Miles Caton: A Voz-Revelação de Sinners e o Momento Musical Que Está a Marcar o Cinema de 2025

Há raros momentos no cinema em que tudo parece alinhar-se: a história, a música, a realização e, sobretudo, uma performance que nos atravessa como se nos conhecesse por dentro. Em Sinners, o thriller vampiresco-musical de Ryan Coogler que se tornou um fenómeno global, esse momento tem nome e protagonista: Miles Caton, o jovem de 20 anos cuja voz faz vibrar o filme — e todo o público — com uma intensidade quase sobrenatural.

ler também: “Wuthering Heights”: O Filme-Sensação de 2026 Que Está a Incendiar a Internet Antes Mesmo de Chegar aos Cinemas

O centro dessa explosão emocional está na cena em que Sammie, a personagem interpretada por Caton, entra em palco num juke joint em Nova Orleães para cantar “I Lied To You”. É um momento que começa com blues e termina numa verdadeira celebração trans-temporal, onde guitarras eléctricas, batidas, artistas de várias épocas e danças de diferentes culturas convergem num só gesto de comunidade. É o tipo de cena que imediatamente entra para a história do cinema musical — e que agora vale ao actor seis nomeações para os Grammy.

Uma Voz Que “Atravessa Espaço e Tempo”

Quando Caton leu o guião pela primeira vez, a sequência ainda não tinha música. Apenas a promessa de um momento que teria de ser suficientemente forte para cruzar passado e futuro. Foi só ao chegar ao set, em Nova Orleães, que Ludwig Göransson — o compositor vencedor do Óscar — lhe mostrou os primeiros acordes que havia criado com Raphael Saadiq. Sem letra, sem contexto, apenas a espinha dorsal do que viria a ser uma das músicas do ano.

Meses depois, quando finalmente ouviu o tema completo, a reacção foi imediata: “Sim, isto vai ser muito bom.”

O público confirmou. Sinners tornou-se um sucesso absoluto, ultrapassou os 360 milhões de dólares de bilheteira e conquistou um estatuto quase instantâneo de culto. Sete meses depois da estreia, por altura do Halloween, Caton foi recebido numa sessão especial do filme em Londres rodeado de dezenas de fãs mascarados de Sammie, Smoke e Stack. Nada mais simbólico para um filme que combina vampiros, blues e explosão cultural.

De Viral Aos 12 Anos a Estrela Internacional

A história de Caton tem os contornos perfeitos de uma descoberta improvável. Aos 12 anos, um vídeo seu a cantar “Feeling Good”, de Nina Simone, tornou-se viral — e acabou por ser usado no vídeo de abertura do single “4:44” de Jay-Z. Não tardou até pisar palcos gigantes como corista da cantora H.E.R., onde passou a adolescência em digressão.

Quando essa fase terminou, regressou a casa, num intervalo inesperado da vida: “Estava a trabalhar em música, mas estava só… a existir.” Foi nesse momento suspenso que recebeu a chamada para audition de Sinners. E, surpreendentemente, conseguiu o papel — logo no seu primeiro trabalho como actor.

A ligação com Sammie surgiu de imediato. “Tínhamos a mesma idade, a mesma fome de fazer mais, de ir mais longe.”Mas havia algo que Caton precisava de aprender: blues. Ryan Coogler, determinado a dar autenticidade ao filme, deu-lhe uma playlist de “lição intensiva” com Charley Patton, Buddy Guy e outros gigantes do género. O estudo deu frutos — e o público sentiu isso.

Aprender a Tocar Como um Bluesman

Embora a sua voz parecesse ter sido criada para o blues, tocar guitarra não estava no repertório de Caton. Quando lhe disseram que teria de aprender a tocar uma resonator guitar — um instrumento metálico usado no blues tradicional — nem sequer sabia o que era.

E, para complicar, a produção enviou-lhe, por engano, uma lap steel guitar, tocada de forma horizontal.

A reacção foi honesta: “Ups. Estou tramado.”

Depois de corrigido o erro, dedicou-se completamente. “Se me concentrar e praticar como deve ser, consigo aproximar-me.” A disciplina valeu a pena: hoje, muitos fãs perguntam se é realmente ele a tocar — e a surpresa é genuína quando descobrem que sim.

Do Momento Musical à Poética Final

Além de cantar “I Lied to You”, Caton foi convidado a escrever a canção dos créditos finais, “Last Time (I Seen The Sun)”, ao lado de Göransson e Alice Smith. O ponto de partida para a composição foi uma cena comovente do filme: um Sammie idoso, a recordar a noite em que tudo mudou — uma memória tão luminosa quanto trágica.

Essa ideia — a de que momentos perfeitos podem ser esmagados pelo destino — guiou a escrita. “Precisávamos de algo que resumisse o filme e que, ao mesmo tempo, fosse universal. A sensação de dar tudo, porque nenhum dia está garantido.”

Um Fenómeno Que Está Só a Começar

Com nomeações aos Grammy, aclamação crítica e um futuro que parece abrir-se à sua frente, Miles Caton sabe que está num daqueles raros momentos em que tudo muda. Mas continua a ter os pés assentes no chão: “Gosto de estar em casa. Sou caseiro. Mas quando trabalho no que amo, não parece trabalho.”

ler também : Peter Jackson Reabre o Arquivo: A Nova Versão de The Beatles Anthology no Disney+ Traz Imagens Inéditas e Som Renovado

A verdade é simples: há actores que crescem para os papéis. E depois há aqueles que parecem nascer com eles. Miles Caton, em Sinners, pertence à segunda categoria — e o cinema nunca mais será o mesmo depois de o ouvir cantar.

“Wuthering Heights”: O Filme-Sensação de 2026 Que Está a Incendiar a Internet Antes Mesmo de Chegar aos Cinemas

Poucas adaptações literárias geram tanta antecipação (e discórdia) antes de chegarem aos cinemas, mas Wuthering Heights — a nova leitura cinematográfica de O Monte dos Vendavais — conseguiu exactamente isso. Com Margot Robbie e Jacob Elordi a darem vida a Catherine Earnshaw e Heathcliff numa abordagem ferozmente moderna do clássico de Emily Brontë, a realizadora Emerald Fennell prepara-se para dividir opiniões e deixar marca em 2026.

A estreia está marcada para 11 de Fevereiro de 2026, e, a julgar pelas primeiras imagens, Fennell não pretende seguir o caminho tradicional. Depois de Promising Young Woman e do fenómeno visual e polémico Saltburn, a realizadora regressa com uma visão visceral — mais psicológica, mais sensual, mais pop — do romance gótico que há quase dois séculos atormenta e fascina leitores..

ler também : Peter Jackson Reabre o Arquivo: A Nova Versão de The Beatles Anthology no Disney+ Traz Imagens Inéditas e Som Renovado

Uma dupla que promete inflamar o ecrã

Margot Robbie e Jacob Elordi são já o epicentro de toda a discussão online. Na prévia divulgada, os dois surgem envolvidos numa tensão quase eléctrica, acompanhados por “Chains of Love”, de Charli XCX — uma escolha inesperada que injeta pulsação contemporânea num drama originalmente enraizado na ruralidade agreste inglesa.

A reacção do público foi instantânea:

— uns elogiam a ousadia de Fennell,

— outros torcem o nariz ao afastamento do tom clássico.

Mas indiferentes? Praticamente ninguém.

Fennell recusa fazer museu: quer reinvenção

A realizadora deixa claro que não quer recriar fielmente o século XIX, mas reinterpretá-lo. Abandona o romantismo nebuloso e aposta num retrato cru das emoções violentas que definem a relação entre Catherine e Heathcliff: obsessão, dependência, desejo, destruição.

A escolha de Elordi para Heathcliff também acendeu debates entre leitores mais puristas, mas a produção sublinha que este filme é uma nova leitura — não uma reconstituição histórica, e muito menos uma tentativa de agradar à crítica tradicional.

Estética de luxo e ambição autoral

Com fotografia de Linus Sandgren, figurinos de Jacqueline Durran e Margot Robbie também na produção, o filme apresenta-se como uma reinterpretação visualmente poderosa de um dos romances mais selvagens da literatura inglesa.

Fennell parece ter um objectivo claro: pegar na energia devastadora de “O Monte dos Vendavais” e fazê-la vibrar para uma geração que vive, sente e consome histórias com urgência — mas sem paciência para adaptações tímidas.

ler também: Coragem em Primeiro Plano: TVCine Edition Dedica o Dia 29 de Novembro a Quatro Mulheres Que Mudaram o Mundo — No Ecrã e Fora Dele

Um clássico a ferver — outra vez

O que se antevê é uma adaptação que não quer apenas contar a história de Catherine e Heathcliff. Quer reativar o furacão emocional que sempre definiu o livro — e fazê-lo explodir no ecrã, nas redes sociais e, se depender de Fennell, na experiência íntima de quem o vê.

Se este é apenas o efeito do trailer, Fevereiro de 2026 pode muito bem tornar-se uma data marcante no calendário cinematográfico.

Guillermo del Toro Reinventa Frankenstein para a Era da Inteligência Artificial

A nova adaptação do clássico de Mary Shelley estreia hoje na Netflix — também em Portugal — e traz Oscar Isaac e Jacob Elordi num duelo entre criação e destruição, com um olhar feroz sobre os “deuses” da tecnologia moderna.

O monstro mais famoso da literatura volta a ganhar vida — literalmente — pelas mãos de Guillermo del Toro, e a crítica internacional já o descreve como “o Frankenstein que Mary Shelley escreveria se vivesse em 2025”. A aguardada adaptação, estreada hoje na Netflix (disponível também em Portugal), é uma leitura intensa e contemporânea sobre ciência sem ética, ego e responsabilidade, temas que o realizador de A Forma da Água domina como poucos.

ler também: Seth Rogen Revê o Escândalo de The Interview, 11 Anos Depois: “Provavelmente Foi a Coreia do Norte… Mas Talvez Com Ajuda de Americanos”

💀 Um Frankenstein para a era digital

Del Toro transporta o mito clássico para uma leitura moderna, onde Victor Frankenstein (interpretado por Oscar Isaac) surge como uma espécie de génio tecnológico obcecado com a criação — mais próximo de um Elon Musk ou Sam Altman do que de um cientista vitoriano. A crítica do Engadget foi incisiva: “O Frankenstein de Del Toro é o reflexo sombrio dos visionários do Vale do Silício — homens que gritam ‘Está vivo!’ sem se importarem com as consequências.”

Na história, o cientista reanima um corpo morto apenas porque pode, sem medir as implicações morais do ato. A criatura — interpretada com uma vulnerabilidade arrepiante por Jacob Elordi — nasce inocente, mas é rejeitada pelo seu criador, repetindo o ciclo de dor e abandono. A brutalidade física das cenas contrasta com a melancolia do olhar do monstro, num registo visual que é puro del Toro: luxo gótico, sangue e poesia em partes iguais.

⚡ Entre o terror e a tragédia

Desde a sua estreia mundial, Frankenstein tem sido descrito como uma das obras mais pessoais do realizador. Tal como confessou à NPR, Del Toro cresceu fascinado pelo monstro de 1931 — e este filme parece ser o culminar de uma obsessão de infância.

“Ver o monstro pela primeira vez foi uma epifania”, disse o realizador. “Fez-me compreender a minha fé, o meu amor pela vida e o que significa criar algo imperfeito.”

Críticos de publicações como o Variety e o The Guardian destacam o equilíbrio entre espetáculo visual e reflexão filosófica, com um elenco que “transcende a caricatura” — Oscar Isaac como o criador narcisista e Jacob Elordi como a criatura mais humana que o homem que a fez. A atriz Elizabeth, figura trágica e romântica, completa o triângulo emocional num filme que mistura horror, amor proibido e culpa.

🧠 Uma crítica ao mundo moderno

Mais do que um remake, Del Toro transforma Frankenstein num espelho da sociedade contemporânea: a busca incessante por inovação, o poder das corporações tecnológicas e a erosão da empatia humana.

“Porque é que Victor trouxe os mortos de volta à vida? Porque podia”, resume um dos críticos do IndieWire. “E essa é exatamente a lógica que hoje move o Vale do Silício.”

O filme é, assim, tanto um conto gótico como uma fábula sobre a arrogância da inteligência artificial e da biotecnologia, num mundo onde criar deixou de ser um ato de descoberta e passou a ser uma questão de domínio.

Quando questionado sobre o uso de ferramentas de IA no cinema, Del Toro respondeu à NPR sem hesitar:

“Preferia morrer.”

ler também : Viúva Clicquot: A Mulher que Transformou o Champanhe Numa Lenda

🎬 A assinatura de um mestre

Filmado com cenários grandiosos e uma fotografia deslumbrante, o novo Frankenstein tem tudo o que se espera de Del Toro: monstros com alma, beleza na escuridão e uma dor que é, paradoxalmente, profundamente humana.

Disponível a partir de hoje na Netflix, o filme já é considerado uma das estreias do ano — uma história intemporal que, duzentos anos depois, continua a perguntar: quem é o verdadeiro monstro — o criador ou a criatura?

Euphoria Revela Elenco Explosivo Para a 3.ª Temporada — e Há Rostos Que Ninguém Estava à Espera 🌈🔥

Quatro anos depois, a série mais intensa da HBO regressa com Zendaya, novos nomes surpreendentes e uma grande mudança narrativa.

A espera está quase a terminar. A HBO confirmou que a terceira temporada de Euphoria chega na primavera de 2026, após um hiato de quatro anos que deixou milhões de fãs a suspirar. E a promessa é clara: a série vai regressar com tudo — e com muita gente nova.

ver também: Quando Keanu Reeves Quase Se Chamou “Chuck Spadina” — O Dia em Que Hollywood Tentou Mudar o Seu Nome 😅

Um regresso em grande estilo

Zendaya, Sydney Sweeney, Jacob Elordi, Hunter Schafer e Colman Domingo voltam aos seus papéis icónicos, mas o universo de Euphoria vai expandir-se com 18 novas caras que prometem agitar o drama juvenil mais controverso e visualmente deslumbrante da televisão moderna.

Entre os novos nomes estão:

  • Danielle Deadwyler (TillThe Piano Lesson), nomeada para vários prémios de cinema;
  • Natasha Lyonne, estrela de Orange Is the New Black e Poker Face;
  • Eli Roth, realizador e actor de Hostel;
  • Colleen Camp, de American Hustle e Apocalypse Now;
  • Trisha Paytas, cantora e influenciadora que promete ser uma das surpresas mais comentadas;
  • Kwame Patterson (The Wire), Madison Thompson (Ozark), Sam Trammell (True Blood), Rebecca Pidgeon(The Unit) e o ex-jogador da NFL Matthew Willig, entre outros.

Também se juntam ao elenco Bella PodarasGideon AdlonJessica Blair HermanHemky Madera (Spider-Man: Homecoming), Jack Topalian (General Hospital) e até Homer Gere, filho do actor Richard Gere.

Uma nova fase para Rue e companhia

A terceira temporada terá oito episódios e, segundo o The Hollywood Reporter, incluirá um salto temporal — afastando os protagonistas do ambiente escolar para explorar a entrada na vida adulta, com novas tensões e dilemas.

O final da segunda temporada deixou vários fios por resolver: Rue (Zendaya) lutava pela sobriedade, Cassie e Maddy destruíram a amizade e Fezco ficou em suspenso após uma violenta troca de tiros — o que se tornou ainda mais trágico após a morte do actor Angus Cloud, em 2023.

Além disso, Storm Reid, que interpretava a irmã de Rue, confirmou que não regressará.

Novas estrelas e velhos demónios

Para aumentar ainda mais as expectativas, a HBO confirmou que Sharon Stone e Rosalía também se juntam ao elenco, num cruzamento improvável entre Hollywood e o pop internacional.

O criador Sam Levinson, que entretanto trabalhou em The Idol, regressa ao comando da série, prometendo uma abordagem mais madura e “introspectiva”, segundo fontes próximas da produção.

Quatro anos depois, o fenómeno continua

Lançada em 2019, Euphoria tornou-se um fenómeno global — não só pela interpretação arrebatadora de Zendaya (duas vezes vencedora do Emmy), mas também pela ousadia com que trata temas como dependência, sexualidade, trauma e identidade.

ver também : Blue Moon: O Divórcio Mais Famoso da Broadway Ganha Vida no Novo Filme de Richard Linklater 🎭💔

Agora, com este elenco renovado e uma escala mais ambiciosa, a série promete reinventar-se sem perder o caos emocional que a tornou icónica.

A contagem decrescente começou — e 2026 não pode chegar depressa o suficiente.

Frankenstein de Guillermo del Toro: o Monstro Ganha Vida Graças a uma Equipa de Artesãos 🕯️⚡

Há algo de profundamente simbólico em ver Guillermo del Toro a recriar Frankenstein. Afinal, poucas histórias refletem tão bem a essência da arte de fazer cinema: um conjunto de partes distintas — cenários, luz, som, guarda-roupa, interpretação — unidas para criar algo vivo. E é precisamente isso que o realizador mexicano quis fazer com a sua adaptação épica do romance de Mary Shelley: um filme artesanal, feito à mão, como nos velhos tempos de Hollywood.

ver também : Alicia Silverstone e Chris O’Donnell Recordam o Caótico Batman & Robin  — o Filme Que Congelou a Franquia 🦇

“It’s alive!”

A primeira a sentir o impacto foi Tamara Deverell, a diretora de arte. Quando entrou no gigantesco laboratório de Victor Frankenstein — construído num torreão de pedra escocês com uma imponente janela circular — não conseguiu conter o entusiasmo: “Entrei no set e disse… ‘Está vivo!’”.

O laboratório, centro nevrálgico da história, é uma mistura entre gótico e grandioso, com maquinaria detalhada, instrumentos científicos e uma atmosfera que parece pulsar com energia própria. É, nas palavras de Deverell, “um palco de alquimia e loucura criativa” — e o coração físico do filme.

O cinema como um corpo costurado

Guillermo del Toro quis que Frankenstein fosse um “filme feito à mão em escala épica”. Cada detalhe, desde o figurino de Kate Hawley até à luz filtrada pelas janelas trabalhada pelo diretor de fotografia Dan Laustsen, foi pensado em harmonia.

“É um trabalho de sincronia absoluta”, explica del Toro. “Um guarda-roupa pode ser magnífico, mas se não conversar com a luz, não funciona. Tudo precisa de respirar em conjunto.”

A criatura — interpretada por Jacob Elordi — nasceu das mãos do designer Mike Hill, colaborador habitual do realizador. Hill recusou a ideia clássica do monstro remendado e mecânico: “Não queríamos parafusos, nem metal, nem horror explícito. Este é um ser recém-nascido, feito de carne, vulnerável, quase humano. A alma está nos olhos.”

Um monstruoso trabalho de equipa

O guarda-roupa da criatura foi, literalmente, uma produção à parte. Hawley e a sua equipa criaram várias camadas de roupa e ligaduras que evoluem ao longo do filme, refletindo a transformação do monstro — e a passagem por lama, neve, fogo e sangue. “O trabalho tornou-se um monstro em si mesmo”, brinca a figurinista.

Del Toro pediu-lhe que fugisse do estilo de época convencional: “A primeira coisa que me disse foi: ‘Não quero chapéus de época, nem formalismos. Quero algo vivo’.”

Entre tons ricos e texturas orgânicas, o filme recorre aos vermelhos e verdes intensos característicos do realizador, mas também a um azul profundo que domina o vestido de Mia Goth, peça que levou quatro meses a ser aperfeiçoada. “Tudo era uma questão de alquimia entre cor, tecido e luz”, recorda Hawley.

A luz e as trevas

Dan Laustsen, colaborador de longa data de del Toro desde Mimic (1997), voltou a apostar em luz natural e contrastes intensos. Muitas cenas foram iluminadas apenas com velas, criando uma atmosfera densa e intimista.

“Não temos medo da escuridão”, diz Laustsen com orgulho. “A luz tem de ter carácter.”

O resultado são imagens carregadas de névoa, fumo e sombra — uma estética que evoca tanto Crimson Peak como o cinema clássico de terror dos anos 30. Del Toro e Laustsen têm uma sintonia tal que já comunicam por instinto, mesmo quando discutem se o plano deve ser filmado da esquerda ou da direita.

Música de alma e faísca

A trilha sonora de Alexandre Desplat, colaborador de del Toro em A Forma da Água e Pinóquio, completa o corpo do filme. O compositor descreve esta nova parceria como “o terceiro capítulo de uma trilogia emocional”.

“Procurei dar voz à alma silenciosa da criatura”, explica. O resultado é uma partitura que alterna entre grandiosidade e delicadeza, com solos de violino interpretados pela norueguesa Eldbjørg Hemsing.

Na cena em que Victor cria o monstro, Desplat optou por algo inesperado: uma valsa. “Del Toro queria que víssemos aquele momento não como terror, mas como êxtase criativo. Ele está em transe, como um pintor obcecado.”

O renascimento de um clássico

Com estreia marcada para os cinemas e estreia em streaming a 7 de Novembro na NetflixFrankenstein promete ser uma celebração do cinema feito com alma — e do poder do trabalho coletivo.

Cada detalhe, cada centelha, cada peça costurada reflete o que del Toro sempre procurou: humanidade no meio do horror.

ver também : Rachel McAdams e Dylan O’Brien Perdem-se Numa Ilha… e um no Outro em Send Help, o Novo Thriller de Sam Raimi 🏝️🔥

Como o próprio realizador gosta de dizer, sorrindo: “No fim, todos nós somos um pouco Frankenstein.”

O Monte dos Vendavais em Polémica: Adaptação de Emerald Fennell Faz Disparar Vendas do Clássico 📚🎬

A polémica que trouxe Emily Brontë de volta às tabelas

Desde que a Warner Bros. lançou o primeiro teaser da nova adaptação de Wuthering Heights (O Monte dos Vendavais), o clássico de Emily Brontë voltou a estar nas bocas do mundo. E não apenas nas conversas — também nas prateleiras: as vendas do romance de 1847 dispararam na Amazon.

ver também : O Monte dos Vendavais : Margot Robbie e Jacob Elordi inflamam o primeiro trailer do clássico de Emily Brontë por Emerald Fennell

A edição da Wordsworth Classics registou uma subida de 504% em apenas 24 horas, tornando-se o segundo livro de romance gótico mais vendido na plataforma. Já a edição da Penguin Classics, lançada em 2002, viu as suas vendas crescerem 187%, ocupando o 98.º lugar geral de vendas.

O trailer que incendiou as redes

O motivo da súbita procura? O teaser divulgado na passada quarta-feira, que causou controvérsia imediata.

  • Jacob Elordi foi escolhido para interpretar Heathcliff, personagem descrita no livro como de pele escura — uma diferença que gerou acusações de “whitewashing”.
  • Margot Robbie, de 35 anos, foi anunciada como Catherine Earnshaw, apesar de a personagem ser uma adolescente no romance original.
  • O tom do trailer, marcado por olhares lânguidos e uma forte carga erótica, foi apontado por críticos como uma distorção de um enredo que, no livro, se centra em abuso, violência e trauma.

A realizadora Emerald Fennell, vencedora de um Óscar por Promising Young Woman, parece assim preparar uma visão ousada — mas não consensual — da obra-prima de Brontë.

Quando o “efeito Twilight” ressuscitou o clássico

Curiosamente, esta não é a primeira vez que Wuthering Heights conhece uma nova vida graças à cultura pop. Em 2009, o chamado “efeito Twilight” fez as vendas do livro quadruplicarem, depois de ser referido como o favorito da protagonista Bella Swan na saga de vampiros criada por Stephenie Meyer.

A editora Harper Collins aproveitou então o momento e relançou o romance com a tagline “O livro favorito de Bella e Edward”. O resultado? Mais de 34 mil cópias vendidas nesse ano, contra as 8.551 registadas em 2005.

Um clássico incontornável do gótico

O Monte dos Vendavais, a única obra de Emily Brontë, foi inicialmente recebido com críticas frias e comparações desfavoráveis a Jane Eyre, da sua irmã Charlotte. Mas, a partir do século XX, conquistou lugar cativo na literatura mundial, sendo hoje considerado um dos grandes romances góticos de sempre.

O livro já foi adaptado mais de uma dúzia de vezes ao cinema e televisão. A versão de 1939 foi nomeada a sete Óscares, incluindo Melhor Filme, e venceu o de Melhor Fotografia. Perdeu o prémio principal para E Tudo o Vento Levou.

ver também : Amanda Seyfried Brilha em Veneza como Ann Lee: A Feminista Shaker Esquecida pela História ✨🎬

Agora, com Emerald Fennell ao leme e Elordi e Robbie nos papéis principais, o romance volta a dividir opiniões — mas também a provar que continua a ser impossível de ignorar.

O Monte dos Vendavais : Margot Robbie e Jacob Elordi inflamam o primeiro trailer do clássico de Emily Brontë por Emerald Fennell

Mais Bridgerton do que Downton Abbey

Chegou o primeiro trailer de Wuthering Heights, a nova adaptação de Emerald Fennell (Promising Young WomanSaltburn) do romance de Emily Brontë. O tom? Sensual, febril e conscientemente provocador — “mais Bridgerton do que Downton Abbey”, como diria a própria apresentação. A dupla Margot Robbie e Jacob Elordi promete combustão romântica em dose dupla, num filme que aterra nos cinemas a 13 de fevereiro de 2026 (perfeito para o Dia dos Namorados).

ver também: Sophie Turner é a nova Lara Croft no reboot de Tomb Raider da Amazon

O trailer: pão, peles e pulsação

O vídeo abre nos páramos ventosos de West Yorkshire, corta para o rosto de Robbie e, de súbito, mergulha numa gramática táctil e carnal: mãos femininas a amassar pão, costas suadas, Elordi em tronco nu a trabalhar fardos de palha, dedos a passarem por gemas de ovofios de espartilho a apertar (e a romper)dedos em bocas (inclusive… a de um peixe), arreios de cavalo sobre um rosto, e os amantes cara a cara à beira do beijo proibido. Fennell filma o desejo como um ritual, alternando etiqueta de salão e impulsos de celeiro.

Catherine & Heathcliff: o amor que fere

Robbie interpreta Catherine Earnshaw; Elordi é Heathcliff, o forasteiro que desestabiliza as famílias Earnshaw e Linton. O romance de 1847 é um ícone da literatura pela forma como tece amor, classe, violência doméstica e obsessão. Fennell assina argumento, realização e produção, com Robbie também na produção via LuckyChap — é a terceira colaboração entre ambas, depois de Promising Young Woman (Óscar de Argumento Original) e Saltburn.

A polémica do casting e o olhar de Fennell

A cineasta já enfrentou críticas por ter escolhido um ator branco para Heathcliff, descrito no texto de Brontë como “de pele escura” e associado a termos hoje lidos no contexto racial e colonial. A obra original sublinha não apenas a condição social duvidosa do rapaz sem família conhecida, mas também a forma como a diferença (de aparência, origem, classe) alimenta abusos e rejeições. Fica a expectativa sobre como Fennell vai lidar com essa camada — e se a sua estética declaradamente sensual vai conviver com a violência emocional que define o livro.

“É um épico romântico”

Em declarações recentes, Jacob Elordi não poupou elogios: “As interpretações são de cortar a respiração… É um verdadeiro épico. Visualmente deslumbrante, com guarda-roupa e um argumento belíssimos.”

Quem está por trás e quando estreia

O filme é financiado pela MRC, com distribuição da Warner Bros. após disputa acesa pelos direitos. Estreia marcada para 13 de fevereiro de 2026, apontando de forma cirúrgica ao fim-de-semana mais romântico do calendário — ainda que Brontë nos tenha lembrado, há 177 anos, que apaixonar-se em Cimeira dos Ventos raramente é indolor.

ver também :I n the Hand of Dante: Oscar Isaac e um elenco de luxo brilham em Veneza no ousado filme de Julian Schnabel

Glen Powell como James Bond? O Ator Já Respondeu — e a Resposta Não Deixa Dúvidas

Mais uma semana, mais uma vaga de especulações sobre quem vestirá o icónico smoking de James Bond após a saída de Daniel Craig. O mais recente nome lançado para a fogueira foi o de Glen Powell, ator norte-americano de 36 anos, conhecido por Top Gun: MaverickTodos Menos Tu e Tornados.

A sugestão partiu da The Hollywood Reporter, que descreveu a ideia como “inconvencional (e algo absurda)” — a de Powell ser o primeiro ator americano a interpretar 007. A resposta, no entanto, não deixou espaço para imaginações.

ver também : FBI: Most Wanted Chega ao Fim – O Adeus a Uma das Séries Policiais Mais Intensas da Década

“Sou texano. Um texano não deveria interpretar James Bond”, disse Powell, acrescentando com ironia: “A minha família e eu brincamos: posso interpretar Jimmy Bond, mas não deveria interpretar James Bond. Contratem um autêntico britânico para esse trabalho. É ele quem merece usar esse smoking.”

O futuro da saga 007

A recusa de Powell vem numa altura em que a especulação em torno do próximo Bond está ao rubro. Desde fevereiro que a Amazon MGM tem controlo criativo sobre a saga, após mais de 60 anos nas mãos da família Broccoli, e a máquina já está a acelerar para a produção do 26.º filme.

O último título, 007 – Sem Tempo para Morrer (2021), marcou a despedida de Daniel Craig. Agora, cabe ao realizador Denis Villeneuve (Dune) e ao argumentista Steven Knight (Peaky Blinders) dar nova vida ao mais famoso espião britânico.

Quem são os favoritos?

De acordo com a Variety, a Amazon procura um ator britânico com menos de 30 anos — um critério que elimina nomes frequentemente mencionados ao longo dos últimos anos, como Aaron Taylor-Johnson (35), Henry Cavill (42) ou Idris Elba (52).

No topo da lista de preferências surgem:

  • Jacob Elordi (28), australiano de Saltburn — sendo que a nacionalidade não seria um problema, já que George Lazenby também era australiano quando vestiu o smoking em Ao Serviço de Sua Majestade (1969).
  • Tom Holland, britânico e rosto da saga Homem-Aranha, com ligações profissionais diretas à produtora Amy Pascal.
  • Harris Dickinson (29), menos conhecido do grande público mas já escalado para interpretar John Lennon numa das futuras biografias sobre os Beatles.

O suspense continua

Apesar da expectativa, ainda não há datas confirmadas para a produção nem estreia do novo filme. O mistério em torno da escolha do próximo James Bond continua a ser parte do fascínio da saga, alimentando debates entre fãs e imprensa especializada.

ver também : Cinema em Português: O Futuro do Nosso Cinema Ganha Palco no TVCine Edition

Por agora, uma coisa é certa: Glen Powell pode estar na moda em Hollywood, mas não será ele a herdar a licença para matar.

Guillermo del Toro Reinventa o Clássico: Frankenstein Chega aos Cinemas em Outubro Antes da Estreia na Netflix

Guillermo del Toro concretiza finalmente um sonho antigo: levar a sua visão pessoal de Frankenstein para o grande ecrã. A Netflix confirmou que o filme terá estreia nos cinemas a 17 de outubro, em lançamento limitado, antes de chegar à plataforma de streaming a 7 de novembro.

Esta notícia surge como um alívio para os fãs do realizador mexicano, que temiam que o projeto fosse confinado apenas ao streaming. A aposta em dar-lhe uma passagem pelas salas mostra que estamos perante uma obra pensada também para a experiência coletiva do cinema.

ver também : O Filme de Terror Mais Estranho do Ano… É Também uma História de Amor

Um elenco de luxo para um clássico imortal

A adaptação reúne um elenco de peso: Jacob Elordi interpreta a Criatura, enquanto Oscar Isaac dá vida ao cientista Victor Frankenstein. Mia Goth surge como Elizabeth Lavenza e Christoph Waltz assume o papel de Dr. Pretorius, uma das figuras mais sombrias do mito.

A estes juntam-se ainda Felix Kammerer (A Oeste Nada de Novo), Lars Mikkelsen (Ahsoka), David Bradley (Harry Potter), Christian Convery (Sweet Tooth), Ralph Ineson (The WitchNosferatu) e Charles Dance (Game of Thrones).

O projeto de uma vida

Del Toro já tinha revelado, em 2023, no evento TUDUM da Netflix, que Frankenstein era o filme que sempre quis realizar:

“Queria fazer este filme antes mesmo de ter uma câmara”, confessou o cineasta, sublinhando o seu fascínio pela obra-prima de Mary Shelley, publicada em 1818.

A sua abordagem promete ser mais do que uma simples adaptação: será uma reflexão sobre a obsessão científica, o poder e a solidão da criatura que nunca pediu para existir.

Frankenstein no cinema: um mito em constante reinvenção

A história de Mary Shelley tem sido adaptada inúmeras vezes ao longo da história do cinema, e cada versão refletiu a sua época:

  • James Whale (1931) – Foi esta adaptação da Universal que imortalizou a imagem do monstro com a maquilhagem icónica de Boris Karloff, transformando Frankenstein num símbolo do cinema de terror clássico.
  • O Filho de Frankenstein (1939) e os sucessivos filmes da Universal expandiram o mito, mas também cristalizaram o monstro como figura da cultura pop.
  • Mary Shelley’s Frankenstein (1994) – Realizado e protagonizado por Kenneth Branagh, trouxe uma versão mais fiel ao romance, ainda que marcada por um tom melodramático.
  • Entre estas, surgiram leituras mais livres, desde o humor de Abbott and Costello Meet Frankenstein (1948) até versões modernas como Victor Frankenstein (2015).

Guillermo del Toro promete algo diferente: uma versão adulta, gótica e carregada de melancolia, que resgata a essência filosófica e trágica do livro de Shelley. Se Karloff definiu a imagem e Branagh tentou a fidelidade literária, Del Toro parece querer fundir o terror com poesia visual.

Terror gótico com assinatura de autor

Descrito como uma versão “classificada para maiores de 18 anos”, o filme promete não suavizar o lado mais sombrio da história. Sangue, tragédia e reflexão filosófica deverão marcar esta nova leitura, fiel ao espírito do romance original, mas com o toque visual exuberante e gótico que caracteriza o cinema de Del Toro.

Com Frankenstein, o realizador regressa ao território onde sempre brilhou: o cruzamento entre fantasia sombria, horror clássico e uma inesperada ternura pelas suas criaturas marginalizadas. Depois de A Forma da Água — que lhe valeu o Óscar de Melhor Filme —, a expectativa é que este novo projeto seja outro marco da sua carreira.

Uma estreia aguardada

Frankenstein estreia-se nos cinemas a 17 de outubro de 2025, com lançamento mundial na Netflix a partir de 7 de novembro. Para já, a Netflix divulgou também novos posters oficiais, reforçando o tom gótico e melancólico da obra.

ver também : Cillian Murphy Troca Oppenheimer por Professor em Colapso no Novo Drama da Netflix Steve

Preparem-se: este não será apenas mais um filme de monstros, mas sim a versão definitiva de um dos maiores mitos da literatura e do cinema e veja os Posters:

De Garfield a Elordi: A Transformação Relâmpago de Frankenstein nas Mãos de Guillermo del Toro

Com apenas nove semanas para refazer tudo, del Toro trocou Andrew Garfield por Jacob Elordi e criou um monstro… inesperadamente perfeito

🧟‍♂️ Nove meses de trabalho, nove semanas para começar do zero. É este o desafio quase sobre-humano que Guillermo del Toro enfrentou na produção do seu muito aguardado Frankenstein — depois de Andrew Garfield abandonar o papel principal em cima da hora, devido a conflitos de agenda.

ver também : Primeiras Imagens de Frankenstein de Guillermo del Toro Revelam Jacob Elordi Como a Criatura

O realizador revelou os bastidores desta reviravolta numa entrevista recente à Vanity Fair, onde explicou como foi obrigado a descartar todo o design e caracterização feitos com Garfield… para começar do zero com Jacob Elordi. E ainda assim, as coisas não só correram bem — correram melhor do que o esperado.

“O Andrew saiu e o Jacob entrou. E, sinceramente, ele é o actor perfeito para a Criatura,” confessou del Toro. “Temos uma ligação quase sobrenatural. Digo-lhe muito pouco, e ele simplesmente faz.”

Do pânico à epifania: o corpo certo, o olhar certo, o tempo errado

Mike Hill, colaborador habitual de del Toro na caracterização e maquilhagem (The Shape of WaterNightmare Alley), já tinha passado nove meses a trabalhar o visual de Garfield como monstro de Frankenstein. Mas assim que Elordi entrou em cena, viu imediatamente que tinha algo especial entre mãos.

“O que me atraiu nele foi a sua postura. Aquelas mãos, os pulsos, o ar desengonçado. E depois, o olhar: profundo, observador, pestanas longas, pálpebras pesadas, à la Boris Karloff”, revelou Hill. “Tem uma inocência impressionante… mas num corpo com quase dois metros que podia causar estragos se quisesse.”

A pressão era imensa: apenas nove semanas para repensar o monstro e preparar Elordi para um papel icónico. E no entanto, o resultado final foi tão forte que parece ter sido sempre esta a escolha.

Garfield: “Foi decepcionante, mas… talvez ele precisasse mais disto do que eu”

Andrew Garfield, por sua vez, revelou à Deadline que ficou magoado por ter de sair do projecto, mas ficou em paz depois de conhecer o seu substituto.

“Foi decepcionante sair de Frankenstein, mas quando conheci o Jacob senti que era tudo muito… certo. Como se ele precisasse mais desta experiência do que eu. Isso foi bonito de ver.”

A estreia já tem data marcada — e a fasquia está altíssima

Frankenstein, realizado por Guillermo del Toro e produzido pela Netflix, vai ter estreia mundial no Festival de Veneza, onde estará em competição pelo Leão de Ouro. Um palco bem conhecido do realizador mexicano, que já venceu o prémio máximo em 2017 com The Shape of Water.

Após a exibição em Veneza, o filme terá uma estreia limitada em sala antes de chegar à plataforma de streaming em Novembro.

ver também : Frankenstein com Coração? Mia Goth diz que Del Toro vai surpreender toda a gente ❤️⚡

Entre mudanças de última hora, pressão extrema e uma nova interpretação do clássico de Mary Shelley, tudo indica que esta será uma das estreias mais intensas e aguardadas do ano.

Saltburn: Desejo, Privilégio e uma Espiral de Loucura na Alta Sociedade

O filme escandaloso de Emerald Fennell chega finalmente à televisão portuguesa

Preparem-se para perder a cabeça. Literalmente, se possível. Saltburn, o filme que incendiou os festivais, o X (ex-Twitter) e os salões da crítica internacional, estreia-se nos Canais TVCine este sábado, 28 de junho, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+. A realizadora Emerald Fennell, vencedora de um Óscar por Uma Miúda com Potencial (Promising Young Woman), volta a desconstruir os códigos da sociedade — desta vez com humor negro, decadência aristocrática e uma dose generosa de perversidade.

ver também : As 10 Mortes Mais Ridículas em Filmes Dramáticos – Classificadas do “Isto É a Sério?” ao “Não Acredito Que Isto Está a Acontecer” 💀🎬

Um verão, uma mansão e muitos segredos

A história gira em torno de Oliver Quick (Barry Keoghan), um estudante outsider de Oxford que, ao contrário dos seus colegas, não tem fortuna nem estatuto — apenas uma inteligência afiada e uma ambição silenciosa. Quando é convidado por Felix Catton (Jacob Elordi), um colega sedutor e herdeiro milionário, para passar o verão na propriedade da sua excêntrica família, Oliver mergulha num mundo de luxo, excentricidade e vícios muito bem disfarçados.

Saltburn — o nome da propriedade — transforma-se num palco de tensões sociais, fantasias reprimidas e manipulações subtis. Aquilo que parece ser apenas um conto de fadas com cocktails, campos de croquet e festas temáticas transforma-se rapidamente numa dança macabra entre desejo, inveja e poder.

Uma crítica mordaz embalada em estilo

Fennell volta a provar que sabe construir universos desconfortáveis com requinte estético e inteligência dramática. Saltburn é um verdadeiro banquete visual, onde cada plano parece saído de uma pintura barroca embebida em ácido. Mas não se deixem enganar pelo brilho: por trás da fachada aristocrática, a realizadora arranca, camada a camada, a hipocrisia das classes privilegiadas e o fascínio que exercem sobre quem vive fora dessas bolhas douradas.

O filme gerou furor nas redes sociais, com algumas cenas classificadas como “escandalosas” — e com razão. Mas o que verdadeiramente incomoda em Saltburn não é o choque fácil, é a maneira como o choque é usado para desmontar as ilusões do espectador. Esta é uma história de obsessão, de sedução e de autoengano, contada com humor negro e uma elegância venenosa.

Um elenco de luxo e duas estrelas a brilhar

Barry Keoghan entrega aqui uma das suas performances mais perturbantes e fascinantes — um misto de inocência e calculismo, vulnerabilidade e predador silencioso. Jacob Elordi, por sua vez, assume com naturalidade o papel do jovem rico encantador, mas sempre com uma sombra por detrás do sorriso. O elenco secundário é igualmente brilhante: Rosamund Pike como mãe fútil e espirituosa, Richard E. Grant como o patriarca boémio, e Carey Mulligan num papel breve mas memorável.

Uma estreia imperdível

Depois de ter gerado debate e fascínio no circuito internacional, Saltburn estreia finalmente em televisão portuguesa — e com toda a pompa e circunstância. Para quem gosta de filmes que não têm medo de provocar, que misturam sátira, erotismo, tensão psicológica e uma boa dose de loucura aristocrática, esta é uma estreia imperdível.

ver também : Mel Brooks Faz 99 Anos: Os Melhores Filmes do Mestre da Comédia – Classificados do Menos ao Mais Genial

Apareçam no Saltburn — mas não digam que não foram avisados. O verão pode ser longo… e letal.

📺 Estreia: sábado, 28 de junho, às 21h30, no TVCine Top e no TVCine+.

Daisy Edgar-Jones elogia os seus parceiros de cena: “Trabalhei com todos os namorados da internet… e tive muita sorte!”

🎬 A atriz britânica fala sobre Paul Mescal, Glen Powell e outros colegas de elenco – e o que torna estas colaborações especiais.

Daisy Edgar-Jones está prestes a regressar ao grande ecrã com Indomáveis (The Sweet East), ao lado de Jacob Elordi, mas antes disso concedeu uma entrevista à revista Elle que tem dado que falar – e não foi (só) pela roupa de luxo. Numa conversa descontraída, a atriz britânica, que se tornou um fenómeno global com Normal People, elogiou os atores com quem tem trabalhado e brincou com o facto de já ter contracenado com quase todos os “namorados da internet”.

ver também : Quando Carl Weathers Deu Um Murro em Stallone (e Ganhou o Papel)

“Só faltam o Timothée Chalamet e o Austin Butler”, disse entre risos. “Trabalhei com basicamente todos os namorados da internet.”

Apesar do tom bem-humorado, Edgar-Jones não deixou de partilhar uma reflexão mais profunda sobre a sorte que teve no percurso: todos os seus parceiros de cena – de Paul Mescal e Andrew Garfield a Glen Powell – sempre apoiaram o facto de ela ser a verdadeira protagonista das histórias que contaram juntos.

“Glen, Sebastian, Paul… todos eles. Acho que é por isso que são tão bem-sucedidos, tão amados e tão bons: são generosos e realmente servem a história – não o próprio ego.”

A atriz sublinha o privilégio que tem sido trabalhar com atores que não sentem necessidade de disputar o protagonismo, especialmente numa indústria ainda marcada por desequilíbrios de poder. Em Tornados (2024), por exemplo, Glen Powell poderia ter roubado facilmente os holofotes, mas cedeu espaço para que Daisy liderasse a ação. Já em Fresh (2022), com Sebastian Stan, foi ela quem guiou o thriller psicológico. E com Paul Mescal, claro, dividiu o ecrã de forma tão intensa e harmoniosa em Normal People que ambos foram catapultados para o estrelato.

A verdade é que Daisy Edgar-Jones tem protagonizado algumas das histórias mais marcantes dos últimos anos, muitas vezes com os chamados “leading men” do momento a apoiá-la, e não a ofuscá-la. No fundo, como ela própria diz, trata-se de contar boas histórias, e todos os seus colegas, até agora, compreenderam isso perfeitamente.

No entanto, Edgar-Jones admite um certo receio para o futuro:

“Estou nervosa com a possibilidade de vir a trabalhar com alguém que talvez não esteja tão confortável com isso. Pode existir muito ego nesta indústria.”

Por agora, a atriz parece estar a navegar estas águas com elegância e talento – e sem naufrágios à vista. Indomáveis, o seu próximo filme ao lado de Jacob Elordi, estreia em Portugal a 15 de maio e promete dar continuidade à sua já impressionante galeria de performances.

ver também : O Poema Que Fez Chorar Johnny Carson: A Comovente Despedida de Jimmy Stewart ao Seu Cão Beau

🎥 Curioso? Fica atento ao Clube de Cinema para mais novidades sobre Indomáveis, e espreita já os nossos destaques sobre os melhores filmes de Daisy Edgar-Jones até agora.

Jacob Elordi Assume Protagonismo no Novo Filme de Ridley Scott

O imparável Ridley Scott já tem um novo projeto em mãos e encontrou no australiano Jacob Elordi o protagonista ideal para The Dog Stars, um thriller de ficção científica que se passa num futuro pós-apocalíptico. Elordi, que recentemente brilhou em Saltburn e Priscilla, substituirá Paul Mescal, que teve de abandonar o projeto devido a conflitos de agenda.

ver também : Ridley Scott Responde a Tarantino: “Menos Conversa, Mais Filmes!”

De “Gladiador II” para os Beatles: A Saída de Paul Mescal

Inicialmente, o papel principal de The Dog Stars estava destinado a Paul Mescal, o ator irlandês que será a estrela de Gladiador II, também dirigido por Ridley Scott. No entanto, a sua agenda ficou sobrecarregada com um novo compromisso: a antologia de quatro filmes sobre os Beatles que Sam Mendes está a preparar, onde Mescal interpretará Paul McCartney.

Já em dezembro, Scott havia indicado que isso poderia acontecer, levando à busca de um substituto à altura. E esse nome foi encontrado em Jacob Elordi, um dos rostos mais promissores da nova geração de Hollywood.

Jacob Elordi: De “Euphoria” ao Cinema de Prestígio

Jacob Elordi já conquistou Hollywood. Depois de se tornar um ídolo juvenil com A Banca dos Beijos, o ator australiano surpreendeu em Euphoria (HBO), onde interpreta Nate Jacobs, um dos personagens mais complexos e perturbadores da série.

Nos últimos anos, Elordi tem vindo a afirmar-se no cinema com interpretações aclamadas, como em Priscilla (onde viveu Elvis Presley) e no provocador Saltburn. Além disso, já terminou as filmagens de Frankenstein, dirigido por Guillermo del Toro, e está confirmado para a terceira e última temporada de Euphoria, bem como numa nova adaptação de O Monte dos Vendavais ao lado de Margot Robbie.

Agora, sob a direção de Ridley Scott, Elordi dá mais um passo na sua ascensão meteórica.

O Que Sabemos Sobre The Dog Stars?

Baseado no romance homónimo de Peter Heller, The Dog Stars decorre num futuro próximo, onde uma pandemia dizimou a sociedade americana. A história segue um piloto civil que leva uma vida solitária numa base aérea abandonada no Colorado, acompanhado apenas pelo seu cão e um ex-fuzileiro naval. Apesar de serem completamente incompatíveis, os dois homens precisam de confiar um no outro para sobreviver aos invasores itinerantes que ameaçam a sua existência.

O argumento do filme é de Mark L. Smith, conhecido pelo seu trabalho em The Revenant (2015) e pelo recente Tornados.

Ridley Scott Não Abranda

Aos 87 anos, Ridley Scott continua a demonstrar uma energia inesgotável. Com Gladiador II em fase de pós-produção e The Dog Stars a arrancar filmagens na primavera, o cineasta ainda tem outro projeto em mente: um filme sobre os Bee Gees, que deverá começar a ser produzido no outono.

O realizador britânico, responsável por clássicos como AlienBlade Runner e O Último Duelo, continua a provar que a sua paixão pelo cinema não tem limites.

ver também : Ridley Scott e Paul Mescal Juntam-se Novamente em “The Dog Stars”

Expectativas Elevadas

Com um realizador lendário ao leme, um argumento assinado por um dos melhores roteiristas do género e um ator em ascensão como protagonista, The Dog Stars tem tudo para ser um dos filmes mais aguardados dos próximos anos. Será esta a grande prova de fogo de Jacob Elordi como protagonista de blockbusters? E conseguirá Ridley Scott trazer mais um épico inesquecível para o seu já impressionante currículo?

A resposta chega em breve.

Simon Baker Assina com Gersh e Reforça a Sua Presença em Grandes Projetos Cinematográficos e Televisivos

Simon Baker, ator amplamente reconhecido pelo seu papel icónico na série The Mentalist, assinou recentemente com a agência Gersh para representação, um passo significativo numa carreira que continua a prosperar tanto no cinema quanto na televisão. O ator e realizador australiano, que ganhou aclamação internacional com o papel de Patrick Jane, promete um 2025 cheio de projetos de alto nível, solidificando ainda mais a sua posição como um dos talentos mais versáteis da indústria.

ver também : James Gunn Revela Primeiro Poster de “Superman” com Homenagem ao Clássico de Christopher Reeve

Um Palmarés de Sucesso

Baker destacou-se inicialmente em The Mentalist, série que foi transmitida em mais de 130 países e lhe rendeu nomeações ao SAG, Emmy e Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator. No cinema, participou em grandes produções como L.A. Confidential (vencedor de um Óscar), The Devil Wears Prada e Margin Call. Nos últimos anos, Baker tem expandido os seus horizontes, conquistando prêmios como Melhor Ator no Australian Film Critics Association Awards e no Film Critics Circle Awards de 2024, graças ao seu desempenho no filme Limbo, realizado por Ivan Sen.

Projetos Atuais e Futuros

Cinema

Simon Baker está envolvido em vários projetos de destaque. Atualmente, encontra-se a filmar a série da Amazon Scarpetta, onde contracena com nomes de peso como Nicole Kidman, Jamie Lee Curtis e Ariana DeBose. Outro projeto aguardado é Klara and the Sun, uma colaboração com Taika Waititi para a Sony, que inclui um elenco impressionante liderado por Jenna Ortega, Amy Adams e Natasha Lyonne. Além disso, Baker irá brilhar na série limitada The Narrow Road to the Deep North, da Sony, ao lado de Jacob Elordi, com realização de Justin Kurzel.

ver também: Steven Spielberg Regressa à Ficção Científica com “The Dish”: O Que Sabemos Até Agora

Televisão

No campo televisivo, Baker destacou-se recentemente em Boy Swallows Universe, uma série australiana da Netflix baseada no romance semi-autobiográfico de Trent Dalton. A produção alcançou enorme sucesso, tornando-se a série australiana mais vista na plataforma, com 8 milhões de visualizações globais nas primeiras duas semanas.

Produção

Demonstrando a sua faceta de criador, Baker associou-se à Made Up Stories e Lee-Anne Higgins para desenvolver uma adaptação do romance Lioness, de Emily Perkins. Este projeto reforça o seu compromisso em explorar histórias impactantes e diversificadas.

Um Novo Capítulo com Gersh

A decisão de Simon Baker de assinar com Gersh abre novas possibilidades de colaboração com grandes estúdios e realizadores. Conhecida pela sua expertise em representar talentos multifacetados, a Gersh permitirá a Baker ampliar a sua já notável presença na indústria global.

Andrew Garfield Reflete sobre “Spider-Man” e o Futuro da Carreira em Marraquexe

Enquanto membro do júri no Festival Internacional de Cinema de Marraquexe, o ator Andrew Garfield partilhou as suas experiências sobre equilibrar o estrelato de “Spider-Man” com projetos artísticos mais desafiantes. Durante uma conferência de imprensa, Garfield abordou a sua transição de blockbusters para colaborações com cineastas aclamados como Martin Scorsese.

A transição de Spider-Man para Scorsese
Garfield reconheceu que o papel em “Spider-Man” abriu portas, permitindo-lhe trabalhar com realizadores como Scorsese no filme “Silence”. “Acho maravilhoso que um filme de super-heróis tenha facilitado a produção de um projeto tão profundo e espiritual,” disse o ator, refletindo sobre como a popularidade da franquia influenciou o seu percurso.

ver também : Sean Penn Celebra Carreira e Defende Diversidade no Festival de Marraquexe

Colaborações com cineastas internacionais
O ator também destacou o seu entusiasmo por trabalhar com realizadores de diferentes culturas. “Cada experiência é uma oportunidade de ver o mundo através de uma nova lente,” afirmou, mencionando as colaborações com Ramin Bahrani e, mais recentemente, com Luca Guadagnino no thriller “After the Hunt”. Garfield revelou que ele e Guadagnino planeavam trabalhar juntos há 15 anos, o que tornou o projeto especialmente gratificante.

O papel do cinema como linguagem universal
Garfield foi acompanhado por Jacob Elordi, colega no júri, que expressou a sua ambição de colaborar com cineastas de todo o mundo. “O cinema é uma linguagem universal, e o meu sonho é aprender a dizer ‘olá’ em todos os idiomas,” disse Elordi, destacando o impacto transformador do cinema.

Andrew Garfield continua a equilibrar o sucesso comercial com projetos artísticos, reforçando o papel do cinema como ponte entre culturas e ideias.

ver também : Festival de Cinema de Marraquexe 2024: Uma celebração da diversidade cinematográfica

“Euphoria” Retoma Filmagens em 2025: Terceira Temporada Promete Novos Desafios e Exploração de Temas Intensos

Após uma longa pausa, “Euphoria” está finalmente pronta para retomar a produção, com a terceira temporada marcada para iniciar as filmagens em janeiro de 2025, conforme confirmou Casey Bloys, chefe da HBO e Max. A série, que se tornou um fenómeno global com a sua representação crua e estilizada das vidas adolescentes, regressará com o elenco original, incluindo Zendaya, Jacob Elordi, Sydney Sweeney, Hunter Schafer e Colman Domingo, que voltarão aos seus papéis para explorar novos capítulos emocionais e, possivelmente, ainda mais desafiantes.

ver também : Thomas Vinterberg Explora Empatia e Solidariedade numa Distopia Climática em “Families Like Ours”

Embora Bloys tenha desmentido rumores sobre atrasos na produção, confirmando que os guiões já estão prontos e que a equipa está satisfeita com o enredo, pouco se sabe sobre a direção exata da nova temporada. Contudo, os fãs podem esperar que “Euphoria” continue a expandir os temas controversos e os dilemas éticos e emocionais que marcaram as primeiras duas temporadas. A série é conhecida pela forma como aborda questões como o vício, as pressões sociais, a identidade sexual e os traumas, sempre acompanhada de uma cinematografia visualmente rica e uma banda sonora envolvente.

ver também : “The Last of Us” Segunda Temporada Estreia na Primavera de 2025 com Expansão de Elenco e História Intensa

Sam Levinson, criador da série, promete manter o tom provocador e realista que caracteriza “Euphoria”, enquanto explora as camadas mais profundas e sombrias das personagens. Esta nova temporada é aguardada com entusiasmo, especialmente depois do impacto cultural das temporadas anteriores, e os fãs esperam que a série continue a desafiar os limites da narrativa e a apresentar um retrato complexo e por vezes desconfortável da juventude moderna.

“Oh, Canada”: Jacob Elordi Traz Richard Gere de Volta ao Cinema com o Novo Filme de Paul Schrader

Foi lançado o aguardado trailer de Oh, Canada, o novo filme do realizador Paul Schrader, que junta no ecrã Jacob Elordi e Richard Gere, revivendo uma dupla inesperada e cativante que marca um novo capítulo no cinema. Quarenta e quatro anos após American Gigolo, Schrader decide revisitar o carisma de Gere, desta vez com uma abordagem inovadora: Elordi interpreta a versão mais jovem da personagem de Gere, trazendo uma intensidade e magnetismo que já conquistaram os primeiros críticos.

ver também : Ridley Scott Responde a Tarantino: “Menos Conversa, Mais Filmes!”

Paul Schrader, conhecido por filmes que desafiam convenções, revelou que bastou um teste rápido por Zoom para se convencer do talento e carisma de Jacob Elordi, um ator que ganhou notoriedade com a série Euphoria e mais recentemente com os filmes Priscilla e Saltburn. O realizador elogiou a forma como Elordi consegue capturar a essência da personagem, comparando-o ao jovem Gere, cujas interpretações marcantes definiram o cinema de uma época.

O enredo de Oh, Canada centra-se num realizador de documentários (interpretado por Gere e Elordi em diferentes fases da vida) que, consciente do seu tempo a esgotar-se, decide narrar a sua própria história diante das câmaras. Esta narrativa introspectiva promete transportar o espectador numa viagem profunda e emocional sobre a vida, a memória e a arte do cinema. Além de Gere e Elordi, o filme conta com as participações notáveis de Uma Thurman e Michael Imperioli, reforçando o elenco com nomes de peso e aumentando ainda mais as expectativas.

O filme foi apresentado na competição do Festival de Cannes, o que só aumentou o entusiasmo. Em Portugal, os direitos de exibição já foram adquiridos pela NOS, mas a data de estreia ainda não foi anunciada. A expectativa, no entanto, é grande, pois os amantes do cinema aguardam não só pela representação de Gere, mas também para ver como Elordi, um talento emergente, consegue imprimir a sua marca numa narrativa exigente.

Com temas que exploram a relação entre identidade e legado, Oh, Canada promete ser uma das estreias mais intrigantes do ano, apresentando uma reflexão sobre a vida e a arte que certamente ressoará com o público.

ver também : Denis Villeneuve Responde a Quentin Tarantino Sobre “Dune”: “Não Quero Saber”