Porque Hoje é Sábado — Animação Portuguesa Premiada nos Açores

O novo triunfo de Alice Eça Guimarães no AnimaPIX 2025

A animação portuguesa volta a brilhar — desta vez na ilha do Pico, onde o AnimaPIX 2025 distinguiu Porque Hoje é Sábado, o novo filme de Alice Eça Guimarães, com o Prémio AnimaPIX. A curta-metragem, um retrato delicado e profundamente humano sobre uma mulher que tenta equilibrar a rotina doméstica com o desejo de evasão, conquistou o júri e o público pela sensibilidade, pela poesia visual e pela forma como transforma o quotidiano num território emocional de grande ressonância.

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O prémio surge numa edição especial para o festival: o 10.º aniversário do AnimaPIX, uma década dedicada “à criança em todos nós”, como sublinha Terry Costa, director artístico da associação MiratecArts, responsável pela organização. A festa inclui não só os vencedores mais recentes, mas também figuras incontornáveis do cinema de animação português, entre eles Abi Feijó e Regina Pessoa, a madrinha do festival.

A autora e o seu universo animado

Alice Eça Guimarães é um nome cada vez mais presente na animação nacional. Dividindo a carreira entre publicidade e cinema, tem construído um percurso marcado pela atenção ao detalhe, pela força da imagem e por uma sensibilidade profundamente cinematográfica. Não é a sua primeira distinção: os seus trabalhos já lhe valeram prémios importantes, incluindo o Sophia para Melhor Curta-Metragem Portuguesa.

Com Porque Hoje é Sábado, a realizadora volta a mostrar a capacidade de transformar temas íntimos em histórias universais — um cinema que se diz com silêncio, textura e movimento, sempre de forma elegante e emocionalmente honesta.

Uma década de AnimaPIX: o festival que celebra a imaginação

primeira semana de dezembro será marcada por uma programação intensa no Auditório da Madalena, com actividades pensadas para escolas e público geral. Entre 2 e 5 de dezembro, o festival celebra não só a nova vencedora, mas também os criadores que têm marcado o panorama da animação portuguesa.

Entre os nomes em destaque estão:

  • João Gonzalez, cuja obra foi nomeada ao Óscar;
  • Alice GuimarãesAlexandra RamiresLaura Gonçalves e Maria Trigo Teixeira, todas vencedoras anteriores do prémio AnimaPIX.

As realizadoras e realizadores estarão presentes numa sessão especial a 5 de dezembro, às 10:00, aberta ao público, num momento que promete ser um dos grandes destaques da edição.

Cultura, parceria e futuro

O evento é possível graças à colaboração entre a Câmara Municipal da Madalena e o Governo dos Açores, através da Direção Regional da Cultura. É mais um sinal do papel fundamental que o cinema de animação assume no panorama nacional: um cruzamento entre arte, educação e identidade que continua a ganhar reconhecimento dentro e fora do país.

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Com Porque Hoje é Sábado, Alice Eça Guimarães reafirma-se como uma voz singular da animação portuguesa — e o AnimaPIX reforça o seu estatuto como uma das plataformas mais importantes para descobrir, celebrar e projetar o futuro do género.

Regina Pessoa regressa ao Pico para celebrar 10 anos do AnimaPIX

A madrinha do festival mais encantador dos Açores volta à ilha com a mesma paixão de sempre pela animação portuguesa

O AnimaPIX está de volta à ilha do Pico este dezembro, e com ele regressa também a sua madrinha — nem mais nem menos que Regina Pessoa, a artista portuguesa mais premiada da história da animação. O festival, que decorre de 1 a 7 de dezembro de 2025 na Biblioteca Auditório da Madalena, celebra uma década de existência e continua fiel ao seu lema: ser “o festival para a criança em todos nós”, celebrando o cinema de animação e o livro ilustrado como pontes mágicas entre gerações.

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Uma década de luz, cor e imaginação

Desde a sua primeira edição, nas escolas do Pico, o AnimaPIX tornou-se uma referência na promoção da cultura cinematográfica nos Açores. Organizado pela MiratecArts, o evento combina o encanto da descoberta com o espírito comunitário que define os melhores festivais de animação: proximidade, partilha e emoção verdadeira.

Regina Pessoa, que assina também a ilustração do cartaz oficial dos 10 anos do festival, regressa à ilha com o mesmo entusiasmo de sempre. “Ser madrinha do AnimaPIX é um privilégio, uma honra, uma dádiva que agarro com o coração”, declarou. “Há muitos festivais de cinema, mas os de animação têm algo de especial — quanto mais pequenos, mais intensos e humanos.”

Regina Pessoa: a força da animação portuguesa

A autora de A NoiteTragic Story with Happy EndingKali, o Pequeno Vampiro e Tio Tomás, A Contabilidade dos Dias é uma das figuras mais importantes da animação mundial. O seu percurso começou em 1992, como animadora nos filmes de Abi Feijó, seu parceiro e cúmplice artístico, e desde então coleciona mais de 150 prémios internacionais — incluindo distinções nos festivais de AnnecyHiroshimaAnnie Awards e nomeações para o Prémio do Cinema Europeu e para os Óscares.

Em 2021, foi eleita pelo Animac entre os três melhores realizadores de animação dos últimos 25 anos — um reconhecimento que coloca o nome de Portugal ao lado dos grandes mestres da animação mundial.

Militância cultural nas ilhas do Atlântico

Regina Pessoa sublinha ainda o papel essencial do AnimaPIX e de Terry Costa, criador do festival e diretor da MiratecArts. “É muitas vezes nesses pequenos lugares remotos que encontramos a verdadeira militância cultural”, afirmou. “Pessoas que, abdicando de quase tudo, se dedicam à arte e à partilha, permitindo que comunidades pequenas experimentem, talvez pela primeira vez, a magia de ver cinema numa sala escura.”

O festival, que já contou com a presença de Regina e Abi Feijó em várias edições, prepara agora uma celebração especial dos seus 10 anos, com uma programação que promete reunir o melhor da animação portuguesa e internacional.

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A programação completa será revelada em breve no site oficial da MiratecArts (miratecarts.com), mas uma coisa é certa: o AnimaPIX volta a transformar o Pico num ponto de luz para todos os que acreditam no poder da imaginação e no cinema como arte de resistência

TVCine Edition Celebra o Documentário com o Especial DocLisboa 2025 🎬🌍

 🎬 De 13 a 17 de outubro, o canal dedica uma semana à arte de ver o mundo através da lente documental

Entre os dias 13 e 17 de outubro, o TVCine Edition volta a abrir as suas portas ao mundo do documentário com o Especial DocLisboa 2025 — uma seleção exclusiva de cinco filmes que marcaram presença no festival de cinema documental mais prestigiado do país.

Em parceria com o DocLisboa, cuja edição deste ano decorre de 16 a 26 de outubro, o TVCine convida os espectadores a uma viagem cinematográfica feita de realidades plurais, da música à habitação, da resistência à identidade, com histórias vindas de Portugal, Brasil, Colômbia e Argentina.

“Cada filme é uma janela aberta para o mundo — uma oportunidade rara de ver o cinema documental contemporâneo mais vibrante e humano”, destaca o canal.

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🗓️ A programação completa do 

Especial DocLisboa 2025

📅 Segunda-feira, 13 de outubro – 20h00

🎬 Ospina Cali Colombia

Um retrato íntimo do cineasta Luis Ospina, figura incontornável do cinema latino-americano e líder do lendário Grupo de Cali. Filmado por Jorge de Carvalho e os seus alunos, o documentário capta uma conversa inesquecível sobre a vida, a arte e a história moderna da Colômbia.

📅 Terça-feira, 14 de outubro – 20h00

🎬 Estou Aqui

Durante a pandemia, o maior centro desportivo de Lisboa transforma-se num abrigo de emergência para pessoas sem-abrigo. Entre o caos e a solidariedade, nasce uma comunidade que redescobre o valor da empatia. Uma realização de Dorian Rivière e Zsófi Paczolay.

📅 Quarta-feira, 15 de outubro – 19h50

🎬 Luiz Melodia – No Coração do Brasil

Uma viagem pela carreira do icónico cantor brasileiro Luiz Melodia, um artista que desafiou o sistema e rompeu barreiras musicais. Dirigido por Alessandra Dorgan, o filme mistura arquivos inéditos e testemunhos emocionantes num retrato profundamente humano.

📅 Quinta-feira, 16 de outubro – 19h40

🎬 A Morte de Uma Cidade

No coração do Bairro Alto, uma antiga tipografia dá lugar a apartamentos de luxo. A câmara de João Rosas transforma esta demolição num poderoso diário urbano sobre a Lisboa que desaparece e as vidas que constroem — e perdem — a cidade.

📅 Sexta-feira, 17 de outubro – 19h15

🎬 Fire Supply

Da realizadora Lucia Seles, uma história argentina sobre amor, desejo e recomeços tardios. Entre uma mãe, o filho e o dono de um rinque de patinagem, nasce um retrato delicado e silencioso sobre a ternura e o tempo.

🌎 Um espelho do mundo, um reflexo de nós

Especial DocLisboa 2025 reafirma o compromisso do TVCine com o cinema de autor e com o olhar documental enquanto ferramenta de compreensão do mundo contemporâneo.

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Entre histórias de resistência, memórias culturais e retratos pessoais, o canal oferece cinco noites de cinema que emocionam, provocam e inspiram — sempre em exclusivo no TVCine Edition e TVCine+, ao início da noite.

Queer Lisboa 29: Um Festival Que Reflete o Mundo de Hoje e Celebra o Cinema Queer 🌈🎬

Um Espelho do Presente, Lições do Passado

Queer Lisboa chega à sua 29.ª edição com uma missão clara: usar o cinema como lente para refletir o conturbado estado do mundo. Até 27 de setembro, o festival apresenta cerca de 100 filmes no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa, explorando temas que vão desde a transfobia e o conservadorismo político até ao genocídio na Palestina e os abusos da Igreja.

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Mas o festival não é apenas denúncia. É também celebração da resistência, da diversidade e da criatividade queer, trazendo histórias de superação, ativismo e memórias culturais que continuam a inspirar novas gerações.

Filmes em Destaque: Do Amor à Contestação

A sessão de abertura é feita com Plainclothes, do norte-americano Carmen Emmi — uma história de amor atravessada pelo impacto social do VIH/Sida.

Entre os destaques da programação surgem:

  • Ceci est mon corps, de Jérôme Clément-Wilz, sobre abusos sexuais e morais na Igreja;
  • Tese sobre uma domesticação, de Javier van de Couter, protagonizado pela atriz e escritora trans Camila Sosa Villada;
  • Homem com H, biopic de Esmir Filho sobre o ícone brasileiro Ney Matogrosso;
  • A retrospetiva dedicada a Lionel Soukaz, cineasta francês falecido em fevereiro, considerado pioneiro na representação da cultura queer no cinema;
  • A mostra de curtas No Pride in Genocide, organizada pelo coletivo Queer Cinema for Palestine.

O Olhar Português

O cinema nacional também marca presença, com a estreia lisboeta de Neko, de Inês Oliveira, que retrata uma experiência trans vivida num grupo de adolescentes numa Lisboa em transformação.

A par desta obra, o festival apresenta ainda documentários que abordam identidade, performance e memória cultural:

  • Esta Mulher É um Homem, de André Murraças e Flávio Gil;
  • O Meu Reino para um King, de Sónia Baptista e Raquel Melgue.

Muito Para Ver, Muito Para Pensar

Mais do que um festival de cinema, o Queer Lisboa afirma-se como o único evento nacional dedicado especificamente às múltiplas expressões da cultura queer, abrangendo identidades gay, lésbicas, bissexuais, transgénero, intersexo e não-normativas.

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E quem perder parte da programação em Lisboa poderá recuperá-la no Queer Porto, de 4 a 8 de novembro, reforçando a ligação entre as duas cidades e o compromisso em dar visibilidade às narrativas queer no panorama cultural português.

Sérgio Godinho no Apocalipse? Curta Portuguesa Brilha nos EUA com Distopia Premiada 🎬

“Era Uma Vez no Apocalipse” conquista o prémio de Melhor Curta-Metragem no Gen Con Film Festival e reforça a afirmação do cinema português lá fora

Pode um país devastado pela III Guerra Mundial dar origem a uma das curtas-metragens mais aclamadas do circuito indie internacional? A resposta, claramente, é sim. E tem sotaque português.

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A curta Era Uma Vez no Apocalipse, de Tiago Pimentel, protagonizada pelo incontornável Sérgio Godinho — sim, o músico e poeta — ao lado de Paulo Calatré e Mariana Pacheco, acaba de conquistar o prémio de Melhor Curta-Metragem no prestigiado Gen Con Film Festival, nos Estados Unidos. A cerimónia decorreu entre 31 de julho e 3 de agosto em Indianapolis, num evento que junta o melhor do cinema e do universo gaming, numa celebração da cultura pop com milhares de participantes.

Do MotelX à América: um percurso fulgurante

Este novo reconhecimento surge cerca de um ano depois da participação do filme na emblemática Comic Con de San Diego, onde integrou a competição do Comic Con Independent Film Festival na categoria de Terror / Suspense. Desde então, a produção portuguesa tem vindo a acumular distinções e selecções em vários festivais, incluindo o MOTELX (fora de competição), o Fantasporto, o Shortcutz Lisboa — onde foi eleita a melhor curta do mês de fevereiro — e o Avanca Film Fest, onde arrecadou três prémios: Melhor Ator, Competição Avanca e Cineastas com menos de 30 anos.

A tudo isto somam-se os cinco galardões conquistados na última edição dos Prémios Curtas, consolidando a curta como um dos projectos nacionais mais relevantes do momento.

Um Portugal distópico, um jogo mortal

Descrita como uma “fábula negra”, Era Uma Vez no Apocalipse transporta-nos para um Portugal distorcido pelo horror da III Guerra Mundial e mergulhado num cruel inverno nuclear. A sinopse não poupa nos pesadelos: uma ditadura militar implacável governa o que resta do país e um pai idoso e a sua filha são confrontados com a visita de um oficial do regime, iniciando-se um inquietante jogo de manipulação, tensão e violência — com final anunciado: tragédia.

A atmosfera opressiva é realçada pela fotografia de Tomás Brice e pela banda sonora composta por José Tornada, enquanto o argumento é assinado pelo próprio Tiago Pimentel e António Miguel Pereira, dupla criativa que já havia colaborado na série de ficção científica Projeto Delta (2023) e na curta Cá Dentro | Inside (2019), ambas com carreira internacional.

Uma estreia nacional com pedigree internacional

Entre os trunfos desta produção, destaca-se a colaboração inédita com Luís Sequeira, figurinista luso-canadiano nomeado para os Óscares pelos seus trabalhos em A Forma da Água (2017) e Nightmare Alley – Beco das Almas Perdidas (2021), ambos de Guillermo del Toro. É a primeira vez que Sequeira colabora numa produção portuguesa — e isso nota-se, reforçando a estética cuidada e visualmente marcante da obra.

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Com mais este prémio internacional no bolso, Era Uma Vez no Apocalipse confirma que há vida — e muito talento — no cinema de género português. E se ainda havia dúvidas sobre a versatilidade de Sérgio Godinho, este filme trata de dissipá-las numa nuvem radioactiva de qualidade cinematográfica. 🎥🇵🇹

Willem Dafoe Vai Receber o Coração Honorário de Sarajevo — E Dar uma Masterclass Inesquecível

Com mais de 150 filmes no currículo, o actor norte-americano regressa ao Festival de Sarajevo 25 anos depois para ser homenageado pela sua carreira lendária

🎬 Nome maior do cinema mundial, Willem Dafoe vai ser distinguido com o Coração Honorário de Sarajevo na próxima edição do Festival de Cinema de Sarajevo, a decorrer entre 15 e 22 de Agosto de 2025. O galardão reconhece o contributo excepcional do actor para a arte cinematográfica, numa carreira que atravessa cinco décadas, inúmeros géneros e alguns dos maiores nomes da realização mundial.

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Mas Dafoe não vai apenas receber prémios: vai também conduzir uma masterclass no festival, onde partilhará reflexões sobre a sua carreira, o ofício da representação e a arte em tempos contemporâneos.


Um actor com 150 rostos e nenhum igual

Desde que foi despedido de Heaven’s Gate, de Michael Cimino, em 1979, Willem Dafoe construiu um percurso impressionante, tanto em grandes estúdios como no cinema independente — sempre com uma entrega total e uma versatilidade que poucos actores da sua geração podem reclamar.

A lista de realizadores com quem trabalhou é, por si só, um monumento ao cinema moderno:

  • Martin Scorsese
  • David Lynch
  • Lars von Trier
  • Wes Anderson
  • Guillermo del Toro
  • Yorgos Lanthimos
  • Tim Burton
  • Hayao Miyazaki
  • Werner Herzog
  • Spike Lee
  • Kathryn Bigelow, entre muitos outros.

Dafoe é daquelas raras presenças que consegue ser intensamente humano num blockbuster e assombrosamente inquietante num filme experimental.


Nomeações, prémios e um legado em construção

Willem Dafoe foi já nomeado quatro vezes ao Óscar — por PlatoonShadow of the VampireThe Florida Project e At Eternity’s Gate. Venceu dois Independent Spirit Awards, foi distinguido pelos críticos de Nova Iorque, Los Angeles e pela National Board of Review, recebeu o Urso de Ouro Honorário da Berlinale e mais recentemente o Prémio Íris da Academia de Cinema da Grécia, pelo seu desempenho em Inside, de Vasilis Katsoupis.

Em 2025 e 2026, será ainda director artístico da secção de teatro da Bienal de Veneza, reafirmando a sua ligação ao palco e às artes performativas, uma paixão antiga que começou com o colectivo experimental The Wooster Group, onde trabalhou entre 1977 e 2005.


Novos filmes no horizonte

Aos 70 anos, Dafoe continua a ser um actor em plena forma criativa. Entre os próximos projectos destacam-se:

  • Cuddle, de Bárbara Paz
  • Werwulf, de Robert Eggers
  • Uma nova colaboração com Eggers em A Christmas Carol, para a Warner Bros.

Não se vislumbra reforma à vista — e ainda bem.


Um regresso 25 anos depois

“Willem Dafoe regressa ao Festival de Sarajevo após 25 anos e é uma grande honra para nós atribuir-lhe o Coração Honorário de Sarajevo”, declarou Jovan Marjanović, director do festival.

“O seu trabalho é uma inspiração para qualquer actor. Sempre que está frente à câmara, prova ser um verdadeiro mestre. Em grandes produções ou em filmes independentes, as suas personagens são sempre complexas, emocionais e inesquecíveis.”

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Coração de Sarajevo junta-se assim a uma lista já longa de distinções — mas com um significado especial, numa região onde o cinema tem sido forma de resistência, memória e reconciliação.

🎬 IndieLisboa 2025: um festival que responde ao contemporâneo

A 22.ª edição do Festival Internacional de Cinema IndieLisboa decorre de 1 a 11 de maio, apresentando quase 240 filmes em várias salas de Lisboa, incluindo o Cinema São Jorge, Culturgest, Cinema Ideal, Cinemateca Portuguesa, Cinema Fernando Lopes e a Piscina da Penha de França.  

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🌍 Uma programação diversa e atual

Segundo Susana Rodrigues, uma das diretoras e programadoras do festival, o IndieLisboa “tenta responder ao contemporâneo” e “reinventar formas de trazer o público às salas”. O festival mantém-se fiel à sua identidade, dando igual importância a curtas e longas-metragens, documentários, ficção, animação, experimental e ensaio, com foco em novos realizadores e filmes fora dos circuitos comerciais.

🎞️ Abertura e encerramento marcantes

A sessão de abertura apresenta a comédia absurda “Une Langue Universelle”, do canadiano Matthew Rankin, que imagina um Canadá onde todos falam persa. O filme foi escolhido pelo Canadá para a corrida aos Óscares. O encerramento fica a cargo de “Caught by the Tides”, do realizador chinês Jia Zhang-ke, que acompanha a história de uma bailarina e um produtor de música ao longo de duas décadas na China.  

🎥 Destaques da programação

Entre os destaques estão:

  • Competição Nacional: com um número recorde de filmes, incluindo estreias mundiais como “As Flores” de Madalena Fragoso e “Santa Iria” de Luís Miguel Correia. 
  • Competição Internacional: com obras como “Brought With the Storm” de Miguel de Zuviría e “Downriver, a Tiger” de Víctor Diago. 
  • Secção Rhizome: com estreias mundiais como “Memórias do Teatro da Cornucópia” de Solveig Nordlund e “Nós, Povo das Ilhas” de Elson Santos e Lara Sousa. 
  • Retrospectiva: dedicada à realizadora búlgara Binka Zhelyazkova. 
  • Foco: no artista britânico Charlie Shackleton, que apresentará obras como “Paint Drying”, um filme experimental de dez horas que consiste num plano estático de uma parede de tijolo pintada de fresco.

🎟️ Informações úteis

Os bilhetes e o programa completo estão disponíveis no site oficial do festival: indielisboa.com

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🎬 IndieLisboa 2025: Cinema Lusófono em Destaque na 22.ª Edição

O Festival Internacional de Cinema IndieLisboa, que decorre de 1 a 11 de maio em Lisboa, destaca-se este ano pela forte presença de filmes lusófonos, com 13 obras provenientes de países de língua portuguesa, incluindo Portugal, Brasil e Cabo Verde.  

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🌍 Diversidade Lusófona em Competição

Na Competição Nacional, salientam-se duas produções: 

  • “Balane 3”, do realizador português Ico Costa, que regressa ao festival com uma obra filmada em Moçambique. 
  • “Hanami”, da luso-cabo-verdiana Denise Fernandes, marca a estreia da realizadora em longas-metragens. 

Estas obras refletem a riqueza e diversidade das narrativas lusófonas contemporâneas.


🎶 IndieMusic: Homenagens Musicais

A secção IndieMusic apresenta documentários que celebram figuras icónicas da música lusófona: 

  • “Milton Bituca Nascimento”, de Flávia Moraes, acompanha a digressão de despedida do cantor brasileiro, com depoimentos de artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque, Carminho e Maro. 
  • “Orlando Pantera”, de Catarina Alves Costa, revive o legado do músico cabo-verdiano através de arquivos e encenações musicais, com interpretações contemporâneas de artistas como Mayra Andrade e Princezito. 

Estas obras destacam a influência duradoura destes músicos na cultura lusófona. 


📽️ Rizoma: Narrativas Sociais e Históricas

Na categoria Rizoma, orientada para o grande público, destacam-se: 

  • “O Último Azul”, do realizador brasileiro Gabriel Mascaro, aborda o envelhecimento e a exclusão social de idosos no Brasil. 
  • “Nós, Povo das Ilhas”, de Elson Santos e Lara Sousa, documenta a história de 31 jovens cabo-verdianos que, durante o colonialismo português, foram para Cuba receber formação militar com o objetivo de lutar pela independência da Guiné e Cabo Verde. 

Estas obras oferecem perspectivas únicas sobre questões sociais e históricas relevantes. 


🎟️ IndieLisboa: Um Festival de Cinema para Todos

A 22.ª edição do IndieLisboa reafirma o seu compromisso com a promoção do cinema lusófono, oferecendo uma plataforma para obras que exploram temas diversos e relevantes. O festival decorre em várias salas de cinema de Lisboa, com destaque para a Culturgest. 

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🎭 Fantasporto 2024: Dollhouse vence Grande Prémio e Japão domina festival 🎬🏆

Fantasporto – Festival Internacional de Cinema Fantástico voltou a afirmar-se como um dos eventos de referência do cinema de género, destacando-se este ano pelo forte domínio do cinema asiático e norte-americano. O grande vencedor da edição de 2024 foi o filme japonês “Dollhouse”, realizado por Shinobu Yaguchi, que arrecadou o prestigiado Grande Prémio Cinema Fantástico.

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Segundo a diretora do festival, Beatriz Pacheco Pereira, a produção japonesa teve a sua estreia mundial no Fantasporto e irá chegar em breve às salas de cinema de toda a Ásia.

Mas Dollhouse não foi o único destaque. O festival premiou também produções vindas da Europa, América do Norte e outros países asiáticos, numa competição repleta de estreias e surpresas.

🏅 Os grandes vencedores do Fantasporto 2024

Além de Dollhouse, outras produções foram distinguidas nas principais secções do festival:

• 🏆 Prémio Especial do Júri (Cinema Fantástico): Cielo (Reino Unido), de Alberto Sciamma

• 🎥 Prémio do Público (ex-aequo): Cielo e Mister.K (Países Baixos/Noruega/Bélgica), de Tallulah H. Schwalb

• 🎬 Semana dos Realizadores – Grande Prémio: Zero (EUA), de Jean Luc Herbulot

• 🎭 Semana dos Realizadores – Prémio Especial do Júri: Welcome to the Village (Japão), de Hideo Jôjô

• 🎞️ Oriente Express – Grande Prémio: River Returns (Japão), de Masakasu Kaneko

• 🎥 Oriente Express – Prémio Especial: Sana: Let Me Hear (Japão), de Takashi Shimizu

• 🇵🇹 Prémio de Cinema Português: Criador de Ídolos, de Luís Diogo

• 🇺🇸 Prémio da Crítica: Cold Wallet (EUA), produzido por Steven Soderbergh

🎭 Destaques para os melhores realizadores e atores

Na categoria de Melhor Realizador, os premiados foram:

• 🏆 Sam Quah (A Placed Called Silence, China)

• 🎥 Junichi Ishikawa (Honeko Akabane’s Bodyguards, Japão)

Já nas categorias de interpretação, os vencedores foram:

• 🌟 Judy Ann Santos (Scarecrow, Filipinas) – Melhor Atriz (Cinema Fantástico)

• 🎭 Brendan Bradley (Succubus, EUA) – Melhor Ator (Cinema Fantástico)

• 🎭 Yuri Nakamura (Samurai Detetive Onihei: Blood for Blood, Japão) – Melhor Atriz (Semana dos Realizadores)

• 🎬 Tomoki Kimura (Ranshima Bound, Japão) – Melhor Ator (Semana dos Realizadores)

🎬 Curtas-metragens e o impacto crescente do Fantasporto

curta-metragem vencedora foi Happy People (Hungria), recebendo também menção especial o filme português Gosto de te ver dormir, de Hugo Pinto.

Segundo Beatriz Pacheco Pereira, o Japão foi o grande protagonista do festival, enviando algumas das melhores estreias mundiais da edição deste ano. A diretora destacou ainda a presença da atriz filipina Judy Ann Santos, uma das maiores estrelas da Ásia, premiada pelo seu desempenho em Scarecrow.

🎭 Fantasporto em crescimento, mas com desafios pela frente

Com um aumento de público em relação ao ano passado, a organização do Fantasporto já sente a necessidade de mais salas para acolher espectadores, dado que várias sessões esgotaram rapidamente.

Além do crescimento do festival, Beatriz Pacheco Pereira aproveitou a presença do ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, na cerimónia de encerramento para alertar para a necessidade de apoios ao setor cultural, nomeadamente para pequenos grupos de teatro, música e cinema.

A responsável também criticou a falta de apoio do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), afirmando que o Fantasporto passou de ser um dos festivais mais apoiados do país para um dos que recebe menos financiamento, devido ao surgimento de novos festivais em Lisboa.

🎟️ Fantasporto: um festival essencial para o cinema fantástico

Mais uma vez, o Fantasporto provou a sua relevância internacional, consolidando-se como um dos festivais de cinema fantástico mais importantes do mundo. O sucesso de Dollhouse e o domínio asiático demonstram a força do cinema oriental, enquanto a crescente adesão do público sugere um futuro promissor para este evento icónico.

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Agora resta esperar para ver os filmes premiados chegarem às salas de cinema e descobrir se Dollhouse conquistará o público tanto quanto conquistou o júri do Fantasporto.

Fantasporto 2024: 45 anos de cinema fantástico com aposta na Inteligência Artificial

O Fantasporto está de regresso para a sua 45.ª edição, trazendo uma seleção de filmes que prometem surpreender e desafiar os limites da imaginação. O festival, um dos mais emblemáticos do panorama cinematográfico nacional e internacional, decorre até ao dia 9 de março e tem como tema central um dos tópicos mais discutidos da atualidade: a Inteligência Artificial.

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A abertura com cinema nacional

A sessão de abertura, que tem lugar no icónico Batalha Centro de Cinema, será marcada pela estreia mundial de Criadores de Ídolos, um thriller do realizador português Luís Diogo. O filme, que estará a competir na secção oficial do festival, conta com um elenco de luxo, incluindo José Fidalgo, Rafaela Sá, Ricardo Carriço, Oceana Basílio e Virgílio Castelo.

Encerramento em tom de homenagem ao cinema

O encerramento do festival acontece a 8 de março com Stealing Pulp Fiction, de Danny Turkiewicz. Descrito como “um verdadeiro e divertido hino à cinefilia”, o filme promete ser uma celebração para os amantes do cinema e uma despedida memorável para esta edição do Fantasporto.

A Inteligência Artificial no centro das atenções

Este ano, o festival destaca a Inteligência Artificial como um dos principais temas, refletindo sobre as suas implicações na indústria cinematográfica. Beatriz Pacheco Pereira, diretora do festival, sublinhou a importância de abordar este tema, uma vez que “toda a gente vai ser afetada pelas potencialidades da Inteligência Artificial”, desde a realização à produção e interpretação.

Dentro deste contexto, destacam-se a curta-metragem Hush Now, de Laen Sanches, inteiramente criada com tecnologias de IA, e ainda Cold Wallet, de Cutter Hodierne, IA: A Revolução no Cinema Digital, de João Moreira, e Succubus, de R.J. Daniel Hanna. Estes filmes irão explorar não só as potencialidades criativas da IA, mas também os desafios que esta tecnologia levanta para a indústria do entretenimento.

Mais do que um festival de cinema

Para além das exibições de filmes, o Fantasporto 2024 contará com diversos “Movie Talks”, onde especialistas e realizadores debaterão o futuro do cinema e a sua relação com novas tecnologias. O festival também será palco da apresentação de sete livros recentemente publicados, que são “hipotéticos argumentos de cinema”, trazendo assim uma nova dimensão à criação cinematográfica.

Com uma programação diversificada e uma aposta na inovação, o Fantasporto continua a ser um dos festivais mais importantes do género, mantendo-se fiel à sua identidade e ao seu compromisso com o cinema de qualidade. O espetáculo está garantido!

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Para saber mais veja o site oficial : https://fantasporto.com/pt-pt/

Festival de Cinema de Marraquexe 2024: Uma celebração da diversidade cinematográfica

Festival Internacional de Cinema de Marraquexe, um dos eventos mais prestigiados no calendário cinematográfico, regressa em 2024 com uma programação que promete enaltecer a diversidade e o talento global. Realizado na histórica cidade marroquina, o festival é conhecido por atrair realizadores, atores e amantes da sétima arte de todo o mundo.

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Uma celebração de 22 anos de história
Desde a sua fundação em 2001, o Festival de Marraquexe tornou-se um ponto de encontro para culturas e estilos cinematográficos. Este ano, a edição celebra o cinema como uma linguagem universal, destacando filmes que exploram temas como identidade, memória e mudança social.

O evento contará com uma seleção oficial composta por longas-metragens de mais de 20 países, abrangendo géneros que vão do drama ao experimental, com especial ênfase no cinema africano e do Médio Oriente. A Competição Oficial terá um júri internacional presidido por uma figura de renome na indústria cinematográfica, cujo nome será revelado nas próximas semanas.

Homenagens a ícones do cinema
Um dos momentos mais aguardados do festival é a homenagem a figuras marcantes do cinema mundial. Este ano, serão celebradas personalidades que contribuíram significativamente para a evolução da sétima arte, com tributos a atores, realizadores e produtores de diferentes partes do globo. Em edições passadas, nomes como Martin ScorseseIsabelle Huppert e Francis Ford Coppola receberam este prestigiado reconhecimento.

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Foco na nova geração
O festival também dedica especial atenção a novos talentos, com programas como o Atelier de Realização e as Masterclasses, que proporcionam a jovens cineastas a oportunidade de aprender com os melhores da indústria. Estas iniciativas têm como objetivo fomentar a próxima geração de criadores de cinema, reforçando o compromisso do evento com a educação e a inovação.

A cidade de Marraquexe como palco central
Realizado em locais icónicos da cidade, como a Praça Jemaa el-Fna e o luxuoso Palácio El Badi, o festival mistura a tradição cultural de Marrocos com a modernidade do cinema internacional. Esta combinação única atrai visitantes não só pelo cinema, mas também pela experiência imersiva que a cidade oferece.

Uma plataforma global para o cinema
O Festival de Marraquexe continua a ser uma celebração do poder do cinema para unir pessoas e culturas. Com uma programação diversificada, homenagens a lendas da indústria e um foco no futuro do cinema, o evento reforça o seu estatuto como um dos mais importantes no cenário cinematográfico internacional.

Datas imperdíveis
O festival realiza-se de 24 de novembro a 2 de dezembro de 2024, oferecendo uma semana repleta de exibições, debates e celebrações que prometem encantar os apaixonados pelo cinema.

Festival Porto/Post/Doc 2024: Que Futuro para a Europa?

O Festival Porto/Post/Doc regressa hoje à cidade do Porto, marcando o início da sua 11.ª edição, que se estende até 30 de novembro. Este ano, o tema central do festival é “O Movimento dos Povos”, uma reflexão crítica sobre o futuro da Europa e os seus valores democráticos, com um programa que se prolongará até 2026.

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A organização questiona diretamente: “Será que ainda podemos acreditar nos valores fundamentais da Europa? Quem os defende? Como processar as informações parciais que recebemos e imaginar um futuro para o continente, num contexto de guerras, invasões e retrocessos democráticos?”. Estas questões ecoam nas várias obras que serão apresentadas, desafiando os espectadores a refletirem sobre os tempos atuais.

Cinema e Reflexão em Diversos Palcos da Cidade

O festival decorre em várias localizações emblemáticas do Porto, como o Batalha Centro de Cinema, a Reitoria da Universidade do Porto e o Planetário, entre outros. O programa deste ano traz uma seleção especial de obras cinematográficas que exploram os dilemas políticos e sociais da Europa. Entre os destaques estão clássicos como The Ascent, de Larisa Shepitko, e A Paixão de Joana d’Arc, de Carl Theodor Dreyer, assim como o moderno Take Care of Your Scarf, Tatjana, de Aki Kaurismäki.

Um dos pontos altos será a retrospetiva dedicada à cineasta georgiana Salomé Rashi. Conhecida pela sensibilidade com que aborda as transformações sociais e políticas da Geórgia, a sua obra será celebrada com a exibição de cinco curtas e três longas-metragens.

Para Todos os Públicos e Idades

O Porto/Post/Doc reforça também a sua vertente educativa, com uma secção infantojuvenil que inclui programas direcionados a escolas, famílias e adolescentes. A abertura do festival será marcada pela exibição de Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa, um documentário que explora a crescente influência de líderes evangélicos na política brasileira.

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Ao longo dos próximos dias, o festival promete não apenas exibir filmes de elevada qualidade, mas também fomentar discussões profundas sobre o papel do cinema na análise dos desafios globais.


Costa-Gavras Apresenta Filme Filosófico Sobre a Morte no Festival de San Sebastián

O aclamado realizador greco-francês Costa-Gavras, de 91 anos, voltou ao grande ecrã com um novo filme intitulado “Le dernier souffle”, que explora debates filosóficos sobre a morte. A longa-metragem foi apresentada no prestigiado Festival de Cinema de San Sebastián, onde competiu pela Concha de Ouro.

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Conhecido pelos seus dramas políticos, como “Z – A Orgia do Poder” e “Missing – Desaparecido”, Costa-Gavras trouxe agora uma reflexão mais pessoal e profunda, inspirada em diálogos entre o médico Augustin Masset e o escritor Fabrice Toussaint. O realizador confessou na conferência de imprensa que, com a idade, a questão da morte se tornou uma preocupação cada vez mais presente na sua vida.

“Estou a chegar a uma idade na qual o horizonte da vida está cada vez mais próximo e há muito tempo me pergunto: como será, como terminaremos, como nos sentiremos?”, disse o realizador.

A obra de Costa-Gavras, que já venceu um Óscar, não perde a sua intensidade dramática, mas desta vez explora o fim da vida com uma sensibilidade filosófica. A competição no Festival de San Sebastián inclui também outras obras de grande calibre, como “On Falling” de Laura Carreira e “Conclave” de Edward Berger.

O Festival também contou com a estreia da longa-metragem de terror “El llanto”, de Pedro Martín-Calero, que explora o terror psicológico através de uma narrativa cheia de tensão e mistério.

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Com quase um século de vida, Costa-Gavras continua a desafiar o público com a sua visão única e com temas universais, sendo uma presença incontornável no panorama cinematográfico.

Filme “Lindo” de Margarida Gramaxo Conquista o Festival de Cinema Periferias

O docu-ficção “Lindo”, realizado por Margarida Gramaxo, foi o grande vencedor da 12.ª edição do Periferias — Festival Internacional de Cinema de Marvão, evento que decorreu entre Portugal e Espanha. A obra destacou-se entre uma seleção diversificada de filmes de várias partes do mundo, sendo aclamada pelo júri pela sua abordagem única e profundamente emocional.

Uma Vitória Significativa para o Cinema Português

O festival, que é promovido pela Associação Cultural Periferias (Portugal) em conjunto com a Gato Pardo (Espanha), teve início no dia 9 de agosto em Marvão e culminou no passado sábado, em Malpartida de Cáceres, com a entrega do prémio ao filme “Lindo”. O júri, composto por especialistas luso-espanhóis, elogiou a obra de Margarida Gramaxo pela forma como integra os temas centrais do festival — questões sociais e ambientais — com uma narrativa poética e sensível.

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“Lindo”: Uma Reflexão Sobre a Relação Entre o Homem e a Natureza

“Lindo” não é apenas um filme; é uma experiência cinematográfica que desafia a percepção tradicional dos documentários. O filme retrata a transformação de um caçador de tartarugas na Ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe, que, após um encontro com uma tartaruga particularmente dócil, decide inverter o seu papel de predador para o de protetor desta espécie em perigo.

Segundo a sinopse, “Lindo” mergulha no passado do protagonista, explorando os dilemas éticos e ecológicos que emergem da sua decisão. A narrativa abre espaço para uma discussão mais ampla sobre o equilíbrio precário entre as necessidades humanas e a conservação da natureza, temas que são particularmente relevantes num contexto global cada vez mais consciente das questões ambientais.

O Festival Periferias: Um Evento de Importância Cultural

A edição de 2024 do Periferias apresentou mais de 20 filmes de variados géneros, incluindo ficção, documentário e animação, provenientes de países como Portugal, Espanha, Alemanha, Brasil, Finlândia, Itália, Palestina, São Tomé e Príncipe e Tunísia. Este festival itinerante, que decorreu em várias localidades como Marvão, Beirã, Castelo de Vide, Valencia de Alcántara e Malpartida de Cáceres, reafirma-se como um dos eventos culturais mais significativos na fronteira entre Portugal e Espanha.

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Após 12 anos, o Periferias continua a crescer em importância e relevância, consolidando-se como um palco essencial para o cinema independente e experimental. A vitória de “Lindo” não só celebra a qualidade do cinema português, mas também reforça a missão do festival em promover obras que provoquem reflexão e inspirem mudanças sociais.

Com a sua estreia prevista nos cinemas portugueses em breve, “Lindo” promete ser um marco no cinema nacional, não apenas pelo seu conteúdo, mas também pela sua capacidade de tocar os espectadores de forma profunda e ressonante.