Regina Pessoa regressa ao Pico para celebrar 10 anos do AnimaPIX

A madrinha do festival mais encantador dos Açores volta à ilha com a mesma paixão de sempre pela animação portuguesa

O AnimaPIX está de volta à ilha do Pico este dezembro, e com ele regressa também a sua madrinha — nem mais nem menos que Regina Pessoa, a artista portuguesa mais premiada da história da animação. O festival, que decorre de 1 a 7 de dezembro de 2025 na Biblioteca Auditório da Madalena, celebra uma década de existência e continua fiel ao seu lema: ser “o festival para a criança em todos nós”, celebrando o cinema de animação e o livro ilustrado como pontes mágicas entre gerações.

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Uma década de luz, cor e imaginação

Desde a sua primeira edição, nas escolas do Pico, o AnimaPIX tornou-se uma referência na promoção da cultura cinematográfica nos Açores. Organizado pela MiratecArts, o evento combina o encanto da descoberta com o espírito comunitário que define os melhores festivais de animação: proximidade, partilha e emoção verdadeira.

Regina Pessoa, que assina também a ilustração do cartaz oficial dos 10 anos do festival, regressa à ilha com o mesmo entusiasmo de sempre. “Ser madrinha do AnimaPIX é um privilégio, uma honra, uma dádiva que agarro com o coração”, declarou. “Há muitos festivais de cinema, mas os de animação têm algo de especial — quanto mais pequenos, mais intensos e humanos.”

Regina Pessoa: a força da animação portuguesa

A autora de A NoiteTragic Story with Happy EndingKali, o Pequeno Vampiro e Tio Tomás, A Contabilidade dos Dias é uma das figuras mais importantes da animação mundial. O seu percurso começou em 1992, como animadora nos filmes de Abi Feijó, seu parceiro e cúmplice artístico, e desde então coleciona mais de 150 prémios internacionais — incluindo distinções nos festivais de AnnecyHiroshimaAnnie Awards e nomeações para o Prémio do Cinema Europeu e para os Óscares.

Em 2021, foi eleita pelo Animac entre os três melhores realizadores de animação dos últimos 25 anos — um reconhecimento que coloca o nome de Portugal ao lado dos grandes mestres da animação mundial.

Militância cultural nas ilhas do Atlântico

Regina Pessoa sublinha ainda o papel essencial do AnimaPIX e de Terry Costa, criador do festival e diretor da MiratecArts. “É muitas vezes nesses pequenos lugares remotos que encontramos a verdadeira militância cultural”, afirmou. “Pessoas que, abdicando de quase tudo, se dedicam à arte e à partilha, permitindo que comunidades pequenas experimentem, talvez pela primeira vez, a magia de ver cinema numa sala escura.”

O festival, que já contou com a presença de Regina e Abi Feijó em várias edições, prepara agora uma celebração especial dos seus 10 anos, com uma programação que promete reunir o melhor da animação portuguesa e internacional.

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A programação completa será revelada em breve no site oficial da MiratecArts (miratecarts.com), mas uma coisa é certa: o AnimaPIX volta a transformar o Pico num ponto de luz para todos os que acreditam no poder da imaginação e no cinema como arte de resistência

🌊 Documentário sobre Rabo de Peixe torna-se viral e conquista o top 10 da Netflix em cinco países

Entre aplausos e memes, a história real dos pacotes de cocaína que deram origem à série açoriana voltou a apaixonar — e a surpreender — o público internacional.

O fenómeno de Rabo de Peixe voltou a fazer ondas — desta vez, em formato documental. Maré Branca: A Surreal História de Rabo de Peixe, lançado na Netflix a 17 de Outubro, transformou-se num sucesso inesperado, chegando ao top 10 da plataforma em cinco países, incluindo Portugal, Canadá, Suíça, Croácia e Luxemburgo.

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Tudo começou quando a página britânica Unilad, uma das maiores comunidades digitais do mundo (com mais de 51 milhões de seguidores no Facebook e quase 6 milhões no Instagram), partilhou a insólita história da vila açoriana. O resultado? Um tsunami de visualizações, comentários e memes.

“A Netflix lançou um bizarro documentário sobre como uma vila inteira ficou viciada em cocaína depois de um plano de tráfico correr mal”, dizia a publicação. A frase, tão absurda quanto verdadeira, captou a atenção de milhões de pessoas que nunca tinham ouvido falar de Rabo de Peixe.

Uma história real digna de cinema

O documentário revisita os acontecimentos de 2001, quando um pescador da ilha de São Miguel encontrou dezenas de pacotes de cocaína de alta pureza que deram à costa — e que rapidamente mudaram a vida da comunidade local.

De repente, uma vila pacata viu-se no centro de uma história de crime, dependência e desespero, com as autoridades a correr contra o tempo para controlar o caos. Como resume a sinopse oficial, trata-se de “uma história surreal, mas real, que marcou para sempre os habitantes de Rabo de Peixe”.

Do drama real ao sucesso global

O sucesso do documentário surge depois do fenómeno da série de ficção Rabo de Peixe, criada por Augusto Fraga, que dramatizou os mesmos eventos e se tornou um dos maiores sucessos portugueses da Netflix. Após uma segunda temporada estreada também a 17 de Outubro, já se fala num terceiro capítulo em preparação.

Mas desta vez, o destaque foi mesmo para a história real — e para as reacções bem-humoradas nas redes sociais. “Acho que encontrei o meu próximo destino de férias”, brincou um utilizador. Outro comentou: “Levaram os pacotes de férias a outro nível.”

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Um fenómeno à escala internacional

A publicação da Unilad já soma milhares de partilhas e comentários, ajudando a transformar Maré Branca num fenómeno global. O público internacional ficou fascinado com a mistura de tragédia, ironia e absurdo que caracteriza a história de Rabo de Peixe — um pequeno ponto no mapa que, mais uma vez, conquistou o mundo.

First Date: A Curta-Metragem Açoriana Que Está a Conquistar o Mundo 💙🎬

O NOS Açores celebra o primeiro aniversário com entrada gratuita para o premiado filme de Luís Filipe Borges

O cinema português tem novos ares — ou melhor, novos ventos vindos do Atlântico. Este sábado, 11 de outubro, o NOS Açores, em Ponta Delgada (Centro Comercial Parque Atlântico), celebra o seu primeiro aniversário com a exibição gratuita da curta-metragem First Date, a estreia na realização de Luís Filipe Borges.

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Com duas sessões especiais, às 18h00 e às 20h45, o evento é uma oportunidade rara de ver, no grande ecrã, uma curta que está a percorrer o mundo — e a colecionar prémios em festivais internacionais.

🎟️ A entrada é gratuita, mas a marcação é obrigatória no site oficial: cinemas.nos.pt.

💌 Uma comédia romântica com sotaque açoriano

Vencedor do Globo de Ouro 2025First Date é uma comédia romântica de alma portuguesa e espírito universal.

O filme acompanha Santiago (Cristóvão Campos) e Melissa (Ana Lopes), dois jovens que se conhecem numa rede social. Ela, uma americana fascinada pelos romances de Romana Petri, especialmente os que decorrem na ilha do Pico. Ele, um lisboeta que, para impressionar, finge ser açoriano — até que surge a inevitável pergunta:

“E se o nosso primeiro encontro fosse lá? É a minha terra!”

O que começa como um pequeno engano transforma-se num dilema delicioso, entre a verdade, o amor e a descoberta das raízes.

🌍 Uma curta que conquistou o mundo

Depois da estreia nacional no FEST – New Directors | New Films, em Espinho, First Date já soma 15 prémios e foi selecionado por 30 festivais internacionais, incluindo mostras em Itália, Inglaterra e nos Estados Unidos.

O crítico Rui Tendinha, do CINETENDINHA, definiu o filme como:

“Uma curta que reimagina a comédia romântica à Hollywood. Tem o seu charme e assume-se como uma carta de amor ao Pico.”

Com fotografia luminosa, diálogos inteligentes e um toque de humor muito português, First Date celebra o amor, a mentira inocente e o encanto dos Açores — um dos cenários mais cinematográficos do país.

🍿 Aniversário do NOS Açores com pipocas e entrada livre

Para assinalar o aniversário do Cinema NOS Açores, os espectadores terão entrada gratuita e pipocas incluídas. É uma celebração de cinema feita à boa maneira açoriana — com coração, boa disposição e mar no horizonte.

📅 Sessões: 11 de outubro, às 18h00 e 20h45

📍 Cinema NOS Açores – Parque Atlântico, Ponta Delgada

🎟️ Entrada gratuita mediante reserva antecipadacinemas.nos.pt

💬 Luís Filipe Borges: do humor à realização

Conhecido pelo seu trabalho como humorista, apresentador e guionista, Luís Filipe Borges estreia-se atrás das câmaras com um projeto pessoal e surpreendente — uma história simples, mas filmada com um olhar poético e humano.

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First Date confirma que o “Borges” não perdeu o humor — apenas o refinou em cinema.

Rabo de Peixe: A Verdadeira História — A CMTV Reconstitui o Escândalo Que Marcou os Açores

Do livro ao grande documentário

Depois de inspirar uma série de ficção da Netflix, a história de Rabo de Peixe chega agora em versão documental. Rabo de Peixe: A Verdadeira História estreia a 12 de outubro de 2025 na CMTV, numa produção de cinco episódios (cerca de 25 minutos cada), criada por Rúben Pacheco Correia e realizada por Rúben Lopes, Luís Silva e Nuno Martins.

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A série é baseada no livro Rabo de Peixe – Toda a Verdade (Contraponto Editores), também da autoria de Correia, e promete oferecer o que ainda faltava: o retrato cru e sem filtros de um dos episódios mais marcantes da história recente portuguesa — a chegada de centenas de quilos de cocaína à pequena vila açoriana de São Miguel.

O escândalo contado por quem lá esteve

O documentário distingue-se pelo acesso a testemunhos inéditos, incluindo uma entrevista exclusiva com o dono do veleiro que transportava a droga, atualmente preso no Brasil. Segundo o autor, “encontrar os protagonistas e convencê-los a falar foi o maior desafio”, mas também o passo necessário para repor a verdade sobre o que aconteceu.

Para Carlos Rodrigues, Diretor-Geral Editorial da Medialivre e Diretor da CMTV, trata-se de um marco:

“É o primeiro grande documentário da CMTV. Rabo de Peixe foi uma realidade dura e crua, que tem de ser contada. O que aconteceu ali foi uma tragédia humana, muito para lá da lógica ficcional que embelezou os acontecimentos.”

Entre a investigação e a memória coletiva

Com uma vasta equipa técnica envolvida — desde operadores de câmara e drones a sonoplastia e grafismo —, a produção aposta numa abordagem jornalística e cinematográfica, cruzando depoimentos com recriações dramáticas. O objetivo é duplo: esclarecer o que se passou e honrar a memória de uma comunidade marcada por um episódio que rapidamente extravasou para o imaginário nacional.

Uma carta de amor aos Açores

Rúben Pacheco Correia, nascido nos Açores em 1997, descreve o projeto como “uma carta de amor à minha terra e a Rabo de Peixe”. Além de autor do livro e cocriador da série, é também um dos rostos mais ativos da nova geração açoriana, tendo recebido em 2023 o prémio de Empreendedor do Ano.

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Onde ver

Rabo de Peixe: A Verdadeira História estreia em exclusivo na CMTV a 12 de outubro de 2025, com episódios semanais que prometem prender o público não apenas pela dimensão do escândalo, mas também pela forma como este marcou uma comunidade e um país inteiro.

First Date”: Luís Filipe Borges Faz Estreia no Cinema com Comédia Açoriana que Já Está a Dar Que Falar

🎬 Depois de anos como humorista, apresentador e argumentista, Luís Filipe Borges estreia-se na realização de cinema com First Date, uma curta-metragem rodada inteiramente na ilha do Pico, nos Açores. O filme mistura romance, identidade e enganos num cenário deslumbrante, e tem vindo a conquistar o circuito internacional de festivais — levando consigo uma boa dose de humor e uma ode à cultura açoriana.

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Quando a mentira tem pernas para… voar até ao Pico

First Date é uma comédia romântica centrada em Santiago, um lisboeta que, ao conhecer Melissa — uma americana encantada pelos Açores — decide mentir e dizer que é açoriano. Quando ela propõe que o primeiro encontro aconteça precisamente na ilha do Pico, Santiago vê-se obrigado a manter a farsa… rodeado por locais que conhecem bem a diferença entre um “continental” e um verdadeiro açoriano.

O argumento, escrito com o humor característico de Luís Filipe Borges, mistura equívocos culturais com uma reflexão leve sobre identidade e pertença. É uma história simples, mas cheia de charme — e com o Atlântico como pano de fundo.

O elenco principal conta com Cristóvão Campos (Santiago) e Ana Lopes (Melissa), com participações especiais de Gina Neves e Nuno Janeiro.


Rodado com alma açoriana, premiado além-fronteiras

A curta foi filmada com o apoio dos três municípios da ilha do Pico — Lajes, São Roque e Madalena — e com produção da MiratecArts e da Advogado do Diabo. A antestreia decorreu em janeiro de 2025 no Montanha Pico Festival, onde foi calorosamente recebida pela comunidade local.

Mas o filme não ficou pelas ilhas. Desde então, First Date tem percorrido festivais internacionais com grande sucesso. Arrecadou já o Silver Award e o Prémio do Público no Feel the Reel International Film Festival, na Escócia, além de ter vencido o prémio de Melhor Curta Internacional no Festival Rohip, na Índia.

A estreia norte-americana está marcada para abril de 2025, no New Bedford Film Festival — um palco particularmente simbólico, dada a forte presença da diáspora açoriana na costa leste dos EUA.


Um novo realizador no mapa

A estreia de Luís Filipe Borges atrás das câmaras representa uma viragem curiosa — e bem-sucedida — na sua carreira. Conhecido por projectos como A Revolta dos Pastéis de Nata e Zapping, o apresentador e humorista revela agora uma faceta mais cinéfila, mas sem perder o seu ADN humorístico.

Em declarações recentes, Borges confessou o desejo de continuar a explorar a realização e sublinhou a importância de promover a cultura açoriana no cinema: “Filmar nos Açores não é só mostrar paisagens bonitas — é mostrar as pessoas, os sotaques, os ritmos. É contar histórias com sotaque próprio.”


A comédia romântica portuguesa que fala açoriano

First Date é leve, divertido, visualmente encantador — e uma excelente porta de entrada para o talento narrativo de Luís Filipe Borges como realizador. Com diálogos certeiros, personagens cativantes e aquele toque de absurdo que só o humor português consegue manter com elegância, esta curta-metragem afirma-se como um pequeno grande cartão de visita.

Fica a expectativa: será este o primeiro de muitos encontros de Luís Filipe Borges com o cinema?

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“Honeyjoon”: A Comédia Dramática que Traz os Açores para o Centro do Cinema Independente Mundial

🎬 A ilha de São Miguel, nos Açores, volta a servir de cenário cinematográfico, desta vez pelas mãos da realizadora norte-americana Lilian T. Mehrel. A sua primeira longa-metragem, Honeyjoon, estreia mundialmente em junho no prestigiado Festival de Tribeca — e promete juntar paisagens deslumbrantes com uma história íntima e comovente sobre perda, identidade e reconciliação.

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Mais do que um simples filme rodado em Portugal, Honeyjoon representa uma afirmação criativa de duas vozes femininas: a da realizadora Mehrel, filha de refugiados judeus iranianos, e a da produtora portuguesa Andreia Nunes, fundadora da Wonder Maria Filmes, que continua a colocar o cinema português em destaque no circuito internacional.


Uma história sobre mães, filhas… e começos difíceis

Honeyjoon acompanha Lela, uma mulher curdo-iraniana que, após a morte do marido, embarca numa viagem com a filha adolescente, June. As duas viajam até aos Açores — num misto de fuga e tentativa de recomeço — e aquilo que parecia uma simples escapadinha transforma-se rapidamente numa jornada emocional intensa.

É nos campos verdejantes, crateras vulcânicas e nas falésias da ilha de São Miguel que mãe e filha vão confrontar o passado, reconstruir a relação e redescobrir-se a si próprias. Segundo Mehrel, o filme é “um retrato multigeracional com humor, dor e esperança”, com claras inspirações autobiográficas.


Um elenco internacional com talento português

A protagonista é interpretada por Ayden Mayeri (Somebody I Used to Know), enquanto a mãe, Lela, é vivida por Amira Casar, conhecida por filmes como Call Me by Your Name. O elenco conta ainda com a participação do actor português José Condessa, que continua a cimentar a sua presença em produções internacionais.

A escolha dos Açores não foi apenas estética — foi também emocional. Mehrel descreveu a ilha como um “espaço de cura”, referindo que a ligação com a natureza e o isolamento do arquipélago foram determinantes para a carga simbólica do filme. Para a realizadora, o contraste entre a imensidão da paisagem e o drama íntimo das personagens é essencial para a narrativa.


Do Tribeca para o mundo

Honeyjoon foi o grande vencedor do programa “Untold Stories” do Tribeca Festival, que oferece um milhão de dólares de financiamento a projectos promissores com enfoque em diversidade e novas vozes. Para Lilian T. Mehrel, foi a oportunidade de tornar real um projecto que conjuga herança pessoal com ambição cinematográfica.

A estreia oficial está marcada para junho de 2025 no Festival de Tribeca, em Nova Iorque, e será acompanhada por exibições internacionais. A Wonder Maria Filmes assume a coprodução portuguesa, reforçando a sua missão de contar histórias que cruzam fronteiras, geografias e culturas.


Açores: cada vez mais no mapa do cinema mundial

Depois de obras como Azor (2021) e produções internacionais que escolheram os Açores como cenário, Honeyjoon volta a confirmar o potencial cinematográfico do arquipélago. As paisagens naturais, a luz singular e a riqueza simbólica dos lugares tornam os Açores num palco privilegiado para narrativas que procuram mais do que beleza — procuram alma.

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José Condessa Brilha em Hollywood com “Honeyjoon” nos Açores

José Condessa, um dos talentos emergentes mais promissores de Portugal, junta-se ao elenco de “Honeyjoon”, uma comédia dramática independente realizada por Lilian Mehrel, com apoio do Festival de Tribeca. O filme, que tem parte da sua rodagem na deslumbrante ilha de São Miguel, Açores, promete trazer um toque especial ao panorama do cinema internacional.

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Depois do sucesso com Pedro Almodóvar em “Estranha Forma de Vida”, Condessa reforça a sua presença no cenário internacional, desta vez numa história que cruza culturas e explora temas como luto e reconexão. Em “Honeyjoon”, ele interpreta João, um guia artístico que se torna uma figura-chave na viagem de mãe e filha, Lela (Amira Casar) e June (Ayden Mayeri). A trama, descrita como uma mistura de comédia e introspeção, aborda temas como o movimento curdo “Mulher, Vida, Liberdade” e a busca pela identidade.

A participação de Condessa não é apenas mais um marco na sua carreira; é também um reflexo do crescente interesse de Hollywood em incluir talentos lusófonos. Este é o segundo projeto que o ator grava nos Açores, depois de “Rabo de Peixe”, série que foi um fenómeno na Netflix e já tem terceira temporada confirmada.

A realizadora Lilian Mehrel elogia o elenco pela sua capacidade de unir leveza e intensidade, destacando a versatilidade de Condessa. O filme já se apresenta como um forte candidato a eventos futuros, dada a sua conquista do prémio “Untold Stories” no Festival de Tribeca, garantindo um orçamento de um milhão de dólares e uma exibição de destaque no próximo festival.

Para o público português, o orgulho é duplo: ver um talento nacional brilhar em Hollywood e saber que a beleza natural dos Açores servirá de palco para contar esta história.

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Novo Documentário da Netflix Investiga o Fenómeno Real que Inspirou “Rabo de Peixe”

A Netflix prepara-se para lançar uma série documental que explora a história real que inspirou a aclamada série portuguesa “Rabo de Peixe”. Produzida pela Portocabo Atlântico e dirigida por João Marques, com supervisão criativa de Augusto Fraga, o documentário mergulha nas complexidades de um incidente verídico ocorrido em 2001, quando um veleiro carregado com mais de meia tonelada de cocaína encalhou na costa da ilha de São Miguel, nos Açores. Este acontecimento alterou para sempre a vida da pacata vila de Rabo de Peixe e gerou uma onda de interesse mediático tanto em Portugal como a nível internacional.

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A série de ficção “Rabo de Peixe”, lançada na Netflix em 2023, capturou a essência deste evento ao criar uma história intensa e cativante sobre quatro jovens locais que, ao descobrirem o carregamento, se envolvem numa teia de perigo e crime. No entanto, o novo documentário promete revelar as histórias reais e as repercussões que este incidente teve na comunidade de Rabo de Peixe, onde muitos residentes foram direta ou indiretamente afetados pelo tráfico de droga.

Do Mar para a Comunidade: O Impacto da Droga em Rabo de Peixe

Quando o veleiro encalhou na costa de São Miguel, os habitantes locais descobriram que parte da carga — cocaína embalada em pacotes — havia sido levada pela maré até à vila. O que começou como um incidente isolado rapidamente se transformou num fenómeno social: várias pessoas da vila encontraram pacotes de droga e, em vez de alertarem as autoridades, decidiram consumi-los ou vendê-los para obter dinheiro fácil. Este episódio trouxe uma onda de caos à comunidade, com as autoridades a tentarem controlar uma situação que se descontrolava rapidamente.

O documentário investigará como o aparecimento da droga mudou a dinâmica da vila e como o fenómeno afetou profundamente a juventude local. Em declarações à imprensa, João Marques referiu que a série documental inclui entrevistas com residentes que recordam o impacto deste acontecimento nas suas vidas e as repercussões que ainda hoje sentem. Segundo o realizador, “queremos mostrar que, para muitos, este evento não foi apenas um caso de criminalidade, mas uma viragem nas suas vidas.”

A Popularidade e o Realismo da Série de Ficção

“Rabo de Peixe”, a série de ficção, rapidamente conquistou o público ao tornar-se uma das séries mais vistas em língua não inglesa na Netflix. A autenticidade do enredo e a forma como a história é contada destacam-se, trazendo um olhar refrescante sobre temas que vão além do crime, abordando também a marginalização e as dificuldades da vida nos Açores. A série foi elogiada pela forma como representa uma juventude açoriana que luta para encontrar o seu lugar, marcada por desafios económicos e sociais.

A série documental pretende complementar a narrativa da ficção ao revelar as histórias reais de quem viveu este acontecimento. Com um formato jornalístico, o documentário contextualiza o fenómeno do tráfico de droga nos Açores e explora como este caso se insere num problema mais amplo que afeta várias comunidades costeiras em Portugal e além-fronteiras.

Expectativas e Lançamento

O documentário chega numa altura em que a Netflix continua a apostar em histórias locais com apelo global, uma estratégia que tem ajudado a plataforma a consolidar-se em mercados internacionais. João Marques e Augusto Fraga consideram que o impacto deste documentário poderá sensibilizar o público para as consequências sociais do narcotráfico e destacar a resiliência da comunidade açoriana. O lançamento está previsto para 2024, com expectativas de que possa atrair tanto os seguidores da série de ficção como audiências interessadas em histórias reais de sobrevivência e transformação.

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“Rabo de Peixe” Continuará na Netflix: Terceira Temporada já Filmada

A série portuguesa Rabo de Peixe, uma das produções mais marcantes da Netflix em Portugal, vai continuar a surpreender os fãs com a confirmação de uma terceira temporada. A plataforma de streaming revelou que as filmagens da terceira temporada já foram concluídas, mesmo antes da estreia da segunda, que também já se encontra gravada. Esta notícia trouxe entusiasmo tanto aos fãs como à equipa por detrás desta produção nacional.

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Lançada em maio de 2023, Rabo de Peixe é uma criação de Augusto Fraga, com produção da Ukbar Filmes, e rapidamente se destacou como uma das séries portuguesas mais vistas na Netflix. Inspirada num evento verídico que ocorreu em 2001, a série desenrola-se à volta de quatro amigos que encontram uma grande quantidade de cocaína nas proximidades de Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel, nos Açores, após o naufrágio de um veleiro. Este acontecimento muda drasticamente as suas vidas, à medida que são envolvidos numa investigação policial e num perigoso jogo de poder e ganância.

A terceira temporada, assim como a segunda, foi realizada por Augusto Fraga, em parceria com Patrícia Sequeira na primeira e João Maia na segunda. O elenco inclui nomes conhecidos do cinema e da televisão portuguesa, como José Condessa, Helena Caldeira, Rodrigo Tomás e André Leitão, com participações adicionais de Albano Jerónimo, Maria João Bastos, Pepê Rapazote, Afonso Pimentel e Ricardo Pereira, entre outros.

A série beneficia do novo incentivo financeiro à produção audiovisual em Portugal, o ‘cash refund’, que tem ajudado a impulsionar projetos nacionais e a elevar a qualidade das produções portuguesas no panorama internacional. Rabo de Peixe é um excelente exemplo da capacidade de Portugal produzir conteúdos de alta qualidade que podem competir em plataformas globais como a Netflix.

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Ainda não foi anunciada a data de estreia da segunda temporada, mas os fãs podem esperar que ambas as novas temporadas cheguem ao serviço de streaming em breve, continuando a acompanhar as histórias intensas e emocionantes de um grupo de personagens que se vêem presos numa rede de crime e sobrevivência.