Daniel Craig e Drew Starkey Estrelam o Novo Filme de Luca Guadagnino, “Queer”

No Festival de Veneza, o realizador Luca Guadagnino apresentou o seu novo filme, Queer, baseado no conto homónimo de William S. Burroughs. Este filme, que aborda temas de amor, perda e solidão, é uma das apostas para o Leão de Ouro do festival. Daniel Craig, conhecido pelo seu papel como James Bond, interpreta Lee, um americano rico que vive na Cidade do México nos anos 50 e se apaixona por um jovem expatriado, interpretado por Drew Starkey.

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Craig descreveu a experiência de filmar cenas íntimas como algo técnico e desprovido de intimidade real, destacando a importância da preparação prévia para criar uma representação autêntica e emocional no ecrã. “Dançar com alguém durante meses é o ideal para partir o gelo”, disse Craig, explicando o processo de construção da química necessária para as cenas do filme.

Guadagnino, conhecido por explorar as complexidades das relações humanas, traz novamente a sua visão única para Queer, um filme que promete desafiar as normas e proporcionar uma reflexão profunda sobre a natureza do desejo e da identidade. A escolha de Craig para o papel principal, um ator geralmente associado a personagens duras e masculinas, acrescenta uma camada adicional de profundidade e nuance ao filme.

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Além de Queer, Guadagnino lançou recentemente Challengers, com Zendaya, demonstrando a sua prolífica presença no cinema contemporâneo. O filme de Craig e Starkey está a gerar grande expectativa, não apenas pela sua temática ousada, mas também pela promessa de uma narrativa visualmente rica e emocionalmente ressonante.

Queer

Tim Burton Recebe Estrela no Passeio da Fama de Hollywood

Tim Burton, o icónico realizador conhecido pelo seu estilo gótico e peculiar, foi homenageado com uma estrela no Passeio da Fama de Hollywood. A cerimónia, que ocorreu em frente à loja de Halloween “Hollywood Toys & Costumes”, trouxe lágrimas aos olhos do cineasta, que expressou a sua profunda ligação emocional com o local. “Quando soube que [a estrela] estaria aqui, quase comecei a chorar porque venho aqui desde pequeno e a loja não mudou nada”, confessou Burton.

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Acompanhado pelos atores Winona Ryder e Michael Keaton, estrelas do seu mais recente filme Beetlejuice Beetlejuice, que é uma sequela do clássico de 1988, Burton celebrou a honra ao lado de amigos e colegas de longa data. Ryder elogiou Burton, dizendo que ele tem “uma compreensão tão bela e única do coração humano”, destacando o seu talento para transformar personagens incomuns em figuras memoráveis e queridas.

Burton, que começou a sua carreira na Disney antes de se tornar um dos realizadores mais respeitados de Hollywood, é conhecido por filmes como Edward Scissorhands (Eduardo Mãos de Tesoura), Corpse Bride (A Noiva Cadáver), Batman, e Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street. A sua carreira é marcada por uma estética visual única e histórias que muitas vezes exploram temas de solidão, excentricidade, e o sobrenatural.

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Com uma filmografia que inclui inúmeras nomeações e prémios, Tim Burton continua a ser uma força criativa no cinema, e a sua nova estrela no Passeio da Fama serve como um testemunho do impacto duradouro que ele teve na indústria cinematográfica.

Quarteto Fantástico: Uma Nova Geração de Heróis no Cinema

A espera pelo novo filme do “Quarteto Fantástico” está a gerar grande expectativa entre os fãs de super-heróis e do universo Marvel. Previsto para estrear em 25 de julho de 2025, o filme é dirigido por Matt Shakman, conhecido pelo seu trabalho em “WandaVision”, e traz um elenco estelar que promete revigorar os icónicos personagens da Marvel.

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Um Elenco de Peso

No papel de Reed Richards, também conhecido como Sr. Fantástico, teremos Pedro Pascal, um ator que tem ganho popularidade e aclamação pelo seu trabalho em séries como “The Mandalorian” e “The Last of Us”. Vanessa Kirby, reconhecida pelo seu talento em “The Crown” e “Missão Impossível: Fallout”, assume o papel de Sue Storm, a Mulher Invisível. Joseph Quinn, que recentemente brilhou em “Stranger Things”, será a Tocha Humana, e Moss-Bacharach dará vida ao Coisa. Este elenco de protagonistas já garante performances memoráveis e traz uma nova dinâmica à equipe.

Além disso, a presença de Julia Garner como a Surfista Prateada e Ralph Ineson como Galactus aumenta a complexidade do enredo e promete desafios épicos para os nossos heróis. O filme contará ainda com participações de Paul Walter Hauser, Natasha Lyonne e John Malkovich em papéis ainda não revelados, o que adiciona um elemento de mistério e intriga ao projeto.

O Regresso de um Clássico

O “Quarteto Fantástico” já teve várias adaptações cinematográficas, mas esta promete ser uma versão mais fiel e grandiosa, refletindo o atual estilo cinematográfico da Marvel, que combina profundidade emocional com efeitos visuais impressionantes. A direção de Shakman, juntamente com o roteiro de Josh Friedman, conhecido pelo trabalho em “Avatar: O Caminho da Água”, sugere uma abordagem que mistura espetacularidade com uma narrativa envolvente e personagens bem desenvolvidos.

Expectativas para o Futuro da Marvel

Este filme é um dos muitos projetos que a Marvel Studios está a preparar para os próximos anos, numa tentativa de manter a sua posição como líder no género de filmes de super-heróis. A inclusão do Quarteto Fantástico no Universo Cinematográfico da Marvel (UCM) abre portas para novas histórias e crossovers que podem explorar as vastas possibilidades dos quadrinhos. O público pode esperar interações emocionantes com outras franquias da Marvel e, quem sabe, até a introdução de novos vilões e heróis no UCM.

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Conclusão

Com um elenco talentoso e uma produção ambiciosa, o novo “Quarteto Fantástico” tem tudo para se tornar um marco no cinema de super-heróis. A combinação de talento atuante e uma equipa de produção de alto calibre promete uma experiência cinematográfica inesquecível que deve agradar tanto aos fãs de longa data quanto a uma nova geração de espectadores.

“Uma Vida Singular” no TVCine: A História do “Schindler Britânico” com Anthony Hopkins

Estreia hoje, dia 6 de setembro, no TVCine Top, o filme “Uma Vida Singular”, uma poderosa cinebiografia que traz à luz a história de Nicholas Winton, conhecido como o “Schindler britânico”. Este emocionante drama histórico, dirigido por James Hawes e estrelado por Anthony Hopkins, narra os esforços heroicos de Winton, um jovem corretor da bolsa em Londres, que resgatou 669 crianças da Checoslováquia ocupada pelos nazis nos meses que antecederam a Segunda Guerra Mundial.

“Uma Vida Singular” baseia-se na história real de Sir Nicholas “Nicky” Winton e a sua incrível façanha de salvar centenas de crianças de um destino trágico. Em dezembro de 1938, Nicky visitou Praga e testemunhou as condições desesperadas em que viviam muitas famílias que tinham fugido da ascensão dos nazis na Alemanha e na Áustria. Através da sua colaboração com Trevor Chadwick e Doreen Warriner, do Comité Britânico para os Refugiados na Checoslováquia, Winton conseguiu organizar uma série de transportes que levaram essas crianças para a segurança no Reino Unido.

O filme destaca não só o heroísmo e a compaixão de Winton, mas também os seus tormentos pessoais. Cinquenta anos após os eventos, em 1988, Nicky ainda é assombrado pelo destino das crianças que não conseguiu salvar. O momento de redenção pessoal chega inesperadamente quando ele é surpreendido pelo programa da BBC “That’s Life!”, que lhe apresenta alguns dos sobreviventes agora adultos, permitindo-lhe, finalmente, começar a lidar com a culpa e a dor que carregou durante décadas.

Com um elenco de luxo que inclui Anthony Hopkins no papel principal, Johnny Flynn, Helena Bonham Carter, Jonathan Pryce, Romola Garai, Lena Olin, Samantha Spiro e Tim Steed, “Uma Vida Singular” é uma obra profundamente comovente que explora temas de coragem, sacrifício e o impacto duradouro de ações humanitárias. A narrativa é baseada no livro “If It’s Not Impossible…: The Life of Sir Nicholas Winton”, escrito por Barbara Winton, filha de Nicholas, que oferece uma visão íntima da vida e legado de seu pai.

Esta adaptação cinematográfica não só presta homenagem ao trabalho de Winton, mas também serve como um lembrete da importância de agir com humanidade em tempos de crise. A estreia de “Uma Vida Singular” hoje às 21h30 no TVCine Top é um evento imperdível para todos os amantes de cinema e história.

“Blue Moon” e a Longa Jornada de Ethan Hawke e Richard Linklater para o Cinema

No Festival de Cinema de Veneza de 2024, o ator Ethan Hawke revelou a extraordinária e longa jornada para levar o filme “Blue Moon” ao grande ecrã. Dirigido por Richard Linklater, este filme é uma cinebiografia do compositor Lorenz Hart, conhecido pela sua colaboração com Richard Rodgers. Hawke contou que o projeto levou 12 anos para se concretizar devido a uma razão curiosa: ele era considerado “bonito demais” para o papel quando a ideia foi inicialmente proposta.

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Durante uma masterclass no festival, Hawke relembrou o momento em que leu o roteiro pela primeira vez e imediatamente quis começar as filmagens. No entanto, Richard Linklater, o realizador com quem Hawke já havia colaborado em filmes como “Boyhood” e a trilogia “Before”, tinha uma abordagem diferente. “Ele disse ‘Legal, vamos fazer, mas precisamos esperar um pouco’. Eu perguntei por quê, e ele respondeu ‘Você ainda é atraente demais. Precisamos esperar até que você seja um pouco menos atraente'”, compartilhou Hawke, arrancando risos da audiência.

Linklater insistiu que a maturidade física de Hawke era crucial para a autenticidade do personagem, que enfrenta sérios problemas pessoais como alcoolismo e depressão, temas centrais na vida de Lorenz Hart, especialmente na última fase da sua vida. O filme se passa na noite da estreia de “Oklahoma!” de Rodgers e Hammerstein em 1943, um momento marcante para a dupla criativa, enquanto Hart luta contra os seus demónios pessoais.

Após anos de espera, durante os quais o roteiro foi revisto várias vezes, Linklater finalmente viu Hawke em uma entrevista na televisão e sentiu que o momento havia chegado. “Ele ligou para mim e disse que era a hora. Eu brinquei dizendo que agora eu não estava mais ‘bonito demais'”, contou Hawke, demonstrando bom humor sobre o longo atraso.

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A produção de “Blue Moon” foi desafiadora. Filmado em tempo real, o filme segue uma estrutura contínua que exige um intenso nível de comprometimento dos atores e da equipe técnica. Ethan Hawke descreveu a experiência como exaustiva, mas gratificante, enfatizando a autenticidade que este método de filmagem trouxe para o retrato de Lorenz Hart, um homem talentoso, mas assombrado por seus próprios excessos e inseguranças.

“Blue Moon” não é apenas uma celebração da música de Hart e Rodgers, mas também uma exploração das complexidades emocionais e psicológicas de um artista que influenciou profundamente o teatro musical americano. O filme tem sido muito aguardado não apenas pelo seu conteúdo, mas também pela colaboração única entre Hawke e Linklater, dois criativos que sempre desafiaram as normas da indústria cinematográfica.

“Operação: Lioness” Regressa em Grande Estilo com Zoe Saldaña e Nicole Kidman

A aguardada série “Operação: Lioness” está de volta, com a sua segunda temporada a estrear em novembro na plataforma SkyShowtime. A série, criada por Taylor Sheridan, criador de sucessos como “Yellowstone”, continua a seguir a agente Joe (interpretada por Zoe Saldaña), que lidera um grupo secreto da CIA encarregado de combater o terrorismo.

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Nesta nova temporada, a série promete elevar ainda mais a tensão, com a introdução de uma nova agente, Genesis Rodriguez, que se junta ao elenco já estelar que inclui Morgan Freeman, Thad Luckinbill, Laysla De Oliveira e Nicole Kidman. A narrativa centra-se nas tentativas da equipa de infiltrar-se numa nova ameaça terrorista que se aproxima perigosamente de solo americano.

Nicole Kidman, que também é uma das produtoras executivas da série, destacou em entrevistas recentes como “Operação: Lioness” oferece uma perspetiva única sobre o impacto psicológico e pessoal que estas operações têm nos agentes envolvidos. “É uma série que vai além da ação e exploração das questões morais e emocionais enfrentadas pelos nossos personagens”, afirmou Kidman.

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“Operação: Lioness” é mais uma prova do talento de Taylor Sheridan para criar séries intensas e emocionalmente carregadas, que exploram tanto o mundo da espionagem como as complexidades das relações humanas em tempos de crise. Os primeiros dois episódios da nova temporada serão lançados no dia 1 de novembro, seguidos de lançamentos semanais, prometendo manter os espectadores presos à ação e ao drama.

“The Room Next Door” de Pedro Almodóvar: Uma Reflexão Profunda Sobre a Morte e Amizade

O consagrado realizador espanhol Pedro Almodóvar estreou no Festival de Veneza o seu primeiro filme em língua inglesa, “The Room Next Door” (“O Quarto ao Lado”), um drama introspectivo que aborda temas como a morte, a amizade e o direito à eutanásia. O filme, protagonizado por Julianne Moore e Tilda Swinton, segue a história de uma escritora de sucesso que acompanha os últimos dias de uma amiga, uma correspondente de guerra com cancro terminal.

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Almodóvar, conhecido pelos seus filmes coloridos e emotivos que frequentemente exploram a complexidade das relações humanas, optou por uma abordagem mais sombria e melancólica com este novo trabalho. Durante a conferência de imprensa, o realizador revelou que o filme é uma “reflexão melancólica sobre a morte e a aceitação do fim da vida”. Ele também destacou o impacto pessoal que a história teve sobre ele, referindo-se à sua própria dificuldade em aceitar a inevitabilidade da morte.

Tilda Swinton, que já colaborou com Almodóvar em projetos anteriores, elogiou o filme pela sua honestidade emocional e pela forma como aborda a amizade entre duas mulheres mais velhas, um tema raramente explorado no cinema contemporâneo. Julianne Moore, por sua vez, falou sobre a profundidade do seu personagem e a forma como a narrativa explora a eutanásia de uma maneira que é tanto respeitosa quanto provocadora.

“The Room Next Door” é baseado no livro “What Are You Going Through” de Sigrid Nunez e é uma meditação sobre a mortalidade que desafia o público a refletir sobre o significado da vida e da morte. O filme será lançado em Portugal no dia 5 de dezembro, proporcionando aos espectadores uma oportunidade de experimentar a mais recente obra-prima de Almodóvar.

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“Lobos Solitários” e o Toque Brasileiro em Veneza

No Festival de Cinema de Veneza, “Lobos Solitários”, estrelado por Brad Pitt e George Clooney, trouxe uma mistura de humor e tensão para a prestigiosa mostra de cinema. Dirigido por Jon Watts, conhecido pela sua trilogia “Homem-Aranha”, o filme apresenta Pitt e Clooney como dois homens que se veem envolvidos numa missão para limpar a cena de um crime, sem saber que a situação rapidamente se tornará caótica. A química entre os dois atores veteranos foi um dos pontos altos do filme, que recebeu cinco minutos de aplausos após a sua exibição.

O filme, que teve um orçamento de 200 milhões de dólares, inicialmente estava programado para um lançamento amplo nos cinemas, mas após críticas mornas, a Apple decidiu lançá-lo em algumas salas dos EUA antes de disponibilizá-lo globalmente no seu serviço de streaming. Apesar da receção mista, a presença de Pitt e Clooney garantiu um nível significativo de interesse e publicidade, especialmente devido à sua longa história de colaboração em filmes como a trilogia “Ocean’s Eleven”.

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Além de “Lobos Solitários”, o realizador brasileiro Walter Salles trouxe um toque emocional ao festival com o seu drama “Ainda Estou Aqui”. O filme, baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, conta a história da família de Rubens Paiva, um ex-deputado e engenheiro de esquerda que desapareceu durante a ditadura militar no Brasil. O filme foi recebido com entusiasmo, destacando-se pela sua poderosa narrativa e pelas performances de Fernanda Montenegro e Fernanda Torres.

Walter Salles, famoso por obras como “Central do Brasil” e “Diários de Che Guevara”, explorou neste filme o impacto da ditadura militar na vida de uma família comum. A história de Eunice, a esposa de Rubens Paiva, que luta para manter a família unida enquanto busca respostas sobre o desaparecimento do marido, ressoou profundamente com o público e recebeu dez minutos de aplausos.

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“The Brutalist” de Brady Corbet: Uma Obra-prima de 205 Minutos no Festival de Veneza

O Festival de Cinema de Veneza deste ano tem sido um verdadeiro espetáculo de cinema inovador, e “The Brutalist”, de Brady Corbet, emergiu como uma das obras mais comentadas. Este filme de 205 minutos, apresentado no prestigioso formato de 70mm VistaVision, não só cativou o público com a sua história poderosa, mas também com a sua execução técnica. Corbet, que já trabalhou como ator com realizadores icônicos como Lars von Trier e Michael Haneke, trouxe a sua sensibilidade única para este projeto ambicioso que mistura história, arquitetura, arte e uma carga emocional intensa.

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“The Brutalist” narra a vida de László Tóth, um arquiteto húngaro sobrevivente do Holocausto que imigra para os Estados Unidos, onde se depara com novos desafios sob o controlo de um empresário despótico interpretado por Guy Pearce. Adrien Brody, que já ganhou um Óscar por interpretar um sobrevivente do Holocausto em “O Pianista”, oferece mais uma atuação marcante como Tóth, uma personagem que busca reconstruir a sua vida e a sua carreira num novo mundo, enquanto lida com os fantasmas do passado. O filme é um tributo à tenacidade do artista e uma reflexão profunda sobre os traumas persistentes do passado.

O uso do formato analógico VistaVision por Corbet foi uma escolha deliberada para dar ao filme uma sensação de autenticidade e gravidade, algo raro no cinema contemporâneo. “Este foi um filme incrivelmente difícil de fazer. Trabalhei nele durante sete anos”, explicou Corbet. A produção de “The Brutalist” não foi apenas sobre contar uma história, mas também sobre capturar a essência de uma época e o espírito de uma pessoa determinada a manter a sua integridade artística contra todas as adversidades.

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O filme foi recebido com uma ovação de 12 minutos no festival, uma clara indicação da sua ressonância com o público e os críticos. Corbet mencionou que “The Brutalist” é uma obra de ficção, mas com raízes profundamente ligadas a eventos reais e históricos, tornando-se uma poderosa ferramenta para refletir sobre o presente e o futuro da humanidade.

“Deadpool & Wolverine” Conquista as Bilheteiras e Revitaliza o Verão de Hollywood

A temporada de verão em Hollywood terminou com um estrondo, graças ao grande sucesso de “Deadpool & Wolverine”. Este filme de comédia de super-heróis, protagonizado por Ryan Reynolds e Hugh Jackman, mostrou-se um verdadeiro campeão de bilheteiras, arrecadando aproximadamente 152 milhões de dólares no seu fim de semana de estreia. Ao longo de cinco das seis semanas desde a sua estreia, o filme liderou as bilheteiras norte-americanas, elevando o seu total doméstico para 603,8 milhões de dólares. Este feito notável torna “Deadpool & Wolverine” apenas o 16º filme a ultrapassar a marca dos 600 milhões de dólares nos Estados Unidos, um marco que apenas 11 outros filmes da Disney já alcançaram.

O filme, que é o segundo maior sucesso mundial de 2024, arrecadou 1,26 mil milhões de dólares globalmente, ficando atrás apenas de “Divertida-Mente 2”, que conseguiu 1,66 mil milhões. A popularidade de “Deadpool & Wolverine” deve-se não só à química inegável entre Reynolds e Jackman, que são amigos na vida real, mas também ao apelo contínuo dos personagens da Marvel entre os fãs de cinema.

Este sucesso foi um alívio bem-vindo para Hollywood após uma série de fracassos de grandes produções ao longo do verão, incluindo “O Reino do Planeta dos Macacos”, “Profissão: Perigo”, e “Furiosa: Uma Saga Mad Max”. A capacidade de “Deadpool & Wolverine” para atrair grandes públicos semana após semana ajudou a elevar os totais de bilheteiras de agosto para níveis superiores aos do período pré-pandemia, sugerindo uma recuperação gradual da indústria cinematográfica após os desafios impostos pela COVID-19 e pelas greves de argumentistas e atores.

Além disso, outros filmes contribuíram para esta recuperação, como o thriller de terror de ficção científica “Alien: Romulus” e o drama romântico “Isto Acaba Aqui”, ambos com desempenhos sólidos nas bilheteiras. “Alien: Romulus”, situado décadas após o filme original de 1979, trouxe um toque de nostalgia aos cinemas, enquanto “Isto Acaba Aqui”, baseado no romance popular de Colleen Hoover, surpreendeu com o seu apelo duradouro e sucesso inesperado.

“Deadpool & Wolverine” destaca-se como um dos maiores sucessos de bilheteiras do ano, revitalizando a confiança dos estúdios de Hollywood na capacidade das grandes produções de atrair audiências em massa. Com a chegada iminente de novos lançamentos como “Beetlejuice Beetlejuice” de Tim Burton, espera-se que a tendência positiva continue.

“The Order” Revoluciona o Festival de Veneza: Jude Law Contra o Extremismo Branco

O Festival de Cinema de Veneza deste ano foi palco da antestreia mundial de “The Order” (traduzido como “A Ordem”), um filme que não só capturou a atenção dos críticos como também gerou um intenso debate sobre extremismo e racismo. Dirigido por Justin Kurzel, o realizador australiano responsável por “Macbeth” e “Assassin’s Creed”, o filme conta com um elenco estelar, incluindo Jude Law, Nicholas Hoult e Tye Sheridan.

“The Order” é baseado numa história verídica que envolve um grupo de supremacistas brancos nos Estados Unidos, nos anos 80, que planeavam uma guerra racial. Jude Law interpreta o papel de Terry Husk, um agente do FBI duro e determinado, que se infiltra neste grupo dissidente das Nações Arianas, uma organização que estava a construir uma milícia para combater o governo norte-americano. A narrativa é tensa e cheia de ação, mas também profundamente reflexiva, explorando temas como o ódio, a violência racial e a polarização política.

Durante a conferência de imprensa antes da antestreia do filme, que culminou em quase dez minutos de aplausos entusiásticos, Jude Law sublinhou a pertinência contemporânea do filme. “Infelizmente, acho que a relevância fala por si mesma. Este é um filme que precisava de ser feito agora. É sempre interessante olhar para trás, mas também é fundamental encontrar uma peça do passado que ressoe com os dias de hoje”, afirmou o ator.

Nicholas Hoult, que interpreta o jovem e carismático líder do grupo extremista, descreveu o desafio de retratar uma figura tão complexa e perigosa. Para criar uma maior autenticidade nas suas atuações, Hoult e Law evitaram interagir durante as primeiras quatro semanas de filmagem, o que aumentou a tensão entre os seus personagens no ecrã.

O realizador Justin Kurzel mencionou que “The Order” serve como um alerta sobre os perigos do extremismo e da ideologia violenta, sublinhando que o filme procura “ter um debate com a política de hoje”. Este comentário é especialmente pertinente num contexto em que os movimentos de extrema-direita estão em ascensão em várias partes do mundo, e onde o discurso de ódio se tornou cada vez mais comum.

“The Order” não é apenas um thriller policial; é também uma reflexão sobre o passado e uma advertência sobre o futuro. O filme está programado para ser lançado nos cinemas dos Estados Unidos em dezembro, posicionando-se como um forte candidato na temporada de prémios. A distribuição internacional será assegurada pela Amazon Prime Video, garantindo que o filme chegará a um público global.

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Dennis Hopper e David Lynch: Uma Parceria Inesperada em “Blue Velvet”

Em 1986, o filme “Blue Velvet” (Veludo Azul), realizado por David Lynch, abalou o cinema com a sua visão única e perturbadora do subúrbio americano. Uma das escolhas mais controversas e ao mesmo tempo geniais de Lynch para o filme foi o casting de Dennis Hopper no papel de Frank Booth, um vilão intenso e inesquecível. A decisão de Lynch de contratar Hopper foi, desde o início, envolta em controvérsia e risco, mas acabou por se tornar uma das decisões mais emblemáticas da sua carreira.

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A Escolha Audaciosa de Dennis Hopper

David Lynch enfrentou resistência quando expressou o desejo de contratar Dennis Hopper para o papel de Frank Booth. Hopper, na altura, era conhecido tanto pelo seu talento quanto pelos seus problemas com o abuso de substâncias. Em “Room to Dream”, o seu livro de memórias, Lynch relembra como foi desaconselhado por várias pessoas no set. “Disseram-me: ‘Não podes contratar o Hopper – ele vai ficar fora de si e nunca vais conseguir o que queres'”, recorda Lynch. No entanto, o realizador sentiu desde o início que Hopper era o único ator capaz de encarnar Frank Booth.

A convicção de Lynch não foi apenas uma questão de teimosia. Ele tinha uma admiração profunda pelo trabalho de Hopper em filmes como “Giant”, “Rebel Without a Cause”, e “The American Friend”. Estes filmes demonstravam a capacidade única de Hopper de combinar dureza com vulnerabilidade, características essenciais para o complexo papel de Frank Booth. Quando o agente de Hopper informou Lynch de que o ator estava sóbrio e a trabalhar com sucesso em outros projetos, Lynch não hesitou em contactá-lo. “Dennis ligou-me e disse: ‘Tenho de interpretar o Frank Booth porque eu sou o Frank Booth’,” recorda Lynch. Para ele, essa era uma revelação ao mesmo tempo “boa e má”, mas o realizador não teve dúvidas ao contratar o ator.

A Magia de Hopper no Set de Filmagens

Durante as filmagens de “Blue Velvet”, ficou claro que a intuição de Lynch estava correta. Dennis Hopper trouxe uma intensidade inigualável ao papel de Frank Booth, uma performance que capturou tanto o terror quanto a vulnerabilidade do personagem. Lynch descreve um momento memorável durante uma cena onde Frank Booth observa Dorothy Vallens, interpretada por Isabella Rossellini, a cantar. Hopper começa a chorar, uma expressão de emoção que Lynch considerou “totalmente perfeita”. Este momento encapsulou a essência do personagem, uma fusão de brutalidade e sensibilidade, algo raro de se ver no cinema contemporâneo.

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Lynch refletiu sobre como essa performance encapsulava o espírito dos rebeldes dos anos 50, uma época em que “um homem podia chorar e isso era totalmente aceitável e depois bater em alguém no minuto seguinte”. Para Lynch, esta era a poesia que faltava nos personagens masculinos modernos, que muitas vezes são retratados de forma unidimensional.

A Sorte e as Surpresas Durante a Produção

Apesar das preocupações iniciais sobre a contratação de Hopper, a produção de “Blue Velvet” foi marcada por momentos de sorte e mudanças inesperadas que acabaram por beneficiar o filme. Originalmente, Hopper iria cantar “In Dreams”, mas devido a problemas de memória associados ao seu passado de abuso de drogas, o papel foi transferido para Dean Stockwell. Esta mudança revelou-se um golpe de sorte, pois a interação entre Hopper e Stockwell adicionou uma camada inesperada de profundidade e humor ao filme. Lynch relembra o momento: “Dennis estava a olhar para Dean, e pensei: ‘Isto é tão perfeito’, e tudo mudou.”

Um Respeito Peculiar no Set

A relação entre Lynch e Hopper foi marcada por um respeito mútuo, apesar das suas diferenças. Uma das memórias mais queridas de Hopper no set foi o facto de Lynch nunca usar a palavra “f*ck”, mesmo quando era uma parte essencial do diálogo de Frank Booth. Hopper brincava: “Ele pode escrevê-la, mas não a vai dizer. Ele é um homem peculiar.”

Conclusão

A decisão de David Lynch de confiar em Dennis Hopper para o papel de Frank Booth em “Blue Velvet” é um exemplo perfeito de como correr riscos pode resultar em magia cinematográfica. Hopper trouxe uma profundidade e intensidade ao papel que poucos outros atores poderiam ter alcançado, e a sua performance continua a ser um dos aspectos mais memoráveis do filme. A colaboração entre Lynch e Hopper destaca a importância da intuição e da fé nas decisões criativas, algo que qualquer clube de cinema deve valorizar e discutir.


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Novo Filme da Saga “Mundo Jurássico” Revela Título e Primeiras Imagens

O próximo filme da franquia “Mundo Jurássico”, intitulado “Jurassic World Rebirth”, teve o seu título e as primeiras imagens reveladas, prometendo trazer uma nova vida à icónica série de dinossauros. Com estreia prevista para o verão de 2025, o sétimo filme da saga será um reinício completo, sem a presença dos protagonistas anteriores como Chris Pratt e Bryce Dallas Howard, nem das estrelas veteranas da trilogia original.

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Scarlett Johansson, Jonathan Bailey e Mahershala Ali lideram o elenco do novo filme, que será dirigido por Gareth Edwards, conhecido por “Rogue One: Uma História de Star Wars” e “O Criador”. A história segue uma equipa que tenta obter amostras de ADN das três criaturas mais colossais da terra, do mar e do ar, cinco anos após os eventos de “Mundo Jurássico: Domínio”.

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As filmagens, que começaram na Tailândia e se deslocaram para Malta, estão previstas para terminar em outubro. Com uma combinação de aventura, suspense e efeitos especiais de última geração, “Jurassic World Rebirth” promete renovar a franquia para uma nova geração de fãs.

Polémica no Festival de Veneza Sobre Acesso da Imprensa aos Atores

O Festival de Cinema de Veneza deste ano, marcado por um desfile de estrelas no tapete vermelho, enfrenta críticas de jornalistas internacionais devido à falta de acesso às celebridades. Grandes nomes como Brad Pitt, Angelina Jolie, George Clooney, Nicole Kidman e Joaquin Phoenix estão presentes no evento, mas muitos optaram por não conceder entrevistas exclusivas à imprensa internacional, restringindo-se apenas às conferências de imprensa oficiais do festival.

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Esta decisão, tomada pelos estúdios e agentes de relações públicas, tem gerado insatisfação entre os jornalistas, especialmente os freelancers, que dependem dessas entrevistas para vender suas histórias a meios de comunicação regionais e internacionais. Uma carta aberta, assinada por mais de 50 jornalistas, foi publicada, protestando contra a política de “não entrevistas”, destacando a importância do trabalho jornalístico para o sucesso e a promoção dos filmes.

A ausência de entrevistas exclusivas ameaça o modelo de cobertura de festivais de cinema, que depende do acesso direto aos talentos para gerar interesse e cobertura mediática. Apesar das reclamações, o diretor artístico do Festival de Veneza, Alberto Barbera, prometeu investigar a situação, embora tenha lembrado que as decisões de marketing são tomadas pelas empresas privadas e não pelo festival em si.

“Conclave” Pode Levar Ralph Fiennes ao Óscar

O novo filme “Conclave”, dirigido pelo cineasta alemão Edward Berger, teve sua estreia mundial no Festival de Cinema de Telluride e já está a ser considerado um forte candidato ao Óscar. Adaptado do romance de Robert Harris, o filme centra-se no tumultuado processo de sucessão papal após a morte repentina de um Papa, explorando intrigas e crises de fé dentro do Vaticano.

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Ralph Fiennes, que interpreta o papel principal de um cardeal em crise de fé, é apontado como um dos destaques do filme, com uma atuação que muitos críticos acreditam ser digna do prémio da Academia. O elenco conta ainda com nomes de peso como John Lithgow, Stanley Tucci e Isabella Rossellini, que complementam a narrativa com performances igualmente notáveis.

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Com a sua abordagem única que mistura drama, comédia e elementos de suspense, “Conclave” tem sido comparado a filmes icónicos e é descrito como um thriller dramático que promete prender a atenção do público do início ao fim. A estreia oficial está marcada para 1 de novembro, com uma estratégia de lançamento escalonada para maximizar o impacto na temporada de prémios.

Angelina Jolie Retorna ao Cinema com Retrato de Maria Callas

Após um período de afastamento voluntário da realização e atuação, Angelina Jolie retorna ao cinema com um papel desafiador e pessoal no filme biográfico “Maria”, onde interpreta a icónica soprano Maria Callas. O filme, dirigido por Pablo Larraín, será exibido nos prestigiados festivais de Veneza, Telluride e Nova Iorque, marcando um regresso significativo para Jolie, que passou anos focada principalmente em sua família.

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Na entrevista recente ao The Hollywood Reporter, Jolie abriu-se sobre o processo intenso e emocional de se preparar para o papel de Callas, descrevendo-o como uma “redescoberta pessoal”. Para incorporar a famosa soprano, Jolie dedicou mais de seis meses aprendendo a cantar, respirar e até mesmo andar como Callas. “Foi uma experiência muito intensa e emocionante”, disse Jolie. “Passei meses tendo aulas de canto e aprendendo italiano para poder me aproximar o máximo possível do que era necessário para retratar Callas com precisão.”

A atriz também falou sobre como este papel a ajudou a redescobrir a sua própria voz, tanto literal quanto metaforicamente. Durante a preparação para o filme, Jolie enfrentou dificuldades pessoais e emocionais que tornaram o processo de atuação ainda mais significativo. “Foi um desafio abrir minha voz novamente, emocional e fisicamente”, confessou. “Tive que sentir tudo de novo, respirar de novo e me abrir de uma maneira que não fazia há muito tempo. Foi uma experiência de libertação.”

Além de “Maria”, Angelina Jolie também apresentará “Without Blood”, um drama de guerra que ela escreveu e dirigiu, baseado no romance de Alessandro Baricco. O filme, que explora os impactos do conflito na vida das pessoas, especialmente crianças, é um retorno ao tema recorrente de Jolie sobre as cicatrizes emocionais deixadas pela guerra. “Sempre fui atraída por histórias de conflito porque é onde vejo o melhor e o pior da humanidade”, explicou Jolie. “Este filme é uma continuação dessa exploração, mas também uma reflexão sobre como esses traumas nos moldam e nos mudam.”

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Jolie, que é também uma ativista e mãe dedicada, compartilhou como foi difícil equilibrar sua vida pessoal com seu retorno ao cinema. Após seu divórcio público e conturbado de Brad Pitt, ela se concentrou em criar seus seis filhos, agora adolescentes e jovens adultos. “Eu precisava estar em casa mais com meus filhos, especialmente durante esse período difícil”, afirmou. “Mas agora que eles estão um pouco mais velhos e mais independentes, senti que era o momento certo para voltar a trabalhar.”

Filmando em locais icónicos como La Scala, em Milão, Jolie descreveu a experiência como “fora do corpo”. “Nunca cantei antes, e alguém na minha vida me disse que eu não sabia cantar”, revelou. “Foi um choque descobrir que eu era soprano. A experiência toda foi uma grande jornada de autodescoberta para mim.”

A preparação intensa e a dedicação de Jolie para o papel de Maria Callas refletem seu compromisso com sua arte e sua busca contínua por desafios que ressoam profundamente com suas experiências pessoais e profissionais. À medida que ela retorna ao cenário cinematográfico, tanto na frente quanto atrás das câmaras, Jolie reafirma sua posição como uma das figuras mais multifacetadas de Hollywood, trazendo à tona personagens que refletem suas próprias complexidades e traumas.

“Cidade de Deus: A Luta Não Pára” Resgata o Legado do Filme Original

Vinte anos após o lançamento do aclamado “Cidade de Deus”, a Max estreia “Cidade de Deus: A Luta Não Pára”, um spin-off que retorna às ruas da icónica favela carioca. A série se passa em 2004 e busca equilibrar a homenagem ao filme original com a criação de uma nova identidade. Dirigida por Aly Muritiba e com Fernando Meirelles atuando como produtor, a série enfrenta o desafio de manter a autenticidade e a energia que caracterizaram o filme original, enquanto explora novas narrativas e personagens.

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A série continua a abordar temas de violência, pobreza e corrupção que permeiam a favela, ao mesmo tempo que introduz novas histórias e figuras que refletem as mudanças sociais e políticas do Brasil contemporâneo. Enquanto algumas críticas apontam para a dificuldade da série em replicar o impacto emocional do filme original, “Cidade de Deus: A Luta Não Pára” oferece uma visão fascinante sobre a continuidade da luta e da resiliência na favela.

Apesar das comparações inevitáveis com o filme de 2002, a série promete capturar a atenção tanto de novos espectadores quanto de fãs de longa data, provando que a Cidade de Deus continua a ser um palco vibrante para narrativas poderosas.

“El Jockey” Compete pelo Leão de Ouro em Veneza

O filme argentino “El Jockey”, dirigido por Luis Ortega, estreou na mostra competitiva do Festival de Veneza, onde compete pelo cobiçado Leão de Ouro. Estrelado por Nahuel Pérez Biscayart, o filme é descrito como uma jornada onírica que explora a transformação de um jóquei a serviço da máfia em Buenos Aires. A narrativa mistura realismo com elementos surreais, criando uma atmosfera única que desafia as convenções do cinema argentino tradicional.

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Ortega, conhecido por seus trabalhos anteriores como “El Ángel”, utiliza “El Jockey” para brincar com conceitos de identidade e transformação, questionando a própria natureza da existência e da percepção. O filme foi elogiado pela sua cinematografia inovadora e pela abordagem não convencional da narrativa, que reflete a complexidade e o caos da vida urbana na capital argentina.

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A recepção crítica em Veneza tem sido positiva, com muitos destacando a capacidade de Ortega de criar uma obra que é simultaneamente provocadora e profundamente introspectiva. “El Jockey” é um dos dois filmes latino-americanos em competição este ano, destacando a força e a diversidade do cinema da região.

“Apocalipse nos Trópicos” de Petra Costa Estreia em Veneza

Lula da Silva em "Apocalipse dos Trópicos".

A cineasta brasileira Petra Costa, conhecida pelo seu documentário “Democracia em Vertigem”, apresentou o seu mais recente trabalho, “Apocalipse nos Trópicos”, no 81º Festival de Cinema de Veneza. O documentário explora o crescimento explosivo do movimento evangélico no Brasil, um fenómeno que tem tido um impacto profundo na política do país. Costa descreve essa mudança como “uma das transformações religiosas mais rápidas da história da humanidade”, destacando o papel dos evangélicos na política brasileira contemporânea.

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O documentário oferece uma análise crítica sobre como o movimento evangélico se expandiu no Brasil, desde a visita do pastor protestante Bill Graham em 1974, até o atual cenário político, onde figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro se beneficiaram desse apoio religioso. “Apocalipse nos Trópicos” mistura entrevistas contemporâneas com imagens de arquivo e material pessoal da cineasta, oferecendo um olhar íntimo sobre a ascensão do evangelismo e suas implicações para o futuro político e social do Brasil.

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Petra Costa utiliza o seu estilo característico para destacar as contradições e complexidades deste movimento, enfatizando a necessidade de uma separação clara entre Igreja e Estado, especialmente num contexto onde essa linha está cada vez mais desfocada.

Filme Biográfico Polémico de Trump Chegará aos Cinemas Antes das Eleições

Um filme biográfico controverso sobre Donald Trump, intitulado “O Aprendiz”, está programado para estrear nos cinemas dos Estados Unidos em outubro, apenas um mês antes das eleições presidenciais. Esta produção independente, que tem gerado polêmica e ameaças legais, retrata episódios sombrios da juventude do ex-presidente americano, incluindo uma cena em que Trump é mostrado a violar sua primeira esposa, Ivana Trump, após um episódio de ridicularização. Ivana, que faleceu em 2022, havia acusado Trump de abuso sexual durante o divórcio, mas depois retirou a acusação.

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A Briarcliff Entertainment, um pequeno estúdio independente, está por trás do lançamento do filme, que também explora aspectos íntimos da vida de Trump, como a sua disfunção erétil e os procedimentos estéticos a que se submeteu. A representação de Trump por Sebastian Stan, conhecido por “Capitão América: O Soldado do Inverno”, tem sido elogiada pela crítica, particularmente após a exibição do filme no Festival de Cinema de Cannes.

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Apesar das reações negativas e ameaças de processos legais por parte dos advogados de Trump, o filme promete ser uma análise profunda do personagem de Trump, representando-o como um jovem ambicioso cuja decência é corroída pelo seu envolvimento com figuras de poder, como o seu mentor Roy Cohn, interpretado por Jeremy Strong. O filme será lançado nos Estados Unidos a 11 de outubro, e o estúdio espera que “O Aprendiz” seja um forte concorrente na próxima temporada de prémios de Hollywood.