O ator explica por que trocou Los Angeles por uma quinta isolada e fala sobre o novo filme que o pode levar novamente aos Óscares
George Clooney sempre foi sinónimo de charme, glamour e sucesso — mas, segundo o próprio, nada disso interessa quando se trata de ser pai. Em entrevista à Esquire, o ator e realizador revelou que decidiu abandonar Hollywood após o nascimento dos filhos gémeos, Alexander e Ella, para os criar longe das câmaras, da pressão mediática e da cultura de celebridade.
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“Vivemos numa quinta em França. Tive uma infância em parte assim, e na altura odiava. Agora, percebo o valor disso — eles não passam o dia no iPad, jantam connosco e lavam a própria loiça. Têm uma vida muito melhor”, confessou Clooney.
🌴 “Los Angeles não era o sítio certo para crescer”
O ator explicou que temia o impacto de Hollywood na infância dos filhos.
“Estava preocupado com a ideia de criá-los em Los Angeles, naquela cultura. Sentia que nunca iam ter uma hipótese justa na vida. Em França, ninguém quer saber da fama. Não quero que cresçam preocupados com paparazzi ou a serem comparados com os filhos de outras pessoas famosas.”
A escolha de Clooney e da mulher, Amal Clooney, foi viver numa quinta francesa, onde levam uma vida simples e discreta. O casal evita a exposição mediática e aposta numa educação longe dos holofotes — um contraste absoluto com o estilo de vida das celebridades de Los Angeles.
🎭 Clooney entre palcos e festivais
Mesmo longe do centro da indústria, Clooney continua no auge profissional. Este ano, brilhou na Broadway com Good Night and Good Luck, que lhe valeu uma nomeação aos Tony Awards, e agora é apontado como potencial candidato ao Óscar pelo novo filme de Noah Baumbach, Jay Kelly.
O filme, que teve estreia mundial no Festival de Veneza, mostra Clooney como um astro de cinema na casa dos 60 que enfrenta uma crise pessoal durante um festival em Itália — um papel que o próprio descreve como “um espelho da fama”. Laura Dern e Adam Sandler completam o elenco.
🕶️ “Dizem que só interpreto a mim próprio? Não quero saber”
Numa entrevista paralela à Vanity Fair, o ator respondeu com o habitual humor às críticas de que “só interpreta a si mesmo”:
“Dizem que só faço de mim? Não quero saber. Há poucos tipos da minha idade que ainda fazem comédias como O Brother, Where Art Thou? e filmes sérios como Michael Clayton ou Syriana. Se isso é ser eu próprio, tudo bem. Já tentaram interpretar-se a si mesmos? É difícil.”
🌍 Clooney, o homem que preferiu o campo à passadeira vermelha
Entre o campo francês e os festivais internacionais, Clooney parece finalmente ter encontrado o equilíbrio entre a simplicidade e a glória.
Longe de Hollywood, mas mais perto daquilo que realmente o inspira — a família, a terra e um cinema que ainda se faz com alma.



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