Prime Video revela primeiras imagens de Young Sherlock, a nova prequela de Guy Ritchie sobre o detective mais famoso do mundo

Depois de mais de uma década sem novidades no grande ecrã, o universo de Sherlock Holmes regressa — mas não como muitos esperavam. Guy Ritchie, responsável pelos dois filmes protagonizados por Robert Downey Jr. e Jude Law, volta agora ao mundo de Conan Doyle com Young Sherlock, uma série que funciona como prequela espiritual do franchise cinematográfico, apesar de não estar formalmente ligada a ele.

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A Prime Video divulgou as primeiras imagens oficiais e, à primeira vista, há um detalhe impossível de ignorar: Hero Fiennes Tiffin parece nascer para este papel. Com apenas 19 anos na narrativa — e um visual marcado pela intensidade e inquietação — o jovem Sherlock surge num cenário académico e turbulento da Oxford da década de 1870, prestes a confrontar-se com o que será o primeiro grande teste ao seu génio dedutivo.

A série acompanha um Sherlock ainda bruto, impulsivo e socialmente deslocado, distante do ícone elegante e metódico que se tornará mais tarde em Baker Street. Aqui, ele é um jovem desacreditado, quase à deriva, quando um caso de homicídio ameaça não só a sua reputação mas também a sua liberdade. A investigação leva-o a cruzar-se, ironicamente cedo demais, com aquele que se tornará o seu némesis: James Moriarty, interpretado por Dónal Finn.

O elenco inclui ainda Natascha McElhone como Cordelia Holmes, Max Irons como Mycroft, e Colin Firth num papel de autoridade académica, Sir Bucephalus Hodge. Zine Tseng surge como a misteriosa Princesa Gulun Shou’an, figura que promete expandir o enredo além dos limites britânicos. A série não se contenta com os espaços fechados da academia: prepara-se para levar Sherlock numa conspiração de escala global, marcada por intriga, política e aventura.

Apesar de não existir qualquer ligação oficial entre esta nova produção e os filmes de Ritchie protagonizados por Downey Jr., a Prime Video garante que Young Sherlock preserva o mesmo espírito estético — a mistura de irreverência, ritmo acelerado e humor seco que marcou o universo cinematográfico. A ausência de conexão formal deve-se, ao que tudo indica, a questões de direitos, mas também oferece liberdade criativa à equipa para reinventar o detective numa fase da vida ainda pouco explorada.

Guy Ritchie descreveu a série como uma oportunidade para “abrir” a personalidade enigmática de Holmes e mostrar o que o transformou no génio que a cultura popular adoptou. A promessa é simples mas ambiciosa: revelar o que existe antes da lenda, antes da lupa, antes do chapéu-deerhunter. O Sherlock que aqui encontramos está longe do método clínico que definirá o seu futuro — é emocional, imprudente, por vezes até caótico. Mas as sementes da genialidade estão lá, prontas a rebentar.

Adaptada dos livros Young Sherlock Holmes de Andrew Lane, a série conta com Ritchie como realizador e produtor executivo, e com Matthew Parkhill como showrunner. O lançamento está previsto para 2026, embora ainda sem data concreta.

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Tudo indica que Young Sherlock será uma peça central da oferta da Prime Video no próximo ano, sobretudo para os fãs que há muito esperam um renascimento do detective, mas que acabam agora por receber algo ainda mais raro: a oportunidade de ver o mito a construir-se — uma dedução de cada vez.

Netflix cancela Starting 5 após duas temporadas — e nem LeBron James nem os Obama conseguiram salvar a série

A Netflix voltou a apertar o lápis vermelho. Starting 5, a ambiciosa série documental que prometia oferecer um olhar intimista sobre a vida de cinco estrelas da NBA em cada temporada, não regressará para um terceiro ano. Produzida por um trio improvável mas poderoso — LeBron JamesBarack Obama e Michelle Obama — a série parecia destinada a tornar-se um dos projectos premium do catálogo da plataforma. A realidade, porém, contou outra história.

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Cinco meses após a estreia da segunda temporada, a Netflix decidiu cancelar Starting 5. A decisão, segundo o Sports Business Journal, prende-se com um motivo que tem sido cada vez mais determinante na era do streaming: a audiência não correspondeu às expectativas. O público nunca aderiu de forma consistente e, pior ainda, a primeira temporada não conseguiu igualar os resultados de Quarterback, a série sobre a NFL que a plataforma lançou em 2023 e que rapidamente se tornou num fenómeno global.

No papel, Starting 5 parecia ter tudo para triunfar. A série oferecia acesso directo ao quotidiano de alguns dos atletas mais influentes do basquetebol contemporâneo, alternando entre os bastidores da competição, os dramas pessoais, a pressão da alta competição e a construção das suas respectivas heranças desportivas. A primeira temporada seguiu LeBron JamesJimmy ButlerAnthony EdwardsDomantas Sabonis e Jayson Tatum, um conjunto de protagonistas cujas histórias reflectem diferentes fases da vida na NBA — desde o estatuto de superestrela consolidada até ao talento explosivo em ascensão.

A segunda temporada manteve o conceito, mas apostou numa mistura de veteranos de elite e figuras emergentes: Jaylen BrownKevin DurantShai Gilgeous-AlexanderTyrese Haliburton e James Harden. O logline oficial prometia uma temporada marcada por episódios que “abalaram a liga”, lesões devastadoras e “uma série final para a história”. Tudo isto envolvido no tipo de tratamento cinematográfico que tem marcado os documentários desportivos da última década.

Mas a verdade é que a série nunca conseguiu romper a barreira do nicho. Apesar do peso dos nomes envolvidos — e de um trio de produtores executivos que inclui LeBron James, Maverick Carter e a equipa da Higher Ground dos Obama — Starting 5 não encontrou o mesmo apelo transversal que projectos como The Last Dance ou Drive to Survive. O basquetebol, global quanto é, não foi suficiente para transformar oito episódios por temporada em eventos obrigatórios no calendário dos assinantes.

A produção, realizada por Trishtan Williams, Susan Ansman, Peter J. Scalettar e Rob Ford, apresentava uma abordagem visual cuidada, com ritmo e intensidade, mas nunca deixou de ser vista como uma obra cujo principal público era… fãs hardcore de NBA. E, na guerra feroz pelo tempo de atenção do espectador, a Netflix tem demonstrado pouca paciência para títulos que não atinjam números sólidos rapidamente — mesmo que carreguem nomes presidenciais nos créditos.

O cancelamento de Starting 5 representa mais um sinal da mudança de prioridades no streaming: o período de investimento ilimitado deu lugar a uma lógica de corte rápido. A série tinha pedigree, tinha estrelas, tinha drama — mas não tinha audiência suficiente. E na era dos algoritmos, isso é o que mais pesa.

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Ironicamente, poderá ser esta decisão que venha a reavivar a discussão sobre como contar histórias desportivas num meio saturado de conteúdo. Mas, por agora, para LeBron, para os Obama e para a equipa criativa, o jogo acabou antes do tempo.

Daniel Day-Lewis apoia Paul Dano após insultos de Quentin Tarantino — e Hollywood mobiliza-se

A polémica desencadeada por Quentin Tarantino continua a incendiar Hollywood, e desta vez entrou em cena um dos actores mais respeitados da história do cinema: Daniel Day-Lewis. Ainda que discretamente e sem declarações públicas, o lendário actor manifestou apoio a Paul Dano depois das duras críticas de Tarantino, reacendendo o debate sobre respeito profissional, ética artística e a influência das opiniões do realizador de Pulp Fiction na indústria.

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A polémica explodiu depois de Tarantino, convidado do podcast The Bret Easton Ellis Show, ter revelado a sua lista dos 20 melhores filmes do século XXI. There Will Be Blood — uma das obras-primas de Paul Thomas Anderson — surgiu em quinto lugar. Até aqui, nada de surpreendente. O realizador elogiou o trabalho de Day-Lewis, sublinhando a “qualidade artesanal do velho Hollywood” e a forma como o actor carregava o filme sem necessidade de grandes set pieces.

Mas o entusiasmo durou pouco. Ao justificar porque não colocou There Will Be Blood mais acima na lista, Tarantino disparou contra Paul Dano, chamando-o, entre outras coisas, “weak sauce”, “a weak sister” e até “o actor mais fraco do SAG”. Uma afirmação tão desproporcional quanto desconcertante, sobretudo tratando-se de um actor elogiado de forma consistente pela crítica e pelos seus pares.

A reação da comunidade cinematográfica foi quase imediata. Matt Reeves, realizador de The Batman, onde Dano interpretou o perturbante Riddler, saiu em sua defesa. Simu LiuMattson Tomlin e outros criativos juntaram-se ao coro. Mas o gesto mais simbólico chegaria de forma inesperada.

Um fan account de Daniel Day-Lewis no Instagram — frequentemente apresentado como dedicado ao actor, mas não administrado por ele — partilhou duas cenas emblemáticas de There Will Be Blood em que Day-Lewis contracena com Dano, acompanhadas da legenda: “Paul Dano é um dos actores mais talentosos da sua geração.”

Vários meios noticiaram inicialmente que o perfil pertenceria ao próprio actor. Contudo, os representantes de Day-Lewis esclareceram ao The Guardian que o actor não tem redes sociais — mas deixaram uma nota que alterou por completo o impacto da publicação: o actor partilha integralmente o sentimento expresso no post.

É um detalhe poderoso. Day-Lewis, famoso pelo seu rigor absoluto e averso a polémicas, não precisava de dizer mais nada. Esta simples validação representou um apoio silencioso, mas profundamente significativo. Afinal, foi o próprio Day-Lewis quem sugeriu o nome de Dano para o filme, quando o actor inicialmente escolhido abandonou a produção em cima da hora. A confiança era, e continua a ser, total.

O mesmo fan account partilhou ainda uma série de imagens em defesa de Dano, destacando interpretações marcantes em Little Miss SunshinePrisoners12 Years a SlaveThe Batman e, claro, There Will Be Blood. Uma espécie de mini-retrospectiva que lembrava aquilo que Tarantino — ou qualquer espectador minimamente atento — dificilmente pode negar: Dano é um dos actores mais versáteis e sofisticados da sua geração.

Enquanto isso, a polémica continuou a alastrar-se. Tarantino não se limitou a criticar Dano; disse também não gostar de Owen Wilson e chamou Matthew Lillard de fraco. Lillard respondeu num painel da GalaxyCon em Ohio, visivelmente magoado, dizendo que os comentários o fizeram questionar a sua relevância em Hollywood. “Dói. É humilhante”, confessou. “E ele nunca diria isto a um Tom Cruise.”

A verdade é que a indústria pode ser implacável. E quando alguém da estatura de Tarantino dispara insultos, o impacto não se mede apenas em polémica — mede-se nas oportunidades futuras, na perceção pública e, sobretudo, na dignidade dos actores visados.

Neste caso, porém, Hollywood respondeu de forma clara: Paul Dano não está sozinho. E quando um actor como Daniel Day-Lewis — tricampeão dos Óscares e unanimemente respeitado — apoia, ainda que discretamente, o talento de um colega, o gesto fala mais alto do que qualquer insulto mediático.

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Tarantino pode continuar a fazer listas. Mas o legado — esse constrói-se com trabalho, não com declarações incendiárias. E Paul Dano continua a ser, para muitos dos melhores cineastas da sua geração, exactamente aquilo que Tarantino diz que ele não é: um actor excepcional.

Gwyneth Paltrow revela paixão da filha por Jacob Elordi — e o actor responde com humor desconcertante

O encontro entre Gwyneth Paltrow e Jacob Elordi para a mais recente edição do “Actors on Actors”, da Variety, podia ter seguido o habitual rito de cortesias profissionais. Mas bastaram poucos segundos para que a actriz transformasse a conversa num momento inesperado – e deliciosamente humano. Com a sinceridade desarmante que a caracteriza, Paltrow contou-lhe que os seus filhos, Apple e Moses, são admiradores do actor australiano. E, sem rodeios, acrescentou: “A minha filha está apaixonada por ti.”

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Jacob Elordi, que já deve ter ouvido variações dessa frase centenas de vezes desde Euphoria e The Kissing Booth, sorriu e respondeu com aquela naturalidade quase automática de quem vive numa tempestade permanente de elogios: “É sempre o mesmo: toda a gente diz ‘a minha mãe adora-te’, ‘a minha filha adora-te’… nunca é ‘eu adoro-te’.” Paltrow não hesitou e devolveu-lhe um simples “Eu adoro-te, Jacob”, como quem oferece um mimo teatral para aliviar a tensão da revelação.

A actriz explicou que conheceu o trabalho de Elordi graças aos filhos, apesar de estes a terem avisado contra ver Euphoria. Ainda assim, ficou impressionada com a performance dele – uma linha comum nas muitas vozes que o têm seguido atentamente. Hoje, com 28 anos, Elordi tornou-se um daqueles actores raros que conseguem cruzar o encanto juvenil com um magnetismo dramático que atrai públicos muito diferentes.

Parte desse magnetismo está em exibição na nova adaptação de Frankenstein realizada por Guillermo del Toro. O filme estreou comercialmente no Brasil em 23 de outubro de 2025 e chegou à Netflix brasileira em 7 de novembro de 2025. Em Portugal, tal como em muitos mercados europeus, a estreia foi exclusivamente via Netflix, onde permanece disponível — uma prática cada vez mais frequente nos títulos de Del Toro. A interpretação de Elordi como a Criatura tem sido descrita como uma das mais intensas da sua carreira, afastando-o ainda mais do rótulo de “galã adolescente”.

Já Gwyneth Paltrow prepara o regresso ao grande ecrã com Marty Supreme, a sua primeira longa-metragem desde Avengers: Endgame. O filme, protagonizado por Timothée Chalamet, leva a actriz a interpretar Kay Stone, uma estrela de Hollywood retirada que ressurge numa história ambientada nos anos 50. Nos Estados Unidos, Marty Supreme estreia a 25 de dezembro de 2025. No Brasil, a data está já confirmada para 8 de janeiro de 2026. Em Portugal, porém, ainda não existe uma data oficial de estreia – a distribuição nacional permanece por anunciar.

A actriz comentou ainda que os filhos reagiram com entusiasmo (ou desconforto, no caso do filho) às imagens que circularam das gravações em Nova Iorque, onde Paltrow e Chalamet foram vistos a filmar uma cena romântica no Central Park. Apple achou “incrível”, enquanto Moses preferiu cobrir os olhos e fingir que nada havia acontecido. São pequenas janelas que revelam não apenas a dinâmica familiar da actriz, mas também a forma descontraída com que encara o regresso ao cinema.

O momento com Elordi, porém, tornou-se viral não pela provocação simpática da filha apaixonada, mas pela naturalidade com que ambos jogaram com a situação. O actor devolveu humor, Paltrow devolveu carinho, e num piscar de olhos criaram um dos clips mais vistos desta edição do programa. Nada encenado, apenas dois actores em plena calma, a descobrir afinidades improváveis.

Hollywood vive desses instantes — de encontros que parecem improváveis até acontecerem, de confissões que surgem num momento de vulnerabilidade e acabam por definir uma temporada inteira de entrevistas. Entre o charme de Elordi, a sinceridade de Paltrow e o entusiasmo desarmado dos filhos da actriz, o episódio tornou-se um lembrete do que ainda podemos encontrar no meio de tanta máquina promocional: humanidade, constrangimento gentil e um pouco de humor no sítio certo.

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E se Apple Martin continua apaixonada pelo actor? Provavelmente sim. Mas, como ficou claro pela conversa, não é a única.

Pamela Anderson Quebra o Silêncio Sobre o Romance com Liam Neeson: “Se querem mesmo saber…”

Durante meses, Hollywood viveu num misto de incredulidade, fascínio e pura curiosidade: afinal, Pamela Anderson e Liam Neeson estavam mesmo juntos ou tudo não passava de um golpe promocional digno de uma comédia romântica? Agora, a própria protagonista da história decidiu acabar com o mistério — e sim, havia romance. Verdadeiro. E com cenas dignas de um guião de Nancy Meyers.

Os rumores começaram no verão, quando os dois surgiram cúmplices na passadeira vermelha da antestreia londrina de The Naked Gun (2025), o reboot da clássica comédia de acção. Houve troca de beijos amigáveis, houve olhares prolongados, houve declarações que passaram do charme para o quase flagrante. Pamela suspirava sobre a “elegância” de Neeson; Neeson, por sua vez, não escondia o brilho nos olhos. O público delirou. Internet incluída.

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Mas só agora Pamela Anderson decidiu revelar o que realmente aconteceu — e, mais importante, o que já não está a acontecer. Em entrevista à People, num excerto divulgado antes da capa oficial, a actriz e modelo admitiu que houve sim um relacionamento, ainda que breve. “Se querem mesmo saber, eu e o Liam estivemos envolvidos romanticamente por um curto período, mas apenas depois de terminarmos as filmagens”, afirmou.

Segundo Anderson, os dois passaram uma “semana íntima” na casa de Neeson no norte do estado de Nova Iorque. Uma semana que ela descreve quase como um parêntesis encantado: jantares num pequeníssimo restaurante francês, família a entrar e sair da casa como se já fizessem parte do enredo, assistentes a circular num ambiente meio surreal, declarações inesperadas — como quando Neeson a apresentou numa dessas noites como “a futura Sra. Neeson”.

Houve até episódios insólitos que confirmam que, quando o assunto é Liam Neeson, a realidade tende a comportar-se como um dos seus filmes: Pamela conta que o actor chegou a afugentar um urso do jardim… usando apenas um robe. É talvez o gesto mais “Liam Neeson” que poderíamos imaginar, numa história já por si cinematográfica.

A relação, porém, não sobreviveu ao calendário frenético de ambos. Projectos distintos, deslocações contínuas e prioridades profissionais ditaram o fim da breve ligação. Anderson descreve o período como a sua “semana romântica perdida”, algo bonito, inesperado e talvez inevitavelmente efémero.

Apesar disso, rejeita qualquer teoria de que tudo não passou de marketing para promover The Naked Gun. “Estávamos a divertir-nos”, explicou. “Sempre que alguém dizia que era um golpe publicitário, eu ria-me. Publicidade? Isto é real. Temos sentimentos reais.” A química fora do ecrã, segundo ela, era tão natural como a que exibiam em frente às câmaras.

Do lado de Neeson, a admiração sempre foi explícita. O actor chegou a dizer numa entrevista que trabalhar com Anderson foi o momento mais marcante da sua carreira. Noutra ocasião, declarou estar “perdidamente apaixonado” pela sua co-protagonista. Até familiares próximos dele torciam publicamente pelo casal.

Mas, como nos melhores romances de meia-estação, a vida acabou por seguir caminhos distintos. Pamela Anderson admite que são “melhores amigos do que parceiros” — mas deixa uma frase final que alimenta todas as esperanças dos fãs: “Tenho a certeza de que estaremos sempre presentes na vida um do outro.”

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Se esta história ainda terá um segundo acto, só o tempo dirá. Por agora, fica a memória de um dos emparelhamentos mais inesperados — e curiosamente encantadores — de Hollywood nos últimos anos.

“Gritos 6”: Ghostface Troca Woodsboro por Nova Iorque — e Está Mais Implacável do que Nunca

Quando achávamos que a saga Scream já tinha reinventado todas as máscaras possíveis, surge Gritos 6 para provar que Ghostface ainda tem muito para dizer — e, sobretudo, muito para perseguir. A sexta entrada da icónica franquia estreia em exclusivo na televisão portuguesa no dia 13 de dezembro, às 21h30, no TVCine Top, levando a carnificina para longe de Woodsboro e para o coração de Nova Iorque.  

A premissa parece simples, quase esperançosa: quatro sobreviventes dos últimos ataques de Ghostface tentam reconstruir as suas vidas numa nova cidade. Sam, dividida entre dois empregos e ainda marcada pelo trauma, tenta proteger com unhas e dentes a meia-irmã Tara, agora universitária e ávida por recuperar um vislumbre de normalidade. A eles juntam-se os gémeos Mindy e Chad, igualmente à procura de um recomeço. Woodsboro ficou para trás — a promessa era essa.

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Mas Ghostface nunca foi personagem de cumprir promessas. Quando o telefone toca e a voz metálica regressa, Nova Iorque transforma-se num novo campo de caça. O que antes era familiar — corredores de liceu, casas suburbanas, ruelas conhecidas — dá agora lugar a uma cidade gigante onde o anonimato joga tanto a favor das vítimas como do assassino. A mensagem, no entanto, permanece a mesma: ninguém está seguro.

Realizado por Tyler Gillett e Matt Bettinelli-OlpinGritos 6 continua a fórmula que revitalizou o franchise em 2022, equilibrando humor negro, violência gráfica e tensão constante. A dupla de realizadores leva Ghostface para um território mais agressivo, mais físico e, segundo os próprios, “mais brutal do que nunca”. O filme expande também a dimensão emocional da narrativa, aprofundando o impacto psicológico da sobrevivência — especialmente no caso de Sam, que vive sob a sombra de um passado que insiste em persegui-la.

O elenco reúne rostos já familiares: Jenna Ortega, em ascensão meteórica desde WednesdayMelissa Barrera, que regressa a um papel marcado tanto pela força como pela fragilidade; Courteney Cox, a eterna Gale Weathers; e Hayden Panettiere, de volta como Kirby Reed, uma das sobreviventes mais queridas da saga. Dermot Mulroney, Jasmin Savoy Brown e Mason Gooding completam o grupo central, numa combinação que mistura experiência, juventude e um espírito renovado que dá ao filme energia de renascimento.

A deslocação para Nova Iorque adiciona mais do que um cenário novo — altera a linguagem do terror. Numa cidade imensa, a sensação de segurança desaparece rapidamente: o metro, os becos, os apartamentos minúsculos, as multidões indiferentes… tudo serve a Ghostface de forma quase perfeita. E se antes o assassino espreitava atrás de portas semi-abertas, aqui pode surgir num corredor cheio de gente ou numa estação de metro ao rubro.

Gritos 6 não promete apenas sustos; promete a continuidade de uma saga que, 28 anos depois, mantém o inesperado no centro de tudo. Se o primeiro filme desconstruía as regras do género, este parece reinventar o espaço em que essas regras se aplicam. E, num franchise onde ninguém está verdadeiramente a salvo, isso é meio caminho para um serão de puro terror cinematográfico.

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Preparem a mantinha, desliguem as luzes, e atendam o telefone por vossa conta e risco. Ghostface está de volta — e quer acompanhar-vos no sofá.

“Gritos 6” estreia no dia 13 de dezembro, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e TVCine+.  

“Silent Night, Deadly Night”: Cena Viral Mostra Pai Natal a Matar Mais de 20 Nazis — e o Filme Nem Estreou Ainda

O espírito natalício ganhou uma nova… interpretação. Silent Night, Deadly Night, a reimaginação sangrenta do clássico de terror de 1984, tornou-se viral nas redes sociais graças a uma sequência que dificilmente deixará alguém indiferente: um Pai Natal assassino a eliminar, à machadada, uma sala cheia de nazis. Sim, leu bem. E sim, o público está a devorar cada segundo desta loucura festiva.

Tudo começou com um pequeno excerto partilhado por Discussing Film, que rapidamente acumulou milhões de visualizações. No vídeo, vemos Rohan Campbell — que muitos reconhecerão de Halloween Ends — vestido de Pai Natal e prestes a “punir os malcomportados”: neste caso, um grupo de extremistas a celebrar um grotesco “Natal da Supremacia Branca”. Bastaram poucos segundos para que a cena se tornasse sensação global.

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Com a viralidade a disparar para mais de oito milhões de visualizações, a equipa do filme decidiu não desperdiçar o momento e divulgou a sequência completa, com mais de sete minutos de violência estilizada. Nela, Campbell encarna Billy, um anti-herói sanguinário que, como faz questão de explicar, recusa usar armas de fogo — “as armas são para maricas”, diz ele — e opta antes por um machado para eliminar vinte nazis num desfile de golpes, cortes e respingos digno de uma epopeia slasher natalícia.

A ousadia da cena não é gratuita: encaixa-se na nova abordagem do realizador Mike P. Nelson, responsável também por Wrong Turn (2021), que decidiu reinterpretar o clássico de 1984 com mais brutalidade, mais ironia negra e um Pai Natal vingador com motivos profundamente traumáticos. Nesta nova versão, Billy testemunhou o assassinato dos pais na véspera de Natal e cresceu com uma necessidade compulsiva de ajustar contas com aquilo que considera “os malcomportados”. A cada ano, a sua “missão” transforma-se num ritual de violência festiva — mas, desta vez, o destino cruza-o com Pamela, interpretada por Ruby Modine (Happy Death Day), que o força a enfrentar a própria escuridão.

Não é exagero dizer que este novo Silent Night, Deadly Night está a ser vendido como um delírio sanguinário com plena consciência da sua própria loucura. E a cena divulgada confirma o espírito do projecto: estética slasher dos anos 80, energia irreverente, violência que ultrapassa os limites do absurdo e uma comicidade macabra que transforma o grotesco em espectáculo.

O filme estreia a 12 de dezembro de 2025 nos Estados Unidos e UK, precisamente no pico da época natalícia, como manda a tradição dos títulos mais ousados do terror. E, pelo que se vê, a campanha ganhou vida própria antes mesmo de o Pai Natal assassino chegar às salas de cinema. É difícil imaginar um marketing mais eficaz do que um vídeo de sete minutos em que um assassino vestido de vermelho desmantela um grupo de neonazis ao som do espírito de Natal.

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Uma coisa é certa: se o objectivo é “punir os malcomportados”, Billy decidiu começar pelo topo da lista.

Primeiras Imagens de Supergirl Confirmam Mudança Importante no Novo DCU de James Gunn

A DC Studios revelou finalmente o primeiro vislumbre de Supergirl — e, apesar de curto, o teaser já deixou claro que o novo DCU de James Gunn está a afastar-se de elementos tradicionais dos comics. Depois do sucesso crítico e comercial de Superman (2025), os fãs aguardam ansiosamente a continuação da Casa de El no grande ecrã, desta vez centrada na Kara Zor-El de Milly Alcock, cuja estreia em Superman foi uma das surpresas mais comentadas do filme.

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O teaser, divulgado nas redes sociais oficiais de Gunn e da DC, mostra Supergirl sentada num ponto que parece ser uma paragem de autocarro improvisada, vestida com roupa comum — nada de capa, nada de uniforme Kryptoniano — até que uma nave espacial aterra à sua frente. A curta sequência já está a gerar dissecações intensas entre fãs e analistas, não apenas pela estética, mas pelo que revela sobre o tom da nova interpretação da personagem.

O teaser surge acompanhado da confirmação de Gunn: o primeiro trailer completo de Supergirl será divulgado esta semana e deverá começar a ser exibido nos cinemas antes das sessões de Avatar: Fire and Ash. Ou seja, a máquina promocional está oficialmente a arrancar para o filme que chega em 2026.

Mas o detalhe mais interessante do primeiro olhar não tem a ver com naves espaciais ou efeitos visuais — tem a ver com… o guarda-roupa. Ou, mais precisamente, com aquilo que não vemos. A adaptação cinematográfica inspira-se em Supergirl: Woman of Tomorrow, a aclamada minissérie escrita por Tom King. Nos comics, o uniforme de Kara está sempre presente, mesmo quando ela usa roupa casual: a gola azul-escura sobressai, o símbolo de Krypton espreita sob camadas de tecido, e essa omnipresença funciona como metáfora. Para Ruthye, a jovem que acompanha Supergirl na história original, a heroína é uma figura quase mitológica, sempre “pronta para a ação”.

No teaser, porém, Milly Alcock surge vestida como uma rapariga terrena comum — sem o colarinho característico, sem traços de uniforme, sem a iconografia visual que nos comics reforça a dualidade constante entre Kara e Ruthye. As novas imagens divulgadas na CCXP confirmam que o fato criado para o filme inclui uma gola alta distintiva que, caso estivesse a ser usada por baixo da roupa, seria impossível de ocultar.

Este é um sinal claro de que James Gunn e Tom King estão a ajustar o material de origem para servir a nova abordagem do DCU. Se em Superman acompanhámos um Clark dividido entre o legado colonialista dos pais Kryptonianos e a educação compassiva dos Kent, Supergirl promete aprofundar a jornada de uma Kara mais turbulenta, menos definida, que ainda procura um lugar num universo onde a heroicidade não lhe surge tão naturalmente como ao primo.

A ausência do uniforme nas primeiras imagens — mais do que um detalhe estético — indica que esta Supergirl não começa como uma figura idealizada, mas como alguém em fase de reconstrução. Em Superman ela surgiu como uma “party girl” perdida, uma jovem endurecida pelas circunstâncias. O filme solo deverá explorar esta vertente com mais profundidade, mostrando uma Kara que ainda não se vê como símbolo, muito menos como inspiração. A mudança visual encaixa perfeitamente neste tom.

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O DCU de James Gunn está, de forma deliberada, a reescrever mitologias, a moldar versões alternativas de personagens clássicas e a oferecer novas leituras sobre figuras que pareciam já definitivas. E se Superman abriu a porta, Supergirlprepara-se para atravessá-la com uma identidade própria — mesmo que, pelo caminho, deixe o colarinho azul guardado no armário.

James Cameron Responde ao Estúdio Sobre a Divisão de Avatar: “O que é que vos faz duvidar de ganhar mais dois mil milhões?”

James Cameron nunca escondeu que pensa grande — e que só avança com um projecto quando está convencido de que pode reinventar a roda. É essa mentalidade que torna Avatar não apenas uma saga cinematográfica, mas um exercício contínuo de ambição industrial. Agora, uma nova entrevista revelou como Avatar: The Way of Water deixou de ser um único filme para se transformar em duas obras distintas, uma decisão que, como seria de esperar, não passou sem resistência do estúdio.

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Segundo o jornalista Andrew J. Salazar, Cameron confirmou que The Way of Water e Avatar: Fire and Ash foram originalmente concebidos como um único título épico — até que as exigências de produção tornaram claro que o material teria de ser dividido. Rumores circularam de que Cameron teria avançado por conta própria, confiando que a 20th Century Studios aprovaria qualquer coisa que viesse dele. Mas o realizador tratou de desfazer essa teoria de imediato. “Recebi bastante resistência do estúdio”, explicou. “A minha resposta foi: ‘Um momento… qual é exactamente a parte em que vocês têm dúvidas sobre terem outra oportunidade de fazer mais dois mil milhões de dólares?’”

É difícil argumentar contra Cameron. Avatar continua a ser o filme mais lucrativo de sempre, com 2,9 mil milhões de dólares em receitas globais, enquanto The Way of Water ocupa o terceiro lugar do pódio, com 2,3 mil milhões, apenas atrás de Avengers: Endgame. Quando alguém com este historial afirma que a divisão da história faz sentido, há poucas razões para duvidar.

Agora que Fire and Ash está definitivamente estabelecido como a terceira entrada da saga, começam a surgir reacções iniciais dos críticos que já viram imagens e sequências exclusivas. O filme introduz os Mangkwan, os Na’vi conhecidos como o povo das cinzas, um clã brutal liderado por Varang, interpretada por Oona Chaplin. Os primeiros comentários destacam visuais ainda mais inovadores do que os capítulos anteriores, com alguns críticos a afirmarem que este pode ser “o melhor filme da saga até agora”.

Com Avatar 4 agendado para 21 de dezembro de 2029 e Avatar 5 marcado para 19 de dezembro de 2031, é evidente que Cameron continua a traçar o futuro da franquia com a mesma confiança visionária que colocou Avatar no mapa há mais de 15 anos. E, como tantas vezes acontece, o estúdio que inicialmente hesitou acabará provavelmente por agradecer a insistência. Afinal, na matemática particular de James Cameron, cada nova entrada pode muito bem significar mais alguns mil milhões de dólares.

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Se a história provou algo, é isto: quando Cameron aposta, Cameron ganha. E quem tenta travá-lo arrisca-se a ouvir uma das suas frases mais lendárias — a meio caminho entre provocação e profecia — antes de voltar ao silêncio, a ver o realizador transformar riscos gigantescos em sucessos inevitáveis.

“Scream 7”: Skeet Ulrich Confirma Que Melissa Barrera Ia Tornar-se Ghostface — e Que o Plano Foi Totalmente Abandonado

A máscara ainda não voltou aos becos, mas Scream 7 já está a gerar mais conversa nos bastidores do que muitos filmes depois de estrearem. Agora, uma nova revelação veio incendiar ainda mais o imaginário dos fãs: segundo Skeet Ulrich, estava originalmente previsto que Melissa Barrera evoluísse — ou melhor, caísse — até se tornar a próxima Ghostface ao longo de três filmes.

Sim, Sam Carpenter, a protagonista introduzida em Scream (2022) e herdando o legado de Sidney Prescott, tinha um destino muito mais sombrio do que alguma vez imaginámos.

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Em entrevista à Entertainment Weekly, Ulrich — que regressou à saga como a projecção fantasmagórica de Billy Loomis, o Ghostface original de 1996 — contou que o estúdio lhe apresentou um plano de três filmes no qual Billy influenciaria, de forma crescente, a mente da sua filha. “Era uma narrativa pensada como uma curva lenta para a transformar em assassina”, revelou. Uma ideia ousada, quase inevitável dentro da lógica meta de Scream, e que teria revirado por completo as expectativas do público.

Mas esse arco narrativo morreu antes de nascer. “Obviamente, essas coisas não se concretizaram, dado o que aconteceu”, disse Ulrich, numa referência clara — ainda que diplomática — ao despedimento de Melissa Barrera.

A actriz foi afastada de Scream 7 após comentários públicos sobre a guerra Israel-Palestina, num gesto que gerou polémica internacional e reacções negativas dentro da própria indústria. Hayden Panettiere considerou a decisão “injusta e perturbadora”, e a saída de Barrera desencadeou um efeito dominó que atingiu em cheio a produção.

Em pouco tempo, a saga perdeu também os realizadores Tyler Gillett e Matt Bettinelli-Olpin (Scream de 2022 e Scream VI) e ainda o substituto inicialmente escolhido, Christopher Landon. Quem acabou por assumir o leme foi Kevin Williamson, argumentista e mentor da franquia desde o início.

A tudo isto somou-se outra baixa de peso: Jenna Ortega, que interpretava Tara Carpenter, também abandonou Scream 7, deixando a produção órfã de duas das suas figuras centrais.

A revelação de Ulrich dá agora uma nova dimensão às consequências dessa saída. Se Sam Carpenter estava destinada a seguir um caminho progressivo, de final girl a vilã, teríamos pela primeira vez uma protagonista transformada lentamente pela presença fantasmática de Ghostface — uma evolução que seria tão ousada quanto fiel ao ADN satírico e cruel da série. A saga, afinal, sempre foi sobre subverter regras, brincar com expectativas e virar códigos do género do avesso. E transformar a heroína em assassina seria um golpe de génio.

Mas Scream 7 é agora um filme reconstruído em plena tempestade, com novas direcções, novas dinâmicas e um futuro narrativo ainda por definir. Ulrich reforça que não está envolvido no próximo capítulo — mesmo tendo manifestado vontade de regressar — e garante que nada sabe sobre o rumo da história.

No entanto, a ideia de um arco de três filmes em que Sam sucumbia à influência maléfica do pai deixa um sabor agridoce: de um lado, a frustração de uma oportunidade perdida; do outro, a confirmação de que Scream continua a ser uma saga capaz de imaginar caminhos radicais e desconfortáveis.

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Com Kevin Williamson ao comando e uma produção marcada por mudanças profundas, Scream 7 promete ser um capítulo imprevisível — talvez por necessidade, talvez por tradição. O que é certo é que a máscara vai voltar. A grande questão, agora, é quem estará por trás dela.

Mila Kunis Diz que os Vizinhos Só Sabem Reclamar — e a Atriz Está Oficialmente a Perder a Paciência Como Presidente da HOA

Mila Kunis pode ter enfrentado cisnes psicóticos em Black Swan, invasões extraterrestres em Jupiter Ascending e a mais caótica vida escolar em That ’70s Show, mas nada — absolutamente nada — a preparou para o verdadeiro terror: ser presidente da associação de moradores. Sim, Kunis está à frente da HOA (Homeowners Association) da sua pequena comunidade de oito casas e, pelo que contou no programa Today, a experiência é um teste diário à resistência emocional de qualquer ser humano.

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“Tudo o que as pessoas fazem é reclamar. Passo o dia inteiro a receber queixas”, desabafou a atriz, com aquele humor seco que a caracteriza. O mais surpreendente? Ninguém lhe agradece. Nunca. Kunis diz que chegou ao ponto de enviar uma mensagem a um amigo do bairro a pedir-lhe que respondesse a um dos seus e-mails com um simples “obrigado”, só para provar aos restantes que o gesto existe. Um pequeno milagre da boa educação.

A actriz descreve os vizinhos como “desensibilizados”, algo que, segundo ela, faz parte da realidade de Los Angeles. E há momentos quase dignos de uma sitcom: quando precisa de chamar um técnico para avaliar problemas na estrada da urbanização — que está a ceder —, o profissional chega, olha para a situação e desata a rir. “Eu sei que isto é ridículo”, confessa Kunis, “mas, por favor, dê-me um orçamento.”

Entre uma queixa e outra, Kunis mantém a rotina familiar em Beverly Hills com Ashton Kutcher e os dois filhos. Os seus dias começam cedo — 6h15 — e com uma serenidade que contrasta com o caos da HOA. Prepara cafés, pequenos-almoços, lancheiras, enquanto Kutcher trata de levar as crianças para o autocarro. “É tudo muito descontraído”, garante.

Depois disso, quando o universo permite, Kunis tenta treinar: Pilates ou ginásio, dependendo do humor — e do sono. E sim, às vezes não toma banho logo a seguir. “Por vezes só tenho tempo para passar um pano nas axilas. Não me ataquem por isso”, brinca, recordando as polémicas passadas sobre hábitos de higiene que ela e Kutcher comentaram sem imaginar que fossem incendiar as redes sociais.

Toda esta história revela um lado inesperado de Mila Kunis: a presidente acidental de condomínio, encarregada de buracos na estrada, reclamações intermináveis e moradores que aparentemente só a procuram quando o problema é urgente… ou absurdamente trivial. Mas Kunis conta tudo com um humor que desmonta qualquer tensão — e prova que, mesmo em Beverly Hills, a realidade das reuniões de condóminos é universalmente caótica.

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No final, o que a actriz mais quer é simples: um “obrigado”. Talvez até dois. Mas, por enquanto, só recebe queixas. Hollywood, afinal, também tem problemas muito mundanos.

“Marty Supreme”: O Filme Que Está a Chocar Hollywood — e a Consagração Mais Selvagem da Carreira de Timothée Chalamet

Há personagens ofensivas, há vilões assumidos, e depois há Marty Mauser — a criação central de Marty Supreme, o novo filme de Josh Safdie que está a deixar o público dividido entre gargalhadas nervosas e puro desconforto. Não será exagero dizer que Marty é um dos protagonistas mais repugnantes e moralmente questionáveis alguma vez colocados num filme com aspirações aos Óscares. E, paradoxalmente, é exactamente por isso que a interpretação de Timothée Chalamet está a ser apontada como uma das grandes do ano.

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Marty Supreme arranca a toda a velocidade, acompanhando meses na vida de um aspirante a campeão mundial de ténis de mesa — inspirado vagamente no jogador americano Marty Reisman —, mas depressa se torna claro que não estamos perante um biopic tradicional. O que Safdie constrói é um caos vivo: um retrato febril, energético, quase insuportável, de um homem auto-centrado ao ponto da destruição. Chalamet, que já nos habituou a performances intensas, surge aqui transformado numa força da natureza tão fascinante quanto repulsiva.

A palavra “arsehole” talvez seja, como o crítico original sugeriu, a descrição mais justa do personagem. Marty é absolutamente determinado — e, por isso mesmo, completamente incapaz de considerar um plano B ou sequer a possibilidade de falhar. No seu caminho para o topo, insulta, mente, manipula, rouba, põe em risco quem o rodeia e até quase provoca tragédias reais, incluindo com a mulher grávida do seu filho. É um daqueles protagonistas que obrigam o espectador a olhar, mesmo quando a vontade é desviar os olhos.

Mas o que realmente tem causado escândalo são as frases que Marty dispara com uma brutalidade gelada. Não são apenas comentários desagradáveis: são declarações que transgridem todas as fronteiras da decência, especialmente tendo em conta o período em que o filme decorre — 1952, apenas alguns anos depois da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto. Antes de enfrentar um amigo e antigo campeão judeu, Marty afirma a um grupo de jornalistas: “Vou fazer-lhe o que Auschwitz não conseguiu — vou terminar o trabalho.” O impacto da frase é brutal, sobretudo porque o filme segue, logo depois, para um momento profundamente emotivo em que o adversário relata a forma como sobreviveu ao campo de concentração.

Mais tarde, quando se prepara para defrontar o campeão japonês, Marty procura confortar um homem cujo filho morreu na frente do Pacífico com uma tirada igualmente chocante: “Se serve de consolo, vou largar a terceira bomba nuclear no Japão.” E assim por diante. O personagem existe num limbo moral tão desconfortável que provoca risos involuntários — daqueles que surgem não pela piada, mas pelo choque.

Safdie, que co-escreveu e realizou o filme, parece deliberadamente interessado nesta tensão. Marty Supreme não aposta na narrativa linear; vive da energia, do desconforto, da imprevisibilidade — e, acima de tudo, da interpretação de Chalamet. O actor, que passou anos a treinar ténis de mesa em sets espalhados por meio mundo (incluindo WonkaDune: Part Two e até no Festival de Cannes), entrega aqui uma performance desgastante, frenética, quase compulsiva. Há quem veja no filme um veículo de prémios, e há quem o encare como um retrato ácido da obsessão pela grandeza — a mesma que Chalamet evocou no seu discurso do SAG Award, quando afirmou estar “em busca da excelência” e querer estar ao nível dos seus ídolos.

É talvez por isso que o filme funcione tão bem: porque Marty, na sua arrogância, no seu abuso, no seu comportamento inadmissível, é também uma caricatura extrema da ambição transformada em loucura. Há momentos em que, depois de insultos, manipulações e caos absoluto, ele se despede com um inesperado “love you”. Não soa a amor; soa a dissonância. Mas funciona — porque a personagem existe nesse espaço entre o cômico e o horrível.

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Marty Supreme é, no fim de contas, um filme que desafia o espectador a testá-lo. Não é simpático, não é reconfortante, não é um crowd-pleaser. É um exercício de risco total — e é aí que reside o seu fascínio. Para muitos, Chalamet está prestes a conquistar a sua terceira nomeação para Melhor Actor. Para outros, Marty é simplesmente intragável. Para a Academia? A resposta virá em breve.

Mas uma coisa é certa: poucas personagens ofensivas foram tão hipnotizantes.

Matthew Lillard Responde a Quentin Tarantino: “Dói. F*g* dói.” — A Nova Polémica Que Abalou Hollywood

Quentin Tarantino voltou a incendiar Hollywood com opiniões sem filtro, e desta vez o alvo inclui Matthew Lillard, o actor que conquistou gerações com ScreamScooby-Doo e a série Good Girls. Lillard, que raramente entra em polémicas, decidiu reagir — e fê-lo com uma honestidade que está a comover fãs por todo o mundo.

Durante uma conversa com o público na GalaxyCon, o actor, hoje com 55 anos, reconheceu que os comentários do realizador o afectaram mais do que gostaria de admitir. Tarantino, no podcast de Bret Easton Ellis, classificou Lillard — e outros actores — como performers de que “não gosta”. A crítica foi tão brusca quanto desnecessária e chegou num momento em que o realizador discutia os seus cinco filmes preferidos dos últimos 25 anos.

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Perante os fãs, Lillard tentou brincar com o assunto — “Quem se importa?” —, mas rapidamente a ironia deu lugar à vulnerabilidade: “Claro que magoa. F*****g sucks.” O actor explicou que existe um desequilíbrio evidente no modo como estas críticas são feitas. “Não dirias isso ao Tom Cruise. Não dirias isso a um actor de topo em Hollywood”, afirmou. E depois acrescentou algo que resume a frustração: “Sou muito popular nesta sala. Não sou muito popular em Hollywood. São dois microcosmos diferentes. É humilde… e dói.”

A polémica começou quando Tarantino, ao comentar There Will Be Blood, admitiu que gostaria de colocar o filme nos primeiros lugares da sua lista, mas que não conseguia — alegadamente por causa de Paul Dano. O realizador chamou ao actor “weak sauce” e “weak sister”, chegando a afirmar que Dano não conseguia acompanhar Daniel Day-Lewis. Uma opinião que, vinda de alguém com a influência de Tarantino, caiu como uma bomba na comunidade artística.

E não ficou por aí. Tarantino concluiu dizendo: “Não gosto do Owen Wilson. Não gosto do Matthew Lillard.” Sem contexto adicional. Sem nuance. Apenas um ataque directo.

A resposta da indústria foi rápida — e esmagadoramente solidária com Paul Dano e agora também com Lillard. Toni Collette partilhou uma imagem de Little Miss Sunshine com uma coroa desenhada sobre Dano. Ben Stiller proclamou no X/Twitter: “Paul Dano é f— brilhante.” John Cusack foi igualmente directo: “Paul Dano arrasa. Grande actor.”

Mattson Tomlin, co-argumentista de The Batman — Part II, recordou ainda o talento de Dano como realizador e recomendou Wildlife, descrevendo-o como um artista de enorme sensibilidade. Também Simu Liu se juntou ao coro de apoio: “Paul Dano é um actor incrível.”

No meio do turbilhão, a reacção de Lillard destacou-se pela humanidade. Não houve insultos, não houve contra-ataques — apenas a confissão sincera de que os comentários do realizador de Pulp Fiction e Kill Bill lhe tocaram fundo. Numa indústria onde a perfeição é exigida e as fragilidades raramente são admitidas, ouvir um actor assumir publicamente que foi magoado tornou-se, paradoxalmente, um acto de força.

Mas o episódio abre também a discussão sobre o peso que opiniões de figuras poderosas continuam a ter num ecossistema tão competitivo como Hollywood. E lembra, inevitavelmente, que a forma como artistas são avaliados continua, muitas vezes, a ser marcada por arbitrariedade pura — uma frase solta num podcast pode virar manchete mundial.

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Ainda assim, Matthew Lillard sai desta história de cabeça erguida, amparado pelo carinho dos fãs e pelo respeito dos colegas. E a indústria, mesmo entre polêmicas, parece ter uma certeza renovada: Paul Dano continua a ser um dos actores mais talentosos da sua geração — e Tarantino, mestre que é, continua também a ser um especialista em incendiar debates como ninguém.

Beetlejuice Está de Volta: A Sequela Assombra o TVCine Top Já a 12 de Dezembro

Três décadas depois de se tornar um ícone absoluto da cultura pop, Beetlejuice regressa — e não poderia chegar em melhor forma. Beetlejuice Beetlejuice, a muito aguardada sequela do clássico de 1988, estreia em exclusivo na televisão portuguesa no dia 12 de dezembro, às 21h30, no TVCine Top e também no TVCine+. Para os fãs de Tim Burton, Winona Ryder e, claro, do fantasma mais caótico e encantador do cinema, trata-se de um momento obrigatório.  

A história retoma a vida da família Deetz após uma tragédia que leva três gerações de mulheres a regressar à casa de Winter River — o mesmo lugar onde, décadas antes, tudo começou. Lydia Deetz, novamente interpretada por Winona Ryder, já não é a adolescente gótica de outrora. É agora mãe de Astrid, interpretada por Jenna Ortega, cuja rebeldia e fascínio pelo macabro ecoam a sensibilidade da mãe.

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É precisamente essa curiosidade de Astrid que desencadeia o caos: ao explorar o sótão, descobre a maqueta da cidade e abre, sem intenção, um portal para o mundo dos mortos. Com isso, o fantasma mais inconveniente da história volta a manifestar-se. Michael Keaton regressa ao papel de Beetlejuice, retomando a sua energia anárquica e imprevisível, pronto para assombrar a vida dos Deetz mais uma vez — e, claro, para roubar todas as cenas.

A sequela mantém não apenas o elenco original, mas também o ADN visual e tonal do universo criado por Tim Burton. O realizador volta a apostar no humor negro característico e numa estética que mistura fantasia, grotesco e um certo charme vintage. Com estreia mundial no Festival de Veneza em 2024, o filme conquistou críticas positivas e um entusiasmo renovado da geração que cresceu com o original e da geração que agora descobre Beetlejuice pela primeira vez.

Além do trio principal, o elenco inclui ainda Monica Bellucci e Catherine O’Hara, reforçando a ligação entre o passado e o presente. Visualmente mais exuberante, mas fiel ao espírito do primeiro filme, Beetlejuice Beetlejuice oferece novos truques, novos sustos e uma boa dose de nostalgia para quem se lembra de repetir o nome três vezes frente ao espelho.

A estreia em Portugal marca uma oportunidade rara de ver, em televisão, uma sequela que não se limita a revisitar um clássico, mas que abraça plenamente o desafio de lhe dar continuidade. Para os amantes de cinema fantástico, para os fãs de Burton ou simplesmente para quem não resiste a histórias onde o absurdo e o sobrenatural se cruzam, a noite de 12 de dezembro promete ser irresistível.

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Preparem-se: não digam o nome dele em voz alta… mas não percam a estreia

Ariana Grande Quer Muito Ficar de Fora da “Narrativa 6-7” — E Adam Sandler Não Tem Culpa Nenhuma

Ariana Grande está em plena campanha de promoção para Wicked: For Good, mas acabou, involuntariamente, no centro de um meme que nem sabia que existia. A cantora e actriz sentou-se recentemente com Adam Sandler para uma nova edição do Actors on Actors, da Variety/CNN — uma conversa descontraída, calorosa e cheia de admiração mútua. Mas bastou uma expressão ligeiramente franzida de Grande para incendiar a internet.

A origem do episódio é quase absurda. Durante a conversa, Sandler comentou que Grande tinha filmado “seis ou sete” cenas emocionais consecutivas no set de Wicked: For Good. Uma frase totalmente inocente. Porém, no exacto momento em que as palavras “six or seven” saíram da boca de Sandler, Ariana fez um micro-franzir de sobrancelha, quase imperceptível, mas suficiente para que o público mais online entrasse em alvoroço. Era, para muitos, a prova de que Ariana Grande estava — mais uma vez — a reagir ao famigerado meme “6-7”.

Para os espectadores que não vivem mergulhados na cultura de internet, o fenómeno precisa de explicação. “6-7” tornou-se um meme universal entre adolescentes e jovens adultos depois de o rapper de Filadélfia, Skrilla, usar os números no refrão do seu tema viral “Doot Doot (6 7)”. O significado? Depende de quem se pergunta. O artista já disse que os números “representam o seu cérebro”. Outros vêem ali referências a ruas, códigos policiais ou simplesmente nonsense puro. A verdade é que os miúdos não querem saber: “6-7” tornou-se uma espécie de piada automática. Se alguém diz as palavras “seis” e “sete” juntas, o meme ganha vida.

Ariana, que costuma estar bem sintonizada com os fenómenos virais, tornou-se alvo desta narrativa há semanas, quando fãs alegaram que já tinha reagido a um “6-7” num momento anterior da tour promocional. Daí que o simples comentário de Sandler tenha sido interpretado como o gatilho perfeito. O clipe do franzir de sobrancelha espalhou-se rapidamente pelas redes sociais.

Só que Ariana Grande insiste que não percebe nada disto. Numa caixa de comentários do Instagram, foi directa ao assunto: “i don’t know what this means !”, escreveu, exasperada. Explicou que a expressão no rosto era apenas reacção às palavras de Sandler sobre o número de cenas dramáticas que teve de gravar de seguida. E depois deixou escapar um inocente pânico digital: “i’m scared what is 67.

Poucos minutos depois, publicou um segundo comentário ainda mais clarificador — e divertido: “actually i don’t want to know please i love you all enjoy”. Ou seja, Ariana Grande está oficialmente fora da narrativa. Ou, como diria Taylor Swift, “I would very much like to be excluded from this story.”

Ainda assim, o momento tornou-se mais um capítulo delicioso na crónica moderna da cultura pop, onde qualquer sobrancelha levantada pode alimentar memes globais. E tudo isto enquanto Grande e Sandler falavam calmamente sobre os seus novos trabalhos — ele com Jay Kelly, ela com o musical que promete redefinir o universo de Wicked.

Ironia máxima: Adam Sandler, lenda da comédia, não demonstrou o mais pequeno sinal de saber que o meme existia. Ariana, que teoricamente estaria mais por dentro, também não. Mas a internet, sempre vigilante, viu mais do que estava lá.

No fim, fica um daqueles episódios que são puro oxigénio para os fãs de cultura digital e um lembrete de que, na era dos vídeos curtos e reacções instantâneas, ninguém está imune a tornar-se meme — nem mesmo quando só está a falar de cenas emocionais. E Ariana Grande, pelo menos desta vez, prefere manter-se bem longe disso.

Kate Winslet Critica a Moda do Ozempic: “É Assustador” — E Defende a Beleza das Mãos Envelhecidas

Kate Winslet, que sempre recusou ceder às pressões mais agressivas de Hollywood, voltou a posicionar-se com firmeza num tema que está a dominar tanto a indústria como o quotidiano das redes sociais: a normalização dos fármacos para perda de peso. Em entrevista recente, a actriz de 50 anos descreveu a actual obsessão com injecções como o Ozempic como “frightening” e admitiu que está mais preocupada do que nunca com a forma como a aparência continua a comandar a autoestima, mesmo numa era que se pretende mais inclusiva.

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Winslet assume que a adesão generalizada a estas medicações a deixa profundamente desconfortável, sobretudo porque a maioria das pessoas, segundo ela, não faz ideia real do que está a colocar no corpo. “A falta de cuidado com a própria saúde é aterradora”, afirmou, num dos momentos mais contundentes da conversa. Para a actriz, é como se a cultura visual contemporânea tivesse entrado num estado de caos: por um lado, há mulheres que abraçam a sua identidade e o seu corpo; por outro, há quem corra para alterar tudo quanto possível, numa tentativa desesperada de corresponder a expectativas irreais.

A actriz também falou das pressões para evitar o envelhecimento, rejeitando frontalmente procedimentos como botox e preenchimentos estéticos, que considera retirar algo essencial do rosto — uma espécie de assinatura emocional. Winslet confessou, aliás, que uma das coisas que mais aprecia no processo de envelhecer são as mãos a ganhar marcas, pequenas cartografias de experiências vividas. “As mãos envelhecidas são a minha coisa favorita”, disse, celebrando nelas uma beleza autêntica e profundamente humana. Mas reconheceu que esta visão não é partilhada pelas gerações mais novas, que, segundo ela, “não têm noção do que é realmente ser bonita”.

A actriz não fala do tema a partir de um pedestal distante; fala a partir da memória do que foi crescer sob vigilância global. Aos 19 anos, depois do fenómeno Titanic, Winslet viu-se catapultada para níveis de fama que não soubera antecipar. Hoje lembra que a imprensa pode ser cruel, e que ela própria foi alvo de um escrutínio particularmente agressivo sobre o corpo. “Os media foram vis, atacaram-me de forma contínua”, recorda. Sente que foi demasiado jovem para enfrentar tamanha exposição e admite que se sentiu invadida numa fase em que tentava apenas sobreviver ao sucesso e à pressão.

Nos últimos anos, Winslet tem revisitado esses episódios com uma clareza nova. Em 2022, no podcast Happy Sad Confused, admitiu que gostaria de voltar atrás para enfrentar directamente alguns jornalistas que a diminuíram publicamente. “Eu teria usado a minha voz de outra forma. Teria dito: ‘Não te atrevas a tratar-me assim’.” Esse impulso de coragem traduz-se agora numa presença pública mais firme e militante, sobretudo quando sente que outras mulheres estão a ser condicionadas pelos mesmos mecanismos que a magoaram.

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A posição de Winslet não é, portanto, uma reacção moralista ou superficial; é o resultado de uma carreira moldada pela crítica, pelo peso da fama e por uma experiência íntima de corpo e imagem que ela aprendeu a proteger. Hoje, aos 50 anos, a actriz continua a combater aquilo que considera ser uma distorção perigosa sobre o que é beleza, saúde e valor próprio. E fá-lo com a mesma sinceridade que desde sempre lhe marcou a carreira: sem filtros, sem complacência e com um sentido profundo de responsabilidade para com as mulheres que a seguem.

Jennifer Garner Revela o Truque Para Fazer Comida Saudável Que os Filhos Adoram — E Fala do Equilíbrio Que Só Agora Aprendeu a Aceitar

Jennifer Garner está oficialmente em modo Natal muito antes do calendário o permitir. A actriz, conhecida desde os tempos de Alias e eternizada em filmes como 13 Going on 30, confessou que, quando ainda faltavam duas semanas para o Thanksgiving, já tinha as luzes de Natal montadas e a casa pronta para a época festiva. É um ritual que leva muito a sério: toda a família reúne-se religiosamente para uma viagem de ski no Natal e, pelo que garante, há tanta comida caseira que ninguém sai de lá com frio ou com fome.

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Este ano, Garner está particularmente entusiasmada com a cozinha graças à parceria que fez com uma marca de electrodomésticos — e ao facto de ter tido a oportunidade de gravar um vídeo ao lado da mãe, Patricia, recriando a cozinha da sua infância. As duas aparecem a preparar os famosos “cowboy cookies”, tão grandes que, segundo a própria, “um cowboy conseguia fazer uma refeição inteira com um só”. Quando fala do vídeo, a actriz assume que se emocionou antes de entrar na chamada: “É tão doce… parece que me deram um presente.”

Garner descreve a mãe como alguém naturalmente carismático, divertida e impossível de não adorar — alguém que, segundo ela, até pode ser mais à vontade em frente às câmaras do que a própria filha. As duas partilham uma cumplicidade visível e Garner reconhece que a mãe continua a ser a sua maior fonte de inspiração, tanto no ecrã como na cozinha.

Quando chega a época das festas, Garner transforma-se numa verdadeira força culinária. Para o jantar de Natal, prepara sempre um boeuf bourguignon da receita de Ina Garten que toda a família disputa — ao ponto de ter de triplicar a receita para garantir sobras. Junta-lhe um pão de dez cereais, tirado directamente do livro The Bread Bible, e toda uma panóplia de iguarias caseiras que fazem parte do calendário interno da família: há dias de bagels, dias de muffins ingleses, dias de pão de canela… e a casa enche-se de sobrinhos e filhos a pedir: “O que é que há amanhã?”

Apesar de adorar doces festivos, Garner é também uma defensora assumida de alimentação saudável. É cofundadora da Once Upon a Farm, dedicada a comida orgânica para crianças, e tenta replicar em casa as lições que aprendeu com a mãe: comida feita do zero, ingredientes simples e o mínimo de açúcar possível. “É perfeitamente possível ter comida deliciosa sem açúcar adicionado”, explica. Muitas vezes reduz as quantidades, substitui o açúcar por ingredientes de digestão mais lenta ou elimina-o por completo. Para Garner, se algo é feito em casa, já está meio caminho andado para ser mais saudável — uma filosofia que herdou de Patricia, que fazia tudo: comida, roupa e uma infância completa dentro de uma cozinha sempre a borbulhar.

Mas a actriz também admite que a sua relação com o bem-estar mudou. Aos 53 anos, já não treina às quatro da manhã para encaixar o exercício antes das filmagens. Agora dorme — porque percebeu que, sem descanso, o corpo e a mente simplesmente não respondem. Há dias em que prefere uma hora extra de sono ao ginásio, e assume essa escolha sem culpa. “Se é para estar no set às quatro e meia da manhã, acordo às quatro. Mas não acordo às quatro só para treinar. Sinto a diferença no meu humor e no meu corpo.”

O que mais deseja é que os filhos levem consigo uma ideia equilibrada de alimentação e saúde — algo que não se resuma a regras rígidas, mas sim a sensações de bem-estar, gratidão e respeito pelo corpo. Considera-se uma mãe pragmática: quer que os filhos sejam saudáveis, sim, mas também quer que apreciem a criatividade e o conforto da comida. E sabe que eles crescerão e tomarão decisões sozinhos, tal como ela e as irmãs fizeram com os ensinamentos da mãe.

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A filosofia de Garner é simples e profundamente humana: criar tradições, cozinhar com amor, evitar excessos sem transformar a comida num campo minado emocional, e ensinar que equilíbrio não é perfeição — é continuidade. “A minha mãe deu-nos um começo tão saudável que nós continuámos isso para os nossos filhos. Só esperas que essa bondade continue a rolar.” E, pelo que parece, na família Garner, continua mesmo.

Paul Dano Junta-se ao Novo Thriller Psicológico de Florian Zeller — “Bunker” já é um dos filmes mais aguardados de 2026

Florian Zeller volta à realização com um dos projectos mais cobiçados do próximo ano, e o elenco acaba de ganhar mais um nome de peso: Paul Dano. O actor norte-americano, conhecido pelas suas interpretações intensas e quase sempre perturbadoras em filmes como There Will Be BloodThe Batman e The Fabelmans, integra agora o elenco principal de “Bunker”, o novo thriller psicológico do realizador francês que conquistou Hollywood com The Father e The Son.

Dano junta-se assim a um conjunto de actores que, por si só, já sustentava grande expectativa: Javier Bardem e Penélope Cruz lideram o elenco, acompanhados por Stephen Graham e Patrick Schwarzenegger, num projecto que promete explorar territórios emocionais e dramáticos característicos do cinema de Zeller. A produção encontra-se na segunda semana de filmagens e está a ser dividida entre Madrid e Londres.

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Com The Father, Zeller conduziu Anthony Hopkins a um Óscar e conquistou o prémio de Melhor Argumento Adaptado. Com The Son, levou Hugh Jackman a uma nomeação para Melhor Actor nos Globos de Ouro. Bunker surge assim como o passo natural de um cineasta que construiu, em apenas dois filmes, uma reputação de dirigir actores para performances profundamente transformadoras. A expectativa é, portanto, altíssima.

A história de Bunker acompanha a lenta desintegração de uma família quando um projecto misterioso — um bunker encomendado por um poderoso magnata tecnológico — começa a infiltrar-se nas suas vidas. Zeller volta a explorar o terreno onde melhor se movimenta: o colapso emocional, a fragilidade humana e a forma como ambientes opressivos podem deformar relações. O filme está a ser descrito, nos bastidores, como uma das grandes apostas de 2026.

Zeller não poupou elogios ao novo reforço do elenco. Disse estar “entusiasmado por receber Paul Dano”, sublinhando que desde Little Miss Sunshine até There Will Be Blood o actor demonstrou possuir “uma singularidade extraordinária — algo verdadeiramente único”. Para o realizador, Dano é “irremplacável”, o que deixa antever um papel exigente e, provavelmente, mais um mergulho profundo na mente de uma personagem fracturada.

A produção está a cargo da Blue Morning Pictures, integrada no grupo Mediawan, em coprodução com a MOD Producciones. FilmNation Entertainment assegura as vendas internacionais, enquanto a CAA Media Finance e a WME Independent tratam dos direitos nos Estados Unidos. O projecto conta ainda com um conjunto sólido de produtores e executivos, incluindo Federica Sainte-Rose, Fernando Bovaira, Simon de Santiago, Mariano Cohn e Gastón Duprat — estes últimos, aliás, fonte de inspiração directa para Zeller, que confessou ter encontrado influência decisiva no filme El hombre de al lado.

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A escolha de Paul Dano reforça a ideia de que Bunker está a ser construído como um thriller psicológico de grande densidade emocional, sustentado por interpretações fortes e uma atmosfera de crescente inquietação. É, em tudo, a zona de conforto de Zeller — e um território onde Dano se move com uma facilidade quase assustadora. Resta agora esperar para ver como este encontro entre um realizador de precisão cirúrgica e um actor de intensidade inesquecível irá moldar um dos filmes mais promissores do próximo ano.

Tom Cruise Recebe o Seu Primeiro Óscar — e Repete Duas Palavras Que Estão a Fascinar Hollywood

Tom Cruise esperou décadas para subir ao palco e receber um Óscar — e, quando finalmente o fez, não foi por um papel específico, mas por um prémio que celebra uma carreira inteira dedicada ao cinema. O actor de 62 anos recebeu o Óscar Honorário, atribuído pela Academia a figuras cuja contribuição para a arte cinematográfica é considerada excepcional. Um momento histórico, sobretudo porque Cruise, apesar do seu estatuto de superestrela global, nunca tinha sido distinguido pela Academia.

Mas o que verdadeiramente marcou a noite não foi o prémio, mas sim o discurso que se seguiu: dez minutos intensos, emocionados e, acima de tudo, repetidos vezes sem conta por espectadores que viram o vídeo no YouTube mais de 1,7 milhões de vezes. O motivo? Cruise repetiu a mesma expressão — “thank you” — mais de vinte vezes. E fê-lo com tal sinceridade que especialistas em liderança e psicologia já o destacam como um exemplo raro de inteligência emocional aplicada ao poder.

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Cruise abriu o discurso a agradecer ao realizador Alejandro Iñárritu, com quem está actualmente a trabalhar num novo filme ainda sem título. Depois, desviou o foco para os outros homenageados da noite: Debbie Allen, Wynn Thomas e Dolly Parton. O actor usou a maior parte do seu tempo a celebrar o trabalho de colegas, criadores e equipas que, segundo ele, formam o coração do cinema. Foi isso que impressionou tantos espectadores: um dos homens mais poderosos de Hollywood preferiu partilhar o holofote.

O que se tornou evidente à medida que Cruise continuava foi a forma como tratava a gratidão — não como formalidade, mas como acto. A cadência da palavra “obrigado”, repetida com o mesmo peso emocional desde o início até ao último minuto, transformou o discurso numa espécie de homenagem colectiva ao cinema e aos que o constroem. Cruise agradeceu aos artistas, argumentistas, realizadores, equipas técnicas, duplos, montadores, directores de fotografia, designers, exibidores e até aos proprietários de salas, sublinhando que sem eles, e sem o público, “nada disto teria significado”.

Num dos momentos mais inesperados, Cruise pede à audiência que se levante — não para o aplaudir, mas para que fossem reconhecidos todos aqueles com quem já tinha trabalhado ao longo da carreira. Metade da sala ergueu-se. Cruise, de mãos juntas, repetiu o seu mantra: “Thank you. Thank you. Thank you.” Para muitos, foi um gesto simples; para outros, um lembrete poderoso de que liderança também é saber reconhecer quem nos acompanha.

A psicologia organizacional tem vindo a reforçar esta ideia: expressar gratidão de forma autêntica contribui para criar ambientes mais saudáveis, aumenta a confiança e fortalece as relações hierárquicas. Estudos recentes demonstram que quando um líder agradece com genuinidade, a atitude espalha-se — primeiro pela equipa, depois pela cultura alargada da organização. Talvez por isso o discurso de Cruise tenha ecoado tanto dentro e fora de Hollywood.

Os comentários ao vídeo vão na mesma linha. Houve quem descrevesse o discurso como “um acto de classe”, sublinhando que Cruise dedicou metade do tempo a elogiar outros vencedores e o restante a valorizar quem constrói a indústria. Outro espectador escreveu: “Ele usou o discurso para elevar todos à sua volta — é a marca de um verdadeiro cavalheiro.” E houve ainda quem brincasse que o actor merecia um segundo Óscar, só pela forma como falou.

A apresentação do prémio ficou a cargo de Iñárritu, que fez o melhor resumo possível do fenómeno Cruise: “Todos os que já trabalharam com ele contam a mesma história. Ele agradece-te todas as manhãs. Exige excelência e dá-te coragem para a igualares. E sabe o teu nome.” Não é preciso muito mais para compreender a chave do seu impacto.

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No fim, a lição que fica do primeiro Óscar de Tom Cruise é estranhamente simples: dizer “obrigado” não diminui ninguém — pelo contrário, engrandece. Uma carreira com dezenas de filmes de acção, recordes de bilheteira e façanhas físicas aparentemente impossíveis acabou por destacar algo ainda mais raro: a humildade de um actor que retribui ao cinema tudo o que o cinema lhe deu. E que, depois de tantos anos, sabe que as duas palavras mais importantes da sua carreira continuam a ser as mesmas. Obrigado.

Kristen Stewart Incendeia a Internet ao “Arrasar” os Homens do Método: “Pobres actores masculinos…”

Kristen Stewart nunca foi famosa por meias-palavras — e a mais recente entrevista ao New York Times só reforça essa reputação. A actriz, que há muito deixou de ser apenas o rosto de Twilight para se transformar numa das vozes mais afiadas e irreverentes de Hollywood, lançou uma reflexão que está a deixar a internet ao rubro: a obsessão masculina pelo método, esse território sagrado do sofrimento performativo.

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O ponto de partida foi inesperado — Marlon Brando e a forma como decidiu pronunciar “Krypton” como “Kryp-tin” num dos filmes de Superman, uma pequena rebeldia para preservar o que considerava ser a sua “independência artística” num projecto mais comercial. Quando questionada sobre isso, Stewart não perdeu tempo: “Pobres actores masculinos. Deve ser tão doloroso.”

A provocação parece ligeira, mas abre caminho para uma crítica mais funda ao mito do “grande actor” que precisa de se torturar para alcançar a genialidade. Para Stewart, a aura de virilidade que envolve o método é, em si mesma, profundamente teatral — e profundamente masculina. “A performance é inerentemente vulnerável, portanto é embaraçosa e nada masculina. Não há bravura em admitir que és veículo para as ideias de outra pessoa”, argumenta. A actriz vai mais longe e questiona: “Já alguma vez ouviram falar de uma actriz que fosse ‘do método’?”

Stewart sugere que o método, tal como é romanticamente retratado, funciona quase como um ritual de reapropriação da masculinidade: o actor que, antes de chorar numa cena, precisa de fazer cinquenta flexões ou de se afirmar de algum modo para evitar o desconforto da vulnerabilidade. “É uma forma de protrair para fora a fragilidade, um bater no peito antes de ter de expor algo mais íntimo”, diz. E acrescenta que esta actuação exterior, este pequeno espectáculo de dureza, transforma a vulnerabilidade em truque de prestidigitação: a ideia de que o que o actor faz é tão extraordinário que só ele poderia fazê-lo.

A actriz considera isso revelador — e defensivo. Para si, a necessidade de reforço da identidade masculina antes da emoção é um sintoma de desconforto cultural com o acto genuíno de se expor. No fim, é quase como um escudo. Um escudo ruidoso.

Num momento particularmente revelador, Stewart conta que discutiu o assunto com um actor colega. Perguntou-lhe se alguma vez tinha conhecido uma actriz que precisasse de gritar, bater em paredes ou de entrar num estado alterado antes de filmar uma cena dramática. A reacção imediata? “Nem penses em mencionar isso.” E logo a seguir, a resposta clássica, quase automática: “Ah, as actrizes são loucas.” Stewart deixa a ironia no ar — o duplo padrão é tão óbvio que dispensa sublinhado.

A discussão desencadeada por Stewart toca em feridas antigas de Hollywood: a construção do génio masculino, a normalização do sofrimento como ferramenta artística e a distinção quase mística entre o trabalho de homens e mulheres no ecrã. Stewart, com a sua habitual franqueza e um humor que nunca resvala para o cínico, desmonta essa mitologia peça por peça.

Não se trata de negar o método como abordagem — afinal, ao longo das décadas, resultou em interpretações icónicas — mas de expor a forma como a cultura o envolveu numa aura masculina de dor, sacrifício e heroicidade que raramente é aplicada às mulheres, mesmo quando elas trabalham com igual profundidade emocional.

No fundo, o que Stewart parece dizer é simples: a vulnerabilidade é parte essencial da arte de representar, e não precisa de ser mascarada por rituais de testosterona ou declarações grandiosas. Se é para expor a alma, façamo-lo sem fanfarras.

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A reacção do público mostra que o tema ressoa — não apenas como curiosidade sobre o processo artístico, mas como espelho de questões mais amplas sobre género e expectativas culturais. E se há alguém que nunca teve medo de enfrentar o “elefante na sala”, esse alguém é Kristen Stewart.