Sundance 2024: Os destaques e o futuro do festival

Sundance Film Festival 2024 chegou ao fim e, como sempre, trouxe consigo novos talentos, filmes inovadores e muitas discussões dentro e fora do grande ecrã. No entanto, este ano, o festival não foi apenas sobre cinema – houve também grandes temas paralelos a dominar as conversas em Park City, desde os incêndios na Califórnia até à iminente mudança de cidade do festival em 2027.

Mas o cinema, claro, continuou a ser o grande protagonista, e a edição deste ano deixou-nos com várias surpresas e novas apostas que devem marcar o panorama cinematográfico nos próximos meses.

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O futuro incerto de Sundance: adeus a Park City?

Uma das conversas mais frequentes entre críticos, cineastas e público foi o futuro do festival. Sundance, que desde os anos 80 tem sido realizado em Park City, Utah, está prestes a mudar de cidade. 2025 será o último ano em que o evento terá Park City como sede, e as cidades finalistas para o futuro do festival incluem Salt Lake City (Utah), Boulder (Colorado) e Cincinnati (Ohio).

A mudança gera muitas incertezas e dúvidas, mas também oportunidades. Tessa Thompson, atriz e membro da direção do festival, destacou que o espírito de Sundance vai além da sua localização geográfica:

“Acredito que Sundance tem a ver com a sua comunidade e a sua essência, e isso é algo intemporal.”

Resta saber como será o festival num novo local e como essa transição afetará a sua identidade.

Cinema político: menos protestos, mais reflexão

Se em 2017 Sundance foi palco de marchas e protestos durante a tomada de posse de Donald Trump, este ano a política esteve mais presente nos filmes do que nas ruas. Algumas produções abordaram temas urgentes e polémicos, como os direitos das pessoas trans nos EUA (Heightened Scrutiny), os abusos no sistema prisional do Alabama (The Alabama Solution) e a guerra na Ucrânia (2000 Meters to Andriivka).

A política também esteve presente de forma mais subtil. Durante a exibição do seu novo filme, Bill Condon, realizador de Kiss of the Spider Woman, referiu-se às declarações de Trump sobre a existência de apenas “dois géneros”, deixando claro que o seu filme tem um ponto de vista bem diferente.

Um mercado mais lento, mas com grandes apostas

Em termos de negócios, Sundance 2024 registou menos vendas imediatas, mas isso não significa que os filmes não tenham futuro garantido. Netflix adquiriu Train Dreams, um drama estrelado por Joel Edgerton e Felicity Jones, enquanto Neon comprou Together, um thriller de terror protagonizado por Dave Franco e Alison Brie.

Muitos outros filmes já tinham distribuição garantida antes do festival, incluindo The Ballad of Wallis Island (Focus Features), The Wedding Banquet (Bleecker Street), Magic Farm (MUBI) e Deaf President Now! (Apple).

Entre os filmes mais caros, a adaptação de Kiss of the Spider Woman, estrelada por Jennifer Lopez, foi apontada como uma produção muito dispendiosa para um estúdio tradicional e, por isso, poderá acabar nas mãos de uma plataforma de streaming.

Os grandes destaques do festival

Entre as surpresas do ano, “Sorry, Baby”, de Eva Victor, foi o grande destaque. Este drama cómico sobre o impacto psicológico da violência sexual foi comparado ao trabalho de Greta Gerwig e Phoebe Waller-Bridge, estabelecendo Victor como uma realizadora promissora.

Outro sucesso foi “Twinless”, de James Sweeney, que venceu o prémio de melhor filme dramático do público e recebeu um prémio especial para Dylan O’Brien, que brilha na história de dois homens que se ligam num grupo de apoio a pessoas que perderam gémeos.

No campo dos documentários, “André Is an Idiot”, que segue um “idiota brilhante” a viver os seus últimos dias após não ter tratado um problema de saúde, foi um dos mais comentados do festival.

O grande vencedor do prémio do júri foi “Atropia”, um filme satírico de guerra realizado por Hailey Gates. Apesar das críticas mistas, o público nas exibições presenciais mostrou entusiasmo, consolidando o filme como um dos mais comentados do festival.

Entre os outros filmes que tiveram uma receção positiva, destacam-se:

• If I Had Legs I’d Kick You

• DJ Ahmet

• Cactus Pears

• The Stringer

• Prime Minister

• East of Wall

• Folktales

• Selena y Los Dinos

Conclusão: Sundance continua a definir tendências

Mesmo com as incertezas sobre a sua localização futura e as dificuldades do mercado, Sundance 2024 provou que continua a ser um dos festivais mais importantes do mundo para a descoberta de novas vozes no cinema. Muitos dos filmes que estrearam em Park City devem marcar presença ao longo do ano, tanto nos festivais internacionais como nas plataformas de streaming.

Agora, resta acompanhar os próximos meses para ver quais filmes conquistam público e crítica e quais se tornarão sucessos duradouros.

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“Ainda Estou Aqui” Torna-se o Filme Brasileiro Mais Visto nos Cinemas Portugueses desde 2004

🎬 Nomeado para 3 Óscares, o filme de Walter Salles já ultrapassou clássicos e bate recordes nas bilheteiras em Portugal!

O cinema brasileiro está a viver um momento histórico em Portugal. O drama “Ainda Estou Aqui”, realizado por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres, tornou-se o filme brasileiro mais visto nos cinemas portugueses desde que há registos oficiais (2004).

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Desde a sua estreia a 16 de janeiro, o filme já foi visto por 122.734 espectadores em apenas 14 dias, ultrapassando o recorde anterior de “Nada a Perder 2” (2019), que somou 114.975 bilhetes vendidos. Com esta marca, supera sucessos como “Tropa de Elite” e o primeiro “Nada a Perder”, consolidando-se como um verdadeiro fenómeno de bilheteira.

Mas os feitos não param por aqui. “Ainda Estou Aqui” também conquistou o melhor fim de semana de estreia de sempre para um filme brasileiro em Portugal, com 37.233 espectadores entre 16 e 19 de janeiro.

Um Drama Histórico com Reconhecimento Internacional

Nomeado para três Óscares – Melhor Filme, Melhor Atriz (Fernanda Torres) e Melhor Filme Estrangeiro –, o filme de Walter Salles aborda um período sombrio da história do Brasil: a ditadura militar (1964-1985).

A narrativa baseia-se no livro de Marcelo Rubens Paiva, que relata a história do seu pai, Rubens Paiva, político brasileiro que foi preso, torturado e assassinado durante o regime. O filme acompanha também a luta da sua mãe, Eunice Paiva, uma ativista incansável interpretada por Fernanda Torres.

O elenco inclui ainda Selton Mello e Fernanda Montenegro, duas das maiores referências do cinema brasileiro. Desde a sua estreia no Festival de Veneza, no verão passado, a obra tem sido amplamente aclamada pela crítica e soma já vários prémios internacionais.

Um Impacto Comparável a “Cidade de Deus”

Os registos oficiais de bilheteira do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) começaram apenas em 2004, um ano após a estreia de “Cidade de Deus” (2003), o icónico filme de Fernando Meirelles que se tornou um dos maiores êxitos internacionais do cinema brasileiro.

Embora não existam números concretos sobre “Cidade de Deus” em Portugal, é possível que “Ainda Estou Aqui” seja o primeiro filme brasileiro a alcançar um impacto semelhante no nosso país em mais de duas décadas.

O que explica o sucesso de “Ainda Estou Aqui”?

🎥 Prestígio e Realização – Walter Salles é um nome de peso no cinema, com filmes como “Central do Brasil” e “Diários de Motocicleta” no currículo.

🏆 Indicações aos Óscares – Um dos raros filmes brasileiros a conseguir uma tripla nomeação na Academia de Hollywood.

💔 Tema Poderoso e Relevante – A ditadura militar brasileira é um tema que continua a gerar debate e reflexão, não apenas no Brasil, mas globalmente.

🌎 Reconhecimento Internacional – Depois de brilhar em festivais como Veneza e Toronto, o filme chegou às salas com grande expectativa.

👥 Elenco de Luxo – O trio Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro eleva o nível da produção.

“Ainda Estou Aqui”: Um Marco para o Cinema Brasileiro

“Ainda Estou Aqui” não só já garantiu um lugar na história do cinema em Portugal, como também reforça o poder do cinema brasileiro no cenário internacional.

Com um desempenho tão expressivo, fica a dúvida: será que o filme conseguirá uma vitória no Óscar de Melhor Filme Estrangeiro?

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Documentário Polémico em Sundance Questiona Autoria da Icónica Fotografia “Napalm Girl”

Um dos momentos mais marcantes da história do fotojornalismo está agora envolto em controvérsia. A imagem da menina de nove anos a fugir de um ataque de napalm no Vietname tornou-se um símbolo da brutalidade da guerra, valendo ao fotógrafo Nick Ut um Prémio Pulitzer. No entanto, um novo documentário apresentado no Festival de Cinema de Sundance 2024The Stringer, levanta dúvidas sobre a verdadeira autoria da foto, sugerindo que o verdadeiro responsável poderá ter sido Nguyen Thanh Nghe, um freelancer vietnamita que trabalhava para a NBC.

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O Que o Documentário Revela?

Dirigido por Bao Nguyen, o documentário baseia-se numa investigação liderada por Gary Knight, fundador da VII Foundation, com o apoio das produtoras Fiona Turner e Terri Lichstein. A equipa entrevistou 55 pessoas, incluindo o próprio Nghe e o ex-editor de fotografia da Associated Press Carl Robinson, que alega ter sido pressionado para creditar Nick Ut como autor da imagem.

A investigação usou análises forenses, imagens e recriações em 3D para argumentar que Nick Ut pode não ter estado na posição certa para capturar a fotografia no momento exato do ataque.

“Este é um filme que muita gente não quer que vejas”, afirma Bao Nguyen. “Levanta questões difíceis e desafia a versão histórica dos factos.”

Reações e Ameaças Legais

A resposta à estreia de The Stringer foi imediata e intensa. James Hornstein, advogado de Nick Ut, anunciou que irá avançar com uma ação legal contra os realizadores por difamação.

A própria Kim Phúc, a menina retratada na foto, recusou-se a participar no documentário e criticou as alegações:

“Mesmo que eu não me lembre de quem tirou a foto, testemunhas confirmaram que foi Nick Ut. Além disso, ele salvou a minha vida ao levar-me ao hospital. Não tenho dúvidas sobre quem foi o responsável pela imagem.”

Associated Press (AP) também rejeitou as alegações, afirmando que realizou uma investigação independente de seis meses e entrevistou sete testemunhas, todas sustentando que Nick Ut é o verdadeiro autor da fotografia.

“A nossa pesquisa apoia a versão histórica. Em ausência de provas novas e convincentes, não há razão para acreditar que a foto tenha sido tirada por outra pessoa.”

No entanto, os realizadores do documentário defendem-se, alegando que estão a expor uma injustiça histórica.

“Os freelancers locais, especialmente nos tempos da Guerra do Vietname, raramente recebiam crédito pelo seu trabalho. Muitos foram silenciados ou ignorados”, explica Gary Knight.

O Debate em Sundance

O documentário rapidamente se tornou um dos mais polémicos do festival, dividindo opiniões entre quem acredita que a verdade foi manipulada e quem vê o filme como um ataque injusto a Nick Ut.

Durante uma sessão de perguntas e respostas após uma exibição, o jornalista veterano Fox Butterfield, que estava presente no local do ataque, refutou as alegações do documentário.

“Eu vi Nick Ut a tirar as fotografias e estive na redação da AP quando o filme foi revelado. Não tenho dúvidas sobre quem capturou a imagem.”

A equipa do documentário, por outro lado, acredita que a forte reação é uma tentativa de preservar o status quo e de impedir que se reconheça o trabalho de fotógrafos locais.

“Um grupo de jornalistas ocidentais, que cobriu a guerra, não quer ver a sua narrativa desafiada,” afirma Knight.

Nguyen Thanh Nghe Finalmente Reconhecido?

Um dos momentos mais marcantes do festival aconteceu quando Nguyen Thanh Nghe, agora na casa dos 80 anos, subiu ao palco após a exibição do documentário.

“Fui eu que tirei a fotografia,” declarou Nghe perante o público, recebendo uma ovação de pé de três minutos.

De acordo com os realizadores, Nghe nunca reivindicou a foto porque foi pago apenas 20 dólares pela imagem e porque a sua esposa destruiu a cópia original, temendo que traumatizasse os filhos.

“Ele nunca teve o suporte necessário para falar sobre isto antes,” explica Bao Nguyen. “Agora, finalmente, sente que pode contar a sua versão.”

Conclusão: Uma Verdade Contestada

Seja qual for a verdade, The Stringer tornou-se um dos documentários mais debatidos do ano, levantando questões sobre credibilidade no jornalismo, colonialismo na narrativa histórica e a luta de freelancers locais por reconhecimento.

Enquanto Nick Ut e a Associated Press mantêm a sua versão dos factos, os realizadores do documentário argumentam que a história oficial pode ter silenciado um fotógrafo vietnamita que nunca teve a oportunidade de reclamar o seu lugar na história.

A verdade pode nunca ser totalmente esclarecida, mas uma coisa é certa: o debate sobre a autoria da icónica “Napalm Girl” não irá desaparecer tão cedo.

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“Sobreviventes” Representa Portugal nos Prémios Ariel: Um Filme Que Aborda o Passado Esquecido do Colonialismo 🎥🇵🇹

Academia Portuguesa de Cinema escolheu Sobreviventes, de José Barahona, como o representante de Portugal na categoria de Melhor Filme Ibero-americano nos Prémios Ariel, organizados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas do México.

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A nomeação é um reconhecimento significativo para um filme que aborda de forma crua e pouco convencional o passado colonial português e o tráfico negreiro, trazendo à tona um tema frequentemente ignorado no cinema nacional.

Uma História de Naufrágio e Memória Esquecida ⚓🎭

Sobreviventes inspira-se no livro Nação Crioula, de José Eduardo Agualusa, e na personagem fictícia Fradique Mendes, criando um enredo que se desenrola a partir do naufrágio de um navio negreiro em meados do século XIX, numa altura em que o tráfico de escravos estava em declínio.

O filme não suaviza a visão dos portugueses como agentes do colonialismo e da escravatura, oferecendo um retrato cru de um período da história que continua a ser debatido.

“Vermos os portugueses tendo atitudes muito racistas e esclavagistas não é tão habitual no cinema português quanto isso”, disse José Barahona numa das suas últimas entrevistas.

Rodado na costa portuguesa em 2022, o filme conta com um elenco de talento nacional e internacional, incluindo Anabela Moreira, Zia Soares, Ângelo Torres e Miguel Damião.

Uma Homenagem Póstuma a José Barahona 🎬💔

A nomeação de Sobreviventes tem um peso emocional especial, pois o realizador José Barahona faleceu em novembro de 2023, aos 55 anos.

A sua obra destaca-se pela abordagem de temas históricos sensíveis e pela preocupação em desafiar narrativas convencionais sobre o passado colonial. Esta candidatura surge, assim, como um tributo ao seu legado e ao impacto que o seu trabalho pode ter na redefinição da forma como Portugal lida com a sua história no cinema.

Portugal nos Ariel: Uma Presença Crescente 🌎🎞️

Os Prémios Ariel são considerados os Óscares do cinema mexicano e têm ganho relevância no panorama ibero-americano. A presença portuguesa na competição reforça a internacionalização do cinema nacional e abre portas para que Sobreviventes alcance um público mais vasto.

A produção é assinada pela brasileira Refinaria Filmes e pela portuguesa David & Golias, consolidando mais uma ponte cinematográfica entre os dois países.

Conclusão: Um Filme Necessário e Impactante 🎥🔥

Com um olhar duro sobre a escravatura e o colonialismo, Sobreviventes desafia a forma como a história de Portugal tem sido representada no cinema. A nomeação para os Prémios Ariel não só honra o trabalho de José Barahona, mas também coloca a produção nacional no mapa do cinema ibero-americano.

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Será que Portugal conseguirá trazer a estatueta para casa? Independentemente do resultado, o impacto de Sobreviventes na forma como olhamos para o passado já é uma vitória.

Uma Noite com Adela: Um Thriller Imperdível no Ciclo Night Edition by TVCine 🎥✨

O ciclo Night Edition by TVCine regressa com uma nova e emocionante antestreia. No dia 1 de fevereiro, o Cinema Fernando Lopes, em Lisboa, recebe Uma Noite com Adela, o thriller de vingança de Hugo Ruiz que promete conquistar os fãs de cinema independente. A sessão começa às 21h30 e inclui uma conversa virtual com o realizador e convidados especiais.

Adela: Uma Protagonista Marcante Num Thriller Audacioso 🌃

Realizado em plano-sequência, Uma Noite com Adela acompanha a história de Adela (Laura Galán), uma trabalhadora noturna na recolha de lixo em Madrid, que enfrenta um misto de vazio, frustração e perturbação emocional. Durante uma noite, após terminar o turno, Adela decide ajustar contas com aqueles que considera responsáveis pela sua vida desmoronada. Este thriller, que mistura tensão psicológica e emoções intensas, recebeu o prémio de Melhor Novo Realizador de Narração no Festival de Tribeca e foi apresentado no festival português MOTELX.

Ciclo Night Edition: Uma Celebração do Cinema Independente 🎬

O ciclo Night Edition, promovido pela TVCine, traz ao público português uma curadoria de filmes ousados e inovadores. As sessões decorrem no primeiro sábado de cada mês, no Cinema Fernando Lopes, e incluem antestreias exclusivas seguidas de conversas com realizadores e outros convidados. Os filmes estreados no ciclo têm lançamento nos cinemas na quinta-feira seguinte e, um mês depois, chegam em exclusivo ao canal TVCine Edition.

Após Uma Noite com Adela, outros títulos aguardados incluem:

• Enea: Um filme de gangster sem gangsters de Pietro Castellitto (1 de março).

• Sister Midnight: Uma comédia punk feminista de Karan Kandhari (5 de abril).

Informações Práticas e Destaques da Sessão 🎟️

• Data e Hora: 1 de fevereiro, às 21h30.

• Local: Cinema Fernando Lopes, Lisboa.

• Sessão Especial: Conversa virtual com Hugo Ruiz, a programadora Anette Dujisin e o coletivo Os Bons Malandros.

• Estreia nos Cinemas: 6 de fevereiro.

• Estreia na TVCine Edition: 9 de março.

Os bilhetes já estão disponíveis e mais informações podem ser consultadas no site oficial do ciclo: tvcine.pt/nightedition.

Sobre os Parceiros e o Cinema Fernando Lopes 🌟

Cinema Fernando Lopes, inaugurado em 2022, destaca-se pela sua programação alternativa e sessões especiais que promovem debates e reflexões. Já o TVCine Edition, canal dedicado ao cinema independente e de culto, é o destino ideal para os amantes da sétima arte.

O ciclo conta também com o apoio do coletivo Os Bons Malandros, um grupo apaixonado pelo cinema que procura aproximar a cinefilia do público.

Cineteatro Jaime Gralheiro Celebra 100 Anos com Cinema e Cultura em Grande Estilo 🎭🎬

O emblemático Cineteatro Jaime Gralheiro, em São Pedro do Sul, celebra um marco histórico: o centenário da sua inauguração. Para assinalar a data, a autarquia preparou um ambicioso programa com 100 atividades ao longo do ano, destacando-se o regresso do cinema, 50 anos após a última sessão regular. Este é um verdadeiro convite para redescobrir um espaço que combina história, cultura e renovação.

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O Cinema Está de Volta! 🍿📽️

Depois de meio século sem sessões regulares, o cinema volta a ser protagonista no Cineteatro Jaime Gralheiro. Graças a um financiamento de 150 mil euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), foi possível modernizar a infraestrutura tecnológica e devolver a sétima arte ao espaço.

As primeiras sessões, até março, terão como foco filmes premiados e destacados na temporada dos Óscares. Já na primavera e no verão, o público poderá desfrutar de ciclos temáticos e homenagens a realizadores, proporcionando uma programação variada e enriquecedora.

Segundo Teresa Sobrinho, vereadora da Cultura, o regresso do cinema é um “ponto forte” das celebrações. “Este é um espaço que merece ser redescoberto, e queremos trazer mais pessoas para conhecê-lo e usufruir do que temos para oferecer.”

Homenagens e Espetáculos Marcantes 🎭🎶

A programação inclui momentos de grande simbolismo, como as celebrações do 25 de Abril. No dia 24, o espetáculo São Pedro do Sul canta e conta Abril encerra os 50 anos do Dia da Liberdade, enquanto o dia seguinte terá música e serenatas.

Outro destaque é o espetáculo do grupo de teatro Cénico no dia 6 de junho, com a peça O Antigo Teatro, que narra a história do cineteatro e presta homenagem ao advogado, dramaturgo e encenador Jaime Gralheiro, figura icónica da região. No dia 7, Luísa Amaro apresenta um tributo ao centenário de Carlos Paredes, encerrando dois dias de celebrações dedicados ao passado e ao futuro do espaço.

Jaime Gralheiro: Um Legado que Vive 🎭✨

Nascido em São Pedro do Sul em 1930, Jaime Gralheiro deixou uma marca profunda na cultura local e nacional. Fundador do grupo de teatro Cénico em 1971, destacou-se pela sua dramaturgia, cineclubismo e oposição ao regime ditatorial.

O cineteatro, que originalmente se chamava Cineteatro São Pedro, foi renomeado em sua homenagem em 2014. “Jaime Gralheiro é uma inspiração para todos nós e merece este reconhecimento contínuo”, afirmou Teresa Sobrinho.

100 Anos de Arte e História 🌟

O Cineteatro Jaime Gralheiro não é apenas um espaço de espetáculos; é um símbolo de resistência cultural e criatividade. Este centenário não celebra apenas um edifício, mas também as histórias e as pessoas que o transformaram num ponto de referência em São Pedro do Sul.

Com uma programação diversificada e dedicada a atrair novos públicos, o cineteatro promete continuar a ser palco de momentos inesquecíveis, reafirmando a sua relevância no panorama cultural português.

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“It’s Never Over, Jeff Buckley”: O Documentário Que Revela o “Não” a Brad Pitt 🎤🎬

O músico Jeff Buckley, conhecido pela sua emotiva interpretação de Hallelujah, de Leonard Cohen, volta aos holofotes com o documentário It’s Never Over, Jeff Buckley, que estreia hoje, 24 de janeiro, no Festival de Sundance. Este documentário, produzido por Brad Pitt, mergulha na vida e legado do artista, incluindo um episódio curioso envolvendo a tentativa de Pitt de interpretar Buckley num biopic que nunca aconteceu.

Brad Pitt e o Papel Que Não Foi Para a Frente 🎭

No ano 2000, Brad Pitt mostrou grande interesse em encarnar Jeff Buckley num filme biográfico. A mãe do músico, Mary Guibert, recorda no documentário que Pitt tentou convencê-la de todas as formas, incluindo convites para almoçar na sua casa e até para o seu casamento com Jennifer Aniston. Apesar do entusiasmo do ator, Guibert permaneceu cética sobre a capacidade de Pitt de transformar-se no seu filho.

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“Vamos pintar o cabelo de loiro, colocar lentes castanhas naqueles olhos azuis e fazer com que a voz do Jeff saia da tua boca?”, questionou Guibert, destacando as diferenças físicas entre os dois. O projeto acabou por ser cancelado, embora outros filmes tenham explorado a vida do músico desde então.

A Vida e o Legado de Jeff Buckley 🌊🎶

Jeff Buckley, filho do cantor Tim Buckley, tornou-se uma lenda da música com o lançamento do álbum Grace (1994), que inclui a icónica Hallelujah. No entanto, a sua vida foi tragicamente interrompida em 1997, aos 30 anos, quando morreu num acidente de natação no rio Wolf, em Memphis. A sua morte foi considerada acidental, sem sinais de drogas ou álcool no organismo.

Desde então, o legado de Buckley tem sido celebrado em filmes e documentários. Greetings From Tim Buckley (2012), com Penn Badgley no papel principal, narrou a preparação do músico para a sua primeira apresentação pública. A sua casa em Memphis foi recentemente transformada num Airbnb em sua homenagem, descrito como “um tributo, mas sem pretensões de ser um Graceland hipster”.

O Que Esperar de “It’s Never Over, Jeff Buckley”? 🎥✨

Produzido por Pitt, o documentário promete ser uma exploração íntima da vida de Buckley, com depoimentos sinceros de Mary Guibert e imagens inéditas. Ao destacar momentos como a decisão de rejeitar Brad Pitt e o impacto duradouro de Hallelujah, It’s Never Over oferece aos fãs uma oportunidade única de conhecer melhor o homem por detrás da música.

Jeff Buckley continua a inspirar gerações com a sua voz angelical e a sua trágica história. Este documentário é mais uma peça essencial no puzzle do seu legado, celebrando um artista cuja influência nunca se apagará.

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Sundance 2025: Um Festival de Cinema com Histórias de Superação e Emoção 🎬🔥

O Festival de Sundance, conhecido pela sua celebração do cinema independente, começou este ano envolto em um cenário tão dramático quanto os filmes que exibe. Apesar de acontecer no cenário idílico das Montanhas Rochosas, em Utah, o evento não escapou ao impacto das devastadoras chamas que assolam Los Angeles e que já marcaram profundamente a vida de muitos profissionais da indústria cinematográfica.

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Entre 18 de janeiro e 2 de fevereiro, o festival exibe 88 filmes de 33 países, mas, para muitos realizadores e participantes, a presença no evento não foi apenas um ato profissional, mas também uma expressão de resiliência. O diretor do festival, Eugene Hernandez, relatou histórias emocionantes de cineastas que fugiram de incêndios com pouco mais do que os discos rígidos contendo os seus projetos. A paixão pelo cinema revelou-se, mais uma vez, inabalável.

Filmes que Refletem Realidades Ardentes 🌍🎥

O impacto dos incêndios vai além da tragédia pessoal e reflete-se diretamente nos filmes apresentados. Um dos exemplos mais marcantes é “Didn’t Die”, de Meera Menon, um thriller pós-apocalíptico com ‘zombies’, rodado em Altadena, Califórnia. As casas usadas como cenários, incluindo as dos próprios realizadores e equipa, foram consumidas pelas chamas logo após as filmagens. Meera Menon e os seus colegas perderam tudo, mas trouxeram ao festival uma história de luta e esperança.

Entre os destaques do evento, encontram-se também filmes que exploram outras formas de perda e redenção. “Rebuilding”, de Max Walker-Silverman, aborda a recuperação emocional após um incêndio devastador, enquanto “The Thing with Feathers”, com Benedict Cumberbatch, mergulha na experiência de uma família que enfrenta a dor da perda.

Estrelas e Histórias Brilhantes ✨🌟

Este Sundance não se limita a histórias trágicas. A diversidade de temas e talentos é impressionante. Olivia Colman brilha em “Jimpa”, de Sophie Hyde, uma comovente narrativa sobre identidade e aceitação. Jennifer Lopez marca presença com “Kiss of the Spider Woman”, um musical da Broadway adaptado por Bill Condon. E até a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, promove “Prime Minister”, um documentário sobre a sua carreira.

A série de culto “The Bear” também ganha espaço no festival, com Ayo Edebiri a protagonizar “Opus”, ao lado de John Malkovich, enquanto o rapper A$AP Rocky faz a sua estreia no cinema com “If I Had Legs I’d Kick You”. Este Sundance é, sem dúvida, um caldeirão de criatividade e inovação.

Sundance: Um Festival que Ilumina Mesmo em Tempos Sombrios 🌟🔥

O Festival de Sundance 2025 não é apenas um palco para filmes independentes; é também um testemunho da resiliência humana. Mesmo com desafios imensos, cineastas de todo o mundo continuam a criar histórias que inspiram, emocionam e nos fazem refletir.

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Com um programa diversificado e um espírito inabalável, Sundance reafirma o seu papel como um farol no mundo do cinema, provando que, mesmo entre as cinzas, há sempre espaço para a arte florescer.

“Ainda Estou Aqui” Faz História nos Óscares: Uma Celebração do Cinema e da Resistência 🎥✨

O cinema brasileiro alcançou um marco histórico com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, ao conquistar três nomeações para os Óscares 2025, incluindo Melhor Filme e Melhor Filme Internacional. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, mãe e filha, brilharam em interpretações inesquecíveis da mesma personagem, Eunice Paiva, em fases diferentes da sua vida. Para o Brasil, este é um momento de celebração cultural digno de um evento desportivo mundial. 🇧🇷🏆

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Nomeações que Ecoam na História do Cinema Brasileiro 🌟🎬

Fernanda Torres, nomeada a Melhor Atriz, deu vida a Eunice Paiva, uma figura central da história recente do Brasil, conhecida pela sua luta pela verdade durante a ditadura militar. A sua mãe, Fernanda Montenegro, também assumiu o papel em etapas mais avançadas da personagem, numa performance que simboliza resiliência e força. Nas redes sociais, as reações de ambas viralizaram, cativando o público com mensagens emocionantes.

Com esta conquista, o filme coloca o Brasil novamente no mapa do cinema mundial, algo que não acontecia desde Central do Brasil(1998), também de Salles e protagonizado por Montenegro. Esta obra, baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, não só celebra a história de uma mulher extraordinária, mas também destaca a força coletiva de uma equipa criativa dedicada.

Concorrência de Peso e Reconhecimento Global 🌍🎥

Ainda Estou Aqui enfrenta uma forte concorrência. Na corrida a Melhor Filme, terá de superar produções de renome como Dune – Duna: Parte Dois e Wicked, enquanto na categoria de Melhor Filme Internacional disputará contra títulos como Emília Pérez (França) e A Rapariga da Agulha (Dinamarca). A nomeação de Fernanda Torres para Melhor Atriz coloca-a lado a lado com estrelas internacionais como Demi Moore (A Substância) e Cynthia Erivo (Wicked), um feito extraordinário para uma atriz brasileira.

Ainda assim, o impacto de Ainda Estou Aqui transcende a competição. O filme não só resgata a memória de Eunice Paiva e do seu legado, como também destaca a relevância de histórias locais no cenário global, mostrando que o cinema brasileiro pode emocionar o mundo.

Reações que Transbordam Emoção e Orgulho 🥹🇧🇷

Fernanda Montenegro, aos 95 anos, descreveu este momento como “um ganho cultural para o Brasil” e exaltou a parceria criativa com Walter Salles. Em vídeo, Fernanda Torres emocionou-se ao relembrar a jornada do filme, destacando a força de Eunice Paiva como inspiração. “Foi um filme feito na felicidade”, afirmou, agradecendo à equipa e ao escritor Marcelo Rubens Paiva por tornar este projeto possível.

Este momento é mais do que uma celebração cinematográfica. É uma reafirmação da capacidade do Brasil de produzir histórias universais, que tocam corações em qualquer parte do mundo.

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Um Futuro Brilhante para o Cinema Brasileiro 🌟🎞️

Com três nomeações históricas, Ainda Estou Aqui marca uma nova era para o cinema brasileiro, que renasce com força no panorama global. Independentemente do resultado na noite dos Óscares, este momento já é uma vitória, celebrando não só a arte, mas também a história e a resiliência de um povo.

“Emília Pérez”, “Wicked” e “O Brutalista” entre os Favoritos: Esperanças Portuguesas em Alta com “Percebes” na Corrida aos Óscares

As atenções de cinéfilos portugueses estão voltadas para os Óscares de 2025, com especial entusiasmo em torno da curta-metragem de animação “Percebes”, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, que figura na shortlist para Melhor Curta-Metragem de Animação. Este feito segue o marco histórico de “Ice Merchants”, nomeado em 2023, e reflete o crescente reconhecimento internacional do talento português nesta categoria.

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Os Destaques das Nomeações

A divulgação das nomeações será transmitida em direto hoje às 13h30 (hora de Lisboa), com grande expectativa sobre as escolhas para as 23 categorias principais. Entre os favoritos estão os filmes “Emília Pérez”, “Wicked” e “O Brutalista”, que lideram as listas de previsões com múltiplas indicações esperadas, incluindo Melhor Filme.

Além disso, o Brasil está em destaque com “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, um filme que explora os efeitos da ditadura militar brasileira, e que pode conquistar uma nomeação em Melhor Filme Internacional. A campanha mediática para promover esta obra tem sido massiva, evidenciando o esforço do país em garantir o reconhecimento da sua cinematografia.

Portugal nos Óscares: “Percebes” em Busca de Reconhecimento

“Percebes” é uma obra que destaca o talento português em animação, juntando-se a títulos como “História Trágica com Final Feliz” e “Tio Tomás – A Contabilidade dos Dias”, de Regina Pessoa, e “O Homem do Lixo”, de Laura Gonçalves. Premiada em festivais como Annecy, a curta promete emocionar e destacar-se no cenário internacional.

A Temporada Mais Imprevisível dos Últimos Anos

Com os incêndios devastadores em Los Angeles a impactarem a temporada de prémios, a campanha aos Óscares deste ano teve de se adaptar, incluindo adiamentos na votação e no anúncio das nomeações. Esta incerteza, aliada à ausência de um claro favorito ao Melhor Filme, torna a corrida mais emocionante.

Filmes como “O Brutalista”, de Brady Corbet, e “Conclave”, de Edward Berger, também se destacam como potenciais vencedores. “O Brutalista”, em particular, está entre os favoritos com Adrien Brody, que pode ganhar o seu segundo Óscar de Melhor Ator, 22 anos após “O Pianista”.

Uma Nova Era para os Óscares

A crescente influência de membros internacionais na Academia reflete-se nas escolhas mais diversificadas e inclusivas, com obras de diferentes países ganhando espaço em categorias principais. Este ano, espera-se que essa tendência continue, celebrando talentos e histórias de todo o mundo.

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Ansiedade e Esperança

Enquanto o mundo do cinema aguarda ansiosamente as nomeações, Portugal e Brasil partilham a expectativa de ver as suas obras reconhecidas. “Percebes” representa um marco para a animação portuguesa, e “Ainda Estou Aqui” é a oportunidade do Brasil brilhar novamente nos Óscares.

Não perca a cobertura completa das nomeações e as análises das surpresas e favoritos desta edição.

Oscars 2025: Rotten Tomatoes Revela Previsões para as Nomeações

Com a temporada de prémios em pleno andamento, as previsões para as nomeações aos Óscares 2025 não podiam deixar de gerar entusiasmo. Segundo a Rotten Tomatoes, a lista de possíveis candidatos é repleta de nomes surpreendentes, filmes aclamados pela crítica e algumas escolhas inesperadas. Num ano marcado por tragédias como os incêndios em Los Angeles, a celebração do cinema assume um papel especial ao proporcionar esperança e reflexão.

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Melhor Filme: Um Campo Competitivo

Entre os favoritos para a categoria de Melhor Filme estão obras altamente cotadas como Anora (93%), The Brutalist (93%) e Conclave(93%). Também se destacam Dune: Part Two (92%) e September 5 (92%). A diversidade de estilos e narrativas reflete a riqueza cinematográfica de 2024, desde épicos de ficção científica até dramas íntimos.

Outros títulos mencionados incluem Challengers (88%), Wicked (88%) e Emilia Pérez (76%), que representam abordagens ousadas e inovadoras em diferentes géneros.

Destaques nas Categorias de Atuação

Melhor Ator em Papel Principal:

• Adrien Brody (The Brutalist) e Timothée Chalamet (A Complete Unknown) lideram as apostas, acompanhados por Daniel Craig (Queer), Colman Domingo (Sing Sing) e Ralph Fiennes (Conclave).

Melhor Atriz em Papel Principal:

• Fernanda Torres, estrela de I’m Still Here, Cynthia Erivo (Wicked) e Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez) são nomes fortes. Demi Moore (The Substance) e Mikey Madison (Anora) completam o leque.

Melhor Ator Secundário:

• Yura Borisov (Anora) e Guy Pearce (The Brutalist) surgem como favoritos. Jeremy Strong (The Apprentice) e Kieran Culkin (A Real Pain) também se destacam.

Melhor Atriz Secundária:

• Selena Gomez e Zoe Saldaña (Emilia Pérez) brilham ao lado de Ariana Grande (Wicked), Margaret Qualley (The Substance) e Isabella Rossellini (Conclave).

Outros Destaques

Melhor Realização:

• Denis Villeneuve (Dune: Part Two) e Brady Corbet (The Brutalist) estão entre os principais candidatos. Jacques Audiard (Emilia Pérez) e Sean Baker (Anora) também prometem surpreender.

Melhor Animação:

• Entre os favoritos estão Flow (97%) e Wallace & Gromit: Vengeance Most Fowl (100%).

Melhor Documentário:

Black Box Diaries (98%) e Daughters (100%) dominam as previsões.

Melhor Filme Internacional:

I’m Still Here (95%) e Vermiglio (93%) destacam-se, evidenciando o alcance global do cinema.

Uma Temporada Inusitada

Com um contexto marcado pela devastação dos incêndios na Califórnia, a temporada de prémios foi forçada a ajustar-se, cancelando eventos como o tradicional almoço dos nomeados. Mesmo assim, a paixão pelo cinema permanece intacta, e o 97.º evento anual promete surpresas.

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Os Óscares 2025 serão transmitidos a 2 de março na ABC. Até lá, resta-nos esperar pelas nomeações e torcer pelos nossos favoritos.

“The Brutalist”: Diretor Defende Uso de IA em Pós-Produção para Aperfeiçoar Diálogos em Húngaro

O filme The Brutalist, dirigido por Brady Corbet e vencedor de três Globos de Ouro, tem sido alvo de debate após a revelação do uso de inteligência artificial (IA) durante a pós-produção. A tecnologia foi utilizada para aprimorar a precisão dos diálogos em húngaro dos protagonistas Adrien Brody e Felicity Jones. Em resposta às controvérsias, Corbet esclareceu os motivos e limites desse recurso.

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Performances Autênticas e Respeito ao Trabalho dos Atores

Segundo o diretor, as interpretações de Brody e Jones foram mantidas intactas, e o uso da IA, por meio da tecnologia Respeecher, foi restrito à edição de diálogos em húngaro. “Adrien e Felicity trabalharam com um treinador de dialeto por meses para aperfeiçoar os sotaques. A IA foi usada apenas para refinar certos detalhes na pronúncia de vogais e letras. Não houve alterações em diálogos em inglês”, explicou Corbet, sublinhando que o processo foi manual e respeitou a autenticidade das atuações.

A decisão de adotar a IA surgiu após tentativas de gravações adicionais (ADR) não alcançarem o resultado desejado. O editor do filme, Dávid Jancsó, nativo de língua húngara, também participou ativamente do processo, alimentando o modelo de IA com sua própria voz para maior precisão. “Foi um trabalho minucioso para garantir que nem mesmo os locais percebessem diferenças. A IA agilizou um processo que, de outra forma, levaria anos,” disse Jancsó.

Uso de IA: Inovação ou Controvérsia?

O uso de IA em The Brutalist reacendeu debates sobre ética na indústria cinematográfica. Embora o uso de tecnologias para ajustar áudio em pós-produção seja comum, a introdução de IA em diálogos e outras áreas ainda é vista com cautela. No entanto, Corbet defendeu a inovação, afirmando que a tecnologia não eliminou empregos, mas os criou, permitindo que a produção se mantivesse dentro de um orçamento limitado.

Comparações foram feitas com outros filmes que também usaram tecnologia para melhorar performances. Bohemian Rhapsody (2018), por exemplo, combinou vozes de Rami Malek, gravações originais de Freddie Mercury e outros artistas para criar a ilusão da performance do vocalista do Queen. No caso de The Brutalist, o objetivo era garantir autenticidade cultural e fidelidade ao idioma húngaro, um dos elementos centrais do enredo.

Um Épico Sobre Resiliência e Reconstrução

Com 215 minutos de duração e uma narrativa que se estende por três décadas, The Brutalist acompanha László Tóth (Adrien Brody), um arquiteto judeu húngaro que emigra para os Estados Unidos após sobreviver ao Holocausto. A história aborda sua luta para reconstruir sua vida, carreira e casamento em um ambiente desconhecido, enquanto enfrenta os desafios de uma sociedade pós-guerra.

O filme, que estreou no Festival de Veneza e foi adquirido pela A24, já conquistou elogios por sua profundidade narrativa e estética visual. Além dos prêmios no Globo de Ouro, The Brutalist está na disputa por outras honrarias importantes, incluindo Melhor Diretor no DGA Awards e o prêmio de Melhor Filme no PGA Awards.

Reflexões Sobre o Futuro do Cinema

A controvérsia em torno do uso de IA em The Brutalist levanta questões sobre o papel da tecnologia no futuro do cinema. Jancsó resumiu o debate ao afirmar: “Devemos discutir abertamente como a IA pode ser uma ferramenta para o cinema. O que fizemos não é algo novo, apenas mais rápido. É sobre criar detalhes que não teríamos recursos para alcançar de outra forma.”

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Com uma combinação de inovação tecnológica e sensibilidade artística, The Brutalist se destaca não apenas como uma obra cinematográfica marcante, mas também como um marco no diálogo sobre o impacto da tecnologia na indústria criativa.

“Ainda Estou Aqui” Conquista Portugal: Filme Brasileiro É o Mais Visto no Fim de Semana de Estreia

O cinema brasileiro alcançou um novo marco em Portugal. Ainda Estou Aqui, realizado por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres, foi o filme mais visto no fim de semana de estreia, com um impressionante total de 37.233 espectadores entre quinta-feira e domingo. O sucesso é tanto que a obra ultrapassou gigantes como Mufasa: O Rei LeãoSonic 3 e Vaiana 2 nas bilheteiras portuguesas.

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Um Sucesso Inédito no Cinema Brasileiro em Portugal

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), o filme foi exibido em 83 salas de cinema em todo o país, gerando 246.583 euros em receita de bilheteira. Este é o melhor desempenho de sempre para uma estreia de um filme brasileiro em Portugal, consolidando a relevância de Walter Salles no cenário internacional.

Historicamente, os filmes brasileiros têm encontrado dificuldades para alcançar números expressivos em Portugal. Até então, o maior sucesso foi Nada a Perder 2, de Alexandre Avancini, que atraiu 114.975 espectadores em 2019. Ainda Estou Aqui parece destinado a quebrar esse recorde, evidenciando um crescente interesse do público português por produções brasileiras de qualidade.

Uma História de Resistência e Superação

Ainda Estou Aqui mergulha no período sombrio da ditadura militar no Brasil (1964-1985), recuperando a trágica história de Rubens Paiva, político que foi preso, torturado e morto, e de sua esposa, Eunice Paiva, uma ativista incansável. Selton Mello e Fernanda Torres interpretam os papéis principais, trazendo à vida uma narrativa profundamente emocional e histórica.

Baseado no livro de memórias homónimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme aborda não apenas a brutal repressão e os atos de tortura sofridos por Rubens Paiva, cujo corpo nunca foi encontrado, mas também a incrível força e resiliência de Eunice, que lutou pelos direitos humanos até o fim da sua vida. A história combina tragédia pessoal com uma reflexão sobre a resistência e superação perante as adversidades.

Um Marco Cultural e Político

O impacto de Ainda Estou Aqui vai além das bilheteiras. A narrativa resgata uma parte dolorosa e importante da história brasileira, conectando-a ao público internacional e reforçando a importância de relembrar e discutir os eventos da ditadura militar. A receção calorosa em Portugal destaca o apelo universal da história e a qualidade do cinema brasileiro.

Com este resultado impressionante, Ainda Estou Aqui não só reforça a reputação de Walter Salles como um dos maiores realizadores do Brasil, mas também posiciona o cinema brasileiro como uma força crescente no mercado internacional.

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“Vaiana 2” Ultrapassa 1 Milhão de Dólares nas Bilheteiras Globais: Um Sucesso Surpreendente da Disney

O que começou como um projeto destinado ao streaming tornou-se um fenómeno de bilheteiras. Moana 2 ou Vaiana como foi batizado em Portugal, a sequela animada da aventura oceânica de 2016, arrecadou oficialmente mais de 1,009 mil milhões de dólares em receitas globais após oito semanas em exibição, consolidando-se como um dos maiores sucessos de 2024.

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Um Sucesso Recorde nas Bilheteiras

O filme gerou 445 milhões de dólares nos Estados Unidos e 567 milhões no mercado internacional, tornando-se o terceiro lançamento da Disney a alcançar a marca de mil milhões de dólares em 2024, após Inside Out 2 e Deadpool & Wolverine. Nenhum outro estúdio conseguiu atingir esse marco no mesmo ano, sendo o mais próximo Despicable Me 4 da Universal, com 969 milhões de dólares.

Lançado a 28 de novembro, Moana 2 quebrou recordes no fim de semana de Ação de Graças, arrecadando 225 milhões de dólares durante os cinco dias, superando largamente o recorde anterior de Frozen II (125 milhões em 2019). Apesar de críticas mistas, o filme foi impulsionado pelo boca-a-boca positivo entre os espectadores, permanecendo no top cinco das bilheteiras norte-americanas durante sete semanas consecutivas. Na oitava semana, ainda arrecadou 6,1 milhões no fim de semana e 8,4 milhões no feriado de Martin Luther King Jr.

De Série no Disney+ a Filme Fenómeno

Inicialmente planeado como uma série para o Disney+, Moana 2 foi reimaginado como um filme de longa-metragem, uma decisão que provou ser extremamente acertada. Além das receitas de bilheteira, o filme continuará a gerar lucros através de lançamentos em plataformas digitais antes de chegar ao Disney+. O sucesso reforça a viabilidade das estreias teatrais como estratégia lucrativa, especialmente considerando que o original Moana (2016) arrecadou 680 milhões de dólares globalmente, mas ganhou ainda mais popularidade no Disney+, onde é um dos títulos mais vistos da plataforma.

O Retorno de Maui e Moana

Moana 2 trouxe de volta Dwayne Johnson e Auli’i Cravalho para dar voz ao semideus Maui e à heroína que dá nome ao filme. Desta vez, a narrativa leva Moana a uma jornada pelo oceano em busca de uma ilha escondida para quebrar uma maldição. Lin-Manuel Miranda, que escreveu as músicas icónicas do primeiro filme (How Far I’ll Go e You’re Welcome), não regressou para a sequela. As novas canções ficaram a cargo de Abigail Barlow e Emily Bear, conhecidas por The Unofficial Bridgerton Musical.

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O Futuro da Saga “Moana”

Com o desempenho extraordinário de Moana 2, é provável que a Disney já esteja a planear uma terceira aventura para a jovem exploradora. Além disso, um remake live-action do filme original está programado para estrear em 2026, o que indica que o legado de Moana ainda tem muito para oferecer.

Pamela Anderson Brilha em “The Last Showgirl” e Entra na Corrida aos Óscares

A indústria do cinema pode estar prestes a testemunhar um dos regressos mais surpreendentes dos últimos anos. Pamela Anderson, há muito associada ao seu estatuto de sex symbol, está a conquistar a crítica com a sua performance em The Last Showgirl, um filme que pode levá-la diretamente para a corrida aos Óscares.

O aclamado argumentista e realizador Aaron Sorkin (A Rede SocialThe West WingMoneyball) foi um dos primeiros a elogiar a performance da atriz, descrevendo-a como “uma das melhores do ano, ou de qualquer ano”.

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Uma Nova Pamela Anderson

Realizado por Gia Coppola (Palo Alto), com argumento de Kate GerstenThe Last Showgirl apresenta Pamela Anderson no papel de Shelly, uma bailarina veterana que enfrenta os últimos dias de uma icónica revista em Las Vegas, enquanto reflete sobre a sua vida e carreira.

Muitos comentaram a escolha da atriz em aparecer sem maquilhagem, mas Sorkin aponta que essa decisão, embora ousada, não é o que torna a sua performance notável.

“Ela começa por dominar uma cena caótica no camarim com uma confiança impressionante e, cena após cena, continua a surpreender-nos”, elogia Sorkin.

O desempenho atinge o seu auge numa intensa cena entre Shelly e a sua filha, interpretada por Billie Lourd (American Horror StoryStar Wars: The Last Jedi). Nesse momento, segundo Sorkin, o público percebe que a coragem de Pamela Anderson está no seu talento interpretativo, e não apenas na sua aparência.

Críticas Elogiam e Apontam para Nomeação ao Óscar

A receção crítica ao filme tem sido extremamente positiva, reforçando a possibilidade de Pamela Anderson ser nomeada para um Óscar.

Entertainment Weekly descreve The Last Showgirl como “um réquiem para todas as mulheres que já foram subestimadas pela sua beleza, pelas suas escolhas ou pela sua arte”. Já o IndieWire destaca a performance de Anderson, referindo que “é o produto de uma subestimação profunda do talento prodigioso da estrela”.

Pamela Anderson, que durante décadas foi vista mais como uma personalidade mediática do que uma atriz séria, pode agora estar a consolidar-se como uma das grandes intérpretes do ano. Para Aaron Sorkin, a sua atuação em The Last Showgirl não é apenas surpreendente em relação às expectativas — é uma grande performance em qualquer contexto.

Uma Nova Fase para Pamela Anderson

O reconhecimento por parte da crítica e de figuras proeminentes da indústria sugere que Pamela Anderson pode estar prestes a redefinir a sua carreira. Durante anos, a sua imagem pública foi dominada por escândalos, revistas e reality shows. Mas, tal como The Last Showgirl sugere, talvez seja chegada a hora de olhar para a sua arte e não apenas para a sua persona mediática.

A nomeação para o Óscar de Melhor Atriz seria uma reviravolta inesperada, mas merecida, numa carreira repleta de altos e baixos. Agora, resta saber se a Academia acompanhará o entusiasmo da crítica e dos festivais e concederá a Pamela Anderson o reconhecimento que parecia impossível há poucos anos.

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Pedro Almodóvar em Retrospetiva: 45 Anos de Cinema Celebrados no Batalha Centro de Cinema

O Batalha Centro de Cinema, no Porto, prepara-se para homenagear um dos maiores ícones do cinema contemporâneo com a retrospetiva “A Paixão de Almodóvar”, uma jornada completa pela filmografia do cineasta espanhol Pedro Almodóvar. Entre 21 de março e 9 de julho de 2024, o público terá a oportunidade de revisitar 45 anos de carreira do realizador que redefiniu o cinema espanhol e conquistou o mundo.

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A Mais Completa Retrospetiva de Almodóvar em Portugal

Com o apoio da El Deseo, a produtora fundada pelos irmãos Pedro e Agustín Almodóvar, esta retrospetiva é a mais abrangente realizada em Portugal. O evento apresentará 23 longas-metragens, desde os primeiros trabalhos do realizador nos anos 80 até às suas produções mais recentes, explorando a sua visão artística única, marcada por cores vibrantes, personagens inesquecíveis e um olhar provocador sobre temas como sexualidade, identidade e relações humanas.

O programa contará também com a exibição de algumas das suas curtas-metragens, oferecendo um panorama completo do seu percurso cinematográfico.

Uma Homenagem a Marisa Paredes

A abertura da retrospetiva terá um significado especial, com duas sessões dedicadas a Marisa Paredes, uma das musas de Almodóvar, falecida em dezembro de 2024. A 21 e 23 de março, serão exibidos dois dos seus filmes mais icónicos: “Tudo Sobre a Minha Mãe”(1999), vencedor do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e do Prémio de Melhor Realizador no Festival de Cannes, e “Saltos Altos” (1991), onde a atriz assumiu um dos seus papéis mais marcantes.

O Legado de Pedro Almodóvar

Ao longo de mais de quatro décadas, Almodóvar construiu uma filmografia revolucionária, dando voz a personagens femininas fortes, explorando tabus sociais e criando histórias carregadas de emoção, humor e melodrama. Entre os filmes que poderão ser vistos nesta retrospetiva, destacam-se clássicos como:

“Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” (1988)

“Negros Hábitos” (1983)

“Carne Trémula” (1997)

“Volver” (2006)

Com um currículo repleto de distinções, o realizador espanhol soma dois Óscares, cinco Goyas, cinco Baftas, quatro Césares e, mais recentemente, recebeu o prémio Donostia do Festival de San Sebastián pelo seu contributo inestimável para o cinema.

Bilhetes e Programação

A programação completa desta retrospetiva será divulgada no dia 28 de janeiro no site do Batalha Centro de Cinema. Os bilhetes poderão ser adquiridos na bilheteira física e online a partir da mesma data.

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Com esta iniciativa, o Porto recebe uma celebração imperdível da obra de Pedro Almodóvar, um cineasta que transformou o cinema mundial com o seu estilo inconfundível e narrativas apaixonantes.

Ano de Retoma: Cinemas de Portugal e Brasil Batem Recordes e Enfrentam Desafios

O ano de 2024 marcou um período de contrastes para o cinema em Portugal e no Brasil. Se por um lado o mercado brasileiro bateu recordes de salas de exibição e crescimento do público, por outro, em Portugal, o número de espectadores caiu ligeiramente, mas a receita de bilheteira manteve-se estável. O cinema continua a ser um reflexo da cultura e do comportamento do público em cada país, e os números comprovam essa dinâmica.

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Portugal: Menos Espectadores, Receita Estável

Segundo dados revelados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), em Portugal o número de espectadores nas salas de cinema caiu 3,8% em 2024 face ao ano anterior, totalizando 11,8 milhões de bilhetes vendidos. Ainda assim, a receita bruta de bilheteira manteve-se praticamente inalterada, crescendo ligeiros 0,4% e fixando-se nos 73,2 milhões de euros, justificado pelo aumento do preço médio dos bilhetes.

Embora o mês de dezembro tenha apresentado um crescimento impressionante de 27,1% no número de espectadores e um aumento de um terço na receita — tornando-se o melhor dezembro desde 2018 —, os resultados anuais não conseguiram recuperar as perdas do período pós-pandemia. Para comparação, em 2019, último ano antes da crise sanitária, os cinemas portugueses registaram 15,5 milhões de espectadores, um número significativamente superior ao de 2024.

A liderança do mercado de exibição em Portugal continua a pertencer à NOS, com uma quota de 68,2%, seguida pela UCI (10,7%) e pela Cineplace (6,7%). A NOS viu o número de espectadores cair 4% face a 2023, mas compensou com um aumento de 0,7% na receita.

Entre as 391 longas-metragens estreadas em Portugal, 112 eram de origem norte-americana, dominando o mercado com 72,8% do público, enquanto os filmes europeus, que totalizaram 202 lançamentos, atraíram apenas 12,9% dos espectadores.

O ‘top 10’ dos filmes mais vistos no país reflete essa tendência, sendo totalmente preenchido por produções de Hollywood. O grande vencedor foi “Divertida-Mente 2”, que conquistou 1,3 milhões de espectadores. Seguiram-se “Deadpool & Wolverine”, com 611 mil entradas, e as animações “Gru – O Maldisposto 4” e “Vaiana 2”, que juntos somaram pouco mais de um milhão de bilhetes vendidos.

O Cinema Português em 2024: “Balas & Bolinhos” No Topo

O cinema nacional teve um desempenho modesto, mas um título destacou-se: “Balas & Bolinhos: Só Mais Uma Coisa”, de Luís Ismael, foi o filme português mais visto do ano, com 248 mil espectadores e 1,6 milhões de euros em receitas. A nova aventura do grupo de amigos alcançou o oitavo lugar entre os filmes portugueses mais vistos desde 2004, aproximando-se dos números do seu antecessor, “Balas & Bolinhos: O Último Capítulo” (2012), que teve 256 mil espectadores.

Outros destaques incluem “Podia Ter Esperado por Agosto”, de César Mourão, com 102 mil espectadores, e “Vive e Deixa Andar”, de Miguel Cadilhe, que levou 31 mil pessoas às salas.

Brasil: Recordes de Público e Salas de Cinema

Se em Portugal o setor enfrentou um ligeiro decréscimo, no Brasil o cenário foi de recuperação e crescimento. Segundo dados da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), 2024 foi um ano de recordes. O país atingiu o maior número de salas de exibição da sua história, acompanhado por um aumento significativo do público.

Os números mostram que o cinema brasileiro continua a recuperar do impacto da pandemia e a consolidar-se como uma indústria em crescimento. O maior número de salas em funcionamento permitiu um acesso mais amplo ao público, resultando num aumento das bilheteiras e no fortalecimento da indústria nacional.

O cinema brasileiro viu algumas das suas produções alcançarem êxitos expressivos. Filmes nacionais ganharam destaque e demonstraram a diversidade do mercado, apostando em géneros variados e explorando novas narrativas para atrair audiências cada vez mais amplas.

O Cinema Nacional em Destaque

Entre os títulos nacionais mais bem-sucedidos em 2024, destacam-se produções que conquistaram não apenas o público, mas também a crítica. O cinema brasileiro demonstrou força tanto nos circuitos comerciais quanto nos festivais internacionais, solidificando a sua presença e mostrando a capacidade de competir com as grandes produções de Hollywood.

O Que Explica as Diferenças?

O contraste entre os mercados português e brasileiro pode ser explicado por vários fatores. No Brasil, a expansão do número de salas de cinema e o crescimento do público refletem um investimento contínuo na indústria cinematográfica. Em Portugal, apesar da estabilidade nas receitas, a diminuição do número de espectadores aponta para desafios como o aumento do preço dos bilhetes e a concorrência do streaming.

Ainda assim, ambos os países partilham um fator comum: o domínio das produções norte-americanas. Nos dois mercados, os filmes de Hollywood continuam a liderar as bilheteiras, o que reforça a necessidade de políticas e incentivos que promovam a produção nacional e estimulem o interesse do público por conteúdos locais.

Perspetivas para 2025

Olhando para o futuro, tanto em Portugal quanto no Brasil, a expectativa é que o cinema continue a recuperar e a adaptar-se às novas realidades do mercado. A aposta em conteúdos nacionais e estratégias inovadoras de distribuição pode ser a chave para um crescimento sustentado.

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Enquanto Portugal procura recuperar os números pré-pandemia, o Brasil avança com recordes e uma crescente valorização do seu cinema. Resta saber se essa tendência se manterá nos próximos anos e como os dois países poderão aprender com as suas experiências para fortalecer a sétima arte.

Monstrare 2024: Mostra de Cinema Social em Loulé Destaca o Momento de Transição Mundial

11.ª edição da Mostra Internacional de Cinema Social (Monstrare) decorre entre 18 e 25 de janeiro em Loulé, no Algarve, prometendo uma programação diversificada de filmes e eventos que refletem sobre o momento de transição que o mundo atualmente vive. Com entrada gratuita, o evento integra novamente a Algarve Film Week, apresentando uma seleção de documentários, curtas e longas-metragens, bem como oficinas, conversas e sessões dirigidas à indústria cinematográfica.

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Destaques da Programação

A sessão de abertura decorre no Auditório Solar da Música Nova, no dia 18 de janeiro, com a apresentação do Programa de Apoio Audiovisual, seguido da performance ”{EYE} Cult”. Já no dia 19, arranca a programação de cinema com a exibição, no Pavilhão Multiúsos 25 de Abril, em Almancil, do filme “Robot Dreams – Amigos Improváveis”, do realizador Pablo Berger. Esta animação conta a história de uma amizade improvável entre um cão e um robot na Nova Iorque dos anos 1980.

A Participação do MOTELx e a Secção de Terror

O festival lisboeta MOTELx, dedicado ao cinema de terror, programará dois dias da mostra:

20 de janeiro – Exibição da animação “Flow”, de Gints Zilbalodis, vencedora de prémios no Festival de Annecy e dos Globos de Ouro na categoria de Melhor Filme de Animação. Segue-se “Oddity”, um thriller paranormal do irlandês Damian McCarthy, que teve estreia no MOTELx.

21 de janeiro – Apresentação da melhor curta portuguesa do MOTELx, seguida do filme “Humanist Vampire Seeking Consenting Suicidal Person”, de Ariane Louis-Seize, premiado no Festival de Veneza 2023.

Filmes Portugueses e Antestreias Nacionais

produção nacional também está bem representada na Monstrare 2024, com várias exibições de realizadores portugueses:

22 de janeiro – Estreia de “A Rapariga Que Caminhava Sobre a Neve”, curta-metragem de animação de Bruno Carnide, na Escola Básica 2/3 D. Dinis, em Quarteira.

Noites Claras (22h00, Cineteatro Louletano) – O novo filme de Paulo Filipe Monteiro, que teve estreia no Festival del Cinema Europeo, em Itália.

“Energia Nuclear Já!” (23 de janeiro, Cineteatro Louletano) – Documentário de Oliver Stone que aborda o medo da radiação e o debate sobre energia nuclear.

“L’Empire” (24 de janeiro, Cineteatro Louletano) – O mais recente filme de Bruno Dumont, premiado com o Prémio do Júri na Berlinale 2024.

“Lindo” (25 de janeiro, 14h30) – Documentário ficcional de Margarida Gramaxo sobre um caçador de tartarugas na Ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe.

Encerramento com os Prémios Cinetendinha

No último dia da mostra, 25 de janeiro, realiza-se a 5.ª edição dos Prémios Cinetendinha, no Cineteatro Louletano, um evento promovido pelo crítico de cinema Rui Pedro Tendinha. Esta cerimónia celebra o melhor do cinema independente e de autor, dando destaque a produções que marcaram o último ano.

Monstrare 2024 promete ser um espaço privilegiado para reflexão e debate sobre os desafios sociais e culturais do nosso tempo, trazendo ao Algarve um panorama cinematográfico diversificado e de elevada qualidade.

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“Clara Andermatt”: Documentário Sobre a Coreógrafa Tem Antestreia em Lisboa

O documentário “Clara Andermatt”, que traça um percurso pela obra e universo criativo da icónica bailarina e coreógrafa portuguesa, terá a sua antestreia esta sexta-feira, 12 de janeiro, em Lisboa. Com realização e argumento de Cristina Ferreira Gomes, o filme é uma produção da Mares do Sul e faz parte de uma trilogia documental sobre as três coreógrafas mais marcantes dos últimos 50 anos em Portugal.

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Uma Viagem pela Vida e Obra de Clara Andermatt

Conhecida como um dos nomes mais influentes da dança contemporânea portuguesa, Clara Andermatt tem um percurso artístico que se estende por várias décadas e fronteiras. O documentário explora a sua escrita coreográfica e universo criativo, desde os seus primeiros passos no bailado clássico até à fundação da sua própria companhia, em 1991.

O filme é baseado numa entrevista conduzida por Luiz Antunes, bailarino e investigador na área da dança, e percorre os momentos mais marcantes da carreira da artista, revisitando algumas das suas obras mais emblemáticas, como:

“Dançar Cabo Verde” (1994)

“Anomalias Magnéticas” (1995)

“Cemitério dos Prazeres” (1996)

“Natural” (2005)

“Fica no Singelo” (2013)

“Pantera” (2022), espetáculo que homenageia o músico cabo-verdiano Orlando Barreto

Através deste documentário, o público terá a oportunidade de conhecer a evolução artística de Andermatt, a sua ligação a Cabo Verde e o seu impacto na dança contemporânea.

Trilogia Documental sobre as Grandes Coreógrafas Portuguesas

“Clara Andermatt” integra uma trilogia documental sobre três das mais importantes coreógrafas portuguesas das últimas cinco décadas. Os primeiros filmes foram dedicados a Vera Mantero e Olga Roriz, tendo sido lançados em 2023, numa coprodução com a RTP2.

A realizadora Cristina Ferreira Gomes tem um vasto currículo no cinema documental, especialmente focado na dança contemporânea. Anteriormente, realizou a série documental “Portugal que Dança”, composta por 16 episódios, aprofundando a sua investigação sobre o impacto da dança na cultura portuguesa.

Já Luiz Antunes, além de colaborar no projeto, é um nome de relevo na dança em Portugal, tendo estudado com Anna Mascolo e passado pela escola da Ópera de Paris. Com experiência como assistente de Olga Roriz, o coreógrafo tem vindo a desenvolver trabalho artístico e académico na área desde 2000.

Antestreia e Estreia Televisiva

O documentário terá a sua antestreia na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, na sexta-feira, às 18h30, com a presença de Clara Andermatt e da equipa criativa. Já a estreia televisiva acontece no sábado, 13 de janeiro, na RTP2, às 22h00.

Esta é uma oportunidade única para revisitar o percurso de uma das artistas mais marcantes da dança contemporânea portuguesa e compreender a sua influência no panorama artístico nacional e internacional.

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Escândalo em Hollywood: Áudio Revela Justin Baldoni a Falar Sobre Blake Lively

O drama em torno de Isto Acaba Aqui (It Ends With Us), protagonizado por Justin Baldoni e Blake Lively, acaba de ganhar um novo capítulo. Um áudio revelado no programa The Megyn Kelly Show mostra Baldoni a queixar-se de ter sido afastado da passadeira vermelha na estreia do filme, alimentando ainda mais a polémica entre os dois atores.

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“Fui Mandado Para a Cave” – O Áudio de Justin Baldoni

O áudio, apresentado pelo advogado de Baldoni, Bryan Freedman, expõe o ator a desabafar sobre a forma como foi tratado na estreia de Isto Acaba Aqui, realizada a 6 de agosto de 2024, no AMC Lincoln Square Theater, em Nova Iorque.

“Eles tiraram-me da passadeira vermelha. No que poderia ter sido uma das noites mais lindas da minha carreira fui, literalmente, mandado para a cave com todos os meus amigos e familiares por mais de uma hora porque não me deixaram ser visto. Ela não me queria perto dela ou do resto do elenco”, diz Baldoni no áudio.

A gravação surge como parte da estratégia legal do ator para se defender das acusações que surgiram posteriormente. O advogado de Baldoni apresentou esta prova no programa, alegando que a atitude de afastamento de Blake Lively já demonstrava um ambiente hostil entre os dois, muito antes das acusações se tornarem públicas.

O Caso Judicial Que Abalou Hollywood

O áudio é apenas mais um elemento no caso controverso que envolve Baldoni e Lively. Os rumores sobre tensões entre os dois protagonistas começaram logo após a estreia do filme. Em dezembro de 2024, Blake Lively processou Justin Baldoni por assédio sexual e difamação, alegando que o ator teve comportamentos inadequados durante as filmagens e na promoção do filme.

Baldoni não ficou em silêncio e ripostou com um processo contra o jornal The New York Times, que foi o primeiro a expor o caso. O ator alega que a publicação prejudicou a sua carreira ao divulgar informações que ele considera falsas ou manipuladas.

O escândalo gerou uma onda de reações em Hollywood, dividindo opiniões entre aqueles que apoiam Lively e os que acreditam na inocência de Baldoni. A polémica também teve impacto na bilheteira do filme, com uma estreia turbulenta e um desempenho comercial abaixo das expectativas.

O Futuro do Caso e o Impacto em Hollywood

Com o caso agora a ganhar ainda mais repercussão devido à revelação deste áudio, resta saber como a justiça irá lidar com as alegações de ambas as partes. Os advogados de Lively ainda não se pronunciaram sobre a gravação apresentada, mas é esperado que o caso se arraste durante os próximos meses.

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Hollywood continua a assistir a esta batalha judicial de perto, com a imprensa e os fãs atentos a cada novo desenvolvimento. Independentemente do desfecho, este escândalo já se tornou num dos mais mediáticos da indústria do entretenimento nos últimos anos.