Ridley Scott Gera Polémica em Malta com Declarações Sobre as Filmagens de Gladiador II

O realizador Ridley Scott viu-se envolvido numa polémica inesperada em Malta depois de uma tentativa de humor que foi mal recebida pelas autoridades locais. Durante a promoção de Gladiador II, o cineasta britânico fez uma piada sobre a sua experiência a filmar no país, o que gerou indignação no parlamento maltês e levantou questões sobre os elevados incentivos fiscais concedidos à produção do filme.

A Piada que Não Caiu Bem

O incidente teve origem numa entrevista promocional para a Paramount Pictures, na qual Christopher Nolan questionou Ridley Scott sobre as filmagens de Gladiador II em Malta e Marrocos, locais que já tinham servido de cenário para o primeiro filme.

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Durante a conversa, Ridley Scott tentou uma abordagem humorística e lançou uma provocação:

“Não está cá ninguém de Malta, pois não? Eu não voltava lá de férias.”

Apesar de ter elogiado a arquitetura e a riqueza histórica do país durante a entrevista, estas palavras foram suficientes para causar indignação na classe política e na indústria cinematográfica maltesa.

Uma Tentativa de Controlo de Danos que Correu Pior

Perante a potencial repercussão negativa, o CEO da Malta Film Studios, Johann Grech, tentou suavizar a situação ao divulgar um vídeo editado da entrevista nas redes sociais, omitindo os comentários negativos do realizador e focando-se apenas nos elogios.

No entanto, esta edição gerou ainda mais revolta, com o Partido Nacionalista (PN) a acusar Grech de manipulação de informação e a exigir a sua demissão do cargo. A deputada Julie Zahra criticou duramente a atuação do CEO, afirmando que este deveria defender os interesses da indústria cinematográfica maltesa e não o seu próprio ego.

Partido Trabalhista, por sua vez, também não ficou indiferente e condenou qualquer tentativa de difamação do país, reforçando que Malta deve ser respeitada enquanto destino de filmagens.

Ridley Scott Pede Desculpa

Perante a escalada da controvérsia, Ridley Scott emitiu um pedido de desculpas, esclarecendo que os seus comentários foram “uma tentativa de humor que correu mal”.

O realizador afirmou que admira Malta e que considera o país uma “joia no Mediterrâneo”, reforçando que alguns dos seus melhores trabalhos foram realizados lá. Sobre a relação com Johann Grech, Ridley Scott não fez críticas diretas e afirmou que espera continuar a colaborar com o país no futuro.

Os Benefícios Fiscais Milionários de Gladiador II

Apesar da indignação gerada pelos comentários de Scott, o verdadeiro ponto de discórdia pode não ser a piada do realizador, mas sim os generosos incentivos fiscais oferecidos pelo governo maltês para atrair produções internacionais.

De acordo com o Times of Malta, a produção de Gladiador II recebeu 47 milhões de euros em dinheiro dos contribuintes, um valor sem precedentes na União Europeia, através de um esquema de reembolso de 40% das receitas do filme.

O governo maltês argumenta que estes incentivos ajudam a impulsionar a economia local, especialmente no setor do turismo, mas a oposição não vê a situação com bons olhos. Julie Zahra acusou Johann Grech de ter favorecido Hollywood com benefícios exorbitantes, apenas para ser publicamente criticado por um dos realizadores que mais beneficiaram destes apoios.

A Relevância de Malta na Indústria Cinematográfica

Apesar das críticas e da polémica, Malta tem-se afirmado como um destino de eleição para grandes produções cinematográficas. O país já serviu de cenário para filmes como:

Gladiador (2000)

Troy (2004)

Assassin’s Creed (2016)

Game of Thrones (2011-2019)

A aposta em descontos fiscais e em infraestruturas de filmagem tem atraído cada vez mais estúdios para o arquipélago, consolidando-o como uma alternativa viável a países como Espanha, Marrocos e Itália.

No entanto, esta recente controvérsia levanta questões sobre se os incentivos estão a ser geridos de forma sustentável ou se o país está a ceder demasiado às exigências de Hollywood.

Conclusão: Piada Inocente ou Questão Política?

O caso de Ridley Scott demonstra como um comentário aparentemente inofensivo pode ganhar proporções inesperadas, especialmente num contexto onde grandes quantias de dinheiro público estão envolvidas.

Se, por um lado, o realizador tentou brincar com a sua experiência de filmagens, por outro, as suas palavras foram vistas como um desrespeito para com um país que investiu fortemente para receber a sua produção.

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Agora, com Gladiador II prestes a chegar aos cinemas, resta saber se esta polémica terá impacto na relação de Malta com futuras produções cinematográficas – ou se tudo não passará de um episódio esquecido quando os milhões de bilheteira começarem a entrar.

“Branca de Neve” Regressa ao Cinema – A Nova Versão da Disney com Rachel Zegler e Gal Gadot

Disney divulgou um novo trailer da aguardada versão em imagem real de “Branca de Neve”, uma reinterpretação musical do clássico de 1937, que revolucionou o cinema de animação. Com estreia marcada para 20 de março, esta adaptação promete trazer a magia do original para uma nova geração, ao mesmo tempo que introduz novos elementos narrativos e visuais.

A protagonista, Rachel Zegler (West Side StoryA Balada dos Pássaros e das Serpentes), veste a pele da icónica Branca de Neve, enquanto Gal Gadot, a eterna Mulher-Maravilha, assume o papel da Rainha Má, uma das vilãs mais memoráveis da história do cinema.

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Uma Reimaginação Moderna para um Clássico Eterno

O projeto insere-se na tendência da Disney de recriar as suas animações mais icónicas em versão live-action, como já aconteceu com O Rei Leão (2019), A Bela e o Monstro (2017) ou Aladino (2019). No entanto, a nova Branca de Neve não será apenas uma cópia fiel do original, mas sim uma reinterpretação musical, com novas músicas e uma abordagem mais moderna da história.

Realizado por Marc Webb (O Fantástico Homem-Aranha), o filme conta ainda com Greta Gerwig, a aclamada argumentista e realizadora de Barbie e Mulherzinhas, como uma das principais argumentistas do projeto. Com esta dupla ao leme, a expectativa é de um filme que respeite a essência do original, mas que também apresente uma narrativa mais desenvolvida e contemporânea.

O Novo Trailer Revela Mais da Magia e do Conflito

O novo trailer, agora revelado, destaca a estética visual encantadora do filme, combinando cenários de fantasia com efeitos visuais impressionantes. Entre os momentos de destaque do vídeo, podemos ver:

Rachel Zegler como Branca de Neve, num visual clássico, mas com um toque moderno;

Gal Gadot a interpretar a Rainha Má, numa atuação que promete ser sombria e carismática;

• A icónica cena da maçã envenenada, recriada com novos detalhes visuais;

• Um vislumbre das paisagens encantadas que irão compor o mundo de Branca de Neve.

A grande dúvida que permanece é: como serão retratados os Sete Anões? Até agora, pouco foi mostrado sobre estes personagens no material promocional, o que gerou especulação sobre possíveis mudanças significativas na forma como serão apresentados.

Rachel Zegler: Uma Branca de Neve Diferente

Desde o anúncio do elenco, a escolha de Rachel Zegler como protagonista gerou muita conversa. A jovem atriz, que brilhou no remake de West Side Story, mostrou ser uma intérprete talentosa e carismática, mas alguns fãs mais conservadores questionaram se esta seria a melhor escolha para a personagem. Zegler, por sua vez, já revelou em entrevistas que a sua versão de Branca de Neve será mais independente e determinada, trazendo um novo tom à princesa icónica.

“A Branca de Neve desta versão não será apenas uma donzela indefesa. Ela tem os seus próprios objetivos e quer ser uma líder capaz de mudar o seu reino.” – Rachel Zegler

Gal Gadot: Uma Rainha Má Deslumbrante e Perigosa

Por outro lado, a escolha de Gal Gadot como Rainha Má foi amplamente aplaudida. Conhecida pelo seu papel como Mulher-Maravilha, a atriz promete entregar uma vilã marcante, misturando elegância e ameaça na dose certa.

Num recente evento promocional, Gadot revelou que se divertiu imenso ao interpretar a vilã:

“Foi incrível poder interpretar uma personagem tão icónica e malvada. Adorei explorar um lado mais sombrio e teatral.” – Gal Gadot

O seu desempenho promete ser um dos pontos altos do filme, e muitos já especulam se a sua versão da Rainha Má poderá rivalizar com a de outras vilãs memoráveis da Disney, como Angelina Jolie em “Maléfica” ou Cate Blanchett em “Cinderela”.

A Influência de Greta Gerwig no Argumento

A presença de Greta Gerwig na equipa de argumentistas é um dos fatores que mais está a intrigar os fãs. Depois do sucesso estrondoso de “Barbie”, Gerwig ganhou uma reputação como uma das argumentistas mais criativas e perspicazes da atualidade. A grande questão é: até que ponto o seu estilo será visível na narrativa de Branca de Neve?

Se os seus trabalhos anteriores forem um indicativo, podemos esperar uma abordagem mais moderna das personagens femininas, sem perder a essência mágica do conto de fadas original.

Desafios e Controvérsias: A Reação dos Fãs

Apesar da empolgação com o filme, a produção enfrentou alguns desafios e críticas. A escolha do elenco foi um dos pontos de debate, com alguns fãs a expressarem descontentamento pela Disney não ter escolhido uma atriz de aparência mais próxima da versão animada de Branca de Neve. Além disso, as possíveis alterações nos Sete Anões geraram especulação, já que a Disney ainda não revelou detalhes sobre como serão representados.

Outro fator a ter em conta será a receção às novas músicas do filme. Se O Rei Leão (2019) foi criticado por se afastar emocionalmente das músicas originais, a nova Branca de Neve terá de equilibrar bem o clássico com o inovador.

Conclusão: Uma Nova Era para Branca de Neve

Com um elenco de peso, efeitos visuais deslumbrantes e uma abordagem renovada, Branca de Neve pode ser um dos maiores sucessos da Disney em 2024. Se conseguir captar a magia do original, enquanto introduz novas camadas à história e às personagens, poderá tornar-se numa das melhores adaptações live-action do estúdio.

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A estreia acontece a 20 de março, e a grande questão permanece: será que esta nova versão conseguirá recriar o encanto do clássico de 1937, ou seguirá o caminho mais divisivo de outras adaptações live-action da Disney?

Laura Carreira e Denise Fernandes Representam Portugal no Festival de Gotemburgo

Dois filmes portugueses, On Falling de Laura Carreira e Hanami de Denise Fernandes, foram selecionados para competir na 48ª edição do prestigiado Festival de Cinema de Gotemburgo, na Suécia. Ambos os filmes estão entre os oito candidatos ao Prémio Internacional Ingmar Bergman, destinado a primeiras obras de realizadores emergentes.

O festival decorre de 24 de janeiro a 2 de fevereiro de 2025 e destaca-se como uma plataforma internacional para novos talentos do cinema.

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“On Falling”: Precariedade e Solidão em Destaque

Laura Carreira, uma realizadora portuguesa radicada na Escócia, estreia-se na longa-metragem com On Falling, um filme que explora a precariedade laboral e a solidão de uma jovem emigrante portuguesa. A obra teve a sua estreia mundial em setembro de 2024, no Festival Internacional de Cinema de Toronto, e desde então tem sido amplamente aclamada, arrecadando prémios em festivais de renome como San Sebastián e Salónica.

A protagonista, Joana Santos, recebeu o prémio de representação em Salónica pela sua interpretação de Aurora, uma mulher que enfrenta um trabalho desumanizador num armazém na Escócia enquanto lida com a dificuldade de socializar e sobreviver num ambiente de incerteza.

Com estreia em Portugal marcada para 27 de março de 2025, On Falling reafirma Laura Carreira como uma das vozes emergentes mais interessantes do cinema contemporâneo. A realizadora já tem uma segunda longa-metragem em desenvolvimento com a Film4, produtora britânica.

“Hanami”: A Jornada do Crescimento

Hanami de Denise Fernandes

Denise Fernandes, outra realizadora portuguesa a estrear-se na longa-metragem, apresenta Hanami, uma obra profundamente poética que narra as etapas e dores do crescimento de uma menina, desde a gestação até à adolescência. Filmado na Ilha do Fogo, em Cabo Verde, Hanami é uma coprodução entre Portugal, Suíça e Cabo Verde, refletindo as raízes multiculturais de Fernandes.

A realizadora, que nasceu em Lisboa e cresceu na Suíça, já tinha conquistado o prémio revelação no Festival de Locarno com este filme, que marca a sua transição para o formato de longa-metragem após a curta Nha Mila (2020).

https://youtube.com/watch?v=8aX1EJseL_c%3Fsi%3DCFFPFSSlxYku-n9s

A Importância do Festival de Gotemburgo

O Festival de Cinema de Gotemburgo é um dos mais prestigiados eventos de cinema na Escandinávia, oferecendo uma plataforma para novos talentos e premiando obras que desafiam os limites narrativos e estilísticos. A seleção de On Falling e Hanami para o Prémio Ingmar Bergman sublinha a qualidade e a relevância das histórias contadas por realizadores portugueses no panorama internacional.

Com narrativas que abordam temas como a precariedade, a solidão e o crescimento, Laura Carreira e Denise Fernandes representam um cinema português que é ao mesmo tempo íntimo e universal, capturando emoções humanas profundas e contextos culturais específicos.

Os Filmes Mais Aguardados de 2025: Uma Nova Onda de Emoções e Nostalgia

Cinemas Franceses em Destaque: Mais Espectadores e Apoio ao Cinema Nacional

Os cinemas franceses encerraram 2024 como uma verdadeira “exceção mundial”. Num cenário em que a indústria cinematográfica ainda luta para recuperar os níveis pré-pandemia, a França destacou-se com um aumento de frequentadores, registando mais de 181 milhões de bilhetes vendidos. Destes, quase metade correspondeu a produções nacionais, uma conquista rara no panorama global do cinema.

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O Sucesso do Cinema Francês

O relatório anual do Centro Nacional de Cinema (CNC) revelou que a quota de mercado dos filmes franceses atingiu 44,4% em 2024, o maior valor desde 2008. Três títulos lideraram este ressurgimento:

1. “Un p’tit truc en plus”, de Artus, conquistou 10,3 milhões de bilhetes, liderando as bilheteiras.

2. “O Conde de Monte Cristo”, de Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte, vendeu 9,1 milhões de ingressos e também chegou às salas portuguesas.

3. “Corações Partidos”, de Gilles Lellouche, acumulou 4,7 milhões de bilhetes, com estreia em Portugal marcada para fevereiro de 2025.

Estes sucessos impulsionaram as bilheteiras francesas para um nível não visto desde 2011, quando filmes como Amigos Improváveis e Nada a Declarar marcaram a história do cinema local.

Uma “Dupla Exceção” Mundial

O presidente interino do CNC, Olivier Henrard, destacou a França como uma “dupla exceção” no panorama global. Em primeiro lugar, é o único país onde mais pessoas visitaram cinemas em 2024 do que no ano anterior, com um aumento de cerca de um milhão de espectadores. Em segundo lugar, este aumento foi fortemente impulsionado pelo cinema nacional, algo incomum fora dos Estados Unidos.

Para Henrard, o desempenho francês contrasta com os grandes mercados europeus, onde as quotas de cinema nacional variam entre 15% e 25%. Nos EUA, a quota do cinema nacional em 2024 foi de 37,6%, ficando abaixo do impressionante desempenho francês.

Os Sucessos Internacionais no Top 10

Apesar do protagonismo dos filmes franceses, as bilheteiras também foram dominadas por produções norte-americanas. O Top 10 francês incluiu vários êxitos internacionais, como:

Divertida-Mente 2 (8,3 milhões de bilhetes)

Vaiana 2 (6,4 milhões)

Gru – O Maldisposto 4 (4,3 milhões)

Dune: Parte Dois (4,1 milhões)

Deadpool & Wolverine (3,7 milhões)

Gladiador II (2,9 milhões)

O Reino do Planeta dos Macacos (2,5 milhões)

Estes números mostram a força contínua das animações e dos filmes de franquia em atrair audiências globais.

Recuperação Pós-Pandemia

Embora os números ainda estejam 12,8% abaixo da média pré-COVID-19, os últimos meses de 2024 mostraram uma recuperação quase total. Henrard destacou que o público francês está a regressar gradualmente aos cinemas, alimentando expectativas positivas para 2025.

O cenário em França destaca-se não apenas pelos números impressionantes, mas também pelo apoio contínuo ao cinema nacional, uma prova do compromisso do país em preservar e promover a sua rica tradição cinematográfica.

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Superman: Os Atores que Quase Vestiram o Manto do Homem de Aço

Superman está prestes a regressar ao grande ecrã, desta vez interpretado por David Corenswet no filme Superman: Legacy, com estreia marcada para 10 de julho de 2025. No entanto, a jornada de Superman no cinema sempre foi acompanhada por histórias de atores que quase viveram o icónico herói. Desde escolhas surpreendentes a nomes que poderiam ter mudado a trajetória da personagem, aqui ficam algumas das histórias mais curiosas.

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Arnold Schwarzenegger: O Superman com sotaque austríaco

Arnold Schwarzenegger, estrela de O Exterminador do Futuro, foi um dos primeiros a tentar vestir o uniforme do Homem de Aço para o clássico de 1978. Segundo o produtor Pierre Spengler, no documentário Super/Man, Arnold demonstrou grande interesse no papel, mas o seu forte sotaque austríaco acabou por ser um obstáculo insuperável para interpretar o americano Clark Kent.

D. J. Cotrona: Um Superman que nunca chegou a voar

D. J. Cotrona, que mais tarde seria o super-herói Pedro em Shazam!, foi escalado para viver Superman no ambicioso projeto Liga da Justiça Mortal, dirigido por George Miller. Infelizmente, o filme foi cancelado antes das filmagens começarem, deixando Cotrona sem a oportunidade de vestir o manto do herói.

Will Smith: O receio de repetir um fracasso

No início dos anos 2000, durante a pré-produção de Superman: O Retorno, Will Smith foi convidado para o papel. Apesar de estar no auge da carreira, Smith recusou, temendo repetir a receção negativa de As Loucas Aventuras de James West. Para o ator, a pressão de encarnar outra figura icónica era demasiado arriscada.

Nicolas Cage: O Superman que quase foi

Nicolas Cage chegou mais perto do que muitos. O ator foi escolhido para protagonizar Superman Lives, um projeto liderado por Tim Burton que chegou a avançar para a fase de pré-produção. Fotografias de Cage com o uniforme de Superman circulam pela internet até hoje. Apesar de nunca ter saído do papel, Cage teve uma espécie de “canto do cisne” ao aparecer como uma versão CGI do herói em The Flash.

Jude Law: O peso do uniforme

Jude Law também foi cogitado para interpretar Superman no projeto Superman: Flyby, escrito por J.J. Abrams. Law chegou a experimentar o uniforme e admitiu ter ficado impressionado com a dimensão do papel. No entanto, acabou por desistir, receando que a responsabilidade fosse demasiado pesada.

Sylvester Stallone: O herói que nunca convenceu

Sylvester Stallone foi considerado para o filme de 1978, mas a ideia foi abandonada por duas razões possíveis: ou os produtores concluíram que Stallone seria um ótimo Superman, mas um Clark Kent pouco convincente, ou Marlon Brando, que interpretou Jor-El, recusou dividir os holofotes com outro nome de peso.

Christian Bale: Antes de ser Batman, quase foi Superman

Curiosamente, Christian Bale também esteve em negociações para ser Superman. O cineasta Akiva Goldsman chegou a escrever um guião para Batman vs Superman no início dos anos 2000, e o realizador Wolfgang Petersen via Bale como a escolha ideal para o papel. No entanto, o projeto foi engavetado, e Bale acabou por se tornar o Cavaleiro das Trevas na trilogia de Christopher Nolan.

O que aprendemos?

A história do Superman no cinema é repleta de “e se”. Cada uma destas histórias representa uma possibilidade de como o Homem de Aço poderia ter sido retratado de formas radicalmente diferentes. Felizmente, cada escolha feita contribuiu para o legado desta personagem que continua a inspirar gerações.

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MARS EXPRESS: A Nova Odisseia da Animação Futurista Estreia no Ciclo Night Edition by TVCine

O ciclo Night Edition by TVCine regressa com força em 2025, oferecendo aos fãs de cinema uma oportunidade única de assistir à antestreia de MARS EXPRESS, uma das mais premiadas animações futuristas da atualidade. Realizado por Jérémie Périn, este filme promete transportar o público para uma emocionante jornada pelo ano 2200, onde inteligência artificial, corrupção e ação se cruzam de forma envolvente.

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Uma Animação de Prestígio

Estreado mundialmente no Festival de Cinema de Cannes e no Festival de Animação de Annecy, MARS EXPRESS consolidou-se como uma das produções mais aclamadas do género. A sua passagem pelo MONSTRA – Festival de Animação de Lisboa reforça a conexão do filme com o público português, tornando esta exibição no Cinema Fernando Lopes, em Lisboa, ainda mais especial.

O Enredo: Entre Marte e a Terra

A narrativa segue Aline Ruby, uma detetive privada destemida, e o seu parceiro andróide, Carlos Rivera, numa missão perigosa para capturar uma hacker de renome. Após regressarem a Marte, enfrentam novos desafios ao procurarem Jun Chow, uma estudante de cibernética desaparecida. Ambientado em Noctis, a capital marciana e um símbolo de utopia tecnológica, o filme mergulha em temas como corrupção institucional e os perigos das quintas cerebrais. À medida que a investigação avança, a dupla descobre segredos que podem ameaçar o equilíbrio da sua civilização.

Uma Sessão Imperdível

No dia 4 de janeiro de 2025, pelas 21h30, o Cinema Fernando Lopes acolherá a antestreia de MARS EXPRESS, seguida por uma conversa virtual com o realizador Jérémie Périn, o diretor da MONSTRA Fernando Galrito, e o coletivo Bons Malandros. Será uma oportunidade única para explorar os bastidores desta produção inovadora.

Os bilhetes já estão disponíveis e podem ser adquiridos aqui.

Próximos Destaques do Ciclo Night Edition

Além de MARS EXPRESS, o ciclo Night Edition by TVCine trará outros títulos ambiciosos em 2025:

Uma Noite com Adela (thriller de Hugo Ruiz): Antestreia a 1 de fevereiro.

Enea (gangster drama de Pietro Castellitto): Antestreia a 1 de março.

Sister Midnight (comédia punk feminista de Karan Kandhari): Antestreia a 5 de abril.

Cada filme estreia nos cinemas na quinta-feira seguinte à antestreia e chega aos canais TVCine cerca de um mês depois.

Um Futuro Promissor para o Cinema Alternativo

Com curadoria da Cinema Bold, o ciclo Night Edition reflete o compromisso com produções originais e ousadas, apresentando ao público histórias que desafiam o modelo tradicional de distribuição.

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Não perca a estreia de MARS EXPRESS e os debates enriquecedores que prometem transformar cada sessão numa celebração do cinema. Mais informações disponíveis em tvcine.pt/nightedition.

“Wicked”: Um Filme Radical que Pode Enfrentar Censura no Futuro, Prevê Adam McKay

O realizador e argumentista vencedor do Óscar, Adam McKay, levantou questões inquietantes sobre o impacto cultural e político de “Wicked”, a adaptação cinematográfica do musical da Broadway protagonizada por Cynthia Erivo e Ariana Grande. Na sua análise, McKay descreve a primeira parte da saga como um dos filmes mais radicais já lançados por um grande estúdio de Hollywood, prevendo até a possibilidade de ser banido nos Estados Unidos num futuro próximo.

O Radicalismo de “Wicked”

Lançada num período de crescente polarização política nos EUA, a primeira parte de “Wicked” destaca-se, segundo McKay, pela sua narrativa ousada. Ele descreve o filme como uma reflexão sobre temas como radicalização, carreirismo, fascismo e propaganda, tópicos que ressoam intensamente no clima sociopolítico atual.
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“Está entre os filmes de grande estúdio mais radicais já feitos,” escreveu McKay na rede social X (antigo Twitter). Para o realizador, o contexto de lançamento é tão significativo quanto o próprio enredo. “É impressionante que a parte 1 de ‘Wicked’ seja lançada AGORA, quando a América nunca foi tão de direita e influenciada pela propaganda,” sublinhou.

Apesar de a história ter raízes mais antigas — tanto no livro de Gregory Maguire como no musical original — McKay destaca que o timing do lançamento não deixa de ser pertinente, coincidindo com um momento de tensões políticas e sociais nos Estados Unidos.

Comparações com Clássicos do Cinema Radical

Adam McKay traçou paralelos entre “Wicked” e outros filmes que ele considera radicais, como “A Ponte do Rio Kwai” (1957) e “Música no Coração” (1965). Curiosamente, o realizador também menciona obras mais recentes, como “The Hunger Games – Os Jogos da Fome” (2012), chamando-o de um dos exemplos mais “abertamente de esquerda” lançados por um grande estúdio.

Além disso, McKay referiu títulos menos convencionais, como “Dr. Estranhoamor” (1964) e “Serpico” (1973), conhecidos pelo seu tom crítico em relação às estruturas de poder.

A Possibilidade de Censura

McKay alertou ainda para a possibilidade de “Wicked” enfrentar censura nos EUA, caso o ambiente político continue a caminhar para uma direção mais conservadora. “Se a América continuar a seguir pelo mesmo caminho, não ficaria surpreendido se fosse banido dentro de 3 a 5 anos,” escreveu, referindo-se às mudanças rápidas no cenário político e cultural do país.

Embora admita que tal proibição seria um cenário extremo, McKay realça que a censura de conteúdos “incómodos” não é uma ideia nova, mas algo que ganha força em contextos de crescente autoritarismo.

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“Wicked: For Good” Promete Encerrar a História em 2025

Enquanto o debate em torno da primeira parte continua, a segunda parte da saga já tem data de estreia marcada. Recentemente renomeada “Wicked: For Good”, o filme chegará aos cinemas a 20 de novembro de 2025. Segundo McKay, esta sequência será menos radical e mais centrada no desfecho emocional da história.

O Significado Cultural de “Wicked”

“Wicked” transcende o género de fantasia ao abordar temas políticos e sociais profundos, afirmando-se como um marco cultural no cinema contemporâneo. Ao mesmo tempo, a obra serve como um lembrete do poder do cinema para desafiar normas, provocar reflexão e, em última instância, influenciar a sociedade. Num mundo cada vez mais polarizado, filmes como este tornam-se ainda mais relevantes — e, potencialmente, mais controversos.

Os Subestimados Brilham: Os Grandes Destaques do Cinema Independente de 2024 da Deadline

O ano de 2024 demonstrou que grandes orçamentos não são tudo. Uma nova onda de cineastas independentes trouxe histórias que captaram o coração de audiências e críticos, provando que, muitas vezes, os filmes menores conseguem projetar as maiores sombras. Desde dramas profundos até comédias e thrillers ousados, a lista de produções deste ano destaca o poder do cinema independente em contar histórias únicas e memoráveis.

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Os Favoritos dos Festivais

Entre os grandes destaques estão “In the Summers”, vencedor do Prémio do Júri Dramático no Festival de Sundance, dirigido por Alessandra Lacorazza, e o regresso triunfante de Pamela Anderson ao ecrã com “The Last Showgirl”. No Festival de Cannes, “The Seed of the Sacred Fig”, do iraniano Mohammad Rasoulof, arrecadou o Prémio Especial do Júri, consolidando a sua posição como um dos filmes mais marcantes do ano.

Com uma variedade de narrativas, desde histórias de amadurecimento até sátiras pós-apocalípticas, aqui estão alguns dos títulos essenciais de 2024 que merecem ser adicionados à sua lista de filmes a ver.

Os Principais Destaques

La Chimera (Neon):

Dirigido por Alice Rohrwacher, este drama italiano acompanha Arthur (Josh O’Connor), um arqueólogo britânico que se junta a ladrões de túmulos na busca por relíquias antigas e pela sua perdida amada, Beniamina.

Sebastian (Kino Lorber):

Um drama íntimo dirigido por Mikko Mäkelä, que explora os dilemas de identidade e intimidade através de Max, um jovem escritor que leva uma vida dupla como acompanhante para investigar o seu primeiro romance.

Dìdi (Focus Features):

Um filme semi-autobiográfico de Sean Wang, que venceu prémios no Sundance Festival. Esta história de amadurecimento foca-se em Chris Wang, um adolescente taiwanês-americano que descobre as complexidades da vida, do amor e da família durante o último verão antes do liceu.

In the Summers (Music Box Films):

Um drama emocional que atravessa quatro verões, acompanhando duas irmãs na sua relação com o pai e as complexidades da sua dinâmica familiar, dirigido por Alessandra Lacorazza.

KNEECAP (Sony Pictures Classics):

Um grupo improvável de rappers na Irlanda do Norte torna-se o símbolo de um movimento pelos direitos civis, enfrentando polícia, paramilitares e políticos num drama carregado de energia e resistência.

The Seed of the Sacred Fig (Neon):

Este thriller político de Mohammad Rasoulof segue um juiz revolucionário que enfrenta dilemas pessoais e sociais enquanto lida com os perigos do seu cargo.

The Last Showgirl (Roadside Attractions):

Pamela Anderson brilha como Shelly, uma dançarina de Las Vegas cuja vida é abalada pela substituição do espetáculo clássico onde atuava por uma produção moderna.

Filmes Que Redefiniram Géneros

Problemista (A24):

Uma comédia surreal que combina humor absurdo com temas sociais relevantes, acompanhando um designer de brinquedos que luta para realizar os seus sonhos em Nova Iorque.

Strange Darling (Magenta Light Studios):

Um thriller psicológico intenso que transforma uma noite de paixão num jogo mortal entre uma mulher e um serial killer.

MadS (Shudder):

Um jovem vê-se envolvido num cenário alucinante que mistura suspense, terror e uma dose inovadora de ficção científica.

Femme (Utopia):

Um drama psicológico onde um encontro inesperado numa sauna transforma-se numa complexa narrativa de vingança e identidade.

Uma Nova Era de Cinema Independente

Estes filmes representam apenas uma amostra do que 2024 trouxe para o cinema independente, desafiando os limites da narrativa e a perceção do público. Com histórias que exploram temas de identidade, transformação social e questões universais, os realizadores independentes continuam a provar que não é preciso um grande orçamento para contar grandes histórias.

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Prepare-se para o que vem a seguir, porque 2024 lembrou-nos que o futuro do cinema é brilhante — e muitas vezes inesperado.

“Aqui”: Ambição Técnica Perde-se na Falta de Emoção e Coerência

A mais recente colaboração entre Robert ZemeckisEric Roth e os atores Tom Hanks e Robin Wright, responsáveis pelo icónico “Forrest Gump”, tenta captar o espírito da passagem do tempo com o drama doméstico “Aqui”. Contudo, o que poderia ter sido uma reflexão poderosa sobre a memória e a história transforma-se numa narrativa atolada em pretensão e falta de coesão.

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Uma Premissa Ambiciosa, Mas Limitada

Baseado na novela gráfica homónima de Richard McGuire, “Aqui” concentra-se inteiramente numa única divisão: a sala de estar de uma casa construída na era colonial americana. A câmara permanece estática, fiel à ideia original, enquanto os eventos se desenrolam ao longo de séculos, entrelaçando gerações de famílias e acontecimentos históricos.

Essa escolha técnica oferece a Zemeckis uma oportunidade para explorar os limites do cinema. Combinando efeitos digitais convincentese uma direção teatral, o realizador demonstra a sua habilidade técnica ao manipular o envelhecimento dos personagens e criar transições suaves entre épocas. No entanto, essas inovações não compensam a falta de profundidade narrativa e emocional.

A Tentativa de Contextualização Histórica

Tal como em “Forrest Gump”, o argumento de Eric Roth insiste em posicionar os personagens no centro de momentos históricos marcantes. Mas enquanto a abordagem em “Gump” funcionava como uma sátira subtil à insignificância do protagonista perante os grandes eventos, em “Aqui” essa técnica soa forçada e desnecessária. O filme transforma acontecimentos históricos em meros adereços para embelezar a narrativa, mas falha em justificar a sua presença.

Por exemplo, cenas com televisores ao fundo exibindo notícias históricas ou personagens envolvidos em eventos marcantes do século XX parecem mais como adereços decorativos do que contribuições relevantes para a história central. Essa obsessão pela grandiloquência histórica dilui o potencial intimista do enredo.

Interpretações e Reflexões Promissoras

Apesar dos problemas estruturais, o elenco destaca-se no que há de melhor no filme. Paul Bettany e Kelly Reilly, como Al e Rose, pais do personagem de Hanks, oferecem interpretações sólidas, explorando as complexidades das relações familiares e os papéis de género ao longo do tempo. Tom Hanks e Robin Wright entregam desempenhos competentes, mesmo limitados por um argumento que raramente lhes dá espaço para brilhar.

Os momentos que exploram as dinâmicas domésticas e as mudanças sociais ao longo das décadas oferecem um vislumbre do que “Aqui” poderia ter sido: uma meditação íntima sobre a passagem do tempo e o impacto da história nas vidas comuns. No entanto, esses fragmentos são eclipsados pela ambição mal direcionada do filme.

Comparações Inevitáveis

A tentativa de entrelaçar destinos e eras lembra obras como “A Viagem” (2012), das irmãs Wachowski e Tom Tykwer, que abordaram temas semelhantes com muito mais fluidez e profundidade. Em comparação, “Aqui” carece de amplitude narrativa e paixão pela sua própria história. O filme sente-se mais como um exercício técnico do que uma obra com algo significativo a dizer.

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Conclusão: Um Desafio Técnico com Pouca Alma

Embora Zemeckis continue a demonstrar o seu talento técnico, “Aqui” falha em captar o coração do público. A obsessão pela estética e pela grandiloquência histórica prejudica o que poderia ter sido uma experiência intimista e reflexiva. No final, o filme oferece mais pretensão do que substância, deixando-nos com a sensação de que, apesar de todo o seu potencial, “Aqui” nunca encontrou realmente o seu lugar.

“Sonic 3” Supera “Mufasa” nas Bilheteiras da América do Norte e Assume a Liderança

A mais recente batalha nas bilheteiras norte-americanas foi vencida por “Sonic 3”, a aguardada comédia de ação da Paramount Picturesbaseada no icónico videojogo da Sega. O filme estreou com um impressionante total de 62 milhões de dólares, ultrapassando as previsões e estabelecendo-se como uma das melhores estreias de dezembro em anos.

Por outro lado, “Mufasa: O Rei Leão”, a prequela do clássico da Disney, ficou em segundo lugar com 35 milhões de dólares, um resultado abaixo das expectativas para um filme com um orçamento de produção e marketing de cerca de 300 milhões.

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“Sonic 3”: Uma Estreia Supersónica

“Sonic 3” dá continuidade ao sucesso da franquia cinematográfica, que combina animação e imagem real. O filme trouxe de volta Jim Carrey como o vilão icónico Dr. Ivo Robotnik, desta vez acompanhado por Keanu Reeves, que dá voz a Shadow, e Ben Schwartz, que retorna como Sonic. A crítica tem sido positiva, e as reações do público refletem o entusiasmo por esta nova aventura.

De acordo com analistas, o desempenho inicial de “Sonic 3” sugere que poderá superar os números globais de “Sonic 2”, que arrecadou 405 milhões de dólares em 2022. A estreia em Portugal está marcada para esta quinta-feira, aumentando ainda mais as expectativas para o desempenho global do filme.

“Mufasa: O Rei Leão”: Um Início Abaixo do Esperado

Apesar do forte apelo do nome O Rei Leão“Mufasa” ficou aquém das expectativas iniciais, arrecadando 35 milhões de dólares no seu primeiro fim de semana. A produção, que conta com um elenco de vozes como Aaron PierreSeth Rogen, e Beyoncé, além de músicas de Lin-Manuel Miranda, ainda pode beneficiar das férias escolares e recuperar o investimento ao longo das próximas semanas. No entanto, o resultado inicial gerou algumas dúvidas sobre o impacto do filme junto ao público.

Outros Destaques nas Bilheteiras

Além da batalha entre “Sonic 3” e “Mufasa”, outros filmes continuam a marcar presença nas bilheteiras:

“Wicked” (13,5 milhões de dólares no fim de semana): A fantasia musical baseada na produção da Broadway já ultrapassou os 570 milhões de dólares globalmente, consolidando-se como um forte candidato aos Óscares.

“Vaiana 2” (13,1 milhões de dólares): A aguardada sequela da Disney, que estreou no fim de semana de Ação de Graças, acumula mais de 790 milhões de dólares em receitas globais.

“Homestead” (6,1 milhões de dólares): Este thriller pós-apocalíptico, protagonizado por Neal McDonough e Dawn Olivieri, estreou modestamente, mas captou a atenção de um público nicho.

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Sega Vs. Disney: Uma Nova Competição

A vitória de “Sonic 3” sobre “Mufasa” reflete uma mudança interessante nas preferências do público. Enquanto a Disney continua a dominar com produções de grande escala, a franquia Sonic provou ser uma alternativa viável e lucrativa, conquistando o público com a mistura de humor, nostalgia e ação.

Com as bilheteiras a aquecerem para a época festiva, será interessante acompanhar como estes filmes evoluem nas próximas semanas.

O Dia Mais Curto do Ano Celebra o Formato da Curta-Metragem

Hoje, dia 21 de dezembro, marca o solstício de inverno no hemisfério norte, o dia mais curto do ano. Em Portugal, este fenómeno astronómico é celebrado de forma especial há mais de uma década com uma programação dedicada ao formato da curta-metragem. Promovida pela Agência da Curta-Metragem, a iniciativa envolve mais de uma centena de sessões temáticas em 44 localidades, convidando todos os públicos a explorar este formato único de contar histórias através do cinema.

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Uma Celebração Mundial

O evento, que tem como ponto alto o próprio dia do solstício, inspira-se na relação simbólica entre o tempo curto de luz diurna e o formato breve das curtas-metragens. Esta celebração não é exclusiva de Portugal; iniciativas semelhantes ocorrem em várias partes do mundo, promovendo a curta-metragem como uma forma de arte rica em criatividade e impacto.

“A curta-metragem é um formato que condensa emoções, ideias e histórias num curto espaço de tempo. É o cinema em estado puro, onde cada segundo conta”, explica a Agência da Curta-Metragem.

Destaques da Programação

Em 2023, a programação de “O Dia Mais Curto” inclui sessões diversificadas, adaptadas a diferentes públicos e gostos cinematográficos. Entre os destaques de hoje:

Centro de Ciência Viva de Vila do Conde e Quartel da Imagem na Figueira da Foz: Sessões matinais dedicadas ao público infantil, com animações como “Éter”, de Jorge García Velayos, e “Corvo Branco”, de Miran Miosic.

Incubadora do Centro Histórico de Viseu e Casa do Cinema de Coimbra: Apresentação de “Curtas do Mundo”, uma coleção de filmes que explora histórias do presente e do passado, oferecendo uma visão global e multifacetada.

Cinema Trindade, no Porto: Sessão especial dedicada à produtora Olhar de Ulisses, com filmes de realizadores como Margarida Assis e Luís Costa.

Cinemateca Portuguesa, em Lisboa: Exibição de obras de cineastas como Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, destacando a vitalidade da curta-metragem em Portugal.

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Sessões Solidárias

Além das projeções regulares, a iniciativa destaca-se pelas sessões solidárias, que levam o cinema a públicos muitas vezes esquecidos. Este ano, “O Dia Mais Curto” incluiu projeções em estabelecimentos prisionais, hospitais pediátricos e unidades de apoio social, garantindo que a magia do cinema chega a todos.

O Formato da Curta-Metragem

Embora muitas vezes visto como um género secundário, o formato da curta-metragem tem ganho cada vez mais destaque pela sua capacidade de transmitir mensagens poderosas em poucos minutos. Estas pequenas pérolas do cinema são frequentemente o ponto de partida para grandes realizadores e servem como uma plataforma de experimentação e inovação.

Com iniciativas como esta, a Agência da Curta-Metragem demonstra o impacto e a relevância deste formato, celebrando-o como uma forma única de expressão artística.

Nicole Kidman revela que quase desistiu de Hollywood em 2008: o conselho da mãe que mudou tudo

Nicole Kidman revela que quase desistiu de Hollywood em 2008: o conselho da mãe que mudou tudo

Nicole Kidman, uma das maiores estrelas de Hollywood, revelou recentemente que esteve prestes a colocar um ponto final na sua carreira como atriz em 2008. A vencedora do Óscar por As Horas admitiu que, ao tornar-se mãe de Sunday Kidman-Urban, aos 41 anos, ponderou abandonar definitivamente a indústria cinematográfica para se dedicar à sua nova família com Keith Urban, ícone da música country.

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“Estávamos a morar numa quinta, e foi nessa altura que a minha mãe disse: ‘Eu não desistiria completamente. Mantém um pé nisso.’ E eu respondia, ‘Não, não. Estou despachada. Despachada.’ Mas ela insistiu: ‘Ouve-me apenas. Continua em frente. Não estou a dizer que faças isto ao nível de antes, mas não desistiria completamente.’”, partilhou a atriz em entrevista à CBS News. Este conselho veio da sua mãe, uma mulher de uma geração que não teve as mesmas oportunidades que ajudou a criar para as suas filhas. A influência materna foi determinante, especialmente porque a mãe de Kidman, que faleceu em setembro, sempre incentivou a filha a aproveitar as oportunidades que lhe estavam ao alcance.

Graças ao conselho da mãe, Nicole Kidman manteve um “pé” em Hollywood, e dois anos depois, voltou aos holofotes com o aclamado O Outro Lado do Coração (2010), ao lado de Aaron Eckhart. Este papel valeu-lhe a terceira nomeação aos Óscares e marcou o renascimento da sua carreira, que tem seguido de forma consistente e diversificada, tanto como atriz quanto como produtora, com trabalhos no cinema e na televisão.


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Entre os muitos sucessos que se seguiram estão Big Little Lies (2017-2019), Aquaman (2018), Os Ricardos (2021) e O Homem do Norte (2022). Agora, Kidman volta a estar em destaque com o seu novo filme, Babygirl, que já está a gerar burburinho na temporada de prémios de Hollywood e estreia em Portugal a 26 de dezembro..

Cinema Português em Destaque: “Percebes”, “Bad for a Moment” e “A Fronteira Azul” Competem em Clermont-Ferrand

O cinema português continua a afirmar-se internacionalmente, com três curtas-metragens selecionadas para o prestigiado Festival Internacional de Curta-Metragem de Clermont-Ferrand. Considerado o evento mais relevante dedicado ao formato de curta-metragem, a 47.ª edição decorre de 31 de janeiro a 8 de fevereiro de 2025, reunindo cineastas de todo o mundo. Entre as obras destacadas estão “Percebes”, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, “Bad for a Moment”, de Daniel Soares, e “A Fronteira Azul”, de Dinis Costa.

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Na competição nacional estará “A Fronteira Azul”, uma coprodução luso-espanhola realizada por Dinis Costa. O filme explora a chegada de um navio ilegal à costa ibérica, narrando a história através das perspetivas de várias personagens, desde os migrantes aos que os auxiliam ou observam à distância. Esta narrativa multifacetada, produzida pela Furyo Films, promete lançar um olhar sensível e humano sobre a migração, uma questão social premente na Europa atual.

Representação Internacional de Excelência

Já na competição internacional, “Percebes” e “Bad for a Moment” elevam o cinema português com temas que vão desde o impacto ambiental e cultural à crítica social. “Percebes”, uma animação-documentário de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, mergulha na apanha tradicional deste molusco no Barlavento Algarvio. Vencedor do prémio máximo no Festival de Annecy, o filme não só celebra a gastronomia portuguesa, mas também reflete sobre a ligação ao mar e os desafios da comunidade local. O projeto surge numa semana marcante para as realizadoras, já que “Percebes” entrou na lista de finalistas aos Óscares de 2025.

Por outro lado, “Bad for a Moment”, de Daniel Soares, aborda a gentrificação nas cidades através de uma história de ficção. Premiado com uma menção especial em Cannes, o filme narra como um evento de team-building leva o dono de um atelier de arquitetura a enfrentar os impactos sociais das suas ações no bairro que está a transformar. Uma crítica incisiva às dinâmicas urbanas contemporâneas, esta curta promete não deixar ninguém indiferente.

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Um Momento de Glória para o Cinema Português

A presença destes três filmes no festival é um marco para o cinema nacional, demonstrando a diversidade e a qualidade das narrativas produzidas em Portugal. O Festival de Clermont-Ferrand é conhecido por abrir portas a novas oportunidades internacionais, sendo um palco privilegiado para o reconhecimento de talentos emergentes e consolidados. Este destaque reforça a capacidade do cinema português de contar histórias únicas e universais, conquistando audiências e prémios por todo o mundo.

Animação Portuguesa Volta a Brilhar: “Percebes” Entra na Shortlist dos Óscares 2025

Portugal volta a destacar-se no panorama internacional do cinema com a curta-metragem de animação “Percebes”, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, a conquistar um lugar na shortlist para a categoria de Melhor Curta-Metragem de Animação nos Óscares 2025. Este é um marco significativo para a animação nacional, que já alcançou reconhecimento internacional em anos anteriores.

“Percebes”: Uma Obra de Sensibilidade e Originalidade

Produzido pela cooperativa BAP Animation, com coprodução francesa, “Percebes” é um retrato poético e visualmente impressionante sobre o ciclo de vida do molusco que dá nome ao filme. A obra aborda também a dinâmica comunitária do barlavento algarvio, explorando a ligação entre os elementos naturais e culturais desta região. Premiado em festivais de renome como Annecy e Cinanima, “Percebes”reafirma a capacidade do cinema português de contar histórias universais através de uma lente profundamente local.

Este é o quinto filme português de animação a integrar a shortlist dos Óscares, seguindo os passos de títulos como “História Trágica com Final Feliz” (2006) e “Ice Merchants” (2023), este último o primeiro a ser efetivamente nomeado.

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Animação Nacional: O Orgulho de Portugal nos Óscares

A presença de “Percebes” na shortlist mantém viva a esperança de Portugal conquistar uma estatueta dourada. Desde que as shortlists são divulgadas, a categoria de animação tem sido uma das áreas onde o talento nacional mais se destaca. Em contraste, a categoria de Melhor Filme Internacional permanece como um objetivo ainda por alcançar, com Portugal a estender o recorde de maior número de candidaturas sem nomeação, agora com 41 submissões.

Outros Destaques das Shortlists dos Óscares 2025

Além de “Percebes”, a categoria de Melhor Curta-Metragem de Animação conta com outros 14 candidatos de alto nível, reafirmando a competitividade desta edição. Na categoria de Melhor Filme Internacional, filmes como “Ainda Estou Aqui” (Brasil), “Emilia Pérez”(França) e “The Girl with the Needle” (Dinamarca) dominam a disputa.

A categoria de Documentário de Longa-Metragem também apresenta fortes concorrentes, incluindo o aclamado “Dahomey”, atualmente em exibição em Portugal. Outros títulos de destaque incluem “Sugarcane” (Disney+), “No Other Land” (Filmin) e “Will & Harper”(Netflix).

Grandes Favoritos e Categorias Técnicas

Entre os títulos mais populares do ano, destaca-se “Emilia Pérez”, que lidera com seis possíveis nomeações em categorias como Melhor Filme Internacional, Caracterização, Banda Sonora e Canção Original. “Wicked” e “Dune – Parte II” também são presença constante em categorias técnicas, consolidando-se como grandes candidatos à cerimónia de 2 de março de 2025.

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Rumo aos Óscares

A revelação das nomeações finais a 17 de janeiro de 2025 determinará se “Percebes” poderá seguir os passos de “Ice Merchants” e conquistar uma nomeação histórica. Independentemente do resultado, esta conquista reforça o lugar da animação portuguesa no panorama global e a capacidade do cinema nacional de emocionar e inspirar audiências internacionais.

“Fogo do Vento”, de Marta Mateus, Premiado no Festival de Cinema Avant-Garde na Grécia

O filme “Fogo do Vento”, da realizadora Marta Mateus, conquistou mais um importante reconhecimento internacional ao vencer um Prémio Especial do Júri no Festival de Cinema Avant-Garde, em Atenas. Este é mais um passo significativo no percurso da realizadora portuguesa, cujo cinema tem sido aclamado pela crítica internacional pela sua profundidade e sensibilidade temática.

Um Cinema de Resistência e Memória

“Fogo do Vento”, a primeira longa-metragem de Marta Mateus, dá continuidade à reflexão iniciada na sua premiada curta “Farpões Baldios” (2017). A obra, centrada numa comunidade do Alentejo, explora as memórias coletivas que atravessam gerações, desde a resistência à ditadura salazarista até aos desafios do presente.

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A narrativa de Mateus destaca-se por uma abordagem poética e visualmente rica, que convoca as lutas passadas e as aspirações do presente, num olhar atento à interligação entre história, identidade e resistência. De acordo com o júri, o filme apresenta um discurso relevante no contexto geopolítico mundial atual, onde as tensões entre guerra e paz voltam a dominar o debate internacional.

Reconhecimento Internacional

A vitória em Atenas, onde o filme recebeu um prémio especial ‘ex-aequo’ ao lado de “Direct Action”, de Guillaume Cailleau e Ben Russell, é apenas mais um marco no percurso de “Fogo do Vento”. Desde a sua estreia mundial em agosto passado, no prestigiado Festival de Locarno, o filme tem vindo a acumular distinções:

Prémio Especial do Júri FIPRESCI no Festival de Gijón, em Espanha.

Prémio de Melhor Realização no Festival Caminhos do Cinema Português, em Coimbra.

Estes reconhecimentos demonstram não só a força autoral de Marta Mateus, mas também a crescente projeção do cinema português em festivais internacionais.

O Festival Avant-Garde: Uma Celebração do Cinema de Autor

13.ª edição do Festival de Cinema Avant-Garde, organizado pela Cinemateca Grega, contou com a exibição de 84 filmes, reunindo obras de diferentes geografias e estilos. A sessão de abertura foi marcada pela presença do realizador Miguel Gomes, com a exibição do seu mais recente filme, “Grand Tour”.

Além de “Grand Tour”, o festival programou duas outras obras fundamentais na filmografia de Gomes:

“Aquele Querido Mês de Agosto” (2008).

“Tabu” (2012).

Ambos os filmes contam com a assinatura visual do diretor de fotografia Rui Poças, presença importante no panorama cinematográfico português. A atriz Crista Alfaiate, uma das protagonistas de “Grand Tour”, marcou igualmente presença no evento.

Marta Mateus e o Futuro do Cinema Português

O sucesso de “Fogo do Vento” reafirma a importância do cinema autoral português no cenário mundial. Marta Mateus, com a sua visão artística e narrativa única, posiciona-se como uma das vozes mais promissoras do cinema europeu contemporâneo, consolidando um estilo marcado pela memória históricapoesia visual e compromisso social.

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Com o circuito de festivais a impulsionar a obra, “Fogo do Vento” promete continuar a emocionar e desafiar públicos em todo o mundo.

“Kraven, o Caçador” Tem Abertura Fraca nas Bilheteiras: O Que Correu Mal no Novo Filme da Sony/Marvel

O mercado de filmes de super-heróis, outrora um porto seguro para grandes sucessos de bilheteira, parece estar a atingir um ponto de saturação, e o mais recente exemplo dessa mudança é Kraven, o Caçador. Estreando com um dececionante total de $11 milhões no fim de semana de abertura, o filme tornou-se o pior desempenho inicial da Sony no universo Marvel.

O Contexto do Fracasso

Desde o início, Kraven, o Caçador enfrentou desafios significativos. A produção começou em 2018, quando os filmes de super-heróis ainda dominavam as bilheteiras sem grandes questionamentos. Contudo, o panorama mudou drasticamente desde então, com o público a demonstrar sinais de cansaço em relação a narrativas previsíveis e à saturação do género.

A produção do filme foi prejudicada pelos atrasos causados pelas greves de atores e argumentistas, que impediram a realização de reshoots e ajustes no guião. Inicialmente orçado em $90 milhões, o custo final subiu para $110 milhões devido à paragem e reinício das filmagens. Apesar disso, o filme estreou num mercado competitivo, enfrentando sucessos esperados como Wicked e Moana 2.

Problemas na Promoção e Receção Crítica

Embora Kraven, o Caçador tenha sido anunciado como o primeiro filme do universo de Spider-Man classificado para maiores de 18 anos, isso não foi suficiente para atrair público. A reação morna nas redes sociais e a fraca receção crítica contribuíram para o fraco desempenho.

A CGI do filme foi amplamente criticada, com muitos espectadores a queixarem-se de efeitos visuais pouco convincentes, como na cena envolvendo um rinoceronte. Além disso, o conceito de humanizar um vilão icónico do universo Spider-Man foi mal recebido por parte dos fãs, que esperavam uma abordagem mais fiel às raízes do personagem.

A Nova Realidade dos Filmes de Super-Heróis

O fracasso de Kraven, o Caçador reflete uma tendência mais ampla no género de super-heróis. Títulos recentes como The Marvels e Madame Web também tiveram performances dececionantes, sugerindo que os estúdios enfrentam dificuldades em atrair audiências para histórias menos centrais do universo Marvel.

Embora a Sony continue comprometida com a expansão do universo de Spider-Man, é evidente que o estúdio está a repensar a sua abordagem. A crítica e o público têm sido claros: narrativas recicladas e efeitos visuais insatisfatórios não são suficientes para sustentar o interesse neste género.

O Futuro de Sony/Marvel

Apesar do revés, a Sony não está a abandonar o universo Marvel. O estúdio já está a trabalhar em novos projetos com J.C. Chandor, realizador de Kraven, e promete uma abordagem mais seletiva e rigorosa em futuros desenvolvimentos. No entanto, o desempenho de Kraven, o Caçador deixa claro que o público exige mais do que fórmulas desgastadas e efeitos visuais medianos.

Para sobreviver neste mercado saturado, os estúdios precisarão de apostar em inovação narrativa e em projetos que ofereçam algo único – uma lição que Sony e outros gigantes do género não podem ignorar.

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“Emília Perez” Triunfa nos Prémios Europeus de Cinema: Uma Noite de Glória para Jacques Audiard

A 37ª edição dos Prémios Europeus de Cinema, realizada em Lucerna, Suíça, consagrou o filme “Emília Perez”, de Jacques Audiard, como o grande vencedor da noite. Com quatro troféus nas principais categorias – Melhor Filme Europeu, Realização, Argumento e Atriz – o musical de Audiard tornou-se um marco, sobretudo pela vitória histórica de Karla Sofía Gascón, a primeira atriz transgénero a conquistar o prémio de Melhor Atriz na história do evento.

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Uma História de Transformação e Conquista

“Emília Perez” mergulha na narrativa de um traficante de drogas que, após mudar de sexo, decide reformular a sua vida e confrontar as injustiças do seu passado. Com uma abordagem ousada, que mistura drama, musical e crítica social, a obra conquistou o júri e o público, consolidando-se como uma das maiores produções cinematográficas de 2024.

No centro da trama está Zoe Saldaña, que interpreta a advogada de Emília, protagonizando momentos de grande impacto emocional, incluindo coreografias que desafiam as convenções tradicionais do género musical.

Após a sua estreia no Festival de Cannes, onde venceu dois prémios, o filme foi selecionado para representar a França no Óscar de Melhor Filme Internacional.

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Os Grandes Derrotados da Noite

Embora o sucesso de “Emília Perez” tenha sido incontestável, a cerimónia deixou outros favoritos de mãos vazias. A curta portuguesa “2720”, de Basil da Cunha, perdeu para a norueguesa “The Man Who Could Not Remain Silent”, e a coprodução luso-espanhola “Mataram o Pianista” foi superada pela animação “Flow – À Deriva”, que também recebeu o prémio de Melhor Filme Europeu.

Além disso, obras de realizadores consagrados, como Pedro Almodóvar com “O Quarto ao Lado” e Mohammad Rasoulof com “The Seed of the Sacred Fig”, ficaram fora do palmarés, surpreendendo muitos críticos presentes.

Outros Destaques e Histórias Inspiradoras

Entre os premiados, o estreante Abou Sangare destacou-se ao vencer Melhor Ator Europeu pelo filme “Souleymane’s Story”. A sua história de vida, desde a travessia do Mediterrâneo como requerente de asilo até ao estrelato, emocionou a plateia e reafirmou o poder transformador do cinema.

O prémio de Melhor Documentário Europeu foi para “No Other Land”, que aborda a destruição de Masafer Yatta, na Cisjordânia ocupada, através de um olhar colaborativo entre ativistas palestinianos e israelitas.

Por fim, a noite celebrou também carreiras ilustres, atribuindo prémios honorários à atriz Isabella Rossellini, ao cineasta Wim Wenders e à produtora Labina Mitovska.

Espectadores nos Cinemas Portugueses Sobem em Novembro, Mas Ficam Abaixo de 2023

As salas de cinema em Portugal registaram um aumento no número de espectadores em novembro de 2024, um sinal encorajador para a indústria cinematográfica nacional. Contudo, os números anuais continuam a apresentar valores abaixo dos registados em 2023, o que reflete desafios ainda por superar no setor.

Os dados mais recentes mostram que estreias como “Killers of the Flower Moon” e “Napoleão”, duas grandes produções de Hollywood, ajudaram a atrair público, mas não foram suficientes para recuperar totalmente a frequência habitual pré-pandemia. Adicionalmente, a crescente competição com plataformas de streaming continua a impactar negativamente a afluência às salas.

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Especialistas da área destacam que, embora o cenário esteja a melhorar lentamente, o mercado necessita de uma estratégia diversificada para cativar os espectadores. Isto inclui a aposta em estreias exclusivas para cinema, experiências imersivas e iniciativas para destacar o cinema independente e português.

Apesar dos desafios, a resiliência do setor é evidente, com distribuidoras e exibidores a trabalharem em sinergia para promover o cinema como uma experiência cultural única. O público, embora mais seletivo, tem respondido positivamente a eventos especiais e sessões temáticas, uma tendência que poderá marcar o caminho para o futuro.

Festival “Triste Para Sempre”: O Cinema Como Reflexão da Tristeza

Lisboa acolhe a quinta edição do Festival de Cinema Triste Para Sempre, um evento único dedicado a explorar a complexidade da tristeza através da sétima arte. Entre os dias 12 e 15 de dezembro, o festival terá lugar no Cinema Fernando Lopes e na Sala Fórum Lisboa, prometendo momentos de introspeção e emoção com uma seleção de filmes que abordam a tristeza sob diferentes perspetivas.

Uma Celebração da Tristeza em Toda a Sua Complexidade

O festival, criado em 2019, nasceu da perceção de que a tristeza, apesar de ser um tema universal, raramente ocupa o centro das narrativas cinematográficas. Segundo a programadora Carolina Serranito, o evento pretende ir além das representações mais comuns da tristeza, como tragédias ou luto:

“A tristeza é uma coisa muito, muito complexa e muito vasta. Não é apenas tragédia, mas também saudade, isolamento ou até nostalgia.”

A quinta edição do Triste Para Sempre contará com uma mistura de curtas e longas-metragens, refletindo a diversidade de emoções e histórias associadas à tristeza.

Abertura e Encerramento: Duas Longas-Metragens de Destaque

Este ano, o festival abre com o documentário “Alma Ansiana”, de Helen Aschauer e Fábio Mota, que explora o quotidiano de idosos no Porto, Havana e Viena, oferecendo uma reflexão delicada sobre o envelhecimento e a solidão.

O encerramento será marcado pela animação “Os Demónios do Meu Avô”, de Nuno Beato, uma obra que combina emoção e fantasia para abordar questões de família e identidade.

Sessões Temáticas e Filmes de Destaque

As curtas-metragens são a alma do festival, organizadas em sessões temáticas que convidam o público a explorar diferentes facetas da tristeza. Entre os destaques estão:

“Terras Fantásticas”, uma ode à fantasia, com filmes como “Era uma vez no apocalipse”, de Tiago Pimentel, e “Pai”, de Edgar Feldman.

“Isolamento, Abandonamento e Exclusão”, que inclui obras como “Nobody”, de Marcela Jacobina, e “As Cores do Luto”, de Mariana Lima Mateus, explorando temas como luto e exclusão social.

Além disso, o festival aborda temas como o lutodramas familiares, e o desafio de transitar da infância para a idade adulta, refletindo sobre rejeição e integração social.

Prémios e Reconhecimento

Como em edições anteriores, o festival atribuirá os prémios Lágrima Nacional e Lágrima Internacional, reconhecendo os filmes que melhor capturam a essência do evento. Para Carolina Serranito, o cinema português destaca-se na forma como explora narrativas tristes com sensibilidade, elevando o festival a um espaço de reflexão sobre a arte e a emoção.

Um Festival Que Convida à Reflexão

Triste Para Sempre não é apenas um festival de cinema, mas também uma celebração da riqueza emocional e da capacidade do cinema para transformar a tristeza em arte. Entre a fantasia e o realismo, o evento oferece uma programação única que promete tocar profundamente o público.

Os 10 Melhores Filmes de 2024 Segundo a Time Magazine

Time Magazine revelou a sua aguardada lista dos 10 melhores filmes de 2024, destacando produções que atravessam géneros e geografias, oferecendo reflexões profundas sobre temas contemporâneos. A seleção, feita pela crítica de cinema Stephanie Zacharek, sublinha como o cinema continua a ser uma das mais potentes formas de diálogo humano, mesmo num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia e pela desinformação.

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Aqui está a lista dos 10 filmes que marcaram o ano segundo a publicação:

10. DogMan

Realizado por Luc BessonDogMan apresenta Caleb Landry Jones como Douglas, um homem marcado por abusos na infância que encontra conforto numa comunidade de cães. Esta obra sensível explora as famílias que escolhemos e celebra o vínculo humano-animal.

9. Flow

Esta animação sem diálogos, dirigida por Gints Zilbalodis, narra a viagem de um gato por um mundo inundado, acompanhado por um cão, um lémure e um pássaro exótico. Elegante e reflexivo, Flow é uma parábola ambiental que destaca a beleza da preservação do planeta.

8. Emilia Pérez

Emilia Perez

Na extravagante ópera de Jacques Audiard, Zoe Saldaña interpreta Rita, uma advogada que ajuda um barão da droga a realizar a transição para uma nova vida como mulher. Emilia Pérez, protagonizado por Karla Sofía Gascón, mistura diversão e emoção, explorando transformação pessoal e redenção.

7. Green Border

Dirigido por Agnieszka Holland, este filme aborda a difícil jornada de refugiados que tentam atravessar para a Europa. Embora seja doloroso de assistir, Green Border é uma obra poderosa que celebra a humanidade em tempos de adversidade.

6. Hard Truths

O aclamado realizador Mike Leigh apresenta uma crua análise da condição humana com Marianne Jean-Baptiste a liderar um elenco que explora as complexidades das relações familiares. Sem redenções fáceis, Hard Truths é uma peça que provoca reflexão e empatia.

5. A Complete Unknown

O realizador James Mangold oferece uma visão criativa dos primeiros anos de Bob Dylan, com Timothée Chalamet no papel principal. Com performances marcantes de Elle Fanning e Monica Barbaro, o filme é uma celebração da criatividade e do impacto cultural de Dylan.

4. Anora

Dirigido por Sean Baker, este conto de fadas contemporâneo segue Ani, uma jovem trabalhadora sexual, e a sua relação com o filho de um oligarca russo. Anora é uma comédia romântica e um conto de sobrevivência que revela as nuances da condição humana.

3. The Seed of the Sacred Fig

O realizador iraniano Mohammad Rasoulof aborda o controlo sobre as mulheres na sociedade através de um thriller que mistura drama familiar e horror. A obra é um convite à reflexão e à ação, inspirada nos eventos que seguiram a morte de Mahsa Amini.

2. All We Imagine as Light

Payal Kapadia oferece um retrato vívido de três mulheres que navegam os desafios da vida moderna em Mumbai. All We Imagine as Lighté uma obra poética que explora as tensões entre amizade, amor e independência num mundo em constante transformação.

1. Babygirl

O filme de Halina Reijn, protagonizado por Nicole Kidman, desafia as normas ao explorar o desejo feminino em diferentes fases da vida. Com uma das cenas mais impactantes do ano, Babygirl combina profundidade emocional com ousadia narrativa, conquistando o primeiro lugar na lista da Time.

Menções Honrosas

Entre os filmes que quase entraram na lista estão: The BrutalistRobot DreamsConclaveMegalopolis, e The Room Next Door.

Cinema de 2024: Um Ano de Reflexão e Transformação

A seleção da Time Magazine reflete a riqueza de histórias que definiram 2024, mostrando que o cinema continua a ser um espelho poderoso das complexidades da vida moderna. Seja no grande ecrã ou no streaming, estas obras merecem a atenção do público pela sua capacidade de emocionar, provocar e inspirar.

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