“Vingadores: Doomsday”: rumores de egos e conflitos no set aumentam pressão sobre o regresso da Marvel

O Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) atravessa um momento de viragem e, inevitavelmente, de enorme pressão. A superprodução “Vingadores: Doomsday”, que já está em rodagem entre Londres e o Bahrain, é encarada como a oportunidade para devolver ao estúdio o brilho dos tempos de Endgame (2019). Mas, entre atrasos, rumores de conflitos e egos a colidirem no set, a internet já transformou os bastidores num autêntico espetáculo paralelo.

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O rumor mais viral das últimas semanas? Uma alegada zanga entre Robert Downey Jr. e Ryan Reynolds. O primeiro está oficialmente confirmado no elenco, regressando ao MCU numa reviravolta inesperada — não como Tony Stark/Homem de Ferro, mas como o vilão Doutor Destino. O segundo, Deadpool de serviço, nem sequer está confirmado, mas a especulação disparou depois de partilhar nas redes sociais um logotipo dos Vingadores rabiscado a vermelho, cor associada à sua personagem.

A história ganhou força quando o The Hot Mic Podcast, de Jeff Sneider, sugeriu que a produção tinha sido prolongada porque Downey Jr. não aprovou os duplos usados no fato do Doutor Destino, exigindo refilmagens com ele próprio. Sneider descreveu ainda o ambiente da rodagem como “disfuncional” e comparável ao de Velocidade Furiosa, célebre pelos desentendimentos entre Vin Diesel e Dwayne Johnson.

Dias depois, o também jornalista John Rocha revelou que houve, de facto, um confronto entre dois atores “bastante conhecidos”, motivado por uma piada mal recebida. A situação terá escalado a ponto de a Marvel considerar filmar as cenas em separado — o que aumentaria os custos em milhões de dólares. Mas uma mediação entre os envolvidos resolveu a tensão, com pedidos de desculpa incluídos, e o plano de rodagem seguiu em frente.

Ainda assim, os fãs transformaram-se em detetives: todas as pistas apontariam para Downey Jr. e… Reynolds. A especulação atingiu tamanha proporção que uma fonte oficial recorreu à People para desmentir: “Não há nenhum ressentimento. Os dois nunca se conheceram pessoalmente.”

Seja mito ou verdade, o episódio mostra a enorme pressão que rodeia “Doomsday”. Realizado novamente pelos irmãos Russo, responsáveis por alguns dos capítulos mais celebrados do MCU (O Soldado do InvernoGuerra InfinitaEndgame), o filme junta uma autêntica constelação de estrelas: Chris Hemsworth, Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Paul Rudd, Letitia Wright, Florence Pugh, Tom Hiddleston, Patrick Stewart, Ian McKellen, Rebecca Romijn, James Marsden e Channing Tatum, entre muitos outros.

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Com estreia marcada para 17 de dezembro de 2026, e a sequela Avengers: Secret Wars já apontada para dezembro de 2027, o peso do futuro da Marvel parece condensar-se nestas duas produções. Para já, os rumores só alimentam o hype. Mas se os Vingadores querem salvar o mundo (e o próprio MCU), terão primeiro de sobreviver aos seus próprios bastidores.

“A Solidão dos Lagartos”: curta portuguesa ruma a San Sebastián e leva o Algarve para o centro do cinema europeu

O cinema português volta a marcar presença no prestigiado Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, e desta vez com um olhar vindo do sul. A Solidão dos Lagartos, curta-metragem da realizadora Inês Nunes, foi selecionada para a secção Nest, dedicada a filmes de estudantes de cinema, e que tem revelado ao mundo alguns dos mais promissores talentos emergentes.

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Filmada em 2022 e já exibida em Cannes, a curta transporta-nos para um spa rodeado de montanhas de sal no Algarve. Entre os turistas que procuram o lazer, os salineiros que trabalham incansavelmente e as crianças que correm em liberdade, ergue-se um microcosmos onde o quotidiano se mistura com o onírico. À medida que a noite cai, o espaço transforma-se num cenário de desejos ocultos e de encontros inesperados, evocando um ambiente simultaneamente real e misterioso.

Nascida em Tavira, Inês Nunes estudou Realização na Escola Superior de Teatro e Cinema e recebeu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian que a levou a aprofundar a sua formação na Elías Querejeta Zine Eskola, em San Sebastián. Foi nesse percurso académico que a ideia inicial do filme ganhou corpo, inspirada pelas salinas de Castro Marim e pelo spa Salino Água Mãe. A cineasta descreve o local como um espelho do Algarve contemporâneo: “um ponto de vista sobre a região, onde convivem o turismo, o lazer, o trabalho e as responsabilidades”.

Mas A Solidão dos Lagartos não vai a San Sebastián sozinha. O festival, que decorre de 19 a 27 de setembro, contará ainda com a presença de outros nomes portugueses. A secção Zabaltegi-Tabakalera abre com a coprodução Una Película de Miedo, do brasileiro Sergio Oksman, enquanto André Silva Santos leva a sua primeira longa, Sol Menor, depois de conquistar o prémio de Melhor Filme Português no Curtas de Vila do Conde. Já Paula Tomás Marquesregressa ao certame com Duas Vezes João Liberada, depois de ter vencido anteriormente o prémio Nest com Em Caso de Fogo.

Na secção Made in Spain, Portugal volta a estar representado com Uma Quinta Portuguesa e San Simón, confirmando o lugar de destaque que o cinema nacional continua a conquistar no panorama internacional.

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Com o seu olhar poético sobre o Algarve e a capacidade de cruzar paisagem, memória e transformação social, Inês Nunes junta-se assim à nova geração de realizadores que estão a levar o cinema português a percorrer o mundo

Filme em Destaque: Quando Chega o Outono, de François Ozon — Agora no Filmin

François Ozon, mestre do cinema francês contemporâneo, apresenta Quando Chega o Outono (Quand vient l’automne, 2024), um drama sensível e cheio de suspense que chega agora ao catálogo da Filmin.

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Sinopse Sucinta

Não recomendado a menores de 14 anos, este filme situa-se numa vila pitoresca da Borgonha. A história segue Michelle (Hélène Vincent), uma aposentada que vive em total harmonia com a vizinha de longa data, Marie-Claude (Josiane Balasko)  . A paz é abalada quando Michelle acidentalmente serve cogumelos venenosos à filha Valérie (Ludivine Sagnier), que adoece e proíbe a mãe de ver o neto Lucas  .

Enquanto Michelle tenta lidar com a culpa e a dor, Marie‑Claude enfrenta seus próprios fantasmas: o filho Vincent (Pierre Lottin) acaba de sair da prisão. O reencontro entre eles traz à tona segredos familiares, desequilíbrios e emoções contidas, transformando a narrativa num retrato tenso e profundamente humano  .

Destaques e Pontos de Interesse

  • O filme mistura drama familiar com elementos de mistério e thriller psicológico, mantendo o espectador em constante tensão e reflexão  .
  • A atuação de Hélène Vincent é amplamente elogiada: dominadora e cheia de nuances, imprime grande dignidade ao papel de Michelle  .
  • A direção de Ozon evita clichés sentimentais, apostando em uma abordagem elíptica e que permite ao público preencher lacunas com sua imaginação  .
  • O filme foi reconhecido no Festival de San Sebastián com o Prémio do Júri para Melhor Argumento, enquanto Pierre Lottin recebeu a Concha de Prata por Melhor Ator Secundário  .
  • A receção crítica é muito positiva, com uma aprovação de 97% no Rotten Tomatoes e score 74/100 no Metacritic  .

Vale a Pena Ver?

Se procuras um filme que combine drama íntimosuspense controlado e personagens complexas, Quando Chega o Outono é uma excelente escolha. Com a sensibilidade característica de Ozon, o filme ensaia sobre culpa, perdão e segundas chances — e mostra como o cinema pode, ainda em tempos tranquilos, guardar reviravoltas impactantes.

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Chegou o primeiro trailer de Nuremberga (Nuremberg), o drama histórico que promete ser um dos grandes títulos da temporada de prémios de 2025. Realizado por James Vanderbilt, o filme reúne um elenco de luxo e revisita um dos momentos mais marcantes do século XX: o julgamento dos líderes nazis após a Segunda Guerra Mundial.

Em Baixo divulgamos o trailer original, dado que ainda não está disponível a versão legendada.

Um elenco de peso em tribunal

Russell Crowe assume o papel de Hermann Göring, uma das figuras mais temidas do regime nazi, aqui sentado no banco dos réus. Ao seu lado, um leque de atores de primeira linha dá vida às tensões judiciais e morais deste processo histórico:

  • Rami Malek interpreta um psiquiatra encarregado de avaliar a sanidade dos acusados;
  • Michael Shannon e John Slattery surgem como advogados envolvidos nas acesas batalhas jurídicas;
  • Um conjunto de secundários de relevo completa o elenco, reforçando a densidade dramática do projeto.

O filme pretende não só retratar a dimensão histórica do julgamento, mas também explorar a psicologia e as contradições dos acusados e daqueles que os confrontaram em tribunal.

O desafio de filmar a História

O realizador James Vanderbilt, que anteriormente assinou Truth (2015), sobre o caso Dan Rather vs. George W. Bush, tem agora a tarefa de transpor para o grande ecrã um episódio que é simultaneamente documento histórico e reflexão ética. Se Truth dividiu a crítica, Nuremberga chega com o peso acrescido das expectativas e a promessa de se afirmar como um dos grandes dramas históricos contemporâneos.

Produzido pela Sony Pictures Classics, o filme chega aos cinemas em novembro — em plena corrida aos Óscares — e aposta numa narrativa de tribunal que junta o rigor histórico com a intensidade de performances de atores já consagrados.

Entre justiça e memória

Os julgamentos de Nuremberga não foram apenas um momento jurídico, mas um marco civilizacional, que lançou as bases para o direito internacional moderno e para a noção de crimes contra a humanidade. A escolha de Russell Crowe como Göring promete um retrato intenso de uma das figuras mais complexas do Terceiro Reich, enquanto Rami Malek surge como contrapeso humano e psicológico neste duelo em tribunal.

Com a estreia marcada para novembro, Nuremberga já é visto como um dos filmes-acontecimento da temporada — e, se cumprir o que o trailer promete, poderá inscrever-se na lista de obras essenciais sobre a memória da Segunda Guerra Mundial.

“O Justiceiro” Regressa: KITT e Michael Knight Rumo ao Cinema com os Criadores de Cobra Kai

A nostalgia dos anos 80 continua a ser uma mina de ouro para Hollywood — e agora chegou a vez de um dos maiores fenómenos televisivos dessa década dar o salto para o grande ecrã. O Justiceiro (Knight Rider no título original), a série que eternizou David Hasselhoff ao volante do icónico KITT, vai transformar-se em filme pela mão dos criadores de Cobra Kai.

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Segundo a revista The Hollywood Reporter, a Universal Pictures deu finalmente luz verde a um projeto que há anos era falado mas nunca passava do papel. Josh Heald, Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg — a equipa que revitalizou Karate Kid para uma nova geração com Cobra Kai — estão em negociações para assinar o argumento. Hurwitz e Schlossberg poderão também realizar o filme, num projeto que contará ainda com a produtora dos três e a 87North de Kelly McCormick e David Leitch, responsáveis por títulos como Atomic BlondeDeadpool 2 e Bullet Train.

O regresso de uma dupla lendária: Michael Knight e KITT

Entre 1982 e 1986, O Justiceiro conquistou fãs em todo o mundo com quatro temporadas que misturavam ação, intriga e, claro, o charme futurista de um carro indestrutível e com Inteligência Artificial. A Fundação para a Lei e o Governo (FLAG) recrutava Michael Knight (David Hasselhoff) para missões perigosas, mas era o seu parceiro de quatro rodas, KITT, que roubava sempre a cena — um Pontiac Trans Am que falava, acelerava como nenhum outro e tinha resposta pronta para qualquer ameaça.

O culto gerado pela série ultrapassou a televisão: houve telefilmes, spin-offs, videojogos, livros e até convenções dedicadas, como a KnightCon. Em Portugal, O Justiceiro foi transmitido ainda nos anos 80, ao domingo às 19h00, em versão original, mas viria a ganhar nova popularidade quando regressou em versão dobrada em português do Brasil. Foi daí que nasceu a frase imortalizada por fãs: “KITT, vem me buscar!”.

Hollywood e a máquina da nostalgia

O anúncio surge numa altura em que Hollywood continua a revisitar os anos 80 com entusiasmo: de Cobra Kai a Top Gun: Maverick, passando pelos rumores de novos capítulos de Regresso ao Futuro e Caça-Fantasmas. A escolha dos criadores de Cobra Kai para revitalizar O Justiceiro parece natural: já provaram ser capazes de respeitar a memória de uma saga enquanto a tornam relevante para uma geração que não viveu o fenómeno original.

Ainda não existem detalhes sobre o enredo, nem confirmação de elenco, mas a expectativa é alta: será que veremos David Hasselhoff de regresso, nem que seja numa participação especial? E que voz dará vida ao KITT nesta nova versão?

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Uma coisa é certa: se o projeto se concretizar como anunciado, O Justiceiro tem tudo para voltar a ser um fenómeno — agora nas salas de cinema. Afinal, como dizia o genérico original: “Um homem que não existe, numa luta contra o crime, com a ajuda de um carro que não tem igual.”

Veneza Celebra Werner Herzog: O “Soldado do Cinema” Que Fez da Loucura Arte

O Festival de Veneza abriu a sua 82.ª edição com uma homenagem a um dos mais ousados, visionários e, para muitos, insanos cineastas do último século: Werner Herzog. O realizador alemão recebeu o Leão de Ouro pela carreira, entregue por ninguém menos que Francis Ford Coppola, que lhe dedicou palavras de amizade e admiração ao recordar mais de 50 anos de cumplicidade criativa.

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“Se Werner tem algum limite, não sei onde fica”, disse Coppola, recordando como chegou a apresentá-lo à sua atual companheira, Lena. Ao receber o prémio, Herzog emocionou-se: “Queria ser um bom soldado do cinema, e isso significa perseverança, lealdade, coragem e sentido de dever. Trabalhei sempre para levar algo transcendental ao ecrã.”

O cineasta que levou o cinema ao extremo

Herzog construiu uma filmografia marcada pelo risco, pela obsessão e pela procura constante de imagens inéditas. Desde os tempos em que arrastou um barco de 300 toneladas por uma montanha na Amazónia em Fitzcarraldo (1982), até filmagens em vulcões, desertos, glaciares e até na selva angolana, onde rodou recentemente Ghost Elephants (apresentado em Veneza), o realizador mostrou uma dedicação que beira a loucura.

Entre ficção e documentário, já soma mais de 70 filmes. Deu-nos obras icónicas como Aguirre, o Aventureiro (1972), Nosferatu, o Vampiro (1978), O Enigma de Kaspar Hauser (1974) e Grizzly Man (2005). Foi ainda nomeado ao Óscar com Encounters at the End of the World (2007).

A relação explosiva com Klaus Kinski

Herzog também ficou célebre pela sua tumultuosa parceria com o ator Klaus Kinski, com quem rodou cinco filmes e partilhou uma convivência marcada por génio e desvario. Entre ameaças de morte e confrontos físicos, nasceu uma das colaborações mais intensas da história do cinema, retratada pelo próprio em O Meu Melhor Inimigo (1999).

Da Baviera ao mundo

Nascido em Munique em 1942, filho da guerra e da pobreza, Herzog filmou a primeira curta aos 15 anos com uma câmara roubada. Desde então, percorreu um caminho único: foi um dos nomes centrais do Novo Cinema Alemão ao lado de Wim Wenders e Volker Schlöndorff, mas rapidamente se tornou um aventureiro global, cruzando fronteiras e géneros.

Em Veneza, Herzog é celebrado não apenas pelo radicalismo das suas filmagens, mas por ter levado o cinema para lugares onde quase ninguém ousaria. Um herdeiro do romantismo alemão que soube transformar o caos humano em arte, a obsessão em beleza e a loucura em transcendência.

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Como disse Coppola, talvez ninguém saiba onde estão os limites de Werner Herzog. Talvez porque, no seu caso, simplesmente não existem.

“I Play Rocky”: Encontrado o Ator Que Vai Dar Vida a Sylvester Stallone no Filme Sobre os Bastidores de Rocky

A história de bastidores de um dos maiores clássicos do cinema já tem protagonista. Anthony Ippolito, que recentemente interpretou um jovem Al Pacino na minissérie The Offer, vai agora assumir o papel de Sylvester Stallone em I Play Rocky, o novo filme da Amazon MGM sobre a criação do lendário Rocky.

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Realizado por Peter Farrelly — vencedor do Óscar por Green Book — o projeto promete estrear-se em salas de cinema e revisitar a trajetória improvável de Stallone: um ator praticamente desconhecido, que acreditava com todas as forças que tinha nascido não apenas para escrever Rocky, mas para ser o próprio Rocky Balboa.

O Verdadeiro “Underdog Story” de Hollywood

I Play Rocky será tanto um drama biográfico como uma história inspiradora. O argumento, escrito por Peter Gamble, centra-se na forma como Stallone enfrentou inúmeras rejeições em Hollywood ao insistir que ninguém mais poderia interpretar Balboa. Contra todas as probabilidades, arriscou tudo, recusando vender o guião sem o direito de ser também protagonista. O resultado? Um filme que não só arrecadou o Óscar de Melhor Filme em 1977, como deu início a uma das sagas mais icónicas do cinema, que viria a render mais de 1,7 mil milhões de dólares em bilheteira ao longo de várias décadas, incluindo os recentes spin-offs Creed.

Curiosamente, o próprio Anthony Ippolito parece ter encarnado o espírito de Stallone na hora de conquistar o papel. O ator gravou por iniciativa própria uma audição caseira, enviou-a diretamente aos produtores e, graças a essa ousadia, garantiu a oportunidade de interpretar o jovem Stallone.

De The Godfather a Rocky

A escolha de Ippolito para este papel ganha ainda mais simbolismo ao lembrarmos o seu percurso: depois de encarnar Al Pacino em The Offer (a série sobre a rodagem de O Padrinho), passa agora para outra história de bastidores de um clássico dos anos 70. A sua carreira inclui ainda Purple Hearts (Netflix), Pixels — onde interpretou a versão jovem de Adam Sandler — e Not Fade Away, de David Chase.

O Que Esperar do Filme

Produzido por Toby Emmerich, antigo presidente do Warner Bros. Pictures Group, e Christian Baha, I Play Rockypromete ser não apenas um retrato da luta de Stallone pelo papel da sua vida, mas também uma reflexão sobre Hollywood, os seus mecanismos e as histórias de persistência que se tornam lenda.

Ao dar vida ao jovem Stallone, Anthony Ippolito terá de captar não apenas a fisicalidade e o sotaque inconfundível, mas sobretudo a determinação feroz que transformou um aspirante a ator no criador de um dos maiores símbolos do cinema mundial.

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Se Rocky foi “a derradeira história de underdog”, I Play Rocky promete ser o seu espelho fora do ringue: a luta de um homem para ser ouvido e reconhecido na meca do cinema.

James Gunn Afasta Chris Pratt de Batman, mas Abre-lhe as Portas do Novo DCU

James Gunn voltou a falar sobre o futuro do Universo Cinematográfico da DC, e desta vez a especulação envolvia um dos seus colaboradores mais próximos: Chris Pratt. O realizador, que trabalhou com o ator nas três aventuras de Guardians of the Galaxy, foi direto ao ser questionado se poderia ver Pratt a vestir o capuz do Cavaleiro das Trevas.

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“Como Batman? Não”, respondeu de forma categórica numa entrevista recente ao EScorpionGolden. Mas a história não acaba aqui: Gunn fez questão de esclarecer que vê espaço para Pratt no novo DCU — apenas não como Bruce Wayne. “Como outra coisa? Sim. Ele adoraria fazer algo na DC. Eu adoraria que ele fizesse algo na DC…”, revelou, acrescentando que ainda precisa de refletir sobre qual seria a personagem ideal.

Chris Pratt no radar da DC

O ator, conhecido como Star-Lord no universo Marvel, tem uma longa relação criativa com Gunn, e a possibilidade de uma nova colaboração não surpreende. Afinal, o realizador tem vindo a transportar vários colegas para os seus projetos da DC: Pom Klementieff, Michael Rooker ou Bradley Cooper já apareceram em Superman (mesmo em papéis pequenos), e o próprio irmão de Gunn, Sean Gunn, surge como Max Lord na segunda temporada de Peacemaker.

Tudo indica que, mais cedo ou mais tarde, Chris Pratt acabará por se juntar ao novo universo partilhado, ainda que longe da sombra do morcego.

Quem será o próximo Batman?

Enquanto isso, a grande questão permanece: quem dará vida ao novo Batman em The Brave and The Bold? O projeto parece ter sido colocado temporariamente em pausa, com Gunn e Peter Safran a concentrarem-se noutras produções já em desenvolvimento. Mas o realizador já foi claro: Robert Pattinson continuará no universo separado de Matt Reeves, onde a sua versão sombria e mais realista de Bruce Wayne está segura.

Esta decisão abriu o caminho a novas especulações. Nomes como Alan Ritchson (Reacher) ou Jensen Ackles (a voz de Batman em várias animações da DC) têm sido apontados pelos fãs como possíveis escolhas para um Cavaleiro das Trevas mais físico e experiente.

E The Batman – Parte II?

Enquanto o futuro de The Brave and The Bold ainda é incerto, o mesmo não se pode dizer da continuação da saga de Matt Reeves. O cineasta já entregou o argumento de The Batman Part II, e as primeiras reações dentro da Warner Bros. foram muito positivas. O filme deverá começar a rodagem no início de 2026, com estreia prevista para 1 de outubro de 2027.

Colin Farrell confirmou que regressa como Pinguim (embora com uma presença limitada), ao lado de Jeffrey Wright (Comissário Gordon) e Andy Serkis (Alfred). Tudo aponta para que Reeves continue a explorar a sua versão noir e cerebral do herói, consolidando o seu próprio espaço fora do DCU de Gunn.

Entre dois universos

Com Superman já lançado e a preparar o terreno para a nova fase “Gods and Monsters”, Gunn sabe que a escolha do novo Batman será um dos momentos mais decisivos para o futuro da DC. Para já, pelo menos, uma coisa ficou clara: Chris Pratt não será o Homem-Morcego, mas tem cadeira reservada em futuras histórias.

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Paolo Sorrentino Abre Veneza com La Grazia: Toni Servillo é o Presidente que Todos Queríamos Ter

O Festival de Veneza abre este ano com o novo filme de Paolo Sorrentino, La Grazia (A Graça), que marca a 10.ª longa-metragem do realizador italiano e mais uma colaboração com o seu ator-fetiche, Toni Servillo. Depois de retratar figuras polémicas como Giulio Andreotti em Il Divo e Silvio Berlusconi em Loro, Sorrentino decide agora mostrar o oposto: um político íntegro, humano e compassivo — aquilo que, nas palavras do próprio, “um político deveria ser”.

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Um presidente com dilemas humanos

Em La Grazia, Toni Servillo interpreta Mariano De Santis, um fictício presidente da República italiana que enfrenta dilemas éticos de grande peso. Entre eles, a decisão de assinar — ou não — uma lei que legaliza a eutanásia num país profundamente católico. Mas o filme vai além da questão política: De Santis é também um viúvo que carrega as suas fragilidades, fuma um cigarro às escondidas do único pulmão e encontra afinidade inesperada na música do rapper italiano Guè.

Sorrentino inspirou-se numa notícia real sobre o atual presidente Sergio Mattarella, que perdoou um idoso que matara a esposa com Alzheimer. A partir daí, nasceu a pergunta central: o que significa, para um presidente, ter o poder de decidir sobre a vida e a morte?

Toni Servillo, o rosto da autoridade

Não é surpresa que Sorrentino tenha voltado a Servillo, ator com quem partilha sete filmes. “Quando penso em figuras de autoridade, penso imediatamente em Toni”, confessou o realizador. Ainda assim, o cineasta pediu-lhe contenção, evitando sentimentalismos excessivos, para que a humanidade emergisse apenas da presença natural do ator.

A relação entre o presidente e a sua filha (Anna Ferzetti) é outro pilar do filme. Inspirado na própria experiência de Sorrentino como pai, mostra um homem que aprende a ouvir uma nova geração em vez de se refugiar no saudosismo. É através dela que encontra a coragem para assinar a lei sobre a eutanásia — não por convicção pessoal, mas por confiança no futuro que pertence aos jovens.

Um filme moral, mas com ironia

Fiel ao estilo que lhe valeu o Óscar com A Grande Beleza, Sorrentino volta a cruzar drama e ironia. O realizador compara La Grazia a obras como O Decálogo de Krzysztof Kieslowski, em que cada dilema moral se torna motor da narrativa. Ao contrário dos retratos cáusticos de Andreotti e Berlusconi, aqui surge um político que exala integridade, mesmo com falhas pessoais — algo que o realizador considera urgente, num tempo em que demasiadas decisões políticas nascem da vaidade e da impulsividade.

Música, perdão e humanidade

A presença do rapper Guè no enredo acrescenta uma nota contemporânea ao filme. Uma das suas músicas, Le bimbe piangono, inclui a frase: “Chiedo dopo perdono, non prima per favore” (“Peço perdão depois, não antes, por favor”). Para Sorrentino, esta ideia ressoa como um mantra: o reconhecimento de que todos, mais cedo ou mais tarde, teremos de pedir perdão pelas nossas falhas.

Veneza como rampa de lançamento

Produzido pela The Apartment (do grupo Fremantle) e pela própria companhia de Sorrentino, Numero 10, em associação com a PiperFilm, La Grazia será distribuído pela MUBI nos EUA e em vários territórios internacionais. A estreia em Veneza confirma a aposta no filme como um dos grandes títulos da temporada, e, à semelhança de A Grande Beleza ou The Hand of God, promete colocar Sorrentino novamente no centro da corrida aos prémios.

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La Grazia é, no fundo, um retrato poético de como o poder político pode ser exercido com empatia e humanidade — um desejo tanto cinematográfico como político, que ecoa muito para lá do grande ecrã.

George Clooney Abandona Veneza Mais Cedo do Que o Previsto — Mas o Novo Filme Já Tem Data de Estreia

O Festival de Cinema de Veneza estava preparado para receber George Clooney em grande estilo, mas a visita do ator terminou de forma inesperada. Aos 64 anos, o protagonista de Jay Kelly foi obrigado a reduzir a sua participação no certame italiano devido a problemas de saúde que, embora descritos como não graves, levantaram preocupação entre fãs e colegas de profissão.

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Da passadeira vermelha ao recuo forçado

Clooney chegou a Veneza a 26 de agosto acompanhado pela mulher, Amal Clooney, e o casal voltou a monopolizar os flashes com a sua habitual elegância: ele num polo preto de manga curta e calças bege slim fit, ela num vestido amarelo da Balmain Resort. Porém, a agenda de promoção de Jay Kelly sofreu um corte inesperado quando o ator teve de cancelar compromissos oficiais para descansar.

Segundo o The Hollywood Reporter, Clooney faltou ao jantar privado da equipa do filme, que contou com o realizador Noah Baumbach, os co-protagonistas Adam Sandler e Laura Dern, bem como executivos de topo da Netflix, incluindo Ted Sarandos. O ator regressou ao hotel mais cedo, embarcando num barco por volta das 16h, e acabou por ausentar-se do convívio noturno.

Fontes próximas garantem que o episódio não é motivo de alarme e que Clooney deverá retomar o ritmo normal ainda durante o festival.

O que esperar de Jay Kelly

Depois do thriller Wolfs, Clooney regressa agora com uma comédia dramática descrita pela Netflix como uma “comédia com coração partido”. No filme, interpreta um ator famoso que atravessa uma crise de identidade e se apoia na amizade com o seu gestor, Ron (Adam Sandler). Juntos, os dois embarcam numa viagem pela Europa que os levará a reavaliar escolhas, arrependimentos e segredos.

Além de Clooney, Sandler e Laura Dern, o elenco é reforçado por nomes como Billy Crudup, Riley Keough, Jim Broadbent, Stacy Keach, Greta Gerwig, Isla Fisher e Patrick Wilson.

Datas de estreia

Jay Kelly terá a sua antestreia no Festival de Londres, a 10 de outubro, antes de chegar às salas de cinema a 15 de novembro. Pouco depois, a partir de 5 de dezembro, estará disponível na Netflix, consolidando-se como uma das grandes apostas da temporada para a corrida aos prémios.

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Mesmo com o contratempo de Veneza, Clooney continua a ser uma das presenças mais aguardadas no outono cinematográfico — e Jay Kelly promete ser mais uma prova de que, na sua maturidade, o ator sabe equilibrar humor, melancolia e uma presença magnética no ecrã.

Midas Man: O Filme Que Mostra Como o “Quinto Beatle” Mudou a Música Para Sempre

Quando se fala nos Beatles, é inevitável pensar em John, Paul, George e Ringo. Mas, por trás da ascensão meteórica da banda mais influente do século XX, esteve um homem cuja visão e talento mudaram para sempre a forma como a música é gerida e consumida: Brian Epstein, o empresário que ficou conhecido como o “quinto Beatle”.

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É precisamente a sua vida — brilhante, mas atormentada — que chega agora ao grande ecrã em Midas Man e os Quatro de Liverpool, com estreia exclusiva em Portugal no dia 31 de agosto, às 20h40, no TVCine Top e no TVCine+.

O génio por trás da Beatlemania

Epstein foi o homem que descobriu os Beatles e os transformou de uma jovem banda de Liverpool num fenómeno global. Mais do que um empresário, criou o modelo moderno de gestão artística que ainda hoje influencia a indústria. A sofisticação da sua abordagem à imagem e ao marketing foi decisiva para catapultar os Fab Four para o estrelato.

Entre o sucesso e os demónios pessoais

Contudo, por trás do brilho público escondia-se uma luta silenciosa. Epstein viveu marcado por inseguranças e pela repressão da sua homossexualidade numa época de preconceito e intolerância. Midas Man mostra não só a sua genialidade e visão empresarial, mas também a sua fragilidade humana, revelando um homem dividido entre o triunfo global e o peso das suas batalhas íntimas.

Um retrato íntimo e intenso

Realizado por Joe Stephenson, o filme conta com a interpretação magnética de Jacob Fortune-Lloyd (Gambito de Dama), que dá corpo a Epstein numa performance elogiada pela sua intensidade e profundidade emocional. Mais do que um simples biopic, Midas Man é um retrato íntimo de uma das figuras mais influentes da cultura pop moderna — e uma reflexão sobre as pressões invisíveis que acompanham o génio.

Um filme para fãs de música e cinema

Midas Man e os Quatro de Liverpool é, ao mesmo tempo, uma carta de amor à música e uma análise das sombras que acompanham o sucesso. Para os fãs dos Beatles, é uma oportunidade rara de olhar para a história a partir da perspetiva do homem que lhes abriu as portas do mundo. Para os cinéfilos, é uma viagem emocional que cruza espetáculo e intimidade com a marca de um verdadeiro biopic de peso.

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🎬 Estreia: 31 de agosto, domingo, às 20h40, em exclusivo no TVCine Top e no TVCine+.


“Apanhado a Roubar”: Austin Butler levado ao limite num thriller imperfeito mas arrebatador de Darren Aronofsky

Um sonho perdido, um favor fatal

Hank Thompson (Austin Butler) foi, em tempos, uma promessa do basebol, mas um acidente roubou-lhe o futuro. Agora vive uma vida aparentemente tranquila em Nova Iorque: é barman, partilha o dia a dia com a namorada (Zoë Kravitz) e apoia religiosamente a sua equipa favorita. Tudo muda quando o vizinho punk (Matt Smith) lhe pede para tomar conta do gato durante uns dias. De repente, Hank vê-se no meio de uma conspiração violenta com gangsters à perna — e sem perceber porquê.

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Butler no centro da tempestade

Austin Butler é o coração pulsante do filme. A sua interpretação traz camadas de dor, arrependimento e raiva contida, transformando Hank num anti-herói atormentado. Mais do que sobreviver, o personagem parece lutar contra os fantasmas de tudo o que perdeu. Darren Aronofsky, fiel ao seu estilo visceral, transforma cada cena de brutalidade física numa metáfora para as feridas invisíveis da alma.

O olhar cru de Aronofsky

Filmado por Matthew Libatique com uma crueza quase documental, Apanhado a Roubar mergulha-nos numa Nova Iorque suja e claustrofóbica. A cidade é um espelho da degradação interna do protagonista. A banda sonora de Rob Simonsen, gravada pela banda Idles, intensifica a atmosfera sufocante, ora pulsante, ora melancólica.

Violência, humor e o risco do desequilíbrio

A violência é extrema, mas nunca gratuita: traduz a descida de Hank ao seu próprio inferno. Ainda assim, Aronofsky injeta humor negro através de personagens caricaturais, como o mafioso russo de Nikita Kukushkin ou a dupla de vilões insana interpretada por Liev Schreiber e Vincent D’Onofrio. Esse contraste gera momentos de ironia eficaz, mas por vezes choca com o peso dramático da narrativa.

Um final que divide

Depois de tanto caos e intensidade, o desfecho surge surpreendentemente sereno, quase em contraste com a brutalidade anterior. A escolha de Aronofsky pode frustrar quem esperava uma verdadeira tragédia, mas também oferece ao público uma catarse inesperada.

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Apanhado a Roubar é imperfeito, mas fascinante. Darren Aronofsky volta a provocar desconforto e reflexão, confirmando que o seu cinema é sempre uma experiência visceral. Austin Butler assina aqui uma das interpretações mais intensas da carreira, dando corpo e alma a um protagonista em guerra consigo próprio. É um thriller duro, inquietante e por vezes contraditório — mas que não deixa ninguém indiferente.

The Watchers – Eles Veem Tudo: Dakota Fanning entra num pesadelo sobrenatural no TVCine

Há florestas que escondem mais do que árvores. Em The Watchers – Eles Veem Tudo, a estreia televisiva marcada para 30 de agosto, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+, o terror ganha forma através de criaturas que nunca vemos… mas que veem tudo.

Dakota Fanning em território hostil

Mina, uma jovem artista americana, vê a sua vida virar do avesso quando, após um acidente no oeste da Irlanda, fica presa numa floresta isolada. O refúgio improvável surge numa estrutura escondida, onde conhece três estranhos. Mas este abrigo tem uma regra inquebrável: à noite, ninguém pode sair.

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O motivo? Entidades misteriosas, conhecidas apenas como “The Watchers”, observam cada movimento, silenciosas e invisíveis, mas sempre presentes. O medo cresce, a confiança entre os sobreviventes desmorona, e Mina percebe que o perigo pode vir tanto dos que estão dentro como dos que espreitam no escuro.

Terror psicológico com selo Shyamalan

Baseado no romance homónimo de A.M. Shine, o filme é realizado por Ishana Night Shyamalan, filha do mestre das reviravoltas M. Night Shyamalan. A estreia na realização de Ishana combina terror psicológico, folclore irlandês e um ambiente visual arrebatador, criando uma experiência que promete deixar os espectadores colados ao ecrã.

O que esperar

  • Uma Dakota Fanning intensa e vulnerável, num dos papéis mais desafiantes da sua carreira recente.
  • Mistério e suspense que vão crescendo a cada noite dentro daquela cabana.
  • Uma realização que honra o legado Shyamalan, mas com identidade própria, explorando o medo do desconhecido como metáfora do isolamento e da desconfiança humana.

Prepare-se para uma noite de arrepios e tensão: The Watchers – Eles Veem Tudo estreia sábado, 30 de agosto, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e TVCine+.

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Musk: O polémico documentário de Alex Gibney sobre Elon Musk vai chegar às salas de cinema

Elon Musk já inspirou debates, memes, guerras digitais e até revoluções industriais. Agora, será também o centro de um documentário de grande escala, assinado por Alex Gibney, vencedor de um Óscar e um dos nomes mais respeitados do cinema documental. O projeto, simplesmente intitulado Musk, garantiu distribuição para salas de cinema nos Estados Unidos antes de chegar ao streaming na HBO Max.

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Descrito pelos produtores como “um olhar incisivo por detrás da lenda de Elon Musk, o mais celebrado ‘inventor-empreendedor’ do nosso tempo”, o filme promete dissecar não só o homem, mas também a sua influência avassaladora na forma como vivemos — do espaço às redes sociais, dos carros elétricos às polémicas políticas.

Uma obra em mutação constante

O documentário foi anunciado pela primeira vez em março de 2023, mas a sua estreia tem sido adiada por uma razão curiosa: a própria vida de Musk. O protagonismo constante do empresário nas notícias globais fez com que Gibney e a sua equipa tivessem dificuldade em decidir onde terminar a narrativa. “O filme continua a crescer em escala à medida que a história evolui”, disseram HBO Films e Bleecker Street em comunicado conjunto.

Musk, por sua vez, não perdeu tempo em reagir quando o projeto foi revelado: classificou-o como “um ataque”. Gibney respondeu de imediato, perguntando-lhe: “Como é que sabes?”.

O realizador que expõe os poderosos

Alex Gibney não é estranho a polémicas. O cineasta construiu carreira ao mergulhar em figuras e instituições controversas:

  • Enron: The Smartest Guys in the Room (2005), sobre a queda da gigante energética;
  • Taxi to the Dark Side (2007), que lhe valeu o Óscar, sobre detenção e tortura no Médio Oriente;
  • Going Clear: Scientology and the Prison of Belief (2015), premiado com três Emmys, sobre os segredos da Cientologia;
  • We Steal Secrets: The Story of WikiLeaks (2013), sobre Julian Assange;
  • Citizen K (2019), sobre Vladimir Putin e o oligarca Mikhail Khodorkovsky.

É este olhar crítico e meticuloso que agora se volta para Musk, considerado por alguns um visionário e por outros um vilão moderno.

Uma estreia esperada em Veneza

A distribuição para salas foi anunciada na véspera do Festival de Veneza, onde o projeto deverá marcar presença. O filme conta com produção de Gibney através da Jigsaw Productions, em parceria com Closer Media, Anonymous Content e Double Agent, e terá ainda a Universal Pictures envolvida na distribuição internacional.

Ainda sem data de estreia definida, Musk chega num momento em que o empresário continua a dividir opiniões — seja pelo papel na SpaceX, Tesla e Neuralink, seja pela compra do Twitter (rebatizado como X), ou pelas suas declarações controversas sobre política e tecnologia.

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Tudo indica que, mais do que um simples retrato biográfico, Alex Gibney está prestes a entregar um filme-acontecimentoque colocará em perspetiva a ascensão e os dilemas de uma das figuras mais polarizadoras do século XXI.

Estrelas de The Conjuring reagem à compra da casa dos Warren por comediante Matt Rife: “Quais serão as intenções dele?”

Patrick Wilson e Vera Farmiga, os rostos de Ed e Lorraine Warren no universo The Conjuring, não escondem a curiosidade (e até alguma preocupação) com a recente aquisição da antiga casa dos famosos investigadores paranormais por parte do comediante norte-americano Matt Rife.

A mansão em Monroe, Connecticut — onde os verdadeiros Warren viveram durante décadas e criaram o seu célebre Museu do Oculto — foi oficialmente comprada por Rife, que se declarou fã confesso da saga iniciada por James Wan em 2013.

“Assim que vi a notícia, enviei logo ao Patrick. Sempre me perguntei o que iria acontecer com aquela propriedade. Agora, só quero perceber quais são as suas intenções”, comentou Farmiga numa entrevista à People. Patrick Wilson partilhou da mesma estranheza: “É uma rua normal, com vizinhos por todo o lado. Não consigo imaginar que os residentes queiram ver filas de carros para visitar a casa.”

Farmiga até brincou com a possibilidade: “Espero que ele não faça uma venda de garagem”.

O “guardião” de Annabelle

Matt Rife, de 29 anos, anunciou o negócio nas redes sociais, descrevendo-o como um sonho tornado realidade: “Oficialmente comprei a casa de Ed e Lorraine Warren e o Museu do Oculto. Tornei-me o guardião legal, por pelo menos cinco anos, da coleção inteira de artefactos assombrados — incluindo a boneca Annabelle.”

O comediante esclareceu, no entanto, que não é proprietário dos objetos, mas sim o responsável legal pela sua preservação e exposição. A sua ideia passa por abrir a casa ao público, com visitas guiadas ao museu e até estadias noturnas para os mais corajosos.

Do cinema à realidade

A ligação entre o espaço e o cinema é direta: o Museu do Oculto dos Warren serviu de inspiração para os filmes The Conjuring e para o spin-off Annabelle. Agora, com a compra de Rife, fãs da saga poderão literalmente entrar num dos cenários mais lendários do terror moderno.

Enquanto isso, Vera Farmiga e Patrick Wilson preparam-se para a sua despedida da franquia: The Conjuring: Last Riteschega aos cinemas a 5 de setembro, prometendo encerrar a história dos Warren no grande ecrã.

Com o anúncio de Rife e a estreia do novo filme, parece que a família Warren — real e ficcional — continua a assombrar tanto o cinema como a cultura popular.

LEGO recria o lendário navio Black Pearl de Piratas das Caraíbas – com Jack Sparrow e toda a tripulação

Os fãs de Piratas das Caraíbas têm agora um novo tesouro à vista – e não vem do fundo do mar, mas sim em versão LEGO. A marca dinamarquesa acaba de anunciar o LEGO Icons: Captain Jack Sparrow’s Pirate Ship, um set monumental inspirado no Black Pearl, o mais famoso navio pirata do cinema recente.

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Um regresso em grande estilo

O set (#10365) é uma verdadeira homenagem à saga que imortalizou Johnny Depp como o excêntrico Jack Sparrow. São 2.862 peças que recriam ao detalhe o navio outrora conhecido como Wicked Wench, distinguido pelo seu design negro e ameaçador.

Mais do que uma simples construção, este é um objeto de coleção pensado para adultos (18+), com um nível de desafio elevado e resultado final digno de ser exibido em qualquer prateleira.

Uma tripulação completa

O set inclui oito minifiguras exclusivas, reunindo os personagens centrais da saga:

  • Captain Jack Sparrow, claro, pronto para mais uma fuga mirabolante;
  • Will Turner e Elizabeth Swann, o casal heróico que se vê arrastado para o mundo da pirataria;
  • Hector Barbossa, eterno rival e aliado ocasional de Jack;
  • Gibbs, o leal imediato;
  • Cotton, com o seu papagaio inseparável;
  • Anamaria, a destemida pirata;
  • Marty, o baixinho mas valente membro da tripulação.

É, portanto, uma verdadeira cápsula da primeira trilogia de filmes, capaz de fazer qualquer fã revisitar as aventuras em alto-mar.

Mais do que nostalgia

O preço também não é para marinheiros de água doce: 379,99 dólares (cerca de 350 euros), disponível a partir de 15 de setembro na loja online da LEGO. Mas a aposta é clara: este set não é apenas brinquedo, é uma peça de memória cinematográfica, que celebra uma saga que, no auge, dominou o box office global e deixou personagens gravadas no imaginário coletivo.

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LEGO e o cinema: uma parceria sem fim

Este lançamento é também mais um capítulo na longa relação entre LEGO e o cinema. Depois de sets dedicados a Star WarsIndiana JonesHarry Potter ou até Batman, o regresso de Pirates of the Caribbean à linha LEGO Icons mostra como estas colaborações continuam a alimentar tanto a nostalgia como o desejo dos fãs em ter “um pedaço” dos seus filmes favoritos em casa.

E para os que sonham em ser piratas, mas sem risco de ficarem presos em Port Royal, construir o Black Pearl em LEGO pode ser a aventura perfeita.

Marvel prepara reboot dos X-Men: o futuro mutante do MCU começa a ganhar forma

Depois do sucesso crítico de Thunderbolts e da confirmação de que os mutantes terão um papel central na nova fase do MCU, o realizador Jake Schreier revelou que o trabalho no aguardado reboot dos X-Men já começou — e descreveu-o como “muito, muito entusiasmante”.

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Um novo começo para a saga mutante

Schreier, que encerrou a Fase 5 com Thunderbolts (88% de aprovação crítica no Rotten Tomatoes), admitiu à revista Empire que essa experiência lhe deu a preparação necessária para comandar um projeto de enorme escala como os X-Men:

“A maior aprendizagem foi equilibrar ação e emoção. Por mais dias de rodagem que haja, a ação consome tudo muito rápido. No final, senti que finalmente percebia como fazer isto melhor.”

Segundo o presidente da Marvel Studios, Kevin Feige, o filme será “youth-focused”, isto é, centrado em personagens mais jovens e numa dinâmica semelhante à das bandas desenhadas originais. Na prática, isso significa que muitos dos papéis deverão ser recast, afastando-se do elenco da era 20th Century Fox.

A transição para a nova era

O reboot dos X-Men será lançado depois de Avengers: Secret Wars, marcando um reset decisivo para o Universo Cinematográfico Marvel e dando início à chamada “era mutante” do estúdio.

Antes disso, os fãs ainda poderão rever as versões originais dos mutantes em Avengers: Doomsday, atualmente em produção no Reino Unido. Patrick Stewart (Professor X), Ian McKellen (Magneto), Alan Cumming (Nightcrawler), James Marsden (Cyclops) e Rebecca Romijn (Mystique) regressam, acompanhados por Channing Tatum como Gambit, após a sua estreia em Deadpool & Wolverine.

O peso da herança Fox

Não é a primeira vez que a saga tenta reinventar-se. Depois da trilogia original, a Fox apostou em X-Men: First Class(2011) e em Dias de um Futuro Esquecido (2014), que conquistaram a crítica e o público. Mas o entusiasmo arrefeceu com Apocalypse (2016) e Dark Phoenix (2019), ambos considerados pontos baixos da franquia.

O novo reboot da Marvel procura evitar os mesmos erros, apostando na juventude e em histórias de origem com relevância para o público de hoje.

Expectativas em alta

Ainda não existe data de produção ou de estreia confirmada, mas a máquina promocional da Marvel já trabalha a todo o gás. Com um foco assumido em novos rostos e narrativas mais próximas do espírito das bandas desenhadas, a grande questão é: será este o capítulo que finalmente devolverá os X-Men ao topo do cinema de super-heróis?

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The Roses: Benedict Cumberbatch e Olivia Colman em Comédia Negra que Chega Já Esta Semana

Benedict Cumberbatch, conhecido tanto por papéis dramáticos intensos como por blockbusters de Hollywood, está de volta ao grande ecrã, desta vez a explorar o género da comédia negra. The Roses, por cá, “Um Casal (Im)Perfeito” o seu novo filme, estreia nos cinemas já a 28 de agosto e promete uma abordagem divertida e cruel sobre amor, casamento e ressentimento.

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Uma História com História

O filme é realizado por Jay Roach, veterano das comédias de Hollywood (Austin PowersMeet the Parents), a partir de um argumento de Tony McNamara, nomeado duas vezes para o Óscar (A FavoritaPobres Criaturas).

A história adapta novamente o romance The War of the Roses (1981), de Warren Adler, que já tinha dado origem ao célebre filme de 1989 com Michael Douglas e Kathleen Turner. Agora, a nova versão reinventa este retrato ácido de um divórcio levado ao extremo, transformando a luta conjugal numa verdadeira guerra doméstica.

Um Elenco de Luxo

The Roses conta com um elenco de peso. Para além de Benedict Cumberbatch, que protagoniza o filme, e da vencedora do Óscar Olivia Colman, surgem ainda nomes como Andy Samberg e Kate McKinnon (ambos distinguidos pelos seus trabalhos em Saturday Night Live), Allison Janney (Eu, Tonya), Ncuti Gatwa (Doctor Who), Jamie Demetriou(Fleabag) e Zoë Chao (Amor de Improviso).

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A Receção da Crítica

Antes da estreia oficial, o filme já chegou às mãos da crítica e estreou com uma classificação de 66% no Rotten Tomatoes, o que indica uma receção maioritariamente positiva. Os elogios recaem sobretudo na química entre Cumberbatch e Colman, cuja dinâmica cómica parece sustentar esta nova versão de um clássico.

Estreia

The Roses chega às salas de cinema no dia 28 de agosto e será uma das primeiras grandes apostas da temporada de outono, logo após o habitual calendário de estreias do verão.

Os Filmes-Acontecimento Que Marcaram 2025 nas Salas de Cinema em Portugal 🎬

2025 já vai deixando claro quais foram os títulos que mobilizaram multidões e geraram conversa em Portugal. Entre blockbusters de Hollywood, produções brasileiras de peso e até uma comédia nacional que surpreendeu nas bilheteiras, o ano cinematográfico foi marcado por momentos de verdadeiro entusiasmo coletivo.

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Mufasa: O Rei Leão — O Rugido Mais Forte do Ano 🦁

A prequela do clássico da Disney tornou-se no filme mais visto em Portugal em 2025, com 219 725 espectadores e 1,38 milhões de euros de receita. O público familiar respondeu em massa à proposta da Disney, confirmando que o universo de O Rei Leão continua a ser um fenómeno cultural incontornável, mais de 30 anos depois da estreia do original.

Sonic 3: O Filme — O Ouriço Mais Rápido da Bilheteira

Outra aposta para toda a família, Sonic 3 acelerou até aos 128 345 espectadores e ultrapassou os 779 mil euros em receitas. Entre nostalgia dos fãs dos videojogos e novos seguidores conquistados pela saga cinematográfica, o ouriço azul mostrou que ainda tem energia de sobra para dominar o grande ecrã.

Ainda Estou Aqui — O Brasil a Conquistar o Público Português

Walter Salles trouxe a sua força dramática a Portugal com Ainda Estou Aqui, que acumulou 122 734 espectadores e 807 mil euros arrecadados. O filme provou que as produções brasileiras podem ocupar espaço de destaque no mercado português, conquistando tanto pelas interpretações como pela proximidade cultural.

O Pátio da Saudade — O Fenómeno Nacional 🌟

A grande surpresa de 2025 veio de casa. Estreado a 14 de agosto, O Pátio da Saudade, de Leonel Vieira, tornou-se rapidamente no filme português mais visto do ano, com 15 000 bilhetes vendidos em apenas quatro dias e cerca de 105 mil euros em receitas.

Mais do que números, foi o entusiasmo do público que transformou a comédia dramática num acontecimento cultural nacional. Em poucas sessões, o filme provou que o cinema português consegue competir pela atenção dos espectadores quando encontra histórias com forte apelo popular.

O Que Nos Dizem Estes Números?

Seja com animações globais de milhões, dramas intensos vindos do Brasil ou uma produção portuguesa a encher salas, 2025 reforça a ideia de que o público ainda responde quando sente que está perante um “filme-evento”. A questão é saber como replicar esta fórmula de forma consistente.

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O futuro imediato aponta para apostas seguras como Spider-Man: Brand New Day (2026), mas em Portugal fica a nota de que há espaço — e apetite — para cinema nacional com impacto popular.

Crise de Super-Heróis: 2025 Fecha com o Pior Balanço de Bilheteira Desde 2011

Acabaram-se os filmes de super-heróis em 2025 — e o veredito não é nada animador. Este foi o ano em que se consolidou a chamada “fadiga de super-heróis”, com os quatro títulos lançados a ficarem todos abaixo das expectativas, tanto nos Estados Unidos como no mercado internacional.

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Um ano sem campeões de bilheteira

Nenhum filme ultrapassou a barreira dos 700 milhões de dólares a nível mundial, algo que não acontecia desde 2011 — com a exceção de 2020, quando a pandemia fechou as salas. Eis os números:

  • Capitão América: Admirável Mundo Novo – 415 milhões de dólares
  • Thunderbolts* – 382 milhões
  • Quarteto Fantástico: Primeiros Passos – 491 milhões
  • Superman – 605 milhões

Embora Superman e Quarteto Fantástico ainda estejam em cartaz, a tendência já é descendente.

Em Portugal, impacto modesto

No mercado português, os resultados confirmam a mesma tendência morna. Superman foi o mais visto, com 179 mil espectadores, seguindo-se Quarteto Fantástico (170 mil), Capitão América (162,5 mil) e Thunderbolts (126 mil). Nenhum entrou no “clube” dos filmes-acontecimento.

Onde estão os tempos de glória?

A comparação com os anos dourados do género é inevitável. Em 2012, Os Vingadores abriu as portas para uma era de ouro, com sucessos que se aproximavam ou ultrapassavam mil milhões de dólares, culminando em Vingadores: Endgame(2019) com uns impressionantes 2,79 mil milhões.

Mesmo a DC viveu o seu auge, de Homem de Aço (2013) ao primeiro Aquaman (2018), que arrecadou 1,15 mil milhões.

De lá para cá, apenas alguns títulos quebraram a barreira do entusiasmo: Spider-Man: No Way Home (2021), Doctor Strange in the Multiverse of Madness (2022), Black Panther: Wakanda Forever (2022), Guardians of the Galaxy Vol. 3(2023) e Deadpool & Wolverine (2024).

Superman: sucesso ou sinal de alarme?

Apesar de ter sido o primeiro filme da DC em 16 anos a superar uma produção da Marvel (o último tinha sido O Cavaleiro das Trevas, em 2008), Superman também traz sinais preocupantes. Quase 60% das receitas vieram do mercado doméstico (EUA e Canadá), quando os blockbusters costumam brilhar sobretudo no mercado internacional.

James Gunn e a Warner Bros. falam em “grande sucesso”, mas os analistas são cautelosos: o público fiel compareceu, mas os espectadores casuais, fundamentais para fazer disparar os números, ficaram em casa.

2026: ano de tudo ou nada?

O futuro imediato do género joga-se já no próximo ano. A Sony aposta em Spider-Man: Brand New Day, embora dificilmente se aproxime dos valores de No Way Home. Todas as atenções, no entanto, estão voltadas para Avengers: Doomsday, o projeto mais ambicioso da Marvel em anos, atualmente em rodagem em Londres e que trará Robert Downey Jr. de volta — mas agora como vilão.

Do lado da DC, a expectativa recai sobre Supergirl, que terá a missão de provar que a “fadiga” ainda pode ser revertida.

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Uma coisa é certa: depois do desastroso 2025, o género precisa urgentemente de um novo fôlego. Caso contrário, os super-heróis podem estar a enfrentar o seu maior inimigo até hoje — a indiferença do público.