
Quentin Tarantino é um mestre da integração da música no cinema. Desde o icónico início de Reservoir Dogs com ‘Little Green Bag’ até ao uso marcante de ‘Girl, You’ll Be A Woman Soon’ em Pulp Fiction, a sua filmografia está repleta de momentos onde a música não é apenas um elemento sonoro – é parte da narrativa.
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Mas, surpreendentemente, uma das suas músicas favoritas usadas no cinema não foi uma escolha sua. E, ainda mais inesperado, foi um filme contemporâneo que a utilizou de forma brilhante.
De “Red Light Area” a “Last Night in Soho”
Edgar Wright, realizador britânico de Baby Driver e Shaun of the Dead, lançou em 2021 o thriller psicológico Last Night in Soho, uma homenagem ao giallo italiano e ao glamour sombrio dos anos 1960 em Londres.
A história segue Eloise (Thomasin McKenzie), uma estudante de moda que viaja misteriosamente para os anos 60 e fica obcecada por Sandie (Anya Taylor-Joy), uma aspirante a cantora que se vê enredada no lado obscuro da cidade.
A banda sonora de Last Night in Soho é recheada de clássicos da época, incluindo Dusty Springfield, The Kinks e Petula Clark. Mas a canção mais importante do filme veio de uma sugestão inesperada…
O Conselho de Tarantino: “Esta é a Melhor Música de Abertura para um Filme Nunca Feito”
Antes de começar as filmagens, Edgar Wright conversava com Tarantino sobre as músicas que pensava usar. Foi então que o realizador de Pulp Fiction perguntou:
“Já ouviste ‘Last Night in Soho’, dos Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick & Tich?”
Ele próprio já tinha usado uma música da banda – ‘Hold Tight’ – na sua homenagem ao grindhouse, Death Proof. Mas para Tarantino, ‘Last Night in Soho’ tinha algo especial:
“Esta é a melhor música de abertura para um filme que nunca foi feito.”
Edgar Wright percebeu imediatamente o potencial e decidiu que esse seria o título do seu filme.
Uma Canção dos Anos 60 que Ganhou Nova Vida
O tema, lançado em 1968, tinha um tom misterioso e vibrante, perfeito para a atmosfera noir e nostálgica que Wright queria criar.
Ao contrário do que Tarantino sugeriu, ele não usou a música no início do filme, mas sim no final – como um fecho eletrizante logo no início dos créditos.
O toque final? Allison Anders, realizadora e amiga de Tarantino, que lhe tinha dado a ideia de usar a canção, enviou a Wright um vinil da música após a estreia do filme.
Conclusão: A Visão de Tarantino e a Execução de Wright
Tarantino pode não ter feito um filme com ‘Last Night in Soho’, mas a sua intuição não falhou. Edgar Wright pegou na sugestão e criou um dos momentos musicais mais marcantes do cinema recente.
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Mais do que uma simples recomendação, foi uma lição sobre como a música certa pode transformar completamente um filme.
E tu, achas que Tarantino deveria ter usado esta música num dos seus filmes? Comenta abaixo!
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