“Ainda Estou Aqui”: O Filme Brasileiro Premiado em Veneza e nos Óscares Estreia no TVCine Top


As estreias de setembro no TVCine Top começam com um dos filmes mais marcantes e premiados dos últimos anos: Ainda Estou Aqui. Realizado por Walter Salles (Central do BrasilDiários de Che Guevara), o drama biográfico chega ao canal na sexta-feira, 5 de setembro, às 21h30, também disponível no TVCine+.

ver também: Snoop Dogg retrata-se após polémica com Lightyear: “Errei, ensinem-me a aprender”

A história transporta-nos para 1971, no auge da ditadura militar brasileira. Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres) vê a sua vida desmoronar-se após o desaparecimento do marido, um deputado progressista levado pelos militares. Mãe de cinco filhos, recusa-se a ceder ao silêncio imposto pelo regime e inicia uma batalha solitária para provar o assassinato de Rubens. Inspirado nas memórias do filho mais novo, Marcelo Rubens Paiva, o filme ergue-se como um poderoso retrato da resistência feminina face à repressão e à violência política.

A história transporta-nos para 1971, no auge da ditadura militar brasileira. Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres) vê a sua vida desmoronar-se após o desaparecimento do marido, um deputado progressista levado pelos militares. Mãe de cinco filhos, recusa-se a ceder ao silêncio imposto pelo regime e inicia uma batalha solitária para provar o assassinato de Rubens. Inspirado nas memórias do filho mais novo, Marcelo Rubens Paiva, o filme ergue-se como um poderoso retrato da resistência feminina face à repressão e à violência política.

Ainda Estou Aqui conquistou o Óscar de Melhor Filme Internacional em 2025, tornando-se ainda o primeiro filme brasileiro nomeado para Melhor Filme. Antes disso, já tinha sido premiado em Veneza, onde arrecadou o troféu de Melhor Argumento. A interpretação de Fernanda Torres foi igualmente histórica: a atriz tornou-se a primeira brasileira a vencer um Globo de Ouro, 25 anos depois de a sua mãe, Fernanda Montenegro, ter sido nomeada para o mesmo prémio. Montenegro surge também no filme, numa participação especial como Eunice Paiva numa fase mais avançada da sua vida.

ver também: Kim Novak manifesta preocupação com biopic sobre relação com Sammy Davis Jr.

Mais do que uma evocação da repressão, Ainda Estou Aqui é uma celebração da coragem e da persistência contra a injustiça. Um filme imprescindível, que não só eterniza uma história de resistência, mas também consagra o cinema brasileiro no panorama mundial.

📅 Ainda Estou Aqui estreia 5 de setembro, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e no TVCine+.

Portugal, Brasil e uma Invasão de Emoções no Festival de Cinema AVANCA 🎥🇵🇹🇧🇷

“O Palhaço de Cara Limpa” foi o grande vencedor, mas houve prémios (e surpresas) para todos os gostos

ver também : The Naked Gun Está de Volta! Liam Neeson Assume a Herança de Leslie Nielsen e Primeiras Reações São Entusiásticas

O Festival de Cinema de AVANCA voltou a afirmar-se como uma das mais ecléticas e arrojadas celebrações da sétima arte em Portugal — e a 29.ª edição não desiludiu. Entre homenagens a Vasco da Gama, inteligência artificial e poesia em forma de cinema, foram atribuídos 28 prémios e sete menções especiais. A grande vitória? Foi brasileira, claro — e com direito a palhaço.

“O Palhaço de Cara Limpa”: uma fábula triste nas ruas do Recife

O filme “O Palhaço de Cara Limpa”, de Camilo Cavalcante, conquistou o Prémio de Melhor Filme e ainda levou para casa as distinções de Melhor Banda Sonora e Melhor Atriz (para Maria da Guia de Oliveira da Silva). A produção brasileira foi descrita como “um manifesto poético e desesperado sobre o papel da arte num país em crise” — e, francamente, basta isto para nos pôr a correr para a primeira sala de cinema onde o encontremos.

AI, séries, realidades virtuais e… Vasco da Gama

Num festival cada vez mais plural, houve espaço para estreias e experiências tecnológicas. A competição dedicada à inteligência artificial arrancou com o Prémio CIAC entregue a “To the Bones”, de Cláudio Sá, com destaque ainda para “Black Sun” (Taiwan) e “Morphogenesis” (Argentina). A secção de realidade virtual distinguiu “Coded Black”, do Reino Unido.

Nas séries de televisão, “Ghosted MD”, de Jarett Bellucci (EUA), foi a escolhida, e “O Ofício da Solitude – série II”, de Fernando Augusto Rocha, recebeu Menção Especial. O melhor documentário televisivo veio da Bélgica, com “L’acier a coulé dans nos veines”.

Curtas, longas e muitos prémios com sabor lusófono

Portugal também brilhou em várias frentes. “Criadores de Ídolos”, de Luís Diogo, e “Salto”, de Ana Castro, venceram na Competição AVANCA, dedicada a produções da região de Aveiro. “Aqui, em Aveiro”, de Joaquim Pavão, arrecadou o prémio de Melhor Curta de Ficção e “The Gold Bed Deviations”, de Regina Mourisca, destacou-se na Animação.

O Brasil voltou a marcar forte presença com o filme “Bijupirá”, de Eduardo Boccaletti, distinguido com o Prémio Estreia Mundial e o de Melhor Fotografia. Nas curtas, “A Sinaleira Amarela”, de Guilherme Carravetta de Carli, venceu na categoria principal e também na de Melhor Ator, com João Carlos Castanha.

Prémios para todas as idades e latitudes

A jovem realizadora portuguesa Lívia S. Furtado venceu o Prémio de Melhor Cineasta com menos de 30 anos com o filme “A Luz do Mundo”, e Jorge Bodanzky levou o Prémio Sénior com “As cores e amores de Lore”.

O prestigiado Prémio D. Quixote, da Federação Internacional de Cineclubes, foi para o filme iraniano “They Loved Me”, de Mohammad Reza Rahmani — um dos títulos mais premiados da noite, que também brilhou em Direcção de Arte, Argumento e Melhor Atriz Secundária (Luila Bolukat).

E porque o cinema também é conhecimento, a conferência internacional do festival atribuiu o Prémio Eng. Fernando Gonçalves Lavrador aos investigadores mexicanos Jorge Humberto Flores Romero e Juan Carlos Lobato Valdespino.


Uma edição que celebrou a vida — e as suas muitas formas de ser filmada

A 29.ª edição do Festival AVANCA provou, mais uma vez, que o cinema não se esgota na tela. Com júris de nove países, obras de 27 nacionalidades, inteligência artificial em estreia e homenagens com sabor histórico, foi uma verdadeira celebração da criatividade e da diversidade.

ver também : Patos! Estreia no TVCine Top com Dupla Sessão em Agosto

E se “O Palhaço de Cara Limpa” nos lembra que a arte pode ser um grito desesperado, o Festival AVANCA grita, ano após ano, que o cinema é — sempre — um acto de resistência.

🎬 Que venha a 30.ª edição!

Fernanda Torres no Júri de Veneza: Um Regresso Triunfal ao Festival que a Consagrou

🎬 Um ano depois de ter brilhado com Ainda Estou Aqui, Fernanda Torres regressa a Veneza — desta vez do outro lado da cortina. A actriz e argumentista brasileira foi escolhida para integrar o júri principal da 82.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, que decorre entre 27 de Agosto e 6 de Setembro.

ver também: Krypto Está a Salvar o Dia… e a Levar Centenas de Cães para Casa nos EUA 🐾🦸‍♂️

É um regresso com sabor a consagração: em 2024, Ainda Estou Aqui arrecadou o prémio de Melhor Argumento no Lido e acabaria por conquistar o Óscar de Melhor Filme Internacional. Agora, cabe a Fernanda ajudar a decidir quem sucede aos vencedores, ao lado de nomes de peso do cinema mundial.

Um júri com estrelas e autores

O júri que decidirá o Leão de Ouro — o prémio máximo do festival — será presidido pelo realizador norte-americano Alexander Payne, conhecido por filmes como Nebraska ou The Descendants. Juntam-se a ele:

  • A actriz chinesa Zhao Tao, presença marcante no cinema de Jia Zhangke e vencedora do Leão de Ouro com Natureza Morta (2006).
  • O francês Stéphane Brizé, realizador de O Valor de um Homem.
  • A italiana Maura Delpero, autora de Maternal.
  • O romeno Cristian Mungiu, Palma de Ouro em Cannes por 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias.
  • O iraniano Mohammad Rasoulof, cineasta dissidente que ganhou o Urso de Ouro com There Is No Evil.

É um painel que equilibra vozes femininas, olhares autorais e uma diversidade cultural notável — com Fernanda Torres a representar o cinema em língua portuguesa ao mais alto nível.

Horizontes e primeiras obras: Júris alternativos também revelados

Na secção Horizontes, dedicada às novas linguagens do cinema, o destaque vai para a presidente do júri, Julia Ducournau, que venceu a Palma de Ouro em Cannes com Titane. Com ela estarão:

  • O artista visual italiano Yuri Ancarani;
  • O crítico argentino Fernando Enrique Juan Lima;
  • A realizadora australiana Shannon Murphy;
  • E o cineasta e fotógrafo norte-americano RaMell Ross.

Já o júri do Prémio Luigi De Laurentiis, que distingue a melhor primeira obra, será liderado pela britânica Charlotte Wells (Aftersun), com Erige Sehiri (França/Tunísia) e Silvio Soldini (Itália).

Uma edição cheia de simbolismo… e cinema de qualidade

A 82.ª edição do festival abrirá com “La Grazia”, o novo filme do italiano Paolo Sorrentino, e prestará uma homenagem especial à lendária Kim Novak, com a atribuição do Leão de Ouro de Carreira.

E para os amantes do cinema português, há uma pérola imperdível: “Aniki Bóbó”, o primeiro filme de Manoel de Oliveira, será exibido numa secção dedicada a obras-primas restauradas — uma curadoria pessoal do director artístico Alberto Barbera.

Um símbolo do reconhecimento internacional da lusofonia

O convite a Fernanda Torres não é apenas um reconhecimento do seu talento individual — é também um marco para o cinema falado em português num dos palcos mais importantes do mundo. Depois do impacto de Ainda Estou Aqui, este regresso sela um ciclo de afirmação internacional para a actriz e para o cinema brasileiro, num festival que nunca deixou de valorizar o olhar autoral.

ver também: “Rabo de Peixe” Regressa em Grande: 2ª Temporada Chega à Netflix a 17 de Outubro

Com Alexander Payne ao leme, e Fernanda como parte integrante do júri, a edição de 2025 do Festival de Veneza promete um equilíbrio entre tradição e novidade, emoção e reflexão — como só o grande cinema sabe fazer.


Um Céu Amazónico Brilha em Lisboa: filme brasileiro conquista o FESTin ☁️🌳

“Enquanto o Céu Não Me Espera” vence Melhor Longa-Metragem e destaca-se como um grito poético vindo da floresta

Lisboa foi, durante vários dias, o palco onde o cinema em língua portuguesa celebrou as suas múltiplas vozes, paisagens e resistências. E no encerramento da 16.ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, foi o Brasil a erguer bem alto o troféu mais cobiçado.

ver também : “Caneta Canhota” escreve o seu nome na história do Festival Beast 🎬✍️

O filme Enquanto o Céu Não Me Espera, da realizadora Christiane Garcia, conquistou o prémio de Melhor Longa-Metragem, mas não ficou por aí: Irandir Santos e Priscilla Vilela arrecadaram os galardões de Melhor Ator e Melhor Atriz, respetivamente. Um feito triplo que coloca a obra no centro das atenções e confirma o talento multifacetado que pulsa nas margens do Amazonas.

Um rio que respira e um cinema que resiste

O júri não poupou nas palavras ao justificar a distinção: “Em um gesto cinematográfico raro, o filme premiado pelo júri se impõe como uma força da natureza: intenso, urgente e poético.” Ambientado na Amazónia, o filme transforma a paisagem num corpo vivo, onde o rio ganha alma e o próprio ato de respirar se torna resistência. Nas palavras do júri, a realizadora — descrita como “filha da floresta” — não usa o território apenas como pano de fundo, mas sim como matéria-prima da própria narrativa.

Enquanto o Céu Não Me Espera apresenta-se assim como uma experiência sensorial e política, onde a natureza é tanto personagem como metáfora. Um cinema que pulsa, grita e canta.

FESTin: um festival de encontros e confluências

A edição deste ano do FESTin decorreu em diversos espaços de Lisboa, incluindo o Cinema City Campo Pequeno, o Fórum Lisboa, o Liceu Camões e o Avenidas, integrando a rede “Um Teatro em Cada Bairro”. Mas o cinema não foi o único protagonista. Na Galeria Graça Brandão, está patente até ao final do mês a mostra de videoarte Territórios Confluentes, com curadoria de César Meneghetti e Miguel Petchkovsky, reunindo obras breves de artistas oriundos de países lusófonos.

ver também : Jared Leto acusado de má conduta sexual por várias mulheres!

O FESTin continua a afirmar-se como um ponto de encontro essencial para o cinema de língua portuguesa, oferecendo uma janela para realidades tão diversas como a floresta amazónica, os subúrbios lisboetas ou as ilhas atlânticas. Um festival onde as imagens falam em português — com sotaques múltiplos, mas com a mesma paixão pela arte de contar histórias.

🎬 Wagner Moura: A Força Política e Artística de um dos Maiores Actores da Língua Portuguesa

De Salvador para o mundo: um percurso que une carisma, talento e coragem

Nascido em Salvador da Bahia em 1976, Wagner Moura construiu uma carreira marcada por escolhas ousadas, personagens intensas e uma impressionante capacidade de transitar entre o cinema, a televisão e o teatro, sempre com um compromisso artístico e político inabalável.

ver também :  Wagner Moura conquista Cannes com “O Agente Secreto”

🎭 Os primeiros passos no teatro e televisão

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, Wagner Moura começou por se destacar no teatro, onde consolidou a sua formação como actor. As primeiras aparições na televisão vieram no final dos anos 1990, com participações em novelas e séries brasileiras, mas foi no cinema que rapidamente se revelou uma estrela em ascensão.


🎥 O impacto de Tropa de Elite : um capitão chamado Nascimento

A consagração chegou com Tropa de Elite (2007), de José Padilha, onde interpretou o controverso Capitão Nascimento, um polícia do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) no Rio de Janeiro. O filme venceu o Urso de Ouro em Berlim e tornou-se um fenómeno cultural no Brasil, alimentando debates sobre violência policial, justiça social e corrupção.

Em Tropa de Elite 2 (2010), Moura retomou o papel, agora como coronel e secretário de segurança, aprofundando a complexidade da personagem e provando que não se tratava apenas de um sucesso pontual.


🌍 Hollywood e Narcos: a internacionalização

A carreira internacional de Wagner Moura ganhou impulso com papéis em produções como Elysium (2013), ao lado de Matt Damon e Jodie Foster, e Trash (2014), realizado por Stephen Daldry. No entanto, foi como Pablo Escobar na série Narcos (2015-2016), da Netflix, que se tornou uma figura global.

Apesar de não ser colombiano, Moura estudou espanhol intensivamente para o papel e entregou uma performance visceral que lhe valeu elogios da crítica e uma nomeação aos Globos de Ouro.


🎬 Actor, realizador e activista

Wagner Moura também enveredou pela realização. A sua estreia como realizador foi com Marighella (2019), um retrato biográfico de Carlos Marighella, guerrilheiro e poeta baiano que combateu a ditadura militar brasileira. O filme, protagonizado por Seu Jorge, enfrentou resistência política no Brasil e foi atrasado na distribuição nacional, tornando-se um símbolo de resistência cultural.


🏆 Cannes 2025: o reconhecimento consagrado

Em 2025, Wagner Moura atingiu um novo patamar ao vencer o prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes pelo seu papel em O Agente Secreto, de *Kleber Mendonça Filho. A sua interpretação de um académico em fuga durante os anos finais da ditadura brasileira foi aclamada como “profundamente comovente”.


🌟 Um actor com voz e consciência

Wagner Moura representa uma rara conjunção entre carisma popular e compromisso político. Nunca escondeu a sua militância, defende causas como os direitos humanos, a liberdade de expressão e a memória histórica. É um dos artistas brasileiros mais respeitados e um símbolo da força cultural do Sul Global.

Do Capitão Nascimento ao Pablo Escobar, de realizador engajado a vencedor em Cannes, Moura construiu uma carreira que é, ela própria, um acto político. E ainda agora está a aquecer.

🎬 Festival de Cannes 2025: Palma de Ouro para Jafar Panahi e dupla vitória brasileira com O Agente Secreto

Filme iraniano It Was Just an Accident leva o prémio máximo, enquanto Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho brilham com a produção luso-brasileira

O Festival de Cannes 2025 terminou com um palmarés marcado por escolhas politicamente carregadas, estreias intensas e um forte destaque para o cinema de língua portuguesa. O realizador Jafar Panahi foi galardoado com a Palma de Ouropela obra It Was Just an Accident, um drama clandestino filmado em Teerão e baseado em testemunhos reais de prisioneiros políticos.

ver também : 🎬 Wagner Moura conquista Cannes com “O Agente Secreto”

Panahi, que esteve preso até recentemente e filmou sem autorização, emocionou ao receber o prémio das mãos de Cate Blanchett, numa das cerimónias mais impactantes dos últimos anos. Foi também a primeira vez em 15 anos que o cineasta pôde comparecer presencialmente em Cannes.


🌿 

O Agente Secreto: duas distinções para o Brasil (e Portugal)

A produção O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, recebeu os prémios de Melhor Realização e Melhor Actor, este para Wagner Moura, pelo seu papel como um especialista em tecnologia em fuga da repressão durante a ditadura militar brasileira.

O filme, já distinguido com o prémio FIPRESCI da crítica internacional, foi aclamado pela sua densidade política e atmosfera de suspense. É também uma coprodução com Portugal (via Nitrato Filmes), tendo estreia prevista para breve nas salas portuguesas.

🏆 Outros destaques do palmarés oficial:

  • Grande PrémioSentimental Value, de Joachim Trier, com Renate Reinsve e Stellan Skarsgård
  • Prémio do Júri (ex aequo):
    • Sirât, de Oliver Laxe
    • Sound of Falling, de Mascha Schilinski
  • Melhor ActrizNadia Melliti por La Petite Dernière, no papel de Fatima, jovem muçulmana a descobrir a sua sexualidade
  • Melhor ArgumentoJeunes Mères, dos irmãos Dardenne
  • Prémio Especial do JúriResurrection, de Bi Gan
  • Câmara de OuroThe President’s Cake, de Hasan Hadi (Iraque)
  • Menção HonrosaMy Father’s Shadow, de Akinola Davies Jr.
  • Melhor Curta-MetragemI’m Glad You’re Dead Now, de Tawfeek Barhom
  • Menção Honrosa (Curta)Ali, de Adnan Al Rajeev

🎥 Cinema português sem prémios nas curtas

As curtas-metragens Arguments in Favor of Love, de Gabriel Abrantes, e A Solidão dos Lagartos, de Inês Nunes, ficaram fora do palmarés. Ainda assim, a presença portuguesa foi sentida através da coprodução de O Agente Secreto e na performance premiada de Cleo Diára (em Un Certain Regard).

⚡ Uma edição marcada por apagões e diversidade

A cerimónia de encerramento decorreu sob tensão, após um apagão de cinco horas e meia em Cannes causado por um acto de sabotagem. O Palácio do Festival manteve-se operacional graças ao seu próprio gerador.

ver também : 🎬 Honey Don’t!: Ethan Coen regressa a Cannes com uma comédia noir queer

O júri, presidido por Juliette Binoche, contou com nomes como Halle BerryJeremy StrongHong Sang-sooPayal Kapadia e Carlos Reygadas — um grupo plural que reflectiu a diversidade cultural e estética do palmarés entregue.

🎬 Wagner Moura conquista Cannes com “O Agente Secreto”

Actor brasileiro vence prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes 2025 pelo papel de Marcelo, um académico em fuga durante a ditadura militar brasileira

O actor brasileiro Wagner Moura foi distinguido com o prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes 2025 pela sua interpretação no filme O Agente Secreto, realizado por Kleber Mendonça Filho. O filme também arrecadou o prémio de Melhor Realização, consolidando-se como uma das obras mais aclamadas desta edição do festival. 

ver também : 🎬 Honey Don’t!: Ethan Coen regressa a Cannes com uma comédia noir queer

🕵️‍♂️ Um thriller político ambientado nos anos 70

O Agente Secreto é um thriller político que se desenrola em 1977, durante os anos finais da ditadura militar no Brasil. A história acompanha Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um professor universitário que se vê forçado a fugir de São Paulo para Recife após se tornar alvo do regime autoritário. Em Recife, Marcelo procura reencontrar o filho e acaba envolvido numa rede de espionagem e conspirações políticas. 


🎭 Uma performance aclamada pela crítica

A actuação de Wagner Moura foi amplamente elogiada pela crítica internacional. O jornal The Guardian descreveu o filme como “um brilhante drama brasileiro sobre um académico em fuga nos anos 70”, destacando a performance de Moura como “profundamente comovente e convincente”.  


🎉 Uma ovação de pé em Cannes

A estreia mundial de O Agente Secreto em Cannes foi recebida com uma ovação de pé de 13 minutos, um dos momentos mais memoráveis do festival deste ano. O filme foi amplamente aclamado pela sua abordagem estilizada e crítica à repressão política da época, misturando elementos de suspense, drama e sátira. 

🇧🇷 Um marco para o cinema brasileiro

A vitória de Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho em Cannes representa um marco significativo para o cinema brasileiro no cenário internacional. Ambos já haviam colaborado anteriormente em projectos que exploram temas sociais e políticos do Brasil, e O Agente Secreto reforça essa parceria criativa. 

ver também : 🕶️ Aaron Taylor-Johnson será o próximo James Bond? Tudo aponta nessa direcção

📅 Estreia nos cinemas

O Agente Secreto tem estreia prevista nos cinemas brasileiros ainda em 2025, com distribuição da Vitrine Filmes. Em Portugal, ainda não foi confirmada uma data oficial de estreia para O Agente Secreto, mas é expectável que o filme chegue às salas nacionais no segundo semestre de 2025, após o circuito de festivais internacionais e da estreia no Brasil.Nos Estados Unidos, o filme será distribuído pela Neon, enquanto no Reino Unido, Índia e restante da América Latina, a distribuição ficará a cargo da MUBI. 

🎬 “O Agente Secreto”: Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho Conquistam Cannes com Thriller Político

Filme brasileiro sobre a ditadura militar recebe 13 minutos de aplausos e entra na corrida pela Palma de Ouro

O cinema brasileiro brilhou intensamente no Festival de Cannes 2025 com a estreia mundial de O Agente Secreto, novo filme de Kleber Mendonça Filho protagonizado por Wagner Moura. O thriller político ambientado nos anos 1970 foi ovacionado com 13 minutos de aplausos, consolidando-se como um dos favoritos à Palma de Ouro. 

ver também : 🎬 Cannes em Modo Wes Anderson: Estreia de “The Phoenician Scheme” Deslumbra e Ganha Fôlego para a Palma de Ouro

🎥 Uma História de Resistência e Memória

Ambientado em 1977, durante a ditadura militar brasileira, o filme acompanha Marcelo (Wagner Moura), um professor universitário que retorna a Recife para reencontrar o filho mais novo. Ao chegar, depara-se com uma cidade sob intensa vigilância do regime autoritário, mergulhando em uma rede de espionagem e conspirações. A narrativa explora temas como repressão política, vigilância estatal e identidade, traçando um retrato crítico da sociedade brasileira da época. 

🎭 Elenco Estelar e Produção Internacional

Além de Moura, o elenco conta com Maria Fernanda CândidoGabriel LeoneIsabél ZuaaAlice Carvalho e o alemão Udo Kier, cuja presença remete à relação da América Latina com ex-nazistas refugiados. A produção é uma coprodução entre Brasil, França, Alemanha e Países Baixos, com distribuição da Vitrine Filmes no Brasil. 

🎞️ Estilo Visual e Referências Cinematográficas

Kleber Mendonça Filho imprime sua marca autoral ao filme, mesclando suspense, drama e elementos de thriller. A estética remete ao cinema dos anos 1970, com cores vibrantes e referências visuais potentes, oferecendo uma crítica inovadora sobre o esquecimento dos crimes do passado. A cidade de Recife e o carnaval são elementos-chave que contextualizam o relato, com cenas memoráveis e o uso de gravações antigas que conectam passado e presente. 

🎤 Repercussão e Expectativas

Após a exibição, Kleber Mendonça Filho subiu ao palco visivelmente emocionado e agradeceu à equipe e aos atores, destacando a diversidade humana representada no filme. A recepção calorosa e os elogios da crítica internacional posicionam O Agente Secreto como um forte candidato não apenas à Palma de Ouro, mas também a futuras premiações internacionais. 

ver também : 🌍 Magalhães: Gael García Bernal Encabeça Épico Histórico com Selo Português Estreado em Cannes

🏆 Ainda Estou Aqui faz história: após vencer o Óscar, conquista o Prémio Platino de Melhor Filme Ibero-Americano

O cinema brasileiro vive um momento histórico. Após conquistar o Óscar de Melhor Filme Internacional, Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi o grande vencedor da 12.ª edição dos Prémios Platino, realizada a 27 de abril de 2025, em Madrid.  O filme venceu em todas as categorias em que estava nomeado: Melhor Filme Ibero-Americano, Melhor Realização e Melhor Atriz para Fernanda Torres. 

ver também : 🎬 Alexander Payne preside ao Júri do Festival de Veneza 2025 e prepara novos projetos surpreendentes

🎬 Uma história de memória e resistência

Baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, Ainda Estou Aqui retrata a vida de Eunice Paiva, mãe do autor, que enfrentou a perda do marido, o deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar brasileira.  O filme aborda temas como a memória, a luta por justiça e a resiliência diante da repressão. 

Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, foi amplamente elogiada pela sua performance, vencendo o Globo de Ouro e o Satellite Award de Melhor Atriz em Drama, além do Prémio Platino.  

🌍 Reconhecimento internacional

Além dos Prémios Platino e do Óscar, Ainda Estou Aqui também foi premiado com o Goya de Melhor Filme Ibero-Americano e recebeu seis prêmios do Gold Derby Awards.  A produção tornou-se a primeira brasileira a vencer o Óscar de Melhor Filme Internacional, marcando um feito inédito para o cinema lusófono.  

🇧🇷 Orgulho nacional

A vitória de Ainda Estou Aqui tem sido celebrada como um marco para o Brasil, destacando a importância do cinema na preservação da memória histórica e na promoção de debates sobre justiça e democracia.  O presidente Lula da Silva descreveu o filme como “um orgulho para o nosso cinema, nossos artistas e, principalmente, um orgulho para a nossa democracia”.  

ver também : 🧙‍♂️ John Lithgow surpreendido com a polémica em torno de J.K. Rowling: “Porquê tanto alarido?”

“Ainda Estou Aqui faz história em Portugal e faz disparar o preço de casa icónica do filme! 🏡🎬

O impacto de Ainda Estou Aqui está a ser sentido muito além das salas de cinema! O filme de Walter Salles, que conquistou o Óscar de Melhor Filme Internacional, tornou-se um fenómeno em Portugal e está prestes a ultrapassar um marco impressionante: mais de 300 mil espectadores nos cinemas nacionais! 🇵🇹🔥

Se a distinção na 97ª edição dos prémios da Academia já era histórica – sendo a primeira vitória do Brasil na categoria –, o sucesso do filme no nosso país prova que o público português se rendeu à emocionante história de Eunice e Rubens Paiva. Desde a estreia a 16 de janeiroAinda Estou Aqui tem conquistado as audiências e só no último fim de semana levou mais 17.610 espectadores às salas de cinema, ficando em segundo lugar entre os filmes mais vistos da semana. 📽️🍿

Este sucesso é tanto mais impressionante porque o grande favorito era Emília Pérez, que chegou aos Óscares com 13 nomeações (o recorde para um filme não falado em inglês). No entanto, foi Ainda Estou Aqui que emocionou o público e garantiu a vitória. Além de Melhor Filme Internacional, o filme concorreu ainda a Melhor Filme e Melhor Atriz (Fernanda Torres), perdendo nestas categorias para Anora.

Mas há mais! O sucesso estrondoso do filme já está a ter consequências inesperadas… A casa onde foi filmado está à venda – e por um preço milionário! 🏠💰

Casa de “Ainda Estou Aqui” torna-se atracção e dispara de valor!

Com a vitória nos Óscares e a crescente popularidade do filme, os fãs têm feito verdadeiras romarias até ao bairro da Urca, no Rio de Janeiro, onde se situa a moradia que serviu de cenário para a história da família Paiva. 😲📍

Esta vivenda de 460 metros quadrados, com quatro suítes, quatro salas e jardim, estava inicialmente à venda por 13,9 milhões de reais (cerca de 2,27 milhões de euros). No entanto, com a nomeação para os Óscares, o preço disparou para 20 milhões de reais (cerca de 3,27 milhões de euros) – e a vitória só deverá aumentar ainda mais o valor! 💸🔥

Curiosamente, a casa original onde viveu a família Paiva já não existe. Ficava no bairro do Leblon, a 10 quilómetros da Urca, mas foi demolida nos anos 80 para dar lugar a um condomínio de luxo. Para o filme, Walter Salles e a equipa procuraram uma casa próxima do mar que transmitisse a essência das vivendas cariocas da década de 70. O resultado foi tão fiel que Nalu Paiva, filha de Eunice e Rubens, declarou que a casa ficou “igualzinha” à sua antiga morada.

Se quiserem visitar esta relíquia cinematográfica, basta dar um passeio até à esquina da rua João Luís Alves com a rua Roquete Pinto, no Rio de Janeiro. Mas atenção, se estiverem a pensar comprá-la… preparem a carteira! 😅💰

Um sucesso sem fim!

O impacto de Ainda Estou Aqui continua a crescer e promete manter-se por muito tempo. Com uma história poderosa, um elenco de luxo e uma realização envolvente, este filme tornou-se uma referência no cinema contemporâneo – e agora até influencia o mercado imobiliário! 📽️🏡

E vocês, já viram Ainda Estou Aqui? O que acharam deste fenómeno? Partilhem a vossa opinião nos comentários! 👇😉

🎭 Óscares 2024: “Ainda Estou Aqui” é o favorito para Melhor Filme Internacional, segundo Variety e EW

🏆 O Brasil pode fazer história nos Óscares! As previsões finais das revistas Variety e Entertainment Weekly (EW)colocam o filme Ainda Estou Aqui como o grande favorito para vencer na categoria de Melhor Filme Internacional, superando o musical francês Emília Pérez.

ver também : Bong Joon-ho e o único género que nunca irá explorar no cinema

📢 A incerteza paira sobre Hollywood

Entertainment Weekly já previa esta vitória desde 5 de fevereiro, pouco depois da polémica em torno da protagonista de Emília PérezKarla Sofía Gascón, que viu antigas publicações nas redes sociais tornarem-se um problema sério para a sua campanha aos Óscares. Agora, a Variety também aposta no filme brasileiro de Walter Salles, que tem sido um sucesso tanto no Brasil como em Portugal.

🎬 Outras categorias e previsões surpreendentes

Se no Melhor Filme Internacional há um consenso crescente, noutras categorias a competição está ao rubro! A EW já mudou a sua aposta para Melhor Atriz, escolhendo Mikey Madison (Anora) em vez de Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui), embora reconheça que Demi Moore (A Substância) também tem fortes hipóteses – esta última é a escolha da Variety.

🔮 Previsões para os principais prémios:

• 🎥 Melhor Filme: Anora

• 🎬 Melhor Realizador: Sean Baker (Anora)

• 🏅 Melhor Ator: EW aposta em Timothée Chalamet (A Complete Unknown), enquanto a Variety escolhe Adrien Brody (O Brutalista)

• 👏 Melhor Atriz Secundária: EW aposta em Zoë Saldaña (Emília Pérez), mas a Variety surpreende ao escolher Isabella Rossellini (Conclave)

• 🎭 Melhor Ator Secundário: Ambos os meios apostam em Kieran Culkin (A Verdadeira Dor)

📽️ O poder do cinema brasileiro

Ainda Estou Aqui já ultrapassou os 5 milhões de espectadores no Brasil e em Portugal é o filme brasileiro mais visto desde 2004, com 282 mil espectadores. O filme mergulha na ditadura militar brasileira (1964-1985), contando a história do político Rubens Paiva, preso, torturado e morto pelo regime, e da sua mulher, Eunice Paiva, interpretados por Selton Mello e Fernanda Torres. Baseia-se no livro de Marcelo Rubens Paiva, filho do casal, narrando não só a brutal repressão da época, mas também a força e resiliência da família.

📅 Contagem decrescente para os Óscares!

97.ª edição dos Óscares acontece já no dia 2 de março, em Los Angeles, com apresentação de Conan O’Brien. Em Portugal, a cerimónia será transmitida pela RTP1 e pela plataforma Disney+, com acompanhamento ao minuto e análise dos principais momentos da noite.

🔍 Com 13 nomeações, Emília Pérez lidera a corrida, seguida por O Brutalista e Wicked (10 nomeações), Conclave e A Complete Unknown (8), Anora (6), e Dune – Duna: Parte 2 e A Substância (5).

Gene Hackman (1930-2024): O Último dos Grandes Duro na Queda do Cinema Americano

🎬 Quem levará a estatueta dourada para casa? Façam as vossas apostas! 🍿✨

Fernanda Montenegro e Fernanda Torres Fazem História: A Segunda Dupla “Mãe e Filha” Nomeada para Melhor Atriz nos Óscares 🎭🌟

A temporada de prémios de 2025 trouxe um marco histórico para o Brasil e para o mundo do cinema. Fernanda Montenegro e Fernanda Torres tornaram-se a segunda dupla de mãe e filha, em 97 anos de história dos Óscares, a ser nomeada na categoria de Melhor Atriz. Com esta conquista, as atrizes brasileiras inscrevem os seus nomes numa lista de feitos raros que celebram não só talento, mas também legado familiar.

ver também : 10 Filmes de Serial Killers dos Anos 1990 que Merecem Mais Reconhecimento

Um Momento Histórico para o Brasil 🇧🇷✨

Ainda Estou Aqui, o filme brasileiro que encantou a crítica, já tinha atraído atenção ao conquistar nomeações para Melhor Filme e Melhor Filme Internacional. No entanto, o verdadeiro destaque mediático veio com a nomeação de Fernanda Torres para Melhor Atriz. Esta conquista reviveu memórias de quando Fernanda Montenegro foi a primeira latina-americana nomeada na mesma categoria por Central do Brasil (1998), uma performance icónica que perdeu para Gwyneth Paltrow em A Paixão de Shakespeare.

Este feito é ainda mais significativo ao demonstrar a força do cinema brasileiro em contar histórias universais, em português, e ao reafirmar a relevância das duas Fernandas como figuras centrais do panorama artístico internacional.

A História Familiar dos Óscares 🎥👩‍👧

Fernanda Montenegro e Fernanda Torres entram agora para um clube exclusivo, ao lado de Judy Garland e Liza Minnelli, que foram a primeira dupla de mãe e filha nomeada para Melhor Atriz. Garland foi nomeada por Nasce Uma Estrela(1954) e Minnelli conquistou a estatueta com Cabaret, Adeus Berlim (1972).

Outras duplas notáveis incluem Janet Leigh (Psycho, 1960) e Jamie Lee Curtis (Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo, 2022), bem como Diane Ladd e Laura Dern, que fizeram história ao serem nomeadas pelo mesmo filme, Rosa, uma Mulher de Fogo (1991).

O Significado Deste Feito 🎭🌟

Para além de um reconhecimento do talento individual, esta nomeação reflete a longevidade e a força do legado de Fernanda Montenegro, que continua a inspirar novas gerações de artistas. Fernanda Torres, por sua vez, reafirma-se como uma atriz de destaque global, seguindo os passos da mãe e mostrando que o talento pode, de facto, ser hereditário.

Este momento histórico é um testemunho da importância de preservar histórias familiares e culturais, celebrando não apenas o cinema, mas também a capacidade das artes de unir gerações e inspirar milhões.

este : Os Melhores Filmes de Ficção Científica Desde a Pandemia: 10 Obras Que Definem o Género na Atualidade

“Ainda Estou Aqui” Faz História nos Óscares: Uma Celebração do Cinema e da Resistência 🎥✨

O cinema brasileiro alcançou um marco histórico com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, ao conquistar três nomeações para os Óscares 2025, incluindo Melhor Filme e Melhor Filme Internacional. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, mãe e filha, brilharam em interpretações inesquecíveis da mesma personagem, Eunice Paiva, em fases diferentes da sua vida. Para o Brasil, este é um momento de celebração cultural digno de um evento desportivo mundial. 🇧🇷🏆

ver também : Benedict Cumberbatch: Entre o Universo Marvel, Sundance e a Busca por Novos Horizontes no Cinema

Nomeações que Ecoam na História do Cinema Brasileiro 🌟🎬

Fernanda Torres, nomeada a Melhor Atriz, deu vida a Eunice Paiva, uma figura central da história recente do Brasil, conhecida pela sua luta pela verdade durante a ditadura militar. A sua mãe, Fernanda Montenegro, também assumiu o papel em etapas mais avançadas da personagem, numa performance que simboliza resiliência e força. Nas redes sociais, as reações de ambas viralizaram, cativando o público com mensagens emocionantes.

Com esta conquista, o filme coloca o Brasil novamente no mapa do cinema mundial, algo que não acontecia desde Central do Brasil(1998), também de Salles e protagonizado por Montenegro. Esta obra, baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, não só celebra a história de uma mulher extraordinária, mas também destaca a força coletiva de uma equipa criativa dedicada.

Concorrência de Peso e Reconhecimento Global 🌍🎥

Ainda Estou Aqui enfrenta uma forte concorrência. Na corrida a Melhor Filme, terá de superar produções de renome como Dune – Duna: Parte Dois e Wicked, enquanto na categoria de Melhor Filme Internacional disputará contra títulos como Emília Pérez (França) e A Rapariga da Agulha (Dinamarca). A nomeação de Fernanda Torres para Melhor Atriz coloca-a lado a lado com estrelas internacionais como Demi Moore (A Substância) e Cynthia Erivo (Wicked), um feito extraordinário para uma atriz brasileira.

Ainda assim, o impacto de Ainda Estou Aqui transcende a competição. O filme não só resgata a memória de Eunice Paiva e do seu legado, como também destaca a relevância de histórias locais no cenário global, mostrando que o cinema brasileiro pode emocionar o mundo.

Reações que Transbordam Emoção e Orgulho 🥹🇧🇷

Fernanda Montenegro, aos 95 anos, descreveu este momento como “um ganho cultural para o Brasil” e exaltou a parceria criativa com Walter Salles. Em vídeo, Fernanda Torres emocionou-se ao relembrar a jornada do filme, destacando a força de Eunice Paiva como inspiração. “Foi um filme feito na felicidade”, afirmou, agradecendo à equipa e ao escritor Marcelo Rubens Paiva por tornar este projeto possível.

Este momento é mais do que uma celebração cinematográfica. É uma reafirmação da capacidade do Brasil de produzir histórias universais, que tocam corações em qualquer parte do mundo.

ver também : “Horizon 2” Ganha Nova Vida com Estreia nos EUA: O Que Esperar da Saga de Kevin Costner

Um Futuro Brilhante para o Cinema Brasileiro 🌟🎞️

Com três nomeações históricas, Ainda Estou Aqui marca uma nova era para o cinema brasileiro, que renasce com força no panorama global. Independentemente do resultado na noite dos Óscares, este momento já é uma vitória, celebrando não só a arte, mas também a história e a resiliência de um povo.

Fernanda Torres encanta Jimmy Kimmel com história hilariante sobre o Globo de Ouro no aeroporto

A atriz Fernanda Torres, recentemente laureada com o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama pelo filme Ainda Estou Aqui, protagonizou um momento inesquecível na última edição do programa Jimmy Kimmel Live, ao partilhar uma história insólita que viveu num aeroporto dos Estados Unidos.

Um Globo de Ouro… e muitas gargalhadas

Fernanda começou por explicar que, devido à falta de tempo, não conseguiu entregar o pesado prémio ao produtor responsável por levá-lo de volta ao Brasil. Assim, viu-se na situação de transportá-lo na bagagem de cabine, algo que lhe valeu um momento inesperado no controlo de segurança.

ver também : Mel Gibson surpreendido com nomeação como Embaixador de Trump em Hollywood

“O meu marido sugeriu que eu o colocasse na mala de mão, mas avisou-me: ‘Podem achar que é uma bomba’”, contou a atriz, arrancando risos do apresentador e do público.

Ao passar pela inspeção da TSA (a autoridade de segurança nos transportes dos EUA), um agente intrigado questionou-a sobre o conteúdo da mala. “Eu disse: ‘É um Globo de Ouro’”, recordou Fernanda, descrevendo a reação curiosa do agente: “‘Vejo que é um Globo de Ouro. Mas pelo quê? Como ganhou?’ Quando expliquei que era por Melhor Atriz de Drama, ele respondeu: ‘Parabéns! Já trabalhei na indústria do cinema, mas tive que sair pela minha sanidade.’ E escolheu ser um segurança da TSA!”

Uma nova faceta do humor de Fernanda Torres

Conhecida pelo seu talento dramático e presença marcante no cinema brasileiro, Fernanda mostrou mais uma vez o seu lado descontraído e espirituoso, provando ser uma das figuras mais cativantes da atualidade. O público americano, que já a conhecia pelo reconhecimento recente, ficou encantado com a leveza e o carisma da atriz.

Com o seu Globo de Ouro como símbolo do talento e reconhecimento internacional, Fernanda Torres não só brilhou no grande ecrã, mas também conquistou o público em mais uma arena: o talk show norte-americano.

ver também : David Lynch: Uma Vida em Filme – As Obras que Definiram um Visionário do Cinema 🎥✨

Se domina o inglês recomendamos que vejam a entrevista aqui

Ano de Retoma: Cinemas de Portugal e Brasil Batem Recordes e Enfrentam Desafios

O ano de 2024 marcou um período de contrastes para o cinema em Portugal e no Brasil. Se por um lado o mercado brasileiro bateu recordes de salas de exibição e crescimento do público, por outro, em Portugal, o número de espectadores caiu ligeiramente, mas a receita de bilheteira manteve-se estável. O cinema continua a ser um reflexo da cultura e do comportamento do público em cada país, e os números comprovam essa dinâmica.

ver também : Alec Baldwin Processa Procuradores do Novo México por Difamação no Caso “Rust”

Portugal: Menos Espectadores, Receita Estável

Segundo dados revelados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), em Portugal o número de espectadores nas salas de cinema caiu 3,8% em 2024 face ao ano anterior, totalizando 11,8 milhões de bilhetes vendidos. Ainda assim, a receita bruta de bilheteira manteve-se praticamente inalterada, crescendo ligeiros 0,4% e fixando-se nos 73,2 milhões de euros, justificado pelo aumento do preço médio dos bilhetes.

Embora o mês de dezembro tenha apresentado um crescimento impressionante de 27,1% no número de espectadores e um aumento de um terço na receita — tornando-se o melhor dezembro desde 2018 —, os resultados anuais não conseguiram recuperar as perdas do período pós-pandemia. Para comparação, em 2019, último ano antes da crise sanitária, os cinemas portugueses registaram 15,5 milhões de espectadores, um número significativamente superior ao de 2024.

A liderança do mercado de exibição em Portugal continua a pertencer à NOS, com uma quota de 68,2%, seguida pela UCI (10,7%) e pela Cineplace (6,7%). A NOS viu o número de espectadores cair 4% face a 2023, mas compensou com um aumento de 0,7% na receita.

Entre as 391 longas-metragens estreadas em Portugal, 112 eram de origem norte-americana, dominando o mercado com 72,8% do público, enquanto os filmes europeus, que totalizaram 202 lançamentos, atraíram apenas 12,9% dos espectadores.

O ‘top 10’ dos filmes mais vistos no país reflete essa tendência, sendo totalmente preenchido por produções de Hollywood. O grande vencedor foi “Divertida-Mente 2”, que conquistou 1,3 milhões de espectadores. Seguiram-se “Deadpool & Wolverine”, com 611 mil entradas, e as animações “Gru – O Maldisposto 4” e “Vaiana 2”, que juntos somaram pouco mais de um milhão de bilhetes vendidos.

O Cinema Português em 2024: “Balas & Bolinhos” No Topo

O cinema nacional teve um desempenho modesto, mas um título destacou-se: “Balas & Bolinhos: Só Mais Uma Coisa”, de Luís Ismael, foi o filme português mais visto do ano, com 248 mil espectadores e 1,6 milhões de euros em receitas. A nova aventura do grupo de amigos alcançou o oitavo lugar entre os filmes portugueses mais vistos desde 2004, aproximando-se dos números do seu antecessor, “Balas & Bolinhos: O Último Capítulo” (2012), que teve 256 mil espectadores.

Outros destaques incluem “Podia Ter Esperado por Agosto”, de César Mourão, com 102 mil espectadores, e “Vive e Deixa Andar”, de Miguel Cadilhe, que levou 31 mil pessoas às salas.

Brasil: Recordes de Público e Salas de Cinema

Se em Portugal o setor enfrentou um ligeiro decréscimo, no Brasil o cenário foi de recuperação e crescimento. Segundo dados da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), 2024 foi um ano de recordes. O país atingiu o maior número de salas de exibição da sua história, acompanhado por um aumento significativo do público.

Os números mostram que o cinema brasileiro continua a recuperar do impacto da pandemia e a consolidar-se como uma indústria em crescimento. O maior número de salas em funcionamento permitiu um acesso mais amplo ao público, resultando num aumento das bilheteiras e no fortalecimento da indústria nacional.

O cinema brasileiro viu algumas das suas produções alcançarem êxitos expressivos. Filmes nacionais ganharam destaque e demonstraram a diversidade do mercado, apostando em géneros variados e explorando novas narrativas para atrair audiências cada vez mais amplas.

O Cinema Nacional em Destaque

Entre os títulos nacionais mais bem-sucedidos em 2024, destacam-se produções que conquistaram não apenas o público, mas também a crítica. O cinema brasileiro demonstrou força tanto nos circuitos comerciais quanto nos festivais internacionais, solidificando a sua presença e mostrando a capacidade de competir com as grandes produções de Hollywood.

O Que Explica as Diferenças?

O contraste entre os mercados português e brasileiro pode ser explicado por vários fatores. No Brasil, a expansão do número de salas de cinema e o crescimento do público refletem um investimento contínuo na indústria cinematográfica. Em Portugal, apesar da estabilidade nas receitas, a diminuição do número de espectadores aponta para desafios como o aumento do preço dos bilhetes e a concorrência do streaming.

Ainda assim, ambos os países partilham um fator comum: o domínio das produções norte-americanas. Nos dois mercados, os filmes de Hollywood continuam a liderar as bilheteiras, o que reforça a necessidade de políticas e incentivos que promovam a produção nacional e estimulem o interesse do público por conteúdos locais.

Perspetivas para 2025

Olhando para o futuro, tanto em Portugal quanto no Brasil, a expectativa é que o cinema continue a recuperar e a adaptar-se às novas realidades do mercado. A aposta em conteúdos nacionais e estratégias inovadoras de distribuição pode ser a chave para um crescimento sustentado.

ver também: Mel Gibson Perde Casa nos Incêndios de Los Angeles e Prevê o Colapso da Civilização

Enquanto Portugal procura recuperar os números pré-pandemia, o Brasil avança com recordes e uma crescente valorização do seu cinema. Resta saber se essa tendência se manterá nos próximos anos e como os dois países poderão aprender com as suas experiências para fortalecer a sétima arte.

“Ainda Estou Aqui” – O Filme Brasileiro Que Está a Caminho dos Óscares e Que Todos Precisam de Ver

O cinema brasileiro está mais uma vez sob os holofotes da temporada de prémios de Hollywood, e tudo graças a Ainda Estou Aqui, o aclamado filme de Walter Salles que conquistou o público e os críticos. Inspirado numa história real da ditadura militar no Brasil, o filme não só resgata um capítulo sombrio da história do país, como também reflete sobre a atual fragilidade da democracia.

Após vencer o prémio de Melhor Argumento no Festival de Veneza, a produção está agora na corrida para uma nomeação ao Óscar de Melhor Filme Internacional, com grandes hipóteses de conseguir ainda mais nomeações, incluindo para Melhor Atriz. Mas o que torna Ainda Estou Aqui tão poderoso?

ver também : Bill Skarsgård Achava Que Tinha Deixado Pennywise Para Sempre… Mas o Palhaço Assassino Nunca o Largou

Uma História de Resistência em Tempos de Opressão

O filme é baseado na história real de Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello), um político de esquerda que foi sequestrado e desapareceu durante a ditadura militar brasileira. A narrativa foca-se na luta incansável da sua esposa, Eunice Paiva, para descobrir a verdade sobre o paradeiro do marido e obter justiça.

Fernanda Torres, que dá vida a Eunice na juventude, descreve o filme como uma obra que vai além da História:

“É um filme sobre o presente.”

Segundo Torres, o filme dialoga diretamente com o Brasil atual, onde figuras políticas chegaram a exaltar a ditadura e a relativizar os horrores do passado.

Walter Salles também reconhece que a intenção inicial do projeto, iniciado em 2016, era revisitar o passado para entender o presente. Mas, à medida que a extrema-direita começou a ganhar força no Brasil, tornou-se evidente que a história de Eunice Paiva era mais relevante do que nunca.

A Relevância Global da Narrativa

Apesar de ser um filme profundamente enraizado na história brasileira, Ainda Estou Aqui ressoou em audiências internacionais. Nos festivais de cinema pelo mundo, a receção foi semelhante à do Brasil, provando que a luta pela verdade e pela democracia é um tema universal.

O realizador recorda um episódio marcante:

“Sean Penn viu o filme no dia da eleição de Donald Trump e, quando o apresentou em Los Angeles, disse que o sorriso de Eunice Paiva era um exemplo de resistência para o que estava a chegar nos EUA.”

A analogia entre o passado da ditadura brasileira e o crescimento do autoritarismo em outros países é inegável. A ascensão de governos que flertam com discursos extremistas e tentam reescrever a história é um fenômeno que se repete, e Ainda Estou Aqui serve como um lembrete de como o preço da liberdade nunca deve ser esquecido.

ver também : Tom Holland Revela que Quase Recaíu Durante as Filmagens de The Crowded Room: “Havia Bastante Animosidade no Set”

Walter Salles, o Mestre do Cinema Brasileiro Está de Volta

Após 15 anos afastado da realização, Walter Salles regressa em grande estilo. O cineasta, responsável por clássicos como Central do Brasil(1998) e Diários de Che Guevara (2004), mostra mais uma vez o seu talento para contar histórias de impacto emocional profundo.

O filme conta ainda com um detalhe simbólico: Fernanda Montenegro, lenda do cinema brasileiro e mãe de Fernanda Torres, interpreta a versão idosa de Eunice Paiva. A atriz, nomeada ao Óscar por Central do Brasil, traz uma camada extra de emoção à narrativa.

Para Salles, Ainda Estou Aqui também tem um significado pessoal. Na adolescência, o realizador frequentava a casa dos Paiva e viveu de perto a brutalidade do regime:

“O dia em que Rubens foi sequestrado para nunca mais ser visto, deixou uma forte impressão. Qualquer que fosse a inocência que tivéssemos, foi perdida naquele dia.”

O Caminho Para o Óscar

A 16 de janeiro, Ainda Estou Aqui chega aos cinemas portugueses, trazendo consigo a expectativa de uma nomeação ao Óscar. A lista de finalistas para Melhor Filme Internacional já inclui a produção, e no dia 17 de janeiro saberemos se a nomeação se confirma.

Salles, no entanto, mantém uma postura realista:

“Os prémios ajudam a trazer mais gente para ver filmes, e isso é ótimo. Se a nomeação acontecer, seria maravilhoso. Se não, a vida continua.”

Mas uma coisa é certa: Ainda Estou Aqui já conquistou o Brasil e o mundo. Agora, resta saber se também conquistará Hollywood.

Conclusão

Mais do que um filme histórico, Ainda Estou Aqui é uma reflexão poderosa sobre a resistência contra regimes opressores e sobre a importância da memória coletiva. Em tempos de polarização política, esta obra surge como um lembrete de que a luta pela verdade e pela justiça não pode ser esquecida.

Seja qual for o destino nos Óscares, uma coisa é garantida: este é um filme que ficará para a História.

Karim Aïnouz e Albertina Carri: Convidados de Honra no Festival Cinelatino em Toulouse

O Festival Cinelatino, um dos mais importantes eventos dedicados ao cinema ibero-americano na Europa, regressa a Toulouse para a sua 37.ª edição, entre os dias 21 e 30 de março de 2024. Este ano, os realizadores Karim Aïnouz, do Brasil, e Albertina Carri, da Argentina, serão os convidados de honra, numa celebração da diversidade e inovação que definem o cinema desta região.

Karim Aïnouz: Uma Voz Global no Cinema Brasileiro

Karim Aïnouz, nascido em Fortaleza, Brasil, em 1966, é conhecido por criar obras profundamente emotivas e viscerais que exploram temas como identidade, memória e pertença. Com raízes brasileiras e argelinas, Aïnouz traz uma perspetiva única ao cinema, alternando entre produções nacionais e internacionais.

Entre os seus trabalhos mais recentes destaca-se “Motel Destino”, que competiu pela Palma de Ouro em Cannes em 2023, e “O Jogo da Rainha” (Firebrand), protagonizado por Jude Law e Alicia Vikander, também apresentado no mesmo festival. A sua longa-metragem de estreia, “Madame Satã” (2002), marcou o início de uma carreira aclamada, vencendo vários prémios internacionais.

Outro destaque da sua filmografia é “Marinheiro das Montanhas” (2021), um documentário profundamente pessoal que homenageia a memória do pai e reflete sobre as suas origens argelinas. Aïnouz continua a ser uma força inovadora no cinema contemporâneo, misturando histórias locais com apelos universais.

Veja também: Prémios Cinetendinha 2024: Homenagem a Isabel Ruth e Celebração do Cinema Português

Albertina Carri: Uma Cineasta que Rompe Barreiras

Albertina Carri, nascida em Buenos Aires, em 1973, é uma das figuras mais ousadas do cinema independente argentino. Conhecida por desafiar convenções e explorar temas marginais como sexo, pornografia e as dinâmicas familiares, Carri construiu uma filmografia provocadora e relevante.

A sua obra mais conhecida, “As Filhas do Fogo” (2018), venceu o prémio de Melhor Filme no Festival de Cinema Independente de Buenos Aires e é um exemplo do seu compromisso em abordar temas que muitas vezes são ignorados no cinema tradicional.

O documentário “Cuatreros” (2017) também se destacou, vencendo o prémio principal nos Premios Sur na sua categoria, consolidando a sua reputação como uma cineasta destemida e inovadora.

Uma Retrospectiva e Muito Mais

Durante o Cinelatino, o público terá a oportunidade de explorar a filmografia de Aïnouz e Carri através de retrospetivas especialmente preparadas para o evento. Além disso, o festival apresenta uma programação rica e diversa, com 150 filmes entre longas e curtas-metragens, incluindo obras de realizadores indígenas, oferecendo uma visão abrangente das histórias e vozes da América Latina.

Uma Nova Casa para o Festival

Devido às obras na Cinemateca de Toulouse, o festival deste ano será realizado em várias salas de cinema da cidade, mas o espírito e a essência do evento permanecem intactos. Com onze filmes já selecionados para a competição oficial, o Cinelatino promete mais uma vez destacar o melhor do cinema ibero-americano.

Uma Celebração do Cinema Ibero-Americano

O Cinelatino é mais do que um festival; é uma plataforma que celebra as múltiplas identidades, tradições e inovações do cinema da América Latina. A homenagem a Karim Aïnouz e Albertina Carri reflete o compromisso do evento em destacar artistas que desafiam as convenções e expandem os horizontes do cinema.

Com uma programação vibrante e a presença de dois realizadores tão distintos, a edição de 2024 do Cinelatino promete ser uma experiência imperdível para os amantes da sétima arte.

Vencedores do Festival de Veneza 2024: Uma Celebração da Diversidade Cinematográfica

A 81.ª edição do Festival de Cinema de Veneza celebrou a diversidade de temas e estilos cinematográficos, com produções de várias partes do mundo a serem distinguidas com os prémios mais importantes. Além da vitória de The Room Next Door, de Pedro Almodóvar, o festival premiou uma série de filmes que abordaram questões políticas, sociais e culturais de grande relevância.

ver também : Pedro Almodóvar Triunfa com “The Room Next Door” no Festival de Veneza

O Leão de Prata, o Grande Prémio do Júri, foi para Vermiglio, da italiana Maura Delpero, uma obra que se desenrola no final da Segunda Guerra Mundial, contando a história de um desertor que chega a uma pequena cidade italiana. O filme foi elogiado pela sua abordagem sensível aos temas da guerra e da reconstrução.

O prémio de Melhor Realizador foi atribuído a Brady Corbet, pelo seu filme épico The Brutalist, que segue a vida de László Tóth, um sobrevivente do Holocausto, ao longo de três décadas. A obra, com uma duração de três horas e meia, destacou-se pela sua ambição cinematográfica e pela poderosa atuação de Adrien Brody.

No campo das interpretações, Nicole Kidman foi premiada como Melhor Atriz pelo seu papel em Babygirl, enquanto Vincent Lindon recebeu o prémio de Melhor Ator por Jouer avec le Feu. Ambos os atores emocionaram o público com os seus discursos, destacando a importância das suas personagens em retratar realidades complexas.

ver também : Filme “Abandonados” de Francisco Manso Ganha Prémio de Direitos Humanos nos EUA

A dupla brasileira Murilo Hauser e Heitor Lorega também subiu ao palco para receber o prémio de Melhor Argumento pelo filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que aborda o desaparecimento de Rubens Paiva durante a ditadura militar no Brasil. Este reconhecimento destacou a presença forte do cinema brasileiro no cenário internacional.