“O Professor de Inglês” chega esta semana a Portugal — e pode emocionar-te mais do que imaginas

Uma amizade improvável e inspiradora está prestes a chegar às salas de cinema portuguesas: o filme The Penguin Lessons — traduzido para português como O Professor de Inglês — estreia no próximo dia 4 de dezembro e traz consigo uma história real, comovente e cheia de esperança.  

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🐧 De professor desiludido a amigo improvável

A história centra-se em Tom Michell, um professor britânico que, nos anos 70, aceita leccionar numa escola para rapazes em Buenos Aires. Desiludido, indiferente e nada preparado para os desafios que encontra — turmas difíceis, ambiente de tensão política e uma sociedade em crise —, Tom pensa que vai passar por ali sem grande impacto. Mas tudo muda quando, numa viagem ao Uruguai, resgata um pinguim coberto de óleo, à beira da morte.  

Decidido a salvar o animal, Tom acaba por trazê-lo consigo para a escola, onde o pinguim — baptizado de Juan Salvador — começa, aos poucos e com gestos simples, a transformar a realidade de todos à sua volta. Estudantes que perdiam o interesse nas aulas voltam a prestar atenção, o corpo docente redescobre empatia e o próprio Tom reencontra sentido de vida. Numa Argentina mergulhada em caos e injustiças, surge uma lufada de humanidade através de olhares, peixes e barbatanas.  

Entre o drama político e o calor da esperança

O filme não evita o contexto histórico turbulento: 1976 era um dos períodos mais sombrios da Argentina, com uma ditadura militar a pairar e o medo a condicionar vidas. Esse pano de fundo dá peso à narrativa — a amizade entre homem e animal torna-se um acto de resistência, de coragem silenciosa e de humanidade partilhada.  

Mas longe de se tornar um drama sombrio, “O Professor de Inglês” encontra equilíbrio entre a brutalidade dos tempos e a ternura de um pinguim que, sem palavras, ensina o valor da compaixão, da amizade e da esperança. A presença deste pequeno ser no grande ecrã transforma-se num símbolo poderoso de resistência emocional e colectiva — algo que talvez seja mais necessário do que nunca.

Direção e elenco: mãos seguras e corações abertos

Sob a direcção de Peter Cattaneo — conhecido nome do cinema britânico — e com argumento adaptado do livro homónimo de Tom Michell, o filme conta com performances marcantes de Steve Coogan e Jonathan Pryce, entre outros. A interpretação, sobretudo de Coogan, equilibra o ceticismo inicial com uma transformação comovente, e transforma o pinguim Juan Salvador numa das personagens mais cativantes da tela.  

A forma como o filme mistura humor subtil, drama humano e contexto histórico revela uma abordagem sensível e madura — uma prova de que, por vezes, os filmes mais simples e humanos são os que mais tocam o coração.

Por que vale a pena ver “O Professor de Inglês”

Este filme não é uma fábula ingénua sobre animais fofinhos — é uma história de redenção, resiliência e solidariedade, ambientada num momento delicado da história da Argentina. E é também um lembrete de que, mesmo nas piores circunstâncias, gestos aparentemente pequenos podem redesenhar vidas.

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Se procuras um filme que combine emoção e reflexão, com personagens reais (mesmo que algumas delas tenham barbatanas), “O Professor de Inglês” parece feito à medida. Uma prova de que a empatia não tem fronteiras — nem espécies.

Ben Affleck e Matt Damon Contam a História de Adrian Newey: O Documentário Que Pode Mudar a Forma Como Vemos a Fórmula 1

Ben Affleck e Matt Damon estão de regresso — não como atores, mas como produtores de um documentário que promete agitar tanto Hollywood como o paddock da Fórmula 1. A dupla norte-americana prepara-se para lançar Turbulence: The Greatest Mind in Formula One, um retrato profundamente pessoal e tecnicamente rigoroso sobre Adrian Newey, considerado por muitos o maior génio de engenharia da história do desporto.

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A produção junta a Artists Equity — a empresa fundada por Affleck e Damon — à equipa Aston Martin de Newey, ao Whisper Group e à Mark Stewart Productions. O projecto quer ser mais do que uma cronologia de troféus: pretende explorar o percurso extraordinário de um engenheiro que moldou eras inteiras da Fórmula 1 e que, mesmo após 45 anos de carreira, continua a ser um ponto de referência e admiração.

O engenheiro que definiu gerações

Newey começou a sua trajectória em 1980, na Fittipaldi Automotive, como estagiário recém-licenciado. Quase meio século depois, soma 14 títulos de pilotos, dezenas de vitórias e alguns dos carros mais revolucionários já vistos na modalidade. Mas também viveu episódios marcados pela adversidade — desde o doloroso Grande Prémio de França de 1990, em que o seu carro da Leyton House quase venceu no dia em que foi despedido, até às consequências emocionais e judiciais que enfrentou após a morte de Ayrton Senna, em 1994.

Estes momentos de triunfo, queda e reinvenção estarão no coração do documentário, que utiliza material dos bastidores, depoimentos inéditos e acesso privilegiado ao campus de tecnologia da Aston Martin. A produção quer mostrar não apenas os sucessos visíveis, mas a pressão constante, as decisões técnicas que definem corridas e o peso humano que por vezes se esconde por trás das máquinas.

A chegada à Aston Martin e a nova era da F1

A recente mudança de Newey para a Aston Martin é outro dos eixos narrativos. Desde que Lawrence Stroll assumiu o comando da equipa, em 2019, a escuderia tem lutado para transformar investimento em resultados consistentes. A contratação de Newey foi recebida como um momento potencialmente histórico — e o documentário acompanha precisamente esta transição, captando a expectativa, o desafio e a ambição envolvidos.

Com a Fórmula 1 a atravessar uma das maiores mudanças regulamentares dos últimos anos, e com o interesse norte-americano a crescer — graças a fenómenos como Drive to Survive e ao filme F1: The Movie, da Apple —, a presença de Affleck e Damon no projecto parece surgir no momento exacto em que o desporto ganha nova vida mediática.

Uma equipa de luxo atrás das câmaras

A produção conta com nomes profundamente ligados ao mundo das corridas: o Whisper Group, cofundado por David Coulthard, reconhecido pela qualidade do seu trabalho televisivo, e Mark Stewart, filho de Sir Jackie Stewart, premiado pela Royal Television Society.

O próprio Newey admitiu alguma hesitação inicial quando lhe propuseram o filme. Não sabia se queria expor a sua vida desta forma, mas acabou convencido pelo entusiasmo dos fãs da sua autobiografia e pelo potencial inspirador do projecto. “Espero que este documentário mostre a paixão, o empenho e a força de vontade que é necessária para levar um carro de Fórmula 1 até à grelha,” afirmou.

Um retrato de obsessão, talento e humanidade

Turbulence não se limita a celebrar um génio técnico: procura compreender o que significa dedicar uma vida inteira à obsessão pela velocidade, pela perfeição e pela inovação. A intenção é mostrar o engenheiro, o homem e o peso emocional de uma carreira que atravessou várias eras do desporto — cada uma com as suas vitórias, tragédias e transformações.

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O resultado promete ser um documentário que tanto entusiasma fãs de F1 como conquista espectadores sem grande familiaridade com o desporto. Um filme que revela não apenas como se vence uma corrida, mas como se constrói, para lá dela, um legado.

“Avengers: Doomsday”: Kelsey Grammer Pode Ter Revelado Mais do Que Devia — e a Internet Já Está em Chamas

O segredo é a alma do negócio — pelo menos na Marvel Studios —, mas há actores que, mesmo sem querer, insistem em deixar o véu cair. Desta vez, quem acendeu o rastilho foi Kelsey Grammer, o intérprete da Besta em The Marvels, que partilhou detalhes suficientes para entusiasmar os fãs… e provavelmente causar dores de cabeça aos executivos de Kevin Feige.

Num comentário aparentemente inocente, Grammer revelou com quem contracenou durante as filmagens de Avengers: Doomsday, descrevendo a experiência como divertida e inesperada. O problema? Entre os nomes mencionados estavam Chris Hemsworth e Robert Downey Jr. — que regressaria como Doctor Doom, segundo a descrição do próprio actor, algo que o estúdio nunca confirmou oficialmente.

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Se tudo isto estiver correcto, a presença da Besta em cenas partilhadas com estas figuras sugere que o seu papel pode ser mais relevante do que se imaginava, e que o filme terá uma fusão intensa de personagens de múltiplos universos.

Uma Confirmação Acidental?

Ainda mais revelador foi o momento em que Grammer confirmou publicamente que a Besta surge em cenas com Mr. Fantastic, líder do Quarteto Fantástico. Esta pequena afirmação actua como uma enorme peça do puzzle:

— significa que mutantes, Vingadores e Quarteto Fantástico estarão não só no mesmo filme, mas a interagir directamente,

— e reforça a ideia de que Doomsday será a convergência definitiva dos universos que a Marvel tem vindo a preparar desde LokiNo Way Home e Multiverse of Madness.

Embora Grammer tenha tentado minimizar o impacto dos seus comentários, para os fãs não há dúvidas: são pistas claras de que o Multiverso não está apenas a expandir-se — está a colidir.

Alan Cumming Adiciona Mais Fogo à Conversa

Para alimentar ainda mais a especulação, Alan Cumming, o icónico Nightcrawler da saga original dos X-Men, revelou numa entrevista que filmou uma cena de luta contra Pedro Pascal. A confirmar-se, isto abre novas possibilidades: Pascal, cujo papel ainda não foi oficialmente anunciado, pode estar ligado ao Quarteto Fantástico, ao universo mutante ou até servir de ponte entre equipas rivais.

A junção destas revelações, tanto de Grammer como de Cumming, conduziu os fãs a uma teoria irresistível: um confronto directo entre X-Men e Quarteto Fantástico — algo que a Marvel Comics explorou várias vezes ao longo das décadas, com confrontos épicos envolvendo poderes, ideologias e rivalidades profundas.

Se há filme capaz de trazer isto ao grande ecrã, é precisamente Avengers: Doomsday, anunciado como o mais ambicioso evento desde Endgame.

O Que Tudo Isto Significa para o Futuro da Marvel?

Com o regresso de personagens clássicos, a introdução de novas interpretações e uma teia narrativa que parece envolver todos os universos já mostrados no cinema, Doomsday está a transformar-se no projecto mais imprevisível da fase actual da Marvel.

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O silêncio oficial sobre o elenco e a história contrasta fortemente com estas fugas de informação involuntárias. Mas se há algo que já se pode afirmar com segurança é isto:

— o filme promete o maior cruzamento de personagens desde 2019;

— poderá trazer de volta figuras inesperadas;

— e abre a porta ao início formal dos X-Men no MCU, não apenas como cameo, mas como força narrativa central.

Até onde vai esta fusão multiversal? Só em 2026 — ou antes, através de mais um deslize acidental — poderemos saber.

Miles Caton: A Voz-Revelação de Sinners e o Momento Musical Que Está a Marcar o Cinema de 2025

Há raros momentos no cinema em que tudo parece alinhar-se: a história, a música, a realização e, sobretudo, uma performance que nos atravessa como se nos conhecesse por dentro. Em Sinners, o thriller vampiresco-musical de Ryan Coogler que se tornou um fenómeno global, esse momento tem nome e protagonista: Miles Caton, o jovem de 20 anos cuja voz faz vibrar o filme — e todo o público — com uma intensidade quase sobrenatural.

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O centro dessa explosão emocional está na cena em que Sammie, a personagem interpretada por Caton, entra em palco num juke joint em Nova Orleães para cantar “I Lied To You”. É um momento que começa com blues e termina numa verdadeira celebração trans-temporal, onde guitarras eléctricas, batidas, artistas de várias épocas e danças de diferentes culturas convergem num só gesto de comunidade. É o tipo de cena que imediatamente entra para a história do cinema musical — e que agora vale ao actor seis nomeações para os Grammy.

Uma Voz Que “Atravessa Espaço e Tempo”

Quando Caton leu o guião pela primeira vez, a sequência ainda não tinha música. Apenas a promessa de um momento que teria de ser suficientemente forte para cruzar passado e futuro. Foi só ao chegar ao set, em Nova Orleães, que Ludwig Göransson — o compositor vencedor do Óscar — lhe mostrou os primeiros acordes que havia criado com Raphael Saadiq. Sem letra, sem contexto, apenas a espinha dorsal do que viria a ser uma das músicas do ano.

Meses depois, quando finalmente ouviu o tema completo, a reacção foi imediata: “Sim, isto vai ser muito bom.”

O público confirmou. Sinners tornou-se um sucesso absoluto, ultrapassou os 360 milhões de dólares de bilheteira e conquistou um estatuto quase instantâneo de culto. Sete meses depois da estreia, por altura do Halloween, Caton foi recebido numa sessão especial do filme em Londres rodeado de dezenas de fãs mascarados de Sammie, Smoke e Stack. Nada mais simbólico para um filme que combina vampiros, blues e explosão cultural.

De Viral Aos 12 Anos a Estrela Internacional

A história de Caton tem os contornos perfeitos de uma descoberta improvável. Aos 12 anos, um vídeo seu a cantar “Feeling Good”, de Nina Simone, tornou-se viral — e acabou por ser usado no vídeo de abertura do single “4:44” de Jay-Z. Não tardou até pisar palcos gigantes como corista da cantora H.E.R., onde passou a adolescência em digressão.

Quando essa fase terminou, regressou a casa, num intervalo inesperado da vida: “Estava a trabalhar em música, mas estava só… a existir.” Foi nesse momento suspenso que recebeu a chamada para audition de Sinners. E, surpreendentemente, conseguiu o papel — logo no seu primeiro trabalho como actor.

A ligação com Sammie surgiu de imediato. “Tínhamos a mesma idade, a mesma fome de fazer mais, de ir mais longe.”Mas havia algo que Caton precisava de aprender: blues. Ryan Coogler, determinado a dar autenticidade ao filme, deu-lhe uma playlist de “lição intensiva” com Charley Patton, Buddy Guy e outros gigantes do género. O estudo deu frutos — e o público sentiu isso.

Aprender a Tocar Como um Bluesman

Embora a sua voz parecesse ter sido criada para o blues, tocar guitarra não estava no repertório de Caton. Quando lhe disseram que teria de aprender a tocar uma resonator guitar — um instrumento metálico usado no blues tradicional — nem sequer sabia o que era.

E, para complicar, a produção enviou-lhe, por engano, uma lap steel guitar, tocada de forma horizontal.

A reacção foi honesta: “Ups. Estou tramado.”

Depois de corrigido o erro, dedicou-se completamente. “Se me concentrar e praticar como deve ser, consigo aproximar-me.” A disciplina valeu a pena: hoje, muitos fãs perguntam se é realmente ele a tocar — e a surpresa é genuína quando descobrem que sim.

Do Momento Musical à Poética Final

Além de cantar “I Lied to You”, Caton foi convidado a escrever a canção dos créditos finais, “Last Time (I Seen The Sun)”, ao lado de Göransson e Alice Smith. O ponto de partida para a composição foi uma cena comovente do filme: um Sammie idoso, a recordar a noite em que tudo mudou — uma memória tão luminosa quanto trágica.

Essa ideia — a de que momentos perfeitos podem ser esmagados pelo destino — guiou a escrita. “Precisávamos de algo que resumisse o filme e que, ao mesmo tempo, fosse universal. A sensação de dar tudo, porque nenhum dia está garantido.”

Um Fenómeno Que Está Só a Começar

Com nomeações aos Grammy, aclamação crítica e um futuro que parece abrir-se à sua frente, Miles Caton sabe que está num daqueles raros momentos em que tudo muda. Mas continua a ter os pés assentes no chão: “Gosto de estar em casa. Sou caseiro. Mas quando trabalho no que amo, não parece trabalho.”

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A verdade é simples: há actores que crescem para os papéis. E depois há aqueles que parecem nascer com eles. Miles Caton, em Sinners, pertence à segunda categoria — e o cinema nunca mais será o mesmo depois de o ouvir cantar.

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Os Beatles voltam a reinventar-se — mesmo 55 anos depois do fim da banda. The Beatles Anthology, a monumental série documental lançada originalmente em 1995, regressa agora no Disney+ numa versão restaurada, expandida e acompanhada pelo toque tecnológico de Peter Jackson. Depois do impacto colossal de The Beatles: Get Back, o realizador neozelandês e a sua equipa da WingNut Films voltam a mergulhar nos arquivos dos Fab Four para dar nova vida a um dos projectos mais ambiciosos da história do grupo.

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O resultado é, simultaneamente, um regresso ao passado e uma atualização para a era do streaming. O que antes era uma referência televisiva passou agora a ser uma obra afinada para a alta definição, com melhorias profundas na imagem e — sobretudo — no som. Esta nova edição estreou no Disney+ a 26 de Novembro de 2025 e promete conquistar tanto os fãs de primeira hora como as gerações que só descobriram o quarteto através dos recentes projectos de Jackson.

Uma Restauração de Alto Nível

A nova versão de The Beatles Anthology foi remasterizada e aperfeiçoada pela produção da Apple Corps, em colaboração com a WingNut Films de Peter Jackson e com Giles Martin, filho de George Martin — o lendário produtor dos Beatles. Giles criou novos mixes sonoros para grande parte das músicas, elevando a clareza e a profundidade das gravações, e aproximando-as do trabalho que desenvolveu recentemente em reedições de álbuns clássicos da banda.

Visualmente, o salto é igualmente significativo: tal como em Get Back, a equipa de Jackson recorreu a técnicas avançadas de limpeza, estabilização e reconstrução digital de película, resgatando detalhes outrora imperceptíveis e devolvendo frescura ao material captado há mais de meio século.

O Que Há de Novo? Um Episódio Inédito

A série original tinha oito episódios — esta nova versão passa a ter nove. O episódio adicional reúne material de bastidores registado entre 1994 e 1995, quando Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr se juntaram para trabalhar no projecto Anthology em todas as suas vertentes:

  • a série televisiva,
  • os álbuns duplos com gravações raras,
  • e o livro The Beatles Anthology, publicado em 2000.

O episódio mostra conversas íntimas entre os três Beatles sobreviventes da época, que reflectem sobre a vida na banda, o impacto cultural do grupo e o modo como cada um olhava para o seu passado comum. Para muitos fãs, este material tem o peso emocional de um reencontro tardio — sobretudo porque George Harrison faleceu apenas alguns anos depois, em 2001.

Trata-se, portanto, de uma peça rara: um momento em que os três olham para trás, sem pressões, sem artifícios promocionais e com a cumplicidade que sempre caracterizou a relação entre eles, mesmo após a separação.

A Antologia Reinventada

Com esta nova edição, The Beatles Anthology ganha uma segunda vida. O que em 1995 foi um acontecimento global televisivo transforma-se agora num documento restaurado, aprofundado e contextualizado, à altura do fascínio renovado que o público tem pela banda graças ao trabalho meticuloso de Jackson.

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Mais do que uma simples reposição, esta é uma oportunidade de revisitar toda a história dos Beatles com os recursos tecnológicos do presente e com a emoção adicional de um episódio que, até hoje, nunca tinha visto a luz do dia.

O legado continua vivo — e, ao que parece, cada vez mais nítido.

James Cameron Atira-se à Netflix: “Assim, Não Devia Concorrer aos Óscares”

James Cameron não é homem de meias palavras — e, desta vez, virou as baterias contra a Netflix. O lendário cineasta de AvatarTitanic e Exterminador Implacável afirmou que os filmes da plataforma não deviam poder competir pelo Óscar de Melhor Filme, a menos que respeitem uma verdadeira estreia cinematográfica. Para Cameron, a actual estratégia da empresa representa nada menos do que um “sistema podre”.

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A Plataforma Que Conquistou Hollywood… Mas Falha Sempre o Grande Prémio

Com mais de 300 milhões de subscritores globais, a Netflix já deixou a sua marca na indústria: atraiu realizadores de topo, investiu em projectos de grande escala, e transformou-se num dos gigantes culturais da era moderna. Mas há um troféu que continua a escapar — o Óscar de Melhor Filme.

Nos últimos anos, títulos como RomaO IrlandêsMankO Poder do CãoMaestroA Oeste Nada de Novo ou Emilia Perez chegaram perto, alguns até venceram outras categorias, mas nenhum conquistou o prémio maior.

A discussão reacendeu-se este ano, com três fortes candidatos da plataforma — FrankensteinSonhos e Comboios e Jay Kelly — todos lançados em salas de cinema por períodos mínimos, apenas o suficiente para garantir elegibilidade para os Óscares, antes de rumarem rapidamente ao streaming.

Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, foi claro: considera que a experiência de ir ao cinema é “uma ideia ultrapassada” e que o seu estúdio está, na verdade, a “salvar Hollywood”. Para muitos analistas, vencer o Óscar seria a validação final desta visão — a consagração de um novo modelo.

Cameron Não Poupa Nas Palavras: “Fundamentalmente Podre”

James Cameron, contudo, vê tudo isto com enorme desconfiança. Em conversa com o analista Matt Belloni, o cineasta reagiu também às notícias de que a Netflix está a tentar comprar a Warner Bros., competindo com a Paramount e com a Comcast.

A resposta foi directa:

“Acho que a Paramount é a melhor escolha. A Netflix seria um desastre. Desculpa, Ted, mas caramba.”

Recordou ainda que Sarandos defendeu publicamente que “os cinemas estão mortos”, algo que Cameron considera profundamente errado — e perigoso para o futuro do cinema como o entende.

Quando o jornalista sugeriu que Sarandos teria mudado de postura e prometido investir em estreias tradicionais caso adquirisse a Warner, Cameron soltou uma gargalhada.

“É para enganar parvos. ‘Vamos lançar o filme por uma semana ou dez dias e já está qualificado para os Óscares’. Por amor de Deus.”

Depois, endureceu ainda mais o discurso:

“Acho isso fundamentalmente podre. Os Óscares não significam nada para mim se não significarem cinema. Acho que foram cooptados, e isso é péssimo.”

A Posição de Cameron: Óscares Só Para Quem Respeita o Cinema

Questionado directamente sobre se a Netflix devia poder concorrer ao Óscar de Melhor Filme, Cameron disse que sim — mas apenas se alterar radicalmente a estratégia:

“Devem poder competir se lançarem o filme de forma significativa, em dois mil cinemas durante um mês.”

Para o realizador, não se trata de atacar o streaming, mas de defender o que acredita ser o coração da arte cinematográfica: a experiência colectiva, numa sala escura, com grande imagem e grande som — não uma estreia minimalista concebida apenas para cumprir burocracias.

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E assim, no meio da luta pelos estúdios de Hollywood e da corrida feroz aos Óscares, Cameron volta a colocar a velha questão no centro do debate: o que é, afinal, cinema?

E quem é que deve defini-lo?

Tom Cruise Celebra Amores Perros e o “Sueño Perro”: A Homenagem Surpreendente Que Reacende a Ligaçāo ao Cinema de Iñárritu

O cinema vive de memórias — das que preservamos e das que julgávamos perdidas. Foi precisamente essa ideia que pairou no ar quando Tom Cruise surgiu num vídeo a celebrar o 25.º aniversário de Amores Perros e a nova instalação artística de Alejandro G. Iñárritu, intitulada Sueño Perro. O momento, discreto mas carregado de significado, apanhou muitos de surpresa e reacendeu a discussão sobre o impacto duradouro do filme que, em 2000, mudou para sempre a paisagem do cinema latino-americano.

Uma Homenagem Inesperada, de Um Ícone a Outro

No vídeo partilhado por Iñárritu, e que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, Cruise recorda a primeira vez que viu Amores Perros. Fala com entusiasmo, quase com reverência, descrevendo-o como um “clássico absoluto” e confessando que revisitar o filme ainda hoje o deixa profundamente marcado. Não é todos os dias que vemos um dos maiores protagonistas do cinema de acção a prestar tributo a um drama urbano mexicano que se tornou símbolo de uma nova energia cinematográfica.

A homenagem serve também de convite: é o próprio Cruise que impulsiona as atenções para Sueño Perro, a instalação criada a partir de material nunca utilizado durante a montagem original do filme. E para quem o cinema significa mais do que apenas narrativa — para quem vê magia no celuloide, nos pedaços imperfeitos, no que ficou por contar — esta é uma oportunidade rara.

Sueño Perro: A Memória Oculta a Ganhar Corpo

Aberta ao público no espaço cultural LagoAlgo, na Cidade do México, a instalação mergulha o visitante numa experiência sensorial de luz, som e película recuperada. Iñárritu recolheu e restaurou material descartado há 25 anos: imagens cruas, fragmentadas, intensas. É como regressar ao caos controlado que deu origem ao filme — aquela mistura de violência, ternura, desespero e humanidade que fez de Amores Perros um fenómeno global.

Ao recuperar o que antes era apenas “resto de montagem”, Iñárritu transforma esses fragmentos em memória viva. Sueño Perro não é apenas uma exposição: é um reencontro com a alma do filme, um gesto artístico que resgata o passado para reactivá-lo no presente. E Cruise, com a sua homenagem, ajudou a amplificar esse gesto para o mundo inteiro.

Uma Nova Colaboração no Horizonte

O tributo não surge isolado — é também uma ponte para o futuro. Cruise e Iñárritu têm já um novo filme em marcha, uma comédia negra rodada em inglês e com estreia prevista para Outubro de 2026. Ao seu lado, o actor terá Sandra Hüller, John Goodman, Riz Ahmed e um elenco robusto que promete dar corpo a uma história envolta ainda em mistério.

A cinematografia ficará a cargo de Emmanuel Lubezki, colaborador habitual de Iñárritu, o que indica que podemos esperar algo esteticamente arrebatador — e possivelmente tão ousado quanto o próprio Amores Perros.

O Legado que Continua a Mexer com o Cinema

A homenagem de Tom Cruise não é um gesto promocional nem um simples cumprimento de circunstância. É o reconhecimento directo da força de um filme que redefiniu o storytelling no cinema contemporâneo, que pôs o México no mapa com brutalidade, poesia e coragem. É também um lembrete de que o cinema de Iñárritu permanece incontornável — inquieto, visceral, sempre a desafiar o espectador.

Ao celebrar o “Sueño Perro”, Cruise legitima o que muitos já sabiam: Amores Perros não envelheceu. Cresceu, transformou-se, espalhou raízes. E continua a inspirar tanto quem o viu em 2000 como quem o descobre pela primeira vez em 2025.

Se o futuro reserva um novo encontro artístico entre Cruise e Iñárritu, o presente deixa claro que esta relação criativa está mais forte do que nunca — alimentada pela memória, pelo respeito e pela vontade de continuar a fazer cinema que mexe connosco.

O Filme de Animação Que Vai Dominar o Natal: “David” Chega aos Cinemas com Vozes Portuguesas de Luxo

Fernando Daniel, Áurea e Pedro Gonçalves lideram a versão portuguesa desta aventura épica para toda a família

O Natal de 2025 acaba de ganhar um novo protagonista: “David”, a animação que promete conquistar famílias inteiras quando chegar aos cinemas a 17 de dezembro. Descrito como “a mais bela aventura de animação deste Natal” no comunicado oficial  , o filme apresenta um trio de vozes portuguesas capaz de fazer tremer até gigantes: Fernando DanielÁurea e Pedro Gonçalves dão vida às personagens centrais desta história intemporal que atravessa gerações.

Adaptando a famosa narrativa do jovem pastor que enfrenta Golias e se torna rei, o filme leva-nos numa viagem musical repleta de emoção, fé, coragem e imagens deslumbrantes. A versão portuguesa, distribuída pela NOS Audiovisuais, promete não apenas honrar o espírito épico da história original, mas também imprimir-lhe um toque emocional muito próprio, graças ao carisma e talento dos artistas envolvidos.

Uma Aventura Que Inspira — e Agora Fala Português

No filme, Pedro Gonçalves — conhecido do público pela sua participação no The Voice Portugal — empresta a voz ao jovem David, descrito como cheio de energia, sensibilidade e determinação. A interpretação pretende capturar a essência de alguém que ainda está a descobrir o mundo, mas que já carrega nos ombros um destino maior do que a própria vida.

À medida que David cresce, quem assume é Fernando Daniel, que dá voz ao herói adulto, agora guerreiro, poeta e líder. Segundo o comunicado, a sua interpretação traz “profundidade e intensidade” ao papel  , transformando-o numa figura que inspira pela coragem e pela resiliência. A combinação de força emocional e presença vocal do cantor encaixa de forma natural na metamorfose do jovem pastor num dos nomes mais emblemáticos da tradição bíblica.

Mas nenhuma jornada começa sozinha. Áurea completa o trio principal dando voz a Nitzevet, mãe de David — descrita como uma presença “calorosa e resiliente”  . É ela quem molda, com a sua fé silenciosa e as suas canções, o coração do futuro rei. A cantora, conhecida pelo timbre doce e emotivo, parece ser uma escolha óbvia para uma personagem que representa a força tranquila que sustém heróis quando tudo à volta fraqueja.

Música, Emoção e a Magia do Natal

“David” aposta numa narrativa épica, mas transporta-a para um formato acessível a todas as idades, com momentos musicais que procuram atingir tanto o lado espiritual como o lado emocional da história. A promessa é clara: um filme onde nenhum gigante é demasiado grande quando o coração permanece firme — frase que condensa na perfeição o espírito da obra e que sublinha a mensagem universal de esperança que a acompanha  .

A estética visual, descrita como “deslumbrante” no comunicado, pretende envolver o espectador num espetáculo sensorial que combina aventura, fé e emoção em partes iguais. A abordagem musical reforça essa ambição, transformando a história de David não apenas noutra adaptação, mas numa experiência envolvente pensada para emocionar tanto adultos como crianças.

Um Natal Feito de Coragem, Música e História

A estreia marcada para 17 de dezembro coloca “David” no centro da programação natalícia, numa época em que as famílias procuram histórias com coração — e este filme parece ter muito para oferecer. Com um elenco vocal português de grande popularidade e capacidade interpretativa, a animação aproxima-se do público local sem perder a dimensão universal da narrativa original.

Ao mesmo tempo, o filme resgata valores que continuam a ressoar com força no século XXI: a coragem diante do impossível, a procura de um propósito maior, a força das raízes familiares e a certeza de que mesmo o mais improvável dos heróis pode mudar o destino de uma nação.

“David” não é apenas mais uma animação de Natal — é uma promessa de emoção, música e inspiração. E, com Fernando Daniel, Áurea e Pedro Gonçalves a dar voz a esta aventura, tudo indica que estamos perante um dos títulos obrigatórios deste final de ano.

A Surpresa Que Londres Esconde: Urchin Chega ao Nimas com Conversa Especial

Harris Dickinson estreia-se na realização com um retrato cru, inquieto e profundamente humano

O Cinema Nimas prepara-se para receber uma das estreias mais intrigantes deste final de ano: Urchin, a primeira longa-metragem realizada pelo actor Harris Dickinson, conhecido do grande público pelos seus papéis em Triângulo da Tristeza e Babygirl. A sessão especial acontece no dia 27 de Novembro, às 19h30, e será seguida de uma conversa com o crítico de cinema Vasco Câmara e o realizador Pedro Cabeleira, dois convidados que prometem elevar o debate sobre esta estreia inesperada.

É sempre curioso assistir ao momento em que um actor decide dar o salto para detrás da câmara. Dickinson, uma das faces mais expressivas e versáteis da sua geração, escolhe fazê-lo com um filme que não procura conforto nem convenções. Urchin é um mergulho na Londres que raramente aparece nos cartões-postais: a Londres das esquinas frias, dos ciclos difíceis de quebrar, das vidas que teimam em sobreviver apesar de tudo.

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Uma história que não pede licença

O filme segue Mike, um jovem sem-abrigo preso num loop de autodestruição, à procura de algo que se pareça com uma segunda oportunidade. Dormiu nas ruas, passou pela prisão e agora tenta reconstruir-se, mesmo que o mundo à sua volta insista em empurrá-lo para trás. Dickinson filma este trajecto com uma proximidade desconcertante, recusando dramatizações fáceis ou moralismos. Mike é falível, perdido, frustrado — e é precisamente isso que o torna tão humano.

Urchin aproxima-se do absurdo em vários momentos, mas nunca perde de vista o seu centro emocional: a ferida aberta de alguém que ainda não desistiu, mesmo quando tudo sugere que deveria. O filme expõe aquilo que a sociedade tantas vezes se recusa a ver — as microestruturas invisíveis que condicionam vidas inteiras, os padrões que se repetem, as paredes contra as quais se bate mesmo sem perceber porquê.

O estudo de uma margem que é mais familiar do que parece

Há algo de profundamente empático na forma como Dickinson constrói o filme. Não há complacência, mas também não há distância. O que Urchin propõe é uma observação honesta da vida nas margens — onde a dignidade persiste, mesmo quando o mundo inteiro parece ter virado costas.

Ao mesmo tempo, a obra não esconde o humor estranho e quase absurdo que pode surgir nos momentos mais inesperados. É esse equilíbrio — entre crueza e estranheza, entre dor e ternura — que confere ao filme uma identidade própria. Não é um drama social tradicional; é mais um retrato sensorial e emocional de alguém que tenta respirar dentro de uma vida que o sufoca.

Uma estreia que merece atenção

Harris Dickinson estreia-se na realização com uma segurança surpreendente, revelando uma direcção que sabe quando se aproximar e quando recuar, quando observar e quando confrontar. Urchin não quer ser um manifesto, nem um tratado sociológico; quer ser uma experiência — às vezes desconfortável, sempre verdadeira.

A sessão especial no Nimas, com Vasco Câmara e Pedro Cabeleira, acrescenta uma camada indispensável: a oportunidade de discutir o filme com duas vozes que pensam o cinema com profundidade e paixão. Para quem acompanha novos realizadores, novas linguagens e novas maneiras de olhar a cidade, esta é uma estreia a não perder.

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Urchin é, em última análise, um filme sobre tentar — e, por vezes, falhar — mas continuar mesmo assim. É sobre aqueles que vivem onde ninguém quer olhar, mas que, como todos, procuram apenas um lugar onde possam finalmente recomeçar.

A Lista de Comédias Que Vai Mexer com os Cinéfilos — e a Variety Assume a Responsabilidade

Quando o riso se torna matéria séria e 110 anos de gargalhadas são postos à prova

A Variety decidiu fazer aquilo que todos nós, secretamente, pensamos que faríamos melhor: escolher as 100 melhores comédias de sempre. E fê-lo com a solenidade quase religiosa de quem segura a História pelas ancas e a abana para ver o que cai. No ensaio que abre este extenso top, a publicação recorda que rir sempre importou — mas que hoje importa mais. A humanidade, diz a Variety, nunca riu tanto como nos últimos 110 anos, e o “culpado” é o cinema. Afinal, foi Charlie Chaplin, o primeiro verdadeiro ícone global, quem ensinou o planeta a pesquisar nos bolsos pela alma do humor. E, assim que Hollywood descobriu que nos podia pôr a rir, nós descobrimos que não queríamos outra coisa.

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A lista organiza-se como uma espécie de viagem arqueológica ao centro exacto do cómico cinematográfico: a anarquia sublime dos irmãos Marx, o caos estudado do SNL, o surrealismo feroz de Mel Brooks, o humor doentiamente cirúrgico de Dr. Strangelove, a loucura improvisada de Jim Carrey. E, em certos momentos, a Variety deixa claro que compilá-la implicou um exercício quase místico: “pensámos longamente no que faz um clássico — mas, acima de tudo, ouvimos os nossos ossos do riso”. Esta frase, retirada do texto original, define o espírito da selecção: uma lista que não pretende agradar a todos, mas que pretende representar tudo.

A contagem decrescente começa com Bridget Jones’s Diary, essa pérola que não se atreveriam a filmar hoje, diz a Variety — não por não poderem, mas por não quererem. E isso seria uma pena, porque parte do encanto desta comédia romântica é precisamente o facto de Bridget ser uma catástrofe ambulante e o filme não pedir desculpa por isso. De seguida, Wayne’s World aparece como a excepção que confirma a regra dos fracos spinoffs do Saturday Night Live, oferecendo duas personagens tão patetas quanto icónicas. Seguem-se Pretty WomanBorn YesterdayI’m Gonna Git You Sucka e, no lugar 95, uma obra querida dos cinéfilos portugueses: Brazil, a distopia de Terry Gilliam que continua a ser, simultaneamente, profética e delirante.

A lista avança como um desfile de memórias e estilos, saltando do caos indie de Clerks para a dança subversiva de Hairspray, do absurdo total de The Jerk ao espartilho moralmente ousado de She Done Him Wrong. A Variety resgata pérolas esquecidas (Hellzapoppin’Born YesterdayThe Tall Blond Man With One Black Shoe), reafirma clássicos inquestionáveis (Dr. StrangeloveSome Like It HotYoung Frankenstein), e dá o devido lugar a obras que só com o tempo encontraram o público que mereciam — como The Big Lebowski, que começou por ser desvalorizado e acabou canonizado.

No top 10, a revista convida-nos a atravessar a História com a reverência de quem entra numa catedral, mas sem tirar os sapatos: Buster Keaton e Sherlock Jr.; o ciclo infinito de Bill Murray em Groundhog Day; o génio louco de Mel Brooks em Young Frankenstein; a falsa verdade de Fargo; a insaciável ousadia dos Monty Python; a sátira política que só Chaplin poderia assinar em The Great Dictator. E, claro, os dois gigantes que fecham a lista: Some Like It Hot, de Billy Wilder, verdadeiro épico do disfarce e do desejo; e The Naked Gun, que a Variety proclama como a comédia perfeita — um hino irreverente ao absurdo, conduzido pelo génio deadpan de Leslie Nielsen.

O grande triunfo desta lista não está apenas nos títulos escolhidos, mas na defesa apaixonada do riso enquanto elemento fundamental do cinema. O humor, neste enquadramento, é tratado como uma força cultural transformadora, capaz de reinventar épocas, desafiar normas, provocar e, acima de tudo, aproximar espectadores de todas as gerações.

Glen Powell Está de Volta — e Agora Quer Chocar Hollywood com a Comédia Teen Mais Descarada do Ano

Ao confiar na Variety a tarefa de definir (ou incendiar) este cânone, ficamos com um mapa do riso que é tanto um documento histórico como uma declaração de amor ao cinema. É impossível concordar com tudo — mas é igualmente impossível não sorrir ao percorrê-la.

E vocês quais seriam as vossas escolhas?

O Filme Que Está a Dividir Críticos: A Estranha Odisseia de Hamnet

Quando Shakespeare Inspira um Drama Fantástico… e Umas Quantas Gripezinhas Criativas

Hamnet chega envolto numa onda de entusiasmo que quase parece maior do que o próprio filme. Depois de conquistar o People’s Choice Award no Festival de Toronto — um prémio que, curiosamente, tem o dom quase místico de irritar sempre os mesmos críticos — o novo trabalho de Chloé Zhao aterra nas salas com a confiança própria de quem já foi proclamado “o melhor filme de sempre” numa citação publicitária tão hiperbolizada que nem o site que a supostamente escreveu parece saber onde ela está. Convenhamos: é um começo… peculiar.

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Adaptado do romance de Maggie O’Farrell, Hamnet reinventa a história por detrás da criação de Hamlet, imaginando um Shakespeare em modo devaneio espiritual, a transformar a morte real do filho de onze anos numa catarse literária. O problema é que, segundo o texto original que inspirou este artigo, esta transformação cinematográfica não só exige um salto de fé, como um salto ornamental completo — daqueles dignos de competição olímpica.

Zhao anuncia desde o primeiro plano que não está interessada no rigor histórico. Jessie Buckley surge enrolada no chão da floresta, vestida de vermelho vivo, quase como uma divindade pagã caída num postal ilustrado de Terrence Malick. A sua Agnes (o nome pelo qual Anne Hathaway, mulher de Shakespeare, é aqui chamada) é apresentada como uma espécie de criatura mística que conversa com aves de rapina, tem poderes telúricos e transforma um parto numa cheia bíblica. Buckley, sempre impecável, tenta dar humanidade a esta figura mitológica, mas nem o seu talento evita que a personagem oscile entre o excêntrico e o involuntariamente cómico.

Depois temos Shakespeare, interpretado por Paul Mescal num registo tão trapalhão e desarticulado que o espectador fica a pensar se a ausência de eloquência será uma piada interna. A decisão artística é ousada, sem dúvida, mas acaba por ser estranha numa narrativa que gira à volta de um dos maiores escritores da História. Mescal — brilhante em Aftersun — vê-se aqui preso a um papel que insiste em transformá-lo num bobalhão melancólico perseguido por ravinas simbólicas que gritam “DESTINO TRÁGICO” com letras gigantes.

Quando chega a morte da criança, Zhao puxa do manual de melodrama com tanta intensidade que qualquer comparação com E.T. passa a parecer elogio moderado. A encenação do sacrifício do pequeno Hamnet, que supostamente “engana” a doença para salvar a irmã, estica o conceito de realismo mágico para lá da elasticidade possível. Buckley entrega uma performance visceral, repleta de gritos, lágrimas e toda a carga emocional possível, mas o filme parece mais interessado em provocar soluços do que em explorar a dor com subtileza.

O luto dá depois lugar ao ressentimento: Agnes transforma Shakespeare no saco de pancada emocional da casa, acusando-o de estar ausente em Londres, ocupado a escrever algumas das maiores obras da literatura, enquanto devia… assistir à tragédia em directo. A tensão culmina numa cena no Globe Theatre que desafia qualquer lógica histórica e que apresenta Agnes como alguém que, ao ver uma peça pela primeira vez, encontra redenção espiritual no exacto momento em que o argumento o exige.

O texto fornecido afirma ainda que Hamnet adopta uma visão quase simplista do processo criativo, atribuindo a génese de Hamlet a um momento de dor tão imediato que ignora completamente o trabalho, reescrita e complexidade inerentes à criação artística. Shakespeare, tal como aqui apresentado, praticamente tropeça no famoso “Ser ou não ser” entre um abismo e outro, como se as palavras lhe caíssem do céu. É um retrato algo redutor, por mais poético que Zhao o tente tornar.

Também há ecos de Nomadland, com os mesmos enquadramentos poético-rústicos ao pôr-do-sol e um uso intensivo da música de Max Richter — incluindo “On the Nature of Daylight”, peça recorrente em tantas produções que já rivaliza com “Carmina Burana” na categoria “banda sonora incontornável, mas desgastada”.

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No fim, Hamnet pode ser visto como uma tentativa ambiciosa de transformar Shakespeare em mito e dor em fantasia. Mas, segundo a crítica que esteve na base deste texto, é uma obra que procura lágrimas antes de procurar verdade, preferindo adornar a emoção em vez de a explorar. O resultado é um filme que divide, que provoca reacções fortes — nem sempre pelas razões pretendidas — e que deixa no ar uma pergunta: será este épico emocional um poema visual ou apenas um truque dramático à procura de prémios?

Bruce Lee Regressa ao Ecrã: O Fim-de-Semana em que o STAR Movies Celebra o Dragão do Cinema

Poucos nomes carregam tanto peso na história do cinema de ação como Bruce Lee. Muito mais do que uma estrela, tornou-se um fenómeno cultural, um símbolo de força, disciplina e presença cinematográfica. No fim-de-semana de 29 e 30 de novembro, o STAR Movies prepara um autêntico tributo ao mestre das artes marciais, dedicando duas noites inteiras à sua obra, sempre a partir das 21h15. Para quem viveu as matinés de pancadaria com admiração, e para quem só agora descobre o magnetismo de Lee, esta é uma oportunidade rara de ver quatro dos seus títulos mais marcantes no grande ecrã doméstico.

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A viagem começa no sábado com Big Boss – O Implacável, o filme que lançou Bruce Lee ao estrelato internacional. O jovem Cheng chega a uma fábrica de gelo para começar de novo, mas rapidamente se vê envolvido numa teia de criminalidade e desaparecimentos misteriosos. Quando a promessa de nunca mais lutar colide com a injustiça, o inevitável acontece: o Dragão desperta. O filme mantém intacta a sensação de explosão física e emocional que Lee trouxe às primeiras produções de Hong Kong, onde cada golpe parecia carregar décadas de frustração acumulada.

Mais tarde, ainda no sábado, o STAR Movies exibe O Invencível. Aqui, Lee veste a pele de um aluno que regressa para honrar a memória do seu mestre, num contexto tenso marcado pela ocupação japonesa em Xangai. Há uma energia quase revolucionária neste filme: a câmara fixa-se na fúria silenciosa de Lee, nos confrontos coreografados com inteligência e brutalidade, e na forma como a narrativa mistura honra, patriotismo e vingança. O Invencível é frequentemente apontado como um dos seus trabalhos mais emblemáticos — e percebe-se porquê.

bruce lee e chuck norris

No domingo, a viagem continua com A Fúria do Dragão, o único filme totalmente realizado por Bruce Lee. A história leva-nos até Roma, onde o jovem Tang Lung tenta proteger familiares ameaçados por gangsters. É um filme surpreendentemente divertido, com momentos de humor e uma confiança criativa que só poderia vir de alguém que dominava não apenas a arte da luta, mas também a gramática cinematográfica. Aqui encontramos uma das batalhas mais lendárias da carreira de Lee: o duelo com Chuck Norris no Coliseu, uma das cenas mais influentes da história do género.

A noite encerra com um capítulo tão mítico quanto trágico: O Último Combate de Bruce Lee. Pensado como a obra definitiva do Jeet Kune Do, o filme teve de ser reconstruído após a morte prematura do ator, em 1973. A produção levou cinco anos a ser concluída, recorrendo a duplos, filmagens alternativas e uma montagem engenhosa que procurou honrar o espírito do projeto. O resultado é um híbrido fascinante, simultaneamente emocionante e melancólico, onde a presença ausente de Lee pesa tanto quanto os seus golpes.

Este especial do STAR Movies não é apenas uma maratona televisiva: é uma pequena celebração daquilo que Bruce Lee representou para o cinema e para a cultura popular. A sua influência estende-se muito para além das artes marciais — moldou a forma como filmamos movimento, como entendemos a fisicalidade no ecrã e como um intérprete pode transformar-se num arquétipo eterno. Para muitos, Bruce Lee é mais mito do que memória. Para outros, continua a ser o grande mestre. Para todos, continua simplesmente indispensável.

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No próximo fim-de-semana, às 21h15, o STAR Movies abre as portas ao Dragão. Basta sentar-se e deixar a lenda tomar conta da sala.

“Tornados”: O Novo Thriller Meteorológico Que Promete Abalar a TV Portuguesa

A televisão portuguesa vai entrar no olho da tempestade com Tornados, a nova aposta do TVCine Top, que estreia já sexta-feira, 28 de novembro, às 21h30. A produção, descrita como uma versão moderna e muscular do clássico Twister(1996), chega com a ambição de recuperar o fascínio pelo caos climático — agora com tecnologia de ponta, efeitos visuais arrebatadores e uma nova geração de caçadores de tempestades prontos para desafiar a força da natureza.  

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Esta releitura dramática gira em torno de Kate Carter, interpretada por Daisy Edgar-Jones, uma meteorologista que abandonou a vida de perseguição a tornados após um episódio traumático que tirou a vida ao namorado e colega de investigação. Desde então, Kate vive longe dos radares e da adrenalina, mas a paz dura pouco: uma equipa científica convida-a a regressar a Oklahoma para testar uma tecnologia avançada que promete prever — e possivelmente controlar — tornados de intensidade devastadora.

Ao seu lado surge Tyler Owens, interpretado por Glen Powell, uma espécie de estrela das redes sociais cuja carreira consiste em correr atrás de tempestades para gerar cliques e audiências. Junta-se ainda Javi, vivido por Anthony Ramos, velho amigo e colega de Kate, peça essencial nesta nova operação científica. O trio acaba por enfrentar aquilo que nenhum deles imaginava: um conjunto de frentes de tornados tão extremo que coloca a própria experiência humana num patamar insignificante perante o poder imprevisível da natureza.  

A realização ficou a cargo de Lee Isaac Chung, vencedor do Globo de Ouro com Minari em 2021, que aqui troca os dramas íntimos pela tensão ininterrupta dos desastres naturais. O argumento de Mark L. Smith (The Revenant) adiciona camadas de intensidade emocional a um filme que, apesar de centrado em tornados colossais, nunca se esquece de explorar o trauma, a perda e a resiliência dos seus protagonistas.

Um dos grandes destaques de Tornados é a componente visual, que aposta num realismo avassalador: sequências inteiras são reconstruídas através de CGI de última geração, recriando paredes de vento, detritos e paisagens destruídas com um nível de detalhe que promete acelerar o ritmo cardíaco dos espectadores. É um filme pensado para ser sentido — e não apenas visto.  

A estreia nacional acontece em simultâneo no TVCine Top e no TVCine+, tornando a noite de sexta-feira um momento obrigatório para quem gosta de thrillers climáticos, desastres em grande escala ou simplesmente do género “vou só ver o início” que acaba em sessão completa com o sofá a tremer.

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Prepare-se: a tempestade chega às 21h30. Não há aplicações meteorológicas que o salvem desta.

“Zootrópolis 2”: Uma Continuação Que Cumpre o Mínimo… e Pouco Mais

Há dias assim: acordamos, respiramos fundo e percebemos que estreou mais uma comédia de animação sobre animais falantes que resolvem problemas em cenários digitais impecáveis. Zootrópolis 2 — ou Zootopia 2, como é conhecido nos Estados Unidos — encaixa exactamente neste molde. Não é um filme produzido por inteligência artificial, mas não seria difícil acreditar no contrário.

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O original de 2016 conquistou o público com uma proposta fresca: uma cidade onde predadores e presas convivem numa utopia altamente funcional, recheada de humor, metáforas sociais e um duo improvável de protagonistas. Desta vez, porém, a sequela parece seguir uma cartilha corporativa tão rígida que as suas piadas soam pré-aprovadas por comité e a sua estrutura avança com o automático ligado.

Regressamos a Zootrópolis, esse mundo tecnicolor onde coelhos, ursos, antílopes, preguiças e leões vivem side by side — e onde, claro, Alan Tudyk aparece mais uma vez em modo cameo vocal, como se fosse uma tradição contratual. Judy Hopps, a coelha persistente e idealista, continua a patrulhar a cidade; Nick Wilde, a raposa streetwise promovida a agente da autoridade, mantém o charme cínico mas domesticado. A dupla continua funcional, simpática, eficaz. Mas muito pouco além disso.

A nova aventura começa com um crime improvável: um réptil — o único grupo animal que a cidade continua a rejeitar de forma óbvia — é acusado de roubar um diário pertencente à família aristocrática dos linces fundadores de Zootrópolis. O caderno esconde segredos sobre as “paredes meteorológicas”, as estruturas que permitem coexistirem dentro da mesma cidade múltiplos climas e biomas. A investigação rapidamente os leva a uma conspiração que, como sempre, atinge o topo da pirâmide social. Nada de novo, nada inesperado, nada particularmente ousado.

Há piadas, claro. Algumas até funcionam. Mas têm aquela precisão tão mecânica — quase estéril — que parece resultante de fórmulas testadas à exaustão em focus groups. O filme é limpinho, seguro, funcional. Mas falta-lhe alma. A sensação dominante é a de estarmos perante um “produto” que cumpre tabela, em vez de uma sequela com identidade própria.

Zootrópolis 2 é, no fundo, um filme ideal para entreter crianças num voo longo ou numa viagem de carro. E isto não é uma crítica — há valor em obras que cumprem essa função. Mas, ao contrário do primeiro capítulo, que surpreendia pelo humor inteligente e pela ambição temática, esta continuação avança sem riscos e sem entusiasmo, como se fosse apenas mais uma entrada encomendadíssima num catálogo de streaming.

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Disney já fez melhor. E os espectadores também já viram melhor. Talvez a terceira parte — se vier aí um Z3 — tenha a coragem de regressar às raízes mais sombrias, satíricas e criativamente desafiantes do original. Por agora, ficamos com este capítulo ameno, competente, mas quase indistinguível de uma criação algorítmica.

Eurovisão Anuncia Novas Regras de Votação Após Acusações de Interferência por Parte de Israel

A Eurovisão vai mudar a forma como os votos são atribuídos já na próxima edição do festival. A decisão surge na sequência das acusações feitas por vários países europeus, que alegaram que Israel terá influenciado de forma indevida a votação do público no concurso do ano passado.

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As novas regras, anunciadas na sexta-feira, reduzem para metade o número de votos permitidos por cada espectador — passam de 20 para 10 — e introduzem uma partilha mais equilibrada entre a votação do público e a de um júri profissional. Ao mesmo tempo, a organização quer travar campanhas externas com potencial para distorcer o resultado final. Martin Green, director da Eurovisão, foi claro: “Nenhum canal público ou artista poderá, a partir de agora, envolver-se ou apoiar campanhas de terceiras entidades — incluindo governos ou agências governamentais — que possam influenciar artificialmente a votação.”

A União Europeia de Radiodifusão (EBU), responsável pelo evento, comprometeu-se igualmente a reforçar os sistemas de segurança e a intensificar a monitorização de actividades fraudulentas.

Ainda que o comunicado oficial não refira Israel pelo nome, a decisão é uma resposta directa ao polémico resultado do ano passado. O representante israelita, Yuval Raphael, terminou em segundo lugar, impulsionado por uma vantagem expressiva na votação do público. Na altura, circularam nas redes sociais apelos a apoiantes de Israel em todo o mundo para que votassem o máximo possível, o que gerou indignação entre vários países participantes.

Após a final, os canais públicos de Espanha, Irlanda, Bélgica, Islândia e Finlândia exigiram uma auditoria ao sistema de votação, insinuando que Israel teria manipulado o processo — alegações que Martin Green rejeitou então de forma categórica.

A tensão agravou-se em Setembro, quando Países Baixos, Eslovénia, Islândia, Irlanda e Espanha anunciaram que poderiam boicotar o festival caso Israel fosse autorizado a participar. A EBU chegou a ponderar um voto interno entre os países membros sobre esta questão, mas recuou após o cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos em Gaza no mês passado. O tema será discutido formalmente na reunião da EBU em Dezembro.

O chanceler da Áustria, país anfitrião da edição deste ano, também terá pressionado o seu canal público para não acolher o evento caso Israel seja excluído, sinal de que o debate está longe de ser consensual.

Martin Green acredita que as novas medidas podem restaurar a confiança no concurso: “Espero sinceramente que este pacote robusto de alterações dê garantias a artistas, canais e fãs. Acima de tudo, espero que permita ao festival reconhecer a complexidade do mundo em que vivemos, mas resistir às tentativas de transformar o nosso palco num terreno de divisão geopolítica.”

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A Eurovisão prepara-se, assim, para enfrentar mais um ano delicado — tentando equilibrar o entretenimento, a música e a política num palco que, inevitavelmente, espelha as tensões do continente.

Sadie Sink Finalmente Responde aos Rumores Sobre Spider-Man 4 — Mas o Mistério Continua

Desde que Sadie Sink foi anunciada como parte do elenco de Spider-Man: Brand New Day, a internet entregou-se a uma verdadeira maratona de teorias. A actriz de Stranger Things, que se prepara para entrar oficialmente no Universo Cinematográfico da Marvel ao lado de Tom Holland, tornou-se numa das peças mais discutidas do enorme puzzle que é a Fase 6 da Marvel. E até agora, ninguém parece saber realmente quem ela vai interpretar.

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Em conversa recente sobre o assunto, Sink confessou que os boatos começaram muito antes de ela sequer ter assinado contrato para o novo filme do Homem-Aranha. “Isso já andava a acontecer antes de eu saber que iria trabalhar neste projecto”, disse, visivelmente surpreendida. “Eu pensava: ‘O que é que as pessoas estão a dizer?’”

Entre as teorias mais persistentes está a possibilidade de Sink interpretar Jean Grey — ideia que, segundo a própria, não tem qualquer fundamento e surgiu completamente fora de contexto. Outro rumor muito discutido é o de que Sink possa ser Rachel Cole-Alves, uma aliada do Justiceiro. Quando questionada sobre esse cenário, Sink respondeu com humor e pragmatismo: “As pessoas esquecem-se de que a cor do cabelo pode mudar. Mas percebo todas as teorias.”

A actriz não se compromete com nenhuma das hipóteses e deixou claro que prefere manter o público em suspense: “As pessoas vão ter de esperar para ver. Estou entusiasmada para que tudo isso possa, talvez, ser esclarecido.”

As filmagens de Spider-Man: Brand New Day decorrem há meses, e há quem defenda que Sadie Sink pode ser, afinal, a nova Gwen Stacy do MCU — algo que, mais uma vez, nem a Sony nem a Marvel confirmam. A história do filme também permanece firmemente trancada a sete chaves. Sabe-se apenas que será o último capítulo do MCU antes de Avengers: Doomsday e Avengers: Secret Wars, um detalhe que por si só basta para aumentar a pressão e o secretismo.

Outra questão importante continua em aberto: será que Tom Holland regressará também para os próximos filmes dos Vingadores? Oficialmente, nada foi decidido — ou, pelo menos, nada foi anunciado. A única certeza é que Spider-Man: Brand New Day tem estreia marcada para 31 de Julho de 2026, e até lá o mistério em torno da personagem de Sadie Sink só deverá crescer.

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Por agora, todos os cenários continuam em cima da mesa. E Sink, discreta mas divertida, parece estar a apreciar cada minuto de especulação.

O Maior Mistério dos Filmes Knives Out? Talvez Seja Mesmo Benoit Blanc

Ao longo de três filmes, Rian Johnson tem construído um dos detectives mais fascinantes do cinema moderno — não apenas pelos casos que resolve, mas pelo enigma que ele próprio representa. Benoit Blanc, interpretado por Daniel Craig com um sotaque sulista tão exagerado quanto deliciosamente calculado, tornou-se o elemento mais intrigante de Knives Out. E o que Johnson revela sobre ele… revela, precisamente, pouco.

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Desde Knives Out (2019), passando por Glass Onion e chegando agora a Wake Up Dead Man: A Knives Out Mystery, que estreia nos cinemas esta quarta-feira antes de aterrar na Netflix a 12 de Dezembro, a construção de Blanc tem sido feita com parcimónia e humor. Sabemos que vive com Hugh Grant (ou pelo menos presume-se fortemente). Que detesta o jogo Clue. Que tem um gosto surpreendentemente sólido por teatro musical. E que, ao longo da vida, resolveu casos que envolvem um campeão de ténis, uma bailarina e até um crime insólito no Kentucky Derby.

Johnson e Craig preferem mostrar Benoit Blanc por fragmentos, como um velho manuscrito policial do qual só se lêem as páginas que o detective escolhe partilhar. Isso obriga o público a imaginá-lo. E talvez essa seja a magia.

“A primeira descrição que escrevi dizia apenas ‘um leve toque de sotaque sulista’”, recorda Johnson. Mas Craig, inspirado em Tennessee Williams e no escritor Shelby Foote, decidiu transformar esse “leve toque” num verdadeiro Foghorn Leghorn vindo directamente de Looney Tunes. Em Glass Onion, o sotaque ficou ainda mais carregado — algo que, descobrimos mais tarde, fazia parte de um dos truques narrativos do filme.

Para Craig, a única regra é esta: nunca cair no ridículo. “Se um dia se tornar pastiche, acabou”, diz o actor. Para evitar isso, segue a filosofia de Gene Wilder: “Se fores verdadeiro na cena, a comédia acontece naturalmente.”

Curiosamente, Craig quase não interpretou Benoit Blanc. Quando Johnson escreveu Knives Out, o actor estava comprometido com No Time to Die. Só uma mudança inesperada no calendário de Bond lhe abriu uma janela de oportunidade. Craig leu o argumento, ficou perplexo por o terem enviado para si — e aceitou de imediato. “Li aquilo e visualizei tudo”, diz, com um entusiasmo que parece intacto cinco anos depois.

O novo filme, Wake Up Dead Man, leva Benoit Blanc até uma pequena paróquia onde um monsenhor — interpretado por Josh Brolin — cai morto a meio de uma missa. O tom é mais sério, as questões existenciais mais vincadas, mas o espírito continua igual: um detective a caminhar entre pecadores, segredos e excentricidades humanas, enquanto cita frases que só podem existir no universo de Rian Johnson: “Sou um orgulhoso herege. O meu altar é o da razão”.

Mas se há algo que distingue Blanc dos detectives clássicos é a irreverência. Muitas das suas melhores exclamações — desde o já lendário “Halle Berry!” ao inesperado “Scooby Dooby Doo!” — foram improvisos de Craig. Johnson, longe de se irritar, aproveita cada pérola. “As melhores falas são dele”, admite.

As comparações com Hercule Poirot são inevitáveis — e bem-vindas. Tal como Poirot, Blanc aparece, desvenda tudo, e desaparece novamente para uma vida privada que permanece praticamente invisível. Johnson defende que assim deve ser: detectives não precisam de histórias trágicas nem de explicações psicológicas — precisam de acção, inteligência e presença.

Agora, com três filmes e planos activos para um quarto, há um detalhe curioso: para muitos jovens cinéfilos, Daniel Craig já não é apenas Bond. É Benoit Blanc. Um homem de fatos impecáveis, frases elaboradas e um charme deslocado no tempo, mas absolutamente irresistível.

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Talvez seja este o maior mistério de Knives Out: descobrir quanto de Benoit Blanc ainda vamos conhecer — e quanto Johnson continuará a esconder.

Porque, como tudo nos filmes de Rian Johnson, a resposta está sempre algures… mas nunca onde esperamos.

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No vasto universo das séries que misturam ficção científica com terror psicológico, poucas conseguiram criar uma aura tão desconfortável — e tão viciante — como From, a produção da MGM+ que desde Fevereiro de 2022 se tornou num fenómeno silencioso, daqueles que os fãs recomendam com devoção quase religiosa. A crítica acompanhou esse entusiasmo: a série mantém uns impressionantes 96% de aprovação no Rotten Tomatoes, um feito que poucos títulos do género conseguem replicar.

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Agora, finalmente, há novidades concretas sobre a aguardadíssima 4.ª temporada. Após a renovação anunciada antes do final da 3.ª temporada, a série entrou em produção no início do Verão de 2025, na Nova Escócia. E esta semana chegou a confirmação que os fãs esperavam: as filmagens estão oficialmente concluídas. O anúncio surgiu na conta oficial no X (ex-Twitter), com um vídeo do elenco e uma mensagem provocatória: “BRB a decifrar cada frame deste vídeo em busca de pistas da 4.ª temporada. #FROM concluiu oficialmente as filmagens e chega em breve à @mgmplus!”

No vídeo, revemos várias das figuras centrais da série — Harold Perrineau, Scott McCord, Avery Konrad, Ricky He, David Alpay, A.J. Simmons, Kaelen Ohm, Chloe Van Landschoot e Catalina Sandino Moreno. A data de estreia ainda não foi revelada, mas tudo aponta para que a temporada chegue em 2026.

O que podemos esperar? Tal como as temporadas anteriores, a nova terá dez episódios. John Griffin, criador da série, já tinha deixado um aviso enigmático: os personagens vão iniciar “uma nova jornada”, e a grande questão será se esse caminho os conduzirá finalmente para casa ou se os arrastará ainda mais fundo para dentro do pesadelo que parece não ter fim. Quem acompanha From sabe que a série nunca escolhe o óbvio: cada temporada aprofunda a sensação de ameaça constante, com novos mistérios que surgem como se a própria cidade estivesse viva e empenhada em torturar os seus habitantes.

Harold Perrineau tem sido particularmente entusiasta sobre o futuro da história. Numa entrevista anterior, o actor chegou a sugerir que a quarta temporada poderá introduzir uma “cisão”, uma divisão interna entre os residentes da cidade. Se a ameaça externa já era difícil de suportar, um conflito interno poderá transformar radicalmente toda a dinâmica da série.

E para quem está em Portugal e quer fazer a maratona antes da estreia? As três temporadas anteriores estão disponíveis no Prime Video e no HBO Max, tornando mais fácil revisitar cada enigma, cada criatura nocturna e cada falso amanhecer daquele lugar onde a esperança parece sempre uma armadilha.

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Com filmagens terminadas, um elenco sólido e uma mitologia cada vez mais rica, From prepara-se para regressar e, quem sabe, conquistar finalmente o reconhecimento mainstream que há muito merece.

Scarlett Johansson Vai Liderar o Novo “O Exorcista” de Mike Flanagan — e Promete Assustar Mesmo

Scarlett Johansson está oficialmente confirmada como protagonista do novo filme de The Exorcist, realizado por Mike Flanagan — um dos nomes mais respeitados do terror moderno, responsável por The Haunting of Hill HouseDoctor Sleep e Midnight Mass. A produção junta Blumhouse, Atomic Monster (de James Wan) e Morgan Creek Entertainment, com distribuição da Universal, num projeto que já é descrito como uma abordagem “radical” ao clássico de William Peter Blatty.

Este novo The Exorcist não será uma sequela de The Exorcist: Believer, lançado em 2023 e mal recebido pelos fãs, nem um prolongamento direto da história de Chris ou Regan MacNeil. A promessa é clara: uma história totalmente original, ambientada no mesmo universo conceptual do romance e do filme de 1973, mas sem depender de nostalgia ou repetição.

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Ainda não se sabe que papel Johansson irá interpretar, mas uma coisa é certa: não a veremos a fazer de Regan, Chris… ou — embora fosse fascinante — Pazuzu. O filme parte de uma folha em branco, e isso parece entusiasmar Flanagan, que tem repetidamente defendido que só vale a pena reinventar um colosso destes se houver algo novo, relevante e assustador a acrescentar.

O realizador não tem escondido a ambição do projecto. Numa entrevista recente, admitiu que quer criar “o filme mais assustador” da sua carreira — o que, conhecendo o autor de Gerald’s Game, não é frase dita de ânimo leve. Flanagan explicou ainda que lutou activamente para ficar com este projecto: “Acreditei que tinha algo para acrescentar. Isto é uma oportunidade para fazer algo que nunca foi feito dentro da franquia.”

Quanto a Scarlett Johansson, Flanagan não poupou elogios ao anunciar a sua entrada no elenco. Para o realizador, a actriz tem uma capacidade ímpar de manter os pés assentes na realidade mesmo nos papéis mais fantásticos, o que é precisamente o tipo de presença que pretende para esta nova perspectiva sobre o exorcismo. Embora associada sobretudo ao cinema de acção e drama, Johansson não é estranha ao terror — basta recordar Eight Legged Freaks ou a marcante Under the Skin, onde interpretou uma das personagens mais misteriosas e inquietantes da última década.

A combinação entre a sensibilidade narrativa de Flanagan e a intensidade interpretativa de Johansson já está a gerar fortes expectativas entre os fãs do género. Para um universo tão venerado como The Exorcist, a margem de erro é mínima, mas o clima à volta desta produção tem sido de confiança: nada de refazer o passado, nada de tributos preguiçosos — apenas uma nova história, com personalidade própria, pronta a desafiar o público e a testar até onde se pode levar o terror psicológico em 2026.

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A estreia está marcada para 13 de Março de 2026. Até lá, é esperar para ver se Flanagan cumpre a promessa de entregar não só uma nova visão sobre o clássico, mas aquele que poderá ser — nas palavras dele — o filme mais aterrador que alguma vez fez.

Hugh Jackman Dá Atualização Promissora Sobre o Futuro de Wolverine no Cinema

O actor volta a alimentar a esperança dos fãs e deixa a porta escancarada para mais aventuras com as garras de adamantio.

Hugh Jackman está novamente a incendiar as expectativas dos fãs do universo Marvel. Depois do regresso triunfal em Deadpool & Wolverine (2024), o actor voltou a pronunciar-se sobre a possibilidade de retomar o papel que interpretou ao longo de 17 anos — e as suas palavras foram suficientemente ambíguas para reabrir todas as teorias da comunidade MCU.

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Questionado no The Graham Norton Show sobre a possibilidade de voltar a vestir o fato de Wolverine, Jackman começou com um simples “Talvez”, mas rapidamente reforçou a ideia com algo ainda mais sugestivo: “Nunca mais digo ‘nunca’.” Para quem o viu despedir-se definitivamente em Logan (2017), onde a personagem morreu num dos finais mais aclamados da história dos filmes de super-heróis, estas palavras são tudo menos neutras.

O actor explicou que a promessa de abandono foi real, durante vários anos, mas admitiu que o seu estado de espírito mudou quando surgiu a oportunidade de se juntar a Ryan Reynolds num crossover há muito desejado pelos fãs. “Eu disse que estava acabado, e acreditava nisso. Mas um dia, enquanto conduzia, tive aquela sensação súbita de que queria mesmo fazer este filme com o Ryan”, recordou, reafirmando o impulso quase instintivo que o fez regressar da “reforma”.

Sempre bem-humorado, Jackman brincou também com o facto de a tecnologia actual permitir que os estúdios recriem actores sem que estes estejam fisicamente presentes: “Já têm material suficiente… Podia estar no camarim neste momento, e eles faziam o resto.” A referência à inteligência artificial reflete uma preocupação crescente na indústria — mas, no caso de Jackman, foi também uma forma de esclarecer que não está fechado a novas interpretações.

A parceria entre Deadpool e Wolverine, agora celebrada no MCU, foi um sonho antigo tanto para Jackman como para Reynolds. Durante anos, os dois discutiram informalmente a possibilidade de juntar as personagens, mas só a fusão entre a Disney e a Fox permitiu que a união se tornasse realidade dentro do universo oficial da Marvel. “Sonhei com isto desde que me lembro”, disse Reynolds à Entertainment Weekly.

Naturalmente, as especulações sobre o futuro começam a multiplicar-se. Parte do fandom acredita que Wolverine poderá surgir em Avengers: Doomsday ou noutras fases de transição do MCU, agora mais aberto a universos paralelos e reinterpretações icónicas. A Marvel, porém, mantém silêncio absoluto sobre qualquer plano envolvendo Jackman.

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Por enquanto, o actor apenas confirma o essencial: não garante que volte, mas também já não promete que saia. E, no mundo de Wolverine, esse espaço intermédio é mais do que suficiente para reacender a esperança dos fãs — afinal, a lenda das garras nunca fica adormecida por muito tempo.