O Regresso a Wakanda: Ryan Coogler Confirma Oficialmente Black Panther 3 como o Seu Próximo Filme

Depois de Sinners, o realizador prepara o capítulo final da trilogia, com Denzel Washington em cima da mesa e a herança de Chadwick Boseman sempre presente.

Ryan Coogler está de volta ao reino de Wakanda — e desta vez, sem rodeios nem respostas evasivas típicas da Marvel. Durante o painel dedicado a Sinners no evento Contenders Film: Los Angeles, o realizador confirmou aquilo que muitos fãs suspeitavam, mas que ainda não tinha sido dito com todas as letras: Black Panther 3 é o seu próximo filme.

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A revelação surgiu num clima descontraído, quando Mike Fleming Jr., do Deadline, tentou puxar por Coogler sobre os seus planos futuros. O cineasta, conhecido por guardar segredos da Marvel como se fossem vibranium puro, acabou por ceder: “Estamos a trabalhar arduamente… Sim, é o próximo filme.” Uma confirmação simples, mas que chega com o peso de uma das sagas mais importantes da história recente do MCU.

E há mais. Desde Novembro de 2024 que circula uma pequena bomba noticiosa lançada por Denzel Washington. Em plena promoção de Gladiator II, o actor revelou que Coogler estava a escrever uma personagem para ele. Na altura, muitos acharam que fosse exagero, especulação ou simplesmente boa disposição do veterano — mas Coogler já confirmou: sim, Denzel está efectivamente a ser considerado para o elenco de Black Panther 3. E é difícil imaginar um reforço mais sonante para uma obra tão carregada de simbolismo.

A presença de Chadwick Boseman continua, inevitavelmente, a pairar sobre cada decisão criativa. O actor interpretou T’Challa pela primeira vez em Captain America: Civil War, em 2016, antes de se tornar uma figura central do MCU com Black Panther (2018). Regressaria ainda em Infinity War e Endgame. O impacto cultural e emocional da sua performance mantém-se inabalável — e a forma como Coogler lidou com a sua morte, em 2020, fez de Wakanda Forever um dos filmes mais pessoais da Marvel, centrado na perda, no luto e na reinvenção.

No segundo filme, Letitia Wright assumiu o legado através de Shuri, que envergou o manto de Pantera Negra num arco narrativo marcado pela dor mas também pela esperança. A forma como Black Panther 3 irá levar este legado adiante, agora com a promessa de novos conflitos e novos actores de peso, é uma das grandes questões que pairam sobre o projecto — e parte do motivo pelo qual a revelação de Coogler está a gerar tanto entusiasmo.

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Ainda sem data de estreia, sem sinopse e sem qualquer detalhe oficial, há uma coisa que já se pode afirmar com confiança: Black Panther 3 está em marcha, e Coogler parece determinado a fechar a trilogia com a mesma força emocional — e talvez ainda mais ambição — que colocou Wakanda no topo do MCU.

Depois de vampiros, Klansmen e sangue no Delta do Mississippi, Coogler regressa à ficção científica, à política, à mitologia africana e à herança de um dos super-heróis mais marcantes do cinema contemporâneo. Há regressos que sabem bem — e este é um deles.

A Caça a Ben Solo Continua: Fãs de Star Wars Levam Campanha ao Céu para Ressuscitar Filme Cancelado

Adam Driver revelou que o projecto existiu, Disney recusou… e os fãs responderam com aviões, cartazes e uma devoção digna de Jedi em missão épica.

Há paixões de fã. E depois há isto: uma campanha aérea — literalmente — a sobrevoar os céus de Burbank, em frente aos escritórios da Disney, com uma mensagem gigante a exigir aquilo que muitos julgavam impossível: o renascimento de The Hunt for Ben Solo, o filme cancelado que teria continuado a história do personagem de Adam Driver após The Rise of Skywalker.

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Tudo começou quando o actor confirmou que não só o projecto existiu, como esteve muito perto de avançar. Driver revelou que ele e Steven Soderbergh estavam a desenvolver uma história centrada em Ben Solo depois da sua morte no Episódio IX. A ideia era ousada, arriscada e imprevisível — exactamente o tipo de coisa que poderia agitar as águas de uma galáxia que tem vivido sobretudo de nostalgia calculada.

O argumento estava a cargo de Rebecca Blunt, com Scott Z. Burns a entrar posteriormente para elevar ainda mais a fasquia. Segundo Driver, era “um dos guiões mais fixes em que já estive envolvido”, com Lucasfilm a ficar imediatamente convencida do conceito e da abordagem. Mas havia um obstáculo maior do que um Star Destroyer em órbita: a aprovação final da Disney.

E foi aí que tudo descarrilou. Bob Iger e Alan Bergman terão rejeitado o projecto, por não conseguirem ver — literalmente — como Ben Solo poderia estar vivo. “E foi isso”, resumiu Driver.

Só que os fãs não aceitaram o “foi isso”. Desde o momento em que a história veio a público, a comunidade Star Warsmobilizou-se com criatividade, urgência e uma pitada de loucura galáctica. Surgiram cartazes de “pessoa desaparecida” com o rosto de Ben Solo em Nova Iorque e Los Angeles, transformando o personagem numa espécie de mito urbano. E agora, um passo mais alto — ou mais alto do que qualquer campanha que não envolva uma nave X-Wing: um avião com a faixa “Shareholders Want The Hunt for Ben Solo” a sobrevoar a sede da Disney.

É difícil imaginar que este tipo de manifestação vá realmente convencer a administração a ressuscitar o filme. A história da indústria mostra que campanhas de fãs raramente mudam o destino de projectos rejeitados — embora o Snyder Cut esteja ali a acenar, do outro lado da galáxia Warner. Ainda assim, o entusiasmo não esmorece. Há algo neste personagem que continua a fascinar espectadores: a sua queda, redenção e morte deixaram mais perguntas do que respostas, e a promessa de explorar esse pós-vida narrativo é demasiado tentadora para morrer no papel.

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E se nada disto resultar? Bem, como ironizam alguns fãs, com a futura aposta da Disney em conteúdos gerados por IA, talvez um dia qualquer devoto de Ben Solo possa criar a sua própria versão da história. Canon ou não… será sempre Star Wars.

Por agora, a campanha continua. Nos céus. Nas redes. Nas cidades. E no coração dos fãs que se recusam a deixar Ben Solo desaparecer na Força.

O Filme Português que Está a Surpreender a Estónia e a Argentina — e a Levar o Alentejo pelo Mundo

«18 Buracos para o Paraíso», de João Nuno Pinto, estreia em dois festivais internacionais e torna-se o primeiro filme português distinguido com o selo Green Film.

Há filmes que nascem de uma paisagem. Outros, de uma inquietação profunda. 18 Buracos para o Paraíso nasce dos dois. A nova longa-metragem de João Nuno Pinto, inspirada no território alentejano, está a dar que falar muito para lá das fronteiras portuguesas. Ontem estreou na 29.ª edição do Tallinn Black Nights Film Festival, na Estónia, e hoje chega ao prestigiado Mar del Plata Film Festival, na Argentina — o único festival de classe A na América Latina, ao lado de gigantes como Berlim, Cannes ou Veneza.

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A obra, com 108 minutos, percorre a ruralidade alentejana através de uma narrativa fragmentada, construída a partir de três olhares femininos. No elenco encontramos nomes como Margarida Marinho, Beatriz Batarda, Rita Cabaço e Jorge Andrade, acompanhados por membros da comunidade local onde decorreu a rodagem. A história passa-se numa herdade assolada pela seca, onde proprietários e trabalhadores relatam os mesmos acontecimentos, cada um segundo a sua visão, como se cada perspetiva fosse um raio de sol a bater de forma diferente na mesma terra.

Além da presença internacional, o filme já conquistou um marco importante: tornou-se o primeiro filme português a receber a certificação Green Film. Este selo reconhece práticas ambientais responsáveis no processo de produção audiovisual — um detalhe particularmente simbólico, tendo em conta o tema central da obra. Afinal, 18 Buracos para o Paraíso é tão sobre o que vemos no ecrã como sobre o modo como o próprio cinema impacta o mundo que retrata.

A produção é da Wonder Maria Filmes, liderada por Andreia Nunes, em co-produção com a italiana Albolina Film e a argentina Aurora Cine. A distribuição internacional cabe à Alpha Violet. Em Portugal, o público terá de esperar mais um pouco: a estreia comercial está prevista apenas para 2026.

As sessões no Mar del Plata decorrem no Auditorium e voltam a repetir-se a 15 de Novembro, às 14h30, no Colon — apresentando a história alentejana a públicos de dois continentes diferentes no espaço de 24 horas.

Uma reflexão nascida da terra

João Nuno Pinto revela que o filme nasceu da urgência de retratar uma realidade que conhece de perto. A viver no Alentejo desde 2020, o realizador tem observado “a seca, a desertificação e as pressões do turismo e da especulação imobiliária”. O filme, explica, procura olhar para a crise ambiental não como um alerta distante, mas como uma presença quotidiana, que molda a vida das pessoas e o futuro da região.

A estrutura tripartida — três mulheres, três narrativas, três formas de interpretar os mesmos factos — reorganiza constantemente a perceção do público, criando uma teia emocional onde cada revelação altera o significado da anterior. Para o realizador, esta abordagem coloca o espectador “dentro dos mundos inquietos e frágeis destas mulheres”, tornando a história simultaneamente íntima e universal.

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No fundo, como sublinha João Nuno Pinto, o filme é “uma reflexão sobre fragilidade: da terra, da sociedade e da conexão humana”. Um tema local que ecoa uma realidade partilhada em todo o mundo — e que agora encontra voz em palcos internacionais, onde o Alentejo se revela não apenas cenário, mas personagem viva.

George Clooney Enfrenta o Lado Sombrio da Fama em Jay Kelly

(Estreia nos EUA hoje; chega à Netflix em todo o mundo a 5 de dezembro)

George Clooney não tem medo de interpretar homens complicados, mas Jay Kelly coloca-o perante um espelho distorcido: o de um actor tão famoso que perdeu quase tudo — principalmente a família — enquanto corria atrás do estrelato. O novo filme de Noah Baumbach, escrito com Emily Mortimer e produzido para a Netflix, estreia hoje nos cinemas norte-americanos e chega à plataforma a 5 de dezembro, também em Portugal.

A premissa é incómoda, quase provocadora: Clooney interpreta um actor cuja fama global é tão avassaladora que engoliu tudo à sua volta, desde amizades até à relação com as filhas. Para muitos, a personagem pode parecer um reflexo suavemente ficcionado do próprio Clooney — uma estrela mundial, omnipresente, acarinhada por várias gerações. Mas Clooney cortou essa ideia pela raiz durante a conferência de imprensa em Los Angeles, onde esteve presente a agência Lusa.

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“Dizem-me que estou a fazer de mim próprio”, afirmou, “mas eu não tenho os arrependimentos que este tipo tem. Os meus filhos ainda gostam de mim”. O actor descreve Jay Kelly com uma franqueza quase desconfortável: “Ele é um idiota. O desafio era perceber se conseguiria torná-lo simpático apesar disso.”

Baumbach, com o seu olhar habitual sobre a vulnerabilidade humana, confessa que a intenção do filme é outra: explorar aquele momento da vida em que a mortalidade deixa de ser uma ideia abstracta e passa a ser um facto concreto. É o instante em que a pessoa percebe que não há um segundo tempo, que as escolhas feitas foram as escolhas feitas — e que tudo aquilo que foi adiado pode já não voltar.

O filme acompanha não apenas Jay Kelly, mas também o seu círculo íntimo: Ron Sukenick, o agente interpretado por Adam Sandler, e Liz, a assessora que ganha vida pela mão de Laura Dern. Baumbach sublinha que todos eles gravitam em torno de Jay, como se a sua carreira fosse um sol demasiado quente para abandonar — mas que, com o tempo, começa a queimar quem está demasiado perto.

Laura Dern inspirou-se directamente na sua própria assessora, Anett Wolf, para construir Liz, incluindo o lenço Hermès sempre preso à mala. “Estas pessoas são como família e mentores”, disse. “Têm de ser insuportavelmente pacientes.” Adam Sandler, por seu lado, vê a sua participação como uma espécie de espelho profissional: “A minha fala favorita é quando digo ‘Tu és o Jay Kelly, mas eu também sou o Jay Kelly’. Acho que as nossas equipas sentem o mesmo.”

A verdade é que Jay Kelly promete muito mais do que o típico drama sobre Hollywood. É um retrato da máquina da fama e, sobretudo, das suas consequências invisíveis — aquilo que se perde quando todos pensam que se tem tudo. Clooney, sempre perspicaz, sempre confortável a brincar com a própria imagem, oferece aqui uma performance que parece tanto uma provocação como uma reflexão.

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E enquanto o filme chega primeiro às salas norte-americanas, será na Netflix, a 5 de dezembro, que o mundo inteiro — Portugal incluído — poderá ver Clooney desfiar este actor falhado de si mesmo, nesta história onde o glamour, a culpa e a auto-ilusão se misturam sem piedade.

Spongebob O Filme: À Procura das Calças Quadradas — O Regresso Mais Hilariante do Natal

Estreia nas salas portuguesas a 25 de dezembro, com trailer e poster já revelados

Este Natal promete ser mais amarelo, mais vibrante e muito mais… quadrado. Spongebob O Filme: À Procura das Calças Quadradas chega aos cinemas nacionais no dia 25 de dezembro, numa aventura cheia de humor, cor e imaginação — tudo aquilo que os fãs esperam do universo criado por Stephen Hillenburg. A versão dobrada e legendada já tem trailer e poster oficiais disponíveis, abrindo caminho para uma das estreias familiares mais aguardadas desta quadra festiva.

A missão impossível do herói mais optimista do oceano

Na nova história, o eterno entusiasta de Bikini Bottom decide provar uma coisa simples: que é “um rapaz crescido”. Naturalmente, e como sempre acontece quando Spongebob tenta mostrar maturidade, o plano descarrila da forma mais divertida possível.

Ao lado de Patrick, Sandy e do resto da tripulação, Spongebob parte numa missão improvável — encontrar as lendárias Calças Quadradas. Sim, as mesmas que lhe deram identidade, estilo e elasticidade emocional durante mais de duas décadas.

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A busca leva-os a enfrentar criaturas misteriosas, obstáculos inesperados e até uma das figuras mais temidas dos sete mares: o Holandês Voador, aqui numa versão tão assustadora quanto cómica.

Dobragens portuguesas e estreias especiais

Uma das marcas distintivas do fenómeno Spongebob em Portugal é a longevidade das suas vozes — a série está há mais de 20 anos em exibição nacional, e o filme mantém essa familiaridade. As vozes portuguesas habituais regressam, assegurando a continuidade que o público tanto aprecia.

E há ainda duas novidades:

  • Wandson Lisboa, como o Despertador do Spongebob
  • Maria Morango (Francisca Cabral), como a Empregada do Parque de Diversões — personagem cuja voz original pertence à cantora e fenómeno pop Ice Spice

Ambos fazem aqui a sua estreia no universo de Spongebob, numa participação que promete arrancar gargalhadas.

O espírito vibrante que conquistou o mundo

Com as vozes originais de Tom KennyClancy BrownBill Fagerbakke e Mark Hamill, esta nova longa-metragem mantém o ADN que transformou Spongebob num dos maiores fenómenos da animação contemporânea.

Visualmente exuberante, ritmado, cheio de piadas subaquáticas e com aquela energia caoticamente positiva que define o herói amarelo, À Procura das Calças Quadradas é o tipo de aventura que lembra porque é que o universo criado por Hillenburg continua a fazer parte das nossas vidas — mesmo muito depois da infância.

Uma comédia marítima para toda a família

O filme promete ser o destaque perfeito das férias de Natal: divertido para os mais novos, cheio de referências para os fãs de longa data e com um humor tão universal quanto imprevisível.

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Na sinopse oficial, Spongebob parte numa missão de coragem para impressionar o Mr. Krabs — e acaba numa jornada épica com o Holandês Voador. Entre águas profundas, explosões de cor e encontros absurdos, é garantido: nenhuma esponja foi tão longe para recuperar um par de calças.

🎬 SPONGEBOB O FILME: À PROCURA DAS CALÇAS QUADRADAS

📅 Estreia nos cinemas portugueses a 25 de dezembro

🔊 Versões dobrada e legendada

🏴‍☠️ #SpongebobFilme

Nuremberga — Rami Malek e Russell Crowe Revivem o Julgamento Que Mudou o Século XX

O drama histórico que chega aos cinemas portugueses a 4 de dezembro

O cinema regressa a um dos momentos mais decisivos e moralmente complexos da história moderna com Nuremberga, o novo filme escrito e realizado por James Vanderbilt (Zodíaco). O drama estreia a 4 de dezembro, assinalando os 80 anos do fim da 2.ª Guerra Mundial e do início dos Julgamentos de Nuremberga — o ponto zero da justiça internacional tal como a conhecemos hoje.

Baseado no livro The Nazi and the Psychiatrist, de Jack El-Hai, o filme reúne um elenco de peso liderado por Rami MalekRussell Crowe e Michael Shannon, oferecendo um olhar intimista, psicológico e profundamente inquietante sobre a linha ténue entre humanidade e monstruosidade.

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O duelo mental que define o filme

Rami Malek interpreta Douglas Kelley, o psiquiatra norte-americano encarregado de avaliar o estado mental dos principais líderes nazis enquanto aguardavam julgamento. Entre eles está Hermann Göring, aqui interpretado por um Russell Crowe transformado — carismático, manipulador e perigosamente lúcido.

O filme centra-se no confronto entre estes dois homens:

  • um médico determinado a compreender a mente dos responsáveis por atrocidades inimagináveis,
  • e um líder nazi que se revela intelectualmente afiado, sedutor até, e capaz de manipular cada palavra como arma.

É um duelo psicológico que ultrapassa a mera análise clínica: é uma batalha pela verdade, pela memória e pela tentativa de perceber o que leva homens aparentemente racionais a cometer crimes indescritíveis.

Michael Shannon surge como Robert H. Jackson, o juiz do Supremo Tribunal dos EUA que ajudou a criar o primeiro tribunal internacional da história — uma figura fulcral num momento em que o mundo precisava de justiça, não vingança.

A actualidade perturbadora de Nuremberga

James Vanderbilt sublinha que o filme não pretende apenas revisitar o passado, mas também alertar o presente:

“O mal nem sempre veste uniforme ou anuncia a sua chegada. Pode ser sedutor, inteligente e até encantador — como Göring era.”

A obra ecoa perigos contemporâneos — da desinformação ao extremismo — e recorda que a democracia só se sustenta quando a verdade é encarada de frente. Vanderbilt, que sempre soube conjugar rigor histórico com tensão narrativa, oferece aqui um filme que é tão emocional quanto intelectualmente desafiante.

Uma história que continua a moldar o mundo

Os Julgamentos de Nuremberga estabeleceram os princípios básicos da responsabilidade individual perante crimes contra a humanidade. Foram o início de um conceito que ainda hoje define o direito internacional e as formas como o mundo responde à barbárie.

Nuremberga quer devolver à memória colectiva esse momento de viragem, lembrando-nos que a civilização se constrói através de escolhas — e que, por vezes, o maior ato de coragem é simplesmente escolher a justiça.

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O filme estreou mundialmente no Toronto International Film Festival (TIFF), passou pelo Tribeca Festival Lisboa, e chega agora às salas portuguesas com distribuição da NOS Audiovisuais.

🎬 Nuremberga

📅 Estreia a 4 de dezembro nos cinemas portugueses

🎥 Realização e argumento: James Vanderbilt

⭐ Elenco: Rami Malek, Russell Crowe, Michael Shannon

📚 Inspirado na obra The Nazi and the Psychiatrist de Jack El-Hai

James Bond Entra em Terreno Minado: Novo Filme Enfrenta “Dores de Cabeça Criativas” Após a Morte de 007

A reinvenção do agente secreto mais famoso do cinema está longe de ser simples

O futuro de James Bond está oficialmente em turbulência. Segundo novos rumores vindos dos bastidores da Amazon MGM Studios, a equipa criativa responsável pelo próximo capítulo da franquia está a enfrentar aquilo que fontes descrevem como uma “enorme dor de cabeça criativa” — tudo graças ao final explosivo de No Time to Die (2021), onde o 007 interpretado por Daniel Craig morreu de forma inequívoca.

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O plano inicial parecia sólido: com a saída de Craig, a Amazon MGM Studios assumiu maior controlo criativo da saga, recrutou Denis Villeneuve (da trilogia Dune) para realizar o novo filme e contratou Steven Knight (Peaky Blinders) para escrever o argumento. Mas antes de avançar com casting ou narrativa, a equipa esbarrou num dilema que está a dar volta à cabeça dos escritores.

“Ele não caiu de um penhasco. Ele explodiu.”

De acordo com o Radar Online, o impacto emocional e comercial do final de No Time to Die está agora a transformar-se num problema logístico: como ressuscitar um personagem que foi literalmente pulverizado em cena?

Uma fonte próxima da produção descreve a situação de forma crua:

“Bond não caiu de um penhasco nem fingiu a morte — ele foi reduzido a pedaços. Todos concordam que foi um enorme erro, porque Bond devia ser eterno. Agora estão presos a tentar encontrar uma forma credível de o trazer de volta, e está a revelar-se quase impossível.”

Embora sejam apenas rumores, a tensão faz sentido. Bond, ao contrário de outras personagens icónicas, sempre viveu numa espécie de continuidade flexível — novos actores entravam, o universo prosseguia e ninguém perguntava demasiado.

Mas desta vez, a saga decidiu cortar o fio da tradição: Bond morreu mesmo.

E, como alerta o escritor Anthony Horowitz, autor de três romances oficiais de 007:

“Como é que se ultrapassa o facto de ele estar morto com D maiúsculo? Bond é uma lenda, pertence a todos. Torná-lo mortal foi um erro.”

Horowitz acrescentou ainda que seria incapaz de escrever a continuação:

“Não dá para fazê-lo acordar no duche e dizer que foi tudo um sonho.”

Reinventar? Ignorar? Recomeçar do zero?

Entre as hipóteses que circulam nos bastidores, há três cenários possíveis:

  1. Ignorar completamente o final de No Time to Die e seguir a tradição da franquia: novo actor, novo Bond, sem explicações.
  2. Criar uma justificação narrativa — seja tecnológica, simbólica ou quase mística — para a “ressurreição” de Bond. (Uma solução que, para muitos fans, arrisca cair no ridículo.)
  3. Reboot total, com outro tom, outra era e outra continuidade — algo que poderia entusiasmar Denis Villeneuve, mas que mexeria no ADN da saga.

A verdade é que, apesar da polémica, os fãs continuam a esperar um Bond renovado, mas fiel aos pilares clássicos: carisma, mistério, acção elegante e aquele toque de arrogância irresistível.

O maior desafio em décadas para 007

Com Villeneuve ainda ocupado com Dune: Part Three e sem ator anunciado, há tempo para decisões ponderadas. Mas uma coisa é clara: o próximo filme de Bond não pode falhar.

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Entre reconquistar o público, honrar uma personagem intocável por seis décadas e corrigir o que muitos consideram ter sido um tiro no pé criativo, a Amazon MGM Studios tem pela frente uma missão digna do próprio 007.

E desta vez, não há gadgets de Q que possam salvar a situação.

Porque Hoje é Sábado — Animação Portuguesa Premiada nos Açores

O novo triunfo de Alice Eça Guimarães no AnimaPIX 2025

A animação portuguesa volta a brilhar — desta vez na ilha do Pico, onde o AnimaPIX 2025 distinguiu Porque Hoje é Sábado, o novo filme de Alice Eça Guimarães, com o Prémio AnimaPIX. A curta-metragem, um retrato delicado e profundamente humano sobre uma mulher que tenta equilibrar a rotina doméstica com o desejo de evasão, conquistou o júri e o público pela sensibilidade, pela poesia visual e pela forma como transforma o quotidiano num território emocional de grande ressonância.

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O prémio surge numa edição especial para o festival: o 10.º aniversário do AnimaPIX, uma década dedicada “à criança em todos nós”, como sublinha Terry Costa, director artístico da associação MiratecArts, responsável pela organização. A festa inclui não só os vencedores mais recentes, mas também figuras incontornáveis do cinema de animação português, entre eles Abi Feijó e Regina Pessoa, a madrinha do festival.

A autora e o seu universo animado

Alice Eça Guimarães é um nome cada vez mais presente na animação nacional. Dividindo a carreira entre publicidade e cinema, tem construído um percurso marcado pela atenção ao detalhe, pela força da imagem e por uma sensibilidade profundamente cinematográfica. Não é a sua primeira distinção: os seus trabalhos já lhe valeram prémios importantes, incluindo o Sophia para Melhor Curta-Metragem Portuguesa.

Com Porque Hoje é Sábado, a realizadora volta a mostrar a capacidade de transformar temas íntimos em histórias universais — um cinema que se diz com silêncio, textura e movimento, sempre de forma elegante e emocionalmente honesta.

Uma década de AnimaPIX: o festival que celebra a imaginação

primeira semana de dezembro será marcada por uma programação intensa no Auditório da Madalena, com actividades pensadas para escolas e público geral. Entre 2 e 5 de dezembro, o festival celebra não só a nova vencedora, mas também os criadores que têm marcado o panorama da animação portuguesa.

Entre os nomes em destaque estão:

  • João Gonzalez, cuja obra foi nomeada ao Óscar;
  • Alice GuimarãesAlexandra RamiresLaura Gonçalves e Maria Trigo Teixeira, todas vencedoras anteriores do prémio AnimaPIX.

As realizadoras e realizadores estarão presentes numa sessão especial a 5 de dezembro, às 10:00, aberta ao público, num momento que promete ser um dos grandes destaques da edição.

Cultura, parceria e futuro

O evento é possível graças à colaboração entre a Câmara Municipal da Madalena e o Governo dos Açores, através da Direção Regional da Cultura. É mais um sinal do papel fundamental que o cinema de animação assume no panorama nacional: um cruzamento entre arte, educação e identidade que continua a ganhar reconhecimento dentro e fora do país.

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Com Porque Hoje é Sábado, Alice Eça Guimarães reafirma-se como uma voz singular da animação portuguesa — e o AnimaPIX reforça o seu estatuto como uma das plataformas mais importantes para descobrir, celebrar e projetar o futuro do género.

Playback — A Vida de Carlos Paião Ganha Som e Imagem no Grande Ecrã

Sérgio Graciano leva ao cinema o génio que pôs Portugal a cantar

Já começaram as filmagens de Playback, o aguardado biopic sobre Carlos Paião, o músico e compositor que marcou a cultura pop portuguesa com temas como Pó de Arroz e, claro, Playback. Realizado por Sérgio Graciano, o filme promete ser uma celebração vibrante da criatividade, humor e ousadia de um artista que partiu demasiado cedo, mas que deixou uma marca indelével na música portuguesa.

As rodagens arrancaram a 3 de novembro na Grande Lisboa e seguem agora para Ílhavo, a cidade natal de Paião — um local simbólico que será também um dos eixos centrais da narrativa. A estreia está prevista para o verão de 2026, com posterior exibição na RTP em formato de minissérie, ampliando o alcance deste retrato íntimo e inspirador.

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Um sonho entre a medicina e a música

Com argumento de Mário CenicantePlayback acompanha o percurso de um jovem estudante de Medicina que, movido pela paixão pela música, decide trocar a estabilidade da bata branca pelo risco do palco. É o retrato de um criador autodidata, espirituoso e cheio de curiosidade — alguém que ousou seguir o coração numa época em que o país começava, ele próprio, a descobrir o seu novo ritmo.

O filme mistura comédia, drama e nostalgia, captando o espírito transformador das décadas de 70 e 80 — um período de contrastes, entre o moralismo herdado e o entusiasmo de uma geração que se abria ao mundo.

“Queremos mostrar o homem por detrás do artista — o estudante sonhador que acreditava que a música podia mudar tudo. Este filme é uma celebração da sua coragem e da sua autenticidade”, explica o realizador Sérgio Graciano.

Rafael Ferreira é Carlos Paião

O papel principal cabe a Rafael Ferreira, jovem actor descoberto através de um casting nacional que contou com mais de duzentos candidatos e que terminou, simbolicamente, em Ílhavo. Ao lado de Ferreira, o elenco inclui Laura Dutra, Rita Durão, António Mortágua, Anabela Moreira e Albano Jerónimo, entre outros nomes de peso do cinema e da televisão portuguesa.

Com este elenco e a direcção de Graciano — conhecido pela sua sensibilidade na construção de personagens e pela capacidade de equilibrar emoção com ritmo narrativo —, Playback promete ser muito mais do que um retrato biográfico: será uma viagem emocional, musical e cultural ao coração de uma época.

Produção com selo português

O filme é uma produção da Caos Calmo Filmes, com produção executiva de José Amaral, e conta com distribuição da NOS Audiovisuaisapoio da RTPPIC PortugalCâmara Municipal de Ílhavo e Câmara Municipal de Oeiras.

Tal como a música de Paião, a produção pretende manter um espírito irreverente e apaixonado, cruzando o humor com a ternura e a melancolia de quem viveu intensamente, sempre entre o génio e o improviso.

Um tributo ao artista e ao homem

Mais do que um biopic, Playback quer ser um retrato humano e familiar, que devolve a Carlos Paião a dimensão que o público sempre pressentiu — a de um criador que via a vida como um palco e a música como uma forma de liberdade.

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Ao revisitarmos o seu percurso — do estudante que compunha entre exames ao músico que enchia palcos e corações —, Playback recorda-nos porque é que a música de Carlos Paião continua viva: porque tinha alma, alegria e uma vontade genuína de fazer Portugal sorrir.

🎬 Playback

📅 Estreia: Verão de 2026

🎥 Realização: Sérgio Graciano

✍️ Argumento: Mário Cenicante

⭐ Elenco: Rafael Ferreira, Laura Dutra, Rita Durão, António Mortágua, Anabela Moreira, Albano Jerónimo

🎵 Produção: Caos Calmo Filmes

🎬 Distribuição: NOS Audiovisuais

📺 Em breve também na RTP

Keeper: Para Sempre — O Amor, o Medo e os Segredos Que Nunca Deveriam Sair da Cabana

O novo pesadelo psicológico de Osgood Perkins chega aos cinemas portugueses

O terror elegante e profundamente psicológico de Osgood Perkins regressa às salas portuguesas este mês com Keeper: Para Sempre, um thriller inquietante onde o amor e a loucura dançam de mãos dadas. O filme, que estreia a 20 de novembro nos cinemas, promete ser uma das experiências cinematográficas mais intensas da estação — uma viagem ao interior de uma relação e aos abismos da mente.

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Perkins, realizador de O Colecionador de Almas (The Blackcoat’s Daughter) e do aclamado Longlegs, volta a explorar a fragilidade humana através de uma narrativa que começa como um drama íntimo e termina num pesadelo de segredos, sombras e arrependimento.

Um aniversário de casamento… e um inferno à espera

A premissa é simples, mas o resultado promete ser devastador: um casal viaja até uma cabana isolada para celebrar o aniversário de casamento. O cenário é idílico — neve, silêncio e promessas de reconciliação. Mas, à medida que a noite cai, algo começa a mexer-se nas paredes, nas vozes e nas memórias.

O que deveria ser um refúgio romântico transforma-se num labirinto de culpa e paranóia, onde o tempo parece distorcer-se e os laços de amor se confundem com as correntes da possessão. As “forças sombrias” que emergem naquela cabana não são apenas sobrenaturais — são também os fantasmas da intimidade, as verdades enterradas e os segredos que nenhuma relação sobrevive a ouvir.

Perkins descreve o filme como “uma história de terror emocional disfarçada de conto de amor”, e, conhecendo a sua obra, é seguro esperar o inesperado: ambientes minimalistas, silêncios longos e uma tensão que se infiltra lentamente, até que já é tarde demais para fugir.

O estilo Perkins: terror com elegância e alma

Filho do lendário Anthony Perkins (Psycho), Osgood construiu o seu próprio espaço no cinema contemporâneo com uma assinatura distinta — o terror atmosférico, cerebral e profundamente humano.

Em Keeper: Para Sempre, essa abordagem parece atingir nova maturidade. Perkins não se contenta com sustos fáceis: prefere explorar a psicologia das personagens, a dor do passado e o peso das escolhas. O resultado é um terror que se sente na pele, mas também no coração.

Visualmente, o filme promete a habitual estética fria e milimetricamente composta — cada plano uma pintura gótica, cada sombra um eco de culpa. A banda sonora, minimalista e dissonante, reforça o desconforto emocional que atravessa toda a narrativa.

O terror como metáfora

O que distingue o cinema de Osgood Perkins é a forma como o sobrenatural serve de espelho para o que é profundamente humano. Em Keeper: Para Sempre, a cabana isolada funciona como uma metáfora de confinamento — o local onde os segredos do casal, cuidadosamente trancados ao longo dos anos, encontram forma e voz.

É um filme sobre o que escondemos das pessoas que amamos e o que acontece quando o passado exige ser ouvido. E, como em Longlegs, o medo não vem apenas do exterior, mas da inevitabilidade do confronto interior.

A promessa de um novo clássico moderno

Com Keeper: Para Sempre, a Neon e Osgood Perkins consolidam uma parceria que tem redefinido o terror contemporâneo: inteligente, visualmente sofisticado e emocionalmente devastador.

Em tempos em que o género é dominado por sustos fáceis e clichés, Perkins propõe outra coisa: um mergulho no íntimo, onde o horror nasce da empatia e da dor, não apenas do medo.

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Prepare-se para um filme que não grita — sussurra. Que não assusta com monstros, mas com verdades. Que não se esquece quando termina.

🎬 Keeper: Para Sempre

📅 Estreia: 20 de novembro de 2025

🎭 Género: Thriller Psicológico

🎥 Realização: Osgood Perkins (O Colecionador de AlmasLonglegs)

🏠 Distribuição em Portugal: Estreia nacional nas principais salas de cinema

Nicole Kidman Junta-se a The Young People — O Novo Thriller de Osgood Perkins

A rainha do suspense regressa ao terror com o realizador de Longlegs

Nicole Kidman está de volta ao género que a consagrou como uma das grandes damas do cinema contemporâneo. A actriz australiana, vencedora de um Óscar e recordada por papéis que equilibram vulnerabilidade e frieza, juntou-se ao elenco de The Young People — o novo filme de Osgood Perkins, o realizador que arrepiou o público com Longlegs e The Monkey.

O projecto, produzido pela Neon, será lançado nos cinemas norte-americanos e promete continuar a ascensão meteórica de Perkins como o novo mestre do terror psicológico. O estúdio descreve The Young People como o início de uma parceria prolongada com o realizador, depois do sucesso estrondoso de Longlegs, que se tornou o filme independente mais lucrativo de 2024, com mais de 75 milhões de dólares nas bilheteiras dos EUA.

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Um elenco jovem, mas de peso

Além de Kidman, o elenco principal inclui Lola Tung (The Summer I Turned Pretty) e Nico Parker (How to Train Your Dragon), duas estrelas emergentes que assumem o protagonismo da história, ao lado de um grupo diversificado de nomes de culto e talento televisivo: Brendan Hines (The Tick), Cush Jumbo (The Good Wife), Heather Graham (Drugstore Cowboy), Johnny Knoxville (Jackass), Lexi MinetreeLily Collias (Good One) e Tatiana Maslany (Orphan Black).

Detalhes sobre o enredo ainda estão sob sigilo — o que, vindo de Osgood Perkins, só aumenta a expectativa. Conhecido pela sua abordagem subtil e profundamente atmosférica, o realizador raramente entrega histórias lineares. Em The Young People, espera-se mais uma viagem pela psicologia do medo, onde a juventude e a inocência se tornam terreno fértil para o horror.

O terror elegante de Nicole Kidman

Nicole Kidman não é estranha ao género. Antes de brilhar em dramas como The Hours ou Big Little Lies, a actriz já tinha arrepiado o público em “The Others” (2001), de Alejandro Amenábar — um dos grandes clássicos do terror moderno. A sua interpretação da mãe isolada numa mansão assombrada valeu-lhe nomeações ao BAFTA e ao Globo de Ouro, além de ter transformado o filme num fenómeno mundial, com mais de 210 milhões de dólares arrecadados.

Agora, com The Young People, Kidman regressa às sombras, prometendo um papel que mistura o seu domínio emocional com o toque inquietante de Perkins — um realizador que prefere sugerir o medo a mostrá-lo, e que, como poucos, sabe transformar o silêncio em desconforto.

Entre Scarpetta (para a Prime Video) e Margo’s Got Money Trouble (para a Apple TV+), Kidman volta a demonstrar uma versatilidade raramente igualada. Aos 58 anos, continua a desafiar-se com papéis que fogem à previsibilidade de Hollywood — e o terror, com o seu magnetismo sombrio, parece ser o terreno ideal para esse novo capítulo.

O futuro do horror tem assinatura Neon

Com The Young People, a Neon reforça o seu papel como casa do cinema de autor contemporâneo. A produtora e distribuidora — que lançou títulos como Parasite e Titane — aposta agora em Osgood Perkins como figura central de uma nova era do terror: inteligente, estético e desconcertante.

Depois de Longlegs, considerado por muitos críticos o filme mais perturbador dos últimos anos, e de The Monkey, que teve uma das melhores estreias da história do estúdio, The Young People surge como o próximo passo lógico — e, com Nicole Kidman a bordo, o mais ambicioso até agora.

Um segredo à espera de ser revelado

Ainda sem sinopse oficial, o filme promete manter o estilo enigmático que tornou Osgood Perkins uma das vozes mais singulares do cinema contemporâneo. O que se sabe é que o realizador continua obcecado com os temas da juventude, da culpa e da herança emocional — tópicos que, nas suas mãos, se transformam em terror puro.

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Com estreia prevista para 2026The Young People promete ser um dos filmes mais aguardados do próximo ano — e, com Kidman à frente do elenco, há razões de sobra para acreditar que o terror vai continuar a ser o género mais sofisticado de Hollywood.

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O novo épico desportivo da A24 já faz furor

Preparem as raquetas e os corações cinéfilos: a A24 acaba de lançar o novo trailer de Marty Supreme, a aguardada comédia dramática de Josh Safdie que promete transformar Timothée Chalamet num dos grandes favoritos à próxima temporada de prémios. O actor interpreta Marty Mauser, um prodígio do ténis de mesa nos anos 50 que luta para ser levado a sério num desporto dominado por egos, extravagância e obsessão pela vitória.

Inspirado livremente na vida real do lendário jogador Marty Reisman, vencedor de cinco medalhas em campeonatos mundiais, o filme apresenta-se como uma fábula retro sobre ambição, talento e o preço da glória — tudo embrulhado na energia crua e nervosa que se tornou marca registada de Safdie desde Uncut Gems.

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Uma história à medida de um “dark horse”

Marty Supreme marca o regresso de Josh Safdie à realização a solo — o seu primeiro filme sem o irmão Benny desde The Pleasure of Being Robbed (2008). Escrito em parceria com Ronald Bronstein, o projecto conta com uma equipa de peso na produção: Safdie, Bronstein, Eli Bush, Anthony Katagas, Chalamet e o próprio estúdio A24.

O elenco é tão improvável quanto fascinante: Gwyneth PaltrowFran DrescherTyler, The CreatorPenn JilletteOdessa A’zionKevin O’Leary (de Shark Tank) e até o lendário Abel Ferrara participam nesta mistura vibrante entre sátira desportiva e drama existencial.

Durante uma sessão secreta no Festival de Nova Iorque, em Outubro, o filme recebeu uma ovação de pé, com Chalamet, Safdie e parte do elenco a surgirem de surpresa. Em palco, o actor descreveu a obra como “uma carta de amor a Nova Iorque”, sublinhando o orgulho de estrear o filme na sua cidade natal.

O renascimento de um artista e o prenúncio dos Óscares

Desde a exibição surpresa, a crítica norte-americana não tem poupado elogios. O editor de prémios da VarietyClayton Davis, afirmou que Marty Supreme pode ser o “spoiler” da temporada:

“Num ano em que quatro filmes já se destacam com mais de dez previsões de nomeações, Marty Supreme surge como o cavalo negro que ninguém esperava — tal como o seu protagonista, um jovem com um sonho em que ninguém acredita e que vai até ao inferno e volta em busca da grandeza.”

Com a performance de Chalamet a ser descrita como “hipnótica, nervosa e vulnerável”, muitos apostam que o actor possa finalmente conquistar o Óscar de Melhor Actor que lhe tem escapado, após indicações por Call Me By Your Name e Dune: Part Two.

Safdie, Chalamet e a estética da intensidade

A junção de Josh Safdie e Timothée Chalamet é uma combinação que faz sentido: ambos são obcecados pela energia do detalhe e pela verdade do caos. Safdie filma a pressão como poucos — basta recordar Uncut Gems e a claustrofobia que o acompanha —, e Chalamet, com a sua fisicalidade nervosa e olhar febril, parece ter encontrado aqui o papel ideal.

Visualmente, o filme promete ser um banquete retro, com estética inspirada em revistas desportivas dos anos 50, trilha sonora jazzística e o habitual grão sujo de 16mm que dá à A24 o seu charme autoral.

Um Natal com cheiro a Óscar

Com estreia marcada para 25 de dezembroMarty Supreme chega às salas como o presente de Natal mais desejado para os amantes de cinema de autor. A crítica vê nele um concorrente inesperado, a A24 aposta num novo fenómeno, e o público prepara-se para ver Chalamet em modo total: carismático, obsessivo e, como sempre, à beira do colapso.

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Se Uncut Gems era o caos urbano e pulsante da Nova Iorque moderna, Marty Supreme é o seu espelho nostálgico — uma história de suor, sonho e redenção em mesa de pingue-pongue.

“The Wizard of the Kremlin”: Jude Law e Paul Dano Brilham no Retrato Implacável da Ascensão de Putin

Realizado por Olivier Assayas, o novo drama político que conquistou Veneza chega carregado de tensão, intriga e poder — com um elenco de luxo liderado por Jude Law e Paul Dano.

O realizador francês Olivier Assayas, conhecido por obras como Personal Shopper e Carlos, regressa com um dos filmes políticos mais aguardados do ano: “The Wizard of the Kremlin”, uma poderosa incursão nos bastidores do poder russo e na ascensão de Vladimir Putin. O filme, que recebeu uma ovação de 12 minutos no Festival de Veneza, promete ser um dos grandes destaques da temporada cinematográfica europeia.

Inspirado no romance homónimo de Giuliano da Empoli, vencedor do Grande Prémio da Academia Francesa, o argumento foi adaptado por Assayas em parceria com o escritor e argumentista Emmanuel Carrère. O resultado é uma obra ambiciosa que mistura ficção e realidade, mergulhando nas entranhas do Kremlin durante o caótico período pós-soviético.

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Paul Dano e Jude Law em duelo de poder

No centro da narrativa está Paul Dano, que interpreta Vadim Baranov, um “spin doctor” — conselheiro político e manipulador de imagem — inspirado livremente em Vladislav Surkov, o enigmático estratega russo conhecido por ser o arquiteto da propaganda moderna do Kremlin.

Ao seu lado, Jude Law encarna Vladimir Putin, retratado inicialmente como um agente da KGB frio e calculista, cuja sede de poder o transforma num líder implacável. O filme acompanha, ao longo de duas décadas, a forma como Putin ascende e consolida o seu domínio, manipula aliados e destrói adversários, num jogo político que mistura lealdade, medo e sedução.

O trailer revela também Alicia Vikander como Ksenia, a esposa de Baranov, cuja relação conjugal é corroída pelo peso da ambição e do segredo; Tom Sturridge no papel de um banqueiro e oligarca inspirado em Mikhail KhodorkovskyWill Keen como o magnata Boris Berezovsky, morto em exílio em Londres em circunstâncias suspeitas; e Jeffrey Wright como um jornalista americano em Moscovo, confidente e testemunha de um regime em mutação.

Política, manipulação e o espelho do Ocidente

Mais do que um retrato biográfico de Putin, The Wizard of the Kremlin é um estudo sobre o poder e a ilusão, um retrato do nascimento de um sistema político sustentado pela desinformação e pelo controlo narrativo — um tema particularmente atual.

O crítico Damon Wise, da Deadline, descreveu o filme como “um aviso ao Ocidente sobre como o mundo chegou a este estado de coisas”, sublinhando a forma como Assayas transforma os bastidores do Kremlin num labirinto psicológico e moral, onde cada gesto político é também um ato de teatro.

Visualmente, o filme mantém a assinatura estética do realizador: planos longos, atmosfera densa e fotografia fria, que sublinha a distância emocional e o peso do poder. A banda sonora minimalista, aliada à montagem precisa, reforça o tom inquietante de um país a moldar o seu próprio mito.

Um sucesso de crítica e festivais

Após a sua estreia triunfal em Veneza, onde foi recebido com aplausos prolongados, The Wizard of the Kremlin percorreu os festivais de Toronto, San Sebastián e Londres, consolidando-se como uma das produções europeias mais relevantes de 2025. O filme seguirá em dezembro para o Red Sea Film Festival, no Médio Oriente, antes da estreia comercial em França pela Gaumont, responsável também pela distribuição internacional.

Produzido por Olivier Delbosc (Curiosa Films) e Sidonie Dumas (Gaumont), o projeto contou com a participação de France TélévisionsDisney+ e France 2 Cinéma, confirmando a aposta francesa em narrativas políticas de alcance global.

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Com Paul Dano e Jude Law em estado de graça, e uma abordagem que alia realismo e introspeção, The Wizard of the Kremlin promete tornar-se uma das obras cinematográficas mais comentadas do ano — um retrato inquietante de como o poder absoluto nasce, cresce e se perpetua.

Franchise de Dinossauros Regressa: Jurassic World: Rebirth Pode Ter Sequência Confirmada

Logo após o sucesso nos cinemas, surgem relatos de que a produtora Universal Pictures já prepara a próxima aventura jurássica — com o realizador Gareth Edwards e o elenco de regresso.

A saga dos dinos continua a dar que falar. Depois de Jurassic World: Rebirth (2025) arrecadar mais de 868 milhões de dólares em bilheteira mundial, vários meios americanos avançam que o próximo capítulo está em preparação.  

Segundo o site Gizmodo, o realizador Gareth Edwards encontra-se em “negociações finais” para voltar ao comando da sequência, e a Universal pretende reunir novamente nomes como Scarlett Johansson, Mahershala Ali e Jonathan Bailey.  

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🦖 Sobre o filme

Jurassic World: Rebirth é o sétimo filme da franquia Jurassic Park e uma sequência autónoma de Jurassic World Dominion (2022). A trama segue uma equipa que viaja até uma instalação de investigação para recolher amostras de dinossauros raros na tentativa de revolucionar a medicina humana.  A estreia original norte-americana foi a 2 de Julho de 2025.  

🎬 Mas… e em Portugal?

Até ao momento não há anúncio oficial de quando Rebirth estará disponível em streaming em Portugal — mas dado o padrão recente da distribuidora para outros títulos da Universal, é provável que chegue primeiro em filmes premium nos cinemas e depois apareça numa das plataformas habituais como a Amazon Prime Video ou a Apple TV + . Fique atento às actualizações: normalmente a janela de estreia para streaming ocorre algumas semanas após o encerramento da exibição cinematográfica no mercado nacional.

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Viúva Clicquot: A Mulher que Transformou o Champanhe Numa Lenda

Baseado numa história verídica, o filme retrata Barbe-Nicole Ponsardin Clicquot, uma das primeiras grandes empresárias da era moderna — e o rosto por trás de uma das marcas mais icónicas do mundo.

Chega aos cinemas portugueses no dia 13 de novembro o aguardado drama histórico Viúva Clicquot, inspirado na biografia bestseller do New York Times que celebra a vida e o legado de Barbe-Nicole Ponsardin Clicquot, a visionária que revolucionou o universo do champanhe.

Após a morte prematura do marido, Barbe-Nicole recusa-se a seguir o destino convencional reservado às mulheres do início do século XIX. Em vez disso, decide tomar as rédeas da pequena adega familiar e transformá-la num império. Determinada, enfrenta guerras, intrigas e preconceitos, mas acaba por criar um dos nomes mais prestigiados do mundo do luxo: Veuve Clicquot.

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🍾 Uma história de coragem e inovação

Protagonizado por Haley Bennett, no papel da jovem viúva que desafia o seu tempo, o filme conta também com Tom Sturridge e Sam Riley. A realização está a cargo de Thomas Napper, com produção de Joe Wright (Orgulho e PreconceitoA Hora Mais Negra).

A narrativa acompanha as batalhas pessoais e profissionais de uma mulher que, num mundo dominado por homens, ousou liderar e inovar — criando um método de produção que redefiniu o champanhe e transformou o nome Clicquot num símbolo internacional de audácia e excelência.

🎬 Uma produção com sabor francês

Filmado inteiramente em França, Viúva Clicquot leva o espectador ao coração da região de Reims e Chablis, na Borgonha, locais onde o champanhe nasceu. O Château de Béru serve de cenário à propriedade da família Clicquot, e o filme contou com apoio direto dos arquivos da Maison Clicquot, garantindo um rigor histórico e visual excecionais.

Entre paisagens bucólicas, detalhes de época e uma fotografia que evoca o brilho dourado do champanhe, o filme é tanto uma homenagem à bebida quanto à mulher que ousou desafiar o impossível.

💛 Uma celebração do espírito feminino

Mais do que uma biografia, Viúva Clicquot é uma história sobre resiliência, ambição e amor — uma viagem emocional através das perdas e conquistas de uma mulher que deixou a sua marca na história e abriu caminho para gerações futuras de empreendedoras.

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Com distribuição da NOS Audiovisuais, o filme estreia a 13 de novembro nas salas de cinema nacionais.

Estreias da Semana: Dakota Johnson Brilha em “Splitsville”, Wagner Moura Ruma aos Óscares e “Bambi” Volta a Fazer Chorar

De comédias românticas a dramas políticos e clássicos reinventados, as salas de cinema portuguesas enchem-se de estreias imperdíveis — com Dakota Johnson, Wagner Moura, Costa-Gavras e até o eterno Bambi.

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Esta semana, o cinema português recebe um conjunto de estreias que promete agradar a todos os públicos: há amor e ironia com Dakota Johnson, suspense político com Wagner Moura, nostalgia pura com Bambi, e ainda dramas intimistas, animação divertida e até uma nova incursão na saga Predador.

🦌 “Bambi, Uma Vida nos Bosques” — um regresso com lágrimas à mistura

Poucos filmes marcaram tantas infâncias como Bambi. O pequeno veado órfão que emocionou gerações volta agora em formato live action, sob o olhar sensível de Michel Fessler. A novidade? Não é um filme da Disney, mas sim uma produção francesa da Gébéka Films, que aposta num tom mais naturalista e melancólico.

A história acompanha o nascimento, crescimento e amadurecimento de Bambi — um corço que aprende sobre amor, perda e sobrevivência na floresta. As vozes de Mylène Farmer e Senta Berger dão vida a esta recriação que promete arrancar lágrimas e memórias.

🇧🇷 “O Agente Secreto” — Wagner Moura em modo espionagem

Depois de Ainda Estou Aqui ter feito história nos Óscares, o Brasil apresenta um novo candidato: O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, autor de Bacurau e Aquarius. A ação decorre em 1977, durante a ditadura militar, e segue Marcelo, um professor que tenta começar de novo em Recife — até se ver enredado num perigoso jogo de espionagem e paranoia política.

Com Wagner Moura no papel principal, o filme alia crítica social a suspense clássico e está a ser apontado como um dos grandes favoritos à corrida pelos prémios internacionais. O elenco inclui ainda Gabriel LeoneAlice Carvalho e Carlos Francisco, numa obra que combina tensão, memória histórica e estética meticulosa.

💔 “Splitsville – Amor em Maus Lençóis” — Dakota Johnson em modo feel-good

Depois de uma sequência de filmes menos felizes, Dakota Johnson regressa em grande forma com Splitsville – Amor em Maus Lençóis, de Michael Angelo Covino, que soma 85% de aprovação no Rotten Tomatoes.

A história centra-se em Carey, que vê o casamento ruir e decide procurar apoio entre amigos, acabando por explorar o conceito de um relacionamento aberto. O que começa como uma experiência libertadora transforma-se num caos emocional — com muito humor e ironia à mistura.

Com Adria ArjonaNicholas Braun (Succession) e O-T Fagbenle, esta é uma comédia romântica moderna, divertida e surpreendentemente inteligente, apontada por muitos como “a melhor do ano”.

🇵🇹 “A Memória do Cheiro das Coisas” — o peso da guerra e a ternura da memória

Do realizador António Ferreira, chega uma das produções portuguesas mais sensíveis do ano. A Memória do Cheiro das Coisas é uma coprodução luso-brasileira que acompanha António, um ex-soldado da Guerra Colonial obrigado a viver num lar, onde é confrontado com as memórias do passado e com uma inesperada amizade com a sua cuidadora.

Com interpretações poderosas de Mina Andala e José Martins, o filme fala sobre trauma, envelhecimento e reconciliação — temas universais tratados com poesia e delicadeza.

🐺 “200% Lobo” — diversão para os mais novos

Nesta sequela da animação australiana 100% Lobo, o jovem Freddy Lupin sonha ser mais lobo do que cão. Mas um desejo mal formulado transforma-o num lobisomem desastrado, e, para piorar, acaba por libertar um duende da Lua na Terra.

Com vozes de Samara WeavingJennifer Saunders e Ilai Swindells, esta é uma aventura leve e colorida que mistura ação, comédia e amizade — ideal para sessões em família.

🎭 “55” — crime, redenção e humanidade nas ruas de Bombaim

Depois de um longo percurso em festivais, o filme “55”, de Shyam Madiraju, chega finalmente às salas portuguesas. Produzido entre a Índia e os Estados Unidos, acompanha 55, um jovem órfão que sobrevive como carteirista nas ruas de Bombaim.

Quando se cruza com a filha de uma das suas vítimas, inicia uma jornada de redenção e descoberta pessoal. O elenco é liderado por Emraan Hashmi e Rizwan Shaikh, num drama intenso que combina realismo social e emoção.

💨 “O Último Suspiro” — Costa-Gavras reflete sobre a vida e a morte

O mestre grego Costa-Gavras regressa com O Último Suspiro, uma meditação sobre a mortalidade, o luto e o sentido da vida. O filme acompanha Fabrice, um escritor que, ao visitar um hospital parisiense, conhece um médico de cuidados paliativos e confronta-se com o sofrimento e a dignidade dos pacientes.

Com Denis PodalydèsCharlotte Rampling e Kad Merad, esta é uma obra profunda e humanista, fiel ao estilo político e existencial de Costa-Gavras, que aqui troca a denúncia pela contemplação.

👽 “Predador: Badlands” — o regresso de um ícone da ficção científica

Da mente de Dan Trachtenberg (Prey), chega Predador: Badlands, um novo capítulo na saga iniciada em 1987 com Arnold Schwarzenegger.

Desta vez, a protagonista é Elle Fanning, que interpreta Thia, uma jovem humana num planeta remoto onde um Predador exilado busca o seu adversário final. O filme aposta numa abordagem mais intimista e visualmente impressionante, reinventando o conceito do caçador alienígena através de uma história de sobrevivência e empatia improvável.

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De clássicos renascidos a dramas premiáveis e aventuras espaciais, as estreias desta semana em Portugal oferecem de tudo um pouco — o difícil será escolher apenas um bilhete.

Gremlins 3 Está Oficialmente a Caminho: Chris Columbus Regressa com Apoio de Spielberg e dos Criadores de Final Destination: Bloodlines

O clássico de 1984 vai ganhar nova vida. Chris Columbus regressa ao comando com Steven Spielberg como produtor executivo — e o lançamento já tem data marcada: Novembro de 2027.

Preparem-se para esconder os Mogwais e desligar as luzes — os Gremlins estão de volta. A Warner Bros. confirmou que Gremlins 3 está oficialmente em desenvolvimento, com Chris Columbus (argumentista do original de 1984) a assumir a realização e o argumento, numa colaboração que reúne novamente Steven Spielberg e a Amblin Entertainment.

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A grande novidade é a entrada de Zach Lipovsky e Adam B. Stein, a dupla responsável pelo sucesso de Final Destination: Bloodlines (2024), que agora se junta a Columbus na escrita do guião. O estúdio já marcou a data de estreia para 19 de Novembro de 2027, prometendo uma nova geração de caos, humor e nostalgia.

O regresso dos monstros mais travessos do cinema

Gremlins marcou a cultura popular dos anos 80 ao lado de Ghostbusters, com uma mistura irresistível de terror, comédia e criaturas adoravelmente destrutivas. O filme original, realizado por Joe Dante, contava a história de Billy, um jovem que recebe de presente um Mogwai — o fofinho Gizmo — acompanhado de três regras essenciais:

  1. Não o exponhas à luz forte.
  2. Não o deixes molhar.
  3. E, sobretudo, nunca o alimentes depois da meia-noite.

Como seria de esperar, todas essas regras acabam por ser quebradas, dando origem a uma invasão de pequenos monstros que semeiam o pânico numa pequena cidade americana.

A sequela, Gremlins 2: The New Batch (1990), levou o conceito para territórios ainda mais loucos e satíricos, mas desde então a franquia ficou adormecida — até agora.

Columbus e Spielberg juntos outra vez

Chris Columbus mostrou-se entusiasmado com o regresso ao universo que ajudou a criar:

“Sinto uma enorme inspiração e paixão ao embarcar nesta nova jornada cinematográfica. É uma honra voltar a colaborar com Steven Spielberg e com a Warner Bros. para apresentar esta aventura a uma nova geração de espectadores.”

Spielberg regressa como produtor executivo, enquanto a produção ficará a cargo de Kristie Macosko Krieger e Holly Bario, pela Amblin Entertainment, e de Michael Barnathan e Mark Radcliffe pela 26th Street Pictures.

O presidente da Warner Bros., Jesse Ehrman, reforçou a importância do projeto:

“Poucos títulos são tão amados e icónicos como Gremlins. Estamos entusiasmados por trazer de volta esta saga, combinando magia, caos e coração — tudo o que tornou o original inesquecível.”

Do sucesso de 

Bloodlines

 à nostalgia dos anos 80

A dupla Lipovsky e Stein chega ao projeto com prestígio renovado após revitalizar a série Final Destination com Bloodlines, que arrecadou mais de 315 milhões de dólares em bilheteira mundial e se tornou o capítulo mais lucrativo e bem recebido da saga. Para os dois, que cresceram fãs de Gremlins e de clássicos como The Goonies e Home Alone, trabalhar com Columbus é “um sonho de infância tornado realidade”.

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Com o aval de Spielberg, o regresso de Columbus e o toque moderno dos novos argumentistas, Gremlins 3 promete recuperar o espírito do original — com novas criaturas, nova tecnologia e, claro, a mesma advertência de sempre: não alimentem o Gizmo depois da meia-noite.

Primeiro Trailer de Michael Revela a Transformação de Michael Jackson no Rei da Pop

Realizado por Antoine Fuqua e protagonizado pelo sobrinho de Michael Jackson, o aguardado biopic promete uma viagem íntima e grandiosa pela vida de um dos maiores ícones da música.

A Lionsgate divulgou o primeiro trailer oficial de Michael, o muito aguardado filme biográfico sobre Michael Jackson, realizado por Antoine Fuqua. O teaser será exibido nos cinemas antes de Now You See Me: Now You Don’t e oferece um primeiro olhar sobre a ascensão do Rei da Pop — desde os dias de infância até à consagração global.

O papel principal é interpretado por Jaafar Jackson, sobrinho do próprio cantor, cuja semelhança física e vocal com o tio impressionou os fãs nas redes sociais. O vídeo começa com Michael no estúdio, ao lado do lendário produtor Quincy Jones (interpretado por Kendrick Sampson), que lhe diz:

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“Sei que esperaste muito tempo por isto. As faixas estão prontas. As canções estão feitas. Vamos começar do topo.”

Enquanto o tema “Wanna Be Startin’ Somethin’”, de 1982, embala o trailer, surgem imagens da infância de Michael, das atuações lendárias com os Jackson 5 e dos vídeos que definiram gerações, como Thriller.

Um elenco à altura da lenda

Além de Jaafar Jackson, o elenco conta com Miles Teller como John Branca, advogado e conselheiro de Jackson; Colman Domingo no papel do exigente patriarca Joe Jackson; Nia Long como Katherine Jackson, a matriarca da família; Jessica Sula como LaToya Jackson; Larenz Tate como o fundador da Motown, Berry Gordy; Laura Harrier como Suzanne de Passe; e Kat Graham como Diana Ross.

Outros nomes incluem Liv Symone como Gladys Knight, Kevin Shinick como Dick Clark e KeiLyn Durrel Jones como Bill Bray, o antigo segurança e amigo de longa data de Michael Jackson.

Uma visão íntima e cinematográfica

Segundo a sinopse oficial, Michael “explora a jornada do superastro global para se tornar o Rei da Pop, apresentando um olhar íntimo sobre a vida e o legado duradouro de um dos artistas mais influentes e inovadores de sempre.”

O argumento foi escrito por John Logan (Alien: CovenantRango), e a produção ficou a cargo de Graham KingJohn Branca e John McClain — este último, um dos executores do espólio de Jackson.

Estreia adiada para 2026

Inicialmente previsto para Outubro de 2025, Michael chegará agora aos cinemas a 24 de Abril de 2026. As filmagens terminaram em Maio de 2024, mas o projeto passou por novas filmagens e ajustes criativos, após rumores de que o filme poderia ser dividido em duas partes — algo que o trailer parece desmentir.

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Com a assinatura de Antoine Fuqua (Training DayEmancipation) e a bênção da família Jackson, Michael promete ser uma homenagem cinematográfica à altura da sua estrela — com música, emoção e, claro, moonwalks.

John Carpenter Surpreende Fãs ao Sugerir Que The Thing 2 Pode Estar em Desenvolvimento

Quarenta anos depois do clássico de terror que redefiniu o género, o realizador de culto deixou no ar a possibilidade de uma continuação — mas sem confirmações oficiais.

Os fãs de The Thing voltaram a ter motivos para arrepiar os cabelos — e não apenas por causa dos efeitos práticos lendários. John Carpenter, o realizador da obra-prima de 1982, deixou escapar durante a sua participação num evento da Fan Expo que uma sequela pode estar, de facto, em andamento.

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Quando questionado sobre o tema, Carpenter respondeu de forma breve, mas suficiente para incendiar a imaginação dos fãs:

“Sim, estamos a trabalhar nisso agora. Não sei, veremos.”

A declaração, embora vaga, foi suficiente para gerar uma onda de especulação online. Ainda não há qualquer confirmação oficial de estúdio, elenco, argumento ou data de estreia — mas o simples facto de Carpenter reconhecer a existência de movimentações em torno do projeto já bastou para reacender o entusiasmo em torno de um dos filmes mais influentes da história do terror.

Um clássico que não envelhece

Lançado em 1982, The Thing (em Portugal, A Coisa) foi inicialmente recebido com frieza, mas com o tempo transformou-se num dos pilares do cinema de horror e ficção científica. Com Kurt Russell no papel principal, o filme combinava paranoia, isolamento e efeitos especiais práticos que ainda hoje impressionam — mérito do lendário Rob Bottin.

O seu ambiente claustrofóbico na Antártida e a constante dúvida sobre quem seria “a coisa” infiltrada no grupo de cientistas tornaram-no num ícone do terror psicológico e corporal. Em 2011, foi lançada uma prequela realizada por Matthijs van Heijningen Jr., que explorava os eventos que antecedem o filme original.

Um regresso possível… mas sem garantias

Apesar do entusiasmo gerado pelas palavras de Carpenter, o realizador não revelou mais detalhes. Não há, até ao momento, qualquer confirmação de que o projeto tenha luz verde, e a própria natureza ambígua da sua resposta (“veremos”) deixa espaço para dúvidas.

Mesmo assim, a possibilidade de Carpenter revisitar o universo de The Thing — nem que seja como consultor ou produtor executivo — é suficiente para fazer tremer os fãs de terror.

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Por agora, resta esperar para ver se a criatura voltará a emergir do gelo.

Predator: Badlands Conquista a Crítica e Estreia com 86% no Rotten Tomatoes

O novo capítulo da saga de ficção científica surpreende fãs e críticos com uma abordagem ousada: desta vez, o Predador é o herói.

A selva voltou a tremer — mas, desta vez, o monstro está do lado certo da luta. Predator: Badlands, o mais recente filme do realizador Dan Trachtenberg, chegou à crítica e já é apontado como uma das melhores surpresas do ano.

Com uma pontuação de 86% no Rotten Tomatoes, baseada em 51 críticas, o filme foi elogiado por reinventar a fórmula da saga e dar-lhe um toque inesperado de aventura, emoção e humor.

Segundo o consenso dos críticos, Badlands “mantém o sangue e a brutalidade característicos, mas adiciona coração e propósito ao caos.”

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Um Predador com alma (e propósito)

Na nova história, o centro da ação deixa de ser o humano em fuga. Aqui, o protagonista é Dek, um jovem Yautja (a espécie alienígena dos Predadores), interpretado por Dimitrius Schuster-Koloamatangi, que parte numa missão para provar o seu valor — e, curiosamente, salvar mais do que destruir.

Acompanhado por um androide meio-destruído (com ecos do universo Alien) e um companheiro não verbal que muitos já comparam a uma mascote de desenho animado, Dek enfrenta uma criatura ainda mais feroz do que qualquer caçada anterior.

“Trachtenberg arrisca e ganha — transforma o terror em aventura sem perder o impacto,” escreveu Eric Goldman, da MovieWeb, elogiando o filme como “uma direção nova e delirantemente divertida para a saga.”

Do terror à aventura pulp

Críticos do Bloody Disgusting destacam o tom “mais leve e aventureiro”, onde o ritmo e o humor lembram “um sábado de manhã com monstros e explosões.”

Já o The Film District descreveu Badlands como “o episódio piloto de um desenho animado clássico — mas no melhor sentido possível.”

Essa mudança de tom divide opiniões, mas é precisamente o que dá frescura ao filme: Badlands deixa de ser apenas um jogo de caça e sobrevivência e transforma-se numa odisseia espacial cheia de criaturas, ironia e adrenalina.

Nem todos ficaram convencidos

Nem todas as reações foram entusiásticas. O The Playlist classificou o filme como “uma mutação meio bem-sucedida”, argumentando que o realizador tenta “transcender o instinto primal da franquia” e, no processo, “esquece-se do que a tornou icónica.”

Deadline também lamentou que o novo Predador pareça “ter perdido o mojo ameaçador”, considerando que as cenas de ação “nunca galvanizam como antes.”

Ainda assim, a maioria das críticas reconhece o mérito de arriscar num formato novo, algo que poucas franquias com quase quatro décadas de existência se atrevem a fazer.

A evolução do caçador

Depois do sucesso de Prey (2022), também de Dan Trachtenberg, Predator: Badlands confirma o realizador como o nome certo para revitalizar o universo. A crítica parece concordar: a saga encontrou uma nova forma de rugir — e, quem diria, até de emocionar.

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Os fãs vão poder tirar as próprias conclusões quando o filme chegar às salas de cinema ainda esta semana.

Preparem-se: o Predador voltou. Só que, desta vez, ele é o herói.