Um Verão de Documentários no National Geographic: Tubarões, Tráfico e Tempestades

De “Sharkfest” a “Katrina”, o mês de julho promete emoção, ciência e reflexão

Se há canal que nunca deixa os fãs de documentários desiludidos, é o National Geographic – e este julho de 2025 traz-nos um alinhamento verdadeiramente irresistível. Da ação nos oceanos ao colapso humano durante catástrofes naturais, passando por redes criminosas globais, há de tudo um pouco. Junta-se ainda o sempre selvagem National Geographic Wild, com cobras venenosas e tubarões canibais prontos para desafiar a sanidade do sofá. Preparados?

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Sharkfest no National Geographic Wild 🦈

Julho é sinónimo de Sharkfest, o tradicional mergulho do canal NG Wild no mundo dos tubarões – e este ano o cardume é de peso. Desde o dia 6 de julho, aos domingos à tarde, temos estreias semanais como:

  • “Sharks of the North” – investiga o surpreendente aumento de tubarões-brancos na costa do Canadá.
  • “When Sharks Attack… And Why?” – tenta perceber por que razão um tubarão pacato decidiu começar a atacar surfistas na Austrália.
  • “Sharks Up Close with Bertie Gregory” – sim, sem jaula, porque o medo é para fracos.
  • “Perfect Predator” – uma ode evolutiva aos tubarões enquanto máquinas perfeitas de caça.
  • “Cannibal Sharks” – sim, é mesmo o que parece: tubarões a comerem-se uns aos outros .

Para quem aprecia o género “é horrível, mas não consigo parar de ver”, há ainda o especial Wild Venom, com cobras que cospem veneno para os olhos dos tratadores, rãs tóxicas e predadores armados com toxinas, a serem analisados com o rigor científico que tanto nos apaixona .

“50 Anos de Tubarão”: Steven Spielberg conta tudo 🎬

Cinquenta anos depois da estreia que mudou para sempre o cinema, o National Geographic lança “50 Anos de Tubarão: A História Definitiva”, com depoimentos do próprio Steven Spielberg. A estreia está marcada para 14 de julho às 22h10.

Não é apenas sobre o tubarão mecânico mais teimoso da história de Hollywood – este documentário mergulha na criação do primeiro blockbuster de sempre, nas suas repercussões culturais e até no impacto na conservação marinha .

O inferno depois da tempestade: “Furacão Katrina: Corrida Contra o Tempo” 🌪️

A 28 de julho, o canal estreia “Furacão Katrina: Corrida Contra o Tempo”, uma análise crua e necessária ao que falhou após uma das maiores tragédias naturais dos EUA. Não é só o desastre meteorológico que nos confronta – é o desastre humano. A série expõe como desigualdades raciais e falhas estruturais agravaram o sofrimento de milhares. Um documentário essencial para quem quer entender o lado negro das tragédias contemporâneas .

Mariana Van Zeller regressa com “Na Rota do Tráfico” 💼💉

A jornalista portuguesa Mariana Van Zeller está de volta com a 2.ª temporada de “Na Rota do Tráfico: Submundos”, a partir de 19 de julho às 22h30. A série continua a explorar os mercados negros mais perigosos do mundo. O episódio de estreia leva-nos ao sinistro mundo da cirurgia plástica clandestina – onde vaidade, desespero e crime organizado se entrelaçam de forma assustadora .

Vida extrema em “Ilha Sem Lei” ❄️

Para quem gosta de ver o ser humano no limite da sobrevivência, a 7.ª temporada de “Ilha Sem Lei” estreia a 4 de julho. Seguimos os habitantes de Port Protection, no Alasca, que lutam contra um inverno implacável e desafios que fariam Bear Grylls chorar .

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Seja com o zumbido de uma mamba-negra ou o rugido de um furacão a caminho, julho será um mês imperdível para quem vibra com o real. E como o Clube de Cinema também se deixa fascinar por boas histórias do mundo real, estes documentários são um convite irrecusável à reflexão e à emoção.

Peter Dinklage É o Herói Mais Improvável do Ano em The Toxic Avenger 🧼🩸

Preparem-se para o caos mais grotesco e sangrento do verão: Peter Dinklage está irreconhecível (e imparável) como o anti-herói mutante Toxie, no aguardado reboot de The Toxic Avenger. O trailer oficial acaba de ser revelado e traz tudo aquilo que os fãs da Troma esperam: violência estilizada, humor negro… e muito líquido corporal não identificado.

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De zelador a monstro (mais ou menos) justiceiro

Neste novo capítulo da franquia cult, Dinklage interpreta Winston, um simples zelador que perde a esposa e vê-se a cuidar sozinho do enteado. Um homem comum, frágil, até covarde, que não quer saber dos problemas dos outros. Mas isso muda — e de forma radical — quando um incidente químico o transforma numa aberração superpoderosa.

O resultado? Um herói deformado, conhecido agora como Toxie, que decide enfrentar o mal com as próprias mãos… ou melhor, com tudo o que tiver à mão. O trailer mostra um Toxie relutante, mas brutalmente eficiente, que deixa atrás de si um rasto de corpos e membros espalhados. Há motivações emocionais, sim — mas não esperem sentimentalismo.

Elenco de luxo num banho de sangue

Além de Peter Dinklage no papel principal, o filme conta com um elenco de luxo e deliciosamente improvável:

  • Kevin Bacon como o vilão de serviço
  • Elijah Wood, de novo com um visual que promete pesadelos
  • Jacob Tremblay, como o enteado de Winston
  • Taylour PaigeSarah Niles, e Julia Davis, entre outros

Este não é o típico filme de super-heróis: é uma carta de amor (ácido) ao cinema B, à violência camp, e ao politicamente incorreto que a produtora Troma sempre celebrou.

Uma nova era para um clássico (muito) underground

O original The Toxic Avenger (1984) tornou-se um clássico de culto, com múltiplas sequelas e até uma série animada (!). Esta nova versão, realizada por Macon Blair, mantém o espírito anárquico do original mas com um orçamento visivelmente mais generoso e um elenco de fazer inveja a qualquer blockbuster da Marvel.

Importa ainda referir: o filme será “unrated”, ou seja, sem classificação etária nos EUA — o que normalmente equivale a liberdade total para o gore e a insanidade visual.

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Estreia Internacional nos cinemas: 25 de agosto

Se achas que já viste todos os tipos de super-heróis possíveis… pensa outra vez. The Toxic Avenger promete ser o filme mais insano, divertido e grotescamente catártico do verão. E com Peter Dinklage à frente, é bom que os vilões (e o bom gosto) se preparem para levar uma valente esfregadela.

Glenn Close e Billy Porter Juntam-se à Nova Fogueira de Panem em “Amanhecer na Ceifa” 🔥🎬

A arena volta a encher-se — não só de sangue, mas de estrelas. O elenco do aguardado “Amanhecer na Ceifa”, o novo capítulo cinematográfico da saga Hunger Games, acaba de ficar ainda mais impressionante com a confirmação de dois pesos pesados: Glenn Close e Billy Porter. A estreia está marcada para 20 de novembro de 2026, e promete incendiar as bilheteiras.

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Novos nomes, velhos jogos

Com o regresso de Francis Lawrence à realização, “Amanhecer na Ceifa” traz-nos um novo olhar sobre os lendários Jogos da Fome, desta vez na 50.ª edição dos jogos — o temido Segundo Massacre Quaternário, onde 48 tributos (o dobro do habitual) são lançados na arena.

É nesta carnificina institucionalizada que entram Glenn Close e Billy Porter:

  • Glenn Close será Drusilla Sickle, uma acompanhante dos tributos do Distrito 12 conhecida pela sua crueldade — uma espécie de Effie Trinket sem verniz de boas maneiras. Uma figura enigmática que, ao que tudo indica, terá um papel mais sombrio e ativo na manipulação psicológica dos jovens tributos.
  • Billy Porter interpreta Magno Stift, ex-marido de Drusilla e um estilista de tributos em crise criativa, que promete adicionar à trama um toque de sarcasmo, drama e, quem sabe, redenção. A personagem deverá servir de contraste ao tom pesado da história — mas com a acidez que só Porter sabe entregar.

Um elenco de fazer inveja ao Capitólio

Para além de Close e Porter, o elenco reúne alguns dos nomes mais empolgantes da atualidade: Joseph Zada, Whitney Peak, Mckenna Grace, Jesse Plemons, Kelvin Harrison Jr., Maya Hawke, Lili Taylor, Ben Wang, Ralph Fiennes, Elle Fanning e o recém-premiado com Óscar Kieran Culkin.

Com este leque, “Amanhecer na Ceifa” posiciona-se como um dos filmes mais aguardados de 2026 — não só por continuar a saga, mas por oferecer um novo ângulo e novas camadas a um universo distópico que ainda tem muito para dizer.

Haymitch, antes do vício e do sarcasmo

O enredo vai centrar-se em Haymitch Abernathy, o tributo do Distrito 12 que vence esta edição — com apenas 16 anos. Este é o mesmo Haymitch que seria depois mentor de Katniss Everdeen (interpretada por Jennifer Lawrence) e Peeta Mellark, nos filmes anteriores, e que ficou imortalizado pela interpretação de Woody Harrelson.

“Amanhecer na Ceifa” irá mostrar a origem traumática e brutal desse Haymitch cínico e alcoólico, oferecendo uma perspetiva mais crua sobre os efeitos reais da violência ritualizada imposta por Panem.

Um mundo em expansão… e reflexão

A saga Hunger Games, criada por Suzanne Collins, começou como trilogia literária (2008-2010), mas ganhou nova vida com as prequelas. Depois de A Balada dos Pássaros e das Serpentes (adaptada ao cinema em 2023), Collins voltou em 2024 com “Amanhecer na Ceifa”, uma prequela que aprofunda ainda mais os horrores do sistema político de Panem.

E se há coisa que esta saga nos ensinou é que, por detrás das flechas e das explosões, há sempre uma crítica feroz à desigualdade, à espetacularização da dor e ao controlo do poder através do medo.

Contagem decrescente para o regresso à arena

Com estreia marcada para 20 de novembro de 2026, “Amanhecer na Ceifa” será o sexto filme da saga “Hunger Games”, e um novo capítulo onde a esperança terá, mais uma vez, de lutar pela sobrevivência.

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Prepara-te: a ceifa recomeça. E desta vez, com Glenn Close e Billy Porter no jogo, ninguém vai querer sair da sala de cinema vivo.

“O Teorema de Marguerite”: Quando a Matemática Colide com a Emoção, Só no TVCine 📐❤️

Estreia já este domingo, 22 de junho, às 22h, em exclusivo no TVCine Edition e no TVCine+, um dos filmes franceses mais sensíveis e inesperados do último ano: “O Teorema de Marguerite”, protagonizado por uma magnética Ella Rumpf, vencedora do Prémio César de Revelação.

Mas desengane-se quem espera um drama académico cinzento ou uma aula de cálculo com lágrimas à mistura. Este filme é muito mais do que isso: é uma viagem emocional de autodescoberta, uma metáfora poderosa sobre fracasso, reinvenção e as infinitas equações da identidade.

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A fórmula desfeita

Marguerite é uma jovem brilhante, a única mulher no competitivo curso de Matemática da prestigiada École Normale Supérieure. Durante anos, dedicou-se obsessivamente à sua tese, perseguindo o rigor da lógica e da perfeição. Mas no dia da defesa, a tragédia académica acontece: descobre um erro fatal no seu trabalho.

O que fazer quando a equação da tua vida se desfaz diante dos teus olhos?

Num gesto impulsivo, abandona tudo — a escola, os estudos, o passado — e mergulha no mundo real, longe das provas matemáticas, mas mais próxima de si mesma. É nesse mundo de incertezas que encontra a jovem Léa, novas experiências, novos desejos e a liberdade de explorar o desconhecido.


Matemática e emoções: um teorema invulgar

Realizado por Anna Novion (Rendez-vous à Kiruna), o filme surpreende pela delicadeza com que trata temas como o fracasso, a solidão feminina em ambientes dominados por homens, o despertar da sexualidade e a importância de redefinir o sucesso. A realizadora trabalhou lado a lado com a matemática francesa Ariane Mézard para garantir o rigor da componente científica, mas é no lado humano que o filme realmente brilha.

Não é comum ver um filme que consegue unir a lógica da matemática com o caos das emoções — e ainda menos comum é fazê-lo com tanta elegância e empatia.

Um elenco com brilho próprio

Ella Rumpf, já conhecida pelo seu desempenho intenso em Raw, entrega aqui uma performance contida, sensível e fascinante. Marguerite é tanto uma mente genial como uma alma em construção — e Rumpf capta essa dualidade com precisão comovente. O elenco inclui ainda Jean-Pierre DarroussinClotilde CourauJulien Frison e Sonia Bonny, num conjunto harmonioso que sustenta a complexidade emocional da história.

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📺 Canal: Exclusivo no TVCine Edition e no TVCine+

Se és fã de cinema europeu com coração e cérebro, “O Teorema de Marguerite” é obrigatório. Uma história sobre crescer, falhar, amar e… reencontrar a equação certa para viver.

Daniela Ruah e Joaquim de Almeida São os Novos Rostos do Tribeca Festival Lisboa 2025 🎬🇵🇹

Tribeca Festival Lisboa está de regresso à capital com uma nova energia — e com dois embaixadores que dispensam apresentações. Daniela Ruah e Joaquim de Almeida vão dar cara e voz à edição de 2025 do festival internacional que, de 30 de outubro a 1 de novembro, promete transformar Lisboa no epicentro do cinema, da criatividade e do storytelling global.

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O anúncio foi feito esta semana no TUMO Lisboa, num evento que revelou não só os novos embaixadores, mas também uma estratégia renovada de bilheteira, novos curadores e uma clara ambição: tornar o Tribeca numa plataforma mais acessível, mais diversa e mais próxima do público.

“É disto que precisamos em Portugal”

Foi com entusiasmo que Daniela Ruah aceitou o convite para representar o festival. “É disto que precisamos em Portugal: de plataformas que liguem criadores, ideias e novas perspetivas ao resto do mundo”, afirmou a atriz de NCIS: Los Angeles, sublinhando a importância de criar pontes entre o talento nacional e as grandes narrativas globais.

Já Joaquim de Almeida, uma referência incontornável do cinema português e internacional, destacou o poder do festival como catalisador de mudança: “É um privilégio fazer parte de um festival que acredita no poder transformador do storytelling e que quer desafiar a indústria a olhar mais longe e de forma mais profunda.”

Curadoria com selo nacional

A nova equipa curatorial do Tribeca Festival Lisboa conta com nomes sólidos da cultura portuguesa: Patrícia Vasconcelos (fundadora do Passaporte Lisboa), o crítico de cinema Rui Pedro Tendinha e Joana Beleza, subdiretora de Áudio e Multimédia do Grupo Impresa. Caberá a este trio desenhar a programação nas áreas de cinema, conversas e podcasts.

A conferência de apresentação decorreu sob o mote provocador “Pode o storytelling mudar o mundo?”, e contou com a moderação de Júlia Palha numa conversa que cruzou criatividade, inclusão e a missão do festival enquanto farol para vozes emergentes.

Bilhetes para todas as carteiras — e todos os interesses

Uma das grandes novidades para 2025 é a estratégia de bilheteira, mais flexível e inclusiva. Os preços variam entre os 15€ e os 255€, com cinco modelos à escolha, pensados para públicos diferentes:

  • 🎟️ Tribeca Full Pass (255€) – Acesso total ao festival e à noite de abertura
  • 🎧 Talks & Podcasts Daily Pass (45€) – Acesso diário às conversas e gravações ao vivo
  • 🎬 Cinema Pack I (65€) – Seis sessões de cinema (até 3 por dia)
  • 🎬 Cinema Pack II (35€) – Três sessões de cinema
  • 🎟️ Cinema Session (15€) – Bilhete individual por sessão

A primeira fase de vendas do Full Pass arranca já a 24 de junho.

TUMO Lisboa ganha protagonismo

Este ano, o TUMO Lisboa assume-se como palco oficial do festival, sob o nome The Auditorium, reforçando a aposta no público jovem e nas novas linguagens criativas. Uma decisão que sublinha o espírito do Tribeca: olhar para o futuro sem esquecer o presente.

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Com presenças internacionais já confirmadas — entre elas Kim Cattrall, Meg Ryan e Giancarlo Esposito —, Lisboa prepara-se para receber uma edição que quer ser mais do que um festival. Quer ser um encontro. Um manifesto. Uma celebração da arte de contar histórias.

“Harold & Kumar” Estão de Volta — e Sim, Vai Ser Mesmo R-Rated, Caótico e Cheio de Fumo 🌿🍔

Mais de uma década depois da última viagem alucinada, Harold e Kumar estão oficialmente prontos para mais uma ronda de hambúrgueres, drogas recreativas e situações absolutamente insanas. E quem está ao volante deste regresso são os criadores de Cobra Kai, Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg e Josh Heald, que assinam argumento, realização e produção desta nova sequela da icónica comédia stoner dos anos 2000.

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É isso mesmo: os mesmos tipos que levaram Daniel LaRusso e Johnny Lawrence a reconquistar o coração do mundo, agora querem repetir a dose com os anti-heróis mais “munchies” de Hollywood. E, como diriam os próprios, it’s high time.


O regresso da dupla mais insólita da comédia moderna

Lançado em 2004, Harold & Kumar Go to White Castle parecia, à partida, mais um filme para adolescentes com humor de casa de banho e referências canábicas. Mas revelou-se algo muito mais inesperado: uma sátira social com dois protagonistas não brancos, uma crítica ao racismo e aos estereótipos… e uma sequência em que fumam com um guepardo. Tudo isso, e Neil Patrick Harris a fazer de si próprio, completamente pedrado e alucinado.

O sucesso foi suficiente para gerar duas sequelas — Escape from Guantanamo Bay (2008) e A Very Harold & Kumar Christmas (2011) — que cimentaram a série como uma referência do humor irreverente e provocador.

Agora, com Hurwitz e Schlossberg a retomar o controlo criativo (eles próprios escreveram e realizaram os dois primeiros), o novo capítulo promete uma “versão sem desculpas, R-Rated e cheia de fumo” daquilo que tornou Harold & Kumar uma comédia de culto.


John Cho e Kal Penn: estão de volta?

Embora ainda sem contrato assinado, tudo indica que John Cho e Kal Penn vão regressar aos papéis de Harold Lee e Kumar Patel — agora, provavelmente, como pais de meia-idade a tentar esconder as suas aventuras passadas dos filhos… enquanto inevitavelmente se envolvem em novas. Os criadores brincam: “Está na hora de passarem a sabedoria… só não contem às crianças.”

A confirmar-se, este será um reencontro com sabor nostálgico, especialmente sabendo o quão longe ambos foram desde então. Cho brilhou em Star Trek e Searching, enquanto Kal Penn até trocou Hollywood pela Casa Branca durante a administração Obama. Sim, Kumar trabalhou na Ala Oeste. A sério.

A equipa de Cobra Kai em modo stoner comedy? Sim, por favor.

Depois do sucesso explosivo de Cobra Kai, que transformou um franchise dos anos 80 num fenómeno global com direito a nomeações aos Emmys, Hurwitz, Schlossberg e Heald tinham carta branca para fazer… o que quisessem. E escolheram voltar às origens — à comédia “sem filtro”, mas com cérebro.

Produzido pela Mandate Pictures (com ligação histórica à trilogia original), o novo filme será também uma das primeiras grandes apostas de Nathan Kahane depois de deixar a presidência da Lionsgate Motion Pictures Group. A nostalgia está em alta — e ninguém duvida que este regresso vai ter um público fiel à espera.

Afinal, para que serve o cinema, senão para rir de nós próprios?

Harold & Kumar sempre foi mais do que um filme para ver com os amigos a rir desalmadamente. Era um grito de diversidade em Hollywood antes de isso ser uma palavra da moda, e uma prova de que os heróis podiam ser asiáticos, indianos, ridículos e ainda assim profundamente humanos.

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Este regresso é mais do que justo. É necessário. E se tiverem de voltar a fugir de racistas, entrar num bar com um touro ou reencontrar Neil Patrick Harris a cantar num cavalo mágico, nós estaremos aqui para ver — de preferência com batatas fritas e gargalhadas.

“Filmes Para Não Dormir”: O Regresso do Ciclo de Terror que Vai Assombrar o Verão nos Cinemas Portugueses 🌕🔪

Se é daqueles que adormece com facilidade… aproveite agora, porque a partir de 3 de julho dormir vai ser um luxo raro. Está de regresso o ciclo Filmes Para Não Dormir, uma iniciativa da NOS Audiovisuais que promete fazer tremer as salas de cinema portuguesas com sete propostas de terror cuidadosamente escolhidas para transformar as noites quentes de verão em experiências cinematográficas gélidas.

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Ao longo de doze semanas, os cinemas vão ser palco de uma programação dedicada aos amantes do género — e também àqueles que gostam de desafiar os limites da sua coragem. Porque sim, este ciclo é para quem não tem medo do escuro. Ou melhor: é para quem gosta de sentir o medo bem à frente dos olhos, em ecrã gigante e som envolvente.

Sete filmes, sete formas de perder o sono

A nova edição traz uma seleção que cruza diferentes vertentes do terror — do psicológico ao sobrenatural, do claustrofóbico ao visceral. Eis os títulos confirmados:

  • O Ritual
  • Animais Perigosos
  • Um Encontro Mortal
  • Rosario – Herança Maldita
  • O Poço do Mal
  • Não Entres
  • Perverso

É um menu de horrores variado e requintado, onde cada sessão é um convite a mergulhar numa atmosfera de tensão crescente, surpresas letais e narrativas onde nada — mesmo nada — é o que parece. O ciclo promete explorar medos primordiais, reacender traumas e semear a dúvida: até que ponto estamos seguros na nossa cadeira de cinema?

Sessões da meia-noite: o terror onde ele deve estar

Um dos grandes trunfos deste ciclo é o horário. Filmes Para Não Dormir assume-se como um ritual semanal de cinema à meia-noite — a hora certa para invocar demónios, abrir portas proibidas, ou simplesmente assistir ao desespero alheio com uma boa dose de pipocas… e as mãos a tremer.

Mais do que uma sessão de cinema, é uma experiência coletiva de suspense e adrenalina. Quem já viveu uma destas noites sabe: há algo de especial em sair de uma sala escura, depois da meia-noite, com o coração acelerado e a sensação incómoda de que… talvez algo o esteja a seguir até ao carro.

Terror como ele deve ser: no cinema, com intensidade

Numa altura em que tantas experiências cinematográficas são consumidas em streaming e em ecrãs pequenos, este ciclo vem recordar-nos de que o terror, para ser verdadeiramente eficaz, exige escuridão, som envolvente, e espectadores cúmplices que saltem da cadeira ao mesmo tempo que nós.

A NOS Audiovisuais aposta forte nesta proposta e deixa claro: o objetivo é proporcionar “noites cheias de tensão e surpresas”, para quem vive o cinema com intensidade — e tem nervos de aço.

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Se estava à procura de uma desculpa para não ir para a praia ao fim do dia, aqui está ela: todas as semanas, a partir de 3 de julho, há razões mais do que suficientes para trocar o calor do verão por arrepios na espinha.

Vê os trailers dos filmes propostos nesta playlist

“I Know What You Did Last Summer” Está de Volta — E Traz Mais Sangue, Mais Ganchos e Jennifer Love Hewitt com Sede de Vingança 🔪🌊

A pergunta volta a ecoar, agora num novo e arrepiante contexto: “What are you waiting for?!” Quase três décadas depois do grito original de Jennifer Love Hewitt em I Know What You Did Last Summer (1997), a saga regressa com sangue novo, mas sem esquecer os fantasmas do passado. Com estreia marcada para 18 de julho, o novo filme promete um banho de sangue à escala Costco — palavras dos próprios realizadores.

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Um regresso ao passado… com ganchos bem mais afiados

Dirigido por Jennifer Kaytin Robinson (Do RevengeSomeone Great), este novo capítulo traz de volta Julie James (Jennifer Love Hewitt) e Ray Bronson (Freddie Prinze Jr.), agora mais velhos, traumatizados… e muito mais prontos para dar luta. Ao seu lado, surge uma nova geração de potenciais vítimas e suspeitos, incluindo Madelyn Cline, Chase Sui Wonders, Jonah Hauer-King, Sarah Pidgeon, Gabriette Bechtel e Tyriq Withers — todos prontos para cometer erros fatais e correr muito, muito depressa.

A história repete o padrão familiar: um grupo de jovens comete um homicídio involuntário (desta vez, na noite de 4 de julho de 2024) e tenta esconder o crime. Mas o passado, claro, vem à tona com uma carta ameaçadora e um vilão clássico: o Pescador de Gabardina e Gancho, agora com uma arma nova “tão afiada por dentro como por fora”.


Julie e Ray: trauma, sobrevivência e conselhos letais

O regresso de Hewitt e Prinze Jr. não é apenas um aceno nostálgico. A realizadora fez questão de os envolver desde o início no desenvolvimento das suas personagens adultas, profundamente marcadas pelos eventos dos anos 90. “Este filme é sobre como o trauma molda as pessoas ao longo do tempo”, diz Robinson. E esse peso emocional está presente em cada cena de Julie, que, com voz grave e firme, aconselha a nova geração: “Get them before they get you.”

E para quem estiver a perguntar: sim, haverá novidades sobre o paradeiro de Karla (interpretada por Brandy no segundo filme). Mas, nas palavras de Robinson: “Vão ver o filme. E de preferência no fim de semana de estreia.”


Um filme que grita slasher clássico — mas com upgrades mortais

O novo I Know What You Did Last Summer não tenta reinventar a roda, mas sim aprimorá-la. A equipa de produção fez questão de manter o espírito dos filmes originais, recriando locais icónicos como o salão da Croker Queen — onde a personagem de Sarah Michelle Gellar teve a sua mítica perseguição — e introduzindo referências subtis que os fãs mais atentos vão saborear.

Mas este não é um simples pastiche: o gancho, por exemplo, está agora mais assustador do que nunca, com lâminas internas que garantem mortes mais criativas (e viscerais). “É a versão Costco de sangue e tripas”, brinca a atriz Sarah Pidgeon. O novo trailer já mostra que Wyatt (Joshua Orpin), o noivo da personagem de Cline, não terá um final feliz: é empalado no duche com requintes de crueldade que fazem corar qualquer slasher dos anos 2000.


Gritos com pedigree e novas scream queens

No evento de apresentação do trailer nos estúdios da Sony, em Los Angeles, a realizadora, o elenco e jornalistas presentes entoaram o célebre “What are you waiting for?!” antes da projeção. A noite terminou com confissões divertidas sobre o desafio de gritar profissionalmente — Chase Sui Wonders foi a primeira a admitir que gritar durante 40 segundos é uma verdadeira arte.

Madelyn Cline, já habituada ao universo teen através de Outer Banks, tem agora uma nova missão: sobreviver ao gancho. E com um grupo de atores carismático, cheio de energia, este novo capítulo parece querer equilibrar o espírito irreverente de um bom filme de terror de verão com uma nova camada de complexidade emocional.

2025

Um futuro aberto… se alguém sobreviver

Robinson não confirma uma sequela, mas admite que já se falou do assunto. “Algumas pessoas sobrevivem… e temos uma ideia.” Tudo dependerá, claro, da recepção do público. Mas com a mistura de nostalgia, sangue fresco e uma equipa criativa com amor pela saga, tudo indica que o Pescador poderá voltar a lançar o gancho nos próximos anos.

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“I Know What You Did Last Summer” estreia a 18 de julho. E, sim… o gancho está mais afiado do que nunca.

Brad Pitt Entra em Alta Rotação: “F1” Arranca com 78% no Rotten Tomatoes e Promete Ser o Blockbuster do Verão 🏎️🔥

Brad Pitt está de volta ao grande ecrã — desta vez ao volante — e a crítica já deu luz verde à sua mais recente aventura cinematográfica. F1, o aguardado drama desportivo realizado por Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick), teve a sua estreia mundial na passada segunda-feira em Nova Iorque e, menos de 24 horas depois, já estava a dar nas vistas… pelo menos no Rotten Tomatoes.

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Com 78% de aprovação e uma média de 80% de críticas positivas entre as primeiras 44 análises, F1 arranca com força nas pistas da crítica especializada. E embora ainda falte uma semana para a estreia mundial — marcada para 27 de junho — já há quem diga que este é o filme para ver no maior ecrã possível este verão.

Um regresso às pistas com cheiro a Oscar?

No centro da história está Sonny Hayes, um piloto veterano interpretado por Brad Pitt, que regressa à Fórmula 1 para ajudar a equipa de um velho amigo e orientar o novo prodígio da pista, Joshua Pearce, interpretado por Damson Idris. Um enredo clássico de redenção, rivalidade e superação — mas com um toque de glamour, velocidade real captada em pista e uma realização que promete levar o género dos filmes de corridas a um novo patamar.

Joseph Kosinski, que já nos fez voar alto com Top Gun: Maverick, troca os cockpits de aviões pelos de monolugares a 300 km/h. E, segundo muitos críticos, o salto correu-lhe bem. Pelo menos emocionalmente.

Velocidade, rivalidade e… Hans Zimmer no máximo

Um dos maiores elogios até agora vai para a banda sonora composta por Hans Zimmer. O lendário compositor volta a dar cartas e, segundo David Thompson do TheDirect.com, o seu trabalho é “geracional”, fazendo o coração bater em sincronia com cada curva apertada, cada aceleração no limite.

A crítica destaca também o elenco secundário de luxo: Javier Bardem, Kerry Condon e o promissor Damson Idris, todos eles contribuem para uma dinâmica de grupo intensa, onde as emoções estão tão à flor da pele quanto os pneus na pista.


Mas nem tudo é pole position

Ainda assim, nem todos os analistas ficaram totalmente convencidos. David Ehrlich, da IndieWire, elogia o filme como “uma experiência agradável no cinema” — sobretudo se for vista “em grande e com som bem alto” — mas aponta o dedo a Kosinski por não encontrar uma linguagem verdadeiramente inovadora para filmar as corridas em si. Na sua opinião, F1promete um espetáculo visual que nem sempre entrega.

Expectativas em alta e bilheteiras à espera

Apesar das reservas de alguns, o consenso geral é claro: F1 é um dos grandes candidatos a blockbuster de verão de 2025. Com um protagonista carismático, uma realização cuidada e o charme dos bastidores do desporto motorizado mais glamoroso do mundo, o filme posiciona-se entre o drama humano e a adrenalina das pistas.

A estreia nos cinemas portugueses está agendada para 27 de junho — e tudo indica que será uma corrida esgotada logo à partida. O entusiasmo está alto, a crítica aprova e os fãs de cinema e velocidade mal podem esperar para ver Brad Pitt em modo “full throttle”.

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TROLLS 3 – TODOS JUNTOS! Estreia nos TVCine a 20 e 21 de Junho

Preparem as vossas vozes, os vossos penteados (coloridos, de preferência!) e a vossa melhor disposição: os Trolls estão de regresso com mais música, mais brilho e, claro, mais surpresas no novo capítulo da saga, Trolls 3 – Todos Juntos! A estreia acontece no TVCine Top nos dias 20 (versão original) e 21 de junho (versão portuguesa), com uma programação dupla irresistível para fãs de todas as idades.

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De namorico a resgate familiar… com muito pop à mistura!

Se ainda se lembram dos namoricos entre Poppy e Branch nos primeiros dois filmes, preparem-se para a evolução da relação: agora são oficialmente um casal. Mas como em qualquer boa comédia romântica musical com trolls a cantar e dançar, há sempre um passado obscuro (ou pelo menos muito colorido) à espreita.

Eis que ficamos a saber que Branch, o troll mais reservado da aldeia, teve um passado glorioso numa boys band chamada BroZone, ao lado dos seus quatro irmãos: Floyd, John Dory, Spruce e Clay. A banda separou-se quando Branch era ainda bebé, e desde então, ele nunca mais viu os irmãos.

Mas tudo muda quando Floyd é raptado por dois vilões pop-star decadentes e cheios de purpurinas — Velvet e Veneer — que têm planos tão nefastos quanto espalhafatosos. A missão? Salvar Floyd, reunir os irmãos BroZone e, quem sabe, voltar a pôr a banda a tocar (e a cantar) junta.

Música, cor e nostalgia para toda a família

Com realização de Tim Heitz e Walt Dohrn — este último já uma figura conhecida da saga —, Trolls 3 – Todos Juntos!traz novamente para o grande (ou pequeno) ecrã os icónicos “Trolls da sorte”, baseados nos bonecos criados pelo dinamarquês Thomas Dam. A DreamWorks continua assim a alimentar uma das marcas mais queridas do universo infantil, agora com ainda mais ritmo e emoção.

Como bónus especial, antes de cada exibição de Trolls 3 – Todos Juntos!, será transmitido o segundo filme da saga, Trolls: Tour Mundial — porque, convenhamos, nunca é demais ver os nossos trolls favoritos a conquistar palcos e corações.

Onde e quando ver?

  • 20 de junho (quinta-feira):
    • Trolls: Tour Mundial (versão original) – 20h00
    • Trolls 3 – Todos Juntos! (versão original) – 21h30
  • 21 de junho (sexta-feira):
    • Trolls: Tour Mundial (versão portuguesa) – 9h30
    • Trolls 3 – Todos Juntos! (versão portuguesa) – 11h00

Tudo no TVCine Top. E para quem perder, os filmes estarão também disponíveis no TVCine+!


Quer sejam fãs desde o primeiro acorde ou apenas estejam à procura de um filme divertido para ver com os miúdos (ou sozinhos, sem vergonha), Trolls 3 – Todos Juntos! promete gargalhadas, canções contagiantes e uma boa dose de ternura à moda dos trolls. E quem sabe? Talvez também desperte a vontade de reunir a vossa própria banda de irmãos! 🎶✨

Pixar vai com tudo até 2028: robôs-animais, gatos mafiosos e o regresso de Woody 🐾🎬🚀

Do Festival de Annecy para o mundo: todas as novidades sobre os próximos filmes da Pixar

A Pixar está de volta em força e com planos ambiciosos até 2028. Durante o Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy 2025, e numa apresentação exclusiva para jornalistas nos EUA algumas semanas antes, o estúdio revelou imagens, detalhes e até cenas inteiras de vários projectos em desenvolvimento — incluindo Toy Story 5GattoElioHoppersOs Incríveis 3 e Coco 2.

ver também : Elio: o filme da Pixar que ninguém estava à espera — e que promete ser a grande surpresa do verão 🚀🌌

E agora que o embargo foi levantado, é tempo de mergulhar nesta verdadeira maratona de animação. Preparados? Vamos a isso.

Elio — Primeiro contacto imediato

O próximo filme da Pixar, Elio, foi apresentado com um novo trailer… mas o grande momento foi mesmo a exibição surpresa do filme completo para os convidados! Embora as críticas estejam ainda sob embargo, tudo indica que estamos perante mais uma aventura emocional com assinatura de Pete Docter.

Estreia este verão (data a confirmar).


Hopper — James Cameron encontra Planet Earth (com um castor como mentor)

Realizado por Daniel Chong, Hoppers segue Mabel, uma estudante universitária apaixonada por animais, que tenta salvar a floresta local (o Glade) da destruição às mãos do presidente da câmara — com voz de Jon Hamm — que quer transformá-la numa autoestrada.

O plano? Usar tecnologia futurista para entrar no corpo de robôs em forma de animais e convencer a fauna local a regressar ao Glade. Literalmente.

O filme tem um toque de Avatar, misturado com Missão Impossível… e um castor realista com voz de Bobby Moynihan.

Estreia em Março de 2026.

Toy Story 5 — Guerra declarada entre brinquedos e tecnologia

Woody, Buzz, Jessie e companhia estão de volta para enfrentar um novo inimigo: um tablet chamado Lily Pad.

Tom Hanks, Tim Allen e Joan Cusack regressam para esta nova aventura, realizada por Andrew Stanton (À Procura de Nemo). A história gira em torno do embate entre brinquedos tradicionais e tecnologia moderna — com Woody a encontrar forma de regressar ao quarto de Bonnie.

A primeira cena do filme, mostrada em exclusivo, mostra uma ilha tropical cheia de figuras Buzz Lightyear… sim, também estamos curiosos.

Estreia em Junho de 2026.

Gatto — Um gato preto, uma Veneza afogada em dívidas e… um chefe mafioso felino

Esta foi uma das grandes surpresas da apresentação. Gatto é o novo filme de Enrico Casarosa (Luca), passado na romântica Veneza e com um estilo visual que promete ser revolucionário — uma fusão de 2D e 3D para transformar a cidade italiana numa pintura viva.

A história segue Nero, um gato preto que tem pavor de água (má sorte para quem vive numa cidade cercada por canais) e que está afogado — literalmente e financeiramente. Para pagar as dívidas, Nero é forçado a trabalhar para Rocco, um chefe mafioso felino, até conhecer Maya, uma jovem musicista de rua que pode mudar tudo.

Estreia prevista para 2027.

Coco 2 e Os Incríveis 3 — Sim, estão mesmo a caminho!

Pete Docter confirmou o que muitos fãs já suspeitavam (e desejavam): Coco 2 e Os Incríveis 3 estão em desenvolvimento activo e fazem parte do plano da Pixar para 2028.

Ainda não há detalhes sobre enredos ou elenco, mas é oficial: Miguel voltará ao mundo dos mortos e a família Parr terá mais uma missão épica pela frente.

ver também : Pixar Só Faz Sequelas Se… Toda a Gente Gostar Mesmo Muito (e Houver Uma Boa História, Claro)

Pixar não abranda — e ainda há mais por revelar

Com uma agenda tão recheada, a Pixar mostra que está longe de abrandar o ritmo. Entre continuações de franquias adoradas e histórias completamente novas (e bizarras, no melhor dos sentidos), o estúdio está a preparar anos emocionantes para fãs de todas as idades.

E, segundo Pete Docter, ainda há mais surpresas a caminho.

Kevin Costner Aos 70: “Reformar-me? Só Se a Imaginação Me Abandonar”

O lendário actor diz que não tem lista de sonhos por cumprir — tem planos, paixão e ainda muito para fazer

Aos 70 anos, Kevin Costner não só continua a trabalhar… como nem sequer considera abrandar. Reformar-se? Nem pensar. Numa entrevista exclusiva à PEOPLE, o actor e realizador foi claro: enquanto tiver imaginação, há estrada para andar — e projectos para contar.

“Nem sequer penso na reforma”, confessou. “Simplesmente passo para a próxima coisa que me desperta a imaginação.”

Esta vontade inabalável de continuar a criar é, segundo o próprio, aquilo que sempre guiou a sua carreira. “Não é um patrão que decide o que faço, é a minha imaginação. É isso que determina tudo.”

De Dança com Lobos a Yellowstone: Uma carreira que dispensa ‘bucket lists’

Com uma carreira que atravessa mais de quatro décadas, Kevin Costner marcou várias gerações — e em múltiplos géneros. De The Untouchables (1987) a Field of Dreams (1989), de JFK (1991) a O Guarda-Costas (1992), passando por Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões e A Perfect World, Costner acumulou clássicos com uma tranquilidade desarmante.

Realizador de mão cheia, foi com Dança com Lobos (1990) que levou para casa dois Óscares — Melhor Filme e Melhor Realizador. E na televisão, conquistou um Emmy com Hatfields & McCoys (2012) e um Globo de Ouro pelo papel de patriarca em Yellowstone, série que protagonizou entre 2018 e 2023.

E agora? Agora está de corpo e alma em Horizon: An American Saga, ambicioso épico do velho Oeste que idealizou, escreveu, realizou e protagonizou. Os dois primeiros capítulos já estrearam, e os próximos estão a caminho.

“A minha lista? Tenho-a. Só não lhe chamo isso.”

Questionado sobre se tem alguma bucket list, o actor respondeu com um sorriso filosófico:

“Tenho essa lista… só não lhe chamo isso. Os meus olhos e o meu entusiasmo estão muito abertos. E muito grandes.”

Mais do que cumprir objectivos, Costner parece movido por uma energia interior rara, aquela que nasce da curiosidade, do prazer em contar histórias e de um desejo quase juvenil de fazer a diferença — seja no grande ecrã ou na vida das pessoas.

“Tenho desfrutado tanto da vida. Imaginar o que posso fazer, o que posso ser, o que pode ter impacto. Não só para mim, mas para os outros. O que me satisfaz?”

Pai de sete filhos, Costner encara o tempo com urgência — mas sem pressa.

“É uma corrida contra o tempo para chegar a todos os projectos. Mas é uma boa corrida.”

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Brad Pitt Impõe Condição Inusitada para Voltar a Trabalhar com Tom Cruise

Estrelas de Entrevista com o Vampiro continuam amigos… mas cada um com os pés (ou asas) bem assentes na sua própria realidade

ver também: “Arco”: Filme Produzido por Natalie Portman Brilha no Festival de Animação de Annecy 🌈✨

Trinta anos depois de Entrevista com o Vampiro (1994), Brad Pitt continua a ter carinho pelo seu antigo colega de cena, Tom Cruise. Mas, ao que parece, trabalhar juntos novamente exigiria uma condição bastante específica… e com os pés bem assentes na terra. Literalmente.

Durante a promoção do muito aguardado F1, o novo blockbuster de Joseph Kosinski em que Pitt interpreta um veterano piloto de Fórmula 1, o actor de 61 anos foi questionado sobre a possibilidade de voltar a contracenar com Cruise, com quem partilhou uma das duplas mais memoráveis do cinema dos anos 90.

Com um sorriso, Pitt recordou os tempos em que ele e Cruise se divertiam a competir em karts no set:

“Sim, tivemos os nossos dias de karting nos anos 90.”

Mas, quanto a futuras colaborações? A resposta veio com um toque de humor (e talvez um bocadinho de trauma cinematográfico):

“Não me vou pendurar em aviões nem m**** do género, por isso, quando ele fizer algo que se passe no chão, talvez.”

Entre vampiros e acrobacias aéreas

A alfinetada amigável tem contexto. Tom Cruise é hoje sinónimo de cenas de acção de cortar a respiração, muitas delas executadas pelo próprio, sem recurso a duplos. O actor, que continua a desafiar os limites da gravidade e da sanidade em cada novo Missão: Impossível, surpreendeu recentemente os fãs ao aparecer no topo do BFI IMAX em Londres durante a promoção de Mission: Impossible – The Final Reckoning.

Mas a verdadeira loucura (ou génio promocional?) aconteceu durante a cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Cruise protagonizou uma sequência pré-gravada em que saltava do telhado do Stade de France, descia em rappel até uma multidão de fãs, apanhava uma mota com a bandeira olímpica em riste… e depois embarcava num avião, só para saltar de paraquedas e aterrar junto ao letreiro de Hollywood, em Los Angeles.

Sim, isto tudo num único clipe. James Bond ficaria envergonhado.

F1

: Brad Pitt com os pneus no asfalto (e bem elogiado)

Enquanto Cruise voa pelos céus, Brad Pitt prefere manter-se na pista — literalmente. Em F1, o actor mergulha no mundo da Fórmula 1, com sequências filmadas em autênticos circuitos da modalidade e uma abordagem realista e imersiva que tem conquistado quem já viu o filme.

Drew Taylor, jornalista do The Wrap, escreveu:

F1 The Movie é absolutamente incrível. Um dos filmes mais fixes e divertidos que alguma vez verão, mas todo esse estilo não sacrifica a alma. Kosinski criou uma epopeia pop de cortar a respiração que vos faz sentir imenso. Adorei.”

Apesar da constante presença mediática da sua conturbada separação de Angelina Jolie, Pitt mostra-se focado na carreira e, aparentemente, com pouco interesse em subir aos céus ao estilo de Tom Cruise. Afinal, cada estrela brilha no seu próprio universo — e Brad parece preferir o chão firme das pistas ao abismo das acrobacias aéreas.

ver também: Adeus à Justiça: Quinta Temporada de The Equalizer Marca o Fim da Série com Queen Latifah

Para voltarmos a vê-los juntos no ecrã, Cruise terá de abdicar dos aviões. Ou Brad terá de começar a treinar para paraquedista. Mas não apostávamos já nesse salto.

“Arco”: Filme Produzido por Natalie Portman Brilha no Festival de Animação de Annecy 🌈✨

A aventura futurista com capa de arco-íris conquista o Prémio Cristal no maior festival de cinema de animação do mundo

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O cinema de animação acaba de ganhar mais uma pequena grande joia. Arco, uma longa-metragem francesa produzida por Natalie Portman e realizada por Ugo Bienvenu, foi distinguida com o Prémio Cristal — a mais alta distinção do Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy. E não foi só o júri que se rendeu à história: o público também ficou encantado com esta viagem colorida e poética.

Com um estilo visual arrebatador e uma paleta cromática inspirada nas cores do arco-íris, Arco conta a história de um rapaz de 10 anos com uma capa mágica, capaz de voar. Mas o voo inaugural corre mal — Arco perde o controlo e acaba por cair… no futuro próximo. A sua companheira, Iris, também com 10 anos, parte então numa missão tocante e determinada para trazê-lo de volta ao seu tempo. O resultado? Uma aventura utópica de ficção científica com 82 minutos que misturam o imaginário infantil com questões profundas sobre amizade, identidade e o tempo.

Uma produção com selo de estrela

Embora o realizador seja francês, o nome que saltou para muitos radares foi o da actriz e produtora norte-americana Natalie Portman, envolvida no projecto enquanto produtora. Conhecida pela sua exigência e bom gosto nas escolhas criativas, Portman aposta aqui numa história de animação com ambições artísticas e filosóficas — e, pelos vistos, acertou em cheio.

Annecy: onde a animação é levada muito a sério (mas com fantasia)

O Festival de Annecy, realizado anualmente na região da Sabóia, é o mais prestigiado festival dedicado à animação em todo o mundo. Na sua 49.ª edição, contou com 18.200 participantes de 118 países e recebeu visitas ilustres, incluindo os criadores de Os Simpsons e nomes de peso da Disney.

Além de Arco, foram também premiados:

  • “Les Bottes de la nuit”, curta francesa de Pierre-Luc Granjon, que arrecadou o Cristal da sua categoria e o Prémio do Público, com a história de uma criança que encontra criaturas misteriosas entre a vegetação noturna;
  • “Chao”, uma delicada longa-metragem romântica japonesa;
  • “Les Bêtes”, curta-metragem norte-americana;
  • A série televisiva “Christo le Barbare Civilisé, Partie de chasse”, dirigida pelo norte-americano Shaddy Safadi;
  • E dois talentos emergentes da animação francesa: Lola Lefèvre, com um minifilme inspirado na Star Feminine Band, e Léna Martinez, com a sua obra de fim de curso Zootrope.

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Annecy volta assim a confirmar-se como o ponto de encontro global para os apaixonados pela arte da animação, e Arcocomo o novo nome a não perder de vista nos próximos meses.

Jacinda Ardern Vira Documentário: Quando Liderar com Empatia é um Acto Revolucionário

Prime Minister retrata os bastidores da liderança da ex-primeira-ministra da Nova Zelândia com uma humanidade raramente vista em documentários políticos

Há líderes que marcam uma geração. E há documentários que nos lembram porquê. Prime Minister, dos realizadores Michelle Walshe e Lindsay Utz, oferece-nos um olhar íntimo, corajoso e profundamente humano sobre os cinco anos de liderança de Jacinda Ardern, a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia que encantou o mundo pela sua coragem, empatia e autenticidade — tudo isso enquanto se estreava simultaneamente na política de alto nível… e na maternidade.

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Ao contrário da maioria dos documentários políticos, que preferem os bastidores de campanhas e os slogans de última hora, Prime Minister mostra aquilo que raramente se vê: o peso real de governar, dia após dia, com decisões que afectam milhões — e uma bebé nos braços.

De Primeira-Ministra a Mãe de Neve: A Vida Pessoal Mistura-se com a Política

Jacinda Ardern subiu ao poder em 2017, com apenas 37 anos, após uma reviravolta improvável nas eleições. Em poucos meses, passou de líder da oposição a chefe de governo, liderando uma coligação minoritária que surpreendeu a Nova Zelândia — e o mundo.

A câmara acompanhou cada passo, muitas vezes através das lentes de alguém muito especial: o parceiro (agora marido) Clarke Gayford, um dos operadores de câmara e entrevistadores mais ternurentos do filme. A sua hesitação natural diante das perguntas difíceis (sobretudo quando a entrevistada é a sua companheira acabada de sair de uma reunião tensa) confere ao documentário uma camada de afecto raramente vista em retratos políticos.

Neve, a filha do casal, é presença recorrente e adorável. E a forma como o filme alterna entre a dureza do cargo e a suavidade da vida familiar é uma das suas maiores forças — desafiando os preconceitos que Jacinda enfrentou ao longo do mandato. Governar e ser mãe? Para Ardern, uma coisa fortalece a outra.

O Estilo Ardern: Coração, Humor e Lei

Prime Minister não perde tempo com tecnicalidades legislativas ou debates parlamentares — mas deixa bem claro o impacto da sua governação. Ardern foi incisiva na defesa do direito à interrupção voluntária da gravidez, fez avançar legislação climática relevante e liderou com firmeza emocional após os atentados de Christchurch, onde morreram 51 pessoas em 2019. Numa mistura de luto e acção, retirou armas de assalto das ruas da Nova Zelândia — num gesto que os EUA ainda invejam.

É impossível não recordar a sua graça em entrevistas internacionais (quem mais brilha com tanto à-vontade no The Late Show de Stephen Colbert?) ou a sua expressão de cansaço disfarçada por um sorriso tranquilo após mais uma noite sem dormir com a filha.

Mas o documentário não oculta as sombras: as ameaças, os protestos alimentados por desinformação importada dos EUA, e a pressão insustentável que a levou a abdicar do cargo em 2023. Ardern escolheu a sanidade em vez do poder. E esse gesto — tal como tantos outros — revelou a sua fibra.

Um Retrato Incomum Numa Época de Líderes Descartáveis

Prime Minister é mais do que uma biografia: é um manifesto de liderança com valores, num tempo em que o cinismo e o populismo parecem triunfar. Ardern é mostrada como alguém vulnerável, real, por vezes assustada, mas sempre orientada pelo bem comum. A sua sensibilidade é a sua maior arma. E o filme não tem medo de mostrar que sim, isso também é força.

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Ao sair da sala (ou desligar o ecrã), o espectador não só se emociona — sente-se inspirado. Porque, num mundo onde os megalómanos parecem multiplicar-se como cogumelos em solo húmido, Prime Minister relembra-nos de que é possível liderar com empatia. E que talvez — só talvez — o futuro ainda possa estar nas mãos de pessoas como Jacinda Ardern.

“Batman Begins”: O Recomeço Sombrio Que Mudou o Cinema de Super-Heróis Para Sempre

O primeiro filme da trilogia de Christopher Nolan não foi um sucesso imediato de bilheteira — mas tornou-se o ponto de viragem de uma era

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Hoje, parece impensável: um filme do Batman realizado por Christopher Nolan, com Christian Bale no papel principal, Morgan Freeman, Michael Caine e Gary Oldman no elenco, e mesmo assim… um arranque tímido nas bilheteiras. Mas foi precisamente isso que aconteceu com Batman Begins, lançado em 2005. E vinte anos depois, vale a pena revisitar a história do filme que reinventou o Cavaleiro das Trevas — e reescreveu as regras do cinema de super-heróis.


Do Caos de “Batman & Robin” à Visão de Nolan

Em 2003, a ideia de um Batman “realista” parecia quase heresia. Estávamos apenas seis anos afastados do desastre que foi Batman & Robin, com George Clooney, piadas congelantes do Mr. Freeze e, claro, os infames mamilos na armadura. Foi nesse contexto que a Warner Bros. anunciou que Christopher Nolan, autor dos aclamados mas discretos Memento e Insomnia, iria liderar um novo reboot da saga.

Nolan via Batman como o mais “credível e realista” dos super-heróis. Sem superpoderes, sem magia — apenas trauma, treino e vontade férrea. Para dar forma à sua visão, chamou David S. Goyer (argumentista de Blade) e mergulhou fundo na psique de Bruce Wayne. O objectivo: voltar ao princípio e mostrar como um homem se transforma em símbolo.


Uma Origem Densa, Um Elenco de Luxo

Batman Begins não tem pressa em vestir o fato. O filme acompanha Bruce Wayne na sua jornada pelo Oriente, onde treina com Ra’s al Ghul (Liam Neeson) e aprende os ensinamentos da Liga das Sombras. De regresso a Gotham, mergulha num submundo corrupto e encontra no medo a sua maior arma — nascendo assim o Batman.

Nolan reuniu um elenco impressionante: Christian Bale (que teve de recuperar peso após The Machinist), Michael Caine como Alfred, Gary Oldman como Jim Gordon, Cillian Murphy como o perturbador Espantalho e Morgan Freeman como Lucius Fox. Katie Holmes fechava o núcleo principal.

Mas o foco não estava apenas na acção — estava na humanidade. Nolan queria que sentíssemos o peso da perda, da dúvida, da transformação. Como ele próprio afirmou: “Batman é interessante porque é humano.”


Crítica Sim, Bilheteira… Assim-Assim

O filme estreou a 17 de Junho de 2005, arrecadando $48,7 milhões no primeiro fim-de-semana nos EUA. Nada mau — mas longe do impacto de Spider-Man ou até Batman Forever. No final da sua carreira nas salas, Batman Begins somou $373 milhões a nível mundial, um valor modesto tendo em conta o orçamento de $150 milhões e as expectativas associadas à marca Batman.

Curiosamente, Fantastic Four, da Marvel, superou a estreia de Begins pouco tempo depois, apesar de ser… bem, Fantastic Four. Mas onde Nolan ganhou vantagem foi na crítica e na longevidade: o boca-a-boca foi extremamente positivo e o DVD teve vendas massivas — naquela altura, um factor ainda decisivo.


A Semente de Uma Revolução Cinematográfica

Três anos depois, The Dark Knight não só ultrapassaria a marca dos mil milhões, como redefiniria o que um blockbuster podia ser. E tudo começou com Batman Begins.

O impacto foi imediato em Hollywood. Em 2006, Casino Royale deu-nos um James Bond mais cru e emocional. Em 2012, Skyfall tornou-se o Bond mais lucrativo de sempre. Até produções como Alice in Wonderland, de Tim Burton, abraçaram um tom mais “sério”. E claro, o universo DC posterior — incluindo Man of Steel — bebeu directamente da estética Nolan.

Mas nem tudo correu bem. A obsessão por reboots sombrios também nos deu falhanços como Fantastic Four (2015) e experiências divisivas como Batman v Superman. Copiar o estilo sem entender o conteúdo raramente resulta.


Lições de Um Recomeço

Hoje, com o género de super-heróis em crise de identidade, Batman Begins permanece um exemplo de como um risco calculado pode mudar tudo. Nolan não fez concessões: entregou uma história sólida, coerente, centrada em personagens, que confiava na inteligência do público.

A Warner poderia ter recuado perante os números mornos de 2005. Mas confiou em Nolan. E essa aposta transformou-o num dos realizadores mais respeitados do século XXI, culminando com o fenómeno Oppenheimer, que arrecadou quase mil milhões e o Óscar de Melhor Filme.

este: Bryce Dallas Howard Está de Volta e em Grande!A sua nova comédia de improviso Deep Cover conquista os críticos e o público logo na estreia 🎭💥

Num momento em que Hollywood parece perdida entre fórmulas e algoritmos, talvez esteja na altura de lembrar: o verdadeiro poder está nas histórias bem contadas, mesmo quando não brilham logo à primeira.

Bryce Dallas Howard Está de Volta e em Grande!A sua nova comédia de improviso Deep Cover conquista os críticos e o público logo na estreia 🎭💥

Depois do desaire que foi Argylle — aquele filme de espionagem que não convenceu nem audiências nem críticos —, Bryce Dallas Howard regressa à ribalta com uma inesperada mas explosiva comédia de improviso chamada Deep Cover. E desta vez, a recepção não podia ser mais diferente: a estreia no Prime Video foi um verdadeiro sucesso, com a crítica a aplaudir de pé e os espectadores a entrar no jogo.

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Logo no arranque, Deep Cover atingiu uns impressionantes 100% no Rotten Tomatoes e, mesmo com a passagem do tempo, mantém-se sólida com 92% no Tomatometer e 82% de aprovação por parte do público. Uma vitória clara para Howard, que aqui tem a oportunidade de mostrar que também sabe brilhar fora dos dinossauros de Jurassic World. E não está sozinha: junta-se a Orlando Bloom e Nick Mohammed numa missão tão absurda quanto hilariante.

Improvisar até ao submundo do crime? Sim, por favor!

Realizado por Tom Kingsley (Stath Lets FlatsGhosts) e escrito por um quarteto criativo liderado por Colin Trevorrow (realizador de Jurassic World), Deep Cover conta a história de uma professora de improviso e os seus alunos que se infiltram, por engano (ou não), no mundo do crime organizado. Como? Usando as suas capacidades de improvisação como “agentes” infiltrados ao serviço da Polícia Metropolitana, liderados por uma figura enigmática interpretada por Sean Bean. Porque não?

A ideia é tão insana que só podia resultar… e resulta mesmo. A crítica tem sublinhado a química do elenco e a entrega total dos actores a um argumento que exige “yes, and?” a cada cena — uma técnica clássica do teatro de improviso onde se aceita o que é proposto e se acrescenta algo novo. O resultado é um cocktail de comédia, perseguições cheias de estilo e personagens deliciosamente exageradas.

Além dos nomes principais, o elenco é reforçado por pesos-pesados como Ian McShane, Paddy Considine, Sonoya Mizuno, Omid Djalili e os próprios argumentistas Ben Ashenden e Alexander Owen. Uma verdadeira festa de talento.

Uma Bryce mais relaxada… e mais divertida

Este regresso em grande estilo acontece depois de um período mais discreto em frente às câmaras. Nos últimos tempos, Howard esteve mais dedicada à realização: dirigiu um episódio da aguardada série Skeleton Crew do universo Star Wars e um documentário para a Disney+ chamado Pets. Em relação à saga Jurassic World, Bryce está de fora da próxima entrada, Jurassic World Rebirth, que conta com Scarlett Johansson, Jonathan Bailey e Mahershala Ali. E está tudo bem assim. Segundo disse à Screen Rant, só voltaria “daqui a uns 20 anos, se pedissem”. E parece estar a gostar da nova liberdade criativa.

Deep Cover

 já está disponível no Prime Video

Com acção, risos, um elenco afinado e uma premissa que pisca o olho tanto a Missão: Impossível como a The OfficeDeep Cover pode muito bem tornar-se um dos filmes-surpresa do ano. E depois do falhanço que foi Argylle, é bom ver que Bryce Dallas Howard não perdeu o ritmo — apenas afinou o tom.

🎬 Deep Cover está disponível para streaming no Prime Video. Se gostam de comédias que não têm medo do ridículo, esta é para vocês.

“Materialists”: A Nova Comédia Romântica de Celine Song Que Vai Direto ao Coração (e à carteira) 💔💸

Depois de Past Lives, a realizadora volta a explorar o amor… mas com números, estatísticas e um toque muito pessoal

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Depois de nos emocionar com Past Lives, um dos filmes mais delicados e elogiados dos últimos anos, Celine Song regressa ao grande ecrã com Materialists, uma comédia romântica que — como o próprio título indica — mergulha no lado mais… quantificável do amor. Mas não se deixem enganar: embora os diálogos falem de altura, salários e outras medidas friamente calculadas, o coração do filme bate com a mesma sensibilidade e autenticidade que nos conquistou em Past Lives.

E tal como aconteceu com o seu primeiro filme, a inspiração vem da vida real da própria realizadora — neste caso, do período invulgar em que trabalhou como casamenteira em Nova Iorque. Sim, leu bem. Casamenteira.

Celine Song e o Amor Como Dados Estatísticos

Antes de ser argumentista nomeada aos Óscares, Song era uma jovem aspirante a dramaturga em Nova Iorque, sem grande jeito para servir cafés ou vender roupa. Quando conheceu uma casamenteira numa festa, pensou: “Porque não?” — e acabou por passar seis meses a organizar encontros entre milionários e potenciais parceiros ideais. Não pelos sentimentos, mas pelas estatísticas.

Materialists pega exactamente nessa experiência e transforma-a numa história contemporânea que equilibra o absurdo com a melancolia. Dakota Johnson interpreta Lucy, uma casamenteira de elite que leva o seu trabalho muito a sério — com um currículo impressionante de nove casamentos bem-sucedidos e uma abordagem quase científica ao romance. Perguntas como “quem queres que te mude as fraldas quando fores velho?” são respondidas com listas de altura mínima, salário e idade ideal.

Mas o verdadeiro dilema começa quando Lucy se vê dividida entre dois homens: Harry (Pedro Pascal), um magnata irresistivelmente rico com tudo no “checklist”, e John (Chris Evans), o ex-namorado carismático mas falido, que serve canapés em casamentos e sonha com o estrelato.

Amor ou Estatísticas? A Escolha Mais Difícil do Mundo

O filme explora com humor e franqueza as pressões do mercado dos encontros em 2025. Num mundo onde até a altura se pode comprar (sim, Harry fez uma cirurgia para crescer seis centímetros), Song levanta questões inquietantes sobre o que realmente valorizamos nas relações amorosas. As cenas entre Lucy e a sua colega, onde discutem abertamente os “benefícios” de ser mais alto, arrancaram gargalhadas em várias sessões — mas Song vê-as como profundamente trágicas.

“O que ele passou é muito difícil”, explicou Song sobre a personagem de Pedro Pascal. “É um reflexo de como os números moldam as nossas vidas, até na forma como somos amados — ou não.”

Mais do que apenas criticar, Song procura humanizar todos os intervenientes. Homens incluídos. “Os homens também são esmagados por este mercado de encontros”, diz. “Não é só conversa de raparigas. Todos sofremos com a forma como nos objectificamos uns aos outros.”

Romance Não É Só Para Poetas

No fundo, Materialists é mais uma carta de amor à complexidade das emoções humanas. E apesar do cinismo aparente, há esperança. O final — inspirado no próprio casamento civil de Song com o argumentista Justin Kuritzkes (Challengers) — é uma lembrança de que, por trás dos algoritmos e dos filtros, o amor ainda pode ser simples.

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E se perguntarem a Song se o amor é fácil, ela responde com a certeza de quem já viveu (e escreveu) sobre o assunto: “O amor é fácil. Mas só quando se deixa o controlo de lado e se entrega por completo.”

Pixar Apresenta Gatto: Um Filme de Gatos, Máfia e Amizade em Veneza 🇮🇹🐾

O novo projecto do realizador de Luca chega aos cinemas em 2027 — e já estamos rendidos

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A Pixar está de volta a Itália! E desta vez não é para mergulhar nas águas límpidas da Riviera, mas sim para explorar os becos labirínticos e as pontes sombrias de Veneza… com um gato preto como protagonista e um submundo felino à mistura. O novo filme chama-se Gatto e promete ser uma aventura original que mistura drama, humor e, claro, muitas bigodes.

A revelação foi feita esta sexta-feira no Festival Internacional de Animação de Annecy, numa apresentação conduzida por Pete Docter, o director criativo da Pixar. Entre as várias novidades do estúdio (incluindo cenas de Toy Story 5 e do curioso Hoppers), Gatto destacou-se como o novo grande projecto original da casa.

Um gato preto, uma dívida e um caminho improvável

Gatto conta a história de Nero, um gato preto que vive nas margens mágicas e decadentes da cidade de Veneza. Só que a sua vida está longe de ser tranquila: endividado com um mafioso felino, Nero vê-se obrigado a formar uma amizade inesperada que poderá finalmente dar-lhe um propósito. Sim, parece que até os gatos têm crises existenciais.

A realização está a cargo de Enrico Casarosa, o talentoso cineasta italiano que já nos ofereceu o encantador Luca em 2022, também ele passado em solo italiano. Casarosa, que colabora com a Pixar desde 2002, tem no currículo trabalhos como RatatuiUp – AltamenteCoco e The Good Dinosaur, onde assumiu o cargo de chefe de argumento visual.

Gatto estreia em 2027 — mas Annecy já revelou mais surpresas

Embora ainda esteja em fase de produção, Gatto tem estreia prevista para 2027 e será, a par de Elio e Hoppers, um dos grandes trunfos da Pixar para os próximos anos.

Na apresentação de Annecy, o estúdio revelou também 25 minutos de Elio, uma aventura intergaláctica com promessas de emoção e imaginação a rodos, bem como as primeiras imagens de Hoppers, onde uma adolescente que adora a natureza transfere a sua mente para um castor robótico (!?) para se ligar ao mundo animal. E claro, os fãs da casa ficaram ao rubro com a sequência inicial de Toy Story 5, que chegará no próximo verão.

Pixar: um estúdio que ainda sabe surpreender

Depois de um período de altos e baixos, parece que a Pixar está pronta para voltar à sua fórmula mágica: histórias emotivas, originais e visualmente arrebatadoras. Com Gatto, Enrico Casarosa promete levar-nos a uma Veneza que não é de postais — é de gatos, máfia e redenção.

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E nós já estamos de patas e coração prontos para a viagem.

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Uma história sobre solidão, pertença… e bloopers! Sim, os bloopers estão de volta 🎬

A Pixar voltou — e em força. Depois do sucesso emocional de Inside Out 2 no ano passado, o estúdio da lâmpada regressa este verão com uma aventura cósmica chamada Elio. À primeira vista parece “mais um” filme animado para miúdos. Mas segundo as reacções iniciais à estreia mundial no El Capitan Theater, em Los Angeles, estamos perante a maior surpresa cinematográfica da estação. E sim, traz de volta uma tradição esquecida há mais de 20 anos…

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Um miúdo perdido no universo… e dentro de si próprio

Elio conta a história de um rapaz de 11 anos com uma imaginação galopante e um fascínio por tudo o que é galáctico. Num daqueles momentos Pixar que desafiam a lógica mas nos conquistam o coração, Elio é acidentalmente “raptado” para a Communiverse, uma espécie de ONU intergaláctica, onde é confundido com o embaixador da Terra.

O que se segue é uma jornada cósmica de crescimento interior, descoberta pessoal e ligações improváveis com seres de todos os cantos da galáxia. O tema pode parecer rebuscado, mas como dizem os críticos, o coração é 100% Pixar.

Elio começa com um rapaz a lidar com a solidão, mas desdobra-se numa história surpreendentemente terna sobre auto-descoberta e encontrar ligação nos cantos mais inesperados do universo”, escreveu Michael J. Lee.

Humor, emoção e aquele velho brilho Pixar

Realizado por Adrian Molina (correalizador de Coco), o filme tem vozes de Yonas Kibreab como Elio, e um elenco de luxo que inclui Zoe SaldañaBrad GarrettJameela Jamil e Shirley Henderson.

Críticos como Dempsey Pillot e Joaquín Teodoro elogiam o equilíbrio entre humor e sentimento, a criatividade visual e o que consideram ser um regresso ao espírito dos primeiros filmes da Pixar. A comparação com clássicos como Monstros e Companhia ou À Procura de Nemo é inevitável.

“Uma exploração macrocósmica da solidão contada de forma brilhante da perspectiva de uma criança… Preparem os lenços!”, escreveu Pillot.

A Pixar trouxe os bloopers de volta! 😱

Sim, leu bem. Uma das grandes surpresas é o regresso dos bloopers animados — pequenas cenas cómicas em jeito de “erros de gravação”, totalmente criadas em animação. Esta tradição, que conquistou corações em filmes como Toy Story 2Monstros e Companhia, desapareceu dos filmes Pixar há mais de duas décadas… mas Elio ressuscita-a com estilo.

“Nunca imaginei que a Pixar voltasse aos bloopers… mas estou deliciado”, escreveu o perfil Animated Antic.

Um filme original num mundo de sequelas

Numa altura em que Hollywood parece dominada por continuações, remakes e IPs reciclados, Elio destaca-se como uma ideia original, que fala de identidade, exclusão e crescimento — temas universais, tratados com aquele toque Pixar que consegue fazer crianças e adultos rirem e chorarem… ao mesmo tempo.

Elio é uma história vibrante sobre não se encaixar — e porque isso pode ser a tua maior força”, resumiu o crítico Justin Lawrence.

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Preparem-se para embarcar

Elio estreia nos cinemas portugueses a 20 de junho. Se os primeiros testemunhos servem de barómetro, este é o filme que ninguém sabia que precisava ver — mas que vai tocar fundo. Tragam os miúdos, tragam os lenços, e preparem-se para mais uma viagem intergaláctica com assinatura Pixar. 🌠