua, décadas depois, a deixar marca onde menos se espera.

Rian Johnson Revela os Bastidores da Trilogia Star Wars Que Nunca Aconteceu

Após o sucesso de Os Últimos Jedi, o realizador chegou a desenvolver ideias para uma nova saga — mas “Knives Out” trocou-lhe as voltas

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Durante anos, falou-se de uma nova trilogia Star Wars nas mãos de Rian Johnson. Agora, finalmente, o próprio veio levantar o véu sobre o projecto que nunca viu a luz do dia. Em entrevista à Rolling Stone, o realizador de Os Últimos Jedi (2017) explicou que, após o sucesso do filme, começou a trabalhar com Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, no esboço de uma nova narrativa galáctica — mas o tempo e os mistérios de Benoit Blanc acabaram por levá-lo noutra direcção.

Um projecto “muito conceptual”

Segundo Johnson, a trilogia nunca passou para o papel. “Era tudo muito conceptual. Não chegámos a desenvolver sinopses ou tratamentos formais”, explicou. Ainda assim, as conversas com Kennedy foram produtivas e cheias de entusiasmo: “Estávamos a divertir-nos imenso. Ela dizia ‘Vamos continuar’, e eu achava óptimo. Trocávamos ideias constantemente.”

No entanto, o surgimento de Knives Out – Todos São Suspeitos mudou o rumo da Força. O realizador embarcou no mistério policial que acabaria por se tornar um fenómeno, seguido de uma sequela (Glass Onion) e uma terceira parte já em andamento. “Fiquei completamente absorvido pelas minhas histórias de crimes.”

A porta continua entreaberta

Apesar do abandono do projecto, Rian Johnson mantém viva a paixão pelo universo criado por George Lucas. “Se, mais tarde, surgir a oportunidade de fazer esta trilogia ou outra coisa dentro de Star Wars, ficarei muito feliz”, admitiu. “Mas, neste momento, estou a fazer os meus próprios projectos — e estou bastante satisfeito com isso.”

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Enquanto isso, o universo Star Wars continua a expandir-se com novas séries e filmes planeados, mas a misteriosa trilogia de Johnson ficará, pelo menos por agora, na gaveta dos sonhos galácticos por concretizar.