Ballad of a Small Player: Colin Farrell deslumbra como vigarista em Macau no novo filme de Edward Berger

Foi no Festival de Telluride que Edward Berger (All Quiet on the Western FrontConclave) apresentou em estreia mundial o seu mais recente filme, Ballad of a Small Player, um turbilhão visual e emocional que tem em Colin Farrell a sua força motriz.

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O ator irlandês interpreta Lord Doyle — ou melhor, um impostor que se faz passar por um aristocrata britânico enquanto foge do passado e da justiça no Reino Unido. Viciado em Baccarat, Doyle perde-se nas luzes de Macau, versão asiática e ainda mais intensa de Las Vegas, acumulando dívidas e fantasmas até se ver numa espiral de desespero.

Farrell em estado de graça

Desde a primeira cena — Doyle a acordar e a murmurar um “Oh, f*ck!” carregado de exaustão — Farrell domina o ecrã com uma entrega física e emocional arrebatadora. A interpretação é comparável às de Paul Newman em The Hustler ou Nicolas Cage em Leaving Las Vegas: um homem à beira do abismo, condenado pelos próprios vícios, mas ainda assim capaz de despertar empatia.

O filme joga constantemente com a perceção: será tudo real ou apenas a alucinação febril de um jogador em colapso? Doyle terá mesmo sobrevivido a uma queda ou será apenas uma miragem? Berger não dá respostas fáceis, preferindo mergulhar o público num delírio que oscila entre a tragédia e a sátira.

O luxo do elenco

Se Farrell é o coração da obra, Tilda Swinton oferece-lhe a réplica perfeita como Cynthia Blithe, uma investigadora privada contratada para o caçar. As suas trocas verbais, ora tensas ora deliciosamente absurdas, dão ao filme momentos de humor inesperado.

Outro destaque é Fala Chen como Dao Ming, funcionária de casino que tenta, em vão, travar a autodestruição de Doyle, e ainda Deanie Ip, lendária atriz de Hong Kong, numa participação saborosa como uma milionária viciada em Baccarat.

Macau como personagem

Filmado integralmente em Macau — tornando-se a primeira grande produção estrangeira a conseguir autorização para tal — o filme transforma a cidade em algo quase mítico. Entre o neón dos casinos e as ruelas encharcadas pela monção, a atmosfera lembra um oásis ilusório, simultaneamente fascinante e opressivo. A fotografia de James Friend e o design de produção de Jonathan Houlding contribuem para esta sensação de febre permanente, amplificada pela música dramática de Volker Bertelmann.

Uma viagem hipnótica

Ballad of a Small Player, adaptado do romance de Lawrence Osborne por Rowan Joffe, não é apenas um “thriller” sobre um vigarista. É um mergulho na solidão, na compulsão e na impossibilidade de redenção. Um filme que oscila entre sonho e pesadelo, com Colin Farrell no auge das suas capacidades.

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Se há dúvida de que Berger voltaria a surpreender depois do triunfo de All Quiet on the Western Front, a resposta é clara: conseguiu transformar uma história de vício e queda em algo hipnótico, por vezes grotesco, mas impossível de desviar o olhar.

Pierce Brosnan revisita Londres e recorda memórias antes da estreia de The Thursday Murder Club

Pierce Brosnan, o eterno James Bond para toda uma geração, voltou a passear pelas ruas de Londres onde iniciou a sua carreira de ator — e aproveitou para partilhar histórias curiosas e, muitas vezes, hilariantes. A ocasião não podia ser mais simbólica: está em promoção de The Thursday Murder Club, filme que protagoniza ao lado de Helen Mirren, Ben Kingsley e Celia Imrie, e que já chegou à Netflix.

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Um regresso às origens

Com 72 anos, Brosnan tem casas em Malibu e no Havai, mas guarda uma ligação profunda a Londres, onde estudou no Drama Centre London nos anos 70. Foi lá que, em 1973, armado com um solilóquio de Macbeth, impressionou o professor Christopher Fettes, que se tornaria no seu mentor. “Vir para aqui foi o que fez de mim ator”, disse o irlandês durante a visita ao espaço, hoje transformado em galeria.

Antes disso, já tinha experimentado teatro experimental no Ovalhouse (atual Brixton House), experiência que lhe deu traquejo para encarnar “Red” Ron, o ex-sindicalista que interpreta em The Thursday Murder Club.

De Tennessee Williams a 007

Outra paragem obrigatória foi o Roundhouse, onde em 1977 contracenou com Tennessee Williams em The Red Devil Battery Sign. O dramaturgo chegou a promover Brosnan de substituto a protagonista e enviou-lhe um telegrama caloroso na noite de estreia. “Ele gostava de um copo, claro, mas era um contador de histórias extraordinário”, recorda.

Brosnan também partilhou memórias mais pessoais de quando foi ver Goldfinger em 1964, pouco depois de se ter mudado para Londres e de ter voltado a viver com a mãe. “Foi nesse mesmo mês que Ian Fleming morreu”, comentou com sobrancelhas ao estilo de Roger Moore. O destino só o deixaria assumir o smoking de 007 décadas depois, entre 1995 e 2002, em quatro filmes que lhe garantiram fama mundial — e também algumas dores de cabeça, como Die Another Day.

Um ator que nunca se deixou aprisionar

Apesar de ser grato a James Bond, Brosnan sempre cultivou diversidade: foi elegante em The Thomas Crown Affair, surpreendente em The Matador e até se deixou contagiar pelo espírito pop de Mamma Mia!. É essa versatilidade que lhe permite, hoje, ser credível como um reformado com espírito de detective em The Thursday Murder Club, onde partilha o ecrã com grandes nomes do cinema britânico.

Com humor, deixou também um conselho ao futuro 007: “Seja criativo fora de Bond. E arranje um bom advogado.”

O presente: The Thursday Murder Club

O novo filme adapta o best-seller de Richard Osman e segue um grupo de reformados que se dedicam a resolver casos antigos, até que um novo crime lhes cai no colo. Brosnan encarna Ron, uma personagem que mistura dureza com sensibilidade e que lhe permite regressar ao humor e ao charme que sempre cultivou, mas com o peso da experiência.

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Seja a recordar os dias de estudante, a rir das vezes em que foi barrado por seguranças ou a celebrar a oportunidade de trabalhar novamente com Helen Mirren, Brosnan mostra que, meio século depois de entrar no Drama Centre, continua a ser uma das figuras mais queridas e camaleónicas do cinema.

Valter Hugo Mãe no grande ecrã: São Paulo celebra o escritor português com cinema e arte

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, um dos mais prestigiados festivais da América Latina, vai dedicar em 2025 uma homenagem especial a Valter Hugo Mãe, figura maior da literatura portuguesa contemporânea. O autor será celebrado não apenas pelas palavras, mas também pela sua ligação ao cinema e às artes visuais, com um programa que inclui um documentário, uma adaptação literária e até o cartaz oficial da 49.ª edição do festival, que decorre entre 16 e 30 de outubro.

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No centro desta homenagem estará a exibição de “De Lugar Nenhum”, documentário de Miguel Gonçalves Mendes que acompanha o processo criativo de Valter Hugo Mãe na escrita de A Desumanização. Rodado em Portugal, Islândia, Colômbia, Brasil e Macau, o filme integra o vasto projeto do realizador intitulado O Sentido da Vida, um conjunto de nove longas-metragens que se entrelaçam no tempo e no espaço. Este será o primeiro a chegar ao público e promete revelar, com intimidade e rigor, as obsessões e rituais criativos do escritor.

Mas o grande acontecimento cinematográfico será a antestreia de “O Filho de Mil Homens”, primeira adaptação de uma obra de Valter Hugo Mãe ao cinema. O romance homónimo ganha vida pelas mãos de Daniel Rezende, realizador brasileiro conhecido por Bingo: O Rei das Manhãs (2017), e terá como protagonista Rodrigo Santoro, um dos atores brasileiros mais internacionais. Produzido pela Netflix, o filme deverá estrear ainda este ano na plataforma, após a passagem pela mostra paulista.

Além do ecrã, Valter Hugo Mãe estará presente no próprio rosto do festival: foi escolhido para assinar o cartaz oficial da 49.ª edição. A diretora da Mostra, Renata de Almeida, sublinha que o traço visual do autor “dialoga com o que escreve: detalhista, cheio de repetições gráficas, obsessões e gestos quase caligráficos que lembram a sua cadência textual”.

Esta celebração surge num momento em que Valter Hugo Mãe está em grande destaque no Brasil. Nos últimos meses participou em vários encontros literários — da FLIP, em Paraty, ao FLISampa, em São Paulo — e viu ser lançado no mercado brasileiro o livro Educação da Tristeza. Chegou mesmo a ser recebido pelo presidente Lula da Silva, sinal da relevância cultural que lhe é atribuída no país.

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Entre palavras, imagens e cinema, a homenagem da Mostra de São Paulo confirma o estatuto de Valter Hugo Mãe como um dos grandes criadores portugueses do nosso tempo — um autor cuja voz transcende fronteiras e linguagens artísticas.

Bridgerton é “woke”? Shonda Rhimes responde às críticas e fala sobre o futuro

A criadora de Bridgerton e Queen CharlotteShonda Rhimes, reagiu de forma direta às críticas de que a sua série seria um exemplo de “cultura woke” por causa do elenco diversificado. A produtora norte-americana, também responsável por sucessos como Grey’s Anatomy e Scandal, classificou essas acusações como “bizarro” e deixou claro que a representação não é uma moda — é uma escolha natural.

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“Porque haveria de escrever algo que não me inclui?”

Em entrevista à Sky News, Rhimes, afro-americana, foi assertiva:

“A ideia de que, escrevendo eu o que escrevo e tendo o aspeto que tenho, não me ocorreria incluir mais pessoas que se pareçam comigo… isso é evidente. Porque haveria de criar algo em que eu não estou representada de forma alguma?”

A diversidade de Bridgerton, produzida em colaboração com a Netflix, tem sido tanto elogiada como criticada, sobretudo por desafiar a representação tradicional da aristocracia britânica do século XIX. Para Rhimes, a crítica ignora um princípio básico: criar histórias que representem a sociedade de forma mais ampla e inclusiva.

Uma experiência britânica “acolhedora”

A produtora revelou ainda que considera mudar-se para o Reino Unido, depois de ter gravado Bridgerton e Queen Charlotte em Inglaterra, destacando a experiência como “muito acolhedora”. Chegou mesmo a admitir que pondera colocar os filhos numa escola britânica.

Esta semana, recebeu o prémio inaugural de mérito do Festival de Televisão de Edimburgo, em reconhecimento pelo impacto global da sua obra, que redefiniu a ficção televisiva norte-americana e agora também britânica.

O perigo da IA e o fascínio por Doctor Who

Rhimes aproveitou a ocasião para comentar outro tema quente: a inteligência artificial. Apesar de reconhecer os avanços, deixou o alerta:

“Há o perigo de a IA aprender com os meus episódios. Talvez aprenda a ser melhor no que faz. Mas não acho que haja substituto para a semente de criatividade que vem da imaginação humana.”

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E para os fãs de sci-fi, uma surpresa: a criadora confessou ser admiradora de longa data de Doctor Who e não exclui colaborar com a icónica série britânica no futuro.

Refém: O Thriller Político Que Está a Explodir no Top da Netflix 🎬🔥

A Netflix tem um novo fenómeno internacional: Refém (Hostage no título original), série britânica que estreou a 21 de agosto e rapidamente conquistou o primeiro lugar do top diário em mais de 50 países, incluindo Portugal.

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Uma trama de poder, chantagem e sobrevivência

A história começa com uma visita diplomática de alto nível: a presidente francesa viaja ao Reino Unido para encontros com a primeira-ministra britânica. Mas o que deveria ser um momento de cooperação transforma-se num pesadelo quando o marido da líder britânica é raptado e a presidente francesa se vê envolvida num esquema de chantagem e conspiração.

De repente, duas das mulheres mais poderosas da Europa enfrentam uma escolha impossível: proteger as suas famílias, salvar as suas carreiras ou impedir uma ameaça terrorista de proporções devastadoras.

Um duelo de atrizes de luxo

O grande trunfo da série é o confronto — e eventual aliança — entre duas atrizes de peso:

  • Suranne Jones, estrela de Gentleman Jack e Doctor Foster, que aqui acumula também o papel de produtora.
  • Julie Delpy, cineasta e atriz nomeada ao Óscar, que dá vida à presidente francesa.

A química e rivalidade entre ambas sustentam o coração da narrativa, que se desenrola ao longo de cinco episódios.

Conspirações à britânica

Escrita por Matt Charman (nomeado ao Óscar por Bridge of Spies), Refém mistura ingredientes clássicos de thriller político — sequestros, chantagens, ataques terroristas — com a elegância britânica e uma realização que privilegia o suspense sobre a ação explosiva.

O elenco de apoio inclui ainda nomes como Corey Mylchreest (Queen Charlotte), Lucian MsamatiAshley ThomasJames CosmoMartin McCann e Jehnny Beth, reforçando a ambição internacional do projeto.

Uma minissérie para devorar

Com apenas cinco episódiosRefém encaixa na tendência das minisséries intensas e rápidas que prendem o espectador do início ao fim. É política, é drama, é ação e sobretudo é um jogo de poder que parece feito para maratonar numa só noite.

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Os Tesouros de Downton Abbey Vão a Leilão: Do Vestido de Lady Mary ao Carro dos Grantham

O universo aristocrático de Downton Abbey vai abrir as portas, não em Highclere Castle, mas na casa de leilões Bonhams, em Londres. Uma seleção de adereços, figurinos e peças icónicas da série britânica — e até um automóvel histórico — está em exibição gratuita até 16 de setembro, antes de ser vendida ao melhor licitante.

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Entre os destaques está o vestido de noiva de Lady Mary Crawley, usado por Michelle Dockery no casamento com Matthew (Dan Stevens). A peça em chiffon pêssego, com bordados de renda e cinto drapeado, é acompanhada de sapatos em cetim, tiara e véu em tule. O conjunto poderá render entre 3.000 e 5.000 libras, revertendo o valor para a instituição de solidariedade Together for Short Lives, que apoia crianças com doenças graves.

Diversos figurinos podem ser licitados e as receitas irão reverter a favor da instituição de solidariedade Together for Short Lives

O glamour de Lady Edith e a elegância da família Grantham

Outro figurino que promete dar que falar é o famoso vestido de pavão de Lady Edith (Laura Carmichael), exibido no primeiro episódio da quarta temporada, quando conhece Michael Gregson. Bordado com missangas em tons de turquesa, dourado e pérolas falsas, tem uma estimativa de venda entre 2.000 e 3.000 libras.

O vestido de Lady Mary

E se os vestidos são fascinantes, há uma peça que poderá acelerar corações de colecionadores: o carro da família Grantham, um Sunbeam Saloon de 1925, avaliado entre 25.000 e 35.000 libras.

O Carro da família Grantham está com um valor estimado entre as 25.000 £ e as 35.000 £

Relíquias de bastidores

O leilão inclui ainda objetos que os fãs da série reconhecerão de imediato, como a icónica parede dos sinos da sala dos criados e até um guião do primeiro episódio, assinado por parte do elenco, incluindo nomes como Maggie SmithHugh Bonneville e Samantha Bond. Este último poderá atingir um valor entre 600 e 800 libras.

Além dos vestidos e do carro também estão a leilão alguns objectos da produção

Um legado que continua

Downton Abbey estreou em 2010, prolongou-se por seis temporadas (não cinco, como alguns resumos referem), e deu origem a dois filmes de sucesso. O terceiro, intitulado Downton Abbey: The Grand Finale, estreia nos cinemas britânicos a 12 de setembro, prometendo encerrar em grande estilo a saga que conquistou fãs em todo o mundo.

Para Gareth Neame, produtor executivo da série, este leilão é mais do que uma venda:

“Estes itens icónicos fazem parte da história de Downton Abbey e agora vão contribuir para o trabalho vital de uma causa nobre.”

Os objetos podem ser vistos até 16 de setembro em Londres e já se encontram disponíveis para licitação online.

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Guillermo del Toro Reinventa o Clássico: Frankenstein Chega aos Cinemas em Outubro Antes da Estreia na Netflix

Guillermo del Toro concretiza finalmente um sonho antigo: levar a sua visão pessoal de Frankenstein para o grande ecrã. A Netflix confirmou que o filme terá estreia nos cinemas a 17 de outubro, em lançamento limitado, antes de chegar à plataforma de streaming a 7 de novembro.

Esta notícia surge como um alívio para os fãs do realizador mexicano, que temiam que o projeto fosse confinado apenas ao streaming. A aposta em dar-lhe uma passagem pelas salas mostra que estamos perante uma obra pensada também para a experiência coletiva do cinema.

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Um elenco de luxo para um clássico imortal

A adaptação reúne um elenco de peso: Jacob Elordi interpreta a Criatura, enquanto Oscar Isaac dá vida ao cientista Victor Frankenstein. Mia Goth surge como Elizabeth Lavenza e Christoph Waltz assume o papel de Dr. Pretorius, uma das figuras mais sombrias do mito.

A estes juntam-se ainda Felix Kammerer (A Oeste Nada de Novo), Lars Mikkelsen (Ahsoka), David Bradley (Harry Potter), Christian Convery (Sweet Tooth), Ralph Ineson (The WitchNosferatu) e Charles Dance (Game of Thrones).

O projeto de uma vida

Del Toro já tinha revelado, em 2023, no evento TUDUM da Netflix, que Frankenstein era o filme que sempre quis realizar:

“Queria fazer este filme antes mesmo de ter uma câmara”, confessou o cineasta, sublinhando o seu fascínio pela obra-prima de Mary Shelley, publicada em 1818.

A sua abordagem promete ser mais do que uma simples adaptação: será uma reflexão sobre a obsessão científica, o poder e a solidão da criatura que nunca pediu para existir.

Frankenstein no cinema: um mito em constante reinvenção

A história de Mary Shelley tem sido adaptada inúmeras vezes ao longo da história do cinema, e cada versão refletiu a sua época:

  • James Whale (1931) – Foi esta adaptação da Universal que imortalizou a imagem do monstro com a maquilhagem icónica de Boris Karloff, transformando Frankenstein num símbolo do cinema de terror clássico.
  • O Filho de Frankenstein (1939) e os sucessivos filmes da Universal expandiram o mito, mas também cristalizaram o monstro como figura da cultura pop.
  • Mary Shelley’s Frankenstein (1994) – Realizado e protagonizado por Kenneth Branagh, trouxe uma versão mais fiel ao romance, ainda que marcada por um tom melodramático.
  • Entre estas, surgiram leituras mais livres, desde o humor de Abbott and Costello Meet Frankenstein (1948) até versões modernas como Victor Frankenstein (2015).

Guillermo del Toro promete algo diferente: uma versão adulta, gótica e carregada de melancolia, que resgata a essência filosófica e trágica do livro de Shelley. Se Karloff definiu a imagem e Branagh tentou a fidelidade literária, Del Toro parece querer fundir o terror com poesia visual.

Terror gótico com assinatura de autor

Descrito como uma versão “classificada para maiores de 18 anos”, o filme promete não suavizar o lado mais sombrio da história. Sangue, tragédia e reflexão filosófica deverão marcar esta nova leitura, fiel ao espírito do romance original, mas com o toque visual exuberante e gótico que caracteriza o cinema de Del Toro.

Com Frankenstein, o realizador regressa ao território onde sempre brilhou: o cruzamento entre fantasia sombria, horror clássico e uma inesperada ternura pelas suas criaturas marginalizadas. Depois de A Forma da Água — que lhe valeu o Óscar de Melhor Filme —, a expectativa é que este novo projeto seja outro marco da sua carreira.

Uma estreia aguardada

Frankenstein estreia-se nos cinemas a 17 de outubro de 2025, com lançamento mundial na Netflix a partir de 7 de novembro. Para já, a Netflix divulgou também novos posters oficiais, reforçando o tom gótico e melancólico da obra.

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Preparem-se: este não será apenas mais um filme de monstros, mas sim a versão definitiva de um dos maiores mitos da literatura e do cinema e veja os Posters:

Cillian Murphy Troca Oppenheimer por Professor em Colapso no Novo Drama da Netflix Steve

O actor irlandês interpreta um director escolar em crise num filme intenso que chega em setembro ao cinema e em outubro à Netflix.

Depois de conquistar o Óscar pela sua interpretação magistral em Oppenheimer, de Christopher NolanCillian Murphycontinua a surpreender com as suas escolhas. Após o intimista Small Things Like These, sobre os horrores das lavanderias de Magdalene, Murphy volta a trabalhar com o realizador Tim Mielants num drama intenso e claustrofóbico: Steve.

Baseado no livro Shy, de Max Porter, o filme transporta-nos para meados dos anos 90, onde Murphy interpreta Steve, director de um colégio interno de reabilitação em dificuldades. A história decorre ao longo de um único e decisivo dia para a escola, num ambiente carregado de tensão e confrontos verbais nada dignos de O Clube dos Poetas Mortos.

Um professor à beira do limite

Na sinopse oficial, Steve acompanha “um dia crucial na vida do director Steve (Murphy) e dos seus alunos, numa escola de última oportunidade num mundo que já os abandonou. Enquanto luta para preservar a integridade da instituição e impedir o seu encerramento, Steve confronta-se com os seus próprios problemas de saúde mental.”

Paralelamente, conhecemos Shy (interpretado por Jay Lycurgo), um adolescente problemático preso entre um passado marcado por dor e um futuro incerto, tentando reconciliar a sua fragilidade interior com impulsos de autodestruição e violência.

Reencontro criativo

O filme marca a segunda colaboração entre Murphy e Tim Mielants, depois de Small Things Like These. Ao contrário da abordagem centrada no estudante presente no livro original, a adaptação muda a perspetiva para o professor, abrindo espaço para uma análise profunda de um homem que tenta desesperadamente chegar a jovens que nunca foram realmente ouvidos — mas que sempre fizeram demasiado barulho para escutar os outros.

O elenco conta ainda com Tracey Ullman e Emily Watson, acrescentando peso dramático a esta narrativa já carregada de intensidade.

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Estreia em sala antes de chegar à Netflix

Steve terá estreia limitada nos cinemas a 19 de setembro, antes de chegar à Netflix a 3 de outubro, para distribuição global.

Na Lama: A Nova Série Argentina da Netflix Que Mergulha na Sobrevivência e Solidariedade Atrás das Grades

O drama realista acompanha três mulheres condenadas a prisão perpétua e a luta diária por um lugar num universo hostil.

A Netflix volta a apostar no drama de alta intensidade com Na Lama, a nova série argentina que estreou no passado dia 14 de agosto e que promete não deixar ninguém indiferente. Ao longo de oito episódios, o espectador é conduzido a um mundo fechado e claustrofóbico, onde a liberdade é uma memória distante e a sobrevivência se constrói passo a passo.

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Um trio de protagonistas em circunstâncias extremas

A história acompanha La Borges (Gladys Guerra), La Gallega e La Zurda, interpretadas respectivamente por Carolina RamírezValentina Zenere e Ana Rujas. As três mulheres, condenadas a prisão perpétua, encontram-se num momento decisivo das suas vidas: a caminho da prisão de La Quebrada, um incidente inesperado marca o destino do grupo e cria um laço indestrutível entre elas e outras reclusas sem historial de detenções.

Esse elo inicial será fundamental para o que se segue: a adaptação a uma realidade onde o dia a dia é regido por regras não escritas e por “tribos” que dominam cada recanto do estabelecimento prisional.

Sobreviver, resistir e encontrar um lugar

Mais do que um simples drama carcerário, Na Lama explora as estratégias de sobrevivência física e emocional num ambiente que desafia constantemente os limites das protagonistas. Ao longo da temporada, vemos como a experiência pessoal de cada uma — com as suas forças e fragilidades — se transforma numa arma para enfrentar o regime e conquistar algum espaço de autonomia.

O confinamento e a ausência total de liberdade não são apenas o pano de fundo, mas o motor narrativo que obriga estas mulheres a reinventar-se. O confronto com outras “tribos”, a luta por direitos e regalias e o peso da rotina opressiva moldam cada decisão e alimentam tensões permanentes.

Laços que resistem às grades

Se no interior as batalhas são diárias, no exterior existe uma guerra silenciosa para manter vivas as ligações com quem ficou de fora. A série dá especial atenção a esses fios de esperança: telefonemas, visitas e lembranças que se tornam âncoras emocionais. É este contacto com a família e com as pessoas amadas que sustenta a resistência e mantém acesa a possibilidade — ainda que remota — de recuperar a liberdade.

“Las embarradas” e o significado de uma nova identidade

Mesmo sem procurarem destaque, La Borges, La Gallega e La Zurda acabam por ganhar uma alcunha: “Las embarradas”. Um nome que, mais do que rótulo, simboliza a transformação inevitável provocada pela prisão. As antigas motivações e planos de vida dão lugar a um instinto primário de adaptação e resiliência, onde a sobrevivência e a união do grupo se tornam prioridades absolutas.

Uma aposta forte da Netflix no drama social

Ao apostar num enredo carregado de realismo, Na Lama distancia-se de produções glamorizadas e aproxima-se de uma representação crua da vida atrás das grades. É um retrato duro e sem filtros de como o sistema prisional molda — e por vezes destrói — a identidade de quem nele vive.

Com interpretações intensas e uma narrativa que não foge à dureza do tema, esta série argentina insere-se na linha de produções que usam o drama como ferramenta de reflexão social.

Harry e Meghan Renovam Parceria com a Netflix… Mas Com Menos Poder e Menos Milhões

O príncipe Harry e Meghan Markle vão continuar a trabalhar com a Netflix, mas o novo contrato vem com mudanças significativas: menos dinheiro, menos exclusividade e mais liberdade criativa para o casal.

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Um novo acordo com menos glamour… e menos milhões

Desde 2020, Harry e Meghan colaboram com a Netflix, assinando na altura um contrato estimado em 100 milhões de dólares (cerca de 91 milhões de euros) – embora o valor nunca tenha sido oficialmente confirmado. Esse acordo garantia exclusividade absoluta das produções do casal para a plataforma.

Agora, a situação muda. No novo modelo, a Netflix passa a ter direito de primeira escolha (first-look deal) sobre os projetos da produtora Archewell Productions: se recusar, Harry e Meghan ficam livres para oferecer o conteúdo a outros estúdios. Este tipo de contrato costuma ser menos lucrativo, mas dá mais flexibilidade criativa.


O que aí vem para os fãs

A parceria já deu origem ao documentário de sucesso Harry & Meghan, que bateu recordes ao alcançar 23 milhões de visualizações nos primeiros quatro dias, e à série de culinária With Love, Meghan, que ultrapassou os 5 milhões de visualizações no primeiro semestre de 2025, tornando-se o programa de culinária mais visto da Netflix.

Entre os próximos lançamentos confirmados estão:

  • Segunda temporada de With Love, Meghan.
  • Especial de Natal com Meghan a receber amigos e familiares, a preparar banquetes, criar presentes personalizados e… a rir muito.
  • Documentário sobre um pequeno orfanato no Uganda.
  • Adaptação do romance Vem Ter Comigo Ao Lago, de Carley Fortune (ainda sem data de estreia).

Meghan expande a sua marca

Meghan destacou, no anúncio, que a nova fase vai também incluir colaborações com a sua recente marca de lifestyle, As Ever, que abrange desde vinhos a compotas artesanais.

Já Bela Bajaria, diretora de conteúdo da Netflix, elogiou o casal, descrevendo-os como “vozes influentes, cujas histórias têm repercussão junto do público em todo o mundo”.

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Se o acordo é menos rentável? Sim. Se abre portas para que Harry e Meghan levem as suas histórias para outros ecrãs? Também. No fim, o casal mantém a ligação à Netflix, mas sem estar preso apenas a um canal — e, no jogo mediático, isso pode ser mais valioso do que qualquer cheque de Hollywood.

George Clooney em Espiral Existencial no Primeiro Teaser de Jay Kelly , da Netflix 🎬

Realizado por Noah Baumbach, o filme junta Clooney a Adam Sandler numa viagem melancólica pela fama e identidade

George Clooney está em crise. Mas uma crise daquelas que promete dar cinema da melhor qualidade. Jay Kelly, o novo filme de Noah Baumbach para a Netflix, acaba de ganhar o seu primeiro teaser — e as imagens reveladas são suficientes para percebermos que este não será apenas mais um drama sobre celebridades. Estamos perante uma meditação cinematográfica sobre identidade, fama e o eterno dilema entre quem somos e quem mostramos ser.

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Clooney como nunca o vimos, Sandler em modo sério (de novo)

A trama centra-se em Jay Kelly (George Clooney), um actor veterano cuja carreira vive dias de turbulência emocional. Ao seu lado está Ron (Adam Sandler), o seu manager incansavelmente leal, que o acompanha numa viagem atribulada pela Europa. Ao longo do percurso, ambos vão sendo confrontados com os fantasmas das suas escolhas e com a natureza ambígua das suas identidades.

Laura Dern também integra o elenco, reforçando ainda mais o peso dramático de um filme que promete ser um dos grandes acontecimentos cinematográficos do final de 2025.

Uma frase, um murro no estômago

O teaser, curto mas impactante, oferece uma das linhas mais memoráveis dos últimos tempos. Numa conversa com uma jovem crítica, Jay é confrontado com a pergunta:

“O que responde às pessoas que dizem que só interpreta a si próprio?”

A resposta de Clooney, pausada e certeira:

“Sabes o quão difícil é seres tu mesmo? Tenta.”

Com esta simples frase, o filme promete explorar o lado mais humano por detrás da máscara da fama, num tom íntimo, irónico e profundamente tocante — tudo aquilo que esperamos de um filme de Noah Baumbach.

Quando e onde podemos ver Jay Kelly?

A estreia nos cinemas está marcada para 14 de Novembro de 2025, em lançamento limitado, e a chegada à Netflix acontece a 5 de Dezembro de 2025. Um mês ideal para mergulhar numa história sobre identidade, amizade e os altos e baixos da vida sob os holofotes.

Baumbach volta ao centro do palco

Depois de títulos como Marriage Story e White Noise, Baumbach regressa com a sua assinatura inconfundível: diálogos cortantes, sensibilidade emocional e personagens com falhas profundas, mas inesquecíveis. Desta vez, junta-se a dois pesos-pesados do cinema norte-americano que, à partida, parecem improváveis juntos — mas que, precisamente por isso, despertam tanta curiosidade.

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Com Jay Kelly, a Netflix volta a apostar em pares improváveis para contar histórias que desafiam convenções. E nós, do Clube de Cinema, já estamos com o bilhete (ou comando) na mão.

Estrela de Fauda Critica Petição de Artistas Israelitas Contra a Guerra em Gaza

Idan Amedi, actor e reservista ferido em combate, acusa subscritores do manifesto de espalharem “notícias falsas” e defende o exército israelita

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O actor e cantor Idan Amedi, conhecido do público pela sua participação na série israelita Fauda (disponível na Netflix), veio a público criticar duramente uma petição assinada por cerca de mil artistas e escritores israelitas, que apelam a um cessar-fogo imediato em Gaza.

A petição, publicada no domingo e amplamente divulgada esta segunda-feira, 4 de Agosto, denuncia a guerra e a crise humanitária no enclave palestiniano, apelando à interrupção imediata das hostilidades e ao fim daquilo que descreve como “crimes de guerra”.

“Parem a guerra. Libertem os reféns.”

No documento, os subscritores afirmam:

“Enquanto homens e mulheres da cultura e da arte em Israel, vemo-nos, contra a nossa vontade e os nossos valores, cúmplices — enquanto cidadãos israelitas — da responsabilidade pelos horríveis acontecimentos que estão a ocorrer na Faixa de Gaza.”

A carta exige que os responsáveis políticos e militares “parem”, não deem “ordens ilegais”, nem “cometam crimes de guerra”, e apelam ainda à libertação dos reféns capturados pelo Hamas.

Entre os nomes mais conhecidos que subscreveram o texto estão os escritores David Grossman (que numa entrevista recente ao La Repubblica descreveu a situação como “genocídio”), Zeruya Shalev e Etgar Keret, as cantoras Ahinoam Nini (Noa) e Hava Alberstein, o coreógrafo Ohad Naharin e os realizadores Nadav Lapid (Ahed’s Knee) e Shlomi Elkabetz.

A resposta de Idan Amedi: “Entrem num túnel”

Idan Amedi, que serviu como reservista do exército israelita em Gaza e foi gravemente ferido em combate no início de 2024, insurgiu-se contra o teor da petição.

“Entrem num túnel por um momento. Mesmo que seja para combater apenas por um dia, como fazem dezenas de milhares de reservistas, e depois, sigam em frente, assinem petições”, escreveu nas redes sociais.

Amedi acusou ainda os signatários de difundirem “notícias falsas” e defendeu a actuação das Forças de Defesa de Israel:

“Não existe nenhum outro exército no mundo que opere numa zona tão densamente povoada com tão poucas baixas civis como o nosso.”

O actor de Fauda também afirmou que “em cada casa em Gaza há propaganda antissemita”, apontando o dedo ao controlo do Hamas sobre o território.

Apoio do governo israelita

As declarações de Amedi foram elogiadas por Miki Zohar, ministro da Cultura de Israel, que aplaudiu o “patriotismo” do actor e da actriz Moran Atias, também ela crítica da petição.

“Lucidez e coragem patriótica”, escreveu o governante, enaltecendo a frontalidade das figuras públicas que discordam do manifesto.

A divisão crescente entre artistas israelitas reflete o ambiente cada vez mais polarizado dentro do país, onde a guerra em Gaza — intensificada desde Outubro de 2023 — continua a gerar reacções apaixonadas, tanto em apoio à acção militar como na defesa de uma resolução pacífica e humanitária do conflito.

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Netflix Cancela “Fubar” Após Duas Temporadas — Série de Arnold Schwarzenegger Fica Sem Desfecho

Audiências em queda e longo intervalo entre temporadas ditaram o fim da série de espionagem

A série de acção Fubar, protagonizada por Arnold Schwarzenegger, não regressará para uma terceira temporada. A decisão da Netflix foi avançada em exclusivo pelo site Deadline e surge cerca de mês e meio após a estreia da segunda temporada, que chegou à plataforma a 12 de Junho.

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Criada e escrita por Nick SantoraFubar marcou a primeira série televisiva da carreira de Schwarzenegger, colocando-o no papel de Luke Brunner, um agente da CIA prestes a reformar-se que descobre um segredo familiar e vê-se obrigado a regressar ao terreno para uma última missão. O elenco contou também com Monica Barbaro, que se destacou entre temporadas com uma nomeação aos Óscares pelo filme A Complete Unknown.

Queda nas audiências e estreia tardia

Apesar do sucesso inicial em 2023 — impulsionado pelo peso mediático de Schwarzenegger — a segunda temporada teve um desempenho mais discreto. Fubar regressou com um intervalo superior a dois anos desde a primeira temporada e entrou apenas na 10.ª posição do top semanal da Netflix para séries em inglês, com 2,2 milhões de visualizações nos primeiros quatro dias. Em comparação, a estreia da temporada inaugural registara cerca de 11 milhões de visualizações no mesmo período.

Na semana seguinte, Fubar subiu ao 7.º lugar com 3,3 milhões de visualizações, mas voltou a descer na terceira semana, ocupando novamente a última posição do top, antes de desaparecer completamente da lista.

Um dos raros cancelamentos da Netflix em 2025

A decisão de cancelar Fubar insere-se num contexto em que a Netflix tem renovado a maioria das suas séries — mais de 20 desde o início do ano. Ainda assim, Fubar junta-se agora a outras produções canceladas em 2025, como os dramas The RecruitPulse e The Residence.

A segunda temporada contou com Carrie-Anne Moss no papel de Greta Nelso, uma ex-espiã da Alemanha de Leste com um passado romântico atribulado com Luke Brunner. O elenco incluiu ainda Milan CarterFortune FeimsterTravis Van WinkleFabiana UdenioAparna BrielleGuy BurnetAndy BuckleyJay BaruchelBarbara Eve Harris e Scott Thompson.

Além de Nick Santora, a produção executiva esteve a cargo de Schwarzenegger e de nomes como Adam HiggsScott SullivanPhil AbrahamAmy PochaSeth Cohen, e pelos representantes da Skydance: David EllisonDana GoldbergMatt 

Thunell.

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Com o cancelamento agora confirmado, os fãs da série ficam sem saber o desfecho final da história de Luke Brunner e companhia.

Adam Sandler Dá Tacada de Mestre: Happy Gilmore 2 Bate Recordes na Netflix com a Maior Estreia de Sempre nos EUA

🏌️‍♂️🎉 A sequela mais aguardada (e improvável) da carreira de Adam Sandler chegou em força à Netflix. Happy Gilmore 2 estreou a 25 de Julho e, em apenas três dias, registou 46,7 milhões de visualizações, tornando-se na maior estreia de sempre de um filme Netflix nos EUA. Sim, leu bem: de sempre.

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Segundo os dados da plataforma, que contabiliza visualizações dividindo as horas vistas pela duração total do filme, este regresso de Happy Gilmore também se tornou no maior sucesso da carreira de Sandler no streaming, superando títulos como Murder MysteryHubie Halloween ou The Week Of.

O regresso do golfista mais desbocado de Hollywood

A nova comédia chega quase 30 anos depois do original de 1996, filme que ajudou a cimentar Adam Sandler como um dos maiores comediantes da sua geração e que arrecadou 40 milhões de dólares nas bilheteiras.

Desta vez, o enredo de Happy Gilmore 2 mostra o antigo jogador reformado, agora mergulhado no álcool e deprimido após um acidente no campo de golfe. Mas tudo muda quando precisa de voltar à competição para pagar a escola de ballet da filha em Paris — um detalhe deliciosamente absurdo que só poderia fazer sentido no universo de Sandler.

O filme está carregado de fan service: Christopher McDonald regressa como o vilão Shooter McGavin, e há participações especiais de Benny Safdie, Bad Bunny, Travis Kelce, bem como da mulher e filhas do próprio Sandler — Jackie, Sadie e Sunny. E ainda não acabou: os fãs podem contar com cameos de Guy Fieri, Rory McIlroy, Scottie Scheffler e Sean Evans, o apresentador de Hot Ones. Sim, é um delírio em forma de golfe comedy.

Nostalgia a dar cartas

O sucesso da sequela impulsionou também o interesse pelo primeiro Happy Gilmore, que subiu ao terceiro lugar da lista global de filmes da Netflix com 11,4 milhões de visualizações — mantendo-se no top pela segunda semana consecutiva.

A crítica também tem sido simpática: Happy Gilmore 2 tem uma média de 70% no Rotten Tomatoes, o que, dentro do universo Sandler, é praticamente uma ovação de pé (para comparação: Billy Madison tem 42%, Big Daddy 39% e Little Nicky uns pálidos 22%).

Na Variety, o crítico Owen Gleiberman classificou o filme como “uma orgia feliz de nostalgia barulhenta feita para fãs”, o que soa exactamente como o que todos queríamos.

O resto do top: demónios K-pop e mistérios em Yosemite

No restante top 10 da Netflix, KPop Demon Hunters ficou em segundo lugar com 26,3 milhões de visualizações na sua sexta semana, tornando-se no filme de animação mais popular de sempre na plataforma.

Na televisão, a série Untamed, passada no Parque Nacional de Yosemite, manteve o primeiro lugar entre as séries em inglês com 26,1 milhões de visualizações, e já foi renovada para uma segunda temporada. Já Squid Game continua a dominar o ranking das séries não faladas em inglês, permanecendo no topo pela quinta semana consecutiva.

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Mas esta semana pertence a Sandler. Três décadas depois, Happy Gilmore voltou a dar uma tacada certeira. E com os números que está a fazer, duvidamos que esta seja a última vez que o vemos no green.

Primeiras Imagens de Frankenstein de Guillermo del Toro Revelam Jacob Elordi Como a Criatura

O aguardado filme da Netflix estreia em Novembro e promete ser a obra mais pessoal de sempre do realizador mexicano

Guillermo del Toro não esconde o entusiasmo — e nós também não conseguimos. A quatro meses da estreia de Frankenstein, o realizador partilhou as primeiras imagens do seu novo filme com a Vanity Fair, revelando finalmente o visual de Jacob Elordi como a icónica Criatura. E, como era de esperar, não é apenas um filme de terror: é uma confissão artística. Quase uma missa profana.

“Não estamos a fazer Karloff, nem Bernie [Wrightson], nem Mary [Shelley],” disse del Toro. “Mas eles são tão importantes para mim como os meus pais. Deram-me vida.”

Um projecto de 25 anos (e uma obsessão pessoal)

Frankenstein estreia em Novembro de 2025 na Netflix e marca o culminar de um percurso que del Toro descreve como “uma viagem que consumiu a maior parte da minha vida”. O cineasta leu Mary Shelley em criança, viu Karloff com reverência quase religiosa e, desde então, tem explorado a relação entre monstros e humanidade em filmes como CronosBlade IIHellboy e, mais recentemente, Pinóquio.

“Queria fazer este filme antes mesmo de ter uma câmara,” revelou no evento Tudum da Netflix. “E agora tornou-se numa espécie de autobiografia.”

O elenco é monstruosamente bom

A nova adaptação de Frankenstein conta com um elenco de luxo:

  • Oscar Isaac interpreta Victor Frankenstein, o cientista genial e obcecado.
  • Jacob Elordi, num papel radicalmente diferente de Saltburn ou Euphoria, é a Criatura — trágica, ameaçadora, e profundamente humana.
  • Mia Goth será Elizabeth Lavenza, num regresso ao terror que parece escrito à sua medida.
  • Christoph Waltz interpreta o misterioso Dr. Pretorius.

O elenco secundário inclui ainda nomes de peso como Felix Kammerer (All Quiet on the Western Front), Lars MikkelsenDavid BradleyChristian ConveryRalph Ineson e Charles Dance.

O filme recebeu a classificação de Rated R, por conter “violência sangrenta e imagens macabras”. Sim, é mesmo del Toro.

Frankenstein: entre criador e criatura

A história permanece fiel à essência do romance de Mary Shelley: um cientista ultrapassa os limites da ciência ao criar vida — e sofre as consequências dessa arrogância. Mas, nas mãos de del Toro, a narrativa ganha uma dimensão mais íntima, quase espiritual.

“Há traços de Frankenstein em quase todos os meus filmes. A relação entre criador e criação, pai e filho, é um tema que me consome repetidamente,” confessou o realizador.

E com Jacob Elordi agora na pele (e nas cicatrizes) da Criatura, é seguro dizer que esta versão promete marcar uma nova geração — tal como Karloff fez há quase um século.

Wednesday Está de Volta: Netflix Confirma Terceira Temporada da Série Mais Popular de Sempre em Inglês

Com Lady Gaga a chegar à Academia Nevermore e segredos da Família Addams à espreita, o caos continua delicioso — e inevitável.

“Não há duas sem três” — e no caso de Wednesday, não há escuridão suficiente para deter o entusiasmo dos fãs. A Netflix confirmou oficialmente que a série criada por Tim Burton e protagonizada por Jenna Ortega vai ter terceira temporada, duas semanas antes da estreia da segunda, marcada para 6 de agosto.

Com 252,1 milhões de visualizações, a primeira temporada de Wednesday tornou-se na série original em inglês mais vista da história da Netflix, superando todas as expectativas e consolidando o fascínio global por uma das figuras mais icónicas e irreverentes da cultura pop: Wednesday Addams.

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Mais Nevermore, mais segredos… e Lady Gaga

A segunda temporada estreia dividida em dois actos: a Parte 1, com quatro episódios, chega a 6 de agosto; a Parte 2, com outros quatro, a 3 de setembro. Mas já se sabe que a Temporada 3 está em andamento, como anunciou a própria plataforma: “A Temporada 2 estreia daqui a duas semanas. A Temporada 3 é o próximo presságio. Já em andamento e inevitável”, escreveu a Netflix Portugal.

O novo ano traz Lady Gaga no papel da misteriosa professora Rosaline Rotwood, numa performance envolta em secretismo que promete causar furor. A ela juntam-se Steve Buscemi, agora como o novo diretor da Academia Nevermore, e os rostos familiares Catherine Zeta-Jones, Luis Guzmán, Isaac Ordonez, Victor Dorobantu e Fred Armisen, entre outros.

Mistério, humor negro e segredos de família

Na sinopse oficial, Wednesday regressa para enfrentar novos inimigos, lidar com família e velhos adversários e mergulhar num novo mistério sobrenatural digno de arrepios. Como sempre, conta com a sua sagacidade cortante, charme inexpressivo e uma capacidade quase sobrenatural para atrair confusão — e resolvê-la com um piscar de olho impassível.

Segundo os criadores Alfred Gough e Miles Millar, os objectivos continuam ambiciosos. “Queremos continuar a mergulhar nas nossas personagens enquanto expandimos o mundo de Nevermore e Wednesday”, explicam. E mais: “Vamos ver mais membros da Família Addams e descobrir mais segredos da família!”

A ascensão de Wednesday… e de Jenna Ortega

Para Jenna Ortega, que também assume um papel de produtora nesta nova temporada, o fenómeno Wednesday cimentou o seu estatuto como um dos grandes nomes da nova geração de Hollywood. A sua interpretação transformou a personagem numa mistura de ícone de moda gótica, símbolo feminista e meme ambulante — e não mostra sinais de abrandar.

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Com uma terceira temporada já garantida, Wednesday é mais do que um sucesso: é uma obsessão cultural, e uma aposta forte da Netflix para continuar a dominar o panorama do streaming com uma série que mistura humor negro, horror juvenil e mistério gótico com um toque deliciosamente excêntrico.

Bertrand Cantat volta a ser investigado após documentário da Netflix expor novos testemunhos

Ex-vocalista dos Noir Désir, condenado pela morte de Marie Trintignant, está novamente sob escrutínio pelas circunstâncias da morte da ex-mulher Krisztina Rady.

O nome de Bertrand Cantat, outrora sinónimo de culto no rock francês, volta a ser manchete pelos piores motivos. O Ministério Público de Bordéus anunciou a reabertura de uma investigação criminal sobre alegados actos de violência cometidos pelo cantor contra a sua ex-mulher, Krisztina Rady, antes do seu suicídio em 2010.

A decisão surge na sequência do documentário “De Rockstar a Assassino”, lançado pela Netflix, que relança o debate em torno do comportamento de Cantat e traz à luz testemunhos inéditos que não constam dos quatro processos já arquivados relacionados com a morte de Rady.

Do estrelato à prisão

Bertrand Cantat foi condenado em 2003 pela morte da actriz Marie Trintignant, filha de Jean-Louis Trintignant, após um episódio de violência em Vilnius, na Lituânia. O caso teve forte repercussão internacional e resultou numa pena de oito anos de prisão, da qual cumpriu apenas quatro, tendo sido libertado em 2007.

O cantor tentou regressar à vida pública em 2010, ano em que lançou um novo álbum com a banda Détroit e regressou aos palcos. Mas o seu regresso nunca deixou de ser controverso: digressões canceladas, protestos feministas e uma relação tensa com os media foram constantes nos anos seguintes.

Um novo elemento: a voz de uma enfermeira

A nova investigação foca-se na morte de Krisztina Rady, ex-companheira de Cantat, encontrada enforcada na sua casa, em Bordéus, em janeiro de 2010. Na altura, a morte foi considerada suicídio, mas Yael Mellul, ex-advogada do companheiro de Rady e presidente da associação Femme et Libre, sempre defendeu que existiam indícios de violência doméstica que não foram devidamente considerados.

No documentário da Netflix, uma enfermeira anónima relata que Rady foi atendida nas urgências com lesões graves, incluindo descolamento do couro cabeludo, após uma “discussão violenta” com Cantat. Terá sido após o seu regresso da prisão na Lituânia, quando voltou a viver com a ex-mulher.

Também se recorda uma mensagem de voz deixada por Rady aos pais, citada no livro de investigação “Bertrand Cantat, Marie Trintignant: L’Amour à Mort”, onde descrevia a convivência com Cantat como “um pesadelo que ele chama de amor”.

Reacção e polémica permanente

A reabertura do processo é vista como uma mudança de postura das autoridades francesas, que anteriormente encerraram todos os inquéritos sem apresentar acusações. Mellul afirma ter ainda novas provas, que serão entregues em breve ao Ministério Público.

Cantat, por sua vez, tem mantido uma postura pública defensiva. Em concertos, chegou a atacar os jornalistas que o criticam. Em 2018, enfrentou gritos de “assassino” em várias cidades francesas, o que o levou a cancelar parte da digressão. Projectos posteriores com envolvimento artístico também geraram protestos.

Ainda assim, o cantor continua activo: lançou um novo álbum com os Détroit em dezembro passado, mantendo um grupo fiel de seguidores, apesar da crescente contestação social e mediática.

Entre o génio e a tragédia

A trajectória de Bertrand Cantat é hoje o exemplo extremo do que significa separar — ou não — o artista da sua vida pessoal. A sua contribuição para a música francesa é inegável, mas o seu passado violento e as consequências trágicas continuam a levantar perguntas que nem o tempo nem a arte parecem conseguir calar.

“Cartas do Passado”: Minissérie Turca da Netflix Explora o Amor, Segredos e Segundas Oportunidades

Produção emocional estreou a 23 de julho e já está disponível no catálogo da plataforma

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A pergunta é simples mas carregada de significado: “Uma carta do passado pode mudar o presente?” É com esta premissa que a Netflix estreia “Cartas do Passado”, a mais recente minissérie turca a entrar no catálogo da plataforma, disponível desde 23 de julho.

Ao longo dos episódios, a trama conduz os espectadores por uma teia de emoções, memórias e revelações inesperadas, centrando-se nas cartas escritas por alunos em 2003 e que, só agora, duas décadas depois, chegam aos seus destinatários — provocando ondas de impacto nas suas vidas atuais.

Uma professora, um clube de literatura e um segredo adormecido

Tudo começa em 2003, quando Fatma Ayar, professora de uma escola privada, desafia os seus alunos do clube de literatura a escreverem cartas para o “eu futuro” como parte de um projecto chamado Cartas do Passado. As cartas deveriam ser entregues em 2023, mas foram esquecidas — até que a filha de Fatma, Elif, as encontra por acaso.

À medida que as cartas começam a ser entregues, os segredos do passado ressurgem, reacendendo relações antigas, confrontos dolorosos e verdades enterradas. Paralelamente, Elif vê-se forçada a enfrentar uma revelação que mudará por completo o rumo da sua vida.

Elenco forte e narrativa comovente

Com um elenco turco de prestígio — Gökçe Bahadır, Onur Tuna, Selin Yeninci, Erdem Şenocak, Saygın Soysal, İpek Türktan, Banu Fotocan, Pelin Karahan e Yusuf Akgün — a série constrói uma narrativa envolvente e emocional sobre o tempo, a memória, o amor e as oportunidades que julgávamos perdidas.

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“Cartas do Passado” é mais uma aposta da Netflix no talento turco e promete emocionar todos os que alguma vez guardaram uma carta — ou uma parte de si — no tempo.

Capitão Planeta Está de Volta — E Leonardo DiCaprio Vai Ajudá-lo a Salvar o Mundo

Netflix prepara versão em imagem real da icónica série ecológica dos anos 90 com Tara Hernandez no argumento e Greg Berlanti na produção

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Preparem os anéis mágicos e a frase “Let our powers combine”, porque Capitão Planeta está de regresso — e desta vez em imagem real, com o selo da Netflix e o apoio ambientalista de Leonardo DiCaprio. Depois de anos de tentativas falhadas em Hollywood, o projecto baseado na série de animação que marcou os anos 90 vai finalmente avançar.

Segundo a imprensa norte-americana, foi a Netflix quem ganhou a corrida pelos direitos de adaptação, numa produção conjunta da Appian Way (a produtora de DiCaprio) e da Berlanti Productions, de Greg Berlanti, o homem por detrás do universo DC no canal CW (Arrow, The Flash, Supergirl).

Um clássico com mensagem (ainda) urgente

Capitão Planeta nasceu em 1990 pelas mãos de Ted Turner, o magnata dos media que queria levar às crianças uma mensagem de activismo ecológico e multiculturalismo. Durante seis temporadas, a série animada (titulada originalmente Captain Planet and the Planeteers) seguiu um grupo de jovens de diferentes partes do mundo que recebiam anéis mágicos com poderes sobre os elementos da natureza — Terra, Fogo, Vento, Água e Coração. Juntos, podiam invocar o Capitão Planeta, um super-herói verde-azulado pronto a enfrentar poluidores e vilões ambientais.

Em Portugal, a série foi transmitida nas manhãs de sábado da RTP com o título Capitão Planeta, e chegou mesmo a ter uma adaptação em banda desenhada com o curioso título Capitão América e os Planetários.

Tara Hernandez no leme e nova visão para o século XXI

O argumento da nova série ficará a cargo de Tara Hernandez, co-criadora da irreverente Mrs. Davis. A expectativa é que a série combine humor, acção e uma forte consciência ecológica, ajustada aos tempos que correm. Afinal, se os anos 90 falavam de lixo tóxico e desflorestação, o mundo de hoje vive sob a ameaça das alterações climáticas, das crises energéticas e de um colapso ambiental cada vez mais iminente.

A versão Netflix terá como base o espírito da série original, mas com uma abordagem mais madura e contemporânea — embora ainda não se saiba se o próprio Capitão Planeta manterá o seu visual peculiar (azul, verde, e com cabelo de super-herói dos anos 80) ou se ganhará uma repaginada moderna.

Um herói à espera de redenção

Esta não é a primeira tentativa de ressuscitar o Capitão. A Sony tentou desenvolver um filme durante vários anos, mas acabou por perder os direitos. Em 2016, a Paramount chegou a anunciar um projecto com Glen Powell como argumentista e potencial protagonista, mas também ficou pelo caminho.

Agora, com o impulso da Netflix e o envolvimento de nomes influentes como DiCaprio e Berlanti, o Capitão Planeta pode finalmente regressar ao combate — e desta vez com meios para chegar a uma nova geração de espectadores, mais informada e mais preocupada com o planeta.

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O poder é vosso!

Ainda não há data de estreia definida, nem elenco confirmado, mas uma coisa é certa: o mundo está a precisar urgentemente de um herói ambientalista. E, se tudo correr bem, Capitão Planeta poderá voltar para lembrar-nos que salvar o planeta é uma missão colectiva — e possível.

“Assassin’s Creed” Vai Mesmo Avançar na Netflix — E Desta Vez Promete Redenção

“Assassin’s Creed” Vai Mesmo Avançar na Netflix — E Desta Vez Promete Redenção Após o Fracasso no CinemaA série live-action está finalmente em marcha com novo showrunner, nova visão e a bênção da Ubisoft

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A saga Assassin’s Creed vai ganhar uma nova vida na Netflix. Após anos de silêncio e quase cinco anos depois do anúncio do acordo com a Ubisoft, a série em imagem real está oficialmente em desenvolvimento — e promete ser uma reinterpretação ambiciosa de um dos universos mais ricos e adorados da história dos videojogos.

O anúncio foi confirmado pela Netflix e divulgado pela The Hollywood Reporter. Os showrunners e produtores executivos serão Roberto Patino (Westworld, Sons of Anarchy) e David Wiener (Halo, The Killing), dois nomes bem experientes no campo da ficção científica e do drama televisivo.

Livre-arbítrio ou controlo total?

A nova série será, segundo a sinopse oficial, um “thriller eletrizante” centrado na guerra milenar entre duas fações obscuras: uma que luta para controlar e manipular o futuro da humanidade, e outra que procura proteger o livre-arbítrio. Tudo isto emoldurado por eventos históricos cruciais, tal como nos jogos — onde é possível viajar no tempo através da tecnologia do Animus e reviver as memórias genéticas dos antepassados.

Peter Friedlander, vice-presidente das séries originais da Netflix, sublinhou o peso deste projecto para a plataforma:

“Quando anunciámos a nossa parceria com a Ubisoft em 2020, partimos com o objectivo ambicioso de dar vida ao mundo rico e expansivo de Assassin’s Creed de formas novas e ousadas. Agora, após anos de colaboração dedicada, é inspirador ver o quão longe essa visão chegou.”

Depois da desilusão no cinema, nova esperança no streaming

Apesar da popularidade dos jogos — mais de 230 milhões de cópias vendidas desde o primeiro lançamento em 2007 — a adaptação para o grande ecrã, lançada em 2016 com Michael Fassbender, deixou os fãs decepcionados. O filme, que contava a história de Callum Lynch e do seu antepassado Aguilar na Espanha do século XV, falhou em captar a essência do jogo e ficou aquém das expectativas críticas e comerciais.

Agora, a Netflix quer dar a volta por cima. A série em imagem real será apenas o primeiro passo: o acordo de 2020 entre a plataforma de streaming e a Ubisoft inclui também planos para séries de animação e animé — uma abordagem que pode explorar ainda mais profundamente a mitologia dos Assassinos e Templários.

Um legado com potencial (quase) infinito

Com viagens temporais, confrontos ideológicos e uma estética visual sempre marcada por grandes cidades históricas e acrobacias de cortar a respiração, Assassin’s Creed tem todos os ingredientes para se tornar um sucesso no pequeno ecrã. E agora, com uma nova equipa criativa ao leme e anos de maturação do projecto, a série tem finalmente luz verde para provar o seu verdadeiro valor.

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Resta saber: conseguirão os Assassinos redimir-se da sua falhada incursão cinematográfica? A julgar pelo entusiasmo da Netflix e da Ubisoft… talvez a vingança esteja próxima.