“Sombras”: O Novo Terror Português Que Promete Deixar o Público em Suspenso 🌒🎬

O filme de Jorge Cramez, protagonizado por Vitória Guerra e Pedro Lacerda, chega agora aos cinemas depois de causar sensação no Motelx

Depois de uma estreia arrepiantemente bem recebida no Motelx – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, o novo filme de Jorge Cramez, intitulado Sombras, chega finalmente às salas de cinema em todo o país. O realizador, conhecido por obras de registo intimista, mergulha agora no território do terror psicológico, com uma história que mistura o drama emocional com o sobrenatural.

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Um casal, uma casa isolada e o peso do desconhecido

Em SombrasVitória Guerra e Pedro Lacerda dão vida a um casal que decide abandonar a vida urbana e mudar-se para o campo, em busca de tranquilidade. Mas, como em tantas histórias do género, a paz depressa se transforma em inquietação. No isolamento rural, começam a surgir presenças inexplicáveis, memórias distorcidas e silêncios que se tornam ameaçadores.

O filme não aposta no susto fácil: prefere a tensão lenta, o desconforto crescente e a dúvida constante sobre o que é real e o que nasce da mente das personagens.

Jorge Cramez entre o drama e o fantástico

Conhecido por obras como O Capacete Dourado e Amor Amor, Cramez sempre demonstrou interesse pelas zonas cinzentas da emoção humana. Em Sombras, leva essa sensibilidade para um terreno mais sombrio, onde o terror serve de espelho à fragilidade psicológica das personagens.

A atmosfera densa, os enquadramentos meticulosos e a fotografia que oscila entre a luz natural e o negrume da noite rural reforçam a sensação de que algo se esconde fora de campo — ou talvez dentro de nós.

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O terror português em expansão

Com a estreia de Sombras, o cinema português continua a explorar o género do terror psicológico, uma vertente que tem vindo a ganhar força nos últimos anos. Depois de títulos como Mutant Blast e O Pior Homem de Londres, Jorge Cramez traz uma abordagem mais introspectiva e emocional — uma que aposta na sugestão em vez do choque.

Se gosta de terror com alma e significado, Sombras promete ser uma experiência inquietante e, talvez, profundamente humana.

O Final de Tron: Ares Vai Deixar os Fãs em Choque — e a Cena Após os Créditos Revela um Regresso Inesperado ⚡👾

Atenção, contém spoilers! O novo filme com Jared Leto esconde um segredo explosivo depois dos créditos — e traz de volta um dos vilões mais temidos da história da saga Tron.

O universo digital de Tron está de volta aos cinemas com Tron: Ares, uma continuação ambiciosa e visualmente arrebatadora realizada por Joachim Rønning (Malévola: Dona do MalPiratas das Caraíbas: A Vingança de Salazar). O filme traz Jared Leto no papel principal e marca o regresso de Jeff Bridges, o eterno Kevin Flynn, ao mundo da “Grade”.

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E sim, há cena pós-créditos — e ela muda por completo o futuro da franquia.

💾 O que acontece no final de Tron: Ares

No desfecho do filme, Ares (Jared Leto) obtém o enigmático Código da Permanência de Kevin Flynn (Jeff Bridges), permitindo-lhe atravessar para o mundo real sem se desintegrar. Este código é a chave para existir fora do universo digital, algo impossível para os restantes programas.

A vilã Athena (Jodie Turner-Smith) tenta escapar sem o código e acaba por se desintegrar ao fim de 29 minutos, enquanto Ares sobrevive e passa a viver entre os humanos.

Entretanto, descobre-se que Julian Dillinger (Evan Peters) — o poderoso CEO da Dillinger System — era o responsável pelos ataques à Encom. Antes de ser capturado, Julian foge para dentro da Grade, desaparecendo no mundo digital.

Algum tempo depois, Ares encontra-se com Eve (Greta Lee), que reassume a liderança da Encom. Durante a conversa, ele fala sobre procurar um novo propósito — e, nas suas mãos, vemos fotografias de Sam Flynn (Garrett Hedlund) e Quorra (Olivia Wilde), desaparecidos desde os acontecimentos de Tron: O Legado. O filme termina com a sugestão clara de que a próxima missão de Ares será encontrá-los.

👾 A cena pós-créditos: o regresso do Master Control

A cena adicional surge após os créditos finais.

Vemos Julian Dillinger a materializar-se dentro da Grade — a primeira vez que o vilão entra fisicamente no universo digital. Um disco de programa aproxima-se lentamente, enquanto uma voz misteriosa o saúda com uma palavra: “Sark.”

Os fãs veteranos reconhecerão de imediato a referência: Sark era o vilão original de Tron: Uma Odisseia Electrónica(1982), interpretado por David Warner.

A voz que o chama é, segundo tudo indica, a do Master Control Program (MCP) — o temível sistema central que dominava o mundo digital no primeiro filme. O momento sugere que o MCP regressará como o grande vilão de uma futura sequela, agora em aliança com Julian.

🌐 O futuro de Tron

Com esta cena, Tron: Ares deixa claro que o jogo está longe de terminar. O filme liga o passado e o futuro da franquia, preparando terreno para uma nova etapa onde o mundo real e o digital colidem.

O elenco conta ainda com Gillian Anderson, Hasan Minhaj, Arturo Castro, Sarah Desjardins e Cameron Monaghan, num espetáculo visual que mistura neon, filosofia e nostalgia em doses generosas.

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Mais do que um simples regresso, Tron: Ares é uma reinicialização emocional e estética que devolve à saga o seu brilho original — e promete que o Master Control ainda não disse a sua última palavra.

First Date: A Curta-Metragem Açoriana Que Está a Conquistar o Mundo 💙🎬

O NOS Açores celebra o primeiro aniversário com entrada gratuita para o premiado filme de Luís Filipe Borges

O cinema português tem novos ares — ou melhor, novos ventos vindos do Atlântico. Este sábado, 11 de outubro, o NOS Açores, em Ponta Delgada (Centro Comercial Parque Atlântico), celebra o seu primeiro aniversário com a exibição gratuita da curta-metragem First Date, a estreia na realização de Luís Filipe Borges.

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Com duas sessões especiais, às 18h00 e às 20h45, o evento é uma oportunidade rara de ver, no grande ecrã, uma curta que está a percorrer o mundo — e a colecionar prémios em festivais internacionais.

🎟️ A entrada é gratuita, mas a marcação é obrigatória no site oficial: cinemas.nos.pt.

💌 Uma comédia romântica com sotaque açoriano

Vencedor do Globo de Ouro 2025First Date é uma comédia romântica de alma portuguesa e espírito universal.

O filme acompanha Santiago (Cristóvão Campos) e Melissa (Ana Lopes), dois jovens que se conhecem numa rede social. Ela, uma americana fascinada pelos romances de Romana Petri, especialmente os que decorrem na ilha do Pico. Ele, um lisboeta que, para impressionar, finge ser açoriano — até que surge a inevitável pergunta:

“E se o nosso primeiro encontro fosse lá? É a minha terra!”

O que começa como um pequeno engano transforma-se num dilema delicioso, entre a verdade, o amor e a descoberta das raízes.

🌍 Uma curta que conquistou o mundo

Depois da estreia nacional no FEST – New Directors | New Films, em Espinho, First Date já soma 15 prémios e foi selecionado por 30 festivais internacionais, incluindo mostras em Itália, Inglaterra e nos Estados Unidos.

O crítico Rui Tendinha, do CINETENDINHA, definiu o filme como:

“Uma curta que reimagina a comédia romântica à Hollywood. Tem o seu charme e assume-se como uma carta de amor ao Pico.”

Com fotografia luminosa, diálogos inteligentes e um toque de humor muito português, First Date celebra o amor, a mentira inocente e o encanto dos Açores — um dos cenários mais cinematográficos do país.

🍿 Aniversário do NOS Açores com pipocas e entrada livre

Para assinalar o aniversário do Cinema NOS Açores, os espectadores terão entrada gratuita e pipocas incluídas. É uma celebração de cinema feita à boa maneira açoriana — com coração, boa disposição e mar no horizonte.

📅 Sessões: 11 de outubro, às 18h00 e 20h45

📍 Cinema NOS Açores – Parque Atlântico, Ponta Delgada

🎟️ Entrada gratuita mediante reserva antecipadacinemas.nos.pt

💬 Luís Filipe Borges: do humor à realização

Conhecido pelo seu trabalho como humorista, apresentador e guionista, Luís Filipe Borges estreia-se atrás das câmaras com um projeto pessoal e surpreendente — uma história simples, mas filmada com um olhar poético e humano.

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First Date confirma que o “Borges” não perdeu o humor — apenas o refinou em cinema.

“Honey Don’t”: Margaret Qualley é Detetive no Novo Filme de Ethan Coen

O regresso de Ethan Coen às salas de cinema

No próximo dia 2 de outubro, estreia em Portugal Honey Don’t, o mais recente filme de Ethan Coen, o segundo projeto que o realizador assina a solo, sem o irmão Joel. Conhecidos por obras inesquecíveis como Fargo (1996), O Grande Lebowski (1998) ou Este País Não É Para Velhos (2007), os irmãos Coen marcaram gerações de cinéfilos. Agora, Ethan segue o seu próprio caminho com uma nova proposta que promete trazer o seu toque muito particular ao cinema de género.

Margaret Qualley no papel principal

A protagonista de Honey Don’t é Margaret Qualley (The LeftoversA Substância), que aqui interpreta Honey O’Donahue, uma detetive privada contratada para investigar um caso misterioso. O que parecia ser apenas um acidente de viação revela-se afinal um enredo mais complexo, envolvendo conspirações, segredos ocultos e uma igreja com um fundador envolto em mistério.

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Uma mistura de géneros com elenco de luxo

Descrito como uma comédia neo-noirHoney Don’t presta homenagem a clássicos do cinema policial, combinando diálogos rápidos, humor ácido e referências cinéfilas que os fãs dos Coen vão reconhecer. Ao lado de Margaret Qualley, o elenco conta ainda com Aubrey Plaza (The White Lotus) e Charlie Day (It’s Always Sunny in Philadelphia), reforçando o tom irreverente do filme.

A nova fase de Ethan Coen

Depois de se ter estreado a solo no documentário Jerry Lee Lewis: Trouble in Mind (2022) e da comédia Bonecas em Fuga (2024), Ethan Coen regressa agora com este segundo capítulo daquilo a que chamou uma “trilogia lésbica de série B”, escrita em parceria com a argumentista Tricia Cooke.

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Com estreia marcada para 2 de outubroHoney Don’t promete ser uma das apostas mais curiosas da rentrée cinematográfica, juntando irreverência, humor negro e uma protagonista carismática.

Cinemas NOS Amoreiras Reabrem com Glamour, Tecnologia de Ponta e Novo Lounge VIP

Um ícone de Lisboa renovado

Quarenta anos depois da inauguração, em 1985, os Cinemas NOS Amoreiras reabrem no dia 1 de outubro de 2025 com uma cara totalmente nova. As salas foram renovadas de alto a baixo e o complexo ganha agora um Lounge VIP exclusivo, pensado para transformar uma simples ida ao cinema numa verdadeira experiência de sofisticação.

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A sessão de reabertura será marcada pela exibição de um clássico intemporal: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, apresentado em cópia restaurada.

Sete salas, tecnologia de última geração

O complexo passa a contar com mais de 600 lugares distribuídos por sete salas, todas equipadas com a mais avançada tecnologia de som e imagem.

  • Projeção Laser em todos os ecrãs.
  • Dolby Atmos na Sala 1 XVision, garantindo uma experiência sonora imersiva.
  • Novas cadeiras em todas as salas, mais espaçosas e confortáveis, pensadas para longas sessões sem comprometer o bem-estar do público.

O glamour da 7.ª arte

O grande destaque da renovação é o Lounge VIP, localizado no piso -1. Num ambiente elegante e intimista, os espectadores podem agora relaxar e conviver antes ou depois das sessões, acompanhados por vinhos e outras bebidas. O espaço pretende tornar-se um novo destino cultural de Lisboa, onde o cinema se cruza com o lifestyle.

Uma história feita de grandes momentos

Segundo Nuno Aguiar, Diretor da NOS Cinemas, “há 40 anos que os Cinemas NOS Amoreiras são um espaço incontornável na história do cinema em Portugal, além de parte da memória afetiva de várias gerações”.

E não é para menos: desde 1985, este espaço já exibiu cerca de 12.000 filmes, realizou mais de 500.000 sessões e recebeu mais de 10 milhões de espectadores. Foi palco de estreias memoráveis, de Jurassic Park a Titanic, passando por Missão: ImpossívelA Lista de SchindlerPiratas das Caraíbas e a trilogia O Senhor dos Anéis.

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Um regresso em grande

Com esta renovação, os NOS Amoreiras consolidam-se como um símbolo cultural da cidade e uma referência para todos os que querem viver o cinema com todo o esplendor — som, imagem, conforto e glamour em doses iguais.

O Fabuloso Destino de Amélie Regressa em 4K à 26.ª Festa do Cinema Francês: Um Antídoto Contra o “Scroll” Infinito

Amélie volta a Montmartre

Vinte e quatro anos depois da estreia, O Fabuloso Destino de Amélie regressa às salas portuguesas no dia 2 de outubro, em cópia restaurada 4K, como parte da programação da 26.ª Festa do Cinema Francês. A obra-prima de Jean-Pierre Jeunet, protagonizada por Audrey Tautou, ganha assim nova vida e novas cores, devolvendo ao grande ecrã o bairro de Montmartre como memória poética e crítica social.

O restauro que nos ensina a olhar

Não se trata apenas de afinar pixels: o 4K devolve intensidade às cores e à textura do mundo de Amélie. O vermelho das framboesas, o verde dos candeeiros e o amarelo nostálgico das paredes parecem agora mais vivos, quase como se saíssem do interior de uma lembrança. Mas a verdadeira diferença sente-se numa sala cheia: o riso cúmplice, o suspiro sincronizado ou o silêncio antes do quebrar do caramelo no crème brûlée.

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Amélie no tempo das redes

O regresso de Amélie ganha ainda mais força em 2025, quando a ingenuidade doce da personagem parece incompatível com a lógica frenética das redes sociais. A sua missão mínima — melhorar discretamente a vida dos outros — hoje seria facilmente confundida com “marketing de influência” ou ironizada num feed. Mas é precisamente essa ingenuidade que funciona como antídoto num mundo saturado de métricas, curtidas e notificações.

Uma obra maior do cinema francês

Jean-Pierre Jeunet assinou aqui a sua obra definitiva, Audrey Tautou não interpreta: habita. E Yann Tiersen não apenas compôs uma banda sonora: respirou com o filme. O resultado é um hino às pequenas coisas, à cortesia e à resistência contra a pressa.

Um convite à partilha

Rever O Fabuloso Destino de Amélie é, hoje, um ato de higiene sensorial. Não é nostalgia, mas um lembrete de que a felicidade pode estar no detalhe — no gesto simples que muda um dia ou numa ternura sem ironia.

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O conselho é simples: levem quem nunca viu Amélie em sala de cinema. Levem quem pensa que já chega o streaming. Levem quem precisa de reaprender a ver com calma. Depois, sim, brindem ao filme — não porque agora é mais nítido, mas porque nos devolve algo raro: a capacidade de olhar com atenção e sentir com o espírito.

Vasco da Gama — O Mar Infinito: Animação Portuguesa Celebra os 500 Anos da Morte do Navegador

Uma homenagem animada em Sines

A cidade de Sines prepara-se para celebrar o seu filho mais ilustre com a estreia de Vasco da Gama — O Mar Infinito, um filme de animação inédito que junta história, cultura e pedagogia. Integrado nas comemorações dos cinco séculos da morte do navegador, o projeto é produzido pela KotoStudios, com realização de Cláudio Jordão e argumento de Bruno Martins Soares, em colaboração com especialistas da História dos Descobrimentos.

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Muito além da epopeia marítima

O filme revisita a mítica viagem de 1497, mas procura ir além da gesta heroica dos Descobrimentos. Para lá das conquistas náuticas, a narrativa dá espaço ao lado humano de Vasco da Gama e da sua tripulação. Entre os episódios, destacam-se a relação fraterna com Paulo da Gama e passagens menos conhecidas, como a célebre “aguilhada”, aproximando o navegador da condição das pessoas comuns.

Um visual inspirado no azulejo

Um dos pontos mais originais da obra é a sua estética visual. Inspirada no azulejo português, a animação recorre a cores e padrões que evocam tanto a tradição artística nacional como a diversidade cultural encontrada ao longo da rota marítima. O resultado é uma identidade única, onde o património se cruza com a linguagem contemporânea da animação.

Cinema, memória e pedagogia

Pensado para todos os públicos, O Mar Infinito tem também uma forte vocação pedagógica. Estão previstas sessões escolares, exibições em festivais internacionais, conferências académicas e difusão digital, tornando-o um recurso de ensino e reflexão sobre os Descobrimentos.

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Mais do que uma obra artística, o filme reforça o papel de Sines como guardião da memória de Vasco da Gama, projetando a cidade e o legado do navegador além-fronteiras, com a animação como veículo universal de conhecimento e cultura.

Los Domingos vence a Concha de Ouro em San Sebastián numa edição marcada por política e emoção

A vitória espanhola

Festival de Cinema de San Sebastián 2025 terminou com o triunfo de Los domingos, da realizadora Alauda Ruiz de Azúa, que conquistou a Concha de Ouro. A obra retrata o despertar religioso de Ainara, uma adolescente de 17 anos interpretada pela estreante Blanca Soroa, cuja decisão de entrar para um convento de clausura abala profundamente a sua família.

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A realizadora, que já tinha sido distinguida com o Goya de Melhor Realizadora Revelação por Cinco Lobitos (2022), sublinhou:

“Não creio que tentar compreender algo signifique validá-lo ou legitimá-lo, mas acredito que vivemos num mundo onde há sempre pessoas diferentes.”

Conchas de Prata e grandes interpretações

O belga Joachim Lafosse conquistou a Concha de Prata de Melhor Realização por Six jours ce printemps-là, recebendo também o prémio de Melhor Argumento. Não é a primeira vez que o cineasta brilha no certame: em 2015 já tinha levado o mesmo galardão com Les chevaliers blancs.

Na categoria de interpretação, o júri optou por uma atribuição ex aequo:

  • Zhao Xiaohong, pela sua poderosa atuação em Jianyu laide mama, onde interpreta uma mulher que tenta reconstruir a vida após cumprir pena por homicídio.
  • José Ramón Soroiz, pelo papel em Maspalomas, como um idoso homossexual que regressa à terra natal conservadora.

Já a argentina Camila Plaate venceu a Concha de Prata de Melhor Interpretação Secundária pela sua prestação em Belén, filme de Dolores Fonzi inspirado numa história real de injustiça ligada ao aborto em Tucumán. Plaate dedicou o prémio ao movimento de mulheres da Argentina e do mundo.

Gaza e o peso da atualidade

O contexto político também marcou a cerimónia. O filme tunisino A Voz de Hind Rajab, de Kaouther Ben Hania, venceu o Prémio do Público Cidade de Donostia. A obra relata a morte de uma menina palestiniana às mãos do exército israelita e foi recebida com forte carga emocional.

“Dedicamos este prémio de todo o coração à família de Hind Rajab, que mantém viva a sua memória no meio de uma dor insuportável”, afirmou o ator Motaz Malhees ao receber o galardão.

Horizontes Latinos

O prémio Horizontes Latinos distinguiu Un poeta, do colombiano Simón Mesa Soto, um retrato de um escritor fracassado que descobre uma jovem promissora. Mesa Soto, que em 2014 venceu a Palma de Ouro para Melhor Curta-Metragem com Leidi, dedicou o galardão “a todos os que lutam para fazer cinema na América Latina”.

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Uma edição intensa

Presidido por J.A. Bayona e com nomes como Mark Strong e Gia Coppola no júri, o festival mostrou mais uma vez a sua relevância cultural, ao unir o melhor do cinema mundial com debates urgentes da atualidade.

Censura Digital na China: Casamento Gay em Together Transformado em União Heterossexual

Alteração polémica choca espectadores

O filme de terror australiano Together, protagonizado por Dave Franco e Alison Brie, chegou recentemente às salas de cinema na China, mas não sem polémica. Uma cena que retratava o casamento entre dois homens foi digitalmente alterada, com recurso a tecnologia de substituição facial, para transformar um dos noivos numa mulher.

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A mudança só foi descoberta depois de circularem nas redes sociais imagens comparativas da versão original e da versão exibida na China. A reação foi imediata:

“A troca de rostos por IA é inaceitável — altera completamente a visão criativa original”, escreveu um utilizador nas redes.

Uma nova forma de censura

A censura em filmes estrangeiros lançados na China não é novidade, mas a técnica usada desta vez levanta novas questões. Em vez de cortar a cena, as autoridades optaram por reescrever digitalmente a narrativa, tornando a alteração menos óbvia para os espectadores.

Como escreveu um utilizador do Weibo:

“O que está a acontecer fora do filme é ainda mais assustador do que o que vemos nele.”

Contexto social e político

Embora a homossexualidade esteja descriminalizada na China, continua a ser fortemente estigmatizada. O governo promove relações heterossexuais como o modelo ideal e, em 2021, chegou a proibir a presença de “homens efeminados” na televisão.

Apesar disso, a opinião pública mostra sinais de mudança: um inquérito realizado no ano passado revelou que mais de metade da população considera que as pessoas LGBTQ+ devem ser aceites pela sociedade.

Ainda assim, a decisão de alterar Together provocou acusações de humilhação e desrespeito. Um utilizador da rede RedNote escreveu que esta prática representa uma forma de “humilhar grupos minoritários”.

Exibição suspensa

O filme deveria ter tido estreia alargada na China a 19 de setembro, mas perante a onda de críticas, o distribuidor local suspendeu os planos sem apresentar explicações.

Não é caso isolado

Esta não é a primeira vez que produções ocidentais são modificadas para o público chinês. Em 2018, Bohemian Rhapsodyfoi exibido sem referências à homossexualidade de Freddie Mercury, e até a sitcom Friends sofreu cortes em episódios que incluíam personagens lésbicas.

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No caso de Together, realizado por Michael Shanks, a polémica pode ter posto em causa a sua distribuição no país, mas abriu também um debate mais amplo: até onde pode ir a tecnologia ao serviço da censura?

Dora Transforma-se em Sereia no Novo Filme Dora: Numa Aventura Mágica Sob o Mar 🧜‍♀️✨

Um mergulho para celebrar 25 anos de Dora

A exploradora mais famosa do Nickelodeon está de volta ao grande ecrã e desta vez vai trocar a mochila por barbatanas. Dora: Numa Aventura Mágica Sob o Mar estreia em Portugal a 2 de outubro, numa celebração especial do 25.º aniversário da franquia que marcou gerações de crianças em todo o mundo .

Distribuído pela NOS Audiovisuais, o filme será exibido exclusivamente nos cinemas e promete uma experiência cheia de cor, música e fantasia para toda a família.

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A história: um charango mágico e novas amigas

Na nova aventura, Dora e o inseparável Botas descobrem um charango mágico, pequeno instrumento típico dos Andes. Ao tocarem nele, transformam-se em sereias e mergulham num universo submarino repleto de mistério.

A dupla vai conhecer Marisol, a Sereia, e a sua melhor amiga, a golfinho Rosa, embarcando juntas numa jornada épica pelo Mar Sirena. Pelo caminho, enfrentam missões inesperadas e descobrem que a amizade é sempre o maior tesouro.

Mais do que cinema: podcasts e YouTube

A celebração dos 25 anos de Dora vai além do filme. Já está disponível o podcast Dora’s Mermaid Adventures, com 10 episódios cheios de música e histórias, bem como uma série de YouTube baseada nesse universo. Ambas as produções estão acessíveis desde setembro e expandem a experiência para os mais novos em casa.

Um fenómeno global que continua vivo

Desde a estreia em 2000, Dora, a Exploradora tornou-se um verdadeiro fenómeno cultural, exibido em mais de 150 países e traduzido em 32 línguas. Ao longo de oito temporadas — todas disponíveis na Paramount+ —, a série conquistou prémios prestigiados como os Emmy, Peabody e Parents’ Choice, provando que a sua mensagem de amizade, inclusão e aventura continua relevante 25 anos depois.

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Uma estreia imperdível

Seja pela nostalgia dos pais ou pelo encanto dos mais pequenos, Dora: Numa Aventura Mágica Sob o Mar promete ser uma das estreias familiares mais especiais do outono. Um convite a mergulhar num mundo de imaginação que celebra não só a personagem, mas também o impacto duradouro da sua mensagem.

It – A Coisa Regressa aos Cinemas em Portugal (Mas Só Por Um Dia) 🎈👀

O regresso do palhaço mais aterrador do cinema

Preparem-se para voltar a flutuar: It – A Coisa, o fenómeno de terror de 2017 baseado na obra de Stephen King, vai regressar às salas portuguesas no próximo 24 de setembro. Mas atenção: será apenas por um dia, num evento especial que promete fazer reviver o medo nas melhores condições técnicas.

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O filme será exibido em salas selecionadas da UCI e da NOS, mas apenas naquelas equipadas com sistema Dolby ATMOS, garantindo uma experiência imersiva onde cada sussurro e cada gargalhada de Pennywise ecoam pelo auditório.

A história que fez tremer uma geração

A ação decorre em Derry, no Maine, no final dos anos 80. Tudo começa com o desaparecimento de Georgie, numa noite chuvosa, que deixa o seu irmão Bill obcecado em descobrir a verdade.

É então que se forma o mítico “Clube dos Falhados”, composto por Bill, Beverly, Ben, Eddie, Richie, Mike e Stanley. Unidos pelas suas próprias fragilidades — bullying, inseguranças e dramas familiares —, os jovens descobrem que os desaparecimentos na cidade estão ligados a uma criatura que assume a forma de um palhaço aterrorizador: Pennywise.

Mas este não é um palhaço qualquer. É uma entidade sobrenatural que regressa a cada 27 anos para se alimentar dos medos das crianças. Para sobreviver, o grupo terá de enfrentar os seus maiores terrores frente a frente.

Um sucesso colossal

Lançado em 2017, It – A Coisa foi um dos maiores êxitos de terror da década, arrecadando 601 milhões de euros em bilheteira mundial. Parte do sucesso deve-se ao elenco jovem carismático, que inclui Finn WolfhardJaeden MartellSophia LillisJack Dylan Grazer e Wyatt Oleff. Mas o grande destaque vai inevitavelmente para Bill Skarsgård, cuja interpretação de Pennywise se tornou instantaneamente icónica.

Um aperitivo para 

Welcome to Derry

O regresso ao cinema não é coincidência. A sessão especial surge como forma de preparar terreno para “Welcome to Derry”, a série que expandirá o universo de It e explorará ainda mais as origens e o ciclo de terror que assombra a pequena cidade criada por Stephen King.

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Para os fãs, trata-se de uma oportunidade rara: rever It no grande ecrã, sentir novamente a tensão coletiva na sala escura e deixar-se dominar pela atmosfera de um dos filmes mais marcantes do terror moderno.

John Ford Ressuscitado em Lisboa: The Scarlet Drop Vai Ser Exibido na Cinemateca Portuguesa

Um século perdido, um achado no Chile

Um pedaço da história do cinema que parecia perdido para sempre vai finalmente ser exibido em Lisboa. A Cinemateca Portuguesa apresenta, no próximo 20 de outubro, o filme mudo The Scarlet Drop (1918), realizado por John Ford e dado como desaparecido durante mais de 100 anos.

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A descoberta aconteceu em 2024, num armazém em Santiago do Chile, quando o académico Jaime Córdova, da Universidade de Viña del Mar, comprou um lote de películas a um colecionador que as tinha guardado durante quatro décadas sem imaginar o seu valor. Entre elas, estava esta raridade de Ford, protagonizada por Harry Carey.

“Encontrar um filme perdido de John Ford é como encontrar o Santo Graal”, confessou Córdova, na altura, em entrevista à agência Efe.

Ford antes de Ford

Rodado em 1918, The Scarlet Drop é um western atípico para a época, já que aborda temas pouco habituais no género: desigualdade social, luta de classes e marginalização. Segundo nota da Cinemateca, o filme “permite já antever o que viria a ser entendido como universo fordiano: os rituais, as situações melancólicas, os anti-heróis e aquela fotografia extraordinária”.

É, portanto, uma oportunidade única de assistir ao embrião daquilo que viria a ser a assinatura de um dos cineastas mais influentes da história, autor de clássicos como O Vale Era Verde (1941) ou A Desaparecida (1956).

Um restauro minimalista

A cópia encontrada foi digitalmente restaurada pela Cinemateca Nacional do Chile, mas de forma quase invisível. “Não lhe quero chamar restauro. Obviamente que houve uma reparação no suporte do filme, mas a imagem não sofreu qualquer intervenção”, explicou Jaime Córdova, sublinhando a qualidade surpreendente da película em nitrato, ainda intacta após mais de um século.

Curiosamente, o filme conserva ainda as tonalidades originais da época — rosa, azul e ocre — utilizadas para dar cor às películas mudas e quebrar o monocromático do preto e branco.

Sessão dupla na Cinemateca

A exibição de The Scarlet Drop acontecerá numa sessão especial inserida no Dia Mundial do Património Audiovisual(celebrado a 27 de outubro). O filme será apresentado em conjunto com Sansho Dayu (1954), de Kenji Mizoguchi, proporcionando uma noite que junta duas obras-primas resgatadas do tempo e da memória.

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Para cinéfilos, historiadores e curiosos, trata-se de um acontecimento raro: ver renascer no ecrã uma obra de John Ford que o próprio mundo acreditava estar perdida.

Festival de San Sebastián 2025 Arranca com 27 Nights e Homenagem a Esther García 🌟🎬

Festival Internacional de Cinema de San Sebastián abriu oficialmente as portas da sua 73.ª edição com uma noite dupla de celebração: a estreia mundial de 27 Nights, de Daniel Hendler, e a entrega do Prémio Donostia à histórica produtora Esther García, figura incontornável do cinema espanhol.

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A cerimónia decorreu no monumental Kursaal Center, perante um público que aplaudiu de pé García, reconhecida pela sua longa colaboração com os irmãos Pedro e Agustín Almodóvar através da produtora El Deseo. Desde 1986, Esther foi peça-chave em títulos como Mulheres à Beira de um Ataque de NervosTudo Sobre a Minha Mãe ou Fala com Ela, além do recente The Room Next Door (2024), protagonizado por Julianne Moore e Tilda Swinton.

No discurso, a produtora recordou as dificuldades de ser mulher numa indústria dominada por homens, nos anos 70 e 80, quando a maioria das funções disponíveis eram de assistente de produção ou figurinista:

“Nunca pensei em desistir. Tinha um filho e este era o meu trabalho. O urgente foi fazer o meu trabalho bem e conquistar a confiança dos outros. Atirei-me de cabeça, vezes sem conta, até encontrar os irmãos Almodóvar.”

Com seis prémios Goya no currículo, Esther García é hoje descrita pelo diretor do festival, José Luis Rebordinos, como “uma mulher incrível” e uma referência incontornável para compreender a obra de Almodóvar. Este ano, divide a honra do Donostia com Jennifer Lawrence, que receberá o galardão a 26 de setembro.

27 Nights: Mistério na Abertura

A sessão inaugural ficou marcada pela estreia de 27 Nights, produção da Netflix realizada por Daniel Hendler, que também integra o elenco. O filme segue Martha Hoffman (Marilú Marini), uma excêntrica mecenas das artes internada numa clínica psiquiátrica pelas próprias filhas. Caberá ao perito forense Casares (interpretado pelo próprio Hendler) descobrir se tudo não passa de um plano para controlar a fortuna da mãe ou se a personagem sofre, de facto, de demência.

O elenco conta ainda com Humberto Tortonese, Paula Grinszpan, Julieta Zylberberg e Carla Peterson, esta última aplaudida ao lado do realizador no photocall de abertura, que decorreu numa tarde escaldante em San Sebastián.

Um Festival em Alta

Para além do glamour da passadeira vermelha, Rebordinos sublinhou a importância crescente do festival no panorama global: “Pouco a pouco, encontrámos o nosso lugar. O festival vive um bom momento e temos uma grande equipa.”

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Entre 19 e 27 de setembro, San Sebastián volta assim a afirmar-se como um dos epicentros do cinema mundial, combinando cinema de autor, estreias internacionais e homenagens às figuras que moldaram — e continuam a moldar — a história da sétima arte.

Mothernet: Quando o Luto e a Inteligência Artificial se Cruzam no Cinema Asiático 🤖💔

Festival Internacional de Cinema de Busan revelou em estreia mundial um dos títulos mais comentados da sua secção Vision-Asia: Mothernet, drama indonésio realizado por Ho Wi Ding e produzido por Shanty Harmayn, que mergulha no impacto emocional da tecnologia num contexto de perda familiar.

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A narrativa, escrita por Gina S. Noyer, desenrola-se num futuro próximo e acompanha um pai (Ringgo Agus Rahman) e um filho adolescente (Ali Fikry) que tentam reconstruir a vida após a morte repentina da mãe (Dian Sastrowardoyo). Num momento de desespero, um amigo sugere a recriação da figura materna através de um programa de Inteligência Artificial. Primeiro o filho, depois o pai, cedem à tentação, mergulhando numa dependência cada vez mais insustentável da aplicação.

Apesar de conter elementos de ficção científica, o realizador sublinha que o coração do filme está no drama humano. “O que me atraiu foi a relação entre pai e filho. Em muitas famílias asiáticas, a mãe é a ponte que facilita a comunicação. Quando desaparece, pai e filho ficam forçados a enfrentar-se diretamente, em plena dor”, explica Ho Wi Ding.

A decisão criativa foi clara: evitar excessos de “world-building” típicos do sci-fi e colocar a emoção em primeiro plano. O resultado é um filme onde os vislumbres do futuro se integram num quotidiano reconhecível, filmado sobretudo em localizações indonésias, mas com apoio de produção virtual em Singapura para criar ambientes mais futuristas.

A produção tem ainda o mérito de ser a primeira a beneficiar do Virtual Production Innovation Fund da Infocomm Media Development Authority (IMDA) de Singapura. O projeto envolveu também a Refinery Media como co-produtora, sinal da crescente aposta da região em novas tecnologias de rodagem.

Para Shanty Harmayn, o ritmo vertiginoso da inovação tecnológica foi um desafio: quando começaram a desenvolver Mothernet, antes da pandemia, a ideia de recriar entes queridos com IA parecia distante. “Estávamos a pensar em 2035, mas rapidamente percebemos que tinha de ser passado no futuro imediato. A vida real apanhou-nos de surpresa.”

A argumentista Gina S. Noyer acrescenta que o isolamento pandémico alterou a forma como entendemos a ligação humana: “As pessoas procuram na IA não só respostas, mas também companhia. Mas no fundo o que desejamos é presença. As máquinas calculam, mas só os humanos conseguem ouvir e dar sentido ao sofrimento.”

Com atuações de peso de alguns dos nomes mais reconhecidos do cinema indonésio — Dian Sastrowardoyo, Ringgo Agus Rahman e o jovem Ali Fikry —, Mothernet posiciona-se como um drama íntimo que utiliza a ficção científica como espelho do presente.

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É, no fundo, um filme sobre o que significa ser humano numa era em que a tecnologia promete substituir até os laços mais profundos. E, como lembra Noyer, “a humanidade floresce quando escolhemos estar presentes uns para os outros”.

Festival de San Sebastián Abre com Cinema Português em Destaque e Homenagem a Jennifer Lawrence 🎥🌍

Três Filmes Portugueses em Competição

Arrancou hoje, em Espanha, a 73.ª edição do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, um dos mais prestigiados eventos cinematográficos da Europa, e Portugal está em grande destaque. Três obras portuguesas — de André Silva Santos, Inês Nunes e Paula Tomás Marques — integram a competição oficial, cada uma a representar diferentes olhares e linguagens cinematográficas.

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Na secção Nest, dedicada a estudantes de cinema, surge A Solidão dos Lagartos, curta-metragem de Inês Nunes filmada no Algarve em 2022. A realizadora parte de um cenário invulgar — um spa rodeado por montanhas de sal — para explorar encontros, desejos e transformações ao cair da noite. O filme já tinha passado este ano pelo Festival de Cannes.

Já em Zabaltegi-Tabakalera, a principal secção competitiva, estão dois trabalhos portugueses: Sol Menor, de André Silva Santos, distinguido no Curtas de Vila do Conde, e Duas Vezes João Liberada, de Paula Tomás Marques, estreado em Berlim e já exibido no MoMA, em Nova Iorque.

Sol Menor acompanha a dor e o dilema de um professor de música em luto, enquanto Duas Vezes João Liberada confirma a crescente projeção internacional de Paula Tomás Marques.

Coproduções e Clássicos Restaurados

Além da presença competitiva, San Sebastián vai também acolher coproduções luso-espanholas no programa Made in Spain. Entre elas estão Uma Quinta Portuguesa, de Avelina Prat, protagonizada por Maria de Medeiros, e San Simón, de Miguel Ángel Delgado.

Outro momento especial será a exibição de uma cópia restaurada de Aniki-Bobó (1932), a primeira longa-metragem de Manoel de Oliveira, que depois de Veneza e Toronto chega agora ao público basco como símbolo da preservação do património cinematográfico português.

Jennifer Lawrence Distingida com Prémio de Carreira

A edição deste ano ficará igualmente marcada pela homenagem à atriz norte-americana Jennifer Lawrence, que receberá um prémio de carreira. Aos 35 anos, Lawrence soma já uma estatueta dos Óscares, uma Concha de Prata em San Sebastián e uma filmografia que vai de Winter’s Bone a Jogos da Fome e Causeway.

O júri do festival é presidido pelo realizador espanhol J.A. Bayona e integra, entre outros nomes, a portuguesa Laura Carreira, vencedora em 2024 da Concha de Prata de melhor realização por On Falling.

Cinema e Contexto Político

A 73.ª edição do festival não escapa ao debate político: no início de setembro, a direção de San Sebastián condenou de forma pública o “genocídio e os massacres inimagináveis” em Gaza, responsabilizando tanto o governo israelita de Benjamin Netanyahu como os ataques do Hamas em outubro de 2023.

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Um Festival que Respira Diversidade

Com filmes de realizadores consagrados como Agnieszka Holland, Claire Denis e Arnaud Desplechin, e com um olhar atento para talentos emergentes, San Sebastián volta a afirmar-se como um dos pontos nevrálgicos do cinema mundial. Para Portugal, esta edição representa não só visibilidade, mas também o reconhecimento de uma geração de cineastas que está a conquistar espaço no circuito internacional.

“The Toxic Avenger”: O Herói Radioativo Que Não Sabíamos Precisar Chega aos Cinemas

Peter Dinklage lidera o regresso grotesco e satírico do clássico de culto dos anos 80

Preparem-se para litros de sangue verde, sátira ambiental e muito humor negro: The Toxic Avenger regressa reinventado para uma nova geração. O filme, realizado por Macon Blair e protagonizado por Peter Dinklage, estreia em Portugal a 25 de setembro, com distribuição da NOS Audiovisuais .

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Do empregado invisível ao justiceiro monstruoso

Na nova versão, Dinklage interpreta Winston Gooze, um funcionário de limpeza ignorado pela sociedade que, após um acidente químico, renasce como o improvável herói radioativo: o Toxic Avenger. Feio, mutante e grotesco, mas dotado de um estranho sentido de justiça, Toxie enfrenta magnatas corporativos e forças corruptas que ameaçam a sua comunidade — tudo com muito sarcasmo e litros de fluídos nada convencionais.

Elenco improvável e explosivo

Se a escolha de Dinklage já surpreende, o resto do elenco não fica atrás: Kevin Bacon assume o papel de vilão corporativo, Elijah Wood surge num registo perturbadoramente excêntrico, e juntam-se ainda Jacob Tremblay, Taylour Paige e Julia Davis. O resultado é uma combinação improvável que mistura sátira social, violência caricatural e homenagem aos filmes de culto dos anos 80.

Entre monstros e sátira

The Toxic Avenger recorre a efeitos práticos ao estilo clássico, com monstros mutantes e ação exagerada, mas tempera tudo com uma camada de crítica ao mundo moderno. Mais do que um simples remake, é uma reinterpretação anárquica, irreverente e até emotiva, que promete tanto gargalhadas como desconforto.

Sessões com sabor português

As sessões em Portugal terão um extra especial: a exibição da curta-metragem Borbulha, de Fernando Alle (Mutant BlastPapá Wrestling). A comédia de terror de quatro minutos começa com uma simples borbulha e termina em caos sangrento. Produzida por Alle e co-produzida por Bruno Caetano (nomeado ao Óscar® por Ice Merchants), a curta já foi selecionada para mais de 30 festivais internacionais.

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Quando a justiça é radioativa

Com estreia confirmada para 25 de setembroThe Toxic Avenger promete ser mais do que um simples regresso: é a reinvenção de um ícone do cinema independente, capaz de conquistar tanto os fãs do original como uma nova geração pronta para abraçar este anti-herói grotesco.

“Abril”: O Filme Proibido na Geórgia Que Chega às Salas Portuguesas

Um retrato da resistência feminina pela câmara de Dea Kulumbegashvili

A realizadora georgiana Dea Kulumbegashvili regressa às origens com Abril, a sua mais recente obra, e fá-lo de forma contundente. O filme, proibido na Geórgia, estreia agora em Portugal como um grito silencioso sobre a erosão dos direitos reprodutivos das mulheres. No centro da narrativa está Nina, uma médica obstetra que pratica abortos clandestinos numa região remota, enfrentando o peso da clandestinidade, do isolamento e do julgamento constante.

Heroísmo fora do palco

Kulumbegashvili afirmou que quis explorar o conceito de heroísmo longe dos clichés: não o herói grandioso, mas os pequenos atos de coragem, muitas vezes invisíveis. Nina vive a sua missão quase como uma condenação, com uma rotina solitária imposta pela necessidade de resistir. Não há glória, apenas um compromisso com aquilo que sente ser justo.

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A estética do tempo suspenso

Tal como em O Começo, o seu filme anterior, a realizadora aposta em composições visuais rigorosas e numa narrativa que desafia a pressa. O tempo torna-se protagonista: o tiquetaque de um relógio numa audiência hospitalar, a languidez das horas que esmagam a protagonista, a sensação de um cerco sem saída. Esta escolha aproxima Kulumbegashvili de nomes como Nuri Bilge Ceylan, que transformam a contemplação em ferramenta dramática.

Entre o íntimo e o político

Se, por um lado, Abril mergulha na solidão existencial de Nina, por outro, inscreve-se num debate urgente: a autonomia das mulheres sobre os seus corpos. A resistência não se expressa aqui em gritos ou pancartas, mas na serenidade trágica de quem continua a agir apesar da clandestinidade. A própria realizadora sublinha que, por vezes, a serenidade pode ser o gesto mais revolucionário de todos.

Uma luta que transcende fronteiras

Apesar de enraizado na realidade georgiana, o filme dialoga com contextos internacionais. Num mundo em que o retrocesso dos direitos reprodutivos ganha terreno, Abril ressoa tanto em Tbilisi como em Lisboa. Para Kulumbegashvili, o perigo está na ilusão de que os direitos adquiridos são permanentes: “A geração que veio depois da minha acreditou que os direitos das mulheres sempre lá estariam. E isso é uma ilusão.”

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Portugal recebe o filme proibido

Proscrito na Geórgia e sem direito a distribuição no país natal da autora, Abril chega agora às salas portuguesas, trazendo consigo uma reflexão dura mas necessária. É um filme que, mais do que entreter, procura inquietar, lembrando-nos de que a resistência também se escreve em silêncio — e que o esquecimento é o maior inimigo da conquista de direitos.

The Chapel: novo palco do Tribeca Festival Lisboa estreia com filmes e séries imperdíveis 🎬✨

Um convento transformado em sala de cinema

Tribeca Festival Lisboa anunciou a programação oficial para a estreia de The Chapel by Betclic, a nova sala de exibição instalada na Capela do Convento do Beato. O espaço icónico da capital foi renovado para acolher alguns dos títulos mais aguardados do ano, numa iniciativa que reforça o papel do festival como ponto de encontro entre o cinema português e o panorama internacional.

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Entre 30 de outubro e 1 de novembro, o público poderá assistir em estreia a produções de realizadores consagrados e a obras que prometem marcar a temporada de festivais.

O que vai passar em The Chapel

A programação está recheada de nomes fortes:

  • “In the Hand of Dante”, de Julian Schnabel, uma das grandes apostas do circuito internacional;
  • “Sonhos”, o mais recente filme do mexicano Michel Franco;
  • “Sandokan: The Pirate Prince”, série com Can Yaman e Ed Westwick;
  • “Bugonia”, do grego Yorgos Lanthimos, depois do sucesso mundial de Poor Things;
  • “The Best You Can”, de Michael J. Weihorn;
  • “Além do Horizonte — A Travessia”, novo filme do português Fernando Vendrell, que dá destaque à produção nacional.

Para além destes títulos já confirmados, a programação reserva ainda dois filmes-surpresa a anunciar.

Três dias, nove sessões

O calendário de exibições no novo espaço será o seguinte:

📅 30 de outubro

  • 14h30 – In the Hand of Dante
  • 18h30 – Bugonia
  • 21h30 – Feel the Magic: Ticha Penicheiro — Against All Odds

📅 31 de outubro

  • 14h30 – Filme a anunciar
  • 18h30 – Sonhos
  • 21h30 – Sandokan: The Pirate Prince

📅 1 de novembro

  • 14h30 – The Best You Can
  • 18h30 – Além do Horizonte — A Travessia
  • 21h30 – Filme a anunciar

Bilhetes e passes

Os bilhetes individuais para cada sessão custam 15€ e estarão disponíveis a partir de 22 de setembro. Para quem quiser mergulhar a fundo na programação, existem pacotes especiais:

  • Cinema Pack I (35€) – acesso a seis sessões;
  • Cinema Pack II (65€) – acesso a três sessões;
  • Full Pass (255€) – acesso a todos os dias do festival.

Lisboa no mapa do cinema mundial

Para Cara Cusumano, diretora do festival em Nova Iorque, esta segunda edição do Tribeca Festival Lisboa celebra “o que mais gostamos na arte de contar histórias a nível global”, juntando títulos de peso do Tribeca 2025 e estreias internacionais que reforçam o caráter ousado do evento.

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Com The Chapel, Lisboa ganha não só um novo palco cultural, mas também a oportunidade de se afirmar como uma cidade que respira cinema em todas as suas formas.

França escolhe Foi Só um Acidente, de Jafar Panahi, como candidato ao Óscar 🇫🇷🏆

Palma de Ouro de Cannes segue rumo a Hollywood

França anunciou a escolha de Foi Só um Acidente, do realizador iraniano Jafar Panahi, como candidato oficial ao Óscar de Melhor Filme Internacional na 98.ª edição dos prémios da Academia, marcada para 15 de março de 2026 em Los Angeles.

O filme, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, estreia em Portugal a 13 de novembro e foi rodado em condições clandestinas, com parte da equipa a ser detida no Irão após o anúncio de que competiria no festival francês.

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Uma história de vingança e dúvida

Inspirado em testemunhos de presos políticos iranianos, Foi Só um Acidente acompanha um homem que julga ter encontrado, por acaso, o seu torturador. Decide raptá-lo e enterrá-lo vivo no deserto, mas a dúvida sobre a identidade do homem leva-o a procurar a ajuda de uma fotógrafa de casamentos que também esteve presa. O que começa como um ato de vingança transforma-se numa espiral de incertezas e caos.

O filme reflete as próprias experiências de Panahi, que esteve detido duas vezes — 86 dias em 2010 e quase sete meses entre 2022 e 2023 — e que permanece impedido de filmar no seu país.

França aposta em coproduções internacionais

A escolha foi anunciada pelo Centro Nacional de Cinema de França (CNC), que destacou o papel do país como “coração pulsante das coproduções internacionais”. Segundo Gaëtan Bruel, diretor do CNC, a candidatura de Panahi mostra como a França continua a ser “uma terra acolhedora para criadores impedidos de trabalhar nos seus países”.

A decisão representou uma derrota para Nouvelle Vague, de Richard Linklater (produzido pela Netflix), que era um dos favoritos. Outros filmes em análise incluíam Arco, de Ugo Bienvenu, La Petite Dernière, de Hafsia Herzi, e Vie privée, de Rebecca Zlotowski, protagonizado por Jodie Foster.

O passado e o presente dos Óscares

Panahi nunca foi selecionado pelo Irão para representar o país, apesar de já ter vencido alguns dos maiores prémios do cinema mundial — de Veneza a Berlim. Agora, com o apoio francês, tem finalmente uma oportunidade de chegar à corrida aos Óscares.

A França não vence na categoria de Melhor Filme Internacional desde Indochina (1992), mas no último ano conseguiu grande visibilidade com Emilia Perez, de Jacques Audiard, que obteve 13 nomeações, embora tenha perdido para o brasileiro Ainda Estou Aqui.

Portugal também entra na corrida

Portugal será representado por Margarida Cardoso e o seu filme Banzo, juntando-se a uma lista já preenchida por nomes fortes: os irmãos Dardenne com Jeunes Mères (Bélgica), Óliver Laxe com Sirât (Espanha), Park Chan-wook com No Other Choice (Coreia do Sul), Joachim Trier com Sentimental Value (Noruega), entre muitos outros.

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A lista final de 15 pré-selecionados será revelada a 16 de dezembro, com as cinco nomeações oficiais a serem conhecidas a 22 de janeiro de 2026.

Óscares 2026: Colômbia Escolhe A Poet Como Candidato a Melhor Filme Internacional

Do júri de Cannes à corrida a Hollywood

A Colômbia anunciou oficialmente que A Poet, de Simón Mesa Soto, será o filme representante do país na corrida ao Óscar de Melhor Filme Internacional em 2026. A obra estreou mundialmente no Festival de Cannes deste ano, onde conquistou o Prémio do Júri na secção Un Certain Regard, e já passou também pelo Festival de Toronto (TIFF).

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Trata-se da segunda longa-metragem de Mesa Soto, que já se começa a afirmar como uma das vozes mais singulares do novo cinema colombiano.

Uma história de fracasso, redenção e literatura

No centro da narrativa está Óscar, interpretado pelo estreante Ubeimar Rio, um escritor falhado e desempregado que vive com a família em Medellín. Entregue ao álcool e ao desencanto, vagueia pelas ruas da cidade lamentando o estado da literatura no seu país. A sua vida ganha, no entanto, um novo propósito quando lhe é oferecida a oportunidade de orientar uma jovem estudante — um gesto que pode significar a sua redenção.

O elenco conta ainda com Rebeca Andrade, Guillermo Cardona, Humberto Restrepo, Alisson Correa e Margarita Soto.

Reconhecimento dentro e fora da Colômbia

“A receção do público colombiano foi comovente. Muitos identificaram-se com o nosso poeta, e isso foi o que mais nos emocionou. Agora, saber que vamos representar a Colômbia no caminho até aos Óscares é uma honra enorme”, afirmou o realizador Simón Mesa Soto.

Nos Estados Unidos, os direitos de distribuição foram adquiridos pela 1-2 Special, que planeia uma estreia em sala.

O histórico da Colômbia nos Óscares

A presença da Colômbia na corrida ao Óscar tem sido esporádica, mas marcante. Em 2015, o país conseguiu pela primeira vez uma nomeação com O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra. Mais tarde, em 2018, Pássaros de Verão, de Cristina Gallego e Guerra, chegou a integrar a shortlist.

Com A Poet, a Colômbia volta a apostar num cinema autoral e poético, que tem vindo a conquistar a crítica internacional.

O calendário dos prémios

O prazo de submissões aos Óscares termina a 1 de outubro. A shortlist de 15 filmes será revelada a 16 de dezembro, enquanto as nomeações oficiais para a 98.ª edição dos prémios da Academia serão anunciadas a 22 de janeiro de 2026.


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A Poet

 Como Candidato a Melhor Filme Internacional

Do júri de Cannes à corrida a Hollywood

A Colômbia anunciou oficialmente que A Poet, de Simón Mesa Soto, será o filme representante do país na corrida ao Óscar de Melhor Filme Internacional em 2026. A obra estreou mundialmente no Festival de Cannes deste ano, onde conquistou o Prémio do Júri na secção Un Certain Regard, e já passou também pelo Festival de Toronto (TIFF).

Trata-se da segunda longa-metragem de Mesa Soto, que já se começa a afirmar como uma das vozes mais singulares do novo cinema colombiano.

Uma história de fracasso, redenção e literatura

No centro da narrativa está Óscar, interpretado pelo estreante Ubeimar Rio, um escritor falhado e desempregado que vive com a família em Medellín. Entregue ao álcool e ao desencanto, vagueia pelas ruas da cidade lamentando o estado da literatura no seu país. A sua vida ganha, no entanto, um novo propósito quando lhe é oferecida a oportunidade de orientar uma jovem estudante — um gesto que pode significar a sua redenção.

O elenco conta ainda com Rebeca Andrade, Guillermo Cardona, Humberto Restrepo, Alisson Correa e Margarita Soto.

Reconhecimento dentro e fora da Colômbia

“A receção do público colombiano foi comovente. Muitos identificaram-se com o nosso poeta, e isso foi o que mais nos emocionou. Agora, saber que vamos representar a Colômbia no caminho até aos Óscares é uma honra enorme”, afirmou o realizador Simón Mesa Soto.

Nos Estados Unidos, os direitos de distribuição foram adquiridos pela 1-2 Special, que planeia uma estreia em sala.

O histórico da Colômbia nos Óscares

A presença da Colômbia na corrida ao Óscar tem sido esporádica, mas marcante. Em 2015, o país conseguiu pela primeira vez uma nomeação com O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra. Mais tarde, em 2018, Pássaros de Verão, de Cristina Gallego e Guerra, chegou a integrar a shortlist.

Com A Poet, a Colômbia volta a apostar num cinema autoral e poético, que tem vindo a conquistar a crítica internacional.

O calendário dos prémios

O prazo de submissões aos Óscares termina a 1 de outubro. A shortlist de 15 filmes será revelada a 16 de dezembro, enquanto as nomeações oficiais para a 98.ª edição dos prémios da Academia serão anunciadas a 22 de janeiro de 2026.

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