Cineastas Contra a MUBI: Miguel Gomes Entre os Signatários que Condenam Financiamento Ligado a Israel

Plataforma de streaming e distribuidora independente é acusada de estar a lucrar com o “genocídio em Gaza” após aceitar investimento da Sequoia Capital

🎬 A MUBI, conhecida pela sua curadoria de cinema independente e por apoiar vozes autorais de todo o mundo, está no centro de uma polémica internacional. Mais de 30 cineastas, incluindo os portugueses Miguel Gomes e Maureen Fazendeiro, assinaram uma carta aberta onde criticam abertamente a empresa por ter aceite 100 milhões de dólares em financiamento da Sequoia Capital, uma firma norte-americana com ligações a interesses militares israelitas.

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“A decisão da MUBI de fazer parceria com a Sequoia Capital demonstra uma total falta de responsabilidade para com os artistas e comunidades que ajudaram a empresa a prosperar”, lê-se na carta publicada esta semana pela Variety.

Entre os signatários estão também nomes como Aki KaurismäkiRadu JudeJoshua OppenheimerLevan AkinJessica BeshirCourtney StephensCamilo Restrepo e Neo Sora — vozes influentes no circuito do cinema autoral e de festivais.

Do prestígio à contestação

A MUBI tem construído uma reputação sólida como plataforma que valoriza o cinema ousado, alternativo e de autor. Ao longo dos anos, estabeleceu relações próximas com realizadores independentes e com um público exigente, tornando-se uma referência entre os cinéfilos.

Mas a revelação, em Maio, do financiamento da Sequoia Capital — uma empresa com ligações a tecnologias de vigilância e a fabricantes de ‘drones’ militares israelitas — veio abalar essa imagem.

Segundo a Variety, a Sequoia está envolvida com empresas como a start-up Kela, fundada por ex-membros de unidades de segurança israelitas, criada na sequência dos ataques do Hamas em Outubro de 2023.

“O crescimento financeiro da MUBI está agora explicitamente ligado ao genocídio em Gaza”, afirmam os realizadores. “E isso implica todos nós que trabalhamos com a MUBI.”


Os pedidos dos cineastas

Na carta aberta, os signatários exigem à MUBI três coisas concretas:

  1. Uma condenação pública da Sequoia Capital e dos seus lucros associados à guerra;
  2. retirada da Sequoia dos cargos de direcção da MUBI;
  3. A adopção de uma política ética rigorosa para futuros investimentos.

A posição é clara: o financiamento pode comprometer a integridade de uma plataforma que se construiu com base na confiança de artistas que rejeitam a normalização da violência — especialmente quando ligada a conflitos armados e violações de direitos humanos.


A resposta da MUBI: insuficiente?

Em Junho, após os primeiros protestos, a MUBI respondeu dizendo que o investimento da Sequoia tinha como objectivo “acelerar a missão de fazer chegar filmes ousados e visionários a mais públicos”, e que “as crenças de cada investidor não reflectem as opiniões da MUBI”.

Para os signatários, essa justificação é insuficiente. E a questão torna-se ainda mais sensível num momento em que a ofensiva israelita em Gaza já provocou, segundo a ONU e várias ONG, mais de 59 mil mortos, a maioria civis, bem como fome extrema e colapso de infraestruturas básicas.

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Cinema e consciência

Miguel Gomes e Maureen Fazendeiro, dois nomes fundamentais do novo cinema português, juntam-se assim a uma crescente onda de contestação que exige mais responsabilidade ética das empresas culturais e mediáticas. Num mundo cada vez mais polarizado, onde os conflitos armados se cruzam com interesses financeiros e plataformas globais, os artistas recusam ser cúmplices silenciosos.

Seth Meyers Receia Pelo Futuro dos Talk Shows: “O Ecossistema Pode Não Aguentar”

Após o fim repentino do Late Show de Stephen Colbert, o apresentador de Late Night revela receios quanto à continuidade do seu programa

Seth Meyers, uma das figuras mais carismáticas da televisão norte-americana, está preocupado. E não está sozinho. O cancelamento inesperado de The Late Show with Stephen Colbert – o talk show mais visto da televisão em sinal aberto nos Estados Unidos – lançou uma sombra sobre o futuro da programação nocturna.

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Em conversa com Dax Shepard no podcast Armchair Expert, gravado antes de se saber da decisão da CBS de terminar o Late Show, Seth Meyers revelou estar consciente de que o fim do seu próprio programa, Late Night with Seth Meyers, pode estar sempre ao virar da esquina.

“Passei de ter medo de não ser suficientemente bom para um medo que está, agora, fora do meu controlo: que o ecossistema simplesmente deixe de suportar este tipo de programa”, explicou o comediante e antigo guionista do Saturday Night Live.

Desde 2014 no ar, Late Night with Seth Meyers soma quase 1700 episódios e continua a ser produzido pela Broadway Video (de Lorne Michaels) e pela Universal Television, para a NBC. Mas mesmo com esse percurso sólido, Meyers não dá nada como garantido.

“Mostrem-me o relógio, eu apareço para trabalhar”

O apresentador confessou que a maior lição dos últimos 11 anos foi a importância da persistência:

“Se há uma grande revelação, é esta: aparece e faz o trabalho. É a única parte pela qual te pagam. O resto, temos pessoas tão boas nas suas áreas quanto tu és na tua. Não tentes controlar tudo.”

Num registo entre a resignação e o realismo, Meyers admite que “não é o melhor momento para fazer o que faço, mas ao menos consegui entrar”. E acrescenta: “O mundo conhece o nome Seth Meyers de uma forma com a qual estou satisfeito.”

Início atribulado, mas com superação

Seth também falou abertamente sobre os momentos mais difíceis no arranque do programa:

“Nos primeiros tempos, tivemos executivos da NBC a dizer-nos directamente: ‘Estamos muito preocupados com a direcção do programa.’”

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Hoje, o tom é outro. Embora a ameaça de mudanças repentinas no panorama televisivo persista, Seth Meyers parece ter encontrado um equilíbrio entre o medo e a dedicação, mantendo-se fiel ao seu estilo sarcástico, político e cerebral – uma alternativa mais ponderada ao frenesim dos talk shows convencionais.

“Dead City” Vai Sobreviver Mais Um Inverno: Spin-off de The Walking Dead Renovado Para Terceira Temporada

🧟‍♂️ Não há apocalipse que os pare! A AMC Networks anunciou oficialmente que The Walking Dead: Dead City vai regressar para uma terceira temporada, consolidando-se como um dos spin-offs mais bem-sucedidos do universo de zombies mais popular da televisão.

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Uma Nova Era em Manhattan (com velhos fantasmas à espreita)

A série, disponível em Portugal através do serviço de streaming AMC Selekt, acompanha Maggie Rhee (Lauren Cohan) e Negan Smith (Jeffrey Dean Morgan), duas personagens que passaram de inimigos mortais a aliados relutantes, numa caminhada emocional por um mundo em ruínas. A primeira temporada mergulhou-nos numa Manhattan pós-apocalíptica, isolada do continente, onde o caos, a violência e um inesperado sentido de comunidade convivem num frágil equilíbrio.

Agora, a terceira temporada promete elevar a fasquia. Segundo o anúncio oficial, Maggie e Negan tentam fundar a primeira comunidade próspera em Manhattan desde o apocalipse. Mas, como seria de esperar no mundo de The Walking Dead, a paz tem sempre prazo de validade. O caos irrompe e a pergunta impõe-se: será que os traumas do passado vão condenar o futuro?

Novo showrunner, velha experiência

Para esta nova etapa, a série terá um novo timoneiro criativo: Seth Hoffman, argumentista veterano da série original, responsável por episódios marcantes como ‘JSS’ e ‘Sem Saída’, além de passagens por Dr. House e Prison Break. A produção da nova temporada arranca no outono, em Boston (Massachusetts).

Dan McDermott, presidente da AMC Studios, expressou gratidão a Eli Jorné, showrunner das duas primeiras temporadas, e mostrou entusiasmo com o regresso de Hoffman:

“Estamos muito satisfeitos por poder contar com um veterano de The Walking Dead à frente de uma nova temporada que, acompanhada dos brilhantes Lauren Cohan e Jeffrey Dean Morgan, trará novos adversários e alianças”.

Já o próprio Hoffman confessou estar entusiasmado com o desafio:

“É uma verdadeira honra construir o seguinte capítulo para as icónicas aventuras de Maggie e Negan em Dead City”.

Uma cidade, duas forças em colisão

A dinâmica entre Maggie e Negan continua a ser o coração pulsante de Dead City. Desde o assassinato brutal de Glenn até à tensa aliança em tempos de crise, os dois personagens protagonizam uma das relações mais complexas e imprevisíveis de todo o universo TWD — e é precisamente essa tensão emocional que mantém os fãs colados ao ecrã.

A renovação para uma terceira temporada não só reforça o sucesso da série, como também demonstra o fôlego de um universo pós-The Walking Dead, que continua a expandir-se com histórias mais localizadas, intensas e emocionalmente ricas.

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Preparem-se: os mortos continuam a andar… e Maggie e Negan também.

“Grantchester” Está de Volta: Mistérios, Segredos e Chá Quente na Nova Temporada da Série Britânica

A 10.ª temporada estreia agora em Portugal, com episódios disponíveis na Filmin e no Prime Video

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Preparem as chávenas de chá e os sentidos dedutivos: Grantchester está de regresso — e os fãs portugueses já podem acompanhar a nova temporada, com estreia simultânea na Filmin e no Prime Video. A popular série policial britânica, ambientada nos anos 50, chega à sua 10.ª temporada com mais mistérios, dramas familiares e aquele charme irresistivelmente campestre que conquistou o público ao longo da última década.

Se nos Estados Unidos a estreia aconteceu a 15 de Junho, em Portugal os episódios já começaram a chegar às plataformas de streaming — uma excelente notícia para quem não quer esperar pelas emissões televisivas ou andava a adiar o reencontro com o detetive mais educado de Inglaterra.

Geordie e Alphy: uma dupla improvável com muito para resolver

A nova temporada traz de volta Robson Green, no papel do incansável DI Geordie Keating, e Rishi Nair como o carismático Reverendo Alphy Kottaram, sucessor espiritual (e não só) das figuras religiosas que desde o início da série têm ajudado a resolver os homicídios que teimam em surgir na idílica vila de Cambridgeshire.

Segundo a sinopse oficial, a dupla vai continuar a enfrentar os seus demónios pessoais enquanto tenta manter a ordem em Grantchester. Alphy, agora mais integrado na comunidade, é obrigado a confrontar segredos do passado que têm estado cuidadosamente escondidos. Será que conseguirá abrir o coração — ou vai ter de enfrentar a verdade sobre si próprio?

O que esperar desta temporada?

Para lá dos crimes, a série continua a explorar temas como a fé, a sexualidade, os traumas de guerra e as tensões sociais do pós-guerra. A nova temporada promete “ainda mais mistério, desventura e romance”, nas palavras do próprio canal ITV, que renovou a série com entusiasmo.

A criadora e argumentista Daisy Coulam mostrou-se orgulhosa pelo regresso da equipa: “Este programa é um testemunho do nosso elenco e equipa maravilhosos. Estou muito grata e orgulhosa por podermos voltar para uma 10.ª temporada e mais um verão glorioso em Grantchester.”

No elenco regressam também Al Weaver como Leonard Finch, Tessa Peake-Jones como Mrs C, Kacey Ainsworthcomo Cathy Keating, Oliver DimsdaleNick BrimbleBradley Hall e Melissa Johns.

A longevidade de um clássico moderno

Estreada originalmente em 2014 e baseada nas personagens criadas por James Runcie, Grantchester conseguiu manter-se relevante ao longo de dez temporadas, reinventando-se com novas personagens sem perder o seu ADN. A troca de protagonistas — com Alphy a suceder ao carismático Sidney Chambers (James Norton) e depois a Will Davenport (Tom Brittney) — provou ser um sucesso junto dos fãs, mantendo os índices de audiência elevados tanto no Reino Unido como nos EUA.

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Se ainda não se rendeu aos encantos de Grantchester, talvez esteja na altura. E se já é fã, então sabe que o verdadeiro prazer da série não está apenas nos crimes — está nos olhares trocados ao som do sino da igreja, nas conversas à sombra de uma macieira e nas tensões que fervilham sob a superfície de uma comunidade aparentemente pacífica.

O Lado Negro de Stanley Ipkiss: Porque Está na Hora de Dar à Máscara a Reboot que Merece

🎭💥 Jim Carrey a dançar “Cuban Pete” é uma imagem gravada na retina de qualquer criança dos anos 90. The Mask(1994) foi um sucesso instantâneo, misturando humor desenfreado, efeitos visuais revolucionários e uma performance inesquecível de Carrey. Mas poucos sabem que por detrás do filme PG-13 existe uma origem muito mais sombria — e surpreendentemente fascinante.

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Na verdade, a personagem The Mask nasceu nas páginas de uma banda desenhada da Dark Horse Comics… e era tudo menos fofinha. Decapitações, caos urbano, professores aterrorizados e mísseis disparados sobre polícias corruptos. Sim, é verdade: o Stanley Ipkiss original não era um palhaço adorável. Era uma bomba de loucura homicida à espera de explodir. E há provas disso – num obscuro jogo de PC de 1994 que poucos se lembram de ter existido.

“The Mask: The Origin”: Uma Joia Digital Esquecida

Em plena era do CD-ROM, a Softkey aliou-se à Dark Horse para lançar uma adaptação digital dos cinco primeiros volumes da BD original. O resultado? The Mask: The Origin, uma espécie de motion comic com narração completa, efeitos visuais e cenas sangrentas animadas com um nível de empenho que ultrapassa muitos projetos independentes actuais.

Disponível hoje no YouTube (sim, já lá anda desde 1994!), esta versão da história é um vislumbre do que The Maskpoderia ser se Hollywood tivesse tido coragem de abraçar o seu lado mais negro. Em vez de um excêntrico super-herói ao estilo Tex Avery, temos um vigilante vingativo e instável que personifica a raiva reprimida de um homem humilhado — e que não hesita em usar métodos brutais para se impor.

Porque o Cinema Está Pronto Para Esta Versão

Desde Deadpool a Venom, o público já se habituou a protagonistas ultra-violentos com um sentido de humor distorcido. O que antes parecia demasiado arriscado para o grande público, agora é uma aposta segura. E The Mask, com o seu ADN anárquico e irreverente, encaixa perfeitamente neste novo cenário.

Ao contrário do filme com Jim Carrey, que termina com uma nota alegre e quase romântica, a história original mergulha nas consequências psicológicas de usar a máscara. A personagem do tenente Kellaway, por exemplo, torna-se uma figura trágica, consumida pela raiva e pela perda de controlo. Há espaço aqui para explorar temas como identidade, loucura e violência justificada — e isso dá pano para mangas no cinema actual.

Jim Carrey Foi Brilhante — Mas a Máscara Pode Ter Outra Cara

Não estamos a sugerir substituir ou apagar a versão de 1994. Aquela performance permanece lendária. Mas e se agora, passados 30 anos, revisitássemos o mito com novos olhos? Um reboot sombrio, com classificação para maiores de 18 anos, inspirado directamente nos comics, poderia transformar The Mask num fenómeno de culto para uma nova geração. Um filme que misture o caos do Joker, o humor negro de The Boys e o visual desvairado de um Sin City.

Seria o regresso triunfal de uma das personagens mais malucas — e mal interpretadas — dos anos 90.

Sunshine: O Filme de Ficção Científica Que Antecipou o Futuro (E Que o Público Ignorou)

📺 The Mask (1994) está disponível em streaming no Tubi, Prime Video e YouTube. O motion comic The Mask: The Origin pode ser visto gratuitamente no YouTube aqui

De Wakanda a Gotham: Os Filmes de Super-Heróis Que Vão Dominar o Verão na STAR 💥🦸‍♀️🦇

O STAR Channel promete um verão com capas ao vento, superpoderes em alta voltagem e uma dose épica de adrenalina. O especial “Super-heróis de peso” reúne alguns dos maiores êxitos do cinema de acção e aventura moderna — daqueles que redefiniram o género e deixaram os fãs a salivar por mais. De Wakanda à destruição de Gotham, passando pelo caos organizado da Suicide Squad, este é o alinhamento que transforma o sofá na tua próxima sala de cinema privada.

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Black Panther: Wakanda Forever – O Legado Continua 🐾👑

Começamos com um dos títulos mais emocionais do Universo Cinematográfico Marvel. Black Panther: Wakanda Forever(2022) não é apenas uma continuação – é uma carta de amor a Chadwick Boseman, o eterno T’Challa. Realizado por Ryan Coogler, o filme mergulha-nos no luto colectivo de Wakanda e na ascensão de uma nova protetora.

Letitia Wright assume o protagonismo como Shuri, enfrentando não só as ameaças externas (como a civilização submarina de Talokan liderada por Namor), mas também o peso de um legado incomparável. O filme foi um sucesso estrondoso de bilheteira e arrecadou cinco nomeações aos Óscares, vencendo o de Melhor Guarda-Roupa. Um épico com coração e inteligência política.

The Flash – Viagem no Tempo e Batman… Versão Keaton! ⚡🦇

Se The Flash (2023) se tornou um dos filmes mais debatidos do universo DC, foi por boas razões. Ezra Miller regressa como Barry Allen e mete o pé na linha do tempo com consequências absolutamente catastróficas — mas também absolutamente cinematográficas.

A cereja no topo do multiverso? Michael Keaton regressa como Batman, décadas depois da sua última aparição. Sim, leu bem. O Cavaleiro das Trevas com olhos azuis e frases secas volta à carga, e não está aqui para brincadeiras. O filme junta ainda Ben Affleck e Sasha Calle como Supergirl, num espectáculo visual que celebra (e embaralha) tudo o que já conhecemos sobre heróis e timelines.

Suicide Squad – Vilões com estilo e explosões a gosto 💣🎭

De James Gunn, mestre do caos narrativo com coração, The Suicide Squad (2021) é aquilo que o primeiro filme de 2016 tentou ser e nunca conseguiu: insano, divertido e gloriosamente sangrento.

Margot Robbie regressa como Harley Quinn, ao lado de Idris Elba, John Cena e Viola Davis. Junta-se um tubarão falante (King Shark), uma estrela-do-mar gigante e um senso de humor negro que desafia todas as regras do jogo. É um filme onde os vilões brilham mais do que os heróis, e onde cada explosão vem com uma piada no bolso.

X-Men: Fénix Negra – A Queda da Fénix 🔥🧠

No capítulo final da saga dos X-Men sob a alçada da 20th Century Fox, Fénix Negra (2019) tenta fechar com chave de fogo a história de Jean Grey. Sophie Turner regressa ao papel, agora possuída por uma força cósmica incontrolável que ameaça destruir tudo e todos.

O filme teve uma recepção mista — entre críticas à execução e elogios às prestações de Turner e James McAvoy — mas continua a ser essencial para quem acompanha a evolução desta família disfuncional de mutantes desde o ano 2000. E há que dizer: quando X-Men é o “pior” filme do especial, é porque o nível está mesmo alto.

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Se és fã de super-heróis, mutantes, vilões encantadores ou apenas de cinema que dá cabo do subwoofer da sala, então o STAR Channel tem-te preparado um verão onde não precisas de salvar o mundo — só de o ver em grande estilo.

Netflix Entra no Mundo da Televisão Tradicional: Acordo com TF1 Revoluciona o Streaming em França 📺🇫🇷

O que parecia impensável há poucos anos acaba de se tornar realidade: a Netflix, símbolo máximo da revolução do streaming e da morte da televisão tradicional, vai começar a emitir canais lineares em direto — e logo em parceria com a TF1, o maior grupo de media comercial em França.

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O anúncio foi feito no Festival Cannes Lions, e marca uma viragem histórica para a gigante norte-americana, que até agora sempre se tinha recusado a seguir o modelo clássico da televisão por cabo. A partir do verão de 2026, os subscritores franceses da Netflix terão acesso não só a cinco canais da TF1 em direto, como a um impressionante catálogo de 30 mil horas de conteúdos on-demand da plataforma TF1+ — tudo através da interface da Netflix.

Da guerra ao casamento: o streaming junta-se à TV

Durante anos, o discurso da Netflix foi claro: o futuro era o on-demand. Mas à medida que o mercado se satura, as receitas de publicidade caem e as audiências fragmentam-se, o modelo linear começa a ganhar um novo fôlego. E é precisamente esse o cenário que levou à aproximação entre dois gigantes aparentemente rivais.

Para Greg Peters, co-CEO da Netflix, a lógica é clara: “Alguns públicos franceses já pensam em televisão como sendo Netflix.” Este acordo “é uma oportunidade de trabalharmos com a maior emissora do ecossistema mediático francês”.

Para o grupo TF1, que ainda alcança 58 milhões de telespectadores mensais com os seus canais e serve 35 milhões de utilizadores no TF1+, a aliança é um golpe de mestre. Como explicou o CEO Rodolphe Belmer, “à medida que os hábitos de visualização migram para o digital, esta parceria permite que o nosso conteúdo chegue a audiências inigualáveis — e abre novas portas para os anunciantes.”

O que muda na prática?

Este será o primeiro grande teste da Netflix no mundo da emissão linear ao vivo, com um cardápio recheado:

  • Séries populares como Brocéliande e Erica
  • Telenovelas e programas de grande audiência
  • Reality shows como The Voice
  • Eventos desportivos em direto

Ou seja, tudo o que antes seria inimaginável numa plataforma feita para ver “quando e como quiseres” passa agora a estar disponível também em tempo real. Uma verdadeira televisão dentro da Netflix — sem precisar de mudar de aplicação.

E depois de França?

O sucesso desta aliança poderá ditar o rumo de futuras parcerias noutros países. A Netflix já sinalizou que vai avaliar cuidadosamente os resultados deste teste em França antes de avançar para modelos semelhantes noutros territórios. E as emissoras tradicionais por esse mundo fora — muitas delas em apuros — estarão certamente atentas ao que aqui se joga.

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Para já, nenhum detalhe financeiro foi revelado, nem se sabe como serão partilhadas as receitas de subscrição e publicidade. Mas uma coisa é certa: esta jogada marca uma redefinição radical do que é (ou pode ser) uma plataforma de streaming em 2026.

Revólveres, Salões e Lendas: O Western Está de Volta no STAR Movies — e Há Muito Pó para Levantar 🤠🔥

Julho promete ser o mês mais poeirento e nostálgico do ano para os amantes do bom e velho western. O STAR Movies preparou um especial de programação que atravessa o mês inteiro, de 1 a 31 de julho, dedicado a um dos géneros mais icónicos da história do cinema. São clássicos, pérolas escondidas e autênticas relíquias que nos fazem lembrar que, antes dos super-heróis e das sequelas infindáveis, havia cowboys de chapéu torto, cavalos a galope e duelos ao pôr do sol.

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Quando o western era rei — e ainda sabe atirar

Há algo de profundamente cinematográfico no western. O cenário árido, os silêncios longos, os códigos de honra, os heróis solitários e os vilões cruéis. Era ali, na vastidão do deserto e na simplicidade moral do “bem contra o mal”, que Hollywood construía mitos. E em julho, o STAR Movies traz de volta esses mitos com um alinhamento que é ouro puro para qualquer cinéfilo que se preze.

Entre os destaques estão Rio Grande, de John Ford, com John Wayne em modo “toda a poeira do deserto é minha”; Johnny Guitar, o western feminista avant la lettre com Joan Crawford de pistola em punho; ou Destry, com Charlton Heston a manter a lei e a ordem entre saloons e foras-da-lei.

Mas há mais. Muito mais.

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Do clássico absoluto ao faroeste B com charme

Para quem gosta do western puro e duro, com índios e cavalaria, temos Barreiras de FogoO Segredo da MontanhaUm Dia de FúriaFronteiras do Orgulho e Amizade Sangrenta — todos com aquele charme vintage dos anos 50, quando o cinema ainda cheirava a película e tabaco.

Há ainda espaço para aventuras mais existenciais, como Anos de Violência, com Tony Curtis a tentar limpar o seu nome antes que o linchem, e o delicioso O Parceiro do Diabo, onde George Peppard regressa para ajustar contas com antigos comparsas.

Para quem aprecia westerns com um toque de psicologia e política, Walk the Proud Land (com Audie Murphy) mostra um homem branco a tentar conquistar a confiança de uma reserva Apache — uma narrativa rara para a época, que vai muito além do simplismo habitual.

Uma maratona para quem ainda acredita que um bom western nunca morre

Durante cinco semanas, o STAR Movies vai ser território reservado a xerifes de fala pausada, pistoleiros em busca de redenção, donas de salão destemidas e bandidos com olhos de gelo. Com sessões todas as noites, o canal faz justiça ao género que ajudou a definir a linguagem do cinema moderno.

E como cereja no topo do bolo, há títulos lendários como Dois Homens e Um Destino (com Paul Newman e Robert Redford), Bandolero!Deus Perdoa… Eu Não! e o italiano Um Homem, Um Cavalo, Uma Pistola, prova de que o western spaghetti também tem lugar na festa.

Porquê voltar ao western?

Porque estes filmes são mais do que tiroteios e chapéus. São parábolas morais, reflexões sobre a justiça, sobre o que significa ser homem (e mulher) num mundo em transição. São a origem de quase tudo o que hoje vemos nas séries de crime, nos blockbusters e até nos videojogos.

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E porque às vezes, entre tanta modernidade, sabe bem voltar ao básico: uma estrada poeirenta, um duelo final… e aquele silvo inconfundível de Ennio Morricone na nossa cabeça.

Sally: O Documentário que Mostra Como a Primeira Mulher Americana no Espaço Teve de Esconder Quem Era

Entre o machismo da NASA e o silêncio imposto pela homofobia, o novo documentário da Disney+ revela a coragem íntima de Sally Ride — pioneira no espaço e na vida

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Em 1983, milhões de olhos seguiram o lançamento do vaivém espacial Challenger, com um detalhe histórico: entre os astronautas estava, pela primeira vez, uma mulher norte-americana. Sally Ride, física brilhante e reservada, foi catapultada para o estrelato como símbolo de progresso e inspiração para uma geração de jovens raparigas. Mas o que não se sabia — e o novo documentário Sally revela com crueza e ternura — é que por trás do sorriso público estava uma luta silenciosa contra o machismo institucional… e a homofobia.

O filme, que se estreia a 17 de Junho no Disney+ Portugal, chega num momento de particular tensão política e cultural. Realizado por Cristina Costantini (Mucho Mucho Amor), Sally é uma homenagem sentida e necessária à coragem em todas as suas formas — e a um tipo de heroína que a História tantas vezes silenciou.

“Fiz este filme para quem já teve de esconder parte de si”

Em entrevista à agência Lusa, Cristina Costantini não esconde a motivação pessoal por trás do projecto: “Fiz este filme para qualquer pessoa que já teve de esconder ou mudar parte de si para seguir os seus sonhos.” E completa: “Penso que essa é, tristemente, uma experiência mais relevante que nunca em 2025.”

Mais do que um simples retrato biográfico, Sally mergulha fundo nas contradições da era em que a NASA finalmente abriu as portas às mulheres… mas ainda não estava preparada para as receber como iguais. A agência chegou ao ponto de preparar um “kit de maquilhagem espacial” e questionar se 100 tampões seriam suficientes para seis dias no espaço — enquanto os media perguntavam se Sally ia chorar em órbita.

E, no entanto, sob essa pressão, Ride destacou-se. Brilhante, discreta, profissional ao mais alto nível. E ainda assim, durante toda a sua vida, escondeu uma parte essencial de si: a sua relação com Tam O’Shaughnessy, companheira durante 27 anos.


Uma vida dividida entre a ciência e o silêncio

Sally Ride morreu em 2012, vítima de cancro, aos 61 anos. Foi apenas no seu obituário que o mundo soube que deixava uma parceira. Até então, apenas familiares e amigos próximos sabiam da sua orientação sexual. Foi Tam quem insistiu que a verdade fosse finalmente dita — porque, como afirma no documentário, “a história não estava completa”.

O filme dá palco a Tam O’Shaughnessy, que partilha memórias íntimas, momentos de cumplicidade e frustrações silenciosas. Quando Barack Obama distinguiu Sally Ride com a Medalha Presidencial da Liberdade, foi Tam quem a recebeu. Três anos depois, o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado nos EUA. Mas Tam, hoje, está menos optimista.

“É uma batalha humana permanente e temos de continuar a esforçar-nos pelos valores que são importantes”, afirma, lembrando os recentes retrocessos nos direitos LGBT, tanto nos EUA como noutros países. “É um momento horrível e assustador”.


Quando até a bandeira do arco-íris incomoda

O contexto de Sally tornou-se involuntariamente profético. A realizadora começou a trabalhar com o canal National Geographic e a produtora Story Syndicate sem imaginar que o lançamento coincidiria com ataques directos às políticas de diversidade e inclusão. A própria NASA foi recentemente forçada a remover bandeiras do Orgulho Gay das suas instalações.

“Não fazíamos ideia de que seria lançado num momento em que a DEI está sob ataque”, lamenta Cristina. Mas talvez por isso mesmo, o documentário se torne ainda mais urgente.

Foi ao descobrir que Sally teve uma parceira que a realizadora sentiu o clique criativo: “Pensei: Se a NASA mal estava preparada para mulheres, como terá sido amar uma mulher naquele ambiente?


Precisamos de mais Sallys. E de mais Tams.

Sally não é apenas um tributo à primeira mulher americana no espaço. É um lembrete do preço que tantas pessoas pagaram — e ainda pagam — por serem quem são. E é, acima de tudo, uma história de amor, de resiliência, e de esperança.

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A estreia está marcada para 17 de Junho no Disney+ e 21 de Junho no canal National Geographic. Se há um momento para conhecer esta história, é agora.

“Lume”: a nova série da RTP e Max que promete incendiar o verão… mas só no ecrã 🔥

Thriller luso-galego mergulha no mistério dos incêndios florestais e estreia já a 19 de Junho

O verão ainda nem começou e já temos calor garantido — pelo menos nas televisões e nos ecrãs de streaming. Chama-se Lume e é a mais recente aposta da RTP e da plataforma Max, uma série de ficção ibérica que transforma o drama dos incêndios florestais num thriller envolvente e carregado de mistério.

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Criada pelas argumentistas Irene Pin (Espanha) e Sara Rodi (Portugal), Lume estreia a 19 de Junho na Max e no dia seguinte, a 20, na RTP1 e RTP Play. E promete muito mais do que labaredas e sirenes: há conspirações, redes especulativas e crimes por desvendar.


Uma aldeia na Raia Seca, um fogo que não se explica

A acção decorre numa pequena aldeia da Raia Seca, onde os incêndios parecem repetir-se com uma frequência suspeita. Por entre as cinzas, começa a desenhar-se um enredo que aponta para uma teia de interesses obscuros — e uma pergunta incómoda: será que todos os fogos começam por acidente?

Cristina Castaño interpreta uma jornalista obstinada e Albano Jerónimo dá vida a um cabo da GNR determinado em descobrir a verdade. Juntos, embarcam numa investigação que não só os leva a questionar as causas dos incêndios, como os arrasta para um mundo onde o poder económico pode queimar tanto quanto o fogo real.

A série foi filmada em pleno verão de 2024, entre o norte de Portugal e a Galiza, num esforço de coprodução entre a Coral Europa (Portugal) e a Setemedia (Galiza), com apoio da RTP, Televisión de Galicia, Max e ainda 250 mil euros do programa europeu Eurimages.


Entre o português e o galego, entre o drama e a verdade

O elenco, verdadeiramente ibérico, conta ainda com Ricardo Pereira, Lúcia Moniz, João Pedro Vaz, Isabel Naveira, Xúlio Abonjo e Afonso Agra, numa produção onde se ouvem tanto o português como o galego — duas línguas próximas que, aqui, se unem para dar voz a uma narrativa de fronteiras difusas, tanto geográficas como morais.

Com seis episódios, Lume segue a tradição de outras coproduções bem-sucedidas entre Portugal e Espanha, como Auga SecaCrimes Submersos ou Operação Maré Negra. Mas aqui, a grande protagonista é a floresta — ou melhor, aquilo que se faz com ela.


Uma série que promete aquecer as noites… e a consciência

Mais do que um drama policial, Lume é uma chamada de atenção sobre o problema crónico dos incêndios florestais, que todos os anos assolam o norte de Portugal e a Galiza. A série recusa soluções simplistas e não se contenta com “culpados habituais”. Quer ir ao fundo da questão — e levar-nos com ela.

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Se procura uma série que misture mistério, crítica social e paisagens arrepiantes (pelas melhores e piores razões), Lumepode ser a estreia certa para o seu verão. Prepare-se para suar… mas não só por causa do calor.

MobLand: Quando o estilo encontra a substância (e leva um estalo da Helen Mirren) 🎩🔫

Uma série mafiosa cheia de charme, com Tom Hardy em modo diamante bruto e Helen Mirren a mandar em tudo — com classe e uma pistola na carteira

Em 2025, poucas séries conseguiram agarrar-nos logo nos primeiros minutos como MobLand. E não foi só pela música, mas que ajuda, ajuda — que arranca com os Fontaines D.C. a gritar “Starburster” aos nossos ouvidos — mas pelo ambiente, pelas personagens e, acima de tudo, pela elegância com que mistura o velho e o novo no mundo do crime organizado.

Guy Ritchie — o mesmo de Snatch e The Gentlemen — traz aqui a sua marca registada: diálogos rápidos, estética afiada como uma navalha de barbear e violência com estilo. Mas em MobLand, há mais do que isso. Há personagens com alma. Há actores em estado de graça. E há um ritmo narrativo que, mesmo com alguns tropeções, nos obriga a querer sempre ver mais um episódio.


Tom Hardy: o homem, o mito, o fixer

O centro de gravidade da série é Harry Da Souza, o enigmático “fixer” interpretado por Tom Hardy. Num papel que em mãos erradas poderia ter sido só mais um cliché ambulante, Hardy entrega uma performance subtil, densa e magnética. O olhar, os silêncios, a contenção — tudo nele grita poder e trauma ao mesmo tempo. Há algo de trágico em Harry, e Hardy esculpe-o como quem transforma carvão em diamante. E, neste caso, consegue mesmo o milagre.


Helen Mirren: rainha do crime

Mas se Hardy é o coração sombrio da série, Helen Mirren é, sem dúvida, a sua alma imperial. Como Maeve Harrigan, a matriarca da família criminosa irlandesa, Mirren não apenas rouba cenas — ela dá-lhes um upgrade. Com uma presença majestosa e uma ameaça sempre implícita, a actriz domina o ecrã com a mesma facilidade com que domina os seus subordinados. Não há um único momento em que a sua personagem pareça secundária, mesmo quando o guião não lhe dá muito para fazer. Ela FAZ acontecer.


Pierce Brosnan: sim, está mesmo bem

Ao contrário de algumas críticas que torceram o nariz ao sotaque de Pierce Brosnan, aqui no Clube de Cinema dizemos: deixem o homem brilhar! O seu Kevin Harrigan é um patriarca contido, estratega e perigosamente ambíguo. Brosnan não precisa de gritar para impôr respeito — basta-lhe um olhar, um gesto, uma pausa bem colocada. É uma performance sólida, elegante e, sim, credível. E sejamos honestos: é bom vê-lo fora do smoking de 007 e a fazer algo com mais textura.


Realização, música e o prazer de ver televisão com estilo

Se há algo que distingue MobLand da maioria das séries do género, é a sua realização estilizada e trilha sonora imaculada. A câmara dança pelos corredores, salta entre tempos narrativos, e constrói tensão como um maestro em ensaio geral. A música, com escolhas certeiras (sim, The Prodigy também aparece), amplifica a experiência — dando-lhe um pulso vibrante e moderno, sem nunca trair o espírito clássico do drama mafioso.


O ponto menos forte: a história já vista

Sim, é verdade. A originalidade do argumento não é o ponto mais forte da série. Vemos muitos dos arquétipos clássicos do crime familiar: o filho rebelde, a matriarca implacável, o aliado ambíguo, o traidor inevitável. Mas aqui, o que importa não é tanto o quê, mas como. E MobLand sabe contar bem, com estilo, ritmo e actores que elevam o material.


Conclusão

MobLand é uma das grandes séries de 2025. Não porque revolucione o género, mas porque pega no que já conhecemos — e gostamos — e apresenta-o com sofisticação, energia e um elenco de luxo. É um banquete para quem gosta de histórias de crime com personagens complexas, boa música e uma realização que não subestima a inteligência do espectador.

Tom Hardy transforma o carvão em diamante. Helen Mirren reina como só ela sabe. E Guy Ritchie? Mostra que, mesmo depois de tantos anos a filmar bandidos com sotaque, ainda tem cartas novas para jogar.

MobLand chega ao SkyShowtime no próximo dia 9 de Junho e é definitivamente uma série a não perder!

O regresso do karaté à televisão portuguesa: Cobra Kai  estreia finalmente no canal AXN 🥋📺

A série que ressuscitou a rivalidade de Karate Kid vai poder ser vista em sinal aberto… e em grande estilo

Os fãs de karaté, nostalgia dos anos 80 e rivalidades épicas têm motivos para celebrar: Cobra Kai, a série que continua a história dos filmes Karate Kid, vai estrear no canal AXN. Depois de conquistar o YouTube e a Netflix, a série chega agora à televisão por cabo em Portugal, onde poderá alcançar ainda mais público.

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Para quem ainda vive debaixo de uma pedra (ou de um tatami), Cobra Kai retoma a rivalidade lendária entre Johnny Lawrence (William Zabka) e Daniel LaRusso (Ralph Macchio), décadas depois do famoso torneio de karaté que marcou uma geração.

Um sucesso improvável que virou fenómeno global

Criada em 2018, Cobra Kai começou como uma aposta nostálgica da plataforma YouTube Premium, mas rapidamente conquistou crítica e audiência. O seu sucesso explosivo levou à migração para a Netflix, onde se tornou um fenómeno de popularidade — tanto junto dos fãs do clássico original como de uma nova geração de espectadores.

O segredo? Um equilíbrio quase perfeito entre ação, humor, drama adolescente e um profundo respeito pelo legado dos filmes originais. A série não só trouxe de volta os protagonistas históricos, como conseguiu desenvolver personagens novas que deram uma nova vida à franquia.

Mais do que nostalgia: é mesmo boa televisão

Sim, há fan service. Sim, há montagens de treino ao som de rock vintage. Mas Cobra Kai vai além da nostalgia fácil. A série explora temas como redenção, rivalidade, paternidade, bullying e identidade, sempre com um pé na comédia e outro no drama.

Johnny Lawrence, outrora o vilão, surge agora como uma figura tragicómica, perdida num mundo que já não entende. Daniel LaRusso, o eterno “bom rapaz”, nem sempre é o herói que pensamos. O resultado é uma inversão de perspetivas que torna tudo mais interessante — e humano.

Agora em português, agora no AXN

A chegada de Cobra Kai ao canal AXN representa uma oportunidade para quem ainda não viu a série — ou quer revê-la com dobragem ou legendas em português. Não foram ainda divulgadas as datas e horários exatos da emissão, mas a estreia está prometida para breve.

Com seis temporadas já lançadas (e uma sétima e última a caminho), Cobra Kai tornou-se um caso raro: uma sequela de um clássico dos anos 80 que não só faz justiça ao original como o ultrapassa em muitos aspetos.

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Preparem-se: o dojo está de volta, os socos também… e a rivalidade nunca esteve tão viva.

Os Mortos Não Morrem e Tempestade Tropical: dois filmes geniais e absurdos no STAR Comedy

Junho traz ao canal STAR Comedy duas comédias irreverentes com elencos de luxo e sátira em estado puro

Se o teu sentido de humor aprecia zombies em farda de polícia, actores vaidosos a morrer em filmagens tropicais e uma boa dose de crítica social embrulhada em caos cinematográfico, então marca na agenda duas datas: 21 e 28 de Junho, quando o STAR Comedy exibe dois dos filmes mais insólitos dos últimos anos: Os Mortos Não Morrem e Tempestade Tropical.

Os Mortos Não Morrem: um apocalipse zombie à maneira de Jim Jarmusch

No dia 21 de Junho, o canal exibe Os Mortos Não Morrem, uma comédia negra realizada por Jim Jarmusch, que subverte por completo o género zombie. Numa pacata cidade americana, os mortos começam inexplicavelmente a regressar à vida — mas em vez de sangue e gritos, o filme oferece-nos olhares apáticos, diálogos mortos-vivos e muita ironia existencial.

Com um elenco de luxo que inclui Bill MurrayAdam DriverTilda SwintonChloë SevignyTom Waits e Iggy Pop, o filme é uma sátira absurda ao consumo, à apatia da sociedade moderna e à obsessão com gadgets (sim, os zombies querem wi-fi e café). É o apocalipse… com banda sonora de Sturgill Simpson e piadas meta.

Tempestade Tropical: quando o making-of é mais caótico que o próprio filme

28 de Junho, é a vez de Tempestade Tropical (Tropic Thunder), a comédia de Ben Stiller que satiriza a indústria de Hollywood com uma precisão quase ofensiva — e hilariante.

O filme acompanha um grupo de actores egocêntricos que, durante as filmagens de um épico de guerra, acabam por ser lançados no meio de um verdadeiro conflito sem se aperceberem. Com Robert Downey Jr. (em modo controverso e brilhante), Jack BlackJay BaruchelSteve Coogan e um quase irreconhecível Tom Cruise como produtor megalómano, o filme desfere golpes certeiros sobre ego, privilégio, clichés de guerra e métodos de representação extrema.


📺 STAR Comedy com programação de culto

Com estas duas escolhas para Junho, o STAR Comedy aposta em cinema de culto moderno, que mistura gargalhadas com crítica e uma boa dose de absurdo. Ideal para quem gosta de rir e pensar — nem que seja sobre o fim do mundo ou a vaidade de Hollywood.

Fire Country regressa em modo explosivo: casamento, helicópteros e o fogo que nunca dá tréguas

A série de acção e redenção que conquistou o público regressa ao STAR Channel com a terceira temporada

Eles combatem fogos, salvam vidas — e tentam salvar-se a si próprios. Fire Country, uma das séries mais intensas e emotivas dos últimos anos, regressa ao STAR Channel a 2 de Junho, trazendo de volta os dilemas morais, as tensões familiares e os incêndios florestais mais perigosos da televisão.

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Com Max Thieriot de volta como o carismático e atormentado Bode Donovan, a nova temporada promete começar com um estrondo… ou melhor, com um acidente de helicóptero que vai virar tudo do avesso.


🚒 O que esperar da terceira temporada?

Depois de uma segunda temporada marcada por reviravoltas emocionais, a nova leva de episódios mergulha directamente nas consequências do dramático final anterior. Segundo os criadores, a nova temporada começa com um casamento prestes a acontecer — e termina com o caos total nas montanhas da Califórnia, cortesia de um incêndio descontrolado e um acidente aéreo.

Os dilemas de Bode entre a redenção e o instinto destrutivo continuam no centro da narrativa, mas a série reforça também o protagonismo dos restantes elementos da equipa de bombeiros, incluindo Gabriela (Stephanie Arcila), cuja relação com Bode continua em suspenso, e o chefe Manny (Kevin Alejandro), que enfrenta os seus próprios demónios.


⛓️ Acção, coração e justiça social

Para além das cenas de acção bem coreografadas, Fire Country destaca-se por abordar temas como reintegração de ex-reclusos, sistema prisional, racismo estrutural e disfunções familiares, sempre através da lente do melodrama televisivo.

A série tem origem na própria vida de Max Thieriot, que cresceu numa comunidade de bombeiros voluntários e criou a história a partir dessa realidade. É essa autenticidade que dá à série a sua chama única.

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📺 Onde e quando ver?

terceira temporada de Fire Country estreia em exclusivo no STAR Channel a 2 de Junho, com novos episódios todas as semanas. Para quem gosta de drama intenso, personagens imperfeitas e acção de cortar a respiração, esta é uma série a não perder.

🎬 Kristen Stewart em Cannes: “Ser mulher é uma experiência violenta”

Atriz estreia-se como realizadora com The Chronology of Water, um retrato visceral da sobrevivência feminina

No Festival de Cannes 2025, Kristen Stewart apresentou a sua estreia na realização com The Chronology of Water, uma adaptação das memórias de Lidia Yuknavitch. O filme, exibido na secção Un Certain Regard, aborda temas como abuso, trauma e a busca por identidade, através de uma narrativa sensorial e fragmentada. 

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🎥 Uma estreia audaciosa

Stewart, conhecida por papéis em filmes como Crepúsculo e Spencer, assume agora a cadeira de realizadora, trazendo à tela a história de Yuknavitch, uma nadadora e escritora que enfrentou abusos na infância e encontrou na arte uma forma de redenção. A atriz Imogen Poots interpreta Yuknavitch, oferecendo uma performance intensa e comovente. 

💬 “Ser mulher é uma experiência violenta”

Em entrevista à AFP, Stewart afirmou: 

“Ser mulher é uma experiência realmente violenta (…) mesmo que não se tenha o tipo de experiência extrema que retratamos no filme ou que a Lidia suportou e da qual saiu lindamente.”  

A realizadora destacou que, embora não tenha vivido as mesmas experiências de Yuknavitch, compreende profundamente a sensação de ter a voz silenciada e a luta para recuperar a confiança em si mesma. 


🎞️ Uma narrativa sensorial

The Chronology of Water é descrito como um filme que mergulha o espectador numa experiência sensorial, utilizando imagens oníricas e uma montagem não linear para transmitir as emoções da protagonista. A crítica tem elogiado a abordagem ousada de Stewart, que opta por sugerir em vez de mostrar explicitamente, criando um impacto emocional profundo. 


🌊 Um projeto pessoal

Stewart revelou que lutou durante anos para concretizar este projeto, enfrentando dificuldades em obter financiamento devido à natureza do tema e à sua falta de experiência como realizadora. Apesar dos obstáculos, ela manteve-se fiel à sua visão, resultando num filme que é tanto uma obra de arte quanto um ato de resistência. 

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Stanley Tucci Diz que Comida Italiana Explica a Política — e Sabe Mesmo Melhor 🍝🗳️🇮🇹

O actor e apresentador da série Searching for Italy partilhou a sua visão sobre a cultura, o caos político e o poder da gastronomia como espelho da identidade nacional. E, claro, falou de massa.

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Stanley Tucci não é apenas um actor respeitado com uma carreira sólida no cinema e televisão — é também um apaixonado pela gastronomia italiana, algo que partilhou com o mundo na série documental Searching for Italy, da CNN ( em Portugal no Disney +). Agora, durante uma conversa recente no Hay Festival, no País de Gales, Tucci levou a analogia mais longe: a forma como os italianos pensam a comida pode explicar… a política do país.

E a comparação não podia ser mais saborosa.

“Cada região tem o seu molho, o seu orgulho — e ninguém se entende”

Durante o evento, Tucci afirmou que a estrutura fragmentada da política italiana reflecte o regionalismo obsessivo da sua cozinha. Segundo o actor, não é apenas uma metáfora: é uma realidade profundamente enraizada.

“Os italianos não conseguem sequer concordar sobre como fazer molho de tomate. Porque haveriam de concordar politicamente?”, brincou.

“A política italiana é confusa, mas apaixonada. Tal como o debate sobre o queijo Parmigiano em cima do peixe.”


De The Devil Wears Prada para os raviolis — uma segunda carreira?

Tucci tem cultivado ao longo dos anos uma reputação paralela como embaixador não-oficial da cozinha italiana, com livros de receitas, vídeos virais de cocktails e uma elegância natural que combina perfeitamente com massas frescas e vinhos tintos.

Em Searching for Italy, percorreu várias regiões do país explorando as ligações entre pratos tradicionais, identidade cultural e história local. O sucesso da série foi tal que lhe valeu um Emmy e um lugar especial no coração dos amantes de comida e cinema.

Entre a sátira e o afecto

Apesar do tom bem-humorado, Tucci não deixou de tocar em questões mais sérias. Referiu-se ao actual clima político em Itália como “desafiante”, mas realçou que a resiliência do povo está na sua cultura — e, claro, na comida.

“Podes ter um dia péssimo em Roma, mas assim que te sentas com um prato de carbonara, há esperança.”


Stanley Tucci: um gourmet com causas

Além do amor pela gastronomia, Tucci tem sido uma voz activa na defesa da cultura europeia, da diversidade e da importância de preservar tradições regionais, mesmo num mundo cada vez mais uniformizado.

E se para isso for preciso recorrer a pratos típicos e referências culinárias? Que venham mais entrevistas com sotaque italiano e molho de tomate.

“Conclave”: O Filme de Ralph Fiennes que os Cardeais Estão a Ver para se Prepararem para o Verdadeiro Conclave 🎬⛪

Parece ficção, mas é realidade: antes de entrarem na Capela Sistina, vários cardeais estão a ver Conclave, o filme de Edward Berger com Ralph Fiennes, como se fosse… manual de instruções.

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O que acontece quando a Igreja Católica precisa de escolher um novo papa e os cardeais que vão entrar na Capela Sistina nunca participaram num conclave? Viram-se para Hollywood. Literalmente.

Segundo avançou o Politicovários dos 133 cardeais que se preparam para o conclave a começar esta quarta-feira no Vaticano recorreram ao filme Conclave — protagonizado por Ralph Fiennes — para compreender melhor o processo e os jogos de bastidores que os aguardam. Aparentemente, a ficção revelou-se mais útil (e próxima da realidade) do que se poderia imaginar.


Um filme, um espelho do Vaticano?

Realizado por Edward Berger, o mesmo de All Quiet on the Western FrontConclave acompanha o Cardeal Thomas Lawrence (Fiennes), decano do Colégio de Cardeais e responsável por orientar a eleição do novo pontífice após a morte do papa. No meio de intrigas, escândalos, rivalidades e um candidato misterioso vindo de uma diocese remota, Lawrence tenta manter a unidade… e a sanidade.

O filme, lançado apenas quatro meses antes da morte de Francisco, antecipou com notável timing o frenesim mediático em torno da sucessão papal. E agora, é visto até por membros do próprio conclave como um retrato bastante fiel da realidade, ainda que com as devidas liberdades dramáticas.


Quando a vida imita a arte… e depois a arte volta a informar a vida

O paralelismo entre filme e realidade não se fica pela estrutura narrativa. Tal como na história de Conclavemuitos dos cardeais presentes nunca participaram em processos semelhantes. Grande parte foi nomeada por Francisco e vem de dioceses mais pequenas e afastadas da elite vaticana, o que lhes dá pouca experiência em navegar o labirinto político da Santa Sé.

No mundo real, como no cinema, o pré-conclave já está envolto em polémica: escândalos de abusos, acusações anónimas na imprensa italiana e até um cardeal afastado devido a uma carta póstuma do próprio Francisco dão corpo ao tipo de intriga que, até há pouco tempo, parecia pura invenção.

Conclave: um “manual de sobrevivência” disfarçado de thriller

Para os espectadores comuns, Conclave é um thriller elegante e cerebral. Para os cardeais, é, ao que tudo indica, um crash course inesperado sobre como lidar com a tensão, a estratégia e o peso das decisões espirituais e políticas.

A ironia não passa despercebida: um filme que retrata os jogos de poder do Vaticano tornou-se ferramenta educativa para quem está prestes a protagonizá-los.

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O poder do cinema… até dentro da Capela Sistina

Entre ficção e realidade, Conclave mostra como o cinema pode ultrapassar o mero entretenimento — e até ajudar a preparar decisões que moldam o rumo de uma religião com 1,3 mil milhões de fiéis. Se vai influenciar o resultado final? Não sabemos. Mas que Hollywood entrou no conclave por uma porta lateral… entrou.

🔥 “Fracasso ou Obra-Prima?” Furiosa Perde Milhões nas Bilheteiras… Mas a Crítica Diz que É o Melhor Mad Max de Sempre! 🚨

Furiosa: A Mad Max Saga, o mais recente capítulo da franquia pós-apocalíptica de George Miller, estreou com grande expectativa, mas acabou por se tornar um dos maiores fracassos de bilheteira de 2024, acumulando um prejuízo estimado de 120 milhões de dólares. Apesar disso, a crítica especializada, como a do The Telegraph, destaca o filme como uma obra cinematográfica intensa e visceral, que merece ser redescoberta pelo público. 

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🎬 Uma experiência cinematográfica primitiva e poderosa

O crítico Robbie Collin descreve Furiosa como “cinema no seu estado mais primal e arrebatador”, comparando a sua sequência central de ação a um western clássico, onde bandidos atacam um comboio em movimento. Esta cena, situada no deserto australiano, é considerada uma das mais impressionantes do filme, evocando a adrenalina e o espírito dos filmes mudos de Buster Keaton, uma influência reconhecida de Miller. 

Anya Taylor-Joy assume o papel de Furiosa, anteriormente interpretado por Charlize Theron, com uma performance contida e intensa, proferindo apenas cerca de 30 linhas de diálogo ao longo do filme. Chris Hemsworth, por sua vez, interpreta Dementus, um vilão carismático e implacável, que adiciona uma nova dimensão à narrativa. 


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📉 Um fracasso comercial que não reflete a qualidade artística

Apesar das críticas positivas, Furiosa não conseguiu atrair o público esperado, resultando num desempenho decepcionante nas bilheteiras. Especialistas apontam que o tom sombrio e a complexidade narrativa podem ter afastado os espectadores habituados a blockbusters mais leves. No entanto, críticos como Collin argumentam que o filme oferece uma experiência cinematográfica única, que desafia as convenções do género e merece ser apreciada por si mesma. 


🎥 Um legado que transcende os números

Furiosa é uma obra que, apesar do seu insucesso comercial, enriquece o universo de Mad Max com profundidade emocional e inovação estética. A sua abordagem corajosa e a dedicação de George Miller em criar sequências de ação autênticas e impactantes reforçam o seu valor artístico. Para os amantes de cinema que valorizam narrativas ousadas e visões criativas, Furiosa é uma experiência imperdível.

🇵🇹 Onde assistir em Portugal

  • Max: Disponível para streaming por assinatura até 15 de agosto de 2025.
  • Apple TV: Disponível para aluguer por €4,99 ou compra por €13,99, com qualidade 4K e áudio Dolby Atmos.
  • Prime Video: Disponível para aluguer ou compra digital.

🇧🇷 Onde assistir no Brasil

  • Max: Disponível para streaming por assinatura até 16 de novembro de 2025.
  • Apple TV: Disponível para aluguer por R$7,90 ou compra por R$19,90, com qualidade 4K e áudio Dolby Atmos.
  • Amazon Prime Video: Disponível para aluguer por R$14,90 ou compra por R$19,90.
  • Google Play Filmes: Disponível para aluguer ou compra digital.
  • Microsoft Store: Disponível para aluguer por R$11,90 ou compra por R$49,90.
  • Claro tv+: Disponível para streaming por assinatura. 

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🤐 Ruído: Bruno Nogueira Apresenta Série Distópica Onde o Humor É Crime — Mas a Resistência Está de Volta

A comédia nacional prepara-se para dar um salto ousado — e talvez até subversivo. Bruno Nogueira acaba de divulgar nas redes sociais o trailer da sua nova série, Ruído, e a premissa é tão surpreendente quanto pertinente: num futuro próximo, rir é ilegal. Mas há quem não esteja disposto a aceitar isso em silêncio.

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Produzida pela RTP1, Ruído marca o regresso de Nogueira à ficção televisiva com um conceito distópico e provocador. A série, que conta com a colaboração de Carlos Coutinho Vilhena e Frederico Pombares no argumento, parece apostar numa mistura entre crítica social, absurdo e melancolia — como já se tornou hábito no universo criativo do humorista.


😂 Quando o humor se torna resistência

O trailer, partilhado no perfil do projecto “Corpo de Dormente” no X (antigo Twitter), revela um mundo em que os cidadãos vivem sob vigilância constante e qualquer manifestação de humor é reprimida. Mas há um grupo clandestino que se recusa a abdicar do riso — e é aí que começa a verdadeira história.

Bruno Nogueira interpreta um dos elementos centrais dessa resistência silenciosa e cómica. No elenco estão também Gabriela Barros, Rita Cabaço, Albano Jerónimo e um leque de actores bem conhecidos do público português, todos aparentemente apostados em levar esta farsa séria até às últimas consequências.

A estética do trailer faz lembrar o universo de Brazil, de Terry Gilliam, ou mesmo o tom resignado e surreal de séries como Black Mirror ou The Lobster, mas com uma assinatura muito própria — onde o humor serve tanto como crítica como escapatória.


Uma série sobre o silêncio… e o barulho certo

O título Ruído não é acidental. Num país onde o debate sobre liberdade de expressão e os limites do humor tem sido cada vez mais presente, Bruno Nogueira parece querer levantar questões relevantes sem recorrer ao didatismo. E fá-lo com o seu estilo habitual: desconstruindo a realidade através da sátira e da poesia do absurdo.

Ainda sem data de estreia confirmada, Ruído deverá chegar à RTP1 nas próximas semanas. Mas o trailer já gerou entusiasmo, com centenas de partilhas nas redes sociais e uma reacção claramente positiva por parte dos fãs de Bruno Nogueira e do público que procura algo mais desafiante na televisão nacional.


Expectativas altas para uma televisão com mais personalidade

Depois de projectos como Principiantes de VooSara ou Como é Que o Bicho Mexe, Bruno Nogueira volta a mostrar que não tem medo de reinventar formatos e desafiar convenções. Ruído poderá ser uma das grandes apostas da RTP para 2025 — e, quem sabe, uma nova referência no panorama da ficção televisiva portuguesa.

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Andrew Lincoln revela porque deixou a Walking Dead

Andrew Lincoln deixou The Walking Dead após a nona temporada para passar mais tempo com a sua família no Reino Unido. A decisão foi motivada pelas longas ausências de casa devido às filmagens nos Estados Unidos. Lincoln explicou: “Tenho dois filhos pequenos e vivo noutro país. Eles tornam-se menos portáteis à medida que crescem. Foi tão simples quanto isso. Estava na hora de voltar para casa.”

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Após a sua saída, o personagem Rick Grimes foi retirado da série de forma a permitir um possível regresso. De facto, Lincoln voltou ao papel numa minissérie intitulada The Walking Dead: The Ones Who Live, que explora o reencontro entre Rick e Michonne.

Onde assistir The Walking Dead e seus spin-offs

Portugal:

  • The Walking Dead (série principal): disponível no Disney+ e no Star Channel.
  • The Walking Dead: The Ones Who Live: estreia exclusiva no canal AMC Portugal.
  • The Walking Dead: Dead City: disponível no serviço de streaming AMC Selekt. 

Brasil:

Para os fãs que desejam revisitar a série original ou explorar os novos spin-offs, as plataformas de streaming oferecem diversas opções para acompanhar o universo expandido de The Walking Dead