Being Eddie — O Regresso Íntimo de um Ícone Que Mudou a Comédia Para Sempre

Há nomes que moldam gerações e há artistas que moldam pessoas — e Eddie Murphy é um desses casos raros. Para quem viveu os anos 80 e 90 com a televisão ligada, Eddie era omnipresente: 48 Hrs.Beverly Hills CopTrading PlacesComing to AmericaSaturday Night Live, a dobragem inconfundível em Shrek.

Era impossível não ser fã.

Ele era energia pura, velocidade cómica, irreverência, carisma — um fenómeno.

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Agora, com Being Eddie, a Netflix oferece a Murphy aquilo que já tinha oferecido a Stallone ou Martha Stewart: um palco descontraído, pessoal, quase caseiro, onde a lenda se senta a olhar para a sua própria vida com o humor e a serenidade de quem já viu tudo… e sobreviveu a tudo.

A mansão, a família, as memórias — e um Eddie Murphy muito “Eddie Murphy”

O documentário leva-nos a passear com Murphy pela sua mansão californiana, incluindo um teto retrátil digno de ficção científica. A câmara de Angus Wall apanha-o a fazer aquilo que sempre fez tão bem: observar, comentar, brincar, transformar o banal em comédia — até quando está simplesmente a ver Ridiculousness, que ele descreve com a naturalidade de quem compara MTV a Alejandro Jodorowsky.

De vez em quando, senta-se, abre revistas antigas, lembra os fatos de cabedal e aquela época em que parecia uma estrela rock… mas em modo comediante. O filme acompanha essa subida meteórica, muito antes dos 30 anos, quando Beverly Hills Cop o transformou num dos maiores nomes de Hollywood quase da noite para o dia. Era jovem demais para lidar com tanta atenção? Provavelmente. Mas Eddie, à sua maneira, tratou sempre a fama como se fosse mais uma personagem para representar.

Um legado contado por quem o seguiu: Chappelle, Rock, Hart, Davidson

O documentário tem o cuidado de mostrar como Murphy não foi só um fenómeno — foi um fundador.

Dave Chappelle, Chris Rock, Kevin Hart e Pete Davidson surgem para explicar o impacto profundo que Eddie teve nas suas carreiras.

Ele abriu portas. Ele mostrou o que era possível. Ele ensinou, mesmo sem saber que ensinava.

E há algo comovente na forma como Murphy ouve essas homenagens.

Inclina ligeiramente a cabeça, sorri com aquele ar de surpresa quase tímida e parece, por vezes, um miúdo de Long Island que ainda se pergunta como chegou até ali.

As sombras — e o silêncio sobre elas

O documentário não esconde que parte do passado de Murphy não envelheceu bem. Os anos de Raw e Delirious deixaram piadas sobre mulheres e pessoas LGBT que hoje provocam desconforto, e a própria ausência prolongada de Eddie do stand-up parece carregar um pouco dessa vergonha implícita.

Mas Being Eddie escolhe não mergulhar nos temas mais polémicos.

Assim como também foge aos episódios tensos com John Landis, apesar da presença surpreendente do realizador.

É uma biografia carinhosa, quase uma carta de amor — e, consciente ou não, muito pouco interessada em desconstruir o mito.

A morte como presença constante — e um Eddie feliz mesmo assim

Há algo discreto mas pesado no documentário: a perda.

Murphy fala de quem teve de enterrar, de quem partiu cedo demais, de quem o inspirou e desapareceu — Belushi, Robin Williams, Michael, Prince, Whitney.

A aparição do irmão Charlie Murphy, falecido em 2017, é especialmente tocante.

E, mesmo assim, Eddie recusa qualquer amargura.

Para ele, viver continua a ser uma espécie de bênção cómica.

O homem que outrora varria palcos como um furacão agora caminha devagar pela casa, rodeado da família, absolutamente em paz.

A sua aparição em SNL em 2019 encerra o documentário com a energia de alguém que regressa não para provar nada, mas porque ainda se diverte a fazer isto.

O Eddie de ontem, o Eddie de hoje — e o Eddie que sempre foi nosso

Para quem cresceu com ele, Being Eddie é um reencontro caloroso com uma lenda que marcou infâncias, adolescências e o próprio ADN da comédia moderna.

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É ver o miúdo magricela de Nova Iorque tornar-se um homem maduro, sábio, tranquilo — e ainda assim incrivelmente engraçado.

E para quem, como tantos de nós, passou os anos 80 e 90 a idolatrar Eddie Murphy, este documentário funciona quase como um abraço:

uma celebração de tudo aquilo que ele nos deu, e da forma como continua — sem pressão, sem pressa — a ser um dos talentos mais únicos do cinema.

TVCine Edition apresenta “Documentários: Olhares Sobre o Mundo” — cinco domingos para ver o mundo com outros olhos

De 2 a 30 de novembro, o canal dedica as noites de domingo a histórias reais que atravessam fronteiras, culturas e consciências

Em novembro, o TVCine Edition convida os espectadores a viajar por diferentes visões do mundo através do ciclo “Documentários: Olhares Sobre o Mundo”, uma seleção de obras premiadas que exploram temas como identidade, liberdade, migração e arte. A iniciativa decorre de 2 a 30 de novembro, sempre aos domingos, às 22h00, com estreia exclusiva também no TVCine+.

Do interior de Portugal aos Alpes franceses, das arenas de Espanha ao Luxemburgo multicultural, este especial reúne cinco filmes que nos recordam o poder transformador do olhar documental — e a importância de ouvir as histórias que raramente chegam ao grande ecrã.

2 de novembro — Lucefece, de Pedro Leite

Filmado ao longo de mais de 20 anos, em película e revelado à mão, Lucefece é um ensaio autobiográfico que mistura política, mitologia e memórias familiares. O realizador regressa às suas origens e às conversas com o pai, ex-combatente da guerra colonial, para refletir sobre o país, a herança e o tempo. Vencedor do Melhor Filme da Competição Cinema Falado no Porto/Post/Doc 2023.

9 de novembro — Tardes de Solidão, de Albert Serra

O provocador realizador catalão Albert Serra regressa com um retrato cru e íntimo do toureiro Andrés Roca Rey, explorando a dor, a devoção e o sentido trágico da tauromaquia. O filme, filmado com o rigor quase litúrgico de Serra, venceu a Concha de Ouro no Festival de San Sebastián 2024 e desafia o público a decidir: arte ou barbárie?

16 de novembro — As Melusinas à Margem do Rio, de Melanie Pereira

Filha de emigrantes portugueses no Luxemburgo, Melanie Pereira dá voz a cinco mulheres que vivem entre dois mundos — o da memória e o da pertença. O documentário, premiado no DocLisboa e no Porto Femme, cruza mitologia e experiência pessoal numa viagem poética sobre identidade e fragmentação.

23 de novembro — Peaches Goes Bananas, de Marie Losier

Durante 17 anos, Marie Losier filmou a artista Peaches, ícone queer e pioneira do electroclash. O resultado é um retrato vibrante de uma mulher em permanente reinvenção — um hino à liberdade artística e corporal. O documentário estreou no Festival de Veneza 2024, entre elogios da crítica e aplausos de pé.

30 de novembro — O Vale, de Nuno Escudeiro

Nos Alpes franceses, migrantes arriscam a vida para cruzar a fronteira entre Itália e França. O Vale acompanha o trabalho das comunidades locais que os acolhem, mesmo sob ameaça de prisão. Um olhar comovente sobre a solidariedade em tempos de crise humanitária, realizado por Nuno Escudeiro, distinguido como Realizador Internacional Emergenteno festival canadiano Hot Docs.

Cinco domingos, cinco viagens — todas diferentes, todas necessárias.

De 2 a 30 de novembro, o TVCine Edition convida-nos a olhar o mundo, e talvez a nós próprios, com um pouco mais de empatia.

🎬 Joe Pesci recusou participar no documentário sobre Martin Scorsese — e a realizadora explica porquêTítulo:

Apesar de uma das parcerias mais lendárias da história do cinema, o actor de Tudo Bons Rapazes foi o único a dizer “não” à série documental sobre o amigo e colaborador de décadas.

Poucos pares são tão icónicos no cinema como Joe Pesci e Martin Scorsese. Juntos, deram-nos alguns dos maiores clássicos de sempre: Touro Enraivecido (Raging Bull, 1980), Tudo Bons Rapazes (Goodfellas, 1990), Casino (1995) e, mais recentemente, O Irlandês (The Irishman, 2019).

Pesci venceu o Óscar de Melhor Actor Secundário em 1991 pelo papel de Tommy DeVito em Tudo Bons Rapazes — e foi nomeado duas vezes mais, por Touro Enraivecido e O Irlandês. Uma relação profissional tão duradoura e celebrada que, à partida, ninguém imaginaria vê-lo ausente de um documentário sobre o realizador.

Mas foi precisamente isso que aconteceu.

O único que disse “não”

A nova série documental Mr. Scorsese — que explora a vida e carreira do lendário realizador — reúne depoimentos de algumas das figuras mais próximas de Martin Scorsese: Robert De NiroLeonardo DiCaprioJodie FosterSteven SpielbergSpike Lee, entre muitos outros.

No entanto, Joe Pesci recusou o convite para participar. Segundo revelou a própria realizadora do documentário, a ausência não se deve a qualquer desentendimento entre ambos, mas sim à natureza reservada do actor.

“O Joe sempre foi uma pessoa extremamente discreta”, explicou a cineasta. “Ele sente que o trabalho fala por si — e, sinceramente, não gosta de entrevistas. Não houve tensão, apenas uma escolha muito à maneira dele: silenciosa e firme.”

Uma amizade que dispensa palavras 🎥

A decisão não surpreende quem conhece o temperamento de Pesci, conhecido pela aversão à fama e pela preferência por uma vida longe das câmaras. Desde O Irlandês, o actor tem mantido um perfil discreto, escolhendo com cuidado os projectos em que participa — e, aparentemente, não sentiu necessidade de revisitar o passado diante das câmaras.

Ainda assim, a sua ausência não passa despercebida, tendo em conta que foi precisamente com Scorsese que Pesci assinou alguns dos papéis mais memoráveis da sua carreira. Juntos, criaram personagens brutais, intensas e inesquecíveis — o tipo de performances que definem gerações.

Mr. Scorsese: um retrato de uma lenda viva

O documentário promete uma visão íntima sobre a vida e obra do realizador nova-iorquino, analisando mais de meio século de carreira e explorando o seu impacto em Hollywood e na cultura popular.

Mesmo sem a presença de Joe Pesci, o retrato de Martin Scorsese mantém-se completo — afinal, poucas parcerias precisam de palavras quando o cinema já disse tudo.

🌊 Documentário sobre Rabo de Peixe torna-se viral e conquista o top 10 da Netflix em cinco países

Entre aplausos e memes, a história real dos pacotes de cocaína que deram origem à série açoriana voltou a apaixonar — e a surpreender — o público internacional.

O fenómeno de Rabo de Peixe voltou a fazer ondas — desta vez, em formato documental. Maré Branca: A Surreal História de Rabo de Peixe, lançado na Netflix a 17 de Outubro, transformou-se num sucesso inesperado, chegando ao top 10 da plataforma em cinco países, incluindo Portugal, Canadá, Suíça, Croácia e Luxemburgo.

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Tudo começou quando a página britânica Unilad, uma das maiores comunidades digitais do mundo (com mais de 51 milhões de seguidores no Facebook e quase 6 milhões no Instagram), partilhou a insólita história da vila açoriana. O resultado? Um tsunami de visualizações, comentários e memes.

“A Netflix lançou um bizarro documentário sobre como uma vila inteira ficou viciada em cocaína depois de um plano de tráfico correr mal”, dizia a publicação. A frase, tão absurda quanto verdadeira, captou a atenção de milhões de pessoas que nunca tinham ouvido falar de Rabo de Peixe.

Uma história real digna de cinema

O documentário revisita os acontecimentos de 2001, quando um pescador da ilha de São Miguel encontrou dezenas de pacotes de cocaína de alta pureza que deram à costa — e que rapidamente mudaram a vida da comunidade local.

De repente, uma vila pacata viu-se no centro de uma história de crime, dependência e desespero, com as autoridades a correr contra o tempo para controlar o caos. Como resume a sinopse oficial, trata-se de “uma história surreal, mas real, que marcou para sempre os habitantes de Rabo de Peixe”.

Do drama real ao sucesso global

O sucesso do documentário surge depois do fenómeno da série de ficção Rabo de Peixe, criada por Augusto Fraga, que dramatizou os mesmos eventos e se tornou um dos maiores sucessos portugueses da Netflix. Após uma segunda temporada estreada também a 17 de Outubro, já se fala num terceiro capítulo em preparação.

Mas desta vez, o destaque foi mesmo para a história real — e para as reacções bem-humoradas nas redes sociais. “Acho que encontrei o meu próximo destino de férias”, brincou um utilizador. Outro comentou: “Levaram os pacotes de férias a outro nível.”

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Um fenómeno à escala internacional

A publicação da Unilad já soma milhares de partilhas e comentários, ajudando a transformar Maré Branca num fenómeno global. O público internacional ficou fascinado com a mistura de tragédia, ironia e absurdo que caracteriza a história de Rabo de Peixe — um pequeno ponto no mapa que, mais uma vez, conquistou o mundo.

Ben Stiller Abre o Coração: “Achei Que Estava a Ser um Bom Pai — Mas Estava a Repetir os Erros dos Meus Pais”

No documentário Stiller & Meara: Nothing Is Lost, o actor de Zoolander enfrenta as verdades duras ditas pelos próprios filhos — e admite que o sucesso profissional teve um preço familiar.

O novo documentário de Ben StillerStiller & Meara: Nothing Is Lost, é muito mais do que uma homenagem aos seus pais, Jerry Stiller e Anne Meara — é também um espelho inclemente sobre o que significa crescer e, mais tarde, tentar não repetir a mesma história.

Durante o filme, os filhos do actor e da actriz Christine TaylorElla (23) e Quin (20), abrem-se sobre a infância que tiveram — e as ausências que sentiram.

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“Quando algo corria mal, era difícil tirar-te desse estado,” contou Quin, dirigindo-se ao pai. “Tinhas tantas funções — actor, realizador, produtor — que, por vezes, ser pai parecia vir em último lugar.”

Ella, por sua vez, foi ainda mais direta:

“Não me lembro de alguma vez teres estado por perto enquanto eu crescia.”

“Achei que estava a fazer melhor — afinal, estava igual”

Essas confissões deixaram Stiller visivelmente abalado. Aos 59 anos, o actor admitiu que o confronto com as palavras dos filhos o fez repensar décadas de vida familiar:

“O mais irónico é que pensei que estava a fazer muito melhor do que os meus pais. Voava para casa aos fins-de-semana, encontrava lugares especiais para os miúdos brincarem nos sets… mas, no fundo, estava a repetir o mesmo padrão, e não via isso.”

Numa entrevista recente ao The Sunday Times, Stiller foi ainda mais franco:

“Provavelmente falhei mais com os meus filhos do que os meus pais falharam comigo.”

O actor explicou que acreditava que trabalhar arduamente para sustentar a família equivalia a ser um bom pai. Hoje reconhece que “os laços formados na infância são essenciais” e que o tempo ausente nunca volta.

Divórcio, reconciliação e um novo olhar sobre a família

A relação familiar enfrentou mais turbulência quando Ben e Christine Taylor se separaram em 2017, após 17 anos de casamento. No entanto, a convivência durante a pandemia acabou por os reaproximar.

“Senti-me mal pelo impacto que a separação teve nos nossos filhos,” confessou. “Mas, paradoxalmente, foi o melhor que podia ter acontecido a mim e à Christine. Mudou completamente a forma como nos vemos.”

Hoje, diz, a relação está “longe de ser perfeita, mas mais autêntica”:

“Não damos nada por garantido. E quando estamos felizes, somos melhores pais. A vida é isso — errar, reconhecer e tentar reparar.”

Um retrato honesto e raro de Hollywood

Stiller & Meara: Nothing Is Lost promete ser um dos documentários mais pessoais e vulneráveis do ano, ao mostrar um Ben Stiller sem filtro: um homem dividido entre o peso do legado familiar e o desejo de fazer diferente — mesmo quando percebe que talvez não o tenha conseguido.

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Entre memórias, feridas e reconciliações, o filme não é apenas sobre pais e filhos: é sobre o difícil equilíbrio entre sucesso e presençacarreira e afetoculpa e redenção.

TVCine Edition Celebra o Documentário com o Especial DocLisboa 2025 🎬🌍

 🎬 De 13 a 17 de outubro, o canal dedica uma semana à arte de ver o mundo através da lente documental

Entre os dias 13 e 17 de outubro, o TVCine Edition volta a abrir as suas portas ao mundo do documentário com o Especial DocLisboa 2025 — uma seleção exclusiva de cinco filmes que marcaram presença no festival de cinema documental mais prestigiado do país.

Em parceria com o DocLisboa, cuja edição deste ano decorre de 16 a 26 de outubro, o TVCine convida os espectadores a uma viagem cinematográfica feita de realidades plurais, da música à habitação, da resistência à identidade, com histórias vindas de Portugal, Brasil, Colômbia e Argentina.

“Cada filme é uma janela aberta para o mundo — uma oportunidade rara de ver o cinema documental contemporâneo mais vibrante e humano”, destaca o canal.

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🗓️ A programação completa do 

Especial DocLisboa 2025

📅 Segunda-feira, 13 de outubro – 20h00

🎬 Ospina Cali Colombia

Um retrato íntimo do cineasta Luis Ospina, figura incontornável do cinema latino-americano e líder do lendário Grupo de Cali. Filmado por Jorge de Carvalho e os seus alunos, o documentário capta uma conversa inesquecível sobre a vida, a arte e a história moderna da Colômbia.

📅 Terça-feira, 14 de outubro – 20h00

🎬 Estou Aqui

Durante a pandemia, o maior centro desportivo de Lisboa transforma-se num abrigo de emergência para pessoas sem-abrigo. Entre o caos e a solidariedade, nasce uma comunidade que redescobre o valor da empatia. Uma realização de Dorian Rivière e Zsófi Paczolay.

📅 Quarta-feira, 15 de outubro – 19h50

🎬 Luiz Melodia – No Coração do Brasil

Uma viagem pela carreira do icónico cantor brasileiro Luiz Melodia, um artista que desafiou o sistema e rompeu barreiras musicais. Dirigido por Alessandra Dorgan, o filme mistura arquivos inéditos e testemunhos emocionantes num retrato profundamente humano.

📅 Quinta-feira, 16 de outubro – 19h40

🎬 A Morte de Uma Cidade

No coração do Bairro Alto, uma antiga tipografia dá lugar a apartamentos de luxo. A câmara de João Rosas transforma esta demolição num poderoso diário urbano sobre a Lisboa que desaparece e as vidas que constroem — e perdem — a cidade.

📅 Sexta-feira, 17 de outubro – 19h15

🎬 Fire Supply

Da realizadora Lucia Seles, uma história argentina sobre amor, desejo e recomeços tardios. Entre uma mãe, o filho e o dono de um rinque de patinagem, nasce um retrato delicado e silencioso sobre a ternura e o tempo.

🌎 Um espelho do mundo, um reflexo de nós

Especial DocLisboa 2025 reafirma o compromisso do TVCine com o cinema de autor e com o olhar documental enquanto ferramenta de compreensão do mundo contemporâneo.

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Entre histórias de resistência, memórias culturais e retratos pessoais, o canal oferece cinco noites de cinema que emocionam, provocam e inspiram — sempre em exclusivo no TVCine Edition e TVCine+, ao início da noite.

“O Falso Juiz”: Filme polémico de Sérgio Tavares promete agitar o Brasil com duras críticas ao Supremo Tribunal 💣

Produção do influenciador português, apoiador de Jair Bolsonaro, estreia a 1 de novembro e acusa Alexandre de Moraes de “ditadura judicial”

Está a chegar um dos filmes mais controversos do ano. “The Fake Judge: The Story of a Nation in the Hands of a Psychopath” — em português, “O Falso Juiz: A História de uma Nação nas Mãos de um Psicopata” — tem estreia marcada para 1 de novembro, e promete incendiar o debate político no Brasil.

A produção é assinada por Sérgio Tavares, jornalista e influenciador português assumidamente apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, e visa, segundo o próprio, “expor a ditadura imposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes”. O filme é falado em inglês e foi gravado em dez países, incluindo o Brasil, Portugal, Estados Unidos, Argentina e Reino Unido.

O trailer, já disponível no YouTube, anuncia uma série de depoimentos de figuras próximas ao bolsonarismo, como o próprio Jair Bolsonaro, o senador Eduardo Girão e os deputados Eduardo BolsonaroNikolas FerreiraGustavo GayerMarcel van Hattem e Bia Kicis. Entre os entrevistados surgem ainda nomes conhecidos da extrema-direita mediática, como Michael ShellenbergerAllan dos SantosSilas Malafaia e Paulo Figueiredo, além de “refugiados do 8 de Janeiro”, expressão usada para descrever os participantes nos ataques de 2023 em Brasília.

Sérgio Tavares, que ganhou destaque no Brasil depois de ter sido barrado pela Polícia Federal no aeroporto de Guarulhos, em fevereiro de 2024, descreve o documentário como uma “obra pela liberdade de expressão”. Na altura, o português foi impedido de entrar no país por questões de visto, episódio que serviu de combustível para a sua aproximação à base bolsonarista.

A estreia do filme acontecerá diretamente no canal de YouTube de Sérgio Tavares, numa clara tentativa de contornar plataformas tradicionais e atingir o público digital que o segue. Segundo o próprio realizador, “O Falso Juiz” é “um grito global contra a censura e o autoritarismo”.

A reação oficial do Supremo Tribunal Federal e de Alexandre de Moraes ainda não foi divulgada, mas tudo indica que este lançamento será apenas o início de uma nova tempestade política mediática — e que, uma vez mais, as fronteiras entre o cinema e a propaganda se tornarão perigosamente difusas.

Rabo de Peixe: A Verdadeira História — A CMTV Reconstitui o Escândalo Que Marcou os Açores

Do livro ao grande documentário

Depois de inspirar uma série de ficção da Netflix, a história de Rabo de Peixe chega agora em versão documental. Rabo de Peixe: A Verdadeira História estreia a 12 de outubro de 2025 na CMTV, numa produção de cinco episódios (cerca de 25 minutos cada), criada por Rúben Pacheco Correia e realizada por Rúben Lopes, Luís Silva e Nuno Martins.

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A série é baseada no livro Rabo de Peixe – Toda a Verdade (Contraponto Editores), também da autoria de Correia, e promete oferecer o que ainda faltava: o retrato cru e sem filtros de um dos episódios mais marcantes da história recente portuguesa — a chegada de centenas de quilos de cocaína à pequena vila açoriana de São Miguel.

O escândalo contado por quem lá esteve

O documentário distingue-se pelo acesso a testemunhos inéditos, incluindo uma entrevista exclusiva com o dono do veleiro que transportava a droga, atualmente preso no Brasil. Segundo o autor, “encontrar os protagonistas e convencê-los a falar foi o maior desafio”, mas também o passo necessário para repor a verdade sobre o que aconteceu.

Para Carlos Rodrigues, Diretor-Geral Editorial da Medialivre e Diretor da CMTV, trata-se de um marco:

“É o primeiro grande documentário da CMTV. Rabo de Peixe foi uma realidade dura e crua, que tem de ser contada. O que aconteceu ali foi uma tragédia humana, muito para lá da lógica ficcional que embelezou os acontecimentos.”

Entre a investigação e a memória coletiva

Com uma vasta equipa técnica envolvida — desde operadores de câmara e drones a sonoplastia e grafismo —, a produção aposta numa abordagem jornalística e cinematográfica, cruzando depoimentos com recriações dramáticas. O objetivo é duplo: esclarecer o que se passou e honrar a memória de uma comunidade marcada por um episódio que rapidamente extravasou para o imaginário nacional.

Uma carta de amor aos Açores

Rúben Pacheco Correia, nascido nos Açores em 1997, descreve o projeto como “uma carta de amor à minha terra e a Rabo de Peixe”. Além de autor do livro e cocriador da série, é também um dos rostos mais ativos da nova geração açoriana, tendo recebido em 2023 o prémio de Empreendedor do Ano.

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Onde ver

Rabo de Peixe: A Verdadeira História estreia em exclusivo na CMTV a 12 de outubro de 2025, com episódios semanais que prometem prender o público não apenas pela dimensão do escândalo, mas também pela forma como este marcou uma comunidade e um país inteiro.

🎬 Julian Assange Reaparece em Cannes com Documentário-Choque: 

The Six Billion Dollar Man
O fundador do WikiLeaks marca presença no Festival de Cannes, promovendo um documentário que retrata a sua saga judicial e reacende o debate sobre a liberdade de imprensa

Julian Assange, figura central na luta pela liberdade de informação, fez uma aparição pública no Festival de Cannes para a estreia de The Six Billion Dollar Man, documentário realizado por Eugene Jarecki. O filme, apresentado na secção de Sessões Especiais, oferece uma visão intensa sobre a batalha legal de Assange contra a extradição e o seu papel como símbolo da liberdade de imprensa.  

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🎥 Um Thriller Documental de Alta Tensão

Dirigido pelo premiado cineasta Eugene Jarecki, The Six Billion Dollar Man adota o estilo de um thriller tecnológico para narrar a trajetória de Assange. Com acesso exclusivo a arquivos do WikiLeaks e material inédito, o documentário destaca a importância de Assange como um “canário na mina de carvão” para os direitos da imprensa, alertando para os perigos que ameaçam a liberdade de informação global.  

🧑‍⚖️ Assange: Do Isolamento à Reativação Política

Após um acordo judicial com autoridades norte-americanas, Assange, de 53 anos, retornou à Austrália, encerrando um período de cinco anos de encarceramento no Reino Unido. Sua esposa, Stella Assange, revelou que ele está em processo de recuperação e considera retomar atividades políticas, motivado por preocupações com o estado atual do mundo.  

🧥 Uma Mensagem no Vestuário

Durante o festival, Assange foi visto usando uma t-shirt com os nomes de crianças palestinianas falecidas em Gaza, demonstrando solidariedade com as vítimas do conflito. Embora não tenha concedido entrevistas, sua presença silenciosa transmitiu uma mensagem poderosa sobre seu contínuo compromisso com causas humanitárias.  

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🎞️ Um Filme Necessário para os Tempos Atuais

The Six Billion Dollar Man não apenas documenta a vida de Assange, mas também serve como um alerta sobre os desafios enfrentados pela liberdade de imprensa. Ao destacar a importância de proteger o direito à informação, o documentário convida o público a refletir sobre o papel crucial do jornalismo independente na sociedade contemporânea. 

🎬 Martin Scorsese e Papa Francisco unem-se em “Aldeas – Uma Nova História”, documentário com a última entrevista do pontífice

O cineasta Martin Scorsese anunciou o lançamento de Aldeas – Uma Nova História, um documentário que inclui a última entrevista em profundidade do Papa Francisco antes do seu falecimento a 21 de abril de 2025. O filme é uma colaboração entre a Sikelia Productions, de Scorsese, e a organização Scholas Occurrentes, fundada pelo próprio Papa em 2013 para promover a “Cultura do Encontro” entre os jovens . 

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🎥 Um legado cinematográfico e espiritual

Aldeas destaca-se por apresentar o Papa Francisco a discutir temas como a vida humana, a sociabilidade e os conflitos, refletindo sobre a essência do percurso humano. O documentário integra também curtas-metragens realizadas por jovens de comunidades na Indonésia, Gâmbia e Itália, participantes em oficinas de cinema promovidas pela Scholas Occurrentes. Estas produções visam preservar as identidades culturais locais e fomentar o diálogo intercultural . 

Scorsese, de 82 anos, descreveu o projeto como “extremamente poético e muito construtivo”, sublinhando a importância do cinema como meio para promover a compreensão mútua e a valorização das diversas perspetivas culturais. O realizador expressou ainda a sua profunda admiração pelo Papa Francisco, destacando a sua sabedoria, humildade e compromisso inabalável com o bem . 

🌍 Uma colaboração marcada pela amizade

A relação entre Scorsese e o Papa Francisco desenvolveu-se ao longo de vários encontros pessoais, nos quais partilharam reflexões sobre fé, cinema e literatura. O Papa manifestou particular interesse pela dedicação de Scorsese à sua esposa, que sofre de Parkinson, considerando-a uma expressão profunda de amor . 

O documentário, ainda sem data de estreia anunciada, surge como um tributo ao legado do Papa Francisco e à sua visão de um mundo mais inclusivo e dialogante. Através de Aldeas, Scorsese pretende perpetuar a mensagem do pontífice, utilizando o cinema como ferramenta para inspirar e unir comunidades em todo o mundo. 

Ver também :🎬 Bono revela trailer emotivo do documentário “Stories of Surrender” com estreia marcada para 30 de maio na Apple TV+

🎬 Bono revela trailer emotivo do documentário “Stories of Surrender” com estreia marcada para 30 de maio na Apple TV+

Bono, vocalista dos U2, partilhou recentemente o trailer do seu novo documentário, Bono: Stories of Surrender, que será lançado a 30 de maio de 2025 na Apple TV+. Este filme é uma reinterpretação visual do seu espetáculo a solo Stories of Surrender: An Evening of Words, Music and Some Mischief…, baseado na sua autobiografia Surrender: 40 Songs, One Story.  

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🎤 Uma viagem íntima pela vida de Bono

Realizado por Andrew Dominik (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford), o documentário oferece uma visão profunda da vida de Bono, explorando temas como família, fé, ativismo e música. Inclui imagens inéditas das atuações no Beacon Theatre, em Nova Iorque, e performances acústicas de clássicos dos U2, como “City of Blinding Lights” e “Where the Streets Have No Name”.  

No trailer, Bono partilha memórias pessoais, incluindo o momento em que conheceu a sua esposa, Ali, na mesma semana em que se juntou aos U2, e recordações da sua mãe. Estas histórias são entrelaçadas com reflexões sobre a natureza da performance artística e a busca pela verdade através da arte.  


🕶️ Uma experiência imersiva inédita

Bono: Stories of Surrender será o primeiro filme a estrear no formato Apple Immersive Video, disponível no Apple Vision Pro. Este formato oferece uma experiência em 8K com áudio espacial e vídeo a 180 graus, permitindo que os espectadores se sintam no palco ao lado de Bono.  


📚 Lançamento de edição atualizada da autobiografia

Coincidindo com a estreia do documentário, será lançada uma edição atualizada e abreviada da autobiografia de Bono, Surrender: 40 Songs, One Story. Esta nova versão inclui uma introdução inédita do autor e adaptações que refletem o conteúdo do espetáculo a solo.  

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🚐 Cheech & Chong’s Last Movie: Uma viagem nostálgica com humor e irreverência

Cheech Marin e Tommy Chong, ícones da comédia contracultural, estão de volta com Cheech & Chong’s Last Movie, um documentário que celebra mais de cinco décadas de parceria. O filme, que estreou no Festival SXSW em 2024, teve lançamento limitado nos cinemas a 20 de abril de 2025 e distribuição nacional nos Estados Unidos a 25 de abril.  

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🎬 Uma jornada pelo passado

No documentário, a dupla embarca numa viagem pelo deserto em busca de um lugar mítico chamado “The Joint”, enquanto rememoram momentos marcantes das suas vidas e carreiras. Desde o encontro no Canadá durante a era da Guerra do Vietname até ao sucesso com álbuns de comédia e filmes como Up in Smoke (1978), o filme oferece uma visão íntima e bem-humorada da trajetória de Cheech & Chong.  


🤝 Uma parceria duradoura

Apesar de divergências nos anos 80 que levaram a uma separação de duas décadas, a dupla reencontrou-se em 2003, impulsionada por laços familiares e oportunidades profissionais. Desde então, têm colaborado em diversos projetos, incluindo negócios no setor da cannabis legalizada.  


🎥 Receção crítica

A crítica tem sido positiva, destacando a autenticidade e o carisma da dupla. Frank Scheck, do The Hollywood Reporter, descreveu o documentário como “um retrato definitivo da lendária dupla de comediantes”. Vikram Murthi, da IndieWire, atribuiu uma nota B-, elogiando a abordagem histórica do filme.  


🎭 O futuro de Cheech & Chong

Apesar do título sugerir um encerramento, Cheech e Chong deixam em aberto a possibilidade de novos projetos conjuntos. Como Chong brinca: “Comparo isto à digressão de despedida da Cher… já teve umas 18!”  

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🏆 Dahomey: O Urso de Ouro da Berlinale Chega à TVCine com uma Reflexão Poderosa sobre Descolonização e Memória

É já no próximo sábado, dia 26 de abril, às 22h, que o aclamado documentário Dahomey, da realizadora Mati Diop, chega em estreia exclusiva à televisão portuguesa, através do TVCine Edition e TVCine+. Vencedor do Urso de Ourona 74.ª Berlinale, este é um filme que não se limita a reconstituir a História — desafia-nos a escutá-la de novo, com todos os sentidos abertos.

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🎥 Entre o documental e o simbólico: o regresso de tesouros saqueados

O ponto de partida de Dahomey é factual: em novembro de 2021, o Estado francês devolveu 26 artefactos culturais ao Benim, peças originalmente pertencentes ao antigo Reino do Daomé, saqueadas pelas tropas coloniais em 1892. Mas o que poderia ser um simples registo administrativo torna-se, nas mãos de Diop, um exercício poético e político de rara intensidade.

A realizadora franco-senegalesa — conhecida pelo hipnotizante Atlantique — junta o registo documental à fantasia especulativa, incorporando vozes espirituais e memórias ancestrais que pairam entre os objectos. A alma destes artefactos é libertada no momento do seu regresso, enquanto estudantes da Universidade de Abomey-Calavi discutem, com emoção e lucidez, o que significa verdadeiramente a reparação cultural.


🗣️ Um filme que convoca os vivos e os mortos

A crítica internacional não poupou elogios. A IndieWire chamou-lhe “uma lição de história arrojada e memorável”. A Variety destacou a força do filme como “exemplo impressionante e comovente da poesia que pode resultar quando os mortos e os despossuídos falam com e através dos vivos”. Já o The Hollywood Reporter sublinhou que Diop “une o poético ao político, sem nunca se tornar didática”.

É essa subtileza que torna Dahomey tão especial — o gesto de devolver não é apenas físico, é também simbólico, espiritual e intergeracional. A devolução dos objetos desencadeia questões maiores: O que ficou ausente? O que mudou na sua ausência? E que papel devem agora desempenhar, de volta ao lar?


📺 Onde ver

Dahomey estreia em exclusivo na televisão portuguesa no canal TVCine Edition, no dia 26 de abril, às 22h, com exibição simultânea na plataforma TVCine+. Esta é uma oportunidade imperdível para ver um dos documentários mais relevantes da década, num momento em que o debate sobre descolonização cultural continua urgente e necessário.


✨ Uma proposta cinematográfica que obriga a escutar — e a pensar

Com apenas 67 minutosDahomey é um filme conciso, mas imenso. Recorrendo a um dispositivo simples mas eficaz — ouvir as vozes dos estudantes e dos espíritos que habitam os objetos — Mati Diop mostra que a descolonização não é apenas um processo político, mas também uma prática afetiva, ética e cinematográfica.


🎥 Put Your Soul on Your Hand and Walk: Cannes Homenageia Fotojornalista Palestina Fatma Hassouna

O Festival de Cannes 2025 prestará homenagem póstuma à fotojornalista palestina Fatma Hassouna, protagonista do documentário Put Your Soul on Your Hand and Walk, realizado por Sepideh Farsi. A obra será exibida a 15 de maio na secção paralela ACID, destacando o trabalho corajoso de Hassouna em documentar a vida em Gaza durante o conflito em curso. 

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📸 Um Olhar de Dentro de Gaza

O documentário apresenta uma série de conversas entre Farsi e Hassouna, de 25 anos, enquanto esta captava imagens do impacto devastador da guerra no território palestiniano. Através de videochamadas, o filme oferece uma perspetiva íntima e pessoal sobre os desafios enfrentados pelos civis em Gaza. 


🕊️ Uma Homenagem Necessária

Em comunicado oficial, o Festival de Cannes expressou “horror e profunda tristeza” pela morte de Hassouna, considerando a exibição do documentário uma forma de honrar a sua memória. A realizadora Sepideh Farsi destacou a importância de partilhar a história de Hassouna com o mundo, enfatizando a sua coragem e dedicação em relatar a realidade em Gaza. 


🎞️ Exibição em Cannes

Put Your Soul on Your Hand and Walk será apresentado na secção ACID do Festival de Cannes, que decorre de 13 a 24 de maio de 2025. A exibição do documentário servirá como tributo à vida e ao trabalho de Fatma Hassouna, reforçando o papel do cinema em dar voz às histórias que precisam ser contadas. 

Preservar os Irmãos Lumière: O Passado e o Futuro do Cinema Unidos num Documentário de Thierry Frémaux

Os irmãos Lumière não inventaram apenas o cinema – criaram uma forma de ver o mundo. E agora, Thierry Frémaux, diretor do Festival de Cannes, regressa com um novo documentário que dá continuidade à sua missão de preservar e celebrar estas pequenas joias da história da Sétima Arte. Lumière, l’aventure continue (Lumière! A Aventura Continua!) resgata uma centena de filmes dos pioneiros do cinema, restaurando imagens que capturam momentos simples, mas profundamente significativos.

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Para Frémaux, cuidar do cinema é cuidar da própria humanidade. “O cinema carrega um rasto de algo que foi sincero, honesto, não manipulado”, afirma o também diretor do Instituto Lumière, entidade responsável por preservar mais de dois mil filmes dos visionários Auguste e Louis Lumière.

Dos Primeiros Filmes ao Presente: A Fascinação Continua

A história do cinema começou com imagens quotidianas: trabalhadores a sair de uma fábrica, um comboio a chegar à estação, dois bebés a disputar comida. Pequenos instantes que, no final do século XIX, deixavam as audiências maravilhadas.

Mas será que o impacto destas imagens se perdeu com o tempo? Para Thierry Frémaux, a resposta é clara: não. Ele próprio carrega consigo uma pen drive com estas curtas-metragens e, sempre que tem um momento livre, volta a vê-las. “Mas também digo a mim mesmo: ’Não vou guardar isto só para mim’”, confessa.

O primeiro documentário, Lumière! A Aventura Começa (2016), trouxe de volta ao grande ecrã os primeiros filmes da história. Agora, esta segunda parte promete mergulhar ainda mais fundo na importância da preservação cinematográfica e na forma como estas imagens continuam a influenciar a nossa perceção do mundo.

Cinema: O Antídoto para a Manipulação da Imagem?

Frémaux vê no cinema um papel essencial na defesa da verdade visual. “O cinema limpa os nossos olhos, que estão contaminados pela manipulação de imagens”, argumenta.

Vivemos numa era em que a imagem digital pode ser alterada com facilidade, onde a inteligência artificial pode criar rostos falsos e onde os vídeos deepfake desafiam a nossa noção de realidade. Frente a esta avalanche de manipulação, os filmes dos Lumière surgem como um refúgio – um registo autêntico da vida como era, sem filtros ou truques.

O próprio Thierry Frémaux lembra que o cinema já foi dado como morto várias vezes. Com o advento da televisão, da internet e das plataformas de streaming, vaticinou-se o fim da experiência coletiva nas salas. A pandemia de COVID-19 fechou os cinemas, algo que “duas guerras mundiais não haviam conseguido”, recorda. Mas o cinema resiste. “Tem uma casca grossa e defende-se por conta própria. E é ótimo pensar que será salvo por artistas, por filmes e pelo público”, diz, com otimismo.

Dos Lumière ao TikTok: O Vírus da Curiosidade

Os vídeos curtos dos irmãos Lumière poderiam ser vistos como os precursores dos atuais reels e vídeos do TikTok? Frémaux reconhece a semelhança: “As pessoas ficam fascinadas com os clips do TikTok. Queremos ver mais um, mais um, mais um. E é isso que os Lumière fazem também.”

A diferença está no alcance e no impacto. Enquanto os Lumière lançaram as bases do cinema realista e documental, outro pioneiro francês, Georges Méliès, explorou o lado fantástico e ilusório da Sétima Arte – algo que Frémaux vê como os dois polos fundamentais da história do cinema. “Não se trata de uma oposição. Eles não são inimigos. Posso adorar os filmes de James Cameron e os filmes de Chantal Akerman, porque sou esse tipo de cinéfilo”, afirma.

Preservar o Cinema para o Futuro

A missão de Thierry Frémaux é clara: garantir que estas imagens não se perdem e que continuam a inspirar novas gerações. A restauração dos filmes dos Lumière não é apenas um exercício de nostalgia – é um ato de resistência contra o esquecimento e uma celebração da arte de contar histórias através da imagem em movimento.

Agora, resta saber qual será o impacto de Lumière, l’aventure continue. Será que o público moderno ainda se deixará encantar por estas curtas-metragens centenárias? Se depender de Thierry Frémaux, a resposta será um sonoro sim.

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📽️ E tu, já viste os filmes dos irmãos Lumière? Achas que continuam relevantes hoje?

Cheech e Chong Pegam na Estrada (e no Charro) uma Última Vez em Novo Documentário

O icónico duo Cheech & Chong reflete sobre a sua carreira revolucionária no trailer de Cheech & Chong’s Last Movie.

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Realizado por David Bushell, o filme mistura documentário com comédia de estrada, ou como o próprio trailer define, um verdadeiro moviementary. A produção apresenta uma vasta coleção de imagens de arquivo que mostram a evolução da dupla, desde a criação do seu ato até se tornarem ícones incontornáveis da cultura pop.

Além do material documental, a narrativa acompanha Cheech Marin e Tommy Chong numa viagem de carro pelos dias de hoje, onde discutem abertamente o seu legado, a vasta obra que construíram e a complexidade da sua relação pessoal e profissional. Mas, claro, a irreverência não ficou de fora: logo no início do trailer, enquanto atravessam o deserto a alta velocidade, Chong reclama:

“Estamos no meio do nada.”

Ao que Marin responde:

“Não, estamos a sudoeste do nada. Ainda não chegámos ao meio.”

Estreia e Exibições Especiais

Cheech & Chong’s Last Movie teve a sua estreia no festival South by Southwest no ano passado e está agora previsto para chegar aos cinemas a 25 de abril. No entanto, haverá sessões antecipadas no dia 20 de abril, às 4:20 da tarde — uma referência nada subtil à cultura stoner que a dupla ajudou a popularizar.

Uma Relação Fraternal com Altos e Baixos

Em entrevista à Rolling Stone, Chong admitiu que algumas sequências da viagem foram “dolorosas” de filmar, mas tanto ele quanto Marin concordaram que o filme capturou a verdadeira essência da sua relação. Marin recordou um momento em que o realizador pediu que colocasse o braço à volta de Chong, ao que respondeu que não seria autêntico:

“Eu tive de dizer: Ouçam, Tommy e eu não somos melhores amigos. Somos irmãos. E há uma diferença. A questão dos irmãos é que nem sempre se gostam. Entramos em discussões ferozes. Mas, no final, sabemos que sempre podemos contar um com o outro.”

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Judd Apatow Vai Realizar Documentário Sobre Norm Macdonald e Pede Ajuda da Internet

Quando Norm Macdonald faleceu em 2021, o mundo perdeu um dos grandes nomes da comédia. Com um humor afiado, o comediante conseguia transformar qualquer situação banal, desde conversas em talk shows até a simples observações do quotidiano, em momentos hilariantes. Agora, a sua história está prestes a ser contada num documentário realizado por Judd Apatow para a Netflix — e o realizador quer a ajuda do público para o concretizar.

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Um Convite ao Público

Apatow partilhou no Instagram um pedido de colaboração, solicitando a todos aqueles que tenham fotos, vídeos ou histórias sobre Norm Macdonald que as enviem para a sua equipa. Para além de registos pessoais, o realizador também está à procura de entrevistas e clipes raros que possam contribuir para a documentação da vida do humorista.

O projeto insere-se na linha de outros documentários de Apatow, que já homenageou lendas da comédia como Garry Shandling, George Carlin e a amizade entre Bob Newhart e Don Rickles. Com um trabalho já extenso na exploração do legado humorístico, o realizador procura agora imortalizar Norm Macdonald da mesma forma.

Uma Nova Aposta no Documentário

Nos últimos anos, Judd Apatow tem-se dedicado cada vez mais ao formato documental. A sua última longa-metragem de ficção foi The Bubble (2022), precedida por The King of Staten Island (2020), protagonizada por Pete Davidson. Entretanto, seguiu-se uma incursão pelo documentário, e em 2024 foi anunciado que estava a trabalhar numa série documental de duas partes sobre a vida de Mel Brooks, para a HBO.

Com tantos nomes lendários ainda por explorar, parece que Apatow vai continuar ocupado no mundo dos documentários por bastante tempo. O tributo a Norm Macdonald promete ser uma viagem emocionante e divertida pela carreira de um dos comediantes mais geniais da sua geração.

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Ben Stiller: O Perfeccionista de Hollywood que Domina a TV com Severance 🎬🔥

Ben Stiller não é apenas um dos rostos mais conhecidos da comédia de Hollywood. Ao longo dos anos, o ator e realizador consolidou-se como um mestre da sua arte, alguém que não se contenta com o óbvio e que sempre procura a excelência em tudo o que faz. Aos 59 anos, Stiller encontrou em Severance, série da Apple TV+, o projeto perfeito para canalizar a sua obsessão pelo detalhe e pelo storytelling de qualidade. A segunda temporada da série estreou a 17 de janeiro, após três anos de espera, e já está a ser considerada uma das melhores do ano. Mas como é que um dos maiores nomes do cinema encontrou na televisão a sua verdadeira vocação? 🤔📺

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Do Cinema à TV: Um Caminho Inusitado

O fascínio de Stiller pelo cinema começou cedo. Filho dos icónicos comediantes Jerry Stiller e Anne Meara, cresceu rodeado pelo espetáculo, mas o seu interesse sempre esteve mais focado na câmara do que no palco. Durante a infância, ficou fascinado com os bastidores do filme The Taking of Pelham One Two Three (1974), onde o pai tinha um pequeno papel. Esse momento foi determinante para definir a sua paixão pela sétima arte. 🎥✨

Apesar disso, Stiller tornou-se mundialmente famoso por protagonizar algumas das comédias mais bem-sucedidas das últimas décadas, como Quem Vai Ficar com Mary? (1998), Zoolander (2001) e Os Fura-Casamentos (2004). No entanto, sempre quis mais. A sua vontade de contar histórias mais complexas levou-o a realizar Reality Bites (1994) e O Segredo de Walter Mitty (2013), mas foi na televisão que encontrou o seu verdadeiro espaço como realizador e produtor. 📽️🎭

O Fenómeno Severance: A Série que Definiu a Sua Carreira

O grande turning point da sua carreira deu-se com Severance. A série, criada por Dan Erickson, apresenta uma premissa intrigante: e se fosse possível separar completamente a vida profissional da pessoal através de uma cirurgia cerebral? A série mistura thriller psicológico, ficção científica e crítica social, tornando-se um dos projetos mais ambiciosos da televisão atual. 🤯

A primeira temporada, lançada em 2022, conquistou o público e a crítica, sendo nomeada para 14 Emmys e vencendo um Peabody Award. Stiller dirigiu a maioria dos episódios, imprimindo a sua marca de perfeccionismo obsessivo em cada detalhe, desde a cinematografia milimetricamente calculada até à direção de atores. Adam Scott, que protagoniza a série, revelou que Stiller o defendeu contra as objeções da Apple TV+ ao seu casting, mostrando o quanto acredita na sua visão criativa. 👀🎬

Perfeccionismo e a Longa Espera pela Segunda Temporada

Após um final de temporada eletrizante, os fãs aguardaram três longos anos pela continuação da história. O intervalo deveu-se não apenas à greve de roteiristas e atores de Hollywood, mas também ao estilo meticuloso de Stiller. Durante esse tempo, o realizador aproveitou para reavaliar cada detalhe, reescrever cenas e refazer partes da narrativa para garantir que tudo estivesse perfeito. 💡✍️

Este perfeccionismo, no entanto, tem um preço. A segunda temporada de Severance teve um orçamento estimado de 20 milhões de dólares por episódio, um dos mais altos da televisão atual. Mas a aposta parece ter valido a pena: a receção da crítica foi avassaladoramente positiva, com a série a atingir 98% de aprovação no Rotten Tomatoes. 📊🏆

Um Futuro no Cinema ou na TV?

Mesmo com o sucesso estrondoso de Severance, Ben Stiller ainda mantém o desejo de regressar ao cinema. Atualmente, está a trabalhar num documentário sobre os seus pais, um projeto profundamente pessoal que o tem feito refletir sobre a sua própria trajetória. Para além disso, já admite que o seu próximo passo pode ser um filme, algo mais compacto e menos exigente do que uma série televisiva de alto nível. 🎞️🎭

Enquanto isso, os fãs podem ficar tranquilos: a terceira temporada de Severance já está a ser planeada, e Stiller promete não demorar outros três anos a entregá-la. Se há algo que podemos esperar dele, é a garantia de que cada projeto será tratado com o mesmo nível de dedicação e ambição que sempre definiu a sua carreira. 💪✨

“Clara Andermatt”: Documentário Sobre a Coreógrafa Tem Antestreia em Lisboa

O documentário “Clara Andermatt”, que traça um percurso pela obra e universo criativo da icónica bailarina e coreógrafa portuguesa, terá a sua antestreia esta sexta-feira, 12 de janeiro, em Lisboa. Com realização e argumento de Cristina Ferreira Gomes, o filme é uma produção da Mares do Sul e faz parte de uma trilogia documental sobre as três coreógrafas mais marcantes dos últimos 50 anos em Portugal.

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Uma Viagem pela Vida e Obra de Clara Andermatt

Conhecida como um dos nomes mais influentes da dança contemporânea portuguesa, Clara Andermatt tem um percurso artístico que se estende por várias décadas e fronteiras. O documentário explora a sua escrita coreográfica e universo criativo, desde os seus primeiros passos no bailado clássico até à fundação da sua própria companhia, em 1991.

O filme é baseado numa entrevista conduzida por Luiz Antunes, bailarino e investigador na área da dança, e percorre os momentos mais marcantes da carreira da artista, revisitando algumas das suas obras mais emblemáticas, como:

“Dançar Cabo Verde” (1994)

“Anomalias Magnéticas” (1995)

“Cemitério dos Prazeres” (1996)

“Natural” (2005)

“Fica no Singelo” (2013)

“Pantera” (2022), espetáculo que homenageia o músico cabo-verdiano Orlando Barreto

Através deste documentário, o público terá a oportunidade de conhecer a evolução artística de Andermatt, a sua ligação a Cabo Verde e o seu impacto na dança contemporânea.

Trilogia Documental sobre as Grandes Coreógrafas Portuguesas

“Clara Andermatt” integra uma trilogia documental sobre três das mais importantes coreógrafas portuguesas das últimas cinco décadas. Os primeiros filmes foram dedicados a Vera Mantero e Olga Roriz, tendo sido lançados em 2023, numa coprodução com a RTP2.

A realizadora Cristina Ferreira Gomes tem um vasto currículo no cinema documental, especialmente focado na dança contemporânea. Anteriormente, realizou a série documental “Portugal que Dança”, composta por 16 episódios, aprofundando a sua investigação sobre o impacto da dança na cultura portuguesa.

Já Luiz Antunes, além de colaborar no projeto, é um nome de relevo na dança em Portugal, tendo estudado com Anna Mascolo e passado pela escola da Ópera de Paris. Com experiência como assistente de Olga Roriz, o coreógrafo tem vindo a desenvolver trabalho artístico e académico na área desde 2000.

Antestreia e Estreia Televisiva

O documentário terá a sua antestreia na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, na sexta-feira, às 18h30, com a presença de Clara Andermatt e da equipa criativa. Já a estreia televisiva acontece no sábado, 13 de janeiro, na RTP2, às 22h00.

Esta é uma oportunidade única para revisitar o percurso de uma das artistas mais marcantes da dança contemporânea portuguesa e compreender a sua influência no panorama artístico nacional e internacional.

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Documentário sobre Christopher Reeve chega à Max em dezembro

Após uma breve, mas simbólica passagem pelos cinemas portugueses no final de setembro, o documentário “Super/Homem – A História de Christopher Reeve” prepara-se para estrear na plataforma Max no próximo dia 8 de dezembro. O filme, que teve sua estreia mundial no Festival de Cinema de Sundance, em janeiro, foi recebido com aclamação pela crítica.

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Uma história comovente e inspiradora
Descrito como uma narrativa tocante sobre a trajetória notável de Reeve, o documentário celebra a ascensão do ator, desde o anonimato até se tornar uma estrela icónica ao interpretar Clark Kent/Super-Homem em quatro filmes. A história, no entanto, também aborda o grave acidente de equitação que o deixou tetraplégico em 1995 e a transformação que o tornou um líder na luta pelos direitos de pessoas com deficiência.

A produção é enriquecida com materiais raros e inéditos, como vídeos familiares e arquivos pessoais, além das primeiras entrevistas com os filhos de Reeve e depoimentos de amigos próximos, incluindo Whoopi GoldbergSusan Sarandon e Glenn Close. O documentário ainda explora a amizade de longa data entre Reeve e Robin Williams, destacando o impacto emocional dessa relação até à morte dos dois artistas.

Mais do que um super-herói no cinema
Para os filhos de Christopher Reeve, o documentário é uma oportunidade de revelar uma nova perspetiva sobre a vida do pai. Segundo Matthew Reeve, “as pessoas conhecem-no como ator e ativista, mas poucos sabem a extensão das suas paixões e o quão complexa era sua vida”. A obra encerra com uma reflexão de Reeve sobre o verdadeiro significado de heroísmo: “Um herói é uma pessoa normal que encontra forças para persistir e resistir, apesar dos obstáculos esmagadores”.

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A partir de 8 de dezembro, “Super/Homem – A História de Christopher Reeve” estará disponível para todos os subscritores da Max, uma oportunidade imperdível para quem deseja conhecer mais sobre este verdadeiro ícone do cinema e da vida real.