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Margot Robbie Responde às Críticas a Wuthering Heights: “Eu Percebo. Mas Esperem Para Ver.”

A adaptação de Wuthering Heights por Emerald Fennell ainda nem chegou às salas e já incendiou a internet — primeiro com o elenco, depois com o marketing sensual, e agora com as primeiras declarações de Margot Robbie, que protagoniza o filme ao lado de Jacob Elordi. A escolha de ambos agitou leitores, fãs de Brontë e puristas da literatura… mas Robbie mantém-se firme, confiante e até surpreendentemente compreensiva: “Eu percebo.”

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A atriz reconhece que parte da polémica nasce do simples facto de ninguém ter visto o filme ainda. Catherine Earnshaw, no romance de 1847, é uma jovem morena e adolescente. Robbie tem 35 anos, é loira e, no imaginário de muitos, demasiado distante da versão literária. Fennell deixa claro que a personagem foi envelhecida deliberadamente para o cinema, passando a situar-se no final dos vinte, início dos trinta — uma decisão estética e narrativa que acompanha muitas das liberdades criativas da realizadora.

A controvérsia em torno de Heathcliff, porém, foi ainda maior. Na obra original, ele é descrito como “escuro”, marginal, alguém visto como intruso pelo mundo social que o rodeia. A escolha de Jacob Elordi — um dos atores mais desejados do momento, vindo do sucesso de Saltburn — gerou ondas de indignação. Mas a verdade é que a adaptação nasceu precisamente da visão de Emerald Fennell ao vê-lo em cena: “Oh meu Deus… é o Heathcliff da capa do livro que tenho desde adolescente”.

Margot Robbie vai mais longe: “Ele é o Heathcliff. Confiem. Vão ficar satisfeitos.”

Para a actriz, Elordi não só honra a linhagem de gigantes que desempenharam o papel antes — Laurence Olivier, Richard Burton, Ralph Fiennes, Tom Hardy — como o eleva. Robbie arrisca até a comparação mais ousada da entrevista: “Acredito que ele é o Daniel Day-Lewis da nossa geração.”

No caso de Catherine, Fennell faz uma defesa apaixonada da escolha de Robbie, argumentando que a personagem exige uma força carismática extrema: alguém cruel, fascinante, sedutora e impossível de resistir — mesmo quando se comporta de forma imperdoável. “Cathy é uma estrela”, diz Fennell, explicando que a personagem precisava de alguém com “energia avassaladora”. E acrescenta, sem rodeios, que Robbie surge com aquilo que a realizadora descreve como “big dick energy”, uma presença dominadora que faz a câmara ceder ao seu magnetismo.

Se o elenco provocou polémica, o marketing elevou-a a níveis históricos. A primeira imagem divulgada mostrava um dedo na boca de Robbie, um gesto erótico que gerou debates, comentários e receios de que a adaptação fosse apenas um pastiche provocador. Mas, segundo a actriz, essa expectativa não corresponde exactamente ao que o público vai encontrar. “É um filme provocador, sim, mas acima de tudo é um romance épico. Um romance daqueles que já não se fazem.”Robbie invoca The Notebook e The English Patient como comparações possíveis: histórias maiores do que a vida, que arrancam reacções físicas ao espectador. É isso que ela acredita ser a verdadeira assinatura de Emerald Fennell — provocar visceralmente, seja com desejo, desconforto ou arrebatamento emocional.

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A nova visão de Wuthering Heights estreia já a 13 de Fevereiro, numa versão que promete dividir, desafiar e, acima de tudo, reimaginar um dos romances mais intensos da literatura. Entre polémicas e antecipação, uma coisa é certa: Emerald Fennell e Margot Robbie não vieram para replicar o clássico — vieram para incendiá-lo de novo.

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