
Depois de meses de especulação, Jenna Ortega quebrou finalmente o silêncio sobre a sua saída da popular saga Scream, e a resposta está longe das habituais “incompatibilidades de agenda”. A verdade é outra — mais pessoal, mais política… e mais humana.
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Em entrevista recente à revista The Cut, a atriz de 22 anos revelou que o verdadeiro motivo que a levou a abandonar o papel de Tara Carpenter não foi o dinheiro, nem os compromissos com Wednesday. Foi o despedimento polémico de Melissa Barrera, sua parceira de ecrã e irmã na ficção, que precipitou a sua decisão.
“A situação com a Melissa estava a acontecer e tudo estava a desmoronar-se”, confessou Ortega. “Se Scream VII não fosse com aquela equipa de realizadores e aquelas pessoas de quem me apaixonei, então não me parecia a escolha certa para mim, naquele momento da minha carreira.”
De irmãs no ecrã a aliadas fora dele
A saída de Melissa Barrera, motivada por publicações nas redes sociais em que demonstrava apoio à Palestina durante a guerra em Gaza, gerou grande polémica. A atriz foi acusada pela produtora Spyglass de “incitamento ao ódio” e “distorção do Holocausto” — acusações pesadas que levaram à sua demissão imediata em 2023.
Jenna Ortega, solidária com a colega, abandonou o projeto no dia seguinte. E mais tarde fez questão de lhe prestar apoio pessoalmente.
“Falámos durante algum tempo”, disse Barrera numa entrevista. “Adoro-a imenso. Foi muito solidária comigo, e somos irmãs para a vida.”
Num gesto que ecoa o espírito do slasher original — onde a lealdade pode salvar (ou perder) uma vida — Ortega demonstrou que, para lá dos papéis, há valores que não abdica.
Fim de um ciclo, início de outro
Ortega admite também que está a tentar afastar-se dos franchises e procurar histórias originais e realizadores emergentes. Depois de integrar sagas como Scream, Wednesday, Beetlejuice Beetlejuice e X, a atriz sente que é tempo de “apostar em narrativas novas”.
“Já fiz parte de muitas franquias, o que é incrível por fazer parte de um legado”, explicou. “Mas estou a tentar dar prioridade a novos realizadores e histórias originais.”
Aliás, o seu mais recente projeto, Death of a Unicorn, é precisamente um desses casos: um guião improvável com… unicórnios. Sim, unicórnios. “Nunca pensei fazer um filme com unicórnios, mas um guião original é entusiasmante”, disse com um sorriso.
O estado atual do massacre
Com a debandada de Ortega, Barrera, e até do novo realizador Christopher Landon (que abandonou o projeto dizendo que era “um sonho tornado pesadelo”), Scream VII foi completamente reconfigurado. Mas a produção não baixou os braços.
Para salvar o barco (ou a casa infestada por Ghostface), o estúdio trouxe de volta os três rostos clássicos da saga: Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette, que vão retomar os papéis de Sidney Prescott, Gale Weathers e Dewey Riley. E não é tudo — dois assassinos Ghostface do passado, Matthew Lillard e Scott Foley, também estão confirmados para o sétimo filme.
A estreia está marcada para 2026, mas a pergunta continua no ar: conseguirá Scream VII manter a relevância sem o sangue novo (e os gritos potentes) de Jenna Ortega e Melissa Barrera?
Scream VII chega aos cinemas em 2026, com promessas de nostalgia, sangue e mais reviravoltas do que um filme do Shyamalan.
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