Stranger Things Está a Acabar — Mas Hawkins Não Fecha a Porta Assim Tão Depressa

Durante quase uma década, Stranger Things foi mais do que uma série: foi um ritual global, uma máquina do tempo para os anos 80, um fenómeno cultural que transformou um grupo de adolescentes desconhecidos em estrelas internacionais. Agora, com a estreia da quinta e última temporada marcada para o período entre 27 de novembro e o fim do ano, chega finalmente o momento inevitável: a despedida. E, mesmo assim, a sensação dominante é esta — Hawkins pode estar a ruir, mas o seu universo vai continuar a crescer.

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A confirmação veio directamente dos criadores, Matt e Ross Duffer, numa entrevista recente à BBC. Quando questionados sobre o futuro, foram surpreendentemente abertos: já está em desenvolvimento uma nova série situada no mesmo universo. Não será uma continuação directa, mas um novo mistério, novas personagens, novas ameaças… e a mesma atmosfera que transformou Stranger Things numa série de culto. A Netflix já tinha dado pistas: há uma sequela animada em andamento e um projecto live-action em segredo. Agora é oficial — os portais não se vão fechar tão depressa.

O clima nos bastidores, no entanto, é outro. Para o elenco original, este adeus traz nervosismo, incerteza e uma nostalgia palpável. Gaten Matarazzo, que cresceu diante dos nossos olhos, confessou estar ansioso com a vida depois de Stranger Things. Aos vinte e poucos anos, vê o fim da série como um salto para o desconhecido. Caleb McLaughlin e Finn Wolfhard partilham dessa insegurança, lembrando as dificuldades de crescer sob os holofotes. As amizades criadas no set tornaram-se essenciais para sobreviver à fama precoce — e agora esse amparo emocional prepara-se para mudar de forma.

Joe Keery, que viveu Steve Harrington com um misto de charme e coragem, descreveu o final das filmagens como “surreal”. Natalia Dyer e Charlie Heaton lembram que só eles sabem verdadeiramente o peso desta jornada — foram testemunhas de cada momento, cada evolução, cada queda e cada redenção.

Por mais caótico que o universo da série seja, os Duffer garantem que o fim sempre esteve planeado. A última temporada decorre no outono de 1987 e mostra Hawkins devastada pelas Fendas, mergulhada numa quarentena militar e com o Mundo Invertido cada vez mais entranhado na realidade. O grupo segue numa missão final para destruir Vecna, enquanto Eleven é perseguida por forças que a querem capturar — ou pior. A cena final, dizem os irmãos, foi imaginada desde o início, muito antes de a série se tornar um fenómeno mundial.

E que fenómeno foi. O impacto de Stranger Things é irrepetível: uma celebração da cultura pop dos anos 80, misturando Spielberg, Carpenter, King, terror, ficção científica e uma sensibilidade profundamente humana. Transformou nostalgias individuais em memórias colectivas e levou milhões de espectadores a apaixonarem-se por bicicletas BMX, arcadas, walkie-talkies e monstros dimensionais. Caleb McLaughlin espera que a série “viva para sempre”, e não é difícil acreditar nisso — Stranger Things não é apenas vista, é revisitada, partilhada, citada, imitada.

A Netflix já divulgou os primeiros cinco minutos da última temporada, revelando finalmente o que aconteceu com Will Byers durante o seu desaparecimento inicial: um encontro imediato com Vecna, uma revelação que promete reconfigurar toda a narrativa futura. Os primeiros quatro episódios chegam a 27 de novembro; os seguintes, no Natal; e o capítulo final aterra na véspera de Ano Novo, como se a série quisesse fechar exactamente no mesmo espírito com que começou: entre luzes tremeluzentes, tensão, e aquela sensação de que algo maior está prestes a acontecer.

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Termina a série, mas não termina o mundo. Os Duffer dizem que este é “o fim destes personagens”, mas não o fim do mistério, da imaginação ou das histórias possíveis dentro deste universo. Hawkins pode afundar-se no chão, mas o Mundo Invertido — e tudo o que ele representa — ainda tem muito para revelar.

Being Eddie — O Regresso Íntimo de um Ícone Que Mudou a Comédia Para Sempre

Há nomes que moldam gerações e há artistas que moldam pessoas — e Eddie Murphy é um desses casos raros. Para quem viveu os anos 80 e 90 com a televisão ligada, Eddie era omnipresente: 48 Hrs.Beverly Hills CopTrading PlacesComing to AmericaSaturday Night Live, a dobragem inconfundível em Shrek.

Era impossível não ser fã.

Ele era energia pura, velocidade cómica, irreverência, carisma — um fenómeno.

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Agora, com Being Eddie, a Netflix oferece a Murphy aquilo que já tinha oferecido a Stallone ou Martha Stewart: um palco descontraído, pessoal, quase caseiro, onde a lenda se senta a olhar para a sua própria vida com o humor e a serenidade de quem já viu tudo… e sobreviveu a tudo.

A mansão, a família, as memórias — e um Eddie Murphy muito “Eddie Murphy”

O documentário leva-nos a passear com Murphy pela sua mansão californiana, incluindo um teto retrátil digno de ficção científica. A câmara de Angus Wall apanha-o a fazer aquilo que sempre fez tão bem: observar, comentar, brincar, transformar o banal em comédia — até quando está simplesmente a ver Ridiculousness, que ele descreve com a naturalidade de quem compara MTV a Alejandro Jodorowsky.

De vez em quando, senta-se, abre revistas antigas, lembra os fatos de cabedal e aquela época em que parecia uma estrela rock… mas em modo comediante. O filme acompanha essa subida meteórica, muito antes dos 30 anos, quando Beverly Hills Cop o transformou num dos maiores nomes de Hollywood quase da noite para o dia. Era jovem demais para lidar com tanta atenção? Provavelmente. Mas Eddie, à sua maneira, tratou sempre a fama como se fosse mais uma personagem para representar.

Um legado contado por quem o seguiu: Chappelle, Rock, Hart, Davidson

O documentário tem o cuidado de mostrar como Murphy não foi só um fenómeno — foi um fundador.

Dave Chappelle, Chris Rock, Kevin Hart e Pete Davidson surgem para explicar o impacto profundo que Eddie teve nas suas carreiras.

Ele abriu portas. Ele mostrou o que era possível. Ele ensinou, mesmo sem saber que ensinava.

E há algo comovente na forma como Murphy ouve essas homenagens.

Inclina ligeiramente a cabeça, sorri com aquele ar de surpresa quase tímida e parece, por vezes, um miúdo de Long Island que ainda se pergunta como chegou até ali.

As sombras — e o silêncio sobre elas

O documentário não esconde que parte do passado de Murphy não envelheceu bem. Os anos de Raw e Delirious deixaram piadas sobre mulheres e pessoas LGBT que hoje provocam desconforto, e a própria ausência prolongada de Eddie do stand-up parece carregar um pouco dessa vergonha implícita.

Mas Being Eddie escolhe não mergulhar nos temas mais polémicos.

Assim como também foge aos episódios tensos com John Landis, apesar da presença surpreendente do realizador.

É uma biografia carinhosa, quase uma carta de amor — e, consciente ou não, muito pouco interessada em desconstruir o mito.

A morte como presença constante — e um Eddie feliz mesmo assim

Há algo discreto mas pesado no documentário: a perda.

Murphy fala de quem teve de enterrar, de quem partiu cedo demais, de quem o inspirou e desapareceu — Belushi, Robin Williams, Michael, Prince, Whitney.

A aparição do irmão Charlie Murphy, falecido em 2017, é especialmente tocante.

E, mesmo assim, Eddie recusa qualquer amargura.

Para ele, viver continua a ser uma espécie de bênção cómica.

O homem que outrora varria palcos como um furacão agora caminha devagar pela casa, rodeado da família, absolutamente em paz.

A sua aparição em SNL em 2019 encerra o documentário com a energia de alguém que regressa não para provar nada, mas porque ainda se diverte a fazer isto.

O Eddie de ontem, o Eddie de hoje — e o Eddie que sempre foi nosso

Para quem cresceu com ele, Being Eddie é um reencontro caloroso com uma lenda que marcou infâncias, adolescências e o próprio ADN da comédia moderna.

este:The Running Man — Edgar Wright, Stephen King e a Reinvenção de um Clássico que Nunca Chegou Verdadeiramente ao Ecrã

É ver o miúdo magricela de Nova Iorque tornar-se um homem maduro, sábio, tranquilo — e ainda assim incrivelmente engraçado.

E para quem, como tantos de nós, passou os anos 80 e 90 a idolatrar Eddie Murphy, este documentário funciona quase como um abraço:

uma celebração de tudo aquilo que ele nos deu, e da forma como continua — sem pressão, sem pressa — a ser um dos talentos mais únicos do cinema.

Keeper — O Novo Pesadelo de Osgood Perkins Chega Envolto em Mistério… e Com um Score Que Já Está a Dividir Críticos

Osgood Perkins tem construído, quase em silêncio e sem pressas de agradar, uma das filmografias de terror mais sugestivas dos últimos anos. Depois do fenómeno inquietante que foi Longlegs e da recepção calorosa a The Monkey, o realizador regressa com Keeper — um filme envolto em secretismo, promovido pela Neon com a mesma estratégia de sombras e silêncio que transformou o seu nome numa espécie de promessa para fãs de terror psicológico.

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E agora que as primeiras críticas chegaram, a pergunta impõe-se: está à altura do hype?

Segundo o Rotten Tomatoes, Keeper estreia-se com 65% de aprovação, baseado nas primeiras dezenas de críticas. É uma recepção intermédia, mas longe de ser um desaire — e, mais importante ainda, confirma algo que já se suspeitava: Perkins continua a ser um realizador fascinante, mesmo quando a crítica se divide.

O score não é o mais alto da carreira do cineasta, que recentemente atingiu os 86% com Longlegs, nem supera os 77% de The Monkey. Porém, supera outros trabalhos anteriores, como I Am the Pretty Thing That Lives in the House, que permanece nos 59%. Há uma oscilação clara, mas também uma evolução: Perkins é um cineasta que arrisca, que experimenta, que não segue tendências. E isso, no terror contemporâneo, vale ouro.

As primeiras críticas sugerem um padrão comum. A narrativa de Keeper pode ser “delgada”, como descreveu o Hollywood Reporter, mas aquilo que parece manter a tensão e a eficácia é o trabalho dos actores — especialmente Tatiana Maslany, cuja performance muitos descrevem como o verdadeiro coração da obra. É interessante notar que Perkins já a tinha dirigido num papel mais pequeno em The Monkey; aqui, ele dá-lhe espaço para respirar, sofrer, comandar a câmara. É visível, nas palavras dos críticos, uma espécie de “confiança absoluta” na actriz, que retribui com um desempenho feroz, íntimo e inquietante.

Há também quem note que a experiência de ver Keeper depende muito do espectador. Britt Hayes, da MovieWeb, escreveu que o filme funciona “se acreditarmos que Perkins usa estes tropos com um propósito claro, se considerarmos que os fins justificam os meios”. É uma observação certeira: o cinema de Perkins nunca foi sobre simplicidade ou gratificação imediata. É sobre atmosfera, silêncio, texturas emocionais — e sobre o desconforto que nasce do que não é explicado.

Independentemente de divisões críticas, há algo que ninguém contesta: Perkins está num ritmo criativo impressionante. Enquanto Keeper chega agora às salas, o realizador já está a meio da produção de The Young People, filme que tem gerado expectativas — não só pela premissa, mas pelo elenco, que inclui Lola Tung, Nico Parker e uma adição sonante: Nicole Kidman. É o tipo de velocidade criativa que poucos cineastas conseguem manter no género, especialmente num mercado onde o terror original luta para sobreviver entre sequelas, remakes e universos partilhados.

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Com apenas 1h39 de duraçãoKeeper promete ser mais uma obra contida, afiada e profundamente estilística — muito à imagem daquilo que fez de Perkins um nome incontornável do terror moderno. E mesmo que não atinja a mesma aclamação que Longlegs, o consenso é claro: este filme tem personalidade suficiente, risco suficiente e densidade emocional suficiente para justificar uma ida ao cinema.

Afinal, o terror precisa de vozes singulares. Mesmo quando essas vozes nos deixam inquietos, divididos ou fora do nosso lugar de conforto. Talvez especialmente por isso.

Justin Baldoni vs. Ryan Reynolds — “Isto Acaba Aqui”, Parece que ainda não!

A disputa que envolve It Ends With Us deixou há muito de ser apenas uma batalha jurídica. Tornou-se um enredo paralelo ao próprio filme, trazendo à superfície tensões profundas entre Justin BaldoniBlake Lively e Ryan Reynolds. Agora, com a revelação de mensagens privadas enviadas por Baldoni, o caso ganhou uma dimensão ainda mais intensa — quase literária, quase cinematográfica.

Segundo os documentos judiciais divulgados, Baldoni descreve um encontro absolutamente devastador que aconteceu em janeiro de 2024, na cobertura do casal Reynolds/Lively, em Nova Iorque. Ele fala de um momento “traumático”, de uma conversa conduzida com a frieza e a autoridade de alguém que sente estar a defender quem ama, e de uma sensação de paralisia emocional que não experimentava há anos. A noite anterior ao regresso às filmagens do filme deveria ter sido rotineira; em vez disso, tornou-se um ponto de ruptura.

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Nas mensagens dirigidas ao actor Rainn Wilson, Baldoni afirma que foi recebido com um tom paternalista que o deixou desconcertado, descrevendo Reynolds a falar com ele “como se fosse uma criança de cinco anos”, lendo, a partir do telemóvel, uma lista de acusações que o apanhou completamente desprevenido. Não eram acusações surgidas do nada: eram queixas que Blake Lively teria partilhado sobre comportamentos que considerou inapropriados no set. Baldoni reconhece que alguns dos episódios descritos tinham correspondência com a realidade, mas diz que tudo foi retirado do contexto e amplificado até parecer uma figura monstruosa.

Entre as acusações, estariam termos como “creepy” e “abuso”, expressões que o deixaram, segundo as suas próprias palavras, “emocionalmente paralisado”. Baldoni descreve ainda o momento em que lhe foi pedido que lesse um pedido de desculpas escrito, ali mesmo, perante Blake e Reynolds, algo que simplesmente não conseguiu fazer. Ele escreve que desejou fugir, explodir o filme inteiro, mas que a única saída real era reconhecer os sentimentos da actriz e do marido, mesmo que acreditasse que todo o cenário era injusto. Sente, até hoje, que nesse instante procurou palavras e não as encontrou — que a sua mente o abandonou, que até Deus permaneceu em silêncio naquela sala.

A origem de tudo, de acordo com Baldoni, é quase absurda na sua simplicidade. O actor afirma ter perguntado ao treinador da produção quanto pesava Blake Lively, porque teria de levantá-la numa cena e sofria de problemas de costas. A pergunta chegou à actriz, que a interpretou como inadequada, e daí escalou para Reynolds, que entendeu a situação como um desrespeito profundo. O encontro de janeiro, segundo Baldoni, foi a erupção final dessa tensão acumulada.

Do lado de Lively, a narrativa segue noutra direcção. Os seus advogados afirmam que a presença de Reynolds foi pedida por ela, que o encontro não foi uma emboscada mas sim uma conversa útil e necessária para abordar comportamentos que várias pessoas tinham percepcionado como perturbadores. A defesa da actriz garante que membros do elenco e da equipa técnica também mencionaram situações desconfortáveis envolvendo Baldoni e o produtor Jamey Heath. Nada disto, asseguram, foi fruto de mal-entendidos; foi um padrão.

Reynolds, por sua vez, não nega que esteve emocionalmente envolvido, nem esconde que falou com dureza. O seu advogado chega a admitir que o actor estava “zangado, firme e impetuoso”, mas recusa a ideia de que tenha “gritado agressivamente” a Baldoni. Afirma simplesmente que um marido zangado não é o mesmo que uma agressão verbal.

A guerra legal, entretanto, avança por terrenos densos. A justiça já rejeitou o contra-processo de 400 milhões de dólares que Baldoni moveu contra Lively, Reynolds e a sua equipa de comunicação, assim como o processo de 250 milhões contra o New York Times. Mas a batalha principal está longe de terminar: a acção movida por Blake Lively contra Baldoni seguirá para julgamento em março de 2026, prometendo meses — e talvez anos — de testemunhos, versões contraditórias e revelações desconfortáveis.

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Hollywood observa tudo como quem assiste a uma tragédia moderna, feita de mágoas reais e reputações em risco. Não é apenas um conflito entre artistas; é um choque entre percepções, vulnerabilidades, erros de comunicação, responsabilidades profissionais e dores pessoais. No meio disto, fica uma pergunta que ecoa entre advogados, fãs e observadores atentos: o que é verdade? O que é exagero? O que é medo? E quem, no final, sairá deste turbilhão com a história do seu lado?

The Running Man — Edgar Wright, Stephen King e a Reinvenção de um Clássico que Nunca Chegou Verdadeiramente ao Ecrã

Christopher Nolan pode estar no mar com The Odyssey, mas quem anda a correr — literalmente — para redefinir a ficção científica distópica é Edgar Wright. O realizador britânico, mestre da energia cinética e dos filmes cheios de alma, está prestes a lançar a nova adaptação de The Running Man, e numa longa conversa revelou detalhes deliciosos sobre o processo, a colaboração inesperada com Stephen King, e até o motivo (bem-humorado e duplamente meta) para incluir Arnold Schwarzenegger numa espécie de cameo presidencial.

E tudo começou… com um tweet.

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Quando um tweet muda uma carreira

Em 2017, Wright respondeu a um tweet casual dizendo que The Running Man era o remake que mais gostaria de fazer. Era quase uma nota de fã, um comentário solto. Mas Simon Kinberg não se esqueceu.

Anos depois, quando a oportunidade surgiu, ofereceu-lhe o projeto.

Wright tinha lido o livro original — assinado por King sob o pseudónimo Richard Bachman — aos 14 anos. Estava proibido de ver o filme de 1987 nos cinemas britânicos (classificação para maiores de 18), e quando finalmente o viu, percebeu que quase nada do que o tinha fascinado no livro estava no ecrã. A semente ficou plantada: um dia, alguém teria de adaptar The Running Man “a sério”.

Agora, esse alguém é ele.

Stephen King: o pen pal improvável e o crítico mais temido

O detalhe delicioso é que Wright e King já tinham uma relação engraçada de “amigos por email”.

Tudo começou quando o escritor elogiou Shaun of the Dead — um elogio tão improvável que, para Wright, foi como ganhar um Óscar secreto.

Durante anos trocaram mensagens sobre… música.

Wright enviava-lhe vinis de aniversário, falavam sobre bandas psicadélicas, guitarras, rock alternativo. Quase nunca sobre cinema.

E, por isso mesmo, Wright evitava falar de The Running Man.

Se o filme não avançasse, não queria ser “o rapaz que grita lobo”.

Só quando a adaptação estava finalmente a ganhar forma é que enviou o email:

“Como provavelmente já sabes, estou a trabalhar em The Running Man desde 2022”, escreveu, entre risos.

King tinha de aprovar dois elementos cruciais:

  • a escolha do actor principal,
  • e alterações estruturais ao enredo.

Wright mandou-lhe um link privado de Hit Man, o filme que Glen Powell co-escreveu e protagoniza.

King viu — e aprovou imediatamente.

Quando finalmente assistiu ao filme, enviou a Wright um email com o assunto escrito em maiúsculas:

“WOW.”

E depois deixou o elogio que qualquer cineasta sonharia ouvir:

“É suficientemente fiel ao livro para deixar os fãs felizes, mas diferente o bastante para me entusiasmar.”

Schwarzenegger no dinheiro… e uma piscadela ao Demolition Man

Embora esta nova versão seja uma adaptação muito mais fiel ao livro do que o filme de 1987, Wright não quis ignorar os fãs do clássico de Arnie.

Assim, há um cameo subtil — mas brilhante:

no futuro distópico de Wright, existe uma nota de 100 dólares com o rosto do Presidente Schwarzenegger.

É ao mesmo tempo:

  • uma homenagem ao filme de 1987,
  • e um trocadilho cinéfilo com Demolition Man, onde se menciona que Arnold se tornou Presidente dos EUA.

É esse humor lateral, quase invisível, que separa Wright de tantos outros realizadores do género.

A versão de Wright: mais tensa, mais humana, mais King

Se o filme original transformava Ben Richards num herói musculado, Wright regressa às origens.

Nesta versão, Richards — interpretado por Glen Powell — é um homem comum, esmagado por um sistema corporativo distópico que controla a televisão, o dinheiro e até as narrativas públicas.

A história segue-o sempre na primeira pessoa, tal como o livro.

Não há cenas que ele não testemunhe, não há manipulação da perspectiva — o público acompanha-o tal como acompanha um competidor num reality show mortal.

É uma abordagem mais íntima, mais claustrofóbica, mais imersiva.

O toque Mission: Impossible

Há um detalhe delicioso que liga este projeto à saga Mission: Impossible:

Glen Powell, mal recebeu o papel, fez a mesma coisa que qualquer fã faria.

Ligou ao Tom Cruise.

Perguntou-lhe apenas isto:

“Como é que se corre bem para a câmara?”

É maravilhoso imaginar Tom Cruise a dar masterclasses de corrida cinematográfica — mas faz sentido. Powell queria fazer o máximo de acrobacias possível sem recorrer a duplos, e Wright abraçou essa filosofia.

Um filme sem rede de segurança

Wright revelou ainda que quase não teve sessões de teste com público. O filme foi montado numa corrida contra o tempo, com semanas de trabalho de 16 horas, sempre sem margem para falhas.

A equipa via o filme como um todo apenas ocasionalmente, em sessões internas no pequeno cinema ao lado da sala de montagem.

Era um processo austero, tenso, mas necessário para fazer o filme que Wright imaginou aos 14 anos.

Um remake? Não. Uma nova leitura.

Wright diz que evita chamar “remake” ao projeto porque isso não captura o que realmente fez:

“O livro nunca foi adaptado a sério. Havia outro filme possível — e era esse que eu queria fazer.”

Para ele, os melhores remakes são os que reinventam, como The Fly de David Cronenberg.

Refazer por refazer é karaoke.

Recontar com alma é cinema.

Esta nova versão chega com tudo aquilo que Wright faz melhor:

energia, irreverência, estilo, inteligência visual e um amor contagiante pelo cinema.

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E com Stephen King a dizer “WOW”, o entusiasmo não é apenas do público — vem da própria fonte.

The Running Man estreou esta semana nos cinemas portugueses.

MobLand — Pierce Brosnan e Tom Hardy Estão de Volta. E a Guerra dos Harrigan Vai Recomeçar.

A família mais perigosa da televisão regressa ao terreno de batalha — e, desta vez, promete arrastar metade do submundo consigo. A tão esperada segunda temporada de MobLand, a série de gangsters criada por Guy Ritchie e Jez Butterworth, já está oficialmente em rodagem. A confirmação chegou através de uma nova imagem de bastidores que mostra o regresso de Pierce BrosnanTom Hardy e Helen Mirren, trio que transformou a primeira temporada num fenómeno instantâneo.

Depois de uma mudança estratégica para a HBO Max — onde a série voltou a explodir nos tops de visualização — a expectativa em torno deste novo capítulo nunca foi tão alta. Afinal, MobLand conquistou o público com a mesma mistura inconfundível que tornou Ritchie famoso: violência coreografada, humor negro, personagens que parecem ter saído de um conto moral escrito a caneta e whisky, e um sentido de estilo tão afiado quanto uma lâmina de barbear.

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Uma tragédia à moda de Shakespeare… mas com metralhadoras

A primeira temporada apresentou-nos os Harrigan, uma dinastia criminosa tão poderosa quanto disfuncional. Ao longo de episódios marcados por revelações, traições e golpes que mudaram as regras do jogo, a série revelou-se menos um drama criminal tradicional e mais uma peça de Shakespeare encharcada em sangue e gin.

Pierce Brosnan ofereceu uma performance magnética como o patriarca Conrad, um homem brilhante, calculista e moralmente corrompido até ao tutano. Helen Mirren interpretou Maeve, a matriarca cujo sorriso esconde anos de manipulação, ressentimento e talento para sobreviver em terrenos onde até os mais fortes tremem. E Tom Hardy — sempre ele — trouxe ao conjunto aquela presença bruta, instintiva e enigmática que parece feita à medida de qualquer universo que Guy Ritchie invente.

Não surpreende que a crítica tenha elogiado a série por encontrar “vida extra” sempre que Brosnan e Mirren partilhavam o ecrã. Segundo o Collider, são interpretações que brincam com aquilo que o público espera deles… apenas para virar tudo do avesso. Nada em MobLand é confiável — nem a família, nem os juramentos, nem o poder que tanta gente ambiciona.

O que esperar da 2.ª temporada?

A produção mantém a sinopse em segredo, mas fontes próximas garantem que a série prepara uma expansão ambiciosa: MobLand vai deixar Londres para explorar as ramificações internacionais do império Harrigan, com intrigas que se estendem pelos EUA e pela Europa.

O final explosivo da primeira temporada, que deixou cadáveres enterrados e alianças em ruínas, servirá de ponto de partida. As consequências prometem ser devastadoras, com Conrad e Maeve a enfrentar ameaças externas e, pior ainda, sabotagem interna. Traumático? Sem dúvida. Dramático? Com certeza. Imperdível? Absolutamente.

Ritchie parece pronto para “ir ainda mais longe”, segundo fontes da produção, o que, vindo dele, pode significar qualquer coisa: planos longos de violência estilizada, diálogos afiados como insultos em pub londrino ou reviravoltas que fazem o espectador gritar “eu sabia!” e “não estava nada à espera disto!” ao mesmo tempo.

Um sucesso que voltou a ganhar fôlego

Com a chegada à HBO Max, a série encontrou uma segunda vida. Ganhos de audiência, nova base de fãs e um entusiasmo renovado por uma saga que sabe unir espectáculo, ritmo televisivo e personagens que respiram perigo em cada gesto.

Se MobLand não reinventa o género gangster, como a crítica gosta de sublinhar, também não precisa. Faz algo igualmente valioso: entrega uma história sólida, viciante, imprevisível — e com um elenco que parece ter sido escolhido para incendiar cada cena.

Onde ver

A segunda temporada está em produção.

A primeira está disponível em Paramount+ (Por cá SkyShowtime)  e HBO Max.

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E com Brosnan, Hardy e Mirren de volta ao leme, uma coisa é certa: os Harrigan regressam preparados para guerra. E nós estaremos a assistir, fascinados, como sempre

The Odyssey — Christopher Nolan Enfrenta o Mar, os Deuses e a Sua Maior Ousadia Cinematográfica

Christopher Nolan nunca foi homem de metades. Mas com The Odyssey, o realizador que redefiniu o blockbuster cerebral decide, literalmente, ir contra a corrente. O próprio revelou que filmou mais de dois milhões de pés de película, uma quantidade absolutamente insana mesmo para padrões de Hollywood, durante uma rodagem que o levou a passar meses no mar aberto. Ali, longe de estúdios e green screens, descobriu aquilo que sempre procurou: a fisicalidade do mundo real a testar-lhe os limites.

Ao falar com a Empire, Nolan descreveu a experiência com um sorriso cansado e orgulhoso: uma aventura “primal”, basta ver os actores que interpretam a tripulação de Ulisses — todos obrigados a sentir, na pele, a violência e a beleza imprevisível do mar. O vento, as ondas, a luz que muda de humor de minuto a minuto. Para Nolan, isso era essencial para captar a essência de uma viagem que, nos poemas de Homero, era feita de fé cega, determinação e uma solidão quase mística num mundo ainda por mapear.

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Há muito que o realizador ambicionava entrar neste território. Ele próprio admite que, em jovem, esperava ver grandes histórias mitológicas tratadas com a mesma seriedade que os estúdios dedicam a epopeias modernas. Cresceu a ver Ray Harryhausen, mas sentia que faltava uma versão que unisse fantasia, rigor e a escala emocional de uma superprodução contemporânea. Agora, com The Odyssey, quer devolver ao cinema esse peso ancestral, esse sentido de maravilha que se perdeu entre universos partilhados e efeitos digitais demasiado limpos.

No centro do filme está Matt Damon como Odysseus, um homem dilacerado entre o dever e o desejo de regressar a casa. A jornada de dez anos que o separa de Penélope — papel ainda envolto em mistério, mas entregue a um elenco que parece uma constelação inteira — é filmada como um verdadeiro teste à alma. Nolan insiste que esta é menos uma história sobre monstros e mais sobre a persistência humana perante o impossível; menos sobre deuses e mais sobre a fragilidade que nos acompanha, mesmo quando fingimos ser heróis.

E que elenco. Tom Holland, Anne Hathaway, Zendaya, Lupita Nyong’o, Robert Pattinson, Charlize Theron, Samantha Morton, Mia Goth e muitos outros surgem aqui reunidos como se o próprio Olimpo tivesse feito escala em Hollywood. É uma reunião rara, não apenas pela fama, mas pela intensidade que cada um deles promete trazer aos seus papéis. Nolan nunca escolhe actores ao acaso — escolhe-os para os empurrar ao limite. E ao filmar no mar aberto, empurrou-os mesmo.

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A estreia está marcada para 17 de julho de 2026, e tudo indica que será um daqueles filmes que só ganham sentido numa sala IMAX: gigantesco, físico, desafiante, feito para que o espectador sinta a vibração do casco no mar, o peso da jornada, o assombro dos mitos. Depois de Oppenheimer, Nolan vira-se para uma história ainda mais antiga, ainda mais universal — talvez a mais universal de todas. E fá-lo da única maneira que sabe: tentando aquilo que ninguém tentou, enfrentando a natureza como adversária e cúmplice, e provando que há cineastas que só sabem trabalhar quando o mundo real lhes empurra de volta

Spongebob O Filme: À Procura das Calças Quadradas — O Regresso Mais Hilariante do Natal

Estreia nas salas portuguesas a 25 de dezembro, com trailer e poster já revelados

Este Natal promete ser mais amarelo, mais vibrante e muito mais… quadrado. Spongebob O Filme: À Procura das Calças Quadradas chega aos cinemas nacionais no dia 25 de dezembro, numa aventura cheia de humor, cor e imaginação — tudo aquilo que os fãs esperam do universo criado por Stephen Hillenburg. A versão dobrada e legendada já tem trailer e poster oficiais disponíveis, abrindo caminho para uma das estreias familiares mais aguardadas desta quadra festiva.

A missão impossível do herói mais optimista do oceano

Na nova história, o eterno entusiasta de Bikini Bottom decide provar uma coisa simples: que é “um rapaz crescido”. Naturalmente, e como sempre acontece quando Spongebob tenta mostrar maturidade, o plano descarrila da forma mais divertida possível.

Ao lado de Patrick, Sandy e do resto da tripulação, Spongebob parte numa missão improvável — encontrar as lendárias Calças Quadradas. Sim, as mesmas que lhe deram identidade, estilo e elasticidade emocional durante mais de duas décadas.

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A busca leva-os a enfrentar criaturas misteriosas, obstáculos inesperados e até uma das figuras mais temidas dos sete mares: o Holandês Voador, aqui numa versão tão assustadora quanto cómica.

Dobragens portuguesas e estreias especiais

Uma das marcas distintivas do fenómeno Spongebob em Portugal é a longevidade das suas vozes — a série está há mais de 20 anos em exibição nacional, e o filme mantém essa familiaridade. As vozes portuguesas habituais regressam, assegurando a continuidade que o público tanto aprecia.

E há ainda duas novidades:

  • Wandson Lisboa, como o Despertador do Spongebob
  • Maria Morango (Francisca Cabral), como a Empregada do Parque de Diversões — personagem cuja voz original pertence à cantora e fenómeno pop Ice Spice

Ambos fazem aqui a sua estreia no universo de Spongebob, numa participação que promete arrancar gargalhadas.

O espírito vibrante que conquistou o mundo

Com as vozes originais de Tom KennyClancy BrownBill Fagerbakke e Mark Hamill, esta nova longa-metragem mantém o ADN que transformou Spongebob num dos maiores fenómenos da animação contemporânea.

Visualmente exuberante, ritmado, cheio de piadas subaquáticas e com aquela energia caoticamente positiva que define o herói amarelo, À Procura das Calças Quadradas é o tipo de aventura que lembra porque é que o universo criado por Hillenburg continua a fazer parte das nossas vidas — mesmo muito depois da infância.

Uma comédia marítima para toda a família

O filme promete ser o destaque perfeito das férias de Natal: divertido para os mais novos, cheio de referências para os fãs de longa data e com um humor tão universal quanto imprevisível.

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Na sinopse oficial, Spongebob parte numa missão de coragem para impressionar o Mr. Krabs — e acaba numa jornada épica com o Holandês Voador. Entre águas profundas, explosões de cor e encontros absurdos, é garantido: nenhuma esponja foi tão longe para recuperar um par de calças.

🎬 SPONGEBOB O FILME: À PROCURA DAS CALÇAS QUADRADAS

📅 Estreia nos cinemas portugueses a 25 de dezembro

🔊 Versões dobrada e legendada

🏴‍☠️ #SpongebobFilme

The Burial — Jamie Foxx e Tommy Lee Jones Num Duelo Judicial Que Abala o Sistema

Estreia a 16 de novembro, às 22h10, no TVCine Top

O TVCine Top prepara-se para estrear um dos dramas judiciais mais aclamados dos últimos anos: The Burial, um filme que mistura tribunal, crítica social, humor mordaz e duas interpretações de peso assinadas por Jamie Foxx e Tommy Lee Jones. A estreia acontece domingo, 16 de novembro, às 22h10, também disponível no TVCine+.

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O David e Golias da indústria funerária

A história — baseada em factos verídicos — segue Jeremiah O’Keefe (Tommy Lee Jones), proprietário de uma pequena empresa funerária da Costa do Golfo que se vê esmagado pelas práticas agressivas de uma gigantesca corporação do setor. Quando percebe que está prestes a perder décadas de trabalho, O’Keefe decide recorrer a um advogado pouco convencional:

Willie E. Gary, interpretado com carisma explosivo por Jamie Foxx, é um advogado brilhante, teatral, excêntrico e com um currículo impressionante de vitórias — mas ninguém esperava vê-lo envolvido num caso sobre contratos de serviços fúnebres.

À medida que o julgamento avança, o que parecia apenas um diferendo comercial transforma-se numa batalha épica entre o cidadão comum e as estruturas de poder económico, revelando esquemas de discriminação, abusos corporativos e décadas de manipulação legal.

Muito mais do que um caso em tribunal

The Burial recusa ser apenas um drama judicial clássico. Realizado por Maggie Betts, o filme explora com inteligência e sensibilidade o impacto do racismo estrutural, a desigualdade social no sistema jurídico americano e a forma como a justiça, muitas vezes, favorece quem tem mais recursos.

Mas Betts equilibra o peso destes temas com momentos de humanismo e humor afiado — grande parte deles graças à química improvável entre Foxx e Jones.

São dois mundos que não podiam ser mais diferentes:

  • O empresário conservador do sul profundo;
  • O advogado afro-americano flamboyant e implacável.

E, ainda assim, encontram um objetivo comum. O resultado é uma parceria irresistível, cheia de confrontos, cumplicidade e até um inesperado toque de amizade.

Interpretações que elevam a história

Críticos têm apontado Jamie Foxx como um dos grandes destaques do filme, descrevendo o seu Willie E. Gary como uma combinação de carisma, intensidade e timing cómico absolutamente magnético.

Tommy Lee Jones, por sua vez, oferece um desempenho contido mas profundamente emocional — daqueles que lembram porque continua a ser um dos grandes actores da sua geração.

A química entre os dois é o motor da narrativa, e a forma como Maggie Betts a filma torna The Burial não apenas competente, mas memorável.

Uma história real que continua relevante

The Burial lembra-nos que algumas das lutas mais importantes acontecem longe dos holofotes. Casos aparentemente modestos podem expor sistemas inteiros — e obrigar a sociedade a confrontar-se com as suas falhas.

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É um filme sobre justiça, mas também sobre dignidade, comunidade e resiliência. Um lembrete poderoso de que, às vezes, vencer em tribunal é também uma forma de devolver humanidade a quem mais precisa.

📺 The Burial

🗓 16 de novembro

⏰ 22h10

📍 TVCine Top e TVCine+

Contagem: 781 palavras.