Jenna Ortega, uma das jovens estrelas em ascensão de Hollywood, tem usado a sua voz para defender mais representatividade feminina em papéis principais no cinema. Em vez de simplesmente assumir personagens masculinos numa versão de género invertido, Ortega argumenta que é essencial criar novas franquias pensadas e projetadas especificamente para mulheres.

Durante uma entrevista à MTV, enquanto promovia o filme Beetlejuice Beetlejuice, no qual contracena com Catherine O’Hara, Ortega discutiu o aumento de protagonistas femininas em Hollywood. Ela expressou entusiasmo pela mudança, mas também apontou a necessidade de desenvolver personagens femininas originais, ao invés de transformar personagens masculinos existentes. “Eu amo que há muito mais protagonistas femininas hoje em dia, acho isso tão especial. Mas devemos ter o nosso. Eu não gosto quando é como um spinoff – eu não quero ver como ‘Jamie Bond’. Você sabe? Eu quero ver outro fodão”, disse Ortega.

Um Novo Caminho para as Mulheres em Hollywood

A discussão de Ortega surge num momento em que Hollywood está a reavaliar o papel das mulheres tanto na frente quanto atrás das câmaras. Filmes como Mulher-Maravilha e Capitã Marvel mostraram que filmes liderados por mulheres podem ser grandes sucessos de bilheteira, desafiando o antigo paradigma de que os homens devem estar no centro das histórias de ação e aventura. Além disso, o recente sucesso de Barbie, um filme com uma protagonista feminina que não só foi um sucesso comercial mas também um fenômeno cultural, reforça o argumento de Ortega de que o público está pronto e ansioso por mais histórias lideradas por mulheres.

Ortega, que já provou a sua capacidade de liderar uma produção através do seu papel em Wednesday, série de sucesso da Netflix, exemplifica uma nova geração de atrizes que não só querem protagonizar grandes histórias, mas também desejam influenciar o tipo de histórias que Hollywood conta. Ela é frequentemente vista como uma das jovens atrizes mais promissoras de Hollywood, conhecida por trazer intensidade e profundidade aos seus papéis, e por escolher projetos que ressoam com temas de empoderamento feminino.

O Futuro das Franquias Femininas

O comentário de Ortega sobre querer “outra fodona” ao invés de um “Jamie Bond” destaca um desejo por originalidade e autenticidade em personagens femininas fortes. Este desejo reflete uma mudança mais ampla na indústria cinematográfica, que está a começar a reconhecer a importância de criar papéis significativos e variados para mulheres, além de evitar o simples reposicionamento de papéis originalmente escritos para homens.

A discussão também remete para debates anteriores sobre a criação de personagens femininas icónicas sem a necessidade de estarem ligadas a contrapartes masculinas. A produtora da série James Bond, Barbara Broccoli, já afirmou que não acredita que uma mulher deva interpretar James Bond, preferindo que personagens novas e interessantes sejam criadas para mulheres. Esta visão alinha-se com a de Ortega, que clama por histórias novas e ousadas que tragam algo único e específico para a experiência feminina.

Com a crescente demanda por diversidade e inclusão no cinema, as palavras de Ortega têm o potencial de inspirar uma nova onda de histórias originais lideradas por mulheres. Estes personagens não só desafiarão os estereótipos de género, mas também enriquecerão o panorama cinematográfico com narrativas mais variadas e profundas.

Conclusão

Enquanto Hollywood continua a evoluir e a adaptar-se às mudanças sociais, o apelo de Jenna Ortega por franquias mais diversificadas e originais lideradas por mulheres é um lembrete poderoso da necessidade de inovação na indústria. Com a audiência global a mostrar um claro interesse por narrativas inclusivas e diversificadas, há uma oportunidade significativa para criadores de cinema desenvolverem novas histórias que não só entretenham, mas que também inspirem as próximas gerações.

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