A realizadora portuguesa Laura Carreira foi distinguida com a Concha de Prata de Melhor Realização no Festival de Cinema de San Sebastián pela sua primeira longa-metragem, “On Falling”. Este filme, que retrata a vida de Aurora, uma jovem portuguesa emigrada na Escócia, aborda temas como a precariedade laboral, a solidão e as dificuldades emocionais de viver num país estrangeiro.
On Falling teve a sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto, antes de competir em San Sebastián, onde a crítica o elogiou pela sua sensibilidade e profundidade emocional. O filme foi produzido pela BRO Cinema em coprodução com o Reino Unido e recebeu ainda uma menção honrosa no Prémio Otra Mirada, atribuído pela televisão pública espanhola RTVE.
Laura Carreira, natural do Porto, começou a sua carreira com as curtas-metragens Red Hill e The Shift, que também exploravam temas relacionados com o trabalho e a subsistência. Agora, com On Falling, a cineasta reafirma o seu compromisso em abordar questões sociais através da ficção, trazendo à tona temas muitas vezes negligenciados no cinema contemporâneo.
Este prémio, recebido ex-aequo com o realizador espanhol Pedro Martín-Calero por El Llanto, marca o início de uma promissora carreira internacional para Laura Carreira, posicionando-a como uma das novas vozes do cinema europeu a ter em conta.
John Ashton, o ator veterano de Hollywood conhecido pelo seu papel como detetive sargento John Taggart na saga de filmes O Caça Polícias (Beverly Hills Cop), morreu aos 76 anos. Ashton faleceu em Fort Collins, Colorado, após uma breve luta contra o cancro, de acordo com fontes próximas da sua carreira, que confirmaram a notícia à The Hollywood Reporter.
ver também :
Ashton tornou-se famoso em 1984 quando interpretou o parceiro de Judge Reinhold, formando uma dupla icónica ao lado de Eddie Murphy no filme que lançou Murphy para o estrelato internacional. O papel de John Taggart transformou Ashton num rosto familiar para o público, regressando também para a sequela, O Caça Polícias II, em 1987. No entanto, devido a conflitos de agenda, Ashton não pôde participar na terceira parte da saga em 1994. Ainda assim, para alegria dos fãs, o trio voltou a reunir-se no mais recente filme da franquia, O Caça Polícias: Axel Foley, lançado este verão na Netflix, com a personagem de Ashton promovida a chefe de polícia.
Nascido a 22 de fevereiro de 1948, em Springfield, Massachusetts, John Ashton começou a sua carreira na década de 1970, com várias participações em séries de televisão. O seu grande papel no cinema, além da saga O Caça Polícias, foi em Fuga à Meia-Noite (Midnight Run), um filme de 1988 realizado por Martin Brest, onde Ashton interpretou um caçador de recompensas rival de Robert De Niro.
Durante a sua longa carreira, Ashton também participou em vários outros projetos, incluindo o filme Vista pela Última Vez… (Gone Baby Gone) de Ben Affleck, lançado em 2007. Ao longo dos anos, manteve-se ativo no mundo do entretenimento, tanto na televisão como no cinema, conquistando o respeito e a admiração de colegas e fãs.
A morte de John Ashton marca o fim de uma era para muitos fãs de cinema dos anos 80, e o seu contributo para a indústria será sempre recordado. Fica o legado de um ator versátil, que soube dar vida a personagens memoráveis, em particular o icónico John Taggart, que ficará para sempre na memória dos amantes de comédia e ação.
O Poohniverse, um universo cinematográfico que começou com o polémico Ursinho Pooh: Sangue e Mel, está a expandir-se com novos filmes que prometem dar uma volta sombria aos clássicos da infância. O mais recente projeto é Pinocchio: Unstrung, um slasher que transforma a história do famoso boneco de madeira numa narrativa de terror, totalmente diferente da adaptação da Disney.
Sob a direção de Rhys Frake-Waterfield, que também esteve por detrás de Ursinho Pooh: Sangue e Mel, Pinocchio: Unstrung será o próximo passo deste universo cinematográfico que está a ganhar popularidade junto dos fãs de terror. As filmagens estão previstas para começar em breve, com uma data de estreia projetada para 2025.
Este novo filme segue a linha de reinterpretações sombrias e violentas de personagens clássicos da literatura infantil. Pinocchio: Unstrung irá explorar o lado mais perturbador da história do boneco que sonha em se tornar um menino real, transformando-o numa figura que, em vez de conquistar corações, provoca medo e terror. Esta abordagem ousada e única faz parte de uma tendência crescente no cinema de terror, onde histórias infantis são transformadas em narrativas sombrias e macabras.
O sucesso inesperado de Ursinho Pooh: Sangue e Mel, que deu início a este universo, levou a uma série de novos projetos dentro do Poohniverse. Além de Pinocchio: Unstrung, estão em desenvolvimento outros filmes, como Peter Pan’s Neverland Nightmare e Bambi: The Reckoning. Todos estes filmes partilham o mesmo universo e estão a preparar o terreno para um grande crossover intitulado Poohniverse: Monsters Assemble, onde várias personagens enfrentarão um desafio aterrorizante contra monstros.
O orçamento de Pinocchio: Unstrung será o maior da franquia até agora, refletindo o crescente interesse e sucesso que estes filmes têm obtido. Rhys Frake-Waterfield está empenhado em expandir este universo sombrio, trazendo mais personagens clássicas à mistura e explorando o potencial de narrativas infantis transformadas em histórias de terror para o público adulto.
O mais recente spin-off da série WandaVision, Foi Sempre a Agatha, estreou-se a 19 de setembro no Disney+ e está a conquistar o público mundial, tendo registado 93 milhões de visualizações na primeira semana. A série segue Agatha Harkness, a bruxa que se destacou como uma das personagens mais intrigantes de WandaVision, e explora as suas aventuras após os eventos da série original.
Embora tenha tido um arranque impressionante, Foi Sempre a Agatha não conseguiu ultrapassar os recordes estabelecidos por outras séries da plataforma. Percy Jackson e os Ladrões do Olimpo conseguiu 133 milhões de visualizações em seis dias, e A Acólita registou 111 milhões em cinco dias. No entanto, o sucesso de Foi Sempre a Agatha não deixa de ser notável, reforçando o fascínio contínuo dos fãs pelo universo da Marvel.
A série acompanha Agatha Harkness, que se encontra sem poderes após ser derrotada por Wanda Maximoff em WandaVision. A história ganha ritmo quando um adolescente gótico entra na sua vida e a ajuda a libertar-se de um feitiço malévolo. Juntos, embarcam numa jornada mágica pela lendária Witches’ Road, enfrentando desafios e reunindo um grupo de bruxas desesperadas ao longo do caminho.
No elenco, além da icónica Agatha, interpretada por Kathryn Hahn, destacam-se nomes como Aubrey Plaza, Patti LuPone, Joe Locke e Sasheer Zamata. A produção faz parte da fase cinco do Universo Cinematográfico da Marvel e promete trazer novos desafios e aventuras para os fãs da saga.
A estreia de Foi Sempre a Agatha confirma o apetite dos fãs pelo conteúdo derivado de WandaVision, e o sucesso da série nas redes sociais reflete a aprovação do público. Episódios novos serão lançados semanalmente no Disney+, mantendo o entusiasmo em torno da série e continuando a expandir o vasto universo Marvel.
O Festival de Cinema de San Sebastián encerrou a sua secção oficial com o muito antecipado The Last Showgirl, protagonizado por Pamela Anderson. Realizado por Gia Coppola, neta do lendário cineasta Francis Ford Coppola, este filme marca uma nova fase na carreira de Anderson, oferecendo-lhe um papel desafiante e distinto do que o público habitualmente associa à atriz.
Conhecida mundialmente pelo seu papel icónico na série Marés Vivas, Anderson passou muitos anos à mercê dos tabloides devido à sua imagem e vida pessoal. No entanto, em The Last Showgirl, ela encontra um papel que lhe permite mostrar as suas capacidades dramáticas, representando uma experiente dançarina de Las Vegas que se vê forçada a redefinir a sua vida após o fim do espetáculo onde trabalhava há décadas.
Gia Coppola, durante uma conferência de imprensa, revelou que o filme nasceu da sua curiosidade pelo mundo das showgirls em Las Vegas e pela vontade de explorar um tipo de arte que, segundo a realizadora, é muitas vezes subestimada. Para ela, Pamela Anderson sempre foi a escolha perfeita para o papel, e as críticas iniciais confirmam que a atriz superou as expectativas.
Pamela Anderson, com 57 anos, confessou sentir-se abençoada por esta oportunidade de demonstrar que sempre foi capaz de mais do que os papéis que lhe foram oferecidos ao longo da sua carreira. “Sempre soube que podia fazer mais (…) nunca é tarde”, afirmou emocionada.
Este é o terceiro filme de Gia Coppola e, embora ainda esteja em fase de competição, já está a gerar bastante expectativa no circuito de festivais. A relação de Pamela Anderson com o mundo do cinema tem sido marcada por altos e baixos, mas este novo papel poderá marcar uma viragem significativa na sua carreira. Anderson aproveitou a oportunidade para demonstrar que ainda tem muito para dar enquanto atriz, num filme que promete deixar uma marca tanto no público como na crítica.
O Festival de San Sebastián, um dos eventos cinematográficos mais importantes da Europa, continua a apostar em produções inovadoras, e The Last Showgirl é um exemplo disso. Com esta produção, Coppola e Anderson destacam-se pela audácia de abordar temas pouco explorados no grande ecrã e por dar voz a personagens complexas e multifacetadas, como a da dançarina que luta para se manter relevante numa indústria que a rejeita.
Lançado originalmente em 2006, o filme Apocalypto continua a gerar discussões intensas, especialmente à luz das recentes reflexões sobre o legado do seu realizador, Mel Gibson. Agora, em 2024, Apocalypto é revisitado e questionado tanto pela sua representação da civilização maia quanto pelo contexto polémico em torno do realizador, conhecido pelas suas controvérsias raciais e culturais.
A Premissa e a Mensagem do Filme
Apocalypto apresenta a história de Jaguar Paw, um jovem maia que tenta salvar a sua família após o seu povo ser capturado por uma facção rival. Ambientado durante a queda da civilização maia, o filme destaca-se pela sua violência gráfica e pela tentativa de Gibson em capturar a brutalidade e os rituais de sacrifício da época. A citação inicial, “Uma grande civilização não é conquistada de fora até que se destrua a si mesma por dentro”, define o tom sombrio da narrativa, sugerindo que a queda dos maias foi, em grande parte, autoinfligida.
No entanto, críticos modernos questionam a precisão histórica do filme, apontando que Gibson tomou liberdades significativas com os factos, especialmente na forma como os rituais de sacrifício humano são exagerados. A abordagem simplista de Gibson sobre o declínio de uma civilização avançada, ignorando os seus feitos em astronomia, arquitetura e medicina, é uma das principais críticas que surgiram nos últimos anos.
O Legado Polémico de Mel Gibson
Desde o lançamento de Apocalypto, o realizador tem sido alvo de várias controvérsias, incluindo acusações de racismo e misoginia. Embora o filme tenha sido aclamado pelo seu impacto visual e pelo uso da língua maia, a reputação de Gibson tornou-se um obstáculo para a apreciação imparcial do filme.
Agora, 18 anos depois, Apocalypto continua a ser um estudo de caso sobre a arte separada do artista. Muitos espectadores questionam até que ponto o preconceito pessoal de Gibson influenciou a forma como a civilização maia foi retratada, com alguns argumentando que a imagem cruel e primitiva que o filme apresenta dos maias reflete uma visão distorcida.
Revisões Históricas e Representação Cultural
Uma das questões que emergiram com o passar do tempo é a forma como Apocalypto retrata os povos indígenas. Embora o filme tenha sido elogiado por usar atores indígenas e a língua maia, a narrativa focada na violência e na decadência obscurece muitos dos aspetos positivos e avançados da civilização maia. As contribuições culturais e científicas dos maias, que foram omitidas do filme, fazem falta numa representação mais equilibrada.
Em 2024, com uma sociedade mais atenta às questões de representação e de justiça social, Apocalypto é revisto com um olhar mais crítico. O filme pode continuar a ser celebrado como uma obra visualmente impressionante, mas as suas imprecisões históricas e a influência do realizador controverso levantam questões sobre a sua relevância e aceitação nos dias de hoje.
O mais recente filme do realizador chileno Pablo Larraín, intitulado Maria, está a gerar grande expectativa, especialmente após a sua estreia mundial no Festival de Veneza. Protagonizado por Angelina Jolie, o filme narra a última semana de vida da lendária cantora de ópera Maria Callas, falecida em setembro de 1977, em Paris. Este papel já colocou Jolie na corrida aos Óscares de 2025, graças à sua impressionante transformação e atuação, que retrata a icónica soprano nos seus momentos finais de introspeção e solidão.
Maria é o terceiro filme de uma trilogia não oficial de Pablo Larraín sobre mulheres icónicas do século XX, precedido por Jackie (2016), que conta a história de Jacqueline Kennedy, e Spencer (2021), focado na vida da Princesa Diana. Tal como Natalie Portman e Kristen Stewart nas respetivas obras, Angelina Jolie tem agora a tarefa de encarnar uma figura marcante, cuja vida foi marcada pelo drama, talento inigualável e solidão.
A produção de Maria não poupa em detalhes históricos e emocionais, explorando a complexidade da vida de Callas, que viveu os seus últimos anos isolada e envolta em memórias da sua carreira brilhante e do seu amor turbulento com Aristóteles Onassis.
Angelina Jolie: Uma Transformação Incrível
No primeiro trailer divulgado, Angelina Jolie aparece irreconhecível no papel de Maria Callas. A atriz passou por uma transformação notável para dar vida à cantora, capturando tanto a sua presença física imponente como a sua vulnerabilidade emocional. A sua interpretação tem sido amplamente elogiada por críticos que já viram o filme em festivais internacionais, destacando a sensibilidade com que Jolie equilibra o glamour da soprano com os momentos de desespero e solidão que marcaram os seus últimos dias.
Além de Jolie, o elenco de Maria conta com nomes como Pierfrancesco Favino, Alba Rohrwacher, Haluk Bilginer, Kodi Smit-McPhee e Valeria Golino, garantindo uma produção de alto nível tanto em talento como em narrativa.
Caminho Para os Óscares?
A receção calorosa em Veneza já colocou Angelina Jolie na corrida aos Óscares. A atriz, que já venceu o prémio de Melhor Atriz Secundária por Girl, Interrupted (1999), poderá agora conquistar a sua primeira estatueta de Melhor Atriz Principal. As comparações com Natalie Portman em Jackie e Kristen Stewart em Spencer são inevitáveis, e muitos críticos acreditam que Jolie terá um lugar de destaque nas próximas temporadas de prémios.
Maria não tem ainda uma data de estreia confirmada em Portugal, mas espera-se que chegue aos cinemas até ao final de 2024, tornando-se num dos filmes mais aguardados do ano.
Lady Gaga tem sido o centro das atenções nas últimas semanas, depois de uma ação promocional única para o filme Joker: Loucura a Dois. A cantora e atriz, que interpreta Harley Quinn na aguardada sequela de Joker (2019), protagonizou um vídeo promocional gravado no icónico Museu do Louvre, em Paris. Este gesto ousado e simbólico está a gerar grande burburinho nas redes sociais e entre os fãs da cantora.
A Mona Lisa com o Sorriso do Joker
No vídeo, Lady Gaga aparece a caminhar pelas galerias do Louvre durante a noite, num ambiente misterioso e sombrio, que reflete perfeitamente o tom do filme. A cantora surge vestida de preto, com um olhar penetrante e enigmático, enquanto percorre o museu deserto. A caminhada termina frente à obra-prima de Leonardo da Vinci, a Mona Lisa, onde Gaga faz um gesto inesperado: desenha um sorriso vermelho no vidro protetor do quadro, um claro tributo à icónica personagem que interpreta, Harley Quinn, e ao Joker de Joaquin Phoenix.
O Louvre não só colaborou nesta campanha inédita como fez questão de entrar na brincadeira, alterando a sua imagem de perfil nas redes sociais para uma versão da Mona Lisa com o mesmo sorriso vermelho desenhado por Gaga. Esta ação gerou uma enorme repercussão online, com milhões de visualizações e partilhas, colocando ainda mais os holofotes sobre o filme. A campanha é um exemplo perfeito da interseção entre arte e cinema, utilizando um dos museus mais famosos do mundo para amplificar o lançamento do filme.
the official louvre museum account changing their profile picture to mona lisa with the joker smile drawn by gaga??? oh lady gaga you are a LEGEND😭😭 pic.twitter.com/q1wHA4D09Z
Lady Gaga como Harley Quinn: Um Papel Transformador
Para Lady Gaga, Joker: Loucura a Dois marca mais uma viragem na sua carreira, cimentando ainda mais a sua versatilidade como atriz. Conhecida por papéis intensos e emocionantes, como em A Star is Born e Casa Gucci, Gaga agora assume o papel de Harley Quinn, uma das personagens mais complexas e psicologicamente instáveis do universo DC. O filme, realizado por Todd Phillips, promete uma mistura única de drama psicológico e musical, e Gaga terá a oportunidade de mostrar não só o seu talento como atriz, mas também as suas capacidades vocais.
A atriz revelou recentemente uma nova canção chamada The Joker, composta para o filme, que fará parte da banda sonora e será lançada juntamente com o seu novo álbum, Harlequin. A combinação de música e atuação faz de Gaga a escolha ideal para o papel de Harley Quinn, oferecendo uma nova perspetiva sobre a personagem que já foi interpretada por outras grandes atrizes, como Margot Robbie.
Enquanto Gaga brilha no seu novo papel, os fãs também aguardam com grande expectativa o regresso de Joaquin Phoenix como Arthur Fleck, o Joker. Phoenix, que venceu o Óscar de Melhor Ator pelo primeiro filme, mostrou-se ansioso por voltar a este personagem perturbado e emocionalmente complexo. A relação entre Joker e Harley Quinn, que será um dos focos centrais da narrativa de Joker: Loucura a Dois, promete ser tão intensa quanto surpreendente.
O público está especialmente curioso para ver como Phoenix e Gaga vão contracenar, considerando a química explosiva que se espera entre Joker e Harley. Este será um dos principais atrativos da sequela, que mistura o caos emocional e psicológico dos dois personagens com momentos musicais inusitados.
Expectativas para Outubro de 2024
Com a estreia marcada para 3 de outubro de 2024, Joker: Loucura a Dois já é considerado um dos filmes mais esperados do ano. A combinação de uma narrativa dramática, a inclusão de elementos musicais, e a presença de dois dos maiores talentos de Hollywood, Joaquin Phoenix e Lady Gaga, prometem levar este filme a novos patamares.
A campanha de marketing do Louvre foi apenas o início de uma jornada que tem tudo para ser tão marcante quanto o próprio filme. Até à estreia, é esperado que Lady Gaga continue a surpreender o público com novas formas de promover o filme e de entrar no universo psicológico e caótico de Harley Quinn.
Os grandes nomes de Hollywood há muito que encontraram formas de diversificar as suas carreiras e rendimentos. Para além dos papéis de destaque nos filmes, muitos atores investem em negócios paralelos que garantem uma estabilidade financeira que vai muito além dos seus dias no grande ecrã. Uma das áreas que mais atraiu as estrelas de cinema nos últimos anos é o mercado das bebidas alcoólicas. De tequila a gin, muitos atores estão a construir verdadeiros impérios no mundo das bebidas, lucrando milhões e consolidando as suas fortunas.
Um dos casos mais notáveis é o de George Clooney, que apesar de não ter estrelado em nenhum filme desde 2016, foi o ator mais bem pago do mundo em 2018, segundo a revista Forbes. Clooney ganhou 239 milhões de dólares entre 2017 e 2018, em grande parte graças à venda da sua participação na marca de tequila Casamigos, fundada por ele e dois amigos em 2013. O negócio foi vendido à Diageo, uma multinacional britânica de bebidas alcoólicas, por quase 1 bilião de dólares, o que lhe permitiu ultrapassar atores como Dwayne “The Rock” Johnson em termos de ganhos.
Outras estrelas seguiram este caminho. Dan Aykroyd, conhecido pelo seu papel em Os Caça-Fantasmas, lançou em 2007 a marca Crystal Head Vodka, uma vodka pura, sem aditivos, famosa pela sua garrafa em forma de caveira de cristal. Esta garrafa, desenhada a partir de um crânio humano real, simboliza vida e poder. A marca teve um sucesso considerável, vendendo perto de 20 milhões de garrafas na primeira década de atividade.
Ryan Reynolds também decidiu mergulhar no mundo das bebidas espirituosas quando adquiriu uma participação na marca de gin Aviation Gin em 2017. Embora a percentagem exata da sua participação não seja pública, Reynolds é considerado um dos maiores investidores da empresa. Este passo estratégico colocou-o no 15º lugar da lista dos atores mais bem pagos do mundo em 2017, provando que o mercado de bebidas alcoólicas pode ser tão lucrativo quanto uma carreira de sucesso em Hollywood.
Mas não são só os atores individuais que estão a capitalizar neste mercado. A dupla de Breaking Bad, Aaron Paul e Bryan Cranston, decidiu trabalhar junta novamente, desta vez fora do mundo da representação. Os dois lançaram a marca Dos Hombres, um mezcal de alta qualidade produzido em Oaxaca, no México. Este mezcal é o resultado de várias gerações de produtores orgulhosos da região de San Luis del Rio, onde o clima e o solo garantem a produção de agave de qualidade superior, fundamental para a criação desta bebida artesanal.
Longbranch™ announces the launch of the second chapter in its imaginative “Wonder What If” global creative campaign, conceptualized and starring Academy Award™ winning actor Matthew McConaughey.
Outra figura de destaque, Matthew McConaughey, tornou-se diretor criativo da famosa marca de bourbon Wild Turkey. A sua colaboração com o mestre destilador Eddie Russell resultou no lançamento de Longbranch, um bourbon de pequena produção que incorpora mesquite do Texas, numa combinação única com o tradicional whiskey do Kentucky. McConaughey descreve este projeto como uma extensão da sua ligação pessoal com a família Russell, um símbolo de amizade e colaboração.
E até nas escolhas mais peculiares encontramos sucesso. Danny DeVito, uma das personalidades mais carismáticas de Hollywood, é o único a lançar uma marca de limoncello, uma bebida típica italiana. Após um infame episódio televisivo onde apareceu visivelmente embriagado, DeVito decidiu lançar o Danny DeVito Premium Limoncello, feito com limões de Sorrento, colhidos na costa amalfitana. O produto reflete a sua paixão pela Itália e pela cultura europeia de licores.
Com tantos nomes de renome a embarcar na indústria das bebidas alcoólicas, fica claro que este mercado tornou-se uma oportunidade lucrativa para os atores que desejam manter um fluxo financeiro constante fora do mundo do cinema. Para os fãs, estas marcas oferecem uma oportunidade única de “provar” um pouco do sucesso e estilo de vida das suas celebridades favoritas.
Halle Berry, a primeira afro-americana a ganhar o Óscar de Melhor Atriz, partilhou recentemente alguns pensamentos sobre a sua carreira desde essa vitória histórica em 2001. Em entrevista à The Hollywood Reporter, a atriz revelou que, apesar do prestígio de ter ganho a estatueta dourada, não tem tido o “luxo” de escolher papéis destinados apenas a prémios.
A vitória de Halle Berry com o filme “Monster’s Ball – Depois do Ódio” foi considerada um marco na história do cinema, mas a atriz revelou numa entrevista em 2022 que esperava que o seu triunfo abrisse mais portas para mulheres de cor. “Infelizmente, ainda estou à espera de alguém ao meu lado”, lamentou a atriz, referindo-se à falta de diversidade nas nomeações para os Óscares desde a sua vitória.
Na entrevista recente, Berry foi ainda mais longe, explicando a variedade de papéis que tem desempenhado ao longo dos anos. Segundo a atriz, as opções de trabalho para mulheres negras em Hollywood ainda são bastante limitadas. “Nunca tive o luxo de apenas fazer interpretações e filmes dignos dos Óscares. As minhas opções são frequentemente muito limitadas”, disse.
A atriz, conhecida pelos papéis em filmes como “Operação Swordfish”, “Catwoman” e “BAPS”*, destacou que a sua carreira tem sido guiada pela paixão pela arte de representar, e não pela expectativa de conquistar mais prémios. “Ganhei aquele Óscar há 23 anos. Para mim, sempre foi sobre o trabalho e o amor pelo ofício, não sobre tentar repetir essa vitória.”
Os fãs de Bruce Springsteen e The E Street Band já podem marcar no calendário o próximo dia 25 de outubro, data em que será lançado no Disney+ o documentário “Diário de Estrada: Bruce Springsteen and The E Street Band”. O filme, realizado por Thom Zimny, vencedor dos prémios Emmy e Grammy, promete ser uma das mais profundas incursões no mundo da icónica banda americana.
O documentário oferece uma visão única sobre a preparação das suas míticas atuações ao vivo, com imagens exclusivas de bastidores e ensaios da banda. Para os admiradores de Springsteen, esta é uma oportunidade de ver pela primeira vez filmagens profissionais da digressão de 2023-2024. Além disso, o próprio Bruce Springsteen partilha o seu testemunho sobre a carreira e a banda que o acompanhou durante décadas.
Esta produção surge numa altura em que a popularidade de Springsteen continua em alta, e num momento em que também está prevista a filmagem de um filme biográfico sobre a sua vida, com Jeremy Allen White no papel principal. Para além do documentário, os fãs aguardam ansiosamente por esta nova adaptação cinematográfica, que será filmada em Nova Jérsia.
O lançamento do documentário foi acompanhado pelo primeiro trailer, divulgado esta semana, que promete captar toda a energia e emoção que tem definido as atuações de Springsteen e da sua banda.
O aclamado realizador greco-francês Costa-Gavras, de 91 anos, voltou ao grande ecrã com um novo filme intitulado “Le dernier souffle”, que explora debates filosóficos sobre a morte. A longa-metragem foi apresentada no prestigiado Festival de Cinema de San Sebastián, onde competiu pela Concha de Ouro.
Conhecido pelos seus dramas políticos, como “Z – A Orgia do Poder” e “Missing – Desaparecido”, Costa-Gavras trouxe agora uma reflexão mais pessoal e profunda, inspirada em diálogos entre o médico Augustin Masset e o escritor Fabrice Toussaint. O realizador confessou na conferência de imprensa que, com a idade, a questão da morte se tornou uma preocupação cada vez mais presente na sua vida.
“Estou a chegar a uma idade na qual o horizonte da vida está cada vez mais próximo e há muito tempo me pergunto: como será, como terminaremos, como nos sentiremos?”, disse o realizador.
A obra de Costa-Gavras, que já venceu um Óscar, não perde a sua intensidade dramática, mas desta vez explora o fim da vida com uma sensibilidade filosófica. A competição no Festival de San Sebastián inclui também outras obras de grande calibre, como “On Falling” de Laura Carreira e “Conclave” de Edward Berger.
O Festival também contou com a estreia da longa-metragem de terror “El llanto”, de Pedro Martín-Calero, que explora o terror psicológico através de uma narrativa cheia de tensão e mistério.
Com quase um século de vida, Costa-Gavras continua a desafiar o público com a sua visão única e com temas universais, sendo uma presença incontornável no panorama cinematográfico.
No dia 26 de setembro, o ator e realizador Johnny Depp foi aplaudido de pé ao apresentar o seu mais recente filme, Modi, no prestigiado Festival de San Sebastián. Este é o segundo filme de Depp como realizador, depois de O Bravo(1997), e retrata a vida do pintor e escultor italiano Amedeo Modigliani. A exibição fora de competição foi um dos momentos altos do festival, que manteve a sua tradição de acolher grandes estrelas de cinema.
Após anos de controvérsia e batalhas legais com a ex-mulher Amber Heard, Depp encontrou no cinema europeu um refúgio e uma nova fase para a sua carreira. Recebido com entusiasmo pelos seus fãs, que o aplaudiram à chegada ao festival, Depp mostrou-se feliz por poder partilhar a sua visão artística com o público de San Sebastián, um local onde sempre se sentiu bem acolhido.
Uma Visão sobre Modigliani
Modi foca-se em três dias intensos na vida de Amedeo Modigliani, vivido por Riccardo Scamarcio, quando o artista tenta escapar da pobreza e perseguições policiais na Paris de 1916. Durante esses três dias, Modigliani tenta desesperadamente vender as suas obras, ao mesmo tempo que convive com figuras icónicas do mundo da arte, como Maurice Utrillo e Chaim Soutine. O filme também explora o seu tumultuoso relacionamento com a poeta inglesa Beatrice Hastings e o papel fundamental que o colecionador de arte Al Pacino desempenha no destino do artista.
Depp descreveu o filme como um “tributo à luta de todos os artistas que, como Modigliani, enfrentaram grandes adversidades antes de serem reconhecidos”. A crítica tem sido mista, mas muitos elogiaram a sensibilidade do realizador ao contar a história de um homem talentoso e atormentado.
O Futuro de Johnny Depp como Realizador
Apesar dos seus anos turbulentos, Depp parece estar a encontrar uma nova direção como cineasta. San Sebastián é um festival que historicamente o apoiou, inclusive durante os seus anos mais controversos. Em 2021, Depp recebeu o Prémio Donostia pelo seu contributo ao cinema, apesar das críticas que acompanhavam a sua luta judicial com Amber Heard.
A apresentação de Modi marca mais um passo no seu regresso ao cinema europeu, onde o ator e realizador se sente mais livre para explorar projetos pessoais e artísticos, afastados das grandes produções de Hollywood.
Após a sua estreia nacional em agosto, a longa-metragem Sobretudo de Noite, do realizador espanhol Víctor Iriarte, vai ser exibida em 19 auditórios da região do Douro. Esta exibição especial, organizada pela produtora Ukbar Filmes, destaca-se por ocorrer num território intimamente ligado à narrativa do filme, uma vez que algumas das suas cenas foram rodadas na região. As sessões decorrem entre quinta-feira e sábado, nos municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Douro.
Uma História de Vingança e Conexões Familiares
Sobretudo de Noite é uma obra densa e emocional, protagonizada por Lola Dueñas, Ana Torrent e Manuel Egozkue. O filme acompanha a história de Vera, uma mulher que deu o seu filho para adoção, e Cora, a mãe adotiva que sempre desejou ter um filho, mas não podia engravidar. À medida que as vidas de ambas as mulheres se entrelaçam, os segredos e as emoções contidas vêm à tona, culminando num plano de vingança.
Segundo a sinopse oficial da Ukbar Filmes, o filme aborda a complexidade das relações familiares e as tensões resultantes das escolhas feitas no passado. A história coloca Vera e Cora num embate emocional que revela as profundezas do amor materno e a forma como o passado persiste em moldar o presente.
Exibição na Região do Douro: Um Retorno ao Local de Filmagens
A exibição de Sobretudo de Noite nos auditórios da Comunidade Intermunicipal do Douro tem um significado especial, não apenas pela beleza e história da região, mas também porque esta foi palco de algumas filmagens do projeto. Víctor Iriarte, o realizador, descreve o Douro como um “território que faz parte das suas memórias de infância” e um local onde sempre imaginou que esta história ganharia vida.
A presença do filme na região marca um momento importante para a promoção do cinema em áreas mais rurais, e a Ukbar Filmes acredita que esta é uma oportunidade única para aproximar o público do Douro ao cinema de autor. A exibição em 19 municípios diferentes, incluindo Alijó, Lamego, Sabrosa e Vila Real, é também um tributo ao papel que a região desempenhou na produção da obra.
Estreia Internacional e Reconhecimento Crítico
Antes de chegar ao circuito nacional, Sobretudo de Noite teve a sua estreia mundial no Festival de Cinema de Veneza, um dos mais prestigiados eventos cinematográficos internacionais. O filme também já foi exibido em outros festivais de renome, como o IndieLisboa, além de ter passado por mostras no Brasil, no Reino Unido e nos Estados Unidos. A obra tem sido aclamada pela crítica pela sua sensibilidade na abordagem de temas familiares e pela forte interpretação do seu elenco.
Uma Oportunidade Imperdível para o Público do Douro
Com exibições programadas entre os dias 28 e 30 de setembro, esta é uma oportunidade única para os residentes do Douro apreciarem um filme que não só reflete as paisagens da sua terra, mas também os transporta para uma narrativa envolvente e emocional. Para além da experiência cinematográfica, estas exibições também contribuem para a dinamização cultural da região, promovendo o acesso ao cinema de qualidade fora dos grandes centros urbanos.
O Festival de Cinema de San Sebastián arrancou em grande estilo com a estreia mundial do remake feminista do clássico erótico francês Emmanuelle, realizado por Audrey Diwan. Conhecida pelo seu trabalho aclamado em L’Événement(2021), vencedor do Leão de Ouro em Veneza, Diwan oferece uma nova perspetiva sobre o famoso romance erótico da franco-tailandesa Emmanuelle Arsan, adaptando-o para o mundo moderno, numa era marcada pelo movimento #MeToo.
A estreia, que teve lugar na cerimónia de abertura do festival, gerou enorme expectativa, atraindo uma audiência numerosa na primeira sessão do dia. O filme, protagonizado pela atriz francesa Noémie Merlant, traz uma abordagem renovada ao universo de Emmanuelle, explorando o prazer feminino através de uma ótica contemporânea.
Um Novo Olhar sobre o Prazer Feminino
Audrey Diwan explicou que, embora tenha lido o romance original, optou por não ver o clássico cinematográfico de Just Jaeckin de 1974, protagonizado por Sylvia Kristel, para criar uma obra que fosse autêntica à sua própria visão. “Eu vi apenas cerca de 20 minutos do filme original, mas quis manter-me fiel ao meu próprio olhar sobre o tema”, explicou a cineasta numa conferência de imprensa em San Sebastián. Para Diwan, a nova Emmanuelle é uma exploração do prazer e da libertação numa era pós-#MeToo, onde as mulheres estão a redefinir as suas próprias narrativas de sexualidade e poder.
No filme, Noémie Merlant interpreta a protagonista, uma mulher que inicialmente está desconectada do seu próprio corpo e do seu prazer, cumprindo as expectativas da sociedade como uma “máquina” sem sentimentos. Ao longo da narrativa, a personagem inicia uma jornada de autodescoberta, onde procura libertar-se dessas amarras e experimentar uma nova forma de estar em contacto com o seu corpo e com o prazer. “Identifico-me com Emmanuelle”, confessou Merlant, explicando que a personagem reflete muitas das lutas internas que as mulheres enfrentam na tentativa de se libertarem de normas sociais opressivas.
De Banguecoque a Hong Kong: Uma Mudança de Cenário
Enquanto o filme original de 1974 apresentava as aventuras sexuais de Emmanuelle em Banguecoque, o remake de Diwan transporta a protagonista para um cenário diferente: um luxuoso hotel de cinco estrelas em Hong Kong. A cineasta optou por fazer esta mudança de localização para dar um toque mais cosmopolita e contemporâneo à história, destacando também as dinâmicas de poder e o ambiente urbano das grandes metrópoles modernas.
O filme contém algumas cenas picantes, como na versão original, incluindo uma cena de sexo numa casa de banho de avião, mas Diwan sublinha que o seu foco é menos no choque erótico e mais na transformação interior da personagem. A narrativa do filme concentra-se na emancipação de Emmanuelle e na sua busca por uma identidade sexual que seja verdadeiramente sua, num processo que reflete os tempos atuais de mudança e autodescoberta feminista.
Um Remake Que Divide Opiniões
Tal como a versão original de Emmanuelle, este remake já está a gerar debates e controvérsias. Alguns críticos veem o filme como uma abordagem inovadora ao clássico erótico, que desafia as normas tradicionais do género, enquanto outros argumentam que ainda perpetua certos estereótipos sobre a sexualidade feminina. Contudo, é inegável que a versão de Diwan trouxe Emmanuelle de volta ao centro das discussões culturais, oferecendo uma leitura atualizada sobre a liberdade sexual num mundo pós-#MeToo.
O festival de San Sebastián, que decorre até ao dia 28 de setembro, continua a atrair grandes estrelas e filmes de prestígio. Na noite de estreia, o ator Javier Bardem foi homenageado com o prémio Donostia, uma distinção que celebra a sua longa carreira e contribuições para o cinema. O festival também contará com a presença de figuras como Pamela Anderson, Lupita Nyong’o, Monica Bellucci, Tilda Swinton e Johnny Depp, cujo mais recente filme, Modi, será exibido na secção oficial fora da competição.
Quase duas décadas após o lançamento do controverso sucesso de bilheteiras A Paixão de Cristo (2004), Mel Gibson está pronto para começar a rodar a aguardada sequela. “A Paixão de Cristo: Ressurreição”, com Jim Caviezel a regressar no papel de Jesus Cristo, tem o início das filmagens marcado para o início de 2025. O realizador já está a escolher os locais de rodagem na ilha de Malta, como parte de uma viagem de cinco dias com a sua equipa de produção.
A primeira notícia oficial sobre a sequela surgiu em 2016, mas o desenvolvimento do filme foi mais lento do que o previsto. Um dos principais desafios foi encontrar uma abordagem narrativa adequada para a continuação, com Gibson a revelar que o argumento passou por várias revisões e mais de seis rascunhos antes de chegar à versão final. Gibson trabalha em parceria com o argumentista Randall Wallace, conhecido pelo seu trabalho em Braveheart: O Desafio do Guerreiro (1995), que lhe valeu uma nomeação ao Óscar.
Gibson explicou em entrevistas que a nova história não será linear, mas sim uma narrativa mais complexa, que explora a ressurreição de Jesus a partir de múltiplas perspetivas, tanto no passado quanto no futuro, com elementos que podem aproximar o filme de uma abordagem quase ficção científica. “É um grande conceito, uma história difícil de contar, e levou-me tempo a concentrar-me e a encontrar uma forma de a contar corretamente”, afirmou o realizador em 2022.
A Expectativa para “A Paixão de Cristo: Ressurreição”
A expectativa para a sequela é elevada, dado o sucesso do primeiro filme, que arrecadou mais de 600 milhões de dólares em todo o mundo. Apesar de ter sido um sucesso de bilheteira, A Paixão de Cristo também foi alvo de críticas por parte de alguns setores, que acusaram o filme de reforçar estereótipos antissemitas. Independentemente das controvérsias, o impacto cultural da obra foi inegável, abrindo caminho para um número crescente de filmes e séries que exploram temas religiosos.
Wallace comentou em 2016 que a comunidade evangélica considera A Paixão de Cristo “o maior filme de Hollywood de sempre” e manifestou confiança de que a sequela será ainda maior em termos de alcance e impacto. A Paixão de Cristo: Ressurreição promete ser uma continuação ambiciosa e desafiante, explorando a ressurreição de Cristo de uma forma que Gibson descreveu como “metafísica”.
Um Elenco Familiar e Novas Perspetivas
Jim Caviezel, que interpretou Jesus no filme original, volta a assumir o papel principal, numa colaboração com Mel Gibson que já deixou uma marca significativa no cinema religioso. Além disso, o envolvimento de Randall Wallace, cuja especialização em temas religiosos remonta aos seus estudos na Universidade de Duke, adiciona uma camada extra de profundidade ao argumento.
As filmagens deverão começar logo após Gibson finalizar a promoção do seu próximo projeto, Flight Risk, um thriller com Mark Wahlberg, Michelle Dockery e Topher Grace, com estreia prevista para janeiro de 2024.
Um Projeto Envolto em Controvérsia
Tal como o seu antecessor, A Paixão de Cristo: Ressurreição não estará isento de controvérsias. As expectativas são altas, mas com uma carreira marcada por sucessos e controvérsias, Gibson parece preparado para enfrentar qualquer resistência que a nova obra possa gerar. O realizador já é conhecido por desafiar convenções cinematográficas, e com uma história tão delicada e espiritual como a ressurreição de Jesus, espera-se que a sua visão cinematográfica provoque novamente fortes reações.
Os fãs de cinema religioso e de histórias épicas podem esperar um filme que, à semelhança do original, abordará temas de fé e transcendência com a intensidade e o drama que caracterizam o estilo de Gibson.
O ator espanhol Javier Bardem, recentemente homenageado com o Prémio Donostia no Festival de San Sebastián, revelou que será o protagonista do próximo filme do cineasta Rodrigo Sorogoyen. Intitulado El Ser Querido, o projeto promete explorar o drama íntimo entre um pai e a sua filha, numa história que certamente trará novas camadas à já extensa e impressionante filmografia de Bardem.
No filme, Bardem atuará ao lado de Vicky Luengo, estrela da série Riot Police, também dirigida por Sorogoyen. A narrativa gira em torno de um realizador de cinema (Bardem) e da sua filha, uma atriz frustrada, que tentam colaborar num projeto após anos de distanciamento. O enredo foca-se nos desafios pessoais e emocionais que ambos enfrentam, bem como nas feridas do passado que voltam a emergir.
Rodrigo Sorogoyen, conhecido por filmes intensos e carregados de tensão emocional, como As Bestas (2022) e Que Deus Nos Perdoe (2016), afirmou que este projeto será mais pessoal e intimista, comparado aos seus trabalhos anteriores. O realizador espanhol, em colaboração com a argumentista Isabel Peña, pretende criar um retrato autêntico da complexidade das relações familiares, algo que Bardem tem interpretado magistralmente ao longo da sua carreira.
As filmagens de El Ser Querido ainda não têm data oficial de início, mas a expectativa em torno desta colaboração entre Bardem e Sorogoyen já está a gerar grande interesse no mundo do cinema. O ator espanhol, vencedor de um Óscar por Este País Não é Para Velhos (2007), é conhecido por mergulhar profundamente nas suas personagens, e este novo papel poderá oferecer mais uma performance inesquecível.
O Festival Queer Lisboa começa hoje, 23 de setembro, com a exibição do filme Baby, do realizador brasileiro Marcelo Caetano, abrindo um certame que se estende até ao dia 28 de setembro. Este ano, o festival convida o público a refletir sobre temas como as assimetrias sociais, os conflitos no mundo, e um cinema que se impõe como urgente e necessário.
“Baby”: Amor, Família e Marginalidade no Centro de São Paulo
O filme Baby, que valeu ao ator Ricardo Teodoro o prémio de Revelação na Semana da Crítica em Cannes, narra uma história de amor, família e perda no cenário das margens da sociedade no centro de São Paulo. A obra de Marcelo Caetano é um retrato sensível das dificuldades de viver à margem, capturando a complexidade das relações humanas num contexto urbano marcado pela desigualdade social. Esta estreia promete dar o tom para o que será uma semana intensa de cinema que desafia convenções e expõe realidades por vezes invisíveis.
Nas várias secções competitivas do Queer Lisboa, algumas produções portuguesas também terão lugar de destaque. Entre elas, As Minhas Sensações São Tudo o que Tenho para Oferecer, de Isadora Neves Marques, e Seu Nome Era Gisberta, de Sérgio Galvão Roxo, que abordam questões pessoais e políticas ligadas à identidade e à luta pela aceitação. Outra produção a ter em conta é Kiss Your Hand Madame, uma coprodução entre Portugal, Hungria e Bélgica, dirigida por Jeremy Luke Bolatag.
Estas obras, todas com um forte cunho autoral e temáticas que dialogam diretamente com o público LGBTQI+, serão acompanhadas com grande expectativa, reforçando a importância do festival para dar visibilidade a novas vozes no cinema queer português.
Panorama e Cinema Internacional: Elliot Page e Peaches em Destaque
Na secção Panorama, o festival destaca o filme Close to You, coescrito e protagonizado por Elliot Page, que continua a afirmar-se como uma das mais importantes figuras trans do cinema contemporâneo. O filme, realizado por Dominic Savage, explora questões ligadas à identidade de género e à complexidade das relações humanas, sendo um dos grandes destaques da programação internacional deste ano.
Outro destaque vai para o documentário Teaches of Peaches, de Philipp Fussenegger e Judy Landkammer, que traça o percurso artístico da icónica performer canadiana Peaches, famosa pelas suas atuações provocadoras e inovadoras na música eletrónica.
Resistência Queer: Um Foco na Luta em Contextos de Conflito
Este ano, o Queer Lisboa tem como tema central a “Resistência Queer”, focando-se nas experiências das comunidades LGBTQI+ em territórios sob conflito ou governados por regimes autoritários, como o Kosovo, a Palestina, o Chipre, a Ucrânia e a Hungria. O festival pretende dar voz àquelas populações que vivem diariamente sob a repressão e que continuam a lutar pelos seus direitos num cenário de constante perigo.
Entre as obras que integram este foco, destaca-se Foggy: Palestine Solidarity Cinema & The Archive, uma série de curtas-metragens que exploram o tema da solidariedade com a Palestina, através das lentes de cineastas como Mike Hoolboom e Amy Gottlieb.
Encerramento com “Call Me Agnes” e Festival Queer Porto
O filme de encerramento do Queer Lisboa será Call Me Agnes, uma produção neerlandesa de Daniel Donato. Esta obra cruza elementos de documentário e ficção para contar a história de Agnes Geneva, uma mulher trans da Indonésia, explorando temas de identidade, resistência e transformação.
O festival não termina em Lisboa. No próximo mês, de 8 a 12 de outubro, acontecerá o Queer Porto, que celebrará a sua 10ª edição com programação a decorrer em espaços emblemáticos da cidade, como o Batalha Centro de Cinema, Passos Manuel e a Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto.
O Cinema Queer como Voz de Resistência e Reflexão Social
O Queer Lisboa volta a afirmar-se como um espaço privilegiado para a reflexão e a celebração do cinema queer, dando palco a produções que não só exploram questões de identidade de género e orientação sexual, mas que também abordam as lutas e resistências das comunidades LGBTQI+ em várias partes do mundo. O festival continua a ser uma referência no panorama cultural português e internacional, trazendo para o grande ecrã histórias que merecem ser ouvidas e vistas.
O cinema de animação português vai estar em grande destaque no festival grego ANIMASYROS, que decorre de 23 a 29 de setembro na ilha de Siro, nas Cíclades. Com cerca de uma dezena de filmes portugueses na programação, um tributo à realizadora Regina Pessoa e a participação de João Gonzalez como membro do júri, o festival promete uma presença marcante de Portugal no panorama internacional da animação.
Tributo a Regina Pessoa e a Presença de João Gonzalez
O festival ANIMASYROS, conhecido por ser o maior festival internacional de cinema de animação na Grécia, vai prestar uma homenagem à realizadora portuguesa Regina Pessoa, uma das mais reconhecidas no mundo da animação. A sua carreira será celebrada com a exibição de três das suas obras mais emblemáticas: Kali, o Pequeno Vampiro (2012), História Trágica com Final Feliz (2005) e Tio Tomás, A Contabilidade dos Dias (2019). Além da retrospetiva dos seus filmes, Regina Pessoa estará presente para uma masterclasse, onde partilhará o seu processo criativo e a sua abordagem única à animação.
Por outro lado, João Gonzalez, realizador do aclamado Ice Merchants, vai integrar um dos júris do festival, reconhecendo o seu crescente prestígio no mundo da animação internacional. Gonzalez, cuja curta-metragem foi o primeiro filme português nomeado para os Óscares, é uma das figuras em ascensão no cinema de animação e traz consigo a experiência de quem tem vindo a conquistar público e crítica com o seu trabalho.
A Competição e os Filmes Portugueses em Destaque
Na competição internacional de curtas-metragens, Portugal será representado por Percebes, de Laura Gonçalves e Alexandra Ramires, que já arrecadou o prémio de Melhor Curta-Metragem no prestigiado Festival de Annecy. Outro filme em competição é A Rapariga de Olhos Grandes e o Rapaz de Pernas Compridas, de Maria Hespanhol, reforçando a diversidade de estilos e narrativas que o cinema de animação português tem para oferecer.
A secção competitiva dedicada ao público infantil também contará com a presença de uma obra nacional: A Menina com os Olhos Ocupados, de André Carrilho, uma animação que promete cativar os mais jovens. Já na Animapride, uma secção dedicada à diversidade e inclusão, estará Cherry, Passion Fruit, de Renato José Duque.
O filme T-Zero, de Vicente Niro, será exibido tanto no programa Panorama como na competição dedicada a obras que abordam valores europeus, demonstrando a relevância temática e estética deste trabalho. Por fim, o filme coletivo Reclaiming the Colour, criado com crianças de uma escola básica de Ovar, também será apresentado no festival, num exemplo de como a animação pode servir de ferramenta pedagógica e criativa.
Durante o festival, no dia 23 de setembro, será feita a entrega dos prémios europeus de animação Emile, que regressam após uma pausa de vários anos. Entre os nomeados para estes prestigiados prémios está Ice Merchants, de João Gonzalez, que concorre nas categorias de Melhores Fundos e Personagens em Curta-Metragem, Melhor Animação em Curta-Metragem e Melhor dos Melhores em Curta-Metragem.
Também estão nomeadas duas longas-metragens portuguesas: Nayola, de José Miguel Ribeiro, e Os Demónios do Meu Avô, de Nuno Beato. Estas obras competem em todas as categorias dedicadas às longas-metragens, incluindo Melhor Argumento, Melhor Banda Sonora, Melhores Fundos e Design de Personagens, Melhor Animação e Melhor das Melhores. Estas nomeações sublinham a crescente relevância do cinema de animação português no panorama europeu.
A Importância do ANIMASYROS e a Visibilidade Internacional do Cinema Português
O ANIMASYROS, que este ano apresenta mais de 260 filmes de todo o mundo, tem-se afirmado como um palco privilegiado para a animação a nível internacional. A presença de uma significativa delegação de cineastas e filmes portugueses é um reflexo da qualidade e inovação que o país tem vindo a demonstrar nesta área.
Para os amantes de cinema, este é mais um marco importante para a animação portuguesa, que continua a ganhar destaque nos maiores palcos internacionais, consolidando o seu lugar entre as cinematografias mais criativas da Europa.
O visionário realizador M. Night Shyamalan está de volta com mais uma obra inquietante e cheia de suspense. Batem à Porta estreia no dia 20 de setembro, às 21h30, no TVCine Top, e promete prender os espectadores ao ecrã com uma narrativa apocalíptica e envolvente. Este thriller psicológico é baseado no romance The Cabin at the End of the World de Paul G. Tremblay, trazendo uma história sobre dilemas morais profundos, escolhas impossíveis e a luta pela sobrevivência.
Uma Escolha Impossível: Salvar a Família ou a Humanidade
A história de Batem à Porta desenrola-se numa cabana isolada, onde uma família decide passar as suas férias tranquilamente. No entanto, tudo muda quando quatro estranhos armados os fazem reféns e apresentam uma escolha devastadora: salvar a sua família ou sacrificar-se para salvar a humanidade. A família, que se vê cortada do mundo exterior, terá de enfrentar uma série de decisões impensáveis, enquanto o tempo para agir se esgota.
Shyamalan, conhecido por clássicos como O Sexto Sentido, Sinais e Fragmentado, volta a explorar temas de tensão psicológica, mistério e o sobrenatural, ao mesmo tempo que cria um cenário claustrofóbico, onde a natureza humana é testada ao limite.
Um Elenco de Peso
Com um elenco de grande qualidade, o filme conta com as interpretações de Dave Bautista, Jonathan Groff, Ben Aldridge, Nikki Amuka-Bird, Kristen Cui, Abby Quinn e Rupert Grint. Cada ator assume um papel crucial numa história que promete misturar momentos de terror e tensão emocional. Dave Bautista, conhecido pelos seus papéis de ação, assume aqui uma personagem com profundidade emocional, enquanto Rupert Grint, de Harry Potter, volta a colaborar com Shyamalan após a série Servant.
Elementos Típicos de Shyamalan
Os fãs de Shyamalan sabem o que esperar: reviravoltas inesperadas, mistério constante e uma atmosfera de desconforto crescente. Batem à Porta não foge à regra, trazendo todos os ingredientes pelos quais o realizador se tornou famoso. O terror apocalíptico do filme reflete não só o medo do desconhecido, mas também o horror interior que surge de decisões impossíveis.
O filme apresenta um enredo que desafia as noções tradicionais de bem e mal, vida e morte, fazendo o público refletir sobre os sacrifícios que cada um estaria disposto a fazer pelo bem maior. Shyamalan consegue, mais uma vez, criar uma obra que transcende o género do terror convencional, oferecendo uma experiência cinematográfica rica e emocionalmente perturbadora.
Batem à Porta estreia na sexta-feira, dia 20 de setembro, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+. Não perca esta história intensa que coloca uma família à prova em todos os sentidos. Para os fãs de thrillers psicológicos e do estilo único de M. Night Shyamalan, esta é uma estreia imperdível.