Hotel Amor: A Comédia Portuguesa Que Está a Conquistar o Público

Jessica Athayde brilha num filme rodado num só dia… com hóspedes reais! 🎬🇵🇹

A comédia Hotel Amor acaba de conquistar o título de filme português com melhor abertura de 2025 — e a proeza não foi pequena. Com mais de 3.500 espectadores nas primeiras sessões e uma receita de bilheteira superior a 22.500 euros, o filme de Hermano Moreira provou que o público português continua a gostar de boas histórias contadas com humor e alma.

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Mas o que tem este Hotel Amor de tão especial? Para começar, o filme foi inteiramente rodado no icónico Hotel Roma, em Lisboa… durante um dia normal de funcionamento! Sim, leu bem: hóspedes reais, imprevistos verdadeiros e actores a improvisar em cenários que, literalmente, não podiam ser controlados. Uma ousadia logística que deu ao filme um tom caótico, fresco e muito real.

No centro da história está Catarina, interpretada por uma surpreendente Jessica Athayde. Gerente de um hotel à beira do colapso (emocional e literal), Catarina vê-se forçada a provar o seu valor no espaço de 24 horas — entre funcionários desastrados, hóspedes excêntricos e a visita inesperada de um antigo amor com segredos por resolver.

Com um elenco recheado de caras conhecidas, como Francisco Froes, Vera Moura, Júlia Palha, Igor Regalla, Cléo Malulo e até Marcelo Adnet, Hotel Amor aposta num ritmo acelerado, num humor ora subtil ora escancarado, e num coração emocional que bate forte nas entrelinhas. É um filme que faz rir, sim, mas também toca em temas como o envelhecimento, o cansaço do mundo laboral e os fantasmas do passado que todos carregamos.

A realização de Hermano Moreira, mais conhecido no Brasil, mostra aqui uma notável maturidade ao serviço de um registo difícil: a comédia com alma. E quando o próprio realizador afirma que foi “uma aventura arriscada”, não está a exagerar — o resultado, no entanto, é uma comédia energética, irreverente e com sabor a verão lisboeta.

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Se ainda não visitou o Hotel Amor, está na altura de fazer o check-in. A comédia está em exibição nas salas portuguesas e promete ser uma das grandes surpresas do cinema nacional este ano.

José Martins Conquista Prémio de Melhor Ator em Xangai

“A Memória do Cheiro das Coisas” destaca-se na competição oficial com performance comovente de um veterano ator português

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O prestigiado Festival Internacional de Cinema de Xangai terminou com uma grande vitória para o cinema português: o ator José Martins foi distinguido com o Prémio de Melhor Ator, graças à sua impactante performance no filme A Memória do Cheiro das Coisas, de António Ferreira.

Um papel com peso histórico e emocional

No filme, José Martins dá vida a um veterano da guerra colonial que, forçado a entrar num lar de idosos, se vê confrontado com os fantasmas do passado e estabelece um inesperado laço com a sua cuidadora negra. A história, situada entre a realidade pungente do envelhecimento e os ecos não resolvidos da história colonial portuguesa, é apresentada como um “retrato poético e intimista da fragilidade da condição humana, da inevitabilidade da morte e da busca de redenção”.

Entre a memória e o olfato, um espelho social

Mais do que um drama pessoal, A Memória do Cheiro das Coisas aborda temáticas universais e socialmente urgentes, como o racismo estrutural e o envelhecimento da população. Com coprodução luso-brasileira, o filme foi um dos 12 seleccionados para a competição oficial da 27.ª edição do festival e destacou-se pela sua sensibilidade, linguagem cinematográfica e intensidade emocional.

Um nome incontornável do teatro e agora, do cinema

José Martins, nascido em Lisboa em 1952, é uma figura incontornável do teatro português. Foi um dos fundadores do antigo Grupo de Campolide (actual Companhia de Teatro de Almada), do Teatro da Malaposta e da Companhia Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana, onde continua activo. Esta distinção internacional reforça o valor do seu percurso artístico e representa um momento de consagração merecida para um intérprete que tem sabido manter-se fiel ao rigor da profissão.

Um festival de excelência com nomes de peso

O Festival de Xangai, que decorreu entre 13 e 22 de Junho, contou com a presidência do júri principal a cargo de Giuseppe Tornatore, realizador de Cinema Paraíso. O grande prémio da competição — o Cálice de Ouro de Melhor Longa-Metragem — foi para Black Red Yellow, do Quirguistão, realizado por Aktan Arym Kubat. Entre outros premiados, destaque ainda para Wan Qian como Melhor Atriz (Wild Nights, Tamed Beasts), Cao Baoping como Melhor Realizador (One Wacky Summer), e o documentário espanhol Constanza, que venceu na sua categoria.

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Mas foi o nome de José Martins que pôs Portugal nas manchetes, elevando o talento nacional a um dos maiores palcos do cinema asiático e global.

Box Office Explosivo: ‘28 Years Later’ Morde Forte, mas Dragões Continuam no Topo 🐉🧟

O verão cinematográfico de 2025 está ao rubro, com três gigantes a disputarem o pódio nas bilheteiras norte-americanas. E apesar da chegada de dois pesos pesados — 28 Years Later, de Danny Boyle, e Elio, a nova aposta da Pixar — quem continua a reinar é… How to Train Your Dragon. Sim, o remake em live-action da animação de 2010 segue imparável rumo aos 125 milhões de dólares em receitas domésticas.

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28 Years Later: Os mortos-vivos regressam… com estilo

25 anos depois do icónico 28 Days Later, Danny Boyle está de volta com um novo capítulo da saga apocalíptica: 28 Years Later. A crítica rendeu-se (92% no Rotten Tomatoes), mas o público está mais dividido (69%).

Mesmo assim, o filme estreou com uns respeitáveis 5,8 milhões de dólares em sessões de pré-estreia, garantindo o segundo lugar no feriado de Juneteenth. A Sony prevê uma estreia total entre os 28 e os 30 milhões de dólares, mas as expectativas estão a subir — o tracking aponta para valores ainda mais generosos.

O elenco ajuda à curiosidade: Jodie Comer, Aaron Taylor-Johnson, Jack O’Connell e Ralph Fiennes enfrentam um mundo em ruínas quase três décadas após o colapso civilizacional. A tensão está no máximo e este é apenas o primeiro filme de uma nova trilogia.

👽 Elio: A Pixar sonha com as estrelas, mas arranca com os pés na terra

Do lado da Pixar, a estreia de Elio — a história de um rapaz que viaja para o espaço e tenta comunicar com extraterrestres — teve um começo mais modesto. As pré-estreias renderam 3 milhões de dólares, e as estimativas para o fim de semana caíram para 20 a 23 milhões, abaixo do que se previa (30M).

Se estes números se confirmarem, Elio pode tornar-se a pior estreia de sempre da Pixar em três dias, batendo (negativamente) os 29,6M de Elemental (2023) e os 29,1M de Toy Story (1995).

Mas atenção: tal como Elemental, que começou fraco e acabou com quase 500 milhões globais, a Pixar acredita que Elioterá longa vida durante o verão, especialmente com as férias escolares a começar.

A crítica tem sido favorável, e espera-se que o passa-palavra ajude à recuperação. No entanto, paira uma sombra no ar: a decisão de Bob Chapek (então CEO da Disney) de lançar SoulLuca e Turning Red diretamente no Disney+ habituou as famílias a esperar pelos filmes em casa.

🐲 Dragões voam alto

No meio deste duelo de gigantes, quem continua a voar bem alto é How to Train Your Dragon. Com 9,7 milhõesarrecadados apenas na quinta-feira (Juneteenth), o filme da Universal/DreamWorks prepara-se para dominar mais um fim de semana. Com sessões IMAX e entusiasmo familiar, o remake em imagem real já soma quase 125 milhões e deverá arrecadar mais 35 milhões só este fim de semana.

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Com How to Train Your Dragon a dominar pela segunda semana, 28 Years Later a criar entusiasmo (e divisão) e Elio a tentar contrariar o arranque lento, o verão cinematográfico de 2025 está longe de estar decidido. Enquanto a Pixar aposta na longevidade e Danny Boyle regressa em grande estilo, os estúdios testam o apetite do público por reboots, sequelas e histórias originais. O espetáculo continua — dentro e fora da arena de bilheteiras.

“Jurassic World: Rebirth” — Scarlett Johansson, Dinossauros Mutantes e o Retorno ao Horror Original da Saga 🦖🔥

O rugido icónico está de volta — e desta vez mais assustador do que nunca. Jurassic World: Rebirth chega aos cinemas a 2 de julho de 2025 e promete devolver a franquia ao seu ADN original: o medo, a sobrevivência pura e dura… e dinossauros absolutamente descontrolados. O novo trailer, lançado esta semana pela Universal Pictures, oferece uma amostra generosa do caos que nos espera — e, sim, os humanos estão oficialmente fora do topo da cadeia alimentar.

Cinco anos depois de “Dominion”: o reinado absoluto dos dinossauros

O enredo do novo capítulo passa-se cinco anos após os eventos de Jurassic World: Dominion. Durante este tempo, enquanto muitos dinossauros libertados do Lockwood Estate não conseguiram adaptar-se aos ambientes urbanos, outros prosperaram em locais tropicais isolados, com destaque para uma ilha secreta que outrora foi lar do parque original. É aí que decorre grande parte da nova ação — uma ilha proibida, onde os dinossauros não só sobreviveram… como evoluíram.

Um elenco novo e uma missão suicida

A protagonista é Zora Bennett, interpretada por Scarlett Johansson, uma especialista em operações secretas que lidera uma equipa enviada para recuperar material genético crucial para avanços médicos. É a típica missão de “entrem, apanhem a coisa brilhante e saiam” — mas, claro, nada corre como planeado.

Zora e o seu grupo — que inclui Mahershala Ali como Duncan Kincaid e Jonathan Bailey como o geneticista Dr. Henry Loomis — acabam por se cruzar com uma família civil náufraga na ilha. A partir daí, começa uma luta desesperada pela sobrevivência, onde cada passo no mato ou mergulho em águas turvas pode significar um encontro com um predador pré-histórico (ou pior).

Gareth Edwards dá o salto para o território dos dinossauros

À frente da realização está Gareth Edwards (Rogue OneGodzilla), conhecido pela sua capacidade de transformar ameaças colossais em experiências cinematográficas intensas e imersivas. O argumento está nas mãos experientes de David Koepp, o argumentista original de Jurassic Park, o que deixa antever um regresso às origens da saga — mais suspense, mais terror e menos parque de diversões familiar.

E se o trailer for fiel ao tom do filme, estamos perante o capítulo mais sombrio desde o primeiro Jurassic Park. Edwards aposta num realismo sujo, com floresta densa, ruínas em decomposição e sequências de ação tensas, onde a tecnologia moderna colide de frente com a brutalidade da natureza.

Dinossauros novos, pesadelos novos

O trailer apresenta velhos conhecidos como o temível T-Rex e o Mosasaurus, mas são os novos horrores que mais sobressaem. Há espaço para aberrações genéticas como o Distortus Rex — um dinossauro de seis membros que parece saído de um filme de monstros — e o Mutadon, um predador com mutações tão grotescas quanto eficazes. São criaturas criadas nos cantos mais sombrios dos laboratórios da InGen e que representam uma ameaça mais imprevisível do que qualquer velociraptor.

Regresso à tensão e à selva — com um toque farmacêutico?

É curioso que o motor da narrativa seja agora uma empresa farmacêutica que vê nos dinossauros uma possível cura milagrosa. É uma reviravolta interessante que coloca a ciência moderna em rota de colisão com os erros do passado. O trailer sugere que Jurassic World: Rebirth não é tanto sobre “domar” os dinossauros, mas sim sobre sobreviver-lhes — e perceber que há limites para aquilo que a humanidade deve tentar controlar.

Um renascimento à altura do nome?

Rebirth posiciona-se como um filme autónomo, não tanto uma continuação direta mas uma nova abordagem dentro do universo Jurassic. A promessa? Menos glamour, mais terror, e uma reflexão amarga sobre o papel do ser humano num mundo que já não nos pertence.

Com estreia marcada para 2 de julho, Jurassic World: Rebirth parece pronto para conquistar o verão com dentes, garras e muito suspense. Preparem-se: os dinossauros voltaram a reinar.

“Elio”: Pixar envia-nos um novo herói intergaláctico — mas será que a fórmula ainda resulta?

A Pixar tem-nos habituado a histórias que desafiam a emoção tanto quanto a imaginação. Desde brinquedos com dilemas existenciais a ratos que cozinham e sentimentos com crises de identidade, o estúdio elevou a fasquia da animação moderna com narrativas que são, ao mesmo tempo, aventuras coloridas para os mais novos e sessões de terapia disfarçadas para os crescidos. Elio, a mais recente estreia do estúdio, chega com esse mesmo ADN — mas carrega também o peso das expectativas e o cansaço de uma fórmula que começa a mostrar sinais de desgaste.

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O protagonista é Elio Solis, um rapaz de 11 anos consumido por uma solidão que vai muito além do habitual isolamento adolescente. Perdeu recentemente os pais e vive agora numa base militar com a tia Olga, uma mulher que sacrificou os seus sonhos de astronauta para se tornar a cuidadora deste miúdo sensível, criativo e emocionalmente à deriva. Elio sente-se um fardo, incompreendido, deslocado. E a única ideia que lhe dá algum consolo é acreditar que, algures no universo, alguém o poderá entender. Com esse impulso quase poético, começa a deixar mensagens na areia, a implorar por contacto alienígena. E eis que, um dia, alguém responde.

A premissa é irresistível e tem tudo para se transformar numa aventura ao estilo Pixar: existencialista, doce, com personagens memoráveis e um design de produção de cortar a respiração. Quando Elio é raptado por seres extraterrestres e levado para a Communiverse — uma federação galáctica onde diferentes espécies tentam coexistir — é confundido com o líder da Terra. O rapaz, entre o pânico e a invenção, decide entrar no jogo e fingir que, de facto, representa a humanidade. A partir daqui, desenrola-se uma trama de mal-entendidos cósmicos, diplomacia interplanetária e lições de empatia.

Há momentos brilhantes, sim. O pequeno Glordon, um alien viscoso sem olhos e com dentes simpáticos, é um dos melhores achados do filme. A sua amizade com Elio devolve à narrativa a leveza que, por vezes, parece faltar num enredo tão carregado de dor não verbalizada. E visualmente, Elio é um deslumbramento: explosões de cor, criaturas com designs deliciosamente criativos e sequências que homenageiam os grandes clássicos da ficção científica, sem nunca perder o toque Pixar.

Mas por cada ideia encantadora, há também um suspiro de déjà vu. A estrutura narrativa — um miúdo que descobre que a sua “fraqueza” é, afinal, a sua maior força — é uma fórmula já bem conhecida. E embora funcione, começa a acusar fadiga. A comoção inicial, com Elio sozinho na praia e uma lágrima a escorrer pela face, é eficaz… mas também é um golpe emocional que a Pixar já utilizou vezes demais. A certa altura, a viagem emocional parece menos uma descoberta e mais um check-list de pontos obrigatórios: trauma parental? Check. Amigo fofo? Check. Lição de empatia e aceitação? Check.

Parte da sensação de dispersão narrativa poderá ser explicada pela própria produção do filme. Elio conta com três realizadores creditados — Adrian Molina (Coco), que abandonou o projeto mas mantém o nome nos créditos, Madeline Sharafian e Domee Shi (Turning Red) — e três argumentistas. O resultado é um filme que, embora coeso na estética, parece procurar o seu tom ao longo do percurso.

Ainda assim, Elio tem alma. E essa alma é, em parte, sustentada pelas vozes que lhe dão corpo — quer na versão original, quer nas versões dobradas em Portugal e no Brasil. E aqui, importa destacar um dos grandes trunfos da distribuição internacional da Pixar: a capacidade de recriar as emoções originais com actores de voz que elevam o material.

Na versão portuguesa, é Afonso Soares quem dá voz a Elio, com sensibilidade e autenticidade. Rita Ruaz interpreta a tia Olga, enquanto Salvador Rio empresta voz ao adorável Glordon. O elenco inclui ainda nomes bem conhecidos como Vera Kolodzig, José Nobre e Diogo Amaral, todos sob a direcção de dobragem de Sandra de Castro. O resultado é uma versão portuguesa calorosa e emocionalmente eficaz, capaz de agradar tanto a crianças como a adultos que dispensam legendas.

Do outro lado do Atlântico, a versão brasileira aposta num equilíbrio entre talentos emergentes e vozes veteranas. Lorenzo Tironi, de apenas 12 anos, brilha como Elio, enquanto Juliana Paiva, conhecida da televisão, estreia-se na dublagem como Olga. O elenco inclui ainda Zeca Rodrigues, Márcia Regina, Flora Paulita e Danylo Miazato — todos nomes que os fãs brasileiros de animação reconhecem imediatamente das suas séries favoritas. A direção é de Thiago Longo, com tradução de Guilherme Menezes.

A qualidade das dobragens não resolve os problemas estruturais de Elio, mas contribui para tornar a experiência mais envolvente e acessível. E no fim de contas, talvez esse seja o maior mérito do filme: mesmo quando tropeça, nunca deixa de tentar comunicar — seja com humanos, alienígenas ou miúdos que apenas precisam de ouvir que pertencem a algum lado.

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Elio é, portanto, um filme bonito, com momentos comoventes e visuais impressionantes, mas que nos deixa a desejar um pouco mais de risco, de novidade, de… Pixar. Não é um fracasso, longe disso. Mas também não é a supernova que podia ter sido.

Já chegou o novo trailer de The Naked Gun!

A comédia absurda está de volta — e sim, Liam Neeson leva tudo a sério (demasiado a sério)

Atenção, fãs da comédia nonsense: The Naked Gun está de volta! E desta vez, com um elenco tão improvável quanto hilariante. O novo reboot da clássica saga policial paródica estreia a 1 de Agosto nos cinemas, e o primeiro trailer já está disponível para nos lembrar porque é que rir de disparates ainda é uma das melhores coisas da vida.

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No centro desta nova investida humorística está Liam Neeson — sim, o mesmo das ameaças ao telefone em Taken — agora no papel de Lt. Frank Drebin Jr., filho do icónico e completamente desajeitado Frank Drebin, interpretado nos filmes originais por Leslie Nielsen.

E se a ideia de Neeson num papel cómico já parece estranha, acrescente-se Pamela Anderson no papel de Beth, uma mulher em busca de justiça pela morte do irmão. Tudo muito dramático… até ela confundir a frase “Please, take a chair” com um convite literal para roubar mobília.

Do CinemaCon para o mundo: piadas parvas, trocadilhos geniais e insinuações sexuais

O trailer, exibido em primeira mão na CinemaCon, inclui tudo aquilo que os fãs da saga esperam: piadas visuais, mal-entendidos hilariantes e frases que fazem doer os abdominais de tanto rir.

Num dos momentos altos, Drebin (Neeson) confronta a personagem de Busta Rhymes com a seguinte acusação:

“Diz aqui que cumpriu 20 anos por ‘man’s laughter’.”

Pausa dramática.

“Deve ter sido mesmo uma piada do caraças.”

Este é o tipo de humor que faz o ADN de The Naked Gun — trocadilhos absurdos, gags visuais e uma absurda seriedade em situações completamente ridículas. E com Neeson a manter a cara séria no meio do caos, o potencial cómico multiplica-se.

Um reboot à altura do original?

O filme é realizado por Akiva Schaffer (Chip ’n Dale: Rescue Rangers, vencedor de um Emmy), com argumento de Dan Gregor e Doug Mand, os mesmos que trabalharam com Schaffer no projeto da Disney+. A produção está a cargo de Seth MacFarlane (Family GuyTed) e Erica Huggins.

Além de Neeson e Anderson, o elenco inclui ainda Paul Walter Hauser, Kevin Durand, Danny Huston, Liza Koshy, Cody Runnels e CCH Pounder. Um grupo tão eclético que parece saído diretamente de uma convenção de cosplay em Las Vegas.

A nova versão baseia-se tanto nos filmes da saga The Naked Gun como na série de culto dos anos 80, Police Squad!, criada por Jim Abrahams, David Zucker e Jerry Zucker — mestres do humor paródico que nos deram também Airplane!(O Aeroplano).

Preparados para o regresso da parvoíce bem feita?

Desde o primeiro filme de 1988, The Naked Gun: From the Files of Police Squad!, passando pelas duas sequelas com Priscilla Presley e George Kennedy, esta saga conquistou um lugar especial na memória dos fãs de comédia.

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Agora, com Neeson e Anderson no comando (não literalmente, esperemos), o absurdo volta a ter lugar marcado na sala de cinema. Tragam as pipocas… e deixem as cadeiras onde estão.

🎯 Ballerina Não É o Tiro Certo: O Universo John Wick Está a Perder o Norte?

Ana de Armas brilha, mas o spinoff deixa mais dúvidas do que certezas. Estará o mundo de John Wick a afundar-se sob o peso da sua própria expansão?

Três semanas após a sua estreia mundial, Ballerina confirma os receios de muitos fãs: o universo John Wick começa a ceder. Embora visualmente competente e com uma protagonista carismática, o filme acaba por desorientar-se na cronologia, perde força na bilheteira e, pior que tudo, dilui aquilo que tornava John Wick… John Wick.

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Uma assassina em pontas — mas tropeça na narrativa

Ballerina situa-se entre os eventos de John Wick: Capítulo 3 – Implacável e John Wick: Capítulo 4. Seguimos Eve Macarro (Ana de Armas), uma bailarina treinada pela Ruska Roma, numa busca por vingança contra os assassinos do seu pai — ao mesmo tempo que tenta cortar os laços com a sua família adoptiva de matadores.

O conceito parece promissor: mais uma peça do quebra-cabeças do submundo que John Wick tão bem nos apresentou. Mas o que poderia ter sido uma expansão sólida transforma-se rapidamente num problema de continuidade. E isso não se resolve com piruetas bem filmadas ou sequências coreografadas com precisão.

A aparição de John Wick… é o verdadeiro tropeço

Desde cedo, o marketing fez questão de martelar a presença de Keanu Reeves como grande trunfo de Ballerina. E sim, ele aparece. Mas essa escolha destrói a coerência interna da narrativa.

Para quem se lembra: no final de Capítulo 3, Wick está às portas da morte e recolhe-se aos túneis de Nova Iorque com o Bowery King. Passam seis meses até ao início de Capítulo 4. Ora, Ballerina decorre dois meses após Capítulo 3, e apresenta-nos um John Wick misteriosamente activo, a circular livremente, envolvido com a Ruska Roma — grupo ao qual, segundo Capítulo 4, ele ainda terá de pedir readmissão.

Em termos de continuidade, isto é mais do que uma falha: é uma sabotagem à própria mitologia da saga. Ao tentar manter viva a presença de Keanu Reeves, o filme atropela a cronologia e mina a construção narrativa dos capítulos principais.

Multiplicar Wicks não é estratégia — é cansaço

Quando John Wick chegou às salas em 2014, o protagonista destacava-se como um mito solitário num mundo de vilões banais. Agora, temos uma galeria de assassinos igualmente carismáticos e letais: Caine, Mr. Nobody, Sofia… e agora Eve. Todos são “quase-Wicks”.

Mas este excesso de figuras com o mesmo perfil — assassinos silenciosos em luto, letais, com códigos próprios — está a desgastar a aura de exclusividade de John Wick. Eve não tem culpa: Ana de Armas está em excelente forma, tanto física como dramática. O problema é estrutural. A saga começa a parecer uma fábrica de personagens com molde pré-definido.

E quanto mais se tenta repetir a fórmula, menos impacto ela tem.

Bilheteira modesta, sinal de alarme

Apesar das boas críticas iniciais (CinemaScore A-, 87 % de aprovação no PostTrak), Ballerina abriu com apenas 25 milhões de dólares no mercado norte-americano. Um número que, face ao orçamento de 90 milhões, é preocupante.

A título de comparação:

  • John Wick 4 abriu com 73,8 milhões
  • John Wick 3 com 56 milhões
  • John Wick 2 com 30 milhões

Mesmo considerando o crescimento internacional (51 milhões mundiais até ao momento), Ballerina está longe de se afirmar como um sucesso. E isto levanta uma questão inquietante: será que o público só se interessa por este universo quando é Keanu Reeves quem carrega a pistola?

O que nos diz Ballerina sobre o futuro da franquia?

Com John Wick 5 já em desenvolvimento e um spinoff centrado em Caine a caminho, a Lionsgate está a tentar esticar a corda ao máximo. Mas Ballerina mostrou que o público talvez já esteja satisfeito com o desfecho do Capítulo 4. E qualquer tentativa de “ressuscitar” Wick ou prolongar-lhe a lenda pode acabar por manchar aquilo que foi um final digno.

Há espaço para expandir este universo? Talvez. Mas será preciso mais criatividade e, acima de tudo, mais respeito pela narrativa que se construiu até aqui.

Onde ver “Ballerina”

  • Portugal: em exibição nos cinemas desde 6 de Junho de 2025. Disponibilização digital prevista para Amazon Prime Video até final de Julho.
  • Brasil: estreou a 6 de Junho de 2025, disponível brevemente no Amazon Prime Video Brasil.
  • Blu-ray (importado): já disponível na Amazon EUA

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Ballerina é um filme com estilo, alguma alma… mas sem chão. O que era para ser um passo seguro no futuro do universo John Wick tornou-se num tropeção narrativo. A coreografia está lá, os tiros também. Mas sem uma história sólida, e sem um herói verdadeiramente novo, tudo soa a eco. E como qualquer bailarino sabe, por vezes o silêncio entre os passos diz mais do que o ruído das botas a bater no palco.

Han Disparou Primeiro… e Agora Temos Provas! 🌟

Cópia original de Star Wars (1977) ressuscitada e exibida em Londres — e sim, sem o “Episode IV” e com Han a puxar do gatilho

Star War

Num daqueles momentos que parecem saídos de um filme de ficção científica, a cópia original de Star Wars, de 1977 — sim, aquela que George Lucas nunca quis que voltássemos a ver — foi encontrada, restaurada e exibida publicamente no BFI Film on Film Festival, em Londres. E quem apareceu de surpresa na estreia? Nada menos que Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, que fez questão de legitimar o acontecimento histórico perante uma plateia extasiada de fãs e cinéfilos.

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O que foi exibido não é apenas uma versão alternativa. É a primeira cópia do filme. Sem o famigerado subtítulo “Episode IV: A New Hope”, e com o mítico momento em que Han Solo dispara contra Greedo — sem esperar que o pobre caçador de recompensas atire primeiro. A famosa frase “Han shot first” voltou a fazer sentido… oficialmente.

O regresso da versão renegada

Durante décadas, George Lucas defendeu a sua “versão final” de Star Wars, alterando efeitos, diálogos e até cenas inteiras nas edições subsequentes. Para Lucas, o filme original de 1977 era, nas suas palavras, “meio inacabado”. “Lamento que tenham visto meio filme e se tenham apaixonado por ele, mas quero que o filme seja como eu o idealizei”, declarou numa entrevista à AP. E assim nasceram os debates infinitos sobre alterações canónicas e purismos nostálgicos.

Mas agora, graças a um “milagre” arqueológico cinematográfico — como lhe chamou Ben Roberts, director do BFI — o público teve finalmente acesso àquela versão original que muitos julgavam perdida no espaço… ou nos cofres da Lucasfilm.

“É folclore puro”, afirmou Kathleen Kennedy. “Mesmo quando entrei na empresa, havia conversas intermináveis sobre onde estava tudo e o que é que era, de facto, a primeira cópia. E é extraordinário o que vão ver. Não sei se existe outra assim. É mesmo rara.”

Uma nova esperança para o futuro da saga

Apesar do simbolismo do momento, Kennedy aproveitou também para falar do futuro da saga galáctica. E por futuro entenda-se, neste caso, Starfighter, o novo projecto de Shawn Levy (realizador de Deadpool 3) com Ryan Gosling no papel principal, que está prestes a entrar em produção.

Para Kennedy, o universo Star Wars está agora mais aberto do que nunca a novas vozes e narrativas. “Podemos trazer realizadores com histórias que lhes dizem algo pessoal. Não tem de estar tudo ligado ao que já foi feito. Pode ser uma história independente que depois despoleta outras.”

E não deixa de ser irónico que, numa altura em que a Lucasfilm promove a diversidade de histórias, seja precisamente o Star Wars original, puro e sem filtros, que volte a ser mostrado como exemplo. “Este é o filme com que começamos sempre que discutimos uma nova história. É o padrão de excelência”, sublinhou Kennedy.

Um momento verdadeiramente galáctico

Para os fãs que cresceram a discutir quem disparou primeiro, ver esta cópia no grande ecrã é mais do que um deleite: é uma espécie de justiça cósmica. Um lembrete de que, por mais que se mexa numa obra, o impacto do original nunca desaparece — apenas fica adormecido à espera de ser redescoberto.

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E agora que foi, o fandom respira de alívio. Porque sim, Han disparou primeiro. E o mundo voltou a fazer sentido.

Uma ausência inesperada nos créditos de Thunderbolts. E sim, foi escolha da própria… 👀

Scarlett Johansson explicou por que motivo pediu para ser retirada do novo filme da Marvel — e a razão pode surpreender

Quem espreitou os créditos de Thunderbolts com atenção reparou numa ausência curiosa: Scarlett Johansson, figura central do universo Marvel durante mais de uma década, não aparece listada como produtora executiva — apesar de, originalmente, o seu nome constar no projecto.

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Agora, em conversa com David Harbour para a Interview Magazine, a actriz explicou tudo. E a resposta não é bem o que se esperava.

“Pedi que o meu nome fosse retirado”

Durante o bate-papo com Harbour — que também faz parte de Thunderbolts e contracenou com Scarlett em Black Widow— a pergunta surgiu de forma casual:

“Já viste o filme? A tua personagem está por todo o lado…”

Johansson sorriu, hesitou… e largou a bomba:

“Pedi para retirarem o meu nome dos créditos. Não estive envolvida.”

Apesar de ter sido originalmente listada como produtora executiva, a actriz revelou que não teve qualquer participação criativa no novo filme. E por isso, preferiu não constar nos créditos. Uma decisão invulgar, especialmente num franchise onde o nome conta — e muito.


Entre afecto e frustração: o legado da Viúva Negra

Scarlett Johansson foi uma das grandes protagonistas da saga Marvel, dando corpo (e alma) a Natasha Romanoff desde Iron Man 2 (2010). A sua despedida aconteceu em Avengers: Endgame (2019), mas ainda voltou em Black Widow (2021), numa prequela que ajudou a fechar o arco da personagem.

Na mesma conversa, a actriz foi sincera sobre a experiência de mais de 10 anos no MCU:

“Alguns filmes envolveram mais a minha personagem, noutros sentia-me apenas como um mecanismo para avançar a história. Às vezes, como actriz, isso é frustrante.”

E admitiu ainda que o envolvimento prolongado numa personagem pode consumir:

“A tua identidade fica presa a esse papel. E se não estás a fazer trabalho estimulante, isso pode pesar.”

E regressar? A resposta é (ainda) não

Apesar do carinho óbvio que tem pela personagem e pelos colegas — “tenho saudades dos meus amigos e adorava estar com eles para sempre” — Johansson é clara: não quer mexer numa história que considera encerrada.

“O que funcionou com a Natasha foi precisamente ter um fim. E acho que os fãs também precisam disso.”

Thunderbolts: sucesso, polémica… e um spoiler no cartaz

Thunderbolts tornou-se um dos filmes mais bem recebidos da Marvel nos últimos anos, com mais de 374 milhões de dólares em bilheteira. Mas também teve o seu quinhão de polémica — desde as mudanças de título em plena campanha (revelando um twist importante) até à própria ausência de Scarlett nos créditos.

Com o MCU a tentar recuperar o fôlego após uma série de lançamentos mornos, Thunderbolts parece ter funcionado — mesmo que com ausências sentidas.

O que vem a seguir?

Todas as atenções voltam-se agora para The Fantastic Four: First Steps, com estreia a 25 de julho e um novo elenco de luxo liderado por Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach. Mas por agora, o mistério dos créditos (ou da sua ausência) de Thunderbolts continua a dar que falar.

Dwayne Johnson dá KO aos clichés em The Smashing Machine: Coração de Lutador

O papel mais ousado de “The Rock” chega aos cinemas portugueses a 2 de outubro — e promete emocionar e surpreender

Esquece o herói indestrutível de blockbusters ou o ex-lutador simpático das comédias familiares. Em The Smashing Machine: Coração de LutadorDwayne Johnson surpreende tudo e todos com a interpretação mais vulnerável e intensa da sua carreira. Sem tatuagens, com próteses faciais, sotaque alterado e — talvez o mais chocante — com cabelo, Johnson mergulha no papel de Mark Kerr, um verdadeiro colosso do MMA, cuja força nos ringues esconde um homem em desintegração.

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Realizado por Benny Safdie, uma das metades da dupla criativa de Diamante Bruto e Good Time, e produzido pela prestigiada A24, o filme estreia em Portugal no dia 2 de outubro, com distribuição da NOS Audiovisuais.

Uma história real. E brutalmente humana.

Mark Kerr foi uma das figuras mais temidas e respeitadas do circuito de Vale Tudo, Pride e UFC no final dos anos 90. Mas o que The Smashing Machine faz é mostrar o que raramente se vê: a fragilidade por trás da força, o vício por trás da glória e o colapso por trás da imagem pública.

Ambientado no virar do milénio, o filme acompanha Kerr no auge da sua carreira, enquanto luta com dependências, crises de identidade, pressões externas e uma relação amorosa à beira do abismo.

Dwayne Johnson como nunca o vimos

É impossível não destacar a transformação impressionante de Johnson. Longe do estilo leve e carismático que o tornou um fenómeno global, aqui vemos um actor empenhado em desconstruir a sua própria persona. A performance é contida, física, sofrida — e genuinamente comovente.

A crítica internacional já começou a apontar este como um possível ponto de viragem na carreira do actor, e The Smashing Machine poderá mesmo vir a ser o papel que lhe traga a consagração nos círculos mais exigentes da sétima arte.

Emily Blunt: o coração partido fora do ringue

Ao seu lado, Emily Blunt, recentemente nomeada ao Óscar por Oppenheimer, interpreta Dawn Staples, a companheira de Kerr e testemunha da sua espiral de autodestruição. A actriz oferece uma performance firme e emocional, ancorando o lado humano do filme com grande sensibilidade.

Safdie + A24 = tensão garantida

Com Benny Safdie na realização, é garantido que este não será um filme desportivo convencional. Tal como Diamante Bruto criou claustrofobia em lojas de penhores e corredores de apostas, aqui o ringue é apenas mais uma arena de ansiedade. A tensão está no silêncio, no colapso, no que se esconde por detrás dos golpes.

A produção da A24, que continua a redefinir o cinema independente contemporâneo, garante um nível estético e narrativo acima da média — com enfoque na densidade emocional e na complexidade psicológica das personagens.

Um retrato íntimo do caos interior

The Smashing Machine: Coração de Lutador não é um filme sobre combates. É sobre o que resta quando o combate acaba. É um retrato cru sobre identidade, fracasso e redenção, com a força de uma uppercut emocional que nos atinge onde menos esperamos.

Preparem-se para um filme que vai além do suor e sangue — e que pode muito bem marcar o regresso inesperado de Dwayne Johnson à corrida aos prémios.

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Estreia: 2 de outubro de 2025

Com: Dwayne Johnson, Emily Blunt, realização de Benny Safdie

Kim Novak, a rebelde de Hollywood, vai receber o Leão de Ouro em Veneza 🦁✨

Ícone de Vertigo será homenageada com prémio de carreira e estreia de documentário dedicado à sua vida e legado

Kim Novak — a musa de Hitchcock, a mulher que viveu duas vezes, a estrela que recusou ser moldada — vai ser homenageada no Festival Internacional de Cinema de Veneza com o prestigiado Leão de Ouro de Carreira. A distinção será atribuída durante a 82.ª edição do certame, que decorre de 27 de Agosto a 6 de Setembro, e celebra uma carreira que fugiu a todas as convenções da era dourada de Hollywood.

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A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração da Bienal de Veneza, sob recomendação do director artístico Alberto Barbera, que definiu Novak como uma figura “independente e inconformista” e, talvez por isso mesmo, “uma lenda do cinema — quase sem querer”.

Uma mulher à frente do seu tempo

Desde que encantou o público com Picnic (1955) ou O Homem do Braço de Oiro (1955), Kim Novak destacou-se por uma beleza singular e um talento contido, magnético, que rapidamente a colocaram entre as maiores estrelas de bilheteira do mundo. Mas nunca quis ser apenas mais uma estrela. Em 1958, fundou a sua própria produtora — um acto revolucionário para uma mulher em Hollywood — e entrou em greve para renegociar salários injustos face aos colegas masculinos.

Refusou ser manipulada pelos estúdios e protegia ferozmente a sua privacidade, tornando-se uma figura tão admirada pela sua coragem como pela sua imagem de “deusa melancólica”. Ficou para sempre associada a Vertigo (A Mulher que Viveu Duas Vezes, em Portugal), a obra-prima de Alfred Hitchcock, onde a sua dualidade interpretativa — entre o ingénuo e o misterioso — se tornou antológica.

Um prémio e um documentário muito aguardado

Ao aceitar o prémio, Kim Novak confessou: “Estou profundamente comovida por receber o prestigioso Leão de Ouro de um festival de cinema tão respeitado. Ser reconhecida pelo meu trabalho nesta fase da vida é um sonho tornado realidade. Irei valorizar cada momento em Veneza. Encherá o meu coração de alegria.”

Como parte da homenagem, o festival irá apresentar, em estreia mundial, o documentário Kim Novak’s Vertigo, de Alexandre Philippe — uma colaboração exclusiva com a própria atriz. O filme irá mergulhar na sua vida e obra, revelando bastidores, lugares icónicos e o impacto duradouro que Novak teve na indústria cinematográfica.

Mais do que uma estrela — uma artista

Kim Novak nasceu em Chicago, em 1933, e afastou-se de Hollywood ainda nos seus trinta e poucos anos. Viveu uma vida mais autêntica, entre cavalos, cães e pincéis. Casou-se com o veterinário equino Robert Malloy e juntos construíram um rancho no sul do Oregon, onde viveram até à morte dele, em 2020.

Desde então, Kim tem-se dedicado à pintura e à poesia — e as suas obras visuais foram expostas em museus dos EUA e da Europa, incluindo o Museu Nacional de Praga e o Butler Museum of American Art.

A actriz, que no início foi subestimada pela crítica, foi redescoberta e celebrada nas últimas décadas, recebendo homenagens nos festivais de Cannes, Toronto, Berlim e Praga. Em 2003, foi distinguida com o Eastman Kodak Archives Award pelo seu contributo para o cinema.

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Hoje, é considerada uma das grandes lendas vivas de Hollywood — não apenas pelo que fez no ecrã, mas pelo modo como escolheu viver fora dele. Com o Leão de Ouro de Carreira, Veneza reconhece não apenas a estrela, mas a mulher, a artista e a rebelde que desafiou a máquina de Hollywood… e venceu.

Um Céu Amazónico Brilha em Lisboa: filme brasileiro conquista o FESTin ☁️🌳

“Enquanto o Céu Não Me Espera” vence Melhor Longa-Metragem e destaca-se como um grito poético vindo da floresta

Lisboa foi, durante vários dias, o palco onde o cinema em língua portuguesa celebrou as suas múltiplas vozes, paisagens e resistências. E no encerramento da 16.ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, foi o Brasil a erguer bem alto o troféu mais cobiçado.

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O filme Enquanto o Céu Não Me Espera, da realizadora Christiane Garcia, conquistou o prémio de Melhor Longa-Metragem, mas não ficou por aí: Irandir Santos e Priscilla Vilela arrecadaram os galardões de Melhor Ator e Melhor Atriz, respetivamente. Um feito triplo que coloca a obra no centro das atenções e confirma o talento multifacetado que pulsa nas margens do Amazonas.

Um rio que respira e um cinema que resiste

O júri não poupou nas palavras ao justificar a distinção: “Em um gesto cinematográfico raro, o filme premiado pelo júri se impõe como uma força da natureza: intenso, urgente e poético.” Ambientado na Amazónia, o filme transforma a paisagem num corpo vivo, onde o rio ganha alma e o próprio ato de respirar se torna resistência. Nas palavras do júri, a realizadora — descrita como “filha da floresta” — não usa o território apenas como pano de fundo, mas sim como matéria-prima da própria narrativa.

Enquanto o Céu Não Me Espera apresenta-se assim como uma experiência sensorial e política, onde a natureza é tanto personagem como metáfora. Um cinema que pulsa, grita e canta.

FESTin: um festival de encontros e confluências

A edição deste ano do FESTin decorreu em diversos espaços de Lisboa, incluindo o Cinema City Campo Pequeno, o Fórum Lisboa, o Liceu Camões e o Avenidas, integrando a rede “Um Teatro em Cada Bairro”. Mas o cinema não foi o único protagonista. Na Galeria Graça Brandão, está patente até ao final do mês a mostra de videoarte Territórios Confluentes, com curadoria de César Meneghetti e Miguel Petchkovsky, reunindo obras breves de artistas oriundos de países lusófonos.

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O FESTin continua a afirmar-se como um ponto de encontro essencial para o cinema de língua portuguesa, oferecendo uma janela para realidades tão diversas como a floresta amazónica, os subúrbios lisboetas ou as ilhas atlânticas. Um festival onde as imagens falam em português — com sotaques múltiplos, mas com a mesma paixão pela arte de contar histórias.

We Are Guardians: O Documentário que a Indústria Quase Ignorou — Mas Que o Mundo Precisa de Ver

Fisher Stevens, Leonardo DiCaprio e uma luta urgente pela floresta amazónica… que quase ficou por contar

Há histórias que simplesmente precisam de ser contadas, mesmo quando o mercado diz que “já vimos uma igual”. We Are Guardians é uma dessas histórias. Um documentário nascido na linha da frente da destruição da Amazónia brasileira, realizado por Edivan Guajajara, Chelsea Greene e Rob Grobman — e que contou com a produção de Fisher Stevens e o apoio mais recente de Leonardo DiCaprio.

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Estreado no Hot Docs 2023, e agora com exibição nos EUA graças à distribuidora Area23a, este é um documentário que levanta uma questão desconfortável: por que razão só há espaço para “um filme sobre a Amazónia de cada vez”?


🌳 A semente da resistência nasceu no coração da floresta

Tudo começou em 2019, quando os três realizadores decidiram pegar na câmara e seguir os “guardiões da floresta”, indígenas em luta pela preservação das suas terras. Fartos de ver as suas histórias distorcidas pelos media nacionais e internacionais, quiseram mostrar a realidade vista por quem vive o fogo e a destruição na pele.

“Queríamos ouvir quem está mais próximo da floresta. Saber o que se passa do ponto de vista deles,” afirmam Greene e Grobman.

Um ano depois, mostraram as primeiras imagens a Fisher Stevens, Maura Anderson e Zak Kilberg — produtores que, na altura, estavam a fundar a produtora Highly Flammable. Ficaram rendidos. O projeto tornou-se o primeiro da empresa.


🛑 Mas o mercado disse: “Já temos um filme desses”

Apesar da força visual e da urgência do tema, o caminho de We Are Guardians foi tudo menos fácil. Fisher Stevens tentou a Netflix, a National Geographic (com quem já trabalhara em Before the Flood) e a Discovery. O problema? Já havia um outro documentário sobre a Amazónia a circular: The Territory, de Alex Pritz, focado no povo Uru-eu-wau-wau.

“Infelizmente, existe esta ideia de que só pode haver um filme sobre o Brasil de cinco em cinco anos”, lamenta a produtora Maura Anderson.

“O nosso filme é mais abrangente. Fala da interligação global com a floresta.”

Com a The Territory a ser comprada pela National Geographic em Sundance, We Are Guardians viu portas a fecharem-se.


💪 Mas os guardiões (e os cineastas) não desistiram

Apesar da falta de apoio institucional, a equipa continuou a filmar, a angariar fundos e a lutar. E acabou por ser recompensada: o filme estreou no Hot Docs (Canadá), passou por vários festivais e construiu uma sólida campanha de impacto.

Agora, com a produtora Appian Way de Leonardo DiCaprio como produtora executiva, o documentário está finalmente a chegar a salas de cinema, com estreia em Los Angeles e chegada a Nova Iorque marcada para 11 de Julho.


🌎 Mais do que um documentário — um chamamento global

“O foco é localizar o interesse. Mostrar que em qualquer parte do mundo há ‘guardiões’ que precisam de ser ativados,” diz Zak Kilberg.

A mensagem de We Are Guardians é clara: a luta ambiental não é exclusiva da Amazónia. Cada cidade, cada país, cada comunidade enfrenta as suas próprias formas de destruição ambiental. E só com mobilização local e global é que será possível inverter o curso.


🎬 O preço de contar estas histórias

Fisher Stevens, vencedor de um Óscar por The Cove, admite que só conseguiu envolver-se neste projeto porque tinha estabilidade financeira vinda de trabalhos mais comerciais como Beckham ou Tiger King para a Netflix:

“Não vamos ser pagos para fazer estes documentários de impacto social. Mas temos de continuar a fazê-los.”

E é aqui que We Are Guardians se torna mais do que um filme. É um acto de resistência, activismo e coragem, feito contra a lógica das distribuidoras e o cansaço mediático. Porque a floresta continua a arder — e alguém tem de continuar a gritar.

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Cinema português em queda nas bilheteiras: apenas 1% dos espectadores viu filmes nacionais em 2025

“On Falling”, de Laura Carreira, lidera entre as produções nacionais, mas o domínio de Hollywood mantém-se esmagador

O cinema português continua a lutar por atenção nas salas nacionais. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), os filmes portugueses ou com coprodução nacional conseguiram apenas 1,1% dos 4,5 milhões de espectadores que foram ao cinema entre Janeiro e Maio de 2025. Em termos de receita de bilheteira, a quota ainda é mais baixa: 0,8%, equivalente a 228 mil euros.

Num período em que as salas de cinema registaram um crescimento global de 13% em espectadores e 16,5% em receitas, com um total de 28,5 milhões de euros, o cinema nacional ficou, mais uma vez, à margem deste entusiasmo crescente. Mesmo com o incentivo da campanha “Cinema em Festa”, que vendeu bilhetes a 3,5 euros em mais de 420 salas durante três dias de Maio, a repercussão sobre os filmes portugueses foi praticamente residual.

Hollywood domina, Portugal resiste

Entre os 172 filmes estreados até Maio, apenas 44 foram de produção ou coprodução norte-americana. No entanto, esses mesmos filmes foram responsáveis por mais de 67% do total da exibição, tanto em receita de bilheteira como em número de espectadores. Ou seja, os blockbusters continuam a dominar por completo a preferência do público português.

O filme mais visto do ano nos cinemas foi, até agora, “Um Filme Minecraft”, de Jared Hess, que somou 498.120 espectadores e três milhões de euros em receitas. Em segundo lugar, surge “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, com 383.829 bilhetes vendidos.

O melhor português do ano? “On Falling”

Na frente do cinema nacional está “On Falling”, da realizadora Laura Carreira, que reuniu 12.531 espectadores e cerca de 75 mil euros de receita. Um número modesto face ao panorama geral, mas ainda assim representativo da dificuldade crónica do cinema português em conquistar o público nacional, mesmo quando há reconhecimento internacional.

Apesar do talento e da diversidade de abordagens do cinema nacional, a verdade é que continua a existir uma dificuldade estrutural em atrair público para as salas. O mercado continua polarizado e dominado por grandes estúdios internacionais, com uma capacidade de promoção e distribuição incomparável face à realidade portuguesa.

Reflexões para o futuro

Os dados agora divulgados colocam mais uma vez a questão: como reconquistar o público para o cinema português?Será necessária uma maior aposta na promoção e acessibilidade? Uma revisão das estratégias de exibição? Ou até um questionamento do modelo de financiamento e distribuição?

Uma coisa é certa: há filmes portugueses a estrear e a circular — muitos deles aplaudidos em festivais internacionais —, mas continuam a ser invisíveis para a maioria dos espectadores nacionais. Talvez esteja na hora de pensar não apenas no que se faz, mas também em como se faz chegar o cinema português ao seu próprio público.

Portugal em destaque no Festival de Cinema de Guadalajara: mais de 30 filmes e homenagem a Maria de Medeiros

Do Douro ao México: celebração do cinema português na 40.ª edição do festival

Portugal é o país convidado da 40.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Guadalajara, que arrancou esta sexta-feira no México. A presença lusa faz-se sentir em força, com mais de 30 filmes portugueses — dos clássicos à vanguarda contemporânea — e uma programação que presta homenagem à atriz e realizadora Maria de Medeiros, uma das figuras mais internacionais da nossa cinematografia.

A selecção inclui nomes incontornáveis como Pedro Costa, Manoel de Oliveira, José Álvaro Morais e obras de diferentes géneros e formatos, do documentário à ficção, da curta à longa-metragem, do cinema de autor à animação em stop-motion.

Uma homenagem justa a Maria de Medeiros

epa10655750 Maria de Medeiros arrives for the screening of ‘The Old Oak’ during the 76th annual Cannes Film Festival, in Cannes, France, 26 May 2023. The movie is presented in the Official Competition of the festival which runs from 16 to 27 May. EPA/GUILLAUME HORCAJUELO

Entre os destaques do festival está a homenagem a Maria de Medeiros, celebrando o seu percurso como atriz, realizadora e artista multifacetada. Serão exibidos filmes icónicos da sua carreira, como Silvestre, de João César Monteiro, onde protagonizou um dos seus primeiros papéis no cinema, e Capitães de Abril, a sua obra como realizadora que homenageia a Revolução dos Cravos.

A homenagem é uma forma de sublinhar a ligação histórica e afectiva de Maria de Medeiros com o cinema europeu e internacional, bem como o seu papel de embaixadora cultural de Portugal no mundo.

Animação portuguesa também em destaque

cinema de animação marca igualmente presença no festival, com Os demónios do meu avô, de Nuno Beato, a ser exibido acompanhado por uma exposição com miniaturas em stop-motion usadas na produção do filme — um raro vislumbre do processo criativo por detrás da técnica artesanal.

O realizador João Gonzalez, autor do premiado Ice Merchants, dará ainda uma masterclasse sobre animação, contribuindo para o reconhecimento internacional da nova geração de animadores portugueses.

Clássicos e novos olhares

A selecção de obras portuguesas inclui títulos fundamentais como Maria do Mar (1930), de Leitão de Barros, e Trás-os-Montes (1976), de António Reis e Margarida Cordeiro — ambos pilares históricos do nosso cinema.

Mas também há espaço para o contemporâneo com filmes como A fábrica de nada (Pedro Pinho), As Fado Bicha (Justine Lemahieu) e A noite (Regina Pessoa). O documentário A Savana e a Montanha, de Paulo Carneiro, que aborda a resistência à exploração de lítio em Covas do Barroso, está nomeado para o prémio de melhor longa-metragem documental ibero-americana.

Outros filmes em competição incluem Tardes de solidão, do espanhol Albert Serra (coprodução portuguesa), Ouro negro, de Takashi Sugimoto (produzido por Uma Pedra no Sapato), e Tapete voador, curta-metragem de Justin Amorim baseada em casos reais de abuso sexual em Portugal.

Representação LGBT e consciência social

Na secção Maguey, dedicada a narrativas LGBT, o filme Duas vezes João Liberada, de Paula Tomás Marques, traz à tela a história de uma figura ficcional perseguida pela Inquisição por transgredir as normas de género da época.

Já La memoria de las mariposas, da peruana Tatiana Fuentes Sadowski, com coprodução portuguesa da Oublaum Filmes, está a concurso na categoria de cinema socioambiental, um tema cada vez mais presente nas preocupações dos festivais internacionais.

Um festival que celebra o passado, o presente e o futuro do cinema português

Com esta programação vasta e eclética, o Festival de Guadalajara assume-se como uma montra de luxo para o cinema português, reconhecendo não só os mestres do passado como também as vozes emergentes de uma nova geração de criadores.

A 40.ª edição do festival decorre até 14 de Junho, e é, sem dúvida, um momento de celebração para todos os que acreditam na força transformadora do cinema português além-fronteiras.

“Uma Noite no Zoo”: Quando os Animais Viram Zombies e o Zoo Vira um Campo de Batalha! 🐺🦙🧟‍♂️

Nova animação estreia a 3 de julho e promete gargalhadas, ação e… um coelho completamente doido

Já vimos animais a cantar, a cozinhar, a pilotar aviões e até a viver aventuras secretas em apartamentos de luxo. Mas agora, em Uma Noite no Zoo, os animais ultrapassam todos os limites… e viram zombies mutantes! A nova aposta da NOS Audiovisuais estreia a 3 de julho nos cinemas portugueses e promete ser um verdadeiro “Zoopocalipse” animado.

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Realizado por Ricardo Curtis (Os IncríveisMonstros e Companhia) e Rodrigo Perez-Castro (O Livro da VidaFerdinando), o filme junta ação, humor e uma pitada de terror (muito leve, claro) numa história onde a sobrevivência é levada a sério… mas sempre com uma boa gargalhada pelo meio.

Meteoro, vírus zombie e um coelho que quer dominar o mundo 🐰☄️

Tudo começa quando um meteoro cai sobre o Zoo de Colepepper, libertando um vírus misterioso que transforma os animais pacatos em autênticas criaturas descontroladas. Cabe a Gracie, uma jovem loba sonhadora, e a Dan, um puma solitário com voz de líder relutante, organizar uma resistência improvisada para salvar o Zoo – e talvez até o planeta.

Mas nenhum herói se safa sozinho. Ao seu lado surgem aliados inesperados: Xavier, o lémure hiperactivo, Frida, a capivara zen, Ash, a avestruz neurótica e Felix, o macaco malabarista. Juntos, terão de enfrentar o terrível Coelho Zero – um tirano mutante com aspirações de império viral. Sim, é tão caótico e divertido como parece.

Uma homenagem animada aos clássicos dos anos 80 🧪👾

Com uma estética vibrante e um enredo cheio de referências, Uma Noite no Zoo pisca o olho a clássicos como Gremlins e Os Caça-Fantasmas. É uma carta de amor ao cinema de aventura dos anos 80, mas com ritmo moderno e animação de alta qualidade. A banda sonora energética e o humor visual garantem que os mais novos fiquem colados ao ecrã… e que os pais não adormeçam no processo.

Apesar de todo o caos (e zombies), o filme não perde de vista os seus temas centrais: coragem, cooperação e aceitação da diferença. No meio de tanto ruído, é bom ver que ainda há espaço para mensagens com coração.

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Preparem-se para uma noite no Zoo como nunca viram. A partir de 3 de julho, o caos vai chegar aos cinemas – e vai ser assustadoramente divertido.

“Maria Montessori”: O Filme Que Vai Dar Voz à Mulher que Mudou o Mundo da Educação

Leïla Bekhti e Jasmine Trinca brilham num drama histórico sobre maternidade, exclusão e resistência feminina 💥

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Se pensarmos na palavra “escola”, provavelmente poucos nomes surgem tão associados à inovação pedagógica como o de Maria Montessori. Mas quem era, afinal, esta mulher que ousou desafiar o sistema educativo no virar do século XX? A resposta chega já a 12 de junho com Maria Montessori, um filme biográfico que promete muito mais do que uma simples aula de História.

Realizado por Léa Todorov e com argumento coassinado pela própria realizadora e por Catherine Paillé, Maria Montessori mergulha nas camadas íntimas da vida desta médica italiana – a primeira a exercer medicina em Itália – que revolucionou a pedagogia com um método centrado na autonomia, liberdade e respeito pelas crianças.

Mas o filme não se limita a traçar o percurso da cientista. Maria Montessori é, acima de tudo, um retrato de duas mulheres que ousaram viver fora das regras: Montessori, interpretada por Jasmine Trinca, e Lili d’Alengy, uma cortesã parisiense vivida por Leïla Bekhti, que esconde uma filha com deficiência. É em Roma que os caminhos destas duas figuras improváveis se cruzam, num encontro que muda o rumo das suas vidas e que dá corpo a um drama de forte intensidade emocional.

Mulheres à frente do seu tempo… e sozinhas no mundo

O que une estas duas mulheres, aparentemente de mundos distintos, é a luta silenciosa contra a repressão social e o preconceito. Ambas guardam segredos – Maria tem um filho nascido fora do casamento, Lili tenta proteger a filha das garras do estigma. Em comum têm a maternidade não convencional e a coragem de não baixarem os braços. E é na relação entre elas que o filme encontra o seu coração.

Não estamos perante uma narrativa empacotada num arco tradicional de superação. Maria Montessori assume-se como um drama delicado, de olhar humanista, onde a câmara dá tempo às emoções e espaço aos silêncios. A realização de Léa Todorov é sensível e contenida, deixando que as personagens respirem e que o espectador mergulhe nas suas angústias e esperanças.

Uma história comovente… e politicamente atual

A pedagogia de Montessori não serve aqui apenas como pano de fundo, mas como motor simbólico de transformação. A sua visão sobre a infância, até então encarada com desdém e violência institucional, é apresentada como um gesto de revolução silenciosa. E, num mundo onde as vozes femininas ainda lutam para serem ouvidas, o filme ganha uma ressonância política inesperada e necessária.

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Maria Montessori estreia em exclusivo nos cinemas UCI a 12 de junho. Mais do que um filme biográfico, é uma homenagem à persistência feminina, ao poder da empatia e à urgência de dar espaço às histórias que nunca chegaram aos manuais escolares. Preparem os lenços… e os aplausos.

O Terror Está de Volta ao Amor: “Together” Promete Arrepiar os Corações a 14 de Agosto 🎬🖤

Preparem-se para um verão com arrepios – mas não é por causa do ar condicionado! Together chega aos cinemas portugueses a 14 de agosto e promete ser uma das experiências cinematográficas mais intensas do ano. Protagonizado por Dave Franco (The Disaster Artist) e Alison Brie (Promising Young Woman), o filme tem sido descrito como uma verdadeira viagem visceral ao universo do body horror… e do casamento em crise. Um terror tão íntimo como inquietante.

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O Amor é Lindo… Até Deixar de Ser

Casados na vida real desde 2017, Dave Franco e Alison Brie encarnam em Together o casal Tim e Millie, que decide fugir do bulício da cidade e recomeçar numa casa isolada no campo. O que começa como um retiro romântico rapidamente se transforma num pesadelo psicológico: as tensões da relação intensificam-se e, como se não bastasse, uma entidade misteriosa começa a interferir… primeiro nas emoções, depois nos corpos.

Sim, leu bem. Este não é apenas mais um thriller conjugal com um fantasma ao fundo do corredor. Estamos a falar de body horror puro e duro – daqueles que fazem torcer o estômago e olhar para o amor com um misto de fascínio e medo.

Crítica Unânime e 100% no Rotten Tomatoes 🍅

Estreado mundialmente no Festival de Cinema de Sundance em janeiro, Together conquistou a crítica de forma rara no cinema de género. Mantém, até agora, uma impressionante classificação de 100% no Rotten Tomatoes – um feito que poucos filmes de terror conseguem alcançar, quanto mais um indie com alma e ambição.

Sob a realização de Michael Shanks, que aqui se estreia na direção de longas-metragens, o filme combina atmosfera, intimismo e um crescendo de tensão que culmina numa experiência desconcertante. E não só o realizador estreia-se – Franco e Brie também assinam a produção, tornando este projeto ainda mais pessoal.

“Juntos” até que o Horror os Separe

A grande força de Together reside na química perturbadora entre os protagonistas. Esta não é apenas uma história sobre um casal; é uma exploração dos limites do amor, da dor e da identidade. Quando tudo o que conheces é a pessoa que tens à tua frente… e mesmo essa começa a parecer estranha, que resta?

Preparem-se: este é um filme que mistura os terrores sobrenaturais com os muito reais dilemas de uma relação que se desmorona. E fá-lo com coragem, criatividade e um certo prazer sádico.

Together estreia em Portugal a 14 de agosto, com distribuição da NOS Audiovisuais. O trailer oficial já está disponível — e é melhor vê-lo com a luz acesa.

Al Pacino contra o Diabo… e os Críticos: “The Ritual” Chega com 0% no Rotten Tomatoes

É o fim de uma era? Al Pacino, um dos maiores actores da história do cinema, entrou oficialmente na lista negra da crítica com The Ritual, um novo filme de terror que, mesmo antes de chegar aos cinemas dos EUA esta semana (6 de Junho), já conquistou um feito… pouco invejável: 0% no Rotten Tomatoes. Sim, leu bem. Zero.

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Esta marca marca a primeira vez na longa carreira de Al Pacino (mais de 60 créditos em cinema e nove nomeações aos Óscares) que um dos seus filmes recebe unanimidade negativa entre os críticos. Um recorde absolutamente diabólico.

O Filme: Exorcismos, Demónios e… Dejá Vu

Realizado por David Midell, The Ritual é baseado na obra “Begone Satan!” de 1935 e inspira-se no mesmo caso verídico de possessão que originou O Exorcista. No filme, Pacino interpreta o padre Theophilus Riesinger, que se junta ao padre Joseph Steiger (Dan Stevens) para tentar salvar Emma Schmidt (Abigail Cowen), uma jovem alegadamente possuída por forças demoníacas.

O elenco é robusto: Ashley Greene (Twilight), Patrick Fabian (Better Call Saul) e Patricia Heaton (Everybody Loves Raymond) completam a equipa. Mas o talento reunido em frente às câmaras não foi suficiente para agradar os críticos.

0% Não É para Todos 🎯

Há filmes maus, há filmes esquecíveis… e depois há The Ritual, que até agora conseguiu a proeza de não arrancar uma única crítica positiva entre 26 análises contabilizadas no Rotten Tomatoes. Para colocar isto em contexto: Jack and Jill(2011), outro dos pontos baixos na filmografia de Pacino, ainda conseguiu 3%. The Ritual leva o troféu pela negativa.

A imprensa foi unânime — e impiedosa. Glenn Kenny do New York Times escreveu: “Vejam O Exorcista outra vez.” Já Frank Scheck, do Hollywood Reporter, ironizou: “Ninguém teve coragem de parar The Ritual, mais uma tentativa fracassada de exorcizar as memórias do clássico de 1973 de William Friedkin.”

Terror… Sonolento

A crítica mais repetida? É aborrecido. Meagan Navarro, da Bloody Disgusting, acusou o filme de “falhar em provocar qualquer emoção ao repetir o terceiro acto de um filme de exorcismo pela milésima vez.” E Robert Kojder (Flickering Myth) lamenta que o filme nem sequer tenha a decência de transformar-se num prazer culposo com Pacino a gritar “HOO-AHH Dunkachino!” enquanto expulsa demónios.

Mike McGranaghan, do Aisle Seat, foi ainda mais longe na comparação visual: “Fotografado como um episódio de The Office, com câmaras tremidas e zooms rápidos. Só faltava o Pacino olhar para a câmara à Jim Halpert.”

Nem o Diabo Merecia Isto

Apesar da recepção crítica desastrosa, The Ritual poderá encontrar o seu público entre os fãs de terror “so bad it’s good” – e quem quiser ver Al Pacino gritar “Attention, Beelzebub!” com toda a solenidade de quem já fez Shakespeare.

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O filme estreia a 6 de Junho nas salas dos EUA e já teve exibições limitadas no Reino Unido e Irlanda. Para já, mantém-se firme nos 0%, mas a esperança é a última a ser exorcizada… ou não.

A Voz que Nunca se Calou: Documentário Sobre Jeff Buckley vai chegar aos Cinemas e à HBO

🎤 “You just hadn’t heard anything like it until he came along…” — disse Ben Harper, descrevendo Jeff Buckley. E agora, quase três décadas depois da sua trágica morte, chega finalmente o documentário definitivo sobre o cantor que continua a emocionar audiências em todo o mundo: It’s Never Over: Jeff Buckley.

Uma homenagem íntima e comovente

Realizado por Amy Berg, nomeada ao Óscar por Deliver Us From Evil e conhecida pelos seus poderosos retratos documentais (West of MemphisJanis: Little Girl Blue), o filme oferece um olhar profundamente pessoal sobre a vida e a carreira de Jeff Buckley, o músico de voz etérea que morreu afogado em 1997, com apenas 30 anos. Com estreia nos cinemas norte-americanos marcada para 8 de Agosto e chegada à HBO prevista para o inverno, o documentário integra a prestigiada série Music Box, produzida pela The Ringer.

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O filme é uma produção da Topic Studios e da Fremantle Film, com apoio da Magnolia Pictures e da própria HBO, e passou já por vários festivais de cinema, incluindo Sundance, CPH:DOX (Copenhaga), Sydney Film Festival e os prestigiados encontros em Provincetown e Nantucket.

A longa espera por contar esta história

A cineasta Amy Berg não esconde o quão pessoal foi este projeto. “Passei praticamente a minha carreira inteira a tentar fazer este filme”, revelou. Desde 2010 que tentava convencer Mary Guibert, mãe de Jeff Buckley, a conceder-lhe os direitos. Só nove anos depois conseguiu. Pelo caminho, mergulhou nos arquivos de gravações pessoais, mensagens de voz e diários sonoros de Buckley, descobrindo “candura” e “autenticidade” que a deixaram rendida.

O objetivo sempre foi claro: fazer um filme que fosse, acima de tudo, uma história de amor — amor pela música, pela vida e pelas pessoas que o rodearam.

Um talento que transcende o tempo

Com apenas um álbum de estúdio editado em vida (Grace, de 1994), Jeff Buckley tornou-se uma figura quase mítica no universo musical. A sua interpretação arrebatadora de Hallelujah tornou-se canónica, e a sua influência nota-se em artistas que vão de Thom Yorke a Lana Del Rey.

O documentário conta com testemunhos de nomes como Ben Harper, Aimee Mann, Joan Wasser e Rebecca Moore, para além de ex-membros da banda como Michael Tighe e Parker Kindred. O próprio título, It’s Never Over, parece fazer justiça à forma como a arte de Buckley continua viva — “uma história de amor que transcende o tempo”, nas palavras da realizadora.

Ainda sem trailer, mas com grandes expectativas

Apesar de ainda não ter sido revelado qualquer trailer, a antecipação é elevada. Com produção executiva de Mary Guibert, Brad Pitt, Brian Kates e Alison Raykovich, e distribuído pela Magnolia Pictures nos EUA, It’s Never Over é descrito como um filme “incandescente” que capta o “brilho e complexidade” de Jeff Buckley.

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Para os fãs — antigos e novos — esta é uma oportunidade única de conhecer, através de imagens inéditas e depoimentos íntimos, o homem por detrás da lenda.