Por que roubar arte explodiu nos anos 70 — e o novo filme The Mastermind mostra exactamente como

A década de convulsão cultural, a arte vista como dinheiro — e uma reviravolta que não saiu como planeado.

No início de Maio de 1972, dois homens entraram no Worcester Art Museum, nos EUA, levaram quatro obras de arte (entre elas peças de Paul Gauguin e Pablo Picasso), mantiveram alunos de liceu como reféns e fugiram — episódio que viria a inserir-se numa onda de assaltos a obras de arte durante os anos 70, alimentada por várias causas: o mercado da arte em expansão, segurança precária dos museus, e a convicção — ou ilusão — de que “seria fácil”.

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O filme The Mastermind, dirigido por Kelly Reichardt e protagonizado por Josh O’Connor, revisita essa época instável e examina como um carpinteiro desempregado da classe média decide assaltar museus — descobrindo demasiado tarde que o roubo de arte não é tão glamouroso ou simples quanto parecia.  

As razões por trás da explosão de assaltos nos anos 70

  • O historiador da arte Tom Flynn nota que o aumento dos assaltos coincidiu com o boom do mercado da arte — as obras tornaram-se vistas como capital, e o roubo passou a ter um apelo económico  
  • Os museus, por sua vez, enfrentavam cortes orçamentais, menos segurança, pessoal mais vulnerável — e os “grandes assaltos” eram vistos no jornal como manchetes atraentes  
  • E culturalmente, o período era de desafio às instituições: os ladrões de arte tornavam-se figuras quase “românticas” em filmes, como se batessem ao establishment — e isso alimentava a ideia de “roubar arte” como acto de subversão  

O que torna The Mastermind diferente

Em vez de glamourizar o golpe, Reichardt opta por humanizar o criminoso — não como herói, mas como alguém que se engana a si próprio. O protagonista “JB” (O’Connor) percebe que roubar arte é diferente de vender arte, e que há muitos impostos — morais, práticos — a pagar.  

Estreia: quando chega a Portugal e ao Brasil?

  • Nos EUA, The Mastermind estreia nos cinemas a 17 de Outubro de 2025.  
  • Para o Brasil, consta uma estreia limitada em 16 de Outubro de 2025.  
  • Quanto a Portugal, ainda não há uma data oficialmente confirmada pela fonte que conseguimos encontrar — o que significa que deveremos aguardar anúncio local do distribuidor.

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Em resumo

Se estás curioso para entender por que motivo os anos 70 viram tantos assaltos a galerias (e por que o fenómeno parecia “fácil”), e também queres ver uma abordagem cinematográfica que não se limita ao “feliz roubo / fuga triunfante”, The Mastermind promete ser uma exploração dura, mas fascinante, desse mundo entre a arte e o crime.

Wake Up Dead Man: O Regresso Mais Negro (e Mais Divertido) de Benoit Blanc

Um novo mistério com humor negro e ecos de Edgar Allan Poe

Daniel Craig volta a vestir o fato impecável de Benoit Blanc em Wake Up Dead Man, a terceira entrada da saga Knives Out, realizada por Rian Johnson. Mas desta vez, a surpresa vem de Josh O’Connor, que praticamente rouba o protagonismo ao interpretar o irreverente Padre Jud Duplenticy, um ex-pugilista transformado em padre como forma de penitência após um surto violento.

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O cenário não podia ser mais literário: Chimney Rock, uma aldeia que parece saída de um romance de Agatha Christie, com a sua igreja neo-gótica, cemitério sombrio e um ar de que demasiado sangue já ali foi derramado. Ao lado de O’Connor surge Josh Brolin como Monsenhor Jefferson Wicks, um clérigo selvagem e cínico, que adiciona ainda mais fogo a esta mistura insólita.

O equilíbrio entre o gótico e a comédia

Johnson afirmou que queria regressar às raízes do género policial, evocando nomes como Edgar Allan Poe. O filme mergulha nesse imaginário gótico, entre enterros inquietantes, personagens assombradas pela culpa e até grafitis irreverentes num mausoléu. Mas, ao mesmo tempo, consegue ser a entrada mais divertida e brincalhona da série.

Há diálogos mordazes, humor inesperado e uma autêntica dança entre referências literárias e cinematográficas que tornam esta experiência tão intrigante quanto divertida. A morte (ou mortes) está sempre em pano de fundo, mas o riso surge com naturalidade.

Benoit Blanc como maestro da intriga

Apesar de Josh O’Connor ser o verdadeiro motor narrativo do filme — ora cómico, ora sério, sempre magnético — Daniel Craig continua a dominar o ecrã. O seu Blanc surge com o habitual sotaque do sul, o charme elegante e a confiança descontraída de quem conduz a narrativa como um maestro.

Curiosamente, com cada novo filme, Blanc aparece menos em cena, assumindo o papel de guia, quase como um narrador que nos leva pelas veredas tortuosas de personagens enredadas e suspeitas. Aqui, até recruta o Padre Jud para ajudá-lo a deslindar o que ficou conhecido como o “assassinato de Sexta-Feira Santa”.

Rian Johnson no auge da sua forma

Com Wake Up Dead Man, Rian Johnson demonstra estar mais confiante do que nunca. Consegue pegar nos velhos clichés do género e reinventá-los com frescura, mantendo o mistério vivo e a audiência rendida. O resultado é o filme mais negro, mais ousado e, paradoxalmente, o mais divertido de toda a franquia Knives Out.

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Preparem-se: este é um mistério que faz rir, arrepiar e pensar — muitas vezes em simultâneo.

Steven Spielberg Regressa à Ficção Científica com “The Dish”: O Que Sabemos Até Agora

Steven Spielberg, o visionário realizador que definiu o cinema de ficção científica com obras-primas como E.T. – O Extraterrestre e Encontros Imediatos do Terceiro Grau, está oficialmente de volta ao género que ajudou a moldar. O seu próximo projeto, intitulado The Dish, marca um regresso às origens, com uma narrativa que promete explorar novamente o território sci-fi, depois de uma década dedicada a outros géneros.

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O Regresso à Ficção Científica

Nos últimos anos, Spielberg dedicou-se a projetos diversificados como Bridge of SpiesThe PostWest Side Story e The Fabelmans, uma autobiografia cinematográfica profundamente pessoal. Contudo, o argumento de The Dish, escrito por David Koepp, sinaliza um retorno ao género que lhe valeu aclamação global.

Durante uma entrevista ao podcast da The Playlist, David Koepp revelou que o filme será um regresso ao sci-fi clássico. “É ficção científica. Eu não devia estar a dizer isto, mas sim, é. Será um género diferente do que ele tem feito ultimamente. Algo que costumava fazer e já não faz há algum tempo”, comentou Koepp.

A Parceria Spielberg-Koepp

David Koepp é um nome familiar entre os fãs de Spielberg. O argumentista já colaborou com o realizador em dois projetos icónicos: Jurassic Park (1993), que revolucionou os efeitos visuais e arrecadou mais de 900 milhões de dólares, e War of the Worlds (2005), uma interpretação intensa do clássico de H.G. Wells. Ambos os filmes foram sucessos críticos e comerciais, cimentando Koepp como um dos colaboradores mais confiáveis de Spielberg.

O Elenco e a Produção

The Dish contará com um elenco de luxo. Emily Blunt, nomeada aos BAFTA pelo seu papel em Oppenheimer, lidera o grupo, que inclui ainda Josh O’Connor (The Crown), Colin Firth (O Discurso do Rei) e Colman Domingo (The Color Purple). A direção de fotografia estará novamente a cargo de Janusz Kamiński, parceiro habitual de Spielberg desde A Lista de Schindler.

A produção terá início em fevereiro de 2025, com filmagens programadas para Nova Jérsia e Atlanta. Ainda não foram revelados detalhes sobre a trama, mas, conhecendo Spielberg, é provável que combine narrativas humanas envolventes com espetáculos visuais impressionantes.

Expectativa dos Fãs e o Legado Sci-Fi de Spielberg

Com The Dish, Spielberg enfrenta o desafio de estar à altura do seu próprio legado. Filmes como E.T.Encontros Imediatos do Terceiro Grau e Minority Report definiram o padrão para o género, misturando tecnologia futurista com reflexões emocionais sobre a humanidade. Se este novo projeto seguir essa tradição, promete tornar-se mais uma peça essencial na sua vasta filmografia.

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Josh O’Connor Junta-se ao Próximo Filme de Steven Spielberg

Josh O’Connor, amplamente reconhecido pelo seu papel como Príncipe Charles na série “The Crown”, foi confirmado no elenco do próximo filme de Steven Spielberg. Este projeto, ainda sem título oficial, promete ser um dos eventos cinematográficos mais aguardados de 2026, consolidando Spielberg como um dos realizadores mais prolíficos da história.

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O’Connor junta-se a um grupo impressionante de atores já confirmados, incluindo o vencedor do Óscar Colin Firth, a talentosa Emily Blunt, o aclamado Colman Domingo e a promissora Eve Hewson, filha de Bono, que conquistou elogios pelo seu desempenho em “Flora and Son” (2023). Este elenco diversificado reflete a capacidade de Spielberg em atrair talento de topo para os seus projetos.

O argumento, baseado numa história original do realizador, foi escrito por David Koepp, colaborador frequente de Spielberg em filmes como “Parque Jurássico” (1993) e “Guerra dos Mundos” (2005). Embora os detalhes da narrativa estejam a ser mantidos em segredo, sabe-se que será uma obra de ficção científica, género no qual Spielberg tem uma longa e bem-sucedida trajetória.

O filme tem estreia marcada para 15 de maio de 2026, uma data estratégica que coincide com o lucrativo verão cinematográfico de Hollywood. A Universal Pictures descreve o projeto como um “evento cinematográfico original”, criando altas expectativas para o público e para a crítica.

O último trabalho de Spielberg, “Os Fabelmans” (2022), foi um sucesso crítico, recebendo sete nomeações para os Óscares. Assim, este novo projeto surge como uma oportunidade para o realizador explorar novamente temas ambiciosos, combinando inovação visual e storytelling envolvente.

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Com a crescente antecipação, este filme de Spielberg promete ser uma das grandes estreias do ano, reafirmando a sua relevância e impacto na indústria cinematográfica.