Joan Plowright, uma das mais icónicas atrizes britânicas e uma figura incontornável dos palcos e ecrãs, faleceu na passada quinta-feira, 16 de janeiro de 2025, aos 95 anos. A sua família confirmou a notícia à BBC, referindo que a atriz morreu pacificamente em Denville Hall, rodeada por entes queridos. Plowright deixa um legado de sete décadas de brilhantismo artístico, marcado pela versatilidade e uma presença cativante tanto no teatro como no cinema.

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Uma Carreira Brilhante ao Lado de Gigantes

Nascida a 28 de outubro de 1929, Joan Plowright destacou-se como uma das grandes senhoras do teatro britânico, ao lado de nomes como Maggie Smith e Judi Dench. O seu talento inegável levou-a aos palcos do West End nos anos 1950, onde conheceu o lendário Laurence Olivier durante a produção de O Comediante (1957). Este encontro marcaria não apenas a sua vida profissional, mas também pessoal, culminando no casamento com Olivier em 1961, após o ator se divorciar de Vivien Leigh.

Juntos, tornaram-se pilares do National Theatre, fundado por Olivier, com Plowright a consolidar a sua reputação como uma das maiores intérpretes da sua geração. No entanto, a sua carreira não se limitou aos palcos. No cinema, destacou-se em filmes como Três Irmãs (1970), realizado por Olivier e John Sichel, e Equus (1977), de Sidney Lumet. Apesar de uma longa trajetória no grande ecrã, foi apenas após a morte de Olivier, em 1989, que alcançou maior notoriedade internacional, culminando numa nomeação ao Óscar de Melhor Atriz Secundária por Viagem Sentimental (1991).

Um Legado Cinematográfico Memorável

Joan Plowright deixa uma vasta filmografia, repleta de obras que marcaram diferentes gerações. Desde o drama histórico Avalon (1990) até a comédia familiar Dennis, o Pimentinha (1993), passando por 101 Dálmatas (1996) e Chá com Mussolini (1999), a atriz demonstrou uma capacidade única de transitar entre géneros. Também se destacou em adaptações literárias como Jane Eyre (1996) e no aclamado telefilme Stalin (1992), pelo qual recebeu elogios unânimes da crítica.

O seu último grande trabalho foi em As Crónicas de Spiderwick (2008), encerrando a sua carreira cinematográfica antes de se retirar oficialmente em 2014 devido à perda da visão.

Despedida de uma Mulher Singular

Num comunicado emocionado, a família de Plowright sublinhou o impacto da atriz tanto como artista quanto como pessoa: “Joan era uma mulher adorável e inclusiva, que enfrentou os desafios da vida com coragem e determinação. Estamos profundamente orgulhosos de tudo o que fez e do que representou.”

A morte de Joan Plowright segue-se à de figuras igualmente marcantes da sua era, como Maggie Smith, falecida em setembro, e Angelo Badalamenti, compositor frequente de David Lynch. Estas perdas recentes sublinham o fim de uma era dourada do cinema e teatro britânicos.

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Homenagens e Reconhecimento

Além das suas contribuições artísticas, Plowright foi amplamente reconhecida ao longo da vida. Em 2019, recebeu um Óscar honorário pelo conjunto da obra, destacando-se como uma das vozes mais influentes do cinema britânico do século XX.

A Casa do Cinema, em Coimbra, atualmente a exibir um ciclo dedicado a David Lynch, já anunciou uma sessão especial em memória de Joan Plowright, uma oportunidade para celebrar uma carreira extraordinária e uma vida dedicada à arte.

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