Jeremy Allen White Está em Todo o Lado: De Springsteen a Sorkin, de “The Bear” à Galáxia Muito, Muito Distante

Jeremy Allen White vive um daqueles períodos em que um actor parece multiplicar-se em várias frentes ao mesmo tempo — e todas elas de alto nível. Com The Bear prestes a regressar ao estúdio, uma transformação intensa para interpretar Bruce Springsteen, uma participação no universo Star Wars e um papel central no novo filme de Aaron Sorkin, o actor norte-americano atravessa talvez a fase mais rica da sua carreira.

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White recebeu a Variety para uma longa conversa e, no meio de pratos para cozinhar no Dia de Acção de Graças e reflexões pessoais, deixou um conjunto de revelações particularmente saborosas para quem acompanha cinema e televisão com atenção. No centro da entrevista, estão três projectos que prometem dominar a conversa nos próximos meses: Deliver Me From NowhereThe Social Reckoning e The Mandalorian & Grogu.

A metamorfose em Bruce Springsteen — sem próteses, sem truques

No papel de Bruce Springsteen no filme Deliver Me From Nowhere, Jeremy Allen White atirou-se de cabeça a um dos maiores desafios da sua carreira. Não quis parecer, mas ser — uma abordagem que o fez recusar a tentação inicial de próteses, incluindo uma possível adaptação dentária que replicaria o ligeiro prognatismo do músico.

O actor procurou fazer o caminho de dentro para fora, mergulhando no momento emocionalmente turbulento que marcou a criação de Nebraska, o álbum mais cru e solitário de Springsteen. O resultado impressionou até o próprio Boss, que chegou a confundir a gravação de White com a sua voz real ao ouvir Mansion on a Hill. Quando o próprio Springsteen diz: “Estás a soarem-te a mim, mas não estás a imitar-me”, é porque algo verdadeiramente especial aconteceu.

White descreve o processo como extenuante, profundamente emocional e totalmente destituído de autocomplacência: “Nunca senti que o tinha ‘apanhado’. Nunca fui para casa a pensar isso”. O peso emocional do papel manteve-o sempre num estado de vulnerabilidade, como se estivesse a habitar o próprio vórtice interior em que Springsteen mergulhou nos anos 80.

Aaron Sorkin convence-o a enfrentar outra figura real

Mal terminou a metamorfose para interpretar Springsteen, White hesitou em aceitar outro papel biográfico. Mas Aaron Sorkin é, compreensivelmente, difícil de recusar. Em The Social Reckoning, continuação espiritual de The Social Network, White interpreta Jeff Horwitz, o jornalista do Wall Street Journal que tem investigado a Meta e Mark Zuckerberg — papel que ficará a cargo de Jeremy Strong.

Sorkin deixou claro desde o início que White não precisava de copiar maneirismos ou aparência de Horwitz. Esta versão é “a história de Sorkin”, baseada na sua leitura dos factos e das figuras envolvidas. Para White, isso significou um raro alívio emocional: “Foi bom não ter de carregar um peso tão grande. Bastava ser fiel ao texto.”

E quem conhece Sorkin sabe: fidelidade ao texto significa ritmo, precisão e diálogo em estado puro.

Do caos da cozinha para o estúdio: “The Bear” regressa já em Janeiro

Uma das notícias mais directas da entrevista: as filmagens da 5.ª temporada de The Bear começam a 5 de Janeiro. White afirma sentir-se mais ligado a Carmy do que alguma vez se sentiu ao seu personagem em Shameless, onde admite que, após algumas temporadas, chegou a entrar num modo quase automático. Com The Bear, garante, isso não acontece. A relação criativa com Christopher Storer mantém-no alerta e emocionalmente envolvido.

A pressão, diz ele, é inevitável. Mas o perigo é sempre maior quando um actor acha que já descobriu tudo. Em Carmy, continua a encontrar novos conflitos, novos medos e novas formas de inquietação — o verdadeiro combustível da série.

Jabba the Hutt… tem um filho. E Jeremy Allen White dá-lhe voz.

Sim, leu bem. No filme The Mandalorian & Grogu, White dá voz a Rotta, o inesperado rebento de Jabba the Hutt. Foi Jon Favreau quem o convidou directamente, num telefonema tão inesperado quanto irresistível. “Sempre admirei o trabalho do Jon”, diz o actor. E, pela primeira vez, aceitou um projecto que as filhas poderão ver.

White confessa que nunca tinha feito dobragem e que Favreau acabou por ajustar a voz para encontrar o equilíbrio certo. Rotta permanece envolto em mistério, mas o actor admite que há partes de si no personagem — e é tudo o que se atreve a dizer.

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Jeremy Allen White está, portanto, na encruzilhada perfeita entre prestígio, risco e relevância. Seja a viver a dor silenciosa de Springsteen, a navegar o moralismo tecnológico de Sorkin, a lutar interiormente com Carmy ou a habitar a estranha família Hutt, a verdade é esta: poucos actores estão, neste momento, a escolher projectos tão variados, exigentes… e deliciosamente imprevisíveis.

Inacreditável Transformação: Jeremy Allen White é Bruce Springsteen em Filme Que Já Tem Data em Portugal

Do sucesso de The Bear ao mito do “Boss”

Depois de conquistar a crítica com The Bear, Jeremy Allen White enfrenta agora o maior desafio da sua carreira: dar vida a Bruce Springsteen no biopic Deliver Me From Nowhere. Realizado por Scott Cooper (Crazy Heart) e baseado no livro de Warren Zanes, o filme mergulha na criação de Nebraska (1982), um dos álbuns mais enigmáticos e intimistas do cantor.

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Springsteen, que vinha do sucesso estrondoso de The River, fechou-se no quarto com um gravador de quatro pistas e produziu um conjunto de canções sombrias e nuas, que chocaram a indústria mas acabaram por se tornar um clássico absoluto. É essa luta entre a pressão das editoras e a fidelidade artística que o filme coloca no centro da narrativa.

Um elenco de luxo e estreia em outubro

Além de White no papel do “Boss”, o filme conta com Jeremy Strong como Jon Landau, o icónico manager de Springsteen. O elenco inclui ainda Paul Walter Hauser, Odessa Young, Marc Maron, Gabby Hoffman, Stephen Graham e Johnny Cannizzaro.

Em Portugal, Deliver Me From Nowhere estreia a 23 de outubro, um dia antes dos EUA, com distribuição em várias salas nacionais.

Música, cinema e legado

Para acompanhar a estreia, Bruce Springsteen prepara também um presente para os fãs: Nebraska ’82: Expanded Edition, uma caixa de cinco discos que traz o álbum remasterizado, a versão elétrica nunca editada, outtakes raros e até um filme-concerto gravado no Count Basie Theatre, em Red Bank, New Jersey.

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Entre a cinebiografia e a celebração musical, este outono será marcado por uma revisitação profunda a um dos capítulos mais fascinantes da carreira de Springsteen. Jeremy Allen White tem agora a missão de mostrar como, por vezes, a maior força de um artista surge na sua vulnerabilidade.

🎸 Emoção em Alta Voz: Stephen Graham Chorou ao Receber Mensagem de Bruce Springsteen

Stephen Graham é, neste momento, o rosto de um dos maiores fenómenos televisivos do ano com Adolescência, a minissérie da Netflix que tem dominado as conversas culturais e batido recordes de audiência. Mas longe das câmaras, o ator britânico viveu recentemente um momento de grande emoção — proporcionado por um dos seus maiores ídolos: Bruce Springsteen.

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Numa entrevista recente ao podcast Soundtracking, Graham contou que chorou ao receber uma mensagem do próprio “Boss”, que o contactou pessoalmente depois de assistir à série. “Estava a correr para o aeroporto e recebi um texto maravilhoso, melhor que qualquer prémio que possa vir a receber”, revelou o ator, com a voz embargada pela memória.

Segundo Graham, a mensagem de Springsteen não foi apenas um gesto de cortesia. Foi uma demonstração sincera de reconhecimento, marcada por uma nota pessoal comovente. O músico agradeceu-lhe pela sua prestação como pai de Jamie em Adolescência, confessando que o seu próprio pai já falecera e que a atuação de Graham o fez sentir que o “revivera”.

“Chorei ao ler a mensagem. Partilhar isso com alguém foi muito bonito. É um homem amabilíssimo”, disse o ator.

De Jamie para Bruce: um pai para cada história

O mais curioso nesta ligação entre os dois artistas? Stephen Graham está neste momento a preparar-se para interpretar o próprio pai de Springsteen no cinema. O filme chama-se Deliver Me From Nowhere e centra-se na criação de Nebraska, o álbum mais cru e introspectivo da carreira do cantor norte-americano — e o primeiro gravado sem a E Street Band. A longa-metragem, que será lançada ainda este ano, foca-se no processo criativo singular que resultou numa das obras mais intimistas e pessoais da discografia de Springsteen.

A escolha de Graham para o papel do pai do “Boss” ganha agora uma carga emocional acrescida, não apenas pela sua capacidade de representar figuras paternas com profundidade e humanidade, como também por este gesto de confiança e agradecimento vindo diretamente de Springsteen.

O ator do momento

Stephen Graham é um dos atores mais respeitados do Reino Unido. Conhecido por performances intensas em obras como This Is EnglandThe VirtuesBoardwalk Empire ou Boiling Point, o ator construiu uma carreira alicerçada na autenticidade e na empatia pelas figuras marginalizadas. Em Adolescência, brilha ao lado de Owen Cooper e Christine Tremarco num drama que aborda temas como o extremismo online, a cultura “incel” e o colapso do diálogo entre pais e filhos numa era saturada de desinformação.

A série, escrita por Jack Thorne e realizada por Philip Barantini, tornou-se num fenómeno instantâneo: bateu recordes de audiência no Reino Unido e acumulou mais de 24 milhões de visualizações a nível global numa só semana. Cada episódio foi filmado num plano-sequência contínuo, uma ousadia técnica que aumentou ainda mais o impacto emocional da narrativa.

Uma ponte entre mundos

A relação entre Graham e Springsteen vai muito além da colaboração cinematográfica. Une-os uma sensibilidade partilhada pelas histórias da classe operária, pela dor invisível dos homens comuns e pela procura de redenção em mundos difíceis. Adolescência e Nebraska falam, cada um à sua maneira, da solidão, da raiva e da esperança que persiste nos lugares mais sombrios.

Que Graham tenha recebido uma mensagem tão íntima e poderosa de Bruce Springsteen não surpreende — é o reconhecimento de um artista para outro. E para os espectadores, é um lembrete comovente de que, por vezes, a arte aproxima mesmo aqueles que nunca se cruzaram… até que uma história os une.

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Jeremy Strong e o Look Mais Excêntrico dos Globos de Ouro – Mas Havia uma Razão Para Isso

Os Globos de Ouro de 2025 não ficaram apenas marcados pelos prémios e discursos emocionantes, mas também por uma escolha de vestuário que se tornou viral: o fato de veludo turquesa e o chapéu a condizer de Jeremy Strong.

O ator, nomeado na categoria de Melhor Ator Secundário por The Apprentice – A História de Trump, perdeu o prémio para o seu colega de Succession, Kieran Culkin, mas garantiu um dos momentos mais comentados da noite graças ao seu visual inesperado.

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A escolha foi tão ousada que até Anne Hathaway, sua amiga e ex-colega de elenco, brincou com a semelhança ao estilo da sua personagem Mia Thermopolis em O Diário da Princesa. No entanto, apesar do choque inicial, as revistas de moda foram generosas na avaliação do look. A Vogue descreveu-o como “louco e divertido”, enquanto a Cut declarou que “é tão mau que pode ser bom – e sabendo o que sabemos sobre Jeremy Strong, provavelmente era exatamente esse o objetivo.”

Afinal, Havia um Motivo Racional

Se muitos pensaram que se tratava apenas de mais um momento excêntrico do ator conhecido pelo seu método extremo de interpretação, a verdade é que a escolha tinha um propósito muito mais prático.

Segundo fontes da Page Six, Jeremy Strong estava simplesmente a esconder o seu visual para um novo filme sobre Bruce Springsteen. O ator interpreta Jon Landau, o histórico empresário do músico, no filme Deliver Me From Nowhere, e precisava de regressar rapidamente às filmagens após o evento.

“O Jeremy está a usar agora o chapéu porque está a interpretar Jon Landau no filme do Bruce Springsteen”, revelou uma fonte.

A mesma fonte explicou ainda que o chapéu serviu para esconder um penteado que seria incompatível com a sua aparência normal nos eventos de Hollywood.

Curiosamente, o visual não foi sequer partilhado com amigos ou colegas antes da cerimónia, tornando a surpresa ainda maior quando Jeremy Strong apareceu na passadeira vermelha.

Um Momento Icónico Para a Moda Masculina?

Seja intencional ou não, o look de Jeremy Strong gerou uma onda de comentários e memes nas redes sociais. No final, o que parecia uma escolha excêntrica foi, na verdade, um disfarce bem pensado para evitar revelar antecipadamente o seu visual no aguardado filme sobre Springsteen.

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E, como já é tradição, Jeremy Strong continua a provar que, dentro e fora do ecrã, nunca faz nada pela metade.

O Impacto de Jeremy Allen White na Nova Biopic de Bruce Springsteen

Jeremy Allen White, conhecido pela sua interpretação em O Urso (The Bear), está a preparar-se para um dos maiores desafios da sua carreira: interpretar Bruce Springsteen numa biopic sobre o lendário cantor. O filme, intitulado Deliver Me from Nowhere, será baseado no livro homónimo de Warren Zanes, que explora a criação do icónico álbum Nebraska, lançado por Springsteen em 1982.

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Durante uma recente conferência de imprensa nos Emmy Awards, onde ganhou o prémio de Melhor Ator Principal numa Série de Comédia, Jeremy Allen White revelou alguns detalhes sobre este novo projeto. “Estou muito entusiasmado para começar”, disse o ator, que também destacou o apoio que tem recebido de Bruce Springsteen e do seu manager, Jon Landau. White mencionou que Springsteen tem sido “muito prestável”, oferecendo-lhe conselhos valiosos sobre como abordar a complexa personagem do famoso músico.

Este filme promete explorar uma fase crucial da carreira de Springsteen, onde ele se afastou das grandes produções para criar um álbum mais introspectivo e cru. O álbum Nebraska é amplamente considerado uma obra-prima pela sua simplicidade e profundidade emocional, o que tornará este projeto particularmente exigente para White, que terá de captar não só a figura pública de Springsteen, mas também a sua vulnerabilidade criativa.

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A rodagem do filme deverá começar em breve, e os fãs de Springsteen estão ansiosos para ver como Jeremy Allen White trará à vida uma das figuras mais influentes da história da música americana.