Nuremberga — Rami Malek e Russell Crowe Revivem o Julgamento Que Mudou o Século XX

O drama histórico que chega aos cinemas portugueses a 4 de dezembro

O cinema regressa a um dos momentos mais decisivos e moralmente complexos da história moderna com Nuremberga, o novo filme escrito e realizado por James Vanderbilt (Zodíaco). O drama estreia a 4 de dezembro, assinalando os 80 anos do fim da 2.ª Guerra Mundial e do início dos Julgamentos de Nuremberga — o ponto zero da justiça internacional tal como a conhecemos hoje.

Baseado no livro The Nazi and the Psychiatrist, de Jack El-Hai, o filme reúne um elenco de peso liderado por Rami MalekRussell Crowe e Michael Shannon, oferecendo um olhar intimista, psicológico e profundamente inquietante sobre a linha ténue entre humanidade e monstruosidade.

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O duelo mental que define o filme

Rami Malek interpreta Douglas Kelley, o psiquiatra norte-americano encarregado de avaliar o estado mental dos principais líderes nazis enquanto aguardavam julgamento. Entre eles está Hermann Göring, aqui interpretado por um Russell Crowe transformado — carismático, manipulador e perigosamente lúcido.

O filme centra-se no confronto entre estes dois homens:

  • um médico determinado a compreender a mente dos responsáveis por atrocidades inimagináveis,
  • e um líder nazi que se revela intelectualmente afiado, sedutor até, e capaz de manipular cada palavra como arma.

É um duelo psicológico que ultrapassa a mera análise clínica: é uma batalha pela verdade, pela memória e pela tentativa de perceber o que leva homens aparentemente racionais a cometer crimes indescritíveis.

Michael Shannon surge como Robert H. Jackson, o juiz do Supremo Tribunal dos EUA que ajudou a criar o primeiro tribunal internacional da história — uma figura fulcral num momento em que o mundo precisava de justiça, não vingança.

A actualidade perturbadora de Nuremberga

James Vanderbilt sublinha que o filme não pretende apenas revisitar o passado, mas também alertar o presente:

“O mal nem sempre veste uniforme ou anuncia a sua chegada. Pode ser sedutor, inteligente e até encantador — como Göring era.”

A obra ecoa perigos contemporâneos — da desinformação ao extremismo — e recorda que a democracia só se sustenta quando a verdade é encarada de frente. Vanderbilt, que sempre soube conjugar rigor histórico com tensão narrativa, oferece aqui um filme que é tão emocional quanto intelectualmente desafiante.

Uma história que continua a moldar o mundo

Os Julgamentos de Nuremberga estabeleceram os princípios básicos da responsabilidade individual perante crimes contra a humanidade. Foram o início de um conceito que ainda hoje define o direito internacional e as formas como o mundo responde à barbárie.

Nuremberga quer devolver à memória colectiva esse momento de viragem, lembrando-nos que a civilização se constrói através de escolhas — e que, por vezes, o maior ato de coragem é simplesmente escolher a justiça.

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O filme estreou mundialmente no Toronto International Film Festival (TIFF), passou pelo Tribeca Festival Lisboa, e chega agora às salas portuguesas com distribuição da NOS Audiovisuais.

🎬 Nuremberga

📅 Estreia a 4 de dezembro nos cinemas portugueses

🎥 Realização e argumento: James Vanderbilt

⭐ Elenco: Rami Malek, Russell Crowe, Michael Shannon

📚 Inspirado na obra The Nazi and the Psychiatrist de Jack El-Hai

Fantastic Four — Dez Anos Depois, Miles Teller Aponta o Dedo ao Verdadeiro Responsável pelo Falhanço

O actor, que interpretou Reed Richards, relembra o desastre de 2015 e diz que “uma pessoa muito importante estragou tudo”

Já passaram dez anos desde que Fantastic Four (2015) chegou aos cinemas… e entrou diretamente para a história como um dos maiores desastres do cinema de super-heróis. Realizado por Josh Trank, o filme arrecadou uma crítica demolidora — 9% no Rotten Tomatoes — e fez a 20th Century Fox perder entre 80 e 100 milhões de dólares. Não admira que a sequela tenha sido cancelada antes mesmo de ser anunciada.

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Agora, numa nova entrevista à SiriusXM, Miles Teller, o Reed Richards daquele elenco, voltou a falar do tema com uma franqueza invulgar:

“É uma pena, porque tanta gente trabalhou arduamente naquele filme e, honestamente, talvez houvesse uma pessoa muito importante que lixou tudo.”

Sem nomear ninguém, Teller deixa claro que o fracasso não foi culpa do elenco — nem do esforço da equipa técnica. Para o actor, tudo começou a desmoronar-se bem antes da estreia.

O momento em que Teller percebeu que “estavam em sarilhos”

O actor lembra-se perfeitamente da primeira vez que viu o filme concluído:

“Falei com um dos chefes do estúdio e disse-lhe: ‘Acho que estamos com um problema.’”

E não era só ele. Entre tensões nos bastidores, relatos de reescrições de última hora e uma produção marcada por conflitos entre estúdio e realizador, Fantastic Four tornou-se um exemplo clássico de como uma má gestão criativa pode arruinar até os melhores ingredientes.

E os ingredientes estavam lá:

  • Miles Teller como Reed Richards
  • Kate Mara como Sue Storm
  • Michael B. Jordan como Johnny Storm
  • Jamie Bell como Ben Grimm
  • Toby Kebbell como Doctor Doom

Um elenco jovem, talentoso e escolhido para rejuvenescer a Primeira Família da Marvel.

Teller recorda que, naquela fase da carreira, entrar num filme de super-heróis era visto como “a porta de entrada para ser levado a sério enquanto leading man”. E essa era a grande oportunidade deles — uma oportunidade que, segundo ele, “foi arruinada por uma única pessoa com demasiado poder”.

Da ruína ao renascimento: os Fantastic Four no MCU

Passada uma década, a equipa encontrou finalmente o seu renascimento no Marvel Cinematic Universe. A Marvel estreou este ano The Fantastic Four: First Steps, com um elenco aclamado:

  • Pedro Pascal (Reed Richards)
  • Vanessa Kirby (Sue Storm)
  • Joseph Quinn (Johnny Storm)
  • Ebon Moss-Bachrach (Ben Grimm)

A recepção foi incomparavelmente melhor — e a equipa regressará em Avengers: Doomsday, oficialmente integrados no centro do MCU.

Para Miles Teller, é o fecho de um ciclo: o filme dele pode ter falhado, mas a personagem que interpretou renasceu com força, e o público parece finalmente pronto para abraçar os Quatro Fantásticos como a Marvel sempre quis.

O futuro da Marvel segue em frente

Enquanto isso, o MCU continua a expandir-se. O próximo grande marco é Spider-Man 4, oficialmente intitulado Spider-Man: Brand New Day, com estreia marcada para 31 de julho de 2026.

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E quem quiser acompanhar tudo o que vem aí na Fase 6 tem muita matéria para devorar: filmes, séries, crossovers e universos que se aproximam — felizmente sem o tipo de pesadelos de bastidores que assombraram Fantastic Four(2015).

James Bond Entra em Terreno Minado: Novo Filme Enfrenta “Dores de Cabeça Criativas” Após a Morte de 007

A reinvenção do agente secreto mais famoso do cinema está longe de ser simples

O futuro de James Bond está oficialmente em turbulência. Segundo novos rumores vindos dos bastidores da Amazon MGM Studios, a equipa criativa responsável pelo próximo capítulo da franquia está a enfrentar aquilo que fontes descrevem como uma “enorme dor de cabeça criativa” — tudo graças ao final explosivo de No Time to Die (2021), onde o 007 interpretado por Daniel Craig morreu de forma inequívoca.

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O plano inicial parecia sólido: com a saída de Craig, a Amazon MGM Studios assumiu maior controlo criativo da saga, recrutou Denis Villeneuve (da trilogia Dune) para realizar o novo filme e contratou Steven Knight (Peaky Blinders) para escrever o argumento. Mas antes de avançar com casting ou narrativa, a equipa esbarrou num dilema que está a dar volta à cabeça dos escritores.

“Ele não caiu de um penhasco. Ele explodiu.”

De acordo com o Radar Online, o impacto emocional e comercial do final de No Time to Die está agora a transformar-se num problema logístico: como ressuscitar um personagem que foi literalmente pulverizado em cena?

Uma fonte próxima da produção descreve a situação de forma crua:

“Bond não caiu de um penhasco nem fingiu a morte — ele foi reduzido a pedaços. Todos concordam que foi um enorme erro, porque Bond devia ser eterno. Agora estão presos a tentar encontrar uma forma credível de o trazer de volta, e está a revelar-se quase impossível.”

Embora sejam apenas rumores, a tensão faz sentido. Bond, ao contrário de outras personagens icónicas, sempre viveu numa espécie de continuidade flexível — novos actores entravam, o universo prosseguia e ninguém perguntava demasiado.

Mas desta vez, a saga decidiu cortar o fio da tradição: Bond morreu mesmo.

E, como alerta o escritor Anthony Horowitz, autor de três romances oficiais de 007:

“Como é que se ultrapassa o facto de ele estar morto com D maiúsculo? Bond é uma lenda, pertence a todos. Torná-lo mortal foi um erro.”

Horowitz acrescentou ainda que seria incapaz de escrever a continuação:

“Não dá para fazê-lo acordar no duche e dizer que foi tudo um sonho.”

Reinventar? Ignorar? Recomeçar do zero?

Entre as hipóteses que circulam nos bastidores, há três cenários possíveis:

  1. Ignorar completamente o final de No Time to Die e seguir a tradição da franquia: novo actor, novo Bond, sem explicações.
  2. Criar uma justificação narrativa — seja tecnológica, simbólica ou quase mística — para a “ressurreição” de Bond. (Uma solução que, para muitos fans, arrisca cair no ridículo.)
  3. Reboot total, com outro tom, outra era e outra continuidade — algo que poderia entusiasmar Denis Villeneuve, mas que mexeria no ADN da saga.

A verdade é que, apesar da polémica, os fãs continuam a esperar um Bond renovado, mas fiel aos pilares clássicos: carisma, mistério, acção elegante e aquele toque de arrogância irresistível.

O maior desafio em décadas para 007

Com Villeneuve ainda ocupado com Dune: Part Three e sem ator anunciado, há tempo para decisões ponderadas. Mas uma coisa é clara: o próximo filme de Bond não pode falhar.

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Entre reconquistar o público, honrar uma personagem intocável por seis décadas e corrigir o que muitos consideram ter sido um tiro no pé criativo, a Amazon MGM Studios tem pela frente uma missão digna do próprio 007.

E desta vez, não há gadgets de Q que possam salvar a situação.

Disney Prepara Apresentação de Resultados — E o Futuro do Streaming Pode Mudar Já Esta Semana

O último relatório com números de subscrições antes de uma nova era

A Disney prepara-se para divulgar os seus resultados trimestrais esta quinta-feira, antes da abertura dos mercados, num momento decisivo para a estratégia de streaming e para a confiança de Wall Street no império mediático da empresa. É um relatório particularmente simbólico: será a última vez que a Disney revela o número de subscritores dos seus serviços, incluindo Disney+, Hulu e a nova app de streaming da ESPN.

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Tal como a Netflix fez recentemente, a empresa vai deixar de divulgar dois dos indicadores mais acompanhados pelos analistas:

  • total de subscritores,
  • ARPU (receita média por utilizador).

Uma mudança que pode indicar um virar de página no sector — e que promete gerar debate.

O que Wall Street espera ver

De acordo com estimativas da LSEG, o mercado antecipa:

  • Lucro por ação: 1,05 dólares
  • Receitas totais: 22,75 mil milhões de dólares

Mas, mais do que os números, os investidores querem perceber o rumo das divisões de media — tanto o streaming, onde cresce a expectativa, como os canais tradicionais, onde se acumulam sinais de erosão.

Em agosto, a Disney tinha:

  • 128 milhões de subscritores Disney+,
  • 55,5 milhões na Hulu,
  • e lançou a nova app ESPN direct-to-consumer, que agrega toda a programação dos canais da marca.

O relatório de amanhã revelará se estes números foram afetados pelo episódio mais polémico da empresa nos últimos meses: a suspensão temporária do Jimmy Kimmel Live! em setembro, na sequência de comentários do apresentador sobre Charlie Kirk e o movimento MAGA de Donald Trump.

Vários meios norte-americanos reportaram uma fuga significativa de subscritores durante esse período.

A pressão sobre o streaming… e o declínio inevitável da televisão tradicional

O streaming continua a ser a estrela — e a dor de cabeça — das contas da Disney. A empresa voltou a aumentar preços em outubro, numa tentativa de reduzir perdas operacionais e aproximar os serviços do ponto de equilíbrio.

Mas os analistas também estão atentos ao desempenho dos canais tradicionais: ABC, ESPN, FX e restantes redes lineares. A indústria tem sofrido quedas acentuadas de receitas publicitárias à medida que o público migra cada vez mais para serviços on demand.

Os resultados de empresas vizinhas, como a Warner Bros. Discovery, reforçam a tendência:

  • menos assinantes de TV por cabo,
  • menos receitas de publicidade,
  • competição feroz do streaming por tempo de ecrã e investimento publicitário.

A Disney já vinha reportando baixas no rendimento operacional e publicidade das redes lineares — e a expectativa é que este trimestre não seja exceção.

Um relatório que redefine prioridades

Este momento marca uma viragem na estratégia da Disney. Ao abandonar métricas como subscritores e ARPU, a empresa quer que o mercado se concentre noutras dimensões:

  • rentabilidade,
  • receitas globais,
  • tempo de visualização,
  • valor do ecossistema de media,
  • e sinergias entre streaming, parques temáticos e cinema.

Com a indústria em mutação constante, a apresentação desta quinta-feira será uma leitura fundamental para perceber como a Disney planeia equilibrar o futuro digital com o declínio dos seus pilares históricos.

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É uma manhã em que os analistas vão estar de olhos postos no relógio — e nas curvas de tendência.

Porque Hoje é Sábado — Animação Portuguesa Premiada nos Açores

O novo triunfo de Alice Eça Guimarães no AnimaPIX 2025

A animação portuguesa volta a brilhar — desta vez na ilha do Pico, onde o AnimaPIX 2025 distinguiu Porque Hoje é Sábado, o novo filme de Alice Eça Guimarães, com o Prémio AnimaPIX. A curta-metragem, um retrato delicado e profundamente humano sobre uma mulher que tenta equilibrar a rotina doméstica com o desejo de evasão, conquistou o júri e o público pela sensibilidade, pela poesia visual e pela forma como transforma o quotidiano num território emocional de grande ressonância.

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O prémio surge numa edição especial para o festival: o 10.º aniversário do AnimaPIX, uma década dedicada “à criança em todos nós”, como sublinha Terry Costa, director artístico da associação MiratecArts, responsável pela organização. A festa inclui não só os vencedores mais recentes, mas também figuras incontornáveis do cinema de animação português, entre eles Abi Feijó e Regina Pessoa, a madrinha do festival.

A autora e o seu universo animado

Alice Eça Guimarães é um nome cada vez mais presente na animação nacional. Dividindo a carreira entre publicidade e cinema, tem construído um percurso marcado pela atenção ao detalhe, pela força da imagem e por uma sensibilidade profundamente cinematográfica. Não é a sua primeira distinção: os seus trabalhos já lhe valeram prémios importantes, incluindo o Sophia para Melhor Curta-Metragem Portuguesa.

Com Porque Hoje é Sábado, a realizadora volta a mostrar a capacidade de transformar temas íntimos em histórias universais — um cinema que se diz com silêncio, textura e movimento, sempre de forma elegante e emocionalmente honesta.

Uma década de AnimaPIX: o festival que celebra a imaginação

primeira semana de dezembro será marcada por uma programação intensa no Auditório da Madalena, com actividades pensadas para escolas e público geral. Entre 2 e 5 de dezembro, o festival celebra não só a nova vencedora, mas também os criadores que têm marcado o panorama da animação portuguesa.

Entre os nomes em destaque estão:

  • João Gonzalez, cuja obra foi nomeada ao Óscar;
  • Alice GuimarãesAlexandra RamiresLaura Gonçalves e Maria Trigo Teixeira, todas vencedoras anteriores do prémio AnimaPIX.

As realizadoras e realizadores estarão presentes numa sessão especial a 5 de dezembro, às 10:00, aberta ao público, num momento que promete ser um dos grandes destaques da edição.

Cultura, parceria e futuro

O evento é possível graças à colaboração entre a Câmara Municipal da Madalena e o Governo dos Açores, através da Direção Regional da Cultura. É mais um sinal do papel fundamental que o cinema de animação assume no panorama nacional: um cruzamento entre arte, educação e identidade que continua a ganhar reconhecimento dentro e fora do país.

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Com Porque Hoje é Sábado, Alice Eça Guimarães reafirma-se como uma voz singular da animação portuguesa — e o AnimaPIX reforça o seu estatuto como uma das plataformas mais importantes para descobrir, celebrar e projetar o futuro do género.

Playback — A Vida de Carlos Paião Ganha Som e Imagem no Grande Ecrã

Sérgio Graciano leva ao cinema o génio que pôs Portugal a cantar

Já começaram as filmagens de Playback, o aguardado biopic sobre Carlos Paião, o músico e compositor que marcou a cultura pop portuguesa com temas como Pó de Arroz e, claro, Playback. Realizado por Sérgio Graciano, o filme promete ser uma celebração vibrante da criatividade, humor e ousadia de um artista que partiu demasiado cedo, mas que deixou uma marca indelével na música portuguesa.

As rodagens arrancaram a 3 de novembro na Grande Lisboa e seguem agora para Ílhavo, a cidade natal de Paião — um local simbólico que será também um dos eixos centrais da narrativa. A estreia está prevista para o verão de 2026, com posterior exibição na RTP em formato de minissérie, ampliando o alcance deste retrato íntimo e inspirador.

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Um sonho entre a medicina e a música

Com argumento de Mário CenicantePlayback acompanha o percurso de um jovem estudante de Medicina que, movido pela paixão pela música, decide trocar a estabilidade da bata branca pelo risco do palco. É o retrato de um criador autodidata, espirituoso e cheio de curiosidade — alguém que ousou seguir o coração numa época em que o país começava, ele próprio, a descobrir o seu novo ritmo.

O filme mistura comédia, drama e nostalgia, captando o espírito transformador das décadas de 70 e 80 — um período de contrastes, entre o moralismo herdado e o entusiasmo de uma geração que se abria ao mundo.

“Queremos mostrar o homem por detrás do artista — o estudante sonhador que acreditava que a música podia mudar tudo. Este filme é uma celebração da sua coragem e da sua autenticidade”, explica o realizador Sérgio Graciano.

Rafael Ferreira é Carlos Paião

O papel principal cabe a Rafael Ferreira, jovem actor descoberto através de um casting nacional que contou com mais de duzentos candidatos e que terminou, simbolicamente, em Ílhavo. Ao lado de Ferreira, o elenco inclui Laura Dutra, Rita Durão, António Mortágua, Anabela Moreira e Albano Jerónimo, entre outros nomes de peso do cinema e da televisão portuguesa.

Com este elenco e a direcção de Graciano — conhecido pela sua sensibilidade na construção de personagens e pela capacidade de equilibrar emoção com ritmo narrativo —, Playback promete ser muito mais do que um retrato biográfico: será uma viagem emocional, musical e cultural ao coração de uma época.

Produção com selo português

O filme é uma produção da Caos Calmo Filmes, com produção executiva de José Amaral, e conta com distribuição da NOS Audiovisuaisapoio da RTPPIC PortugalCâmara Municipal de Ílhavo e Câmara Municipal de Oeiras.

Tal como a música de Paião, a produção pretende manter um espírito irreverente e apaixonado, cruzando o humor com a ternura e a melancolia de quem viveu intensamente, sempre entre o génio e o improviso.

Um tributo ao artista e ao homem

Mais do que um biopic, Playback quer ser um retrato humano e familiar, que devolve a Carlos Paião a dimensão que o público sempre pressentiu — a de um criador que via a vida como um palco e a música como uma forma de liberdade.

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Ao revisitarmos o seu percurso — do estudante que compunha entre exames ao músico que enchia palcos e corações —, Playback recorda-nos porque é que a música de Carlos Paião continua viva: porque tinha alma, alegria e uma vontade genuína de fazer Portugal sorrir.

🎬 Playback

📅 Estreia: Verão de 2026

🎥 Realização: Sérgio Graciano

✍️ Argumento: Mário Cenicante

⭐ Elenco: Rafael Ferreira, Laura Dutra, Rita Durão, António Mortágua, Anabela Moreira, Albano Jerónimo

🎵 Produção: Caos Calmo Filmes

🎬 Distribuição: NOS Audiovisuais

📺 Em breve também na RTP

Keeper: Para Sempre — O Amor, o Medo e os Segredos Que Nunca Deveriam Sair da Cabana

O novo pesadelo psicológico de Osgood Perkins chega aos cinemas portugueses

O terror elegante e profundamente psicológico de Osgood Perkins regressa às salas portuguesas este mês com Keeper: Para Sempre, um thriller inquietante onde o amor e a loucura dançam de mãos dadas. O filme, que estreia a 20 de novembro nos cinemas, promete ser uma das experiências cinematográficas mais intensas da estação — uma viagem ao interior de uma relação e aos abismos da mente.

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Perkins, realizador de O Colecionador de Almas (The Blackcoat’s Daughter) e do aclamado Longlegs, volta a explorar a fragilidade humana através de uma narrativa que começa como um drama íntimo e termina num pesadelo de segredos, sombras e arrependimento.

Um aniversário de casamento… e um inferno à espera

A premissa é simples, mas o resultado promete ser devastador: um casal viaja até uma cabana isolada para celebrar o aniversário de casamento. O cenário é idílico — neve, silêncio e promessas de reconciliação. Mas, à medida que a noite cai, algo começa a mexer-se nas paredes, nas vozes e nas memórias.

O que deveria ser um refúgio romântico transforma-se num labirinto de culpa e paranóia, onde o tempo parece distorcer-se e os laços de amor se confundem com as correntes da possessão. As “forças sombrias” que emergem naquela cabana não são apenas sobrenaturais — são também os fantasmas da intimidade, as verdades enterradas e os segredos que nenhuma relação sobrevive a ouvir.

Perkins descreve o filme como “uma história de terror emocional disfarçada de conto de amor”, e, conhecendo a sua obra, é seguro esperar o inesperado: ambientes minimalistas, silêncios longos e uma tensão que se infiltra lentamente, até que já é tarde demais para fugir.

O estilo Perkins: terror com elegância e alma

Filho do lendário Anthony Perkins (Psycho), Osgood construiu o seu próprio espaço no cinema contemporâneo com uma assinatura distinta — o terror atmosférico, cerebral e profundamente humano.

Em Keeper: Para Sempre, essa abordagem parece atingir nova maturidade. Perkins não se contenta com sustos fáceis: prefere explorar a psicologia das personagens, a dor do passado e o peso das escolhas. O resultado é um terror que se sente na pele, mas também no coração.

Visualmente, o filme promete a habitual estética fria e milimetricamente composta — cada plano uma pintura gótica, cada sombra um eco de culpa. A banda sonora, minimalista e dissonante, reforça o desconforto emocional que atravessa toda a narrativa.

O terror como metáfora

O que distingue o cinema de Osgood Perkins é a forma como o sobrenatural serve de espelho para o que é profundamente humano. Em Keeper: Para Sempre, a cabana isolada funciona como uma metáfora de confinamento — o local onde os segredos do casal, cuidadosamente trancados ao longo dos anos, encontram forma e voz.

É um filme sobre o que escondemos das pessoas que amamos e o que acontece quando o passado exige ser ouvido. E, como em Longlegs, o medo não vem apenas do exterior, mas da inevitabilidade do confronto interior.

A promessa de um novo clássico moderno

Com Keeper: Para Sempre, a Neon e Osgood Perkins consolidam uma parceria que tem redefinido o terror contemporâneo: inteligente, visualmente sofisticado e emocionalmente devastador.

Em tempos em que o género é dominado por sustos fáceis e clichés, Perkins propõe outra coisa: um mergulho no íntimo, onde o horror nasce da empatia e da dor, não apenas do medo.

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Prepare-se para um filme que não grita — sussurra. Que não assusta com monstros, mas com verdades. Que não se esquece quando termina.

🎬 Keeper: Para Sempre

📅 Estreia: 20 de novembro de 2025

🎭 Género: Thriller Psicológico

🎥 Realização: Osgood Perkins (O Colecionador de AlmasLonglegs)

🏠 Distribuição em Portugal: Estreia nacional nas principais salas de cinema

Allison Mack Quebra o Silêncio: “Não Me Vejo Como Inocente”

A ex-estrela de Smallville  fala pela primeira vez sobre o culto NXIVM e a prisão

Durante anos, Allison Mack foi recordada como Chloe Sullivan, a jovem repórter destemida de Smallville. Mas, fora do ecrã, a actriz viveu uma das quedas mais sombrias e mediáticas de Hollywood: o seu envolvimento com o culto sexual NXIVM, liderado por Keith Raniere. Agora, aos 43 anos, Mack decidiu falar — pela primeira vez — no novo podcast documental da CBC, Allison After NXIVM, produzido por Vanessa Grigoriadis e apresentado por Natalie Robehmed, uma das jornalistas que acompanhou o caso desde o início.

O podcast, com sete episódios, tenta responder a uma pergunta que tem dividido o público e a crítica: quem é, afinal, Allison Mack? Uma vítima manipulada ou uma cúmplice que perpetuou abusos?

De estrela juvenil a cúmplice do horror

No primeiro episódio, intitulado It Happened in Vancouver, Mack recorda o momento em que conheceu o grupo. Foi em 2006, durante as filmagens de Smallville, através da colega Kristin Kreuk, que assistiu a uma sessão introdutória da organização. Inicialmente apresentada como uma “comunidade de auto-aperfeiçoamento”, NXIVM revelou-se, com o tempo, um esquema de controlo psicológico, abuso sexual e manipulação emocional orquestrado por Raniere.

Seduzida pelas promessas de empoderamento, Mack acabou por cair sob o domínio total do líder, tornando-se uma das suas seguidoras mais próximas. O podcast revela que ela abandonou a carreira e mudou-se para Albany, onde se localizava a sede do grupo. No interior da chamada “irmandade” feminina DOS, Mack não era apenas seguidora — era mestre: controlava mulheres, regulava o que comiam, quando dormiam e até quem podiam amar.

Pior ainda, foi ela quem recrutou várias vítimas para o círculo interno de Raniere, incluindo India Oxenberg, filha da actriz Catherine Oxenberg, uma das primeiras a denunciar publicamente o culto.

Prisão, culpa e tentativa de redenção

Allison Mack foi presa em 2018 e, após um longo processo judicial, condenada em 2021 por crimes de tráfico sexual, extorsão e conspiração. Cumpriu quase dois anos numa prisão federal e foi libertada em julho de 2023.

No podcast, a actriz descreve o dia da sentença como um dos momentos mais devastadores da sua vida:

“Oh, meu Deus, o meu pobre irmão atrás de mim, a ouvir tudo o que eu fiz. A minha mãe… foi horrível. Eu não me vejo como inocente. Eles eram inocentes. Eu não.”

Hoje, Mack diz estar casada, a estudar para um mestrado em Serviço Social, e a tentar compreender — e reparar — o que viveu e causou.

O passado que não desaparece

A história de NXIVM tornou-se pública em 2017, após a publicação da investigação Inside a Secretive Group Where Women Are Branded no New York Times. O artigo, assinado por Sarah Edmondson, expôs pela primeira vez os horrores do culto, incluindo a marcação a ferro das seguidoras com as iniciais de Raniere.

O caso ganhou ainda mais notoriedade com a série documental da HBO, The Vow, que retratou o colapso da organização e a lenta desprogramação das suas vítimas. Nas gravações originais, feitas pelo próprio Raniere, Mack aparece como uma figura silenciosa mas central — uma espécie de Ghislaine Maxwell do universo NXIVM.

Raniere foi condenado em 2019 a 120 anos de prisão, enquanto Nancy Salzman, cofundadora do grupo, e a filha, Lauren Salzman, receberam penas mais leves após colaborarem com as autoridades.

“Não sou vítima pura, nem vilã total”

Ao longo dos episódios, Allison After NXIVM não tenta redimir Mack, mas também não a reduz a um estereótipo. O podcast mostra uma mulher fragmentada, entre o trauma e a responsabilidade, entre o arrependimento e a vergonha. Mack reconhece que foi manipulada, mas também teve poder — e abusou dele.

“Houve um tempo em que eu acreditava que o que estava a fazer era bom. Hoje percebo que contribuí para algo monstruoso. E não posso fugir disso.”

Apesar das críticas ao facto de lhe ser dada uma plataforma, a produção não poupa nas perguntas difíceis e confronta Mack com os depoimentos das vítimas. Pela primeira vez, ela escuta as consequências das suas ações, sem edições nem filtros.

Uma voz que incomoda

“Allison After NXIVM” não é um exercício de autopiedade. É um retrato desconfortável — e necessário — sobre como a manipulação, a fé cega e a sede de pertença podem transformar vítimas em cúmplices.

Allison Mack nunca voltará a ser apenas a rapariga de Smallville. Mas, nesta nova fase, tenta, pelo menos, ser alguém que não fuja da verdade.

Florence Pugh Fala Sem Filtros Sobre as Cenas Íntimas em Hollywood: “Há Coordenadores Bons e Maus”

A atriz britânica aborda os bastidores de um tema sensível

Florence Pugh, uma das intérpretes mais talentosas e respeitadas da nova geração, abriu o jogo sobre um tema que continua a gerar debate em Hollywood: o papel dos coordenadores de intimidade.

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Durante uma conversa franca no The Louis Theroux Podcast, a actriz nomeada ao Óscar partilhou as suas experiências com estes profissionais, criados para assegurar que as cenas de sexo e nudez sejam filmadas com segurança, respeito e consentimento.

“Já trabalhei com bons e maus”, admitiu Pugh. “O objectivo não é complicar, nem tornar tudo mais estranho — é garantir que todos se sintam protegidos. Mas o trabalho ainda está a encontrar o seu equilíbrio.”

Entre o apoio e o desconforto

Desde a sua criação, o papel do coordenador de intimidade tem dividido opiniões. Algumas estrelas, como Jennifer Lawrence e Gwyneth Paltrow, afirmaram recentemente não sentir necessidade de recorrer a esses profissionais. Lawrence revelou que não teve um coordenador em Die My Love, explicando: “Senti-me segura com o Rob [Pattinson]. Ele não é nada inconveniente.”

Já Paltrow contou que, durante as filmagens de Marty Supreme (ao lado de Timothée Chalamet), pediu ao coordenador que “se afastasse um pouco”:

“Se alguém me disser ‘agora ele vai pôr a mão aqui’, eu sinto-me limitada como artista. Prefiro que a cena flua com naturalidade.”

Florence Pugh, por sua vez, reconheceu que o papel ainda se está a definir — e que, como em qualquer função, há profissionais exemplares e outros que “só atrapalham”.

“Tive uma má experiência, em que a pessoa tornou tudo tão estranho e tão desconfortável que deixou de ser útil”, confessou. “Parecia apenas querer fazer parte do set, sem perceber o impacto da sua presença.”

A importância de encontrar “a dança da intimidade”

Apesar das críticas, Pugh defende que os bons coordenadores são essenciais — não apenas pela segurança, mas pelo valor artístico que acrescentam à narrativa.

“Trabalhar com excelentes coordenadores ensinou-me que uma cena íntima pode ter camadas e significado”, explicou. “Não se trata só de mostrar sexo — é descobrir que tipo de intimidade existe entre aquelas pessoas, quanto tempo estão juntas, o que sentem. É uma dança, não uma coreografia mecânica.”

A actriz sublinha que essa abordagem permite humanizar o erotismo e proteger os intérpretes, especialmente as mulheres, num meio onde o poder e o abuso de autoridade ainda são temas delicados.

“Ser mulher no set é mais complicado”

Florence Pugh também abordou o peso de ser mulher em filmagens emocionalmente intensas, lembrando um episódio em que teve de filmar repetidamente uma cena de choro exaustiva.

“Fiz a cena seis vezes, sempre a começar do zero, e o realizador queria mais uma. Eu estava de rastos, mas não consegui dizer que não”, contou.

Foi o colega masculino quem interveio, pedindo ao realizador que parasse.

“Ele disse: ‘Não a faças passar por isto outra vez, já tens o que precisas.’ Nesse momento percebi: eu nunca teria dito isso, porque seria mal recebida.”

A actriz reconhece que a cultura do silêncio ainda pesa sobre as mulheres, que temem ser vistas como “difíceis” ou “problemáticas” se impuserem limites. É precisamente aí que, segundo Pugh, os coordenadores de intimidade podem ser cruciais — funcionando como mediadores de respeito num ambiente onde a vulnerabilidade é inevitável.

Uma voz necessária no debate

Com apenas 28 anos, Florence Pugh já trabalhou com alguns dos realizadores mais exigentes de Hollywood — de Greta Gerwig (Little WomenBarbie) a Christopher Nolan (Oppenheimer). E o seu testemunho vem reforçar uma ideia que a indústria ainda aprende a aceitar: filmar cenas de intimidade requer tanto rigor técnico como qualquer outra sequência dramática.

Pugh encerrou a entrevista com uma nota de otimismo:

“Agora que trabalhei com coordenadores realmente bons, percebo o que tem faltado a muitas cenas — o respeito pela história e pelas pessoas que a contam.”

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Num Hollywood que ainda se ajusta ao pós-#MeToo, a mensagem de Pugh é clara: a intimidade, tal como a arte, exige confiança, empatia e coragem.

Nicole Kidman Junta-se a The Young People — O Novo Thriller de Osgood Perkins

A rainha do suspense regressa ao terror com o realizador de Longlegs

Nicole Kidman está de volta ao género que a consagrou como uma das grandes damas do cinema contemporâneo. A actriz australiana, vencedora de um Óscar e recordada por papéis que equilibram vulnerabilidade e frieza, juntou-se ao elenco de The Young People — o novo filme de Osgood Perkins, o realizador que arrepiou o público com Longlegs e The Monkey.

O projecto, produzido pela Neon, será lançado nos cinemas norte-americanos e promete continuar a ascensão meteórica de Perkins como o novo mestre do terror psicológico. O estúdio descreve The Young People como o início de uma parceria prolongada com o realizador, depois do sucesso estrondoso de Longlegs, que se tornou o filme independente mais lucrativo de 2024, com mais de 75 milhões de dólares nas bilheteiras dos EUA.

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Um elenco jovem, mas de peso

Além de Kidman, o elenco principal inclui Lola Tung (The Summer I Turned Pretty) e Nico Parker (How to Train Your Dragon), duas estrelas emergentes que assumem o protagonismo da história, ao lado de um grupo diversificado de nomes de culto e talento televisivo: Brendan Hines (The Tick), Cush Jumbo (The Good Wife), Heather Graham (Drugstore Cowboy), Johnny Knoxville (Jackass), Lexi MinetreeLily Collias (Good One) e Tatiana Maslany (Orphan Black).

Detalhes sobre o enredo ainda estão sob sigilo — o que, vindo de Osgood Perkins, só aumenta a expectativa. Conhecido pela sua abordagem subtil e profundamente atmosférica, o realizador raramente entrega histórias lineares. Em The Young People, espera-se mais uma viagem pela psicologia do medo, onde a juventude e a inocência se tornam terreno fértil para o horror.

O terror elegante de Nicole Kidman

Nicole Kidman não é estranha ao género. Antes de brilhar em dramas como The Hours ou Big Little Lies, a actriz já tinha arrepiado o público em “The Others” (2001), de Alejandro Amenábar — um dos grandes clássicos do terror moderno. A sua interpretação da mãe isolada numa mansão assombrada valeu-lhe nomeações ao BAFTA e ao Globo de Ouro, além de ter transformado o filme num fenómeno mundial, com mais de 210 milhões de dólares arrecadados.

Agora, com The Young People, Kidman regressa às sombras, prometendo um papel que mistura o seu domínio emocional com o toque inquietante de Perkins — um realizador que prefere sugerir o medo a mostrá-lo, e que, como poucos, sabe transformar o silêncio em desconforto.

Entre Scarpetta (para a Prime Video) e Margo’s Got Money Trouble (para a Apple TV+), Kidman volta a demonstrar uma versatilidade raramente igualada. Aos 58 anos, continua a desafiar-se com papéis que fogem à previsibilidade de Hollywood — e o terror, com o seu magnetismo sombrio, parece ser o terreno ideal para esse novo capítulo.

O futuro do horror tem assinatura Neon

Com The Young People, a Neon reforça o seu papel como casa do cinema de autor contemporâneo. A produtora e distribuidora — que lançou títulos como Parasite e Titane — aposta agora em Osgood Perkins como figura central de uma nova era do terror: inteligente, estético e desconcertante.

Depois de Longlegs, considerado por muitos críticos o filme mais perturbador dos últimos anos, e de The Monkey, que teve uma das melhores estreias da história do estúdio, The Young People surge como o próximo passo lógico — e, com Nicole Kidman a bordo, o mais ambicioso até agora.

Um segredo à espera de ser revelado

Ainda sem sinopse oficial, o filme promete manter o estilo enigmático que tornou Osgood Perkins uma das vozes mais singulares do cinema contemporâneo. O que se sabe é que o realizador continua obcecado com os temas da juventude, da culpa e da herança emocional — tópicos que, nas suas mãos, se transformam em terror puro.

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Com estreia prevista para 2026The Young People promete ser um dos filmes mais aguardados do próximo ano — e, com Kidman à frente do elenco, há razões de sobra para acreditar que o terror vai continuar a ser o género mais sofisticado de Hollywood.

Sally Kirkland — A Atriz Que Viveu Sem Medo das Câmaras (Nem da Vida)

Uma carreira feita de coragem, entrega e intensidade

O cinema norte-americano despede-se de uma das suas intérpretes mais genuínas e imprevisíveis. Sally Kirkland, nome maior do teatro e do cinema independente, morreu aos 84 anos num hospital de cuidados paliativos em Palm Springs. A actriz, que começou como modelo antes de se tornar presença constante nos palcos e ecrãs, deixa uma filmografia marcada pela ousadia e pela vulnerabilidade — duas qualidades que definiam não apenas a sua arte, mas a própria mulher.

A notícia foi confirmada pelo seu representante, Michael Greene, que revelou que Kirkland enfrentava sérios problemas de saúde desde o início do outono, após fraturas múltiplas no pescoço, punho e anca, agravadas por infeções. Amigos e colegas chegaram a criar uma campanha de apoio para custear os tratamentos médicos — um gesto que espelha o carinho e respeito que inspirava na comunidade artística.

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De modelo precoce a actriz de culto

Nascida em Nova Iorque, filha de uma editora de moda da Vogue e da Life Magazine, Sally Kirkland começou a posar aos cinco anos de idade, antes de se formar na American Academy of Dramatic Arts. Foi aluna de Lee Strasberg e Philip Burton, mestres do method acting, e cedo revelou uma entrega sem limites.

A sua carreira começou no teatro experimental dos anos 60, com destaque para a performance ousada em Sweet Eros, de Terrence McNally, onde apareceu totalmente nua — um gesto que a imprensa da época descreveu como “a fronteira entre arte e provocação”.

Em 1964, participou no filme de Andy Warhol 13 Most Beautiful Women, e nos anos seguintes tornou-se presença habitual nas produções off-Broadway. Encenou Shakespeare, interpretando Helena em Sonho de uma Noite de Verão e Miranda em A Tempestade, defendendo até ao fim da vida que “ninguém pode chamar-se actor sem ter passado por Shakespeare”.


“Anna”: o papel que lhe deu o mundo

Depois de dezenas de papéis secundários em filmes como The Way We Were (com Barbra Streisand), The Sting (com Paul Newman e Robert Redford) e JFK (de Oliver Stone), Sally Kirkland teve, finalmente, o seu grande momento com “Anna” (1987), de Yurek Bogayevicz.

No papel de uma actriz checa em declínio que tenta reconstruir a vida nos Estados Unidos, Kirkland ofereceu uma das interpretações mais intensas e comoventes da década, conquistando o Globo de Ouro de Melhor Actriz e uma nomeação ao Óscar.

A crítica do Los Angeles Times foi peremptória:

“Kirkland é uma dessas intérpretes cujo talento era um segredo aberto entre actores, mas um mistério para o público. Com esta performance incandescente, não haverá mais dúvidas sobre quem ela é.”

Na cerimónia dos Óscares, competiu lado a lado com Cher (Moonstruck), Glenn Close (Fatal Attraction), Holly Hunter(Broadcast News) e Meryl Streep (Ironweed) — uma prova do respeito conquistado pela sua entrega absoluta à arte.


Um percurso entre o cinema, a televisão e o activismo

Ao longo das décadas seguintes, Kirkland manteve uma carreira prolífica, alternando entre cinema e televisão. Participou em séries como Criminal MindsRoseanne e Charlie’s Angels, e em filmes como Revenge (com Kevin Costner), EDtv (de Ron Howard), Bruce Almighty (com Jim Carrey) e Heatwave (com Cicely Tyson).

Mas a actriz também ficou conhecida pelo seu espírito livre e compromisso humanitário. Foi voluntária junto de pessoas com SIDA, cancro e doenças cardíacas, colaborou com a Cruz Vermelha Americana no apoio a sem-abrigo e participou em telemaratonas para hospícios. Também foi uma defensora ativa de prisioneiros e jovens em risco, uma faceta menos visível mas profundamente admirada.

Kirkland era adepta de movimentos espirituais alternativos, ensinando seminários de transformação pessoal e associando-se à Church of the Movement of Spiritual Inner Awareness, dedicada à transcendência da alma.

A actriz que nunca se escondeu

Sally Kirkland nunca temeu o risco. Do teatro experimental à nudez em protestos e causas sociais, o seu corpo e a sua voz foram sempre instrumentos de expressão, arte e convicção. Time Magazine chegou a chamá-la, com humor, “a Isadora Duncan do nudismo teatral”, um título que ela aceitava com orgulho.

A sua carreira teve altos e baixos — chegou a ser alvo de chacota pela participação em Futz (1969), um filme tão desastroso que um crítico do The Guardian o chamou “o pior filme que já vi”. Mas nem isso abalou o espírito da actriz. Kirkland continuou a trabalhar, a ensinar e a inspirar.

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Hoje, ao recordar Sally Kirkland, o que fica não é a nudez nem o escândalo — é a autenticidade feroz de uma mulher que viveu a arte como uma forma de libertação.

Marty Supreme — Timothée Chalamet Entra em CampoPara Conquistar o Óscar

O novo épico desportivo da A24 já faz furor

Preparem as raquetas e os corações cinéfilos: a A24 acaba de lançar o novo trailer de Marty Supreme, a aguardada comédia dramática de Josh Safdie que promete transformar Timothée Chalamet num dos grandes favoritos à próxima temporada de prémios. O actor interpreta Marty Mauser, um prodígio do ténis de mesa nos anos 50 que luta para ser levado a sério num desporto dominado por egos, extravagância e obsessão pela vitória.

Inspirado livremente na vida real do lendário jogador Marty Reisman, vencedor de cinco medalhas em campeonatos mundiais, o filme apresenta-se como uma fábula retro sobre ambição, talento e o preço da glória — tudo embrulhado na energia crua e nervosa que se tornou marca registada de Safdie desde Uncut Gems.

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Uma história à medida de um “dark horse”

Marty Supreme marca o regresso de Josh Safdie à realização a solo — o seu primeiro filme sem o irmão Benny desde The Pleasure of Being Robbed (2008). Escrito em parceria com Ronald Bronstein, o projecto conta com uma equipa de peso na produção: Safdie, Bronstein, Eli Bush, Anthony Katagas, Chalamet e o próprio estúdio A24.

O elenco é tão improvável quanto fascinante: Gwyneth PaltrowFran DrescherTyler, The CreatorPenn JilletteOdessa A’zionKevin O’Leary (de Shark Tank) e até o lendário Abel Ferrara participam nesta mistura vibrante entre sátira desportiva e drama existencial.

Durante uma sessão secreta no Festival de Nova Iorque, em Outubro, o filme recebeu uma ovação de pé, com Chalamet, Safdie e parte do elenco a surgirem de surpresa. Em palco, o actor descreveu a obra como “uma carta de amor a Nova Iorque”, sublinhando o orgulho de estrear o filme na sua cidade natal.

O renascimento de um artista e o prenúncio dos Óscares

Desde a exibição surpresa, a crítica norte-americana não tem poupado elogios. O editor de prémios da VarietyClayton Davis, afirmou que Marty Supreme pode ser o “spoiler” da temporada:

“Num ano em que quatro filmes já se destacam com mais de dez previsões de nomeações, Marty Supreme surge como o cavalo negro que ninguém esperava — tal como o seu protagonista, um jovem com um sonho em que ninguém acredita e que vai até ao inferno e volta em busca da grandeza.”

Com a performance de Chalamet a ser descrita como “hipnótica, nervosa e vulnerável”, muitos apostam que o actor possa finalmente conquistar o Óscar de Melhor Actor que lhe tem escapado, após indicações por Call Me By Your Name e Dune: Part Two.

Safdie, Chalamet e a estética da intensidade

A junção de Josh Safdie e Timothée Chalamet é uma combinação que faz sentido: ambos são obcecados pela energia do detalhe e pela verdade do caos. Safdie filma a pressão como poucos — basta recordar Uncut Gems e a claustrofobia que o acompanha —, e Chalamet, com a sua fisicalidade nervosa e olhar febril, parece ter encontrado aqui o papel ideal.

Visualmente, o filme promete ser um banquete retro, com estética inspirada em revistas desportivas dos anos 50, trilha sonora jazzística e o habitual grão sujo de 16mm que dá à A24 o seu charme autoral.

Um Natal com cheiro a Óscar

Com estreia marcada para 25 de dezembroMarty Supreme chega às salas como o presente de Natal mais desejado para os amantes de cinema de autor. A crítica vê nele um concorrente inesperado, a A24 aposta num novo fenómeno, e o público prepara-se para ver Chalamet em modo total: carismático, obsessivo e, como sempre, à beira do colapso.

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Se Uncut Gems era o caos urbano e pulsante da Nova Iorque moderna, Marty Supreme é o seu espelho nostálgico — uma história de suor, sonho e redenção em mesa de pingue-pongue.

George Clooney — O Batman Que Ninguém Queria Ser

Como um episódio de ER levou Bruce Wayne à urgência

Antes de ser o galã de Hollywood e o realizador respeitado que hoje todos conhecem, George Clooney era o Dr. Doug Ross da icónica série médica ER – Serviço de Urgência. E foi precisamente um episódio dessa série, segundo o realizador Christopher Chulack, que mudou o rumo da sua carreira — e, involuntariamente, o destino do pior filme de Batman alguma vez feito.

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Em entrevista à TV Insider, Chulack revelou que o episódio “Hell and High Water”, emitido em Novembro de 1995, foi o catalisador que levou Clooney a vestir o capuz do Cavaleiro das Trevas. Nesse episódio, o médico Doug Ross protagoniza uma operação de resgate heróica, salvando um rapaz preso num esgoto inundado — uma sequência intensa que captou 45 milhões de espectadores e deixou a América colada ao ecrã.

“No dia seguinte, os presidentes da Warner Bros. Television bateram à porta do camarim do George e disseram-lhe: ‘Vais ser o próximo Batman por causa do heroísmo deste episódio’”, contou Chulack.

Pouco depois, Clooney estava em filmagens para Batman & Robin (1997), realizado por Joel Schumacher e com um elenco estelar: Uma ThurmanArnold SchwarzeneggerChris O’Donnell e Alicia Silverstone.

O herói que caiu no ridículo

Mas o sonho depressa se tornou pesadelo. Para os fãs da DC Comics e para a crítica em geral, Batman & Robin foi unanimemente considerado o pior filme de toda a saga Batman — e, inevitavelmente, o pior Batman de sempre.

Com vilões caricatos, frases de antologia (“Everybody chill!”), cores berrantes e fatos anatómicos com mamilos em relevo, o filme foi um fracasso tanto artístico como comercial. Clooney, que herdava o papel após Michael Keaton e Val Kilmer, viu-se transformado num meme cinematográfico antes dos memes existirem.

O próprio actor nunca escondeu o embaraço. Em várias entrevistas, Clooney confessou que rever o filme “ainda dói” e que proibiu a família de o ver — incluindo a mulher, Amal Clooney. “Nunca mostrei Batman & Robin à minha mulher. Quero que continue a respeitar-me”, disse com ironia numa conversa com o Variety.

O resgate da carreira

Apesar do fiasco monumental, Clooney rapidamente fez o que o seu Batman não conseguiu: salvou-se a si próprio. Após o desastre de 1997, o actor afastou-se de blockbusters e mergulhou em projetos mais sérios e pessoais, apostando em papéis exigentes e colaborações com realizadores de peso.

Em Three Kings (1999) e Syriana (2005) mostrou a sua veia dramática; em O Brother, Where Art Thou? (2000) revelou talento cómico; e em Good Night, and Good Luck (2005) e Michael Clayton (2007) consolidou o estatuto de actor e realizador de prestígio.

Hoje, Clooney é sinónimo de elegância, inteligência e filantropia — um dos rostos mais respeitados de Hollywood. Mas, por mais prémios que acumule, o espectro do seu Batman camp e sorridente continuará a persegui-lo.

Entre a dor e a redenção

É curioso pensar que tudo começou com um herói da medicina numa série televisiva e terminou com um super-herói que se tornou piada. Clooney conseguiu redimir-se, mas Batman & Robin permanece como uma cicatriz na sua filmografia — uma ferida antiga que ainda o faz estremecer sempre que alguém menciona “mamilos no fato”.

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E, sejamos honestos: se até o próprio diz que o filme dói, talvez devêssemos poupá-lo de mais uma revisita.

“The Wizard of the Kremlin”: Jude Law e Paul Dano Brilham no Retrato Implacável da Ascensão de Putin

Realizado por Olivier Assayas, o novo drama político que conquistou Veneza chega carregado de tensão, intriga e poder — com um elenco de luxo liderado por Jude Law e Paul Dano.

O realizador francês Olivier Assayas, conhecido por obras como Personal Shopper e Carlos, regressa com um dos filmes políticos mais aguardados do ano: “The Wizard of the Kremlin”, uma poderosa incursão nos bastidores do poder russo e na ascensão de Vladimir Putin. O filme, que recebeu uma ovação de 12 minutos no Festival de Veneza, promete ser um dos grandes destaques da temporada cinematográfica europeia.

Inspirado no romance homónimo de Giuliano da Empoli, vencedor do Grande Prémio da Academia Francesa, o argumento foi adaptado por Assayas em parceria com o escritor e argumentista Emmanuel Carrère. O resultado é uma obra ambiciosa que mistura ficção e realidade, mergulhando nas entranhas do Kremlin durante o caótico período pós-soviético.

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Paul Dano e Jude Law em duelo de poder

No centro da narrativa está Paul Dano, que interpreta Vadim Baranov, um “spin doctor” — conselheiro político e manipulador de imagem — inspirado livremente em Vladislav Surkov, o enigmático estratega russo conhecido por ser o arquiteto da propaganda moderna do Kremlin.

Ao seu lado, Jude Law encarna Vladimir Putin, retratado inicialmente como um agente da KGB frio e calculista, cuja sede de poder o transforma num líder implacável. O filme acompanha, ao longo de duas décadas, a forma como Putin ascende e consolida o seu domínio, manipula aliados e destrói adversários, num jogo político que mistura lealdade, medo e sedução.

O trailer revela também Alicia Vikander como Ksenia, a esposa de Baranov, cuja relação conjugal é corroída pelo peso da ambição e do segredo; Tom Sturridge no papel de um banqueiro e oligarca inspirado em Mikhail KhodorkovskyWill Keen como o magnata Boris Berezovsky, morto em exílio em Londres em circunstâncias suspeitas; e Jeffrey Wright como um jornalista americano em Moscovo, confidente e testemunha de um regime em mutação.

Política, manipulação e o espelho do Ocidente

Mais do que um retrato biográfico de Putin, The Wizard of the Kremlin é um estudo sobre o poder e a ilusão, um retrato do nascimento de um sistema político sustentado pela desinformação e pelo controlo narrativo — um tema particularmente atual.

O crítico Damon Wise, da Deadline, descreveu o filme como “um aviso ao Ocidente sobre como o mundo chegou a este estado de coisas”, sublinhando a forma como Assayas transforma os bastidores do Kremlin num labirinto psicológico e moral, onde cada gesto político é também um ato de teatro.

Visualmente, o filme mantém a assinatura estética do realizador: planos longos, atmosfera densa e fotografia fria, que sublinha a distância emocional e o peso do poder. A banda sonora minimalista, aliada à montagem precisa, reforça o tom inquietante de um país a moldar o seu próprio mito.

Um sucesso de crítica e festivais

Após a sua estreia triunfal em Veneza, onde foi recebido com aplausos prolongados, The Wizard of the Kremlin percorreu os festivais de Toronto, San Sebastián e Londres, consolidando-se como uma das produções europeias mais relevantes de 2025. O filme seguirá em dezembro para o Red Sea Film Festival, no Médio Oriente, antes da estreia comercial em França pela Gaumont, responsável também pela distribuição internacional.

Produzido por Olivier Delbosc (Curiosa Films) e Sidonie Dumas (Gaumont), o projeto contou com a participação de France TélévisionsDisney+ e France 2 Cinéma, confirmando a aposta francesa em narrativas políticas de alcance global.

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Com Paul Dano e Jude Law em estado de graça, e uma abordagem que alia realismo e introspeção, The Wizard of the Kremlin promete tornar-se uma das obras cinematográficas mais comentadas do ano — um retrato inquietante de como o poder absoluto nasce, cresce e se perpetua.

Sylvester Stallone Quis Destruir o Filme Que o Tornou Uma Lenda de Ação — e Quase o Conseguiu

Antes de ser um ícone do cinema de ação, Stallone acreditou que Rambo: First Blood arruinaria a sua carreira. O que era para ser um desastre acabou por definir toda uma era.

Hoje é difícil imaginar Sylvester Stallone sem o suor, o sangue e a bandana vermelha de John Rambo. Mas, em 1982, o ator quase deitou fora a película que o transformaria num mito. First Blood, o filme que deu início à saga Rambo, foi durante meses o seu maior pesadelo — a ponto de Stallone tentar comprar e destruir as cópias originais antes da estreia.

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O filme, realizado por Ted Kotcheff e baseado no romance de David Morrell, apresentava Rambo como um veterano da Guerra do Vietname marcado por traumas, rejeitado pela sociedade e perseguido por uma pequena cidade americana. No entanto, o primeiro corte tinha três horas de duração e, segundo o próprio Stallone, era “um desastre completo”.

Numa entrevista a Howard Stern em 2005, o ator confessou que, ao ver a montagem inicial, sentiu-se fisicamente mal: “Era um assassínio de carreira. Fiquei uma hora e meia a correr pela floresta a gritar frases horríveis. O meu agente e eu queríamos queimar o filme.”

Do fracasso anunciado ao ícone do cinema

A versão original de First Blood continha tudo o que um bom filme de ação não deve ter: diálogos ridículos, cenas intermináveis e um protagonista tagarela. Stallone recordou linhas absurdas como “take that, you mouse-munching mother”, após abater uma coruja, ou “I’m easy walker”, numa tentativa falhada de trocadilho com Easy Rider.

Desesperado para salvar o projeto, Stallone convenceu os produtores a aplicar o truque mais antigo de Hollywood: cortar tudo o que era desnecessário — sobretudo o diálogo do herói. O resultado foi transformador. O novo Rambo tornou-se silencioso, introspectivo e letal, uma figura trágica em vez de caricatural.

A decisão deu frutos. Rambo: First Blood estreou e foi um sucesso imediato, elogiado pela crítica e pelo público como um dos filmes de ação mais inteligentes da década de 80. Em vez de glorificar a violência, o filme explorava as feridas psicológicas dos veteranos do Vietname e a alienação de um homem que já não encontrava lugar na sociedade que servira.

Um grito contra o esquecimento dos veteranos

O impacto de First Blood foi profundo. Ao contrário das sequelas, que se tornaram progressivamente exageradas, o original é um retrato cru de stress pós-traumático (PTSD) e da indiferença dos Estados Unidos perante os seus ex-combatentes. A cena final, onde Rambo desaba emocionalmente nos braços do coronel Trautman (Richard Crenna), é uma das mais intensas da carreira de Stallone — e uma das raras vezes em que um filme de ação dos anos 80 ousou mostrar vulnerabilidade masculina.

A tensão entre Rambo e o xerife Teasle (Brian Dennehy) funciona como metáfora para o conflito interno dos próprios EUA: um país dividido entre orgulho militar e culpa social. Cada tentativa de capturar Rambo gera apenas mais caos, até que o espectador percebe que o verdadeiro inimigo não é o soldado traumatizado, mas a sociedade que o rejeitou.

O nascimento de uma lenda de ação

Após First Blood, Stallone nunca mais foi o mesmo. O sucesso catapultou-o de estrela de Rocky a ícone global da ação, ao lado de Arnold SchwarzeneggerClint Eastwood e Bruce Willis. O papel redefiniu o herói do cinema americano: musculado, determinado, silencioso e imortal.

As sequelas — mais barulhentas e patrióticas — acabaram por transformar Rambo numa caricatura da própria América dos anos Reagan. Mas o primeiro filme manteve-se intocável, um clássico com alma, onde Stallone prova que a força de um herói está no silêncio e não nas explosões.

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Stallone: o perfeccionista que salvou Rambo

O episódio de First Blood revela uma faceta muitas vezes esquecida de Stallone: o artista exigente e autocrítico. Longe de ser apenas um corpo de ginásio, o ator é também argumentista, realizador e editor, responsável por moldar as suas próprias personagens. Assim como fez em Rocky, Stallone reescreveu a sua própria história — literalmente.

Hoje, Rambo: First Blood é visto como um dos pilares do cinema de ação moderno, e a personagem tornou-se sinónimo de resistência e dor. Ironicamente, o filme que Stallone quis destruir acabou por o imortalizar.

William H. Macy revela o segredo dos seus 28 anos de casamento com Felicity Huffman: “Estou completamente apaixonado por ela”

Assinalando quase três décadas de união, William H. Macy mantém o olhar fixo – e o coração entregue – à sua esposa Felicity Huffman. Em exclusivo para a People, o ator falou sobre a relação e o que os mantém unidos, aproveitando a antestreia do filme The Running Man, em Nova Iorque, no domingo, dia 9 de novembro.

Casados desde 1997, Macy (75 anos) e Huffman (62 anos) conheceram-se ainda nos anos 80, na companhia de teatro Atlantic Theater Company, em Nova Iorque. Têm duas filhas, Sophia e Georgia — esta última acompanhou o pai na noite de estreia.

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Macy afirmou que a relação com Huffman não é algo em que tenha de “trabalhar” arduamente. «Estou louco por ela. É a melhor coisa que já me aconteceu, e ela está viva, em constante evolução, está sempre a desafiar-me», confessou. Para ele, partilhar interesses é crucial: «Vivemos teatro, show-biz, histórias — e isso está no núcleo da nossa relação».

A actriz está a filmar Doc em Toronto, enquanto Macy leu os seus guiões, ela os dele — criticam-se, apoiam-se, vivem-se nas entrelinhas. Macy recorda ainda o apoio que deu à mulher numa fase difícil: quando Huffman cumpriu 11 dias de prisão por envolvimento no escândalo de admissões universitárias, ele esteve ao lado dela.

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Com uma carreira marcada por altos e baixos, Macy transformou-se numa figura respeitada graças a séries como Shameless. Já Huffman regressou à atuação recentemente, com participações em The Good Doctor e Criminal Minds: Evolution.

Notas finais

  • Filme em destaque: The Running Man.
  • Datas de estreia do filme: em Portugal a 13 de novembro de 2025.  Em Brasil, previsto para 20 de novembro de 2025.  

Jennifer Lawrence Ataca Kourtney Kardashian: “Está Mais Irritante do que Nunca!”

Durante um teste do polígrafo da Vanity Fair, a atriz de No Hard Feelings voltou a provar que não tem papas na língua — e Kourtney Kardashian foi o seu novo alvo.

Parece que Jennifer Lawrence continua a “manter-se a par das Kardashians”… mas já perdeu a paciência com Kourtney. A atriz, conhecida tanto pelo seu talento como pelo seu humor mordaz, aproveitou uma entrevista recente com a Vanity Fair para lançar uma das suas tiradas mais afiadas dos últimos tempos.

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Durante um teste do polígrafo em vídeo — parte da divertida série de entrevistas do canal — o seu colega de elenco em Die My LoveRobert Pattinson, perguntou-lhe diretamente se Khloé Kardashian continua a ser a sua favorita da famosa família. Jennifer respondeu sem hesitar: “Sim”. Mas logo a seguir, sem que ninguém lhe perguntasse, acrescentou: “E a Kourtney? Está mais irritante do que nunca.”

A atriz explicou que está cansada das “constantes declarações públicas” da irmã mais velha das Kardashians, acusando-a de precisar sempre de transformar cada detalhe pessoal num anúncio. “Ela não precisa dizer que deixou de usar certas roupas — pode simplesmente não as usar e pronto”, atirou Lawrence, entre risos e olhares cúmplices com Pattinson.

O humor ácido de J-Law em modo completo

A conversa seguiu noutros rumos — incluindo uma hilariante troca sobre o uso de merkins (as famosas perucas íntimas usadas em filmagens) —, mas a farpa ficou no ar. Fiel ao seu estilo, Lawrence deixou a crítica com o tom descontraído que a tornou uma das personalidades mais autênticas de Hollywood.

Nos últimos dias, Jennifer tem estado em digressão promocional do filme Die My Love, que estreou ontem nos cinemas internacionais, e tem oferecido à imprensa uma sequência de declarações que os tabloides adoram. Além desta alfinetada a Kourtney Kardashian, revelou que ela e Emma Stone estão a produzir um filme sobre a Miss Piggy, e que dispensou o uso de um coordenador de intimidade nas cenas românticas com Pattinson — comentários que incendiaram as redes sociais.

Kourtney (ainda) não respondeu… mas ninguém duvida que o fará

Até ao momento, Kourtney Kardashian não reagiu publicamente ao comentário — algo surpreendente para quem adora transformar qualquer provocação num momento viral. Contudo, os fãs da família já se dividiram: uns acham que Jennifer apenas brincou; outros, que foi uma crítica certeira à “superexposição” que Kourtney tem cultivado nas redes sociais, especialmente desde o seu casamento com Travis Barker, o baterista dos Blink-182.

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Entre sorrisos e sarcasmo, Jennifer Lawrence volta a provar que continua a ser uma das vozes mais imprevisíveis de Hollywood — alguém capaz de transformar uma entrevista promocional numa tempestade mediática.

E se Kourtney decidir responder, o público pode contar com outro episódio de celebridades a trocarem estaladas verbais… sem perder o glamour.

Conflito Entre YouTube TV e Disney Aquece: ESPN Fora do Ar e Troca de Acusações Pública

A guerra entre gigantes do streaming chegou ao auge: Disney acusa o YouTube TV de recusar um acordo justo, enquanto a plataforma denuncia as “táticas antigas” da Disney para manipular a opinião pública.

O conflito entre Disney e YouTube TV — que começou como uma disputa contratual — transformou-se agora num dos maiores embates do ano no mundo do streaming. Milhões de utilizadores norte-americanos perderam o acesso aos canais da ESPN e da ABC, afetando transmissões da NFL, do College Football e até o popular College GameDay.

Na sexta-feira, a situação escalou quando um memorando interno da Disney, enviado aos funcionários, foi divulgado publicamente, levando o YouTube TV a responder de imediato com um comunicado contundente.

📺 O que está em causa

Segundo a Disney, as negociações começaram “com uma proposta que reduziria custos em relação ao contrato anterior”, permitindo ao YouTube TV “passar essa poupança aos clientes”. O grupo também afirmou ter oferecido novos pacotes personalizados, adaptados a diferentes perfis de público — desporto, entretenimento, famílias e crianças.

O memorando, assinado pelos copresidentes da Disney Entertainment Dana Walden e Alan Bergman, e pelo presidente da ESPN Jimmy Pitaro, sublinha que a empresa tem sido “flexível e justa”, e acusa o YouTube TV de exigir “termos preferenciais abaixo do valor de mercado”.

“O YouTube TV age como se fosse o único jogador em campo”, escreveu a direção da Disney. “Não podemos permitir que ninguém subverta a nossa capacidade de investir no melhor talento e conteúdo.”

💥 A resposta do YouTube TV

A réplica não tardou. Num comunicado divulgado via o jornalista Andrew Marchand, do The Athletic, o YouTube TV acusou a Disney de recorrer às “velhas táticas”, incluindo vazamentos propositados para a imprensa e negociações em praça pública através das suas figuras mediáticas.

“Mais uma vez, a Disney recorre a métodos antiquados, deturpando factos e tentando manipular o público”, afirmou a plataforma. “A nossa equipa está pronta para chegar a um acordo justo, em linha com o que outros distribuidores já aceitaram. A Disney precisa de regressar à mesa e fazer o que é melhor para os nossos clientes comuns.”

Fontes próximas das negociações indicam que nenhum acordo está próximo, o que significa que os assinantes da plataforma continuarão sem acesso à ESPN durante os jogos decisivos da época desportiva.

🏈 Um “apagão” em plena época alta

O impacto é significativo. O Monday Night Football e os jogos de topo da NCAA deixaram de estar disponíveis no YouTube TV, gerando revolta entre os fãs. Para mitigar a situação, o comentador Pat McAfee anunciou que transmitirá o College GameDay em direto através da rede X (antigo Twitter), oferecendo um alívio temporário para os adeptos.

Entretanto, os clientes da plataforma expressam frustração nas redes, muitos ameaçando mudar para serviços concorrentes como Hulu Live TV ou FuboTV, que mantêm os canais da ESPN.

🔮 O que pode acontecer a seguir

Analistas do setor consideram que este conflito reflete a nova tensão entre criadores de conteúdo e distribuidores digitais, com ambos os lados a tentar impor modelos de negócio mais lucrativos.

Nos bastidores, há quem diga que a Disney pretende usar este impasse para reforçar o seu próprio serviço, o ESPN+, enquanto o YouTube TV insiste em controlar custos para manter o preço do pacote base competitivo.

Por agora, o resultado é um clássico jogo de poder à americana — e o público, como sempre, é quem mais perde.

Franchise de Dinossauros Regressa: Jurassic World: Rebirth Pode Ter Sequência Confirmada

Logo após o sucesso nos cinemas, surgem relatos de que a produtora Universal Pictures já prepara a próxima aventura jurássica — com o realizador Gareth Edwards e o elenco de regresso.

A saga dos dinos continua a dar que falar. Depois de Jurassic World: Rebirth (2025) arrecadar mais de 868 milhões de dólares em bilheteira mundial, vários meios americanos avançam que o próximo capítulo está em preparação.  

Segundo o site Gizmodo, o realizador Gareth Edwards encontra-se em “negociações finais” para voltar ao comando da sequência, e a Universal pretende reunir novamente nomes como Scarlett Johansson, Mahershala Ali e Jonathan Bailey.  

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🦖 Sobre o filme

Jurassic World: Rebirth é o sétimo filme da franquia Jurassic Park e uma sequência autónoma de Jurassic World Dominion (2022). A trama segue uma equipa que viaja até uma instalação de investigação para recolher amostras de dinossauros raros na tentativa de revolucionar a medicina humana.  A estreia original norte-americana foi a 2 de Julho de 2025.  

🎬 Mas… e em Portugal?

Até ao momento não há anúncio oficial de quando Rebirth estará disponível em streaming em Portugal — mas dado o padrão recente da distribuidora para outros títulos da Universal, é provável que chegue primeiro em filmes premium nos cinemas e depois apareça numa das plataformas habituais como a Amazon Prime Video ou a Apple TV + . Fique atento às actualizações: normalmente a janela de estreia para streaming ocorre algumas semanas após o encerramento da exibição cinematográfica no mercado nacional.

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Glenn Close Responde Aos Críticos de All’s Fair Com Humor — e Uma Referência a Atração Fatal

A atriz de 78 anos não ficou calada perante as duras críticas à nova série de Ryan Murphy — e usou um toque de humor negro inspirado no seu clássico de 1987 para defender Kim Kardashian.

As críticas a All’s Fair, a nova série de Ryan Murphy protagonizada por Kim Kardashian e um elenco de luxo que inclui Glenn CloseSarah PaulsonNaomi Watts e Niecy Nash-Betts, têm sido arrasadoras. Mas Glenn Close, fiel à sua reputação de mulher de garra, não deixou o ataque passar em branco.

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Num gesto carregado de ironia e referências cinematográficas, a atriz partilhou no Instagram um desenho da equipa da série junto de uma panela com um coelho a ferver, acompanhada pela legenda: “👏👏👏👏👏😂”.

A ilustração é uma clara alusão a Atração Fatal (Fatal Attraction, 1987), o thriller psicológico que lhe valeu uma nomeação ao Óscar e onde a sua personagem, Alex Forrest, infamemente cozinha o coelho de estimação da filha do amante.

🔥 Uma resposta à altura

A publicação surgiu dias depois de a crítica norte-americana ter arrasado a série, chamando-a de “um desastre total”, “a pior série do ano” e “televisão feita em modo automático”. All’s Fair estreou com um devastador 0% no Rotten Tomatoes, e embora a pontuação do público tenha subido ligeiramente, o consenso entre os críticos continua longe de ser positivo.

O gesto de Close foi recebido com entusiasmo pelos colegas de elenco — Naomi Watts e Teyana Taylor reagiram com emojis de aplausos e gargalhadas, apoiando o espírito bem-humorado da veterana atriz.

⚖️ All’s Fair — entre o escândalo e a sátira

Criada por Ryan Murphy (American Horror StoryGlee), a série segue um grupo de advogadas poderosas que abrem o seu próprio escritório para representar mulheres ricas e influentes em casos de divórcio e vingança.

Kim Kardashian, que interpreta Allura Grant, uma advogada de divórcios implacável inspirada na sua própria experiência com o sistema judicial, tem sido o principal alvo das críticas — especialmente pela sua interpretação considerada “rígida” e “sem emoção”. Ainda assim, a série tem atraído audiências curiosas, impulsionada pelo seu tom camp e pela presença de nomes de peso no elenco.

💬 Glenn Close e o poder da ironia

Ao brincar com um dos papéis mais icónicos da sua carreira, Glenn Close mostrou que continua a dominar a arte de responder sem precisar de palavras — apenas com uma imagem provocadora.

A atriz, nomeada oito vezes ao Óscar, parece não se deixar abalar pelas críticas: se All’s Fair divide opiniões, a sua publicação uniu fãs e colegas numa gargalhada cúmplice.

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E, como disse um dos comentários mais populares no Instagram:

“Se Glenn Close está a cozinhar coelhos, é sinal de que a coisa vai aquecer.”