Daniel Stern, o Lendário Marv de Sozinho em Casa, Quebrou o Silêncio — e Explicou Por que Abandonou Hollywood

Trinta e cinco anos depois do lançamento de Home Alone (Sozinho em Casa), um dos filmes mais queridos do cinema natalício, Daniel Stern — o inesquecível Marv, parceiro de crime de Harry (Joe Pesci) — decidiu falar abertamente sobre a sua vida longe das câmaras. E, à semelhança da própria comédia, a realidade é surpreendentemente simples, humana e até comovente.

Aos 68 anos, Stern vive numa quinta na Califórnia. É produtor de citrinos, criador de gado e, segundo ele próprio, alguém que encontrou paz longe da azáfama cinematográfica. Quando questionado pela People sobre o facto de não participar nos eventos oficiais que assinalam os 35 anos do filme, o actor foi directo: “Eu não saio da minha quinta.” Não há ressentimentos, nem desencanto com a indústria — apenas a preferência genuína por uma vida discreta. “É sem ofensa para o filme. Estou disponível para uma chamada telefónica, Zoom, o que for. Mas sou mesmo caseiro.”

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Apesar da distância, Stern garante que continua profundamente orgulhoso de ter participado naquele que muitos consideram o pináculo dos filmes de Natal. O carinho do público, no entanto, ainda o deixa atordoado. “Adoro saber que toda a gente o adora. Pessoas reais vêm ter comigo e dizem: ‘Amamos o filme’. Às vezes é um pouco avassalador.”

O actor recorda com clareza o impacto da primeira leitura do argumento. Escrito por John Hughes, o texto era para ele “o guião mais engraçado” que alguma vez tinha lido. “Estava a rebolar no chão a rir enquanto o lia”, confessa. Mas Stern sublinha que o charme de Home Alone não estava apenas no humor físico ou nas peripécias de Kevin McCallister (Macaulay Culkin). Era o equilíbrio raro entre comédia e emoção. “Era tão engraçado, mas também tão cheio de coração… o reencontro, o vizinho que salva o rapaz, a mãe que volta para casa… era tudo tão emocional.”

Ao longo de uma hora de caos muito bem coreografado, Stern e Pesci tornaram-se uma dupla icónica — dois ladrões incompetentes cuja química, exagero e timing cómico continuam a fazer rir gerações inteiras. Mas o actor admite que, apesar de saberem que estavam a fazer algo especial, ninguém poderia prever a longevidade do fenómeno. “Eu tinha esperança de que estivéssemos a fazer um grande filme. Mas não fazia ideia — ninguém podia — da vida que isto teria.”

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Hoje, longe dos holofotes, Daniel Stern continua a ser Marv para o mundo inteiro, mesmo que prefira a tranquilidade de tratar das suas árvores e do seu gado. Talvez haja nisso um eco da própria magia de Natal: às vezes, os heróis improváveis encontram o seu final feliz onde menos se espera.

Scarlett Johansson em Conversações para The Batman Part II: A Estrela Pode Estar Prestes a Entrar no Universo de Matt Reeves

A carreira de Scarlett Johansson atravessa um dos momentos mais impressionantes das últimas décadas — e isso é dizer muito para uma actriz que já foi nomeada duas vezes ao Óscar e que protagonizou alguns dos maiores fenómenos do cinema recente. Este verão brilhou em Jurassic World: Rebirth, prepara-se para conquistar o circuito de festivais com Eleanor The Great, e em 2025 liderará o novo The Exorcist de Mike Flanagan. Agora, segundo o Deadline, a actriz está em negociações finais para integrar The Batman Part II, de Matt Reeves, numa potencial estreia no universo da DC que está a incendiar a internet.

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As informações ainda estão envoltas em sigilo — não se sabe em que ponto estão as negociações nem qual seria a personagem destinada a Johansson — mas há algo que já parece claro: Reeves quer uma presença de peso ao lado de Robert Pattinson, que regressa como Bruce Wayne/Batman nesta sequela tão aguardada. A escolha faz sentido. Johansson tem experiência sólida em adaptações de banda desenhada, depois de ter participado em oito filmes do MCU, entre Iron Man 2 e Black Widow. Domina o registo físico, dramático e simbólico destas personagens, e isso abre um leque vasto de possibilidades dentro do universo sombrio de Gotham.

A galeria de mulheres marcantes associadas ao Cavaleiro das Trevas é extensa e particularmente rica: Poison IvyHarley QuinnHuntressTalia al Ghul… todas elas figuras complexas e suficientemente densas para justificar a presença de uma actriz com o calibre e a versatilidade de Johansson. A ausência prevista de Zoë Kravitz como Catwoman, segundo a Variety, só reforça a ideia de que Reeves poderá estar à procura de uma nova energia feminina para redefinir as dinâmicas emocionais e morais do seu universo.

O caminho até The Batman Part II não tem sido simples. O filme foi anunciado pouco depois da estreia de The Batmanem 2022, mas viu a sua data de lançamento oscilar repetidamente: primeiro 2025, depois 2026 e, finalmente, outubro de 2027. Só há cerca de seis meses é que Reeves e o co-argumentista Mattson Tomlin concluíram o guião, que foi rapidamente aprovado por James Gunn, agora responsável pela supervisão criativa da DC Studios. A produção está oficialmente marcada para a Primavera de 2026, o que indica que Reeves tem finalmente os elementos alinhados para avançar.

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Se a entrada de Scarlett Johansson se confirmar, o projecto ganha imediatamente outra dimensão mediática e criativa. A actriz combina prestígio, apelo popular e uma capacidade invulgar para equilibrar intensidade emocional com presença física — ingredientes perfeitos para o tom noir que Reeves definiu no primeiro filme. Teremos revelações nos próximos meses, mas uma coisa é certa: a simples possibilidade de Johansson entrar em Gotham já gerou mais excitação do que muitos anúncios oficiais dos últimos anos.

Até lá, continuamos à espera — playlist de Nirvana preparada, eyeliner negro à mão — por mais pistas sobre aquilo que Reeves e Tomlin têm vindo a preparar no silêncio meticuloso com que constroem cada passo deste universo.

James Cameron Admite: Um Novo Terminator em 2025 É “Muito Difícil” — Porque o Mundo Já Ultrapassou a Ficção Científica

Enquanto promove Avatar: Fogo e Cinza, James Cameron tem sido obrigado a falar não apenas de Pandora e IA, mas também do inevitável espectro que o acompanha desde 1984: Terminator. E, pela primeira vez em muito tempo, o realizador deixou claro que um novo filme da saga em 2025 é altamente improvável — não por falta de vontade, mas por algo mais profundo: o nosso mundo já ultrapassou o que antes era ficção científica.

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A saga presa num limbo desde 2019 — mas Cameron quer regressar à escrita

Depois de Dark Fate, a franquia ficou suspensa, sem caminho claro e sem consenso sobre o futuro. Cameron, que continua ligado criativamente ao legado que criou, garante que está a preparar um novo capítulo… mas com cautela extrema.

Mesmo que não realize o próximo filme, afirma que será ele a escrever o novo Terminator — e esse processo não vai acontecer em ritmo acelerado. Com Avatar: Fogo e Cinza a dominar o seu presente e um calendário completamente preenchido com múltiplos projectos, Cameron admite que só depois de cumprir essa “maratona azul” é que se sentará para repensar o futuro da saga.

“Estamos a viver num mundo de ficção científica”

A grande barreira, explica ele, não tem a ver com orçamento, nem com estúdio, nem sequer com desgaste de público. O verdadeiro problema é conceptual.

Segundo Cameron:

“A ficção científica avançou e está a ultrapassar-nos. Estamos a viver num mundo de ficção científica e a enfrentar problemas que antes só existiam em livros ou filmes. Agora são reais.”

O que Terminator representava em 1984 — uma visão presciente, quase profética, sobre máquinas autónomas, vigilância e inteligência artificial — tornou-se hoje, de certa forma, parte do quotidiano.

Cameron chega a dizer que já não é possível ser “tão premonitório” como naquela época, porque o futuro se move depressa demais. Ninguém sabe o que vai acontecer dentro de um ou dois anos, e é precisamente essa incerteza que o leva a querer esperar antes de regressar ao universo dos exterminadores.

Entre Avatar, Alita e Hiroshima: um realizador com mais projetos do que tempo

O calendário criativo de Cameron é quase tão épico quanto os mundos que imagina. Depois de Avatar: Fogo e Cinza, o realizador tem pela frente:

  • Alita: Battle Angel 2
  • Avatar 4 e Avatar 5
  • A adaptação de The Last Train from Hiroshima
  • A adaptação de Ghosts of Hiroshima

Está também a planear colaborar com outros realizadores, funcionando como produtor ou argumentista em vários destes títulos — o que coloca Terminator num delicado jogo de prioridade criativa.

Apesar disso, Cameron insiste: o novo Terminator vai acontecer, mas não em 2025 e não antes de o mundo estabilizar o suficiente para que a ficção possa voltar a olhar para o futuro com a mesma distância crítica que tornou o original tão visionário.

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O futuro dos exterminadores depende do futuro… real

Num momento em que a própria IA começa a desafiar limites éticos, tecnológicos e culturais, Cameron quer garantir que, quando Terminator regressar, será relevanteinteligente e verdadeiro para o tempo em que vivemos. E isso exige que a ficção volte a ganhar terreno sobre a realidade — algo que, para já, considera impossível.

Para os fãs, a espera continua.

Para Cameron, o futuro… ainda está a ser escrito.

Macaulay Culkin Abre a Porta a Novo Sozinho em Casa — e Já Tem Ideia Para o Filme

Mais de trinta anos depois de ter entrado para a história como Kevin McCallister, Macaulay Culkin admite que poderia voltar a Sozinho em Casa. Não é uma confirmação oficial, longe disso, mas é o suficiente para acender o imaginário dos fãs que há décadas esperam um regresso digno à saga que marcou o cinema natalício para sempre.

Durante a mais recente sessão do seu evento A Nostalgic Night with Macaulay Culkin, o actor falou sobre a possibilidade de revisitar o papel que o transformou numa das maiores estrelas infantis dos anos 90. Com humor e algum cuidado, disse que “não estaria completamente alérgico” à ideia — uma forma elegante de dizer que não fecha a porta, desde que o projecto seja tratado com a seriedade e a criatividade que a nostalgia merece.

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Culkin sabe bem o peso desse legado. Depois de se afastar de Hollywood ainda adolescente, foi regressando aos poucos, sempre com inteligência e ironia, participando em pequenos projectos e até recriando cenas de Sozinho em Casa em anúncios do Google que rapidamente se tornaram virais. Mas desta vez, o actor foi um pouco mais longe: não só admitiu abertura para o regresso, como partilhou a sua própria ideia para um possível novo filme.

Segundo a descrição citada pela Variety, Culkin imagina Kevin McCallister já adulto, numa vida marcada pelas responsabilidades e pelas inevitáveis complicações da idade. “Eu tinha esta ideia: sou viúvo ou divorciado. Estou a criar um filho, a trabalhar imenso e não estou a prestar atenção suficiente”, explicou o actor. A tensão cresce entre pai e filho — e é aqui que a magia do conceito original renasce.

Na sua proposta, Kevin acaba trancado fora da própria casa, e o filho, magoado e cansado da falta de atenção, recusa-se a deixá-lo entrar. Pior: é o próprio miúdo a montar armadilhas contra ele, replicando e invertendo o legado das malandrices originais. É uma inversão inteligente da fórmula do filme de 1990, que poderia transformar-se numa comédia familiar com novas camadas emocionais: o miúdo que um dia defendeu a sua casa é agora o adulto que precisa de reconquistar a confiança do filho.

Para Culkin, nada disto é garantia de regresso. “Terá de ser perfeito,” reforçou, consciente de que o público não aceita uma sequela qualquer. Ainda assim, o simples facto de o actor revelar ideias próprias — e bem estruturadas — deixa claro que o imaginário de Kevin McCallister continua muito presente para ele.

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Depois de inúmeras tentativas falhadas de recuperar a magia dos originais, uma sequela protagonizada pelo próprio Culkin teria, no mínimo, algo que faltou às anteriores: autenticidade. E, quem sabe, o espírito caótico, doce e um pouco perigoso que só Kevin McCallister consegue trazer ao Natal.

“O Rio do Desejo”: O Drama Sensual da Amazónia Chega ao Cinemundo — e Não Vais Querer Perder a Sessão de Dia 29

O Cinemundo — canal aberto e presente em todas as operadoras de cabo — prepara-se para trazer ao ecrã um dos filmes brasileiros mais intensos e sensoriais dos últimos anos. O Rio do Desejo, realizado por Sérgio Machado e baseado no conto de Milton Hatoum, será exibido no dia 29 às 13:00, numa sessão perfeita para quem aprecia dramas com alma, natureza em estado bruto e emoções à flor da pele.

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Este é um daqueles filmes que entram devagar e depois não largam o espectador. À beira do Rio Negro, três irmãos vivem uma rotina quase imutável — até ao dia em que Dalberto regressa com Anaíra, a mulher que se tornará o epicentro de todas as tensões. Sophie Charlotte assume o papel com uma presença magnética: sensual, frágil, determinada e envolta num mistério que contagia a casa inteira.

Quando Dalberto parte numa longa viagem pelo rio, o ambiente ganha uma densidade quase palpável. Os irmãos que ficaram — interpretados por Daniel de Oliveira, Gabriel Leone e Rômulo Braga — vêem-se empurrados para um terreno onde desejo, culpa e moralidade entram em colisão constante. É aqui que o filme revela o seu lado mais poderoso: a forma como a convivência obriga cada personagem a enfrentar aquilo que deseja… e aquilo que teme.

Sérgio Machado filma a Amazónia como se fosse uma personagem viva. O rio não é apenas cenário — é testemunha, cúmplice e catalisador. A fotografia capta a humidade, a luz, o cheiro e a beleza quase opressiva da região, enquanto a narrativa se desenrola num crescendo emocional que raramente dá descanso.

A crítica tem sido unânime em elogiar a atmosfera, as interpretações e o cuidado visual. Há quem considere que o melodrama, por vezes, se sobrepõe a nuances mais subtis — mas mesmo esses apontamentos acabam por reforçar o carácter intenso e visceral da obra. O Rio do Desejo não quer ser delicado: quer ser vivido.

Numa altura em que o cinema brasileiro continua a marcar presença internacional com obras ousadas e profundamente humanas, esta é uma oportunidade perfeita para descobrir — ou revisitar — uma história que une paisagem, sensualidade e conflito numa experiência cinematográfica hipnótica.

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E o melhor? Basta ligar o Cinemundo. Está ao alcance de todos, em qualquer operadora de cabo.

Dia 29, às 13:00.

O rio corre. O desejo também.

Zack Snyder Partilha Nova Foto de Ben Affleck como Batman — e os Fãs Sentem o Terramoto a Aproximar-se

Zack Snyder voltou a acender o rastilho. Depois de vários dias a publicar imagens do seu elenco da era DCEU, o realizador partilhou agora uma nova fotografia de Ben Affleck como Batman — uma imagem sombria, elegante e perfeitamente sintonizada com o estilo que definiu o chamado SnyderVerse. Na legenda, Snyder escreveu apenas: “Uma das minhas fotos favoritas do Batman, tirada pelo meu amigo Clay Enos.”

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É precisamente Enos, fotógrafo de confiança do realizador, quem assina alguns dos registos mais icónicos de Batman v Superman e Justice League. E esta nova imagem de Affleck, em grande plano, com o cowl a traçar sombras tão escuras quanto o seu Cavaleiro das Trevas, parece tudo menos uma publicação inocente.

Nos últimos meses, Snyder tem divulgado fotografias de Henry Cavill, Jason Momoa, Amber Heard, Joe Manganiello e até Jared Leto — todos actores associados directamente à sua visão da DC. Não são imagens aleatórias, retiradas ao acaso de um disco rígido antigo: são publicações coordenadas, quase cirúrgicas, lançadas num momento em que a indústria discute abertamente o futuro da DC e o destino da Warner Bros. Discovery.

O momento não podia ser mais oportuno. Entre rumores de que investidores sauditas estão dispostos a financiar um renascimento do SnyderVerse sob a alçada da Paramount ou da Comcast, a confirmação de que James Gunn ajustou profundamente o seu plano inicial para o novo DCU, e as inúmeras publicações de Snyder a demonstrar apoio a mensagens sobre o regresso do seu universo, cada novo “tease” ganha um peso inesperado.

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E agora, novamente, o foco recai sobre Ben Affleck — talvez a peça mais simbólica de toda esta equação. O actor, cuja interpretação de Batman continua a ser das mais debatidas da história recente do género, tem sido apontado como uma possível presença num eventual retorno da narrativa de Snyder. Não há confirmações, mas há sinais. E para os fãs, sinais são quase sinónimos de promessas.

Nos bastidores, as conversas são cada vez mais insistentes: Henry Cavill estará de volta; Gal Gadot e Jason Momoa também; Ray Fisher, diz-se, regressaria sem hesitar. Ezra Miller parece ser a única baixa definitiva. E Affleck? Continua a pairar naquele limbo onde todos os actores ficam quando a indústria se recusa a admitir negociações. O facto de ter sido visto recentemente em Las Vegas, num evento da F1 que o próprio perfil oficial associou a um “momento Batman”, não ajudou a acalmar as águas.

O que Snyder está a preparar permanece um mistério — mas não é um mistério silencioso. É um daqueles que se anuncia, que se insinua, que se deixa fotografar pela sombra. E numa altura em que o mercado de entretenimento vive uma das maiores reestruturações da última década, a hipótese de um renascer do SnyderVerse já deixou de ser um delírio de fãs para se tornar, pelo menos, numa possibilidade estratégica.

Por agora, resta observar. E Snyder sabe exactamente como manter os olhos do público onde quer: numa fotografia cuidadosamente publicada, acompanhada por uma legenda curta e um silêncio que diz tudo.

“The Family Plan 2”: Mark Wahlberg Enfrenta Kit Harington Num Regresso Que Pouco Faz Para Se Destacar

A sequela natalícia da Apple TV+ tenta reinventar-se, mas acaba por repetir fórmulas gastas — mesmo com Wahlberg, Monaghan e um vilão interpretado por Kit Harington.

Dois anos depois da comédia de acção The Family Plan ter sido lançada diretamente para streaming — e de ter sido, surpreendentemente, um dos filmes mais vistos da Apple TV+ — chega agora The Family Plan 2. A primeira entrada foi criticada por ser esquecível, mas o sucesso inesperado convenceu o estúdio a avançar com uma sequela… novamente com espírito natalício, o segundo filme de Natal consecutivo da carreira de Mark Wahlberg (após Daddy’s Home 2).

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Mas será que este novo capítulo traz algo realmente diferente? Ou limita-se a reciclar o que funcionou — e o que não funcionou — da primeira vez?

Um reencontro familiar… e um problema que chega de Londres

A história retoma dois anos após os acontecimentos do primeiro filme. Dan Morgan (Mark Wahlberg), que já revelou à esposa Jessica (Michelle Monaghan) e aos filhos o seu passado como mercenário, vive finalmente uma vida tranquila. Ou melhor: tranquila até ao momento em que descobre que a filha universitária, Nina (Zoe Colletti), que vive em Londres, não virá a casa pelo Natal.

Para Dan, um tradicionalista confesso, isto é quase uma tragédia. Assim, arranja um trabalho de segurança no Reino Unido para, convenientemente, “coincidir” com uma visita natalícia. O que ele não esperava era encontrar a filha com um novo namorado demasiado entusiasmado — e muito menos confrontar-se com Aidan (Kit Harington), o seu meio-irmão vingativo, acabado de sair das sombras do passado.

Mais do mesmo: competente, mas sem brilho

É simples: quem não gostou do primeiro filme dificilmente mudará de opinião com esta sequela. The Family Plan 2 é marginalmente melhor — menos genérico, com cenários internacionais e uma tentativa tímida de aprofundar as relações familiares — mas continua a seguir uma fórmula previsível.

Wahlberg e Monaghan mostram mais química desta vez, e Jessica deixa finalmente de ser a típica “esposa que não sabe de nada”. Logo no início, vemos Dan a escalar um hotel para marcar encontro com ela — uma cena leve e divertida que demonstra vontade de experimentar algo novo.

Mas essa frescura dissipa-se rapidamente. As piadas repetem-se: pais que envergonham os filhos, referências a música dos anos 90, queixas sobre telemóveis… tudo reciclado, tudo pouco inspirado. A presença do namorado Omar (Reda Elazouar) tenta criar conflito, mas o cliché instala-se quase de imediato.

Curiosamente, o vilão interpretado por Kit Harington é uma das poucas novidades com algum peso. Aidan é menos caricatural do que o antagonista do primeiro filme e tem um traço emocional reconhecível: a inveja pela vida normal que Dan conseguiu ter. Mas mesmo isso é tratado de forma superficial.

O espírito natalício salva… o primeiro acto

Injectar espírito natalício num filme é, muitas vezes, um truque barato — mas funciona. Durante o primeiro acto, o ambiente festivo dá algum encanto ao filme, sobretudo para quem gosta de histórias familiares nesta época do ano. O problema é o resto.

As cenas de acção são pouco memoráveis e, nalguns casos, decepcionantes. O confronto entre Wahlberg e Harington num autocarro de dois andares podia ser um ponto alto; porém, é filmado com planos largos e distantes, como se o filme tivesse medo de mostrar a luta de perto.

O resultado final é um filme que nunca incomoda verdadeiramente — mas também nunca surpreende.

Conclusão: um filme para ter como fundo enquanto monta a árvore

Há um certo conforto em filmes que não exigem muito do espectador. E The Family Plan 2 cabe exactamente nessa categoria: é inofensivo, previsível e suficientemente natalício para entreter enquanto se prepara a ceia ou se penduram luzes.

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Para quem procura uma comédia de acção competente, há opções melhores. Para quem só quer algo simpático para ver em família enquanto abre caixas de decorações… talvez sirva.

The Family Plan 2 estreou na Apple TV+ a 21 de Novembro de 2025.

Brendan Fraser Confirma The Mummy 4 — E Diz Que Esta É a Sequela Que Espera Há 20 Anos

O actor promete finalmente a continuação que sempre quis filmar

Brendan Fraser está de volta ao centro de uma das sagas que o transformou numa estrela mundial: The Mummy. Depois de o Deadline revelar que The Mummy 4 está oficialmente em desenvolvimento na Universal Pictures — com Fraser e Rachel Weisz preparados para regressar aos seus papéis clássicos — o actor confirmou que esta será, finalmente, a sequela que desejava fazer desde o início dos anos 2000.

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“É o filme que sempre quis fazer”, disse à Associated Press. Fraser explicou que The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor (2008) nunca foi, para si, a continuação ideal — embora mantenha orgulho no resultado. O actor revelou que esse terceiro capítulo nasceu de uma estratégia de estúdio para coincidir com os Jogos Olímpicos de Pequim. A NBC detinha os direitos televisivos do evento e a Universal decidiu aproveitar a conjuntura, levando a produção para a China.

“Trabalhar em Xangai foi uma experiência incrível”, afirmou. “Tenho orgulho do terceiro filme porque funciona por si só. Fizemos o melhor que podíamos com uma nova equipa e um contexto completamente diferente.” Ainda assim, nunca perdeu o sentimento de que a verdadeira sequela, aquela que prolongava a visão original dos primeiros dois filmes, ficou por fazer.

Agora, diz Fraser, o momento chegou. “Esperei 20 anos por este telefonema. Às vezes parecia óbvio, outras vezes era só um sussurro distante. Mas agora? Agora é altura de dar aos fãs aquilo que querem.”

Realizadores de Radio Silence assumem o comando, Rachel Weisz regressa e o futuro da saga volta a ganhar força

A nova sequela será realizada pelo duo Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, conhecidos colectivamente como Radio Silence e responsáveis por títulos como Scream (2022) e Ready or Not. O argumento está entregue a David Coggeshall (The Family PlanThe Deliverance), e o produtor Sean Daniel — veterano da saga — regressa acompanhado por William Sherak, James Vanderbilt e Paul Neinstein, da Project X Entertainment.

O regresso de Rachel Weisz é particularmente simbólico: a actriz abandonou a saga após os dois primeiros filmes, tendo sido substituída por Maria Bello no terceiro capítulo. Para os fãs, este reencontro entre Fraser e Weisz recupera o espírito clássico de Rick e Evelyn O’Connell, um dos casais mais carismáticos do cinema de aventura dos anos 90 e início dos 2000.

Um retorno muito esperado — e que pode reavivar o género de aventura no grande ecrã

The Mummy (1999) e The Mummy Returns (2001) marcaram uma geração com uma mistura rara de humor, aventura à moda clássica e efeitos especiais que, para a época, eram revolucionários. O charme de Fraser, a química com Weisz e o tom leve e fantasioso criaram um fenómeno que deixou saudades — especialmente numa Hollywood onde este tipo de aventura pulp se tornou cada vez mais raro.

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O entusiasmo em torno de The Mummy 4 não é apenas nostalgia. É também o regresso de um actor que viveu um renascimento notável nos últimos anos, culminando com o Óscar por The Whale. Fraser parece saber exactamente o que os fãs querem — e, desta vez, sente que está finalmente na posição certa para entregar.

Com realizadores energéticos, argumento em desenvolvimento e o elenco original a alinhar-se, a expectativa é elevada: terá The Mummy 4 conseguido capturar a magia perdida? Se depender de Fraser, a resposta será um rotundo sim.

Brendan Fraser Critica Cancelamento de Batgirl e Lança Aviso Sério Sobre o Futuro de Hollywood

O actor lamenta a perda de uma oportunidade — e acusa a indústria de tratar cinema como “conteúdo descartável”

O cancelamento abrupto de Batgirl continua a assombrar Hollywood — e Brendan Fraser, que interpretava o vilão Firefly no filme, voltou a reacender o debate. Num novo testemunho dado à Associated Press, o actor foi directo ao assunto e revelou o que acredita que esta decisão diz sobre o estado actual da indústria: uma máquina cada vez mais disposta a destruir o que produz… desde que compense financeiramente.

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Batgirl, recorde-se, estava praticamente concluído quando, em 2022, a Warner Bros. Discovery decidiu cancelar o projecto para beneficiar de uma dedução fiscal. O choque foi imediato: elenco devastado, realizadores incrédulos e uma comunidade de fãs que ainda hoje não digere a decisão. Fraser é um deles — e não esconde a frustração.

“Aquilo era um filme inteiro”, recordou. “Havia quatro andares de produção em Glasgow. Eu até me escondia no departamento de arte só para ver tudo ao detalhe.” A experiência, diz, foi “divertidíssima”. Mas o que mais lhe custa é a perda de representatividade: “É trágico que haja uma geração de meninas que não vá ver uma heroína com quem se poderia identificar.”

“É mais valioso queimá-lo do que lançá-lo?” — A crítica dura de Fraser

O actor foi ainda mais longe na análise, apontando o dedo à lógica financeira que dominou a decisão: “O produto — desculpem, ‘conteúdo’ — está a ser tão commodificado que, por vezes, é mais valioso destruí-lo e ficar com o seguro do que tentar levá-lo ao mercado.” Uma acusação que muitos em Hollywood reconhecem como um sintoma preocupante: os grandes estúdios já não medem riscos ou potencial artístico — apenas balanços.

A Warner Bros. justificou o cancelamento com “medidas de contenção de custos”. Mais tarde, Peter Safran, co-CEO da DC Studios, afirmou que Batgirl “não era lançável” e que o filme teria prejudicado a marca. Mas actores envolvidos, como Jacob Scipio, discordam totalmente: “Era um filme fenomenal. É triste que o público não o vá ver.”

Michael Keaton não se incomodou — mas lamenta pelos colegas

Michael Keaton, que regressava como Batman no filme, disse à GQ que não ficou minimamente afectado pelo cancelamento: “Sinceramente? Não. Grande, divertido, e um bom cheque.” O actor, contudo, lamentou pelos realizadores Adil El Arbi e Bilall Fallah, que ficaram devastados.

Keaton, considerado por muitos o melhor Batman em imagem real, regressou ao papel em The Flash (2022) e teria voltado a contracenar com Leslie Grace em Batgirl. Uma fotografia de bastidores mostra ambos em traje completo num momento que terá sido visto na “funeral screening”, a única exibição feita antes de o filme ser encerrado a cadeado nos cofres da Warner.

Um sintoma de uma indústria em mutação — e nem sempre para melhor

O cancelamento não foi um caso isolado: Coyote vs. Acme sofreu destino semelhante, embora tenha escapado à destruição e tenha encontrado nova distribuição. Para Fraser, estes movimentos revelam algo inquietante: Hollywood corre o risco de se tornar inimiga da própria criatividade.

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E quando uma produção inteira, com elenco, equipas, cidades inteiras envolvidas e meses — por vezes anos — de trabalho, pode ser sacrificada num instante por contabilidade estratégica, a pergunta torna-se inevitável: que tipo de cinema sobreviverá?

Fraser, pelo menos, não parece disposto a deixar a conversa morrer. E Hollywood, cada vez mais pressionada pela lógica financeira, talvez precise de ouvir o que ele tem a dizer.

Neve Campbell Junta-se a “Black Doves”: Netflix Arranca a Segunda Temporada com Reforços de Peso

A série de espionagem com Keira Knightley volta às filmagens em Londres e recebe um elenco reforçado, novas intrigas e um enredo ainda mais perigoso.

A Netflix confirmou oficialmente aquilo que os fãs esperavam: a produção da segunda temporada de Black Doves já começou em Londres. A série, criada por Joe Barton, rapidamente se tornou um dos thrillers mais destacados do catálogo do serviço de streaming, com críticas muito positivas e um sólido 92% no Rotten Tomatoes. Agora, o universo de segredos, traições e política britânica regressa com novas caras — e uma delas é um nome de culto do cinema de terror.

Neve Campbell entra para o elenco — e promete agitar Londres

A grande novidade é a entrada de Neve Campbell, eterna protagonista de Scream, que se junta à série no papel de Cecile Mason. Esta será a mais recente colaboração da actriz com a Netflix, depois de ter brilhado na série jurídica The Lincoln Lawyer.

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Campbell traz consigo uma aura de intensidade dramática que encaixa perfeitamente no tom da série — um mundo onde ninguém diz tudo, ninguém confia em ninguém e onde cada segredo vale tanto como uma bala.

Ambika Mod, Babou Ceesay e mais reforços para a temporada 2

Além de Campbell, Black Doves acrescenta ao seu elenco:

  • Ambika Mod (One Day) como Laila, uma agente da organização Black Doves, mordaz e anárquica, enviada para ajudar Helen numa missão especialmente sensível;
  • Babou Ceesay (Alien: Earth) como Mr. Conteh, um executivo da Black Doves com intenções que levantam todas as bandeiras vermelhas possíveis;
  • Sam Riley (Firebrand) como Patrick, um emissário de uma organização misteriosa que oferece a Sam uma hipotética saída — ou talvez mais problemas;
  • Sylvia Hoeks (Blade Runner 2049) como Katia Chernov;
  • Goran Kostic (Ant-Man and The Wasp) como Alexi Chernov;
  • Samuel Barnett (Lee) como Jerry.

A estes juntam-se os regressos de Keira KnightleyBen WhishawSarah Lancashire, e os restantes actores da primeira temporada.

As linhas gerais da nova temporada: política, traições e fantasmas pessoais

A Netflix divulgou também a nova sinopse da temporada, e o cenário é ainda mais tenso:

Helen continua a entregar segredos do Estado à organização clandestina que serve — os Black Doves — ao mesmo tempo que o seu marido, Wallace, está prestes a tornar-se Primeiro-Ministro do Reino Unido.

Ou seja, o risco nunca foi tão alto.

Enquanto isso, a manipuladora Mrs. Reed vê-se presa numa conspiração interna para destruí-la, enquanto Sam, agora longe do brilhantismo letal de outros tempos, tenta sobreviver a pequenos trabalhos e a uma vida solitária. Juntos, Helen e Sam vão mergulhar mais fundo na teia de inimigos antigos, aliados duvidosos e decisões dolorosas que deixaram marcas na primeira temporada.

Joe Barton promete caos — e Downing Street no olho do furacão

O criador Joe Barton não poderia estar mais entusiasmado:

“Estou ansioso por regressar ao nosso pequeno e homicida mundo de espionagem. Ter tantos actores extraordinários de volta, e ainda juntar alguns dos meus favoritos de sempre, é uma alegria. Downing Street nunca mais será a mesma…”

Com intrigas políticas, conspirações internas, agentes renegados e um elenco que mistura prestígio, carisma e ameaça silenciosa, a nova temporada de Black Doves parece pronta para elevar tudo o que a primeira fez — mas agora com ainda mais elegância sombria.

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A Netflix ainda não anunciou a data de estreia, mas a produção já está em marcha. E, com Neve Campbell a bordo, a série acaba de ganhar uma arma secreta.

Ele Voltou – e Está Ainda Mais Impossível: “Sisu: Road to Revenge” Leva a Vingança Até ao Limite

O veterano Aatami troca nazis por soviéticos num sequel finlandês curto, brutal e surpreendentemente inventivo que está a conquistar a crítica lá fora.

Quando Sisu rebentou em 2022, muita gente assumiu que se tratava de um daqueles fenómenos únicos: um filme de acção finlandês, seco como vodka e directo ao assunto, em que um velho prospector calava um pelotão de nazis com mais facas, minas e pura teimosia do que diálogo. Parecia difícil repetir a fórmula sem diluir o impacto. Lá fora, porém, quem já viu “Sisu: Road to Revenge” garante que a sequela não só aguenta a pressão como acelera ainda mais.

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Desta vez, o inimigo mudou de farda. A Segunda Guerra ficou para trás e o indestrutível Aatami, interpretado de novo por Jorma Tommila, regressa a uma Finlândia ocupada pelo Exército Vermelho. Do lado de lá surge um vilão com nome e presença à altura: Igor Draganov, um “açougueiro” do Exército Vermelho interpretado por Stephen Lang, veterano de James Cameron. O confronto está montado quase sem palavras, num país ainda marcado pela guerra, onde o passado não fica enterrado – apenas armado até aos dentes.

O que a crítica internacional sublinha é a forma como o realizador Jalmari Helander volta a apostar numa narrativa simples, quase minimalista, sem gorduras. Não há subtramas supérfluas, nem discursos inflamados: em poucas cenas percebemos o essencial – Aatami, agora com uma tragédia familiar a assombrá-lo, desmonta literalmente a sua casa de madeira, viga a viga; Draganov é libertado da prisão; pouco depois, cruzam caminhos nas estradas secundárias da Finlândia ocupada. A partir daí, é só seguir em frente, com Helander a fazer aquilo que sabe melhor: encadear set pieces de acção com lógica cristalina e uma imaginação sanguinária muito pouco interessada em meios-termos.

Lá fora elogiam precisamente esse regresso ao “old-school stunt work” – o tipo de acção física, sentida, em que se percebe o peso de cada queda e de cada explosão. Os críticos falam em montagem “limpa”, sem excessos de CGI, e em “baddie-splattering” criativo, com direito a momentos de pura insanidade visual, como Aatami a usar uma das vigas da casa como arma improvável para derrubar um jacto. Esse pedaço de madeira, aliás, ganha quase estatuto de personagem: começa como símbolo de ruína, transforma-se em instrumento de sobrevivência e acaba como promessa de novo começo.

Tudo isto é enquadrado por uma Finlândia filmada como um campo de batalha de banda desenhada: florestas e lagos em tons dourados, luz de fim de tarde a banhar corpos cobertos de lama e sangue, e um certo prazer infantil em transformar o cenário natural num enorme recreio de guerra. Lá fora há quem compare o entusiasmo de Helander ao de uma criança a brincar aos soldados no meio do mato – com a diferença de que aqui cada explosão é coreografada ao milímetro e cada plano parece pensado para arrancar aplausos em sala.

Claro que “Sisu: Road to Revenge” não tenta ser realista. A violência é estilizada, o sofrimento é quase mítico e Aatami continua a ser mais lenda do que homem. Mas essa simplicidade, dizem os críticos, funciona quase como resposta directa aos blockbusters sobrecarregados de subtexto e efeitos digitais. Em vez de universos partilhados e linhas temporais paralelas, Helander oferece uma ideia muito clara: um homem, um inimigo, um país ferido e uma série de confrontos cada vez mais inventivos. Nada mais, nada menos.

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Lido de fora, o consenso é curioso: quem se apaixonou pelo primeiro Sisu encontra aqui “mais do mesmo – no melhor sentido”. Para quem andava à procura de um filme de acção curto, seco, brutal, mas com personalidade visual e ironia à superfície, Sisu: Road to Revenge parece cumprir tudo o que promete. Helander, tal como o seu protagonista, descarta o supérfluo, agarra-se ao essencial – e carrega no acelerador.

Algo Muito Estranho Aconteceu em Springfield — e a Cidade Nunca Mais Será a Mesma

Depois de 35 temporadas, uma figura histórica de “Os Simpsons” desaparece… desta vez, de forma realmente definitiva.


Springfield já viu de tudo ao longo das últimas três décadas: invasões extraterrestres, conspirações, crises morais, falências espirituais e até três versões diferentes da mesma morte. Mas o episódio emitido a 16 de Novembro deixou a cidade — e os fãs — num estado raro: silêncio.

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Há uma personagem clássica, presente desde os primórdios da série, que… desapareceu. Mas ao contrário das habituais partidas narrativas dos guionistas, esta saída não parece ter retorno. Não houve truques, nem piscadelas de olho, nem a habitual promessa de que “ninguém morre verdadeiramente em Springfield”. Desta vez, há uma certeza incomodativa no ar: alguém tocou o seu último acto. Alice Glick, a senhora do órgão da igreja, finou-se!

O produtor executivo Tim Long deixou só o suficiente para nos intrigar:

“Ela viverá para sempre na música que fez. Mas, no que realmente importa… acabou.”

Um momento que começou como todos os outros — até deixar de o ser

O episódio nem sequer fez suspense. Começou como um típico domingo na Primeira Igreja de Springfield, com o Reverendo Lovejoy entregue ao seu sermão habitual. Tudo seguia o ritmo normal, até que um som vindo do órgão interrompeu a cerimónia. Não foi um acorde mal calculado. Nem um entusiasmo excessivo. Enquanto o reverendo insistia que tudo estava bem… não estava.

O silêncio que se seguiu disse tudo.

O impacto em Springfield — e a reacção mais Skinner de sempre

No dia seguinte, Skinner apresentou a notícia aos alunos da escola primária com a subtileza emocional que se lhe conhece:

“Uma senhora morta que vocês não conheciam.”

E, com isso, Springfield ficou oficialmente mais pobre — ainda que, ironicamente, mais rica, porque a misteriosa personagem deixou toda a sua fortuna à escola para criar um novo programa de música.

Um último gesto perfeito, vindo de alguém cuja vida era inseparável das notas que tocava.

Mas… será mesmo o fim?

Se isto fosse uma série qualquer, a resposta seria óbvia.

Mas Os Simpsons é especialista em quebrar regras — e a própria personagem já tinha tido uma “morte” antes… de regressar viva. E depois fantasma. E depois viva outra vez. E depois… bem, até os fãs perderam a contagem.

A diferença agora é o tom. A forma como a cena foi filmada. A reacção dentro e fora da série. E, sobretudo, a declaração final dos produtores. Tudo indica que esta saída é real — não uma piada, não um glitch no universo de Springfield, não um capítulo metatextual.

A personagem pode ter sido discreta, mas estava lá desde 1991. E, para muitos, fazia parte do mobiliário emocional da série.

A melhor forma de lhe prestar homenagem?

Recordar o seu momento mais lendário: o dia em que transformou a igreja inteira numa versão bíblica — e absolutamente épica — de “In-A-Gadda-Da-Vida”. Um dos instantes mais delirantemente maravilhosos da história da televisão animada.

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Talvez seja esse o final perfeito: não a morte, mas a memória.

John Oliver Leva a Leilão a Cueca de Russell Crowe — e Muito Mais — Para Enfrentar os Cortes de Trump

O apresentador transforma o absurdo em arma política e lança um leilão de 65 objectos icónicos para salvar a rádio pública norte-americana.

John Oliver voltou a fazer aquilo que melhor sabe: misturar humor, indignação política e um nível de aleatoriedade tão específico que só pode ter saído da mente de alguém que passa grande parte do tempo a tentar perceber como é que o poder funciona — e porque é que tantas vezes não funciona. Desta vez, o alvo são os cortes milionários aprovados pelo Congresso norte-americano à radiodifusão pública. E a arma? O jockstrap que Russell Crowe usou em Cinderella Man.

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Sim, leu bem.

O apresentador de Last Week Tonight anunciou um leilão gigantesco, composto por 65 objectos históricos (e completamente ridículos) usados ao longo das várias temporadas do programa. O objectivo é angariar dinheiro para o Public Media Bridge Fund, que apoia estações locais de rádio e televisão pública afectadas pela eliminação de 1,1 mil milhões de dólares do orçamento federal — um corte aprovado no seguimento das propostas da administração Trump.

O jockstrap mais famoso da televisão

A peça-estrela do leilão é nada menos do que a famosa cueca de suporte usada por Russell Crowe em Cinderella Man. O próprio Oliver já tinha comprado o artigo por 7.000 dólares, em 2018, num leilão peculiar organizado pelo actor após o divórcio — episódio que se tornou um clássico instantâneo no programa. Agora, o mesmo jockstrap já ultrapassou os 20.000 dólares em licitações.

A “colecção Crowe” adquirida por Oliver, recorde-se, incluía desde o colete de Les Misérables até ao capuz de Robin Hood, passando por adereços de American Gangster. Tudo devidamente guardado e, finalmente, reaproveitado para salvar o jornalismo público. Crowe, muito provavelmente, não imaginou que a sua cueca fosse um dia usada como acto de resistência cívica — mas olhe, cá estamos.

O catálogo do absurdo: do “casamento com uma couve” ao escroto gigante de LBJ

Como seria de esperar, o leilão não se fica por memorabilia de Hollywood. Não seria Last Week Tonight sem um toque de insanidade cuidadosamente curada. Entre os artigos disponíveis encontram-se:

– Mrs. Cabbage Oliver, a couve com quem John Oliver “casou” num sketch célebre da 9.ª temporada — actualmente a rondar os 10.000 dólares.

– Um balde de bonecos vindos de uma praia do Texas, autografado pelo próprio, já acima dos 2.500 dólares.

– E a peça que muita gente gostaria de esquecer mas que agora regressa gloriosamente: a escultura monumental do escroto do presidente Lyndon B. Johnson, usada num segmento sobre bibliotecas presidenciais, acompanhado de um áudio verídico onde LBJ descrevia o… património.

É arte? É sátira? É activismo? Seja o que for, está tudo à venda.

Um leilão contra um problema muito real

No anúncio do leilão, Oliver não deixou espaço para dúvidas: isto é humor, sim, mas é sobretudo uma resposta séria a uma situação crítica.

Com o financiamento federal eliminado, dezenas de estações de rádio e televisão públicas nos EUA enfrentam cortes dramáticos ou encerramento. Oliver recorda que, num “governo competente e funcional”, a solução passaria por um modelo de financiamento estável — semelhante ao de vários países europeus — mas que a realidade americana está longe disso. E, perante o vazio político, alguém tem de aparecer com soluções… mesmo que envolvam legumes, cuecas históricas e anatomia presidencial em larga escala.

Como ajudar?

O público pode contribuir directamente através da plataforma adoptastation.org, apoiando as estações mais afectadas. Ou, para quem tiver espírito coleccionista e nervos de aço, pode licitar até 24 de Novembro e tentar ficar com uma peça inesquecível da história da televisão — e, quem sabe, com o único escroto presidencial legalmente vendável no hemisfério ocidental.

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John Oliver, uma vez mais, transforma o absurdo em ferramenta política. E se salvar a rádio pública exigir leiloar a cueca de Russell Crowe… bem, é difícil argumentar contra.

Chris Hemsworth na Estrada da Memória: Um Documentário Íntimo Sobre Família, Fragilidade e Amor

“Aventura na Estrada” mostra o actor longe dos martelos, músculos e superpoderes — e mais próximo do que nunca da sua própria história.

Chris Hemsworth habituou o mundo a vê-lo como Thor, o deus do trovão, o herói musculado que resolve problemas à força de martelo e humor. Mas no novo documentário “Chris Hemsworth: Aventura na Estrada” — título original A Roadtrip to Remember — o actor surge sem filtros, sem armaduras e sem papel para interpretar. Apenas ele, a família e uma viagem que se torna tão emocional quanto reveladora.

Disponível a partir de 24 de novembro, este é descrito como o documentário mais íntimo da carreira de Hemsworth. O ponto de partida é duro, inesperado e profundamente humano: o pai recebeu um diagnóstico de Alzheimer. E, perante a inevitabilidade da doença e da erosão da memória, Chris pega na câmara e decide transformar o medo em movimento. Em vez de se fecharem em casa, embarcam num road trip que procura salvar o que ainda pode ser salvo — não a memória inteira, mas os fragmentos que dão sentido à vida.

Uma viagem ao passado para segurar o presente

Ao longo do filme, pai e filho revisitarem lugares que marcaram a família: a rua onde Chris cresceu, as praias onde aprenderam a nadar, as zonas rurais onde passavam férias, e até as pequenas paragens que só fazem sentido para quem lá esteve. Pelo caminho reencontram rostos — amigos de infância, vizinhos de longa data, pessoas que foram peças-chave na construção da história familiar. Estas visitas funcionam como gatilhos emocionais: pequenas portas que, quando se abrem, revelam lembranças que a doença tenta apagar.

Tudo isto é filmado num registo de “home movie”, com a câmara na mão, sem pretensões cinematográficas. Hemsworth não tenta embelezar a dor, nem dramatizar para efeito. A estética é a da verdade: familiar, imperfeita, às vezes tremida — e por isso mesmo carregada de autenticidade. A viagem transforma-se numa espécie de cápsula emocional onde o actor, que tantas vezes encarnou força absoluta, se revela vulnerável e profundamente afectado.

A ciência da ligação humana

O documentário não se limita à dimensão emocional. Chris e a família procuram perceber como a ligação social, a emoção e certos estímulos cognitivos podem ajudar a manter vivas partes da memória. Conversam com especialistas, exploram estudos, e tentam perceber de que forma o cérebro responde quando é exposto a afectos fortes ou memórias significativas.

Longe de fórmulas científicas pesadas, o filme apresenta esta componente de forma leve e acessível, reforçando uma ideia simples mas poderosa: a memória não existe no vazio; é construída e estimulada através de pessoas, lugares e emoções.

O filme mais pessoal de Hemsworth

Em “Aventura na Estrada”, não vemos o actor global. Vemos o filho.

Vemos o ser humano confrontado com a vulnerabilidade do pai.

Vemos alguém que tenta, com a sensibilidade possível, preservar aquilo que está a desvanecer.

O resultado é um documentário emotivo, honesto e inesperadamente terno. É sobre Alzheimer, sim — mas é sobretudo sobre aquilo que resta quando a memória falha: o amor, os laços e a necessidade urgente de guardar tudo o que ainda pode ser guardado.

Disponível a 24 de novembro, este é um daqueles títulos que não se esgota no último minuto. Acompanha-nos depois, como as memórias que insistimos em manter vivas.

“The Collective”: A Nova Estreia do Cinemundo que Atira o Espectador para uma Caça ao Crime de Alto Risco

Tom DeNucci realiza um thriller de acção frenético onde assassinos de elite enfrentam uma rede de tráfico humano protegida por milionários intocáveis

O Canal Cinemundo reserva para dia 20 a estreia de The Collective, um thriller de acção realizado por Tom DeNucci que combina ritmo acelerado, tiros bem medidos e aquela estética moderna de operações clandestinas que continua a ser irresistível para muitos espectadores. O resultado é um filme que abraça o género sem complexos: directo, energético e centrado numa missão que escapa às vias legais tradicionais.

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No centro da história está Lucas Till, no papel de Sam Alexander, um jovem recruta que é integrado numa organização secreta de assassinos conhecida apenas como The Collective. Mal tem tempo para conhecer as regras da casa e já é atirado para o seu primeiro trabalho: infiltrar-se e destruir um esquema internacional de tráfico humano operado por bilionários com mais recursos do que escrúpulos. A missão é simples apenas na teoria — na prática, envolve traições, emboscadas, inteligência duvidosa e um mergulho num submundo tão lucrativo quanto repugnante.

Ruby RoseTyrese Gibson e Don Johnson completam o elenco, trazendo à mistura um trio que dá peso e alguma personalidade a uma narrativa construída para avançar sempre em velocidade de cruzeiro. Não há grandes pausas para filosofias moralistas — DeNucci prefere manter a câmara em movimento, apostar em confrontos rápidos e deixar espaço para pequenas ironias que ajudam a aliviar a tensão.

Com 1h26 de duraçãoThe Collective é o típico filme de acção que chega, cumpre e segue o seu caminho. Não pretende reinventar o género, mas oferece a adrenalina prometida, competindo na mesma liga dos thrillers de orçamento intermédio que privilegiam ritmo e energia acima da profundidade emocional. Para quem gosta deste tipo de narrativa — e há quem goste muito — é uma estreia a apontar na agenda.

A temática do tráfico humano confere-lhe um peso adicional, ainda que tratada com a distância necessária para não transformar o filme num drama social. A intenção é clara: entregar acção com consciência, mas sem desviar o foco do entretenimento.

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The Collective estreia no Cinemundo no dia 20, pronto para ocupar o serão de quem aprecia um thriller musculado, rápido e filmado com o espírito prático de quem sabe exactamente o que está a oferecer: 90 minutos de perseguições, tiros, agentes secretos e um vilão suficientemente odioso para justificar cada explosão.

“Bucha – Memória ou Esquecimento”: O Cinema Como Testemunho de Uma Tragédia Real

O filme de Stanislav Tiunov chega ao pequeno ecrã com a força de um relato que recusa suavizar a história.

Bucha – Memória ou Esquecimento”, realizado por Stanislav Tiunov, é um daqueles filmes que dispensam introduções longas. O título diz praticamente tudo: estamos perante um retrato cinematográfico de um dos episódios mais brutais da invasão russa da Ucrânia em 2022 — a ocupação da cidade de Bucha, cujo nome se tornou símbolo mundial de massacres e crimes de guerra.

O filme parte de acontecimentos reais e segue a perspectiva de Konstantin Gudauskas, um refugiado do Cazaquistão que, vivendo na Ucrânia, decidiu arriscar a vida para resgatar civis em zona ocupada. Entre Bucha, Hostomel e Vorzel, a câmara acompanha a tensão, o improviso e o desespero de quem tenta salvar vidas enquanto à sua volta o colapso é total. Tiunov filma com contenção, sem dramatizações excessivas, mas também sem proteger o espectador da violência que marcou aqueles dias.

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A ocupação de Bucha durou pouco mais de duas semanas, mas bastou esse período para deixar um cenário que correu o mundo: corpos nas ruas, relatos de tortura, execuções sumárias e civis abatidos enquanto tentavam fugir. O filme explora esse contexto sem recorrer ao choque fácil, preferindo uma abordagem directa que respeita a realidade sem transformá-la em espectáculo. A força do filme está nessa frieza: não há música a suavizar, não há artifícios a distrair — só a urgência humana de sobreviver e ajudar.

Tiunov mantém o foco na escala reduzida, no indivíduo, na decisão difícil que se toma num instante. Não tenta dar a última palavra sobre a guerra, nem ambiciona explicar o conflito. Procura antes preservar um fragmento de memória, numa narrativa onde a pergunta do título — recordar ou esquecer? — ganha uma dimensão muito concreta: ignorar o que aconteceu em Bucha seria permitir que a história se repetisse.

A interpretação de Gudauskas, mais do que heroica, é profundamente humana. O filme mostra o medo, a hesitação, a falta de certezas, sublinhando que actos extraordinários nascem muitas vezes de pessoas comuns colocadas em circunstâncias extremas. Essa honestidade é talvez o maior trunfo da obra: a recusa de criar super-heróis, preferindo mostrar vulnerabilidade, perda e esforço.

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Bucha – Memória ou Esquecimento” não é um filme de entretenimento — é um registo, um alerta e uma recordação necessária. Ao chegar ao Cinemundo, ganha uma nova vida fora das salas, alcançando um público mais amplo e trazendo de volta um tema que, apesar de recente, já luta contra o desgaste da atenção.

Alguns filmes convidam à reflexão. Este exige-a.

Joseph Kosinski Já Pensa em F1 2: Sequela com Brad Pitt e Lewis Hamilton Está Oficialmente em Conversa

Depois de um arranque estrondoso nas bilheteiras, o realizador confirma ideias iniciais para continuar a história de Sonny Hayes — e Brad Pitt já trouxe propostas “muito interessantes”.

Com F1, Joseph Kosinski entregou um dos maiores sucessos globais do ano, um fenómeno que uniu o star power de Brad Pitt, o realismo das corridas captado em condições inéditas e a força mediática de Lewis Hamilton como produtor. O resultado? Mais de 620 milhões de dólares em box office mundial, regresso às salas em Agosto devido à enorme procura e um público a pedir mais.

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E agora, tal como confirma o próprio realizador, “mais” pode mesmo estar no horizonte.

Em declarações ao The Wrap e à Entertainment Weekly, Kosinski revelou que já começaram conversas informais — ou, como descreveu, spit-balling sessions — com Brad Pitt e Lewis Hamilton sobre uma potencial sequela. E não se trata de simples especulação: há ideias concretas, há entusiasmo e há, acima de tudo, espaço narrativo para continuar.

Brad Pitt já deu sugestões — e são “muito interessantes”

Segundo Kosinski, Pitt tem contribuído activamente com conceitos para o futuro de Sonny Hayes, o veterano piloto que conquistou o público com a sua combinação de experiência, vulnerabilidade e carisma. O realizador descreve as propostas do actor como “muito interessantes”, deixando claro que não está a tratar a sequela apenas como uma possibilidade distante.

A história deixou a porta aberta — de propósito

Kosinski confirma que o final de F1 foi desenhado com intenção: queria deixar margem para explorar a evolução de Sonny num novo cenário competitivo. Uma das ideias em cima da mesa? Levar o piloto para o universo da Baja 1000, a lendária corrida off-road no deserto mexicano, conhecida pela brutalidade, resistência extrema e rivalidades intensas.

Essa mudança radical de ambiente permitiria uma abordagem totalmente nova, longe dos circuitos rigorosos da Fórmula 1 e mais perto da adrenalina crua das provas de sobrevivência. Seria Sonny Hayes contra o deserto — e contra si próprio.

Mas há um factor decisivo: o público

Apesar do entusiasmo dos envolvidos, Kosinski sublinha que a decisão depende da resposta continuada do público. O filme já provou ter longa vida nas salas, regressando aos cinemas meses depois da estreia — um feito raro nos blockbusters actuais. Agora, com a estreia em streaming iminente, a expectativa é que F1 ganhe ainda mais tração junto de novos espectadores.

Se o interesse continuar a crescer, a sequela ganha força. E, com Hamilton envolvido e Pitt motivado, o cenário parece cada vez mais provável.

Um novo franchise na linha de partida?

Kosinski, que já demonstrou talento para construir universos com TRON: LegacyOblivion e o colossal Top Gun: Maverick, pode estar perante o seu próximo grande ciclo cinematográfico. F1 combinou precisão técnica, drama humano e uma estética visual que conquistou não só fãs de automobilismo, mas também espectadores que nunca viram uma corrida completa.

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Com uma sequela, este mundo pode expandir-se, oferecendo novos desafios, adversários e geografias — e, claro, mais Brad Pitt ao volante.

Para já, nada é oficial. Mas como numa boa qualificação, o motor já está quente, os pneus estão prontos e a grelha de partida começa a formar-se.

O Dia em que a Marvel Tentou Estragar Guardians of the Galaxy: James Gunn Revela as Notas Mais Absurdas do “Creative Committee”

Desde remover toda a música até questionar Bradley Cooper como Rocket — o comité interno da Marvel quis mudar tudo. Felizmente para o MCU, Gunn ignorou (quase) tudo.

Hoje, Guardians of the Galaxy é visto como um dos filmes mais originais, irreverentes e emocionalmente carregados do MCU — um triunfo que lançou James Gunn para o estrelato e provou que até personagens de BD quase desconhecidas podiam liderar blockbusters gigantes. Mas, como o realizador revelou recentemente, o caminho até à versão final foi… atribulado. E é difícil imaginar quão perto a Marvel esteve de arruinar um dos seus maiores sucessos.

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Durante uma entrevista ao podcast Smartless, Gunn falou abertamente de uma entidade pouco conhecida dentro da Marvel Studios da época: o temido “Creative Committee”, um grupo composto por pessoas de várias áreas — da BD aos brinquedos — que tinha por hábito enviar listas intermináveis de notas sobre guião, montagem e até decisões artísticas básicas. E as sugestões eram tão absurdas que hoje parecem piada.

“Tirem toda a música.”

Sim, leu bem. Aquele que é talvez o elemento mais icónico de Guardians — o uso brilhante e emotivo de canções como “Hooked on a Feeling”, “Come and Get Your Love” ou “Ain’t No Mountain High Enough” — esteve muito perto de desaparecer.

O comité achava que o filme devia abdicar completamente das faixas clássicas porque… não fazia sentido tê-las.

Gunn recorda:

“Eles queriam que eu removesse toda a música. Toda. Como se fosse opcional.”

É uma daquelas notas que, se tivesse sido aceite, teria destruído metade da identidade do filme. Imaginar Guardians sem o seu Awesome Mix é como imaginar Jaws sem tubarão ou Titanic sem icebergue.

“Por que é que Bradley Cooper não soa… a Bradley Cooper?”

Outra pérola foi a objeção ao desempenho vocal de Bradley Cooper como Rocket Raccoon. O comité não conseguia perceber porque é que estavam a pagar a uma estrela de Hollywood se… ele não soava como ele próprio.

Gunn recorda a conversa surreal:

“Ele está a fazer uma personagem. É um actor. É para isso que o contratámos.”

A comparação que o realizador usou para descrever o absurdo da situação foi deliciosa: era como estar a fazer neurocirurgia com vários podiatras a dizerem-lhe o que fazer.

Notas que não tinham “rigorosamente nada a ver com contar histórias”

Segundo Gunn, estas sugestões — e muitas outras — eram completamente desligadas da narrativa, do tom e da imaginação que um filme espacial precisava. Era burocracia criativa. Microgestão artística. E um potencial assassino de originalidade.

Felizmente, Kevin Feige acabou por apoiar Gunn. O realizador manteve a sua visão — e o filme tornou-se um sucesso monumental. Mais importante ainda, abriu a porta para que guardiões improváveis se tornassem ícones globais.

Libertação criativa na DC

Hoje, como co-líder dos DC Studios ao lado de Peter Safran, Gunn diz que a sua liberdade criativa é consideravelmente maior. O único superior directo é David Zaslav, que, segundo o realizador, dá opinião mas não interfere na componente artística.

Gunn contou até um episódio curioso: enviou um vídeo de teste de David Corenswet e Rachel Brosnahan — os novos Superman e Lois — ao CEO da Warner. Zaslav respondeu com uma honestidade desarmante:

“Isto não é o meu mundo… mas eu adoro isto.”

O resultado está à vista: Superman tornou-se num filme leve, encantador e muito bem recebido, provando que Gunn funciona melhor quando lhe dão asas — ou, neste caso, capa.

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O futuro? Man of Tomorrow, a sequela, já está a caminho. E se continuar com a mesma liberdade, talvez vejamos outro marco tão pessoal e vibrante quanto Guardians

O Regresso Impossível do SnyderVerse? As Alegadas Negociações Secretas com a Arábia Saudita Estão a Agitar Hollywood

O Regresso Impossível do SnyderVerse? As Alegadas Negociações Secretas com a Arábia Saudita Estão a Agitar Hollywood

Hollywood adora grandes narrativas épicas. Mas, neste momento, a maior não está no grande ecrã — está nos corredores corporativos, nas redes sociais e, sobretudo, na imaginação fervilhante dos fãs do SnyderVerse. Segundo fontes que já acertaram previsões no passado, a Warner Bros. Discovery está prestes a ser vendida, e a Arábia Saudita surge como o comprador mais provável. Se tal acontecer, afirmam os mesmos insiders, Zack Snyder poderá regressar em força ao universo que criou, com direito a revival completo, retorno de actores-chave e até Christopher Nolan como produtor executivo.

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É um enredo digno de um crossover entre Succession e Liga da Justiça. Mas vale a pena destrinçar o que está a alimentar este furacão digital.

O SnyderVerse “totalmente em jogo”

De acordo com estas fontes, tudo depende da venda da Warner Bros. Discovery. A confirmar-se, James Gunn sairia da liderança da DC Studios e abrir-se-ia caminho para o regresso do universo de Zack Snyder, não numa versão Elseworlds, mas na sua forma integral.

O nome de Christopher Nolan volta a surgir como aliado estratégico. Não seria a primeira vez: o realizador foi peça fundamental no arranque de Man of Steel e apoiou o estilo mais sombrio e mitológico que Snyder imprimiu ao DCEU antes de este ser travado pela interferência dos estúdios.

Com um hipotético “SnyderVerse restaurado”, regressariam também nomes que marcaram a primeira era do DCEU: Ben Affleck como Batman, Henry Cavill como Superman, Gal Gadot a mostrar apoio público, e até Ezra Miller, cujos projectos têm sido discretamente reavaliados. Para quem ainda tem memórias frescas da turbulenta transição para o DCU de Gunn, esta reviravolta soa quase irreal.

A peça-chave: a Arábia Saudita

O ponto mais surpreendente desta narrativa é a alegada liderança saudita na corrida pela aquisição da WBD. Segundo as fontes, o país está “no lugar do condutor” graças ao seu fundo trilionário e ao crescente interesse em dominar o sector do entretenimento global.

E aqui entra Zack Snyder.

O realizador já está a trabalhar directamente com o governo saudita no filme Brawler, desenvolvido com a UFC e produzido em parceria com a General Entertainment Authority, liderada por Turki Alalshikh. Há confiança criativa, há investimento, há ambição. E, segundo a mesma fonte, isso torna Snyder a figura ideal para ressuscitar o DCEU caso a venda se concretize.

A Arábia Saudita tem investido em tudo: cinema, desporto, videojogos e até parques temáticos. E não se trata de parques pequenos — fala-se numa gigantesca fusão conceptual entre propriedades Universal e Warner, desde DC a Harry Potter, de Jurassic Park a Lord of the Rings.

Se este plano avançar, o SnyderVerse tornaria a marca DC muito mais valiosa nesse futuro colosso de entretenimento.

Quanto custa um império?

Patrick Caligiuri, produtor de Hollywood que tem acompanhado as negociações, afirmou recentemente que o acordo está “a uma assinatura” de ser fechado. Estima-se um valor na casa dos 70 mil milhões de dólares.

É um número tão absurdo que parece ficção científica. Mas ficção científica é precisamente o terreno onde o SnyderVerse prospera.

Regresso épico ou apenas esperança de fãs?

As publicações de Snyder no Instagram, os likes selectivos a comparações entre o seu DCEU e o DCU de Gunn, o envolvimento saudita e até a movimentação recente de actores associados ao “velho universo” criaram um alinhamento de indícios demasiado perfeito para passar despercebido aos fãs.

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Mas é importante adoptar prudência: até prova oficial, tudo isto continua no mundo das negociações de bastidores e rumores alimentados por fontes não confirmadas.

Ainda assim… o facto de muitos destes “insiders” terem acertado previsões grandes no passado deixa a porta entreaberta. E, na cultura pop, uma porta entreaberta é quase sempre o suficiente para uma lenda renascer.

Glen Powell Leva Carteiro da UPS ao Palco do “SNL” — E o Momento Torna-se Viral

O actor de The Running Man transformou o seu monólogo de estreia no “Saturday Night Live” numa pequena epopeia familiar, com direito a selfie no palco, revanche contra a pandemia… e um carteiro incrédulo que afinal não foi enganado.

Há convidados especiais… e depois há aquilo que Glen Powell decidiu fazer quando finalmente teve a oportunidade de apresentar o Saturday Night Live. O actor, que vive um dos momentos mais fulgurantes da sua carreira, regressou a um episódio adiado há quatro anos — e trouxe consigo o homem que, sem querer, se tornou parte desta história: um motorista da UPS chamado Mitch.

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Tudo começou em 2020, quando Powell recebeu a notícia que qualquer actor de Hollywood adoraria ouvir: iria apresentar o SNL aquando da estreia de Top Gun: Maverick. A família explodiu de alegria. E, por pura coincidência, um motorista da UPS estava exactamente à porta no momento da celebração. Resultado? Uma selfie espontânea que ficou na memória do clã Powell.

Só que a pandemia trocou as voltas ao mundo — e ao sonho. Top Gun: Maverick foi adiado, e com isso também o convite para o SNL. Lorne Michaels, numa daquelas frases duras mas impossíveis de esquecer, disse-lhe: “Sem Top Gun, ninguém vai saber quem és.” O golpe não só doeu como deixou Mitch, o motorista da UPS, a acreditar que tinha tirado uma fotografia com um perfeito mentiroso.

Mas Hollywood adora um segundo acto — e Glen Powell também. Quando recebeu finalmente a nova chamada para apresentar o SNL, decidiu resolver a “injustiça” de uma vez por todas. As suas irmãs, que segundo o actor “são aterradoras”, rastrearam o contacto do motorista. Descobriram o número dele. E convenceram-no (não sem o homem suspeitar que fosse um esquema) a voar até Nova Iorque.

Mitch aceitou. E lá estava ele, sentado na plateia do SNL, perante um estúdio cheio e milhões de espectadores. Powell chamou-o ao palco, contou a história na perfeição — entre gargalhadas — e ainda tirou uma nova selfie, agora com o seu amigo improvável e com o momento a ganhar o estatuto de pequena lenda televisiva.

No fim, Powell rematou o monólogo com uma frase que parecia escrita para a ocasião:

“Se aprendi alguma coisa, é que as melhores coisas na vida não acontecem de um dia para o outro — e ninguém sabe isso melhor do que a UPS.”

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Um momento televisivo carismático, genuíno e inesperadamente cinematográfico — bem ao estilo de Glen Powell, que continua a coleccionar histórias que dariam excelentes guiões.