Mel Brooks Faz 99 Anos: Os Melhores Filmes do Mestre da Comédia – Classificados do Menos ao Mais Genial

🎂 Mel Brooks chegou aos 99 anos! O mestre do humor irreverente, responsável por algumas das maiores comédias da história do cinema, celebra quase um século de vida (e gargalhadas). Para assinalar a data — e a recente confirmação de Spaceballs 2 — revisitamos os seus filmes mais icónicos e classificamo-los, do menos inspirado ao absolutamente intocável.

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10. A História do Mundo – Parte I (1981)

Brooks viaja do tempo das cavernas à Revolução Francesa, misturando piadas de “tio”, números musicais de mau gosto (no bom sentido) e sátira bíblica. Desigual, mas com momentos hilariantes — como o inusitado musical da Inquisição Espanhola. “It’s good to be the king!”

9. As Doze Cadeiras (1970)

Adaptado de um romance russo, segue a busca por um conjunto de cadeiras com jóias escondidas. Apesar do elenco cheio de energia (com o próprio Brooks e Ron Moody), falta-lhe o ritmo cómico a que o realizador nos habituou.

8. Robin Hood – Homem das Meias de Lycra (1993)

Paródia directa aos filmes de aventura e ao Robin dos Bosques de Kevin Costner, com Cary Elwes a comandar uma trupe de disparates. Algumas piadas acertam em cheio, outras voam como flechas desviadas.

7. Que Droga de Vida (1991)

Comédia sentimental onde Brooks troca a ribalta pelo papel de um magnata que aceita viver nas ruas durante um mês. Um flop comercial, mas que revela um coração generoso por trás da sátira social.

6. Filme Mudo / A última Loucura (1976)

Uma homenagem ao cinema mudo… sem uma única linha de diálogo (excepto um cameo de Mel Brooks absolutamente inesperado). Criativo, meta e com uma banda sonora brilhante.

5. Space Balls (1987)

O tempo já o tratou melhor do que os críticos da época. A paródia a Star Wars tem nomes como “Capitão Capacete” e “Yogurt” e consegue divertir com piadas metalinguísticas e humor nonsense. E sim, a sequela está em marcha!

4. Alta Ansiedade (1977)

Uma ode hilariante ao cinema de Alfred Hitchcock, com Brooks a interpretar um director de uma instituição mental para “os muito, muito nervosos”. Os pombos e a cena do duche são momentos clássicos.

3. Balbúrdia no Oeste (Blazing Saddles, 1974)

Uma sátira selvagem aos westerns clássicos, onde o humor absurdo se cruza com crítica social. Tem flatulências, Madeline Kahn a canalizar Marlene Dietrich e um xerife negro que toma a si próprio como refém. Simplesmente inesquecível.

2. Os Produtores (1967)

Estreia em grande de Brooks como realizador: um produtor decadente e um contabilista tentam enriquecer com o maior fracasso da Broadway… um musical sobre Hitler. O resultado? Um sucesso gloriosamente ofensivo, que virou musical da Broadway décadas depois.

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1. O Jovem Frankenstein (1974)

O cume do génio de Brooks. Esta carta de amor aos clássicos da Universal é filmada a preto e branco, com cenários originais, e interpretações perfeitas. Gene Wilder, Marty Feldman e Peter Boyle elevam o absurdo à categoria de arte. “Puttin’ on the Ritz”, o cérebro “Abby Normal” e o cego interpretado por Gene Hackman são momentos eternos da história do cinema.

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Matthew Goode Quis Fazer de Bond um Anti-Herói Trágico… e Não Voltou a Ser Chamado

Matthew Goode, conhecido pela sua elegância discreta e talento em dramas britânicos, esteve uma vez à beira do universo de James Bond — mas não passou da porta de entrada. Em entrevista ao podcast Happy Sad Confused, o actor britânico de 47 anos revelou que se reuniu com Barbara Broccoli, histórica produtora da saga 007, mas nem chegou a fazer uma audição. E a razão poderá estar na sua ousada visão do agente secreto mais famoso do cinema.

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“Barbara perguntou-me qual era a minha ideia para o Bond. E eu disse que era preciso regressar aos livros, fazer dele um alcoólico, um viciado em drogas, alguém que se odeia a si próprio e odeia mulheres. Um tipo brilhante a matar, mas em profunda dor”, contou Goode. “Ela ouviu-me e, basicamente, disse ‘mhm… próximo’”.

Segundo o actor, a ideia de transformar Bond num protagonista sombrio e dilacerado pela culpa não caiu bem. “Talvez devesse ter dito que ele também era incrivelmente charmoso”, ironizou.

Apesar de não ter convencido a produção, a visão de Goode não era tão distante da que acabou por se concretizar com Daniel Craig. O actor britânico trouxe uma abordagem mais crua e vulnerável à personagem ao longo de cinco filmes, entre 2006 e 2021, culminando no emocional No Time to Die. Goode reconheceu isso mesmo: “No fim de contas, o que eles conseguiram foi o Daniel Craig”.

Hoje, Matthew Goode continua ligado ao universo policial como o detetive Carl Mørck na série da Netflix Dept. Q, enquanto o futuro de Bond segue em remodelação. Com a saída de Craig e a recente confirmação de Denis Villeneuve (DuneArrival) como realizador do próximo capítulo, a expectativa é elevada. Villeneuve, um fã confesso da saga, já prometeu “honrar a tradição e abrir caminho para muitas novas missões”.

O novo Bond ainda não foi anunciado, mas nomes como Jonathan Bailey e Harrison Dickinson têm surgido como possibilidades. Denise Richards — a Dra. Christmas Jones em O Mundo Não Chega (1999) — também sugeriu o seu próprio marido, Aaron Phypers, para o papel. E Pierce Brosnan, o Bond dos anos 90 e início de 2000, considerou que é “um dado adquirido” que o próximo 007 deve ser britânico.

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Para já, resta-nos especular e esperar. Mas uma coisa é certa: se depender de Matthew Goode, 007 podia ter entrado numa espiral de autodestruição à la Dostoiévski — e quem sabe, talvez fosse um dos mais fascinantes Bonds de sempre.

Saltburn: Desejo, Privilégio e uma Espiral de Loucura na Alta Sociedade

O filme escandaloso de Emerald Fennell chega finalmente à televisão portuguesa

Preparem-se para perder a cabeça. Literalmente, se possível. Saltburn, o filme que incendiou os festivais, o X (ex-Twitter) e os salões da crítica internacional, estreia-se nos Canais TVCine este sábado, 28 de junho, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+. A realizadora Emerald Fennell, vencedora de um Óscar por Uma Miúda com Potencial (Promising Young Woman), volta a desconstruir os códigos da sociedade — desta vez com humor negro, decadência aristocrática e uma dose generosa de perversidade.

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Um verão, uma mansão e muitos segredos

A história gira em torno de Oliver Quick (Barry Keoghan), um estudante outsider de Oxford que, ao contrário dos seus colegas, não tem fortuna nem estatuto — apenas uma inteligência afiada e uma ambição silenciosa. Quando é convidado por Felix Catton (Jacob Elordi), um colega sedutor e herdeiro milionário, para passar o verão na propriedade da sua excêntrica família, Oliver mergulha num mundo de luxo, excentricidade e vícios muito bem disfarçados.

Saltburn — o nome da propriedade — transforma-se num palco de tensões sociais, fantasias reprimidas e manipulações subtis. Aquilo que parece ser apenas um conto de fadas com cocktails, campos de croquet e festas temáticas transforma-se rapidamente numa dança macabra entre desejo, inveja e poder.

Uma crítica mordaz embalada em estilo

Fennell volta a provar que sabe construir universos desconfortáveis com requinte estético e inteligência dramática. Saltburn é um verdadeiro banquete visual, onde cada plano parece saído de uma pintura barroca embebida em ácido. Mas não se deixem enganar pelo brilho: por trás da fachada aristocrática, a realizadora arranca, camada a camada, a hipocrisia das classes privilegiadas e o fascínio que exercem sobre quem vive fora dessas bolhas douradas.

O filme gerou furor nas redes sociais, com algumas cenas classificadas como “escandalosas” — e com razão. Mas o que verdadeiramente incomoda em Saltburn não é o choque fácil, é a maneira como o choque é usado para desmontar as ilusões do espectador. Esta é uma história de obsessão, de sedução e de autoengano, contada com humor negro e uma elegância venenosa.

Um elenco de luxo e duas estrelas a brilhar

Barry Keoghan entrega aqui uma das suas performances mais perturbantes e fascinantes — um misto de inocência e calculismo, vulnerabilidade e predador silencioso. Jacob Elordi, por sua vez, assume com naturalidade o papel do jovem rico encantador, mas sempre com uma sombra por detrás do sorriso. O elenco secundário é igualmente brilhante: Rosamund Pike como mãe fútil e espirituosa, Richard E. Grant como o patriarca boémio, e Carey Mulligan num papel breve mas memorável.

Uma estreia imperdível

Depois de ter gerado debate e fascínio no circuito internacional, Saltburn estreia finalmente em televisão portuguesa — e com toda a pompa e circunstância. Para quem gosta de filmes que não têm medo de provocar, que misturam sátira, erotismo, tensão psicológica e uma boa dose de loucura aristocrática, esta é uma estreia imperdível.

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Apareçam no Saltburn — mas não digam que não foram avisados. O verão pode ser longo… e letal.

📺 Estreia: sábado, 28 de junho, às 21h30, no TVCine Top e no TVCine+.

“Elio” Desilude nas Bilheteiras e Abala Estratégia de Originais da Pixar

Apesar dos elogios da crítica, o novo filme original da Pixar regista a pior estreia da história do estúdio. Peter Docter mantém-se firme na defesa de histórias originais, mas o futuro parece cada vez mais incerto.

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A Pixar tem atravessado tempos complicados. No meio de uma indústria cinematográfica ainda a recuperar dos efeitos da pandemia, e com o público cada vez mais rendido ao conforto das sequelas e universos partilhados, o estúdio da lâmpada tentou arriscar. Mas “Elio”, o seu mais recente filme original, não conseguiu conquistar o público — pelo menos, ainda não.

Com críticas bastante positivas (no Rotten Tomatoes soma mais de 80% de aprovação), “Elio” abriu nas bilheteiras com os piores resultados de sempre para um filme Pixar. Um verdadeiro balde de água fria para o estúdio que, nos últimos anos, tem feito questão de apostar em novas ideias, mesmo que o mercado continue a recompensar os velhos sucessos.

“Não queremos fazer o Toy Story 27”

O diretor criativo da Pixar, Peter Docter, esteve recentemente presente no Most Innovative Companies Summit da Fast Company e não escondeu as dificuldades de criar obras originais num mundo sedento de familiaridade. “Temos de descobrir o que as pessoas querem antes de elas saberem que querem”, disse Docter. “Porque se apenas lhes dermos mais do que já conhecem, estaríamos a fazer o Toy Story 27.”

Depois de Toy Story 4 (2019), a Pixar apostou forte em ideias novas com filmes como OnwardSoulLuca e Turning Red. Contudo, a pandemia arrasou qualquer hipótese de sucesso nas bilheteiras para esses títulos, que chegaram maioritariamente através do Disney+. O primeiro grande teste pós-COVID foi Elemental, que começou fraco mas acabou por recuperar o fôlego e ser considerado um sucesso tardio. Agora, esperava-se que Elio seguisse esse caminho… mas os sinais não são animadores.

Cinco anos de risco e incerteza

Docter revelou também que cada filme da Pixar leva em média cinco anos a ser desenvolvido, o que complica qualquer tentativa de antecipar tendências. “É um jogo imprevisível. E dá o mesmo trabalho fazer um filme que falha, do que um que é um sucesso.”

Esse tempo de maturação tem sido, historicamente, uma das maiores qualidades da Pixar — mas hoje é também um risco acrescido. A cultura pop muda de semana a semana, e acertar no tom e no tema certos, meia década depois, é um tiro no escuro.

E agora, Pixar?

Apesar deste tropeção com Elio, a Pixar não abdica da sua aposta nos filmes originais. “Hoppers”, com estreia prevista ainda este ano, é a próxima história inédita. Depois, regressam as sequelas com Toy Story 5, seguidas por Gatto (mais um original em 2026), e finalmente, Os Incríveis 3 e Coco 2.

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Ou seja, o estúdio de Up e Wall-E caminha agora numa corda bamba entre a segurança das marcas que o público já conhece e ama, e a vontade de continuar a inovar e surpreender. Mas se nem Elio conseguir encontrar o seu lugar ao sol, talvez seja mesmo o fim da era em que a Pixar ousava criar mundos do zero.

Depois do Wolf Man, A Nova Aposta da Blumhouse é… The Mummy.

O Realizador de Evil Dead Rise promete reinventar o ícone monstruoso numa versão “muito antiga e muito assustadora”

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A Blumhouse não se deixa abalar pelo fracasso de Wolf Man e já tem a próxima criatura pronta a sair do sarcófago. The Mummy, o novo filme de terror de Lee Cronin, acaba de concluir a rodagem — e promete ser tudo menos uma repetição das versões anteriores do famoso monstro.

O realizador de Evil Dead Rise publicou no Instagram uma imagem da sua cadeira de realizador com a legenda “All wrapped up”, numa brincadeira irónica com o facto de o próprio monstro estar… enrolado em ligaduras. A fotografia, tirada num cenário com aparência de tumba, indica que as filmagens chegaram ao fim após três meses intensos entre Irlanda e Espanha.

Uma múmia diferente de todas as que vimos antes

Anunciado em dezembro de 2024, The Mummy foi escrito e realizado por Lee Cronin e, desde o início, o cineasta tem insistido que não se trata de mais uma versão da múmia clássica de Hollywood. “Este será diferente de qualquer outro filme da Múmia que tenham visto antes”, garantiu. “Estou a escavar bem fundo para trazer algo muito antigo e muito assustador.”

O filme conta com Jack Reynor e Laia Costa como um casal que descobre forças sobrenaturais durante a exploração de uma tumba. A Blumhouse e a Atomic Monster assumem a produção, mas o filme será distribuído pela New Line Cinema através da Warner Bros., afastando-se assim do universo dos monstros clássicos da Universal, onde se inserem os filmes com Brendan Fraser ou o infame reboot com Tom Cruise.

Lição aprendida com Wolf Man

O timing do novo The Mummy é curioso: chega pouco depois de Wolf Man, outra aposta da Blumhouse no universo dos monstros, ter sido um fracasso crítico e comercial — arrecadou menos de 35 milhões de dólares, muito abaixo das expectativas para um filme com orçamento de 25 milhões.

A exceção à regra continua a ser The Invisible Man (2020), que demonstrou como estas figuras clássicas podem ser reinventadas com sucesso. Tudo indica que a nova versão de The Mummy seguirá essa linha, focando-se menos em ação e mais no terror puro, com uma atmosfera mais claustrofóbica e uma abordagem original ao mito.

A Blumhouse continua a apostar no terror

The Mummy será um dos dois grandes títulos de terror da New Line previstos para 2026. O outro é Evil Dead Burn, uma nova entrada na icónica saga Evil Dead, desta vez realizada por Sébastien Vaniček (Infested), com Souheila Yacoub (Dune: Parte Dois) como protagonista. Embora Lee Cronin não regresse à franquia que revitalizou com Evil Dead Rise, tudo indica que esta nova entrada terá liberdade criativa e um toque fresco, sem perder a alma da série original de Sam Raimi.

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Por agora, The Mummy está marcado para estrear a 17 de abril de 2026. Fica a pergunta: será que a Blumhouse encontrou finalmente a fórmula certa para ressuscitar os monstros clássicos.

Top Gun 3 Pode Ser o “Último Voo” de Tom Cruise como Maverick 🎖️

Realizador Joseph Kosinski levanta o véu sobre o futuro da saga e a despedida de uma lenda da aviação cinematográfica

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Depois de conquistar o mundo com Top Gun: Maverick, Tom Cruise está prestes a regressar ao cockpit… mas talvez pela última vez. O realizador Joseph Kosinski confirmou que Top Gun 3 já está em desenvolvimento e poderá marcar o derradeiro voo de Pete “Maverick” Mitchell. Segundo Kosinski, esta será a conclusão emocional da jornada de um dos personagens mais icónicos da história do cinema de ação.

Uma crise existencial a 30 mil pés

Em entrevista à British GQ, Kosinski adiantou que o novo capítulo da saga será centrado numa “crise existencial” para Maverick. “É uma questão existencial que o fará sentir-se pequeno”, revelou o realizador, sugerindo que, mais do que missões de alta voltagem, Top Gun 3 poderá explorar o envelhecimento, o legado e a mortalidade — temas raramente abordados neste tipo de blockbuster.

Apesar de Top Gun: Maverick já ter sido visto como um “filme de passagem de testemunho”, especialmente com o destaque dado a novos personagens como Rooster (Miles Teller) e Hangman (Glen Powell), Kosinski insiste que ainda há mais história para contar: “Há uma última viagem. Estamos a trabalhar nisso agora.”

Um adeus digno de um ás dos ares

Com Ehren Kruger — um dos argumentistas de Top Gun: Maverick — já confirmado no argumento da sequela, os criadores garantem que só avançarão com a produção se sentirem que a história é suficientemente forte. Christopher McQuarrie, também produtor e argumentista de longa data de Cruise, revelou no mês passado que a “estrutura” da história já está delineada.

Miles Teller e Glen Powell deverão regressar aos respetivos papéis, mantendo viva a ligação entre gerações. No entanto, é Tom Cruise que continua a ser o coração da franquia — e Top Gun 3 poderá muito bem ser o seu adeus definitivo ao papel que o catapultou para a fama em 1986.

Mais do que ação, uma despedida emocional?

Embora seja certo que Top Gun 3 trará novas sequências de voo de tirar o fôlego (e provavelmente novos brinquedos tecnológicos da Marinha americana), tudo indica que a narrativa vai apostar também num tom mais introspectivo e maduro — um território novo para a saga, mas coerente com a evolução de Maverick enquanto homem e mentor.

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Depois do estrondoso sucesso global de Top Gun: Maverick, que arrecadou mais de 1,4 mil milhões de dólares nas bilheteiras e se tornou um fenómeno intergeracional, as expectativas para este terceiro filme não podiam ser mais elevadas. Será Top Gun 3 o adeus perfeito para uma lenda dos céus?

Channing Tatum Vira Ladrão de Brinquedos e Coração de Kirsten Dunst em Roofman

Baseado numa história verídica, o novo filme de Derek Cianfrance mistura amor, crime e… noites a dormir na Toys “R” Us

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Depois do documentário Secret Mall Apartment, chega agora ao cinema outra história inacreditável mas verdadeira sobre alguém que viveu escondido… numa loja. Em Roofman, Channing Tatum dá vida a um fugitivo da prisão que se instala secretamente numa Toys “R” Us e, entre brinquedos e câmaras de segurança, acaba por se apaixonar por Kirsten Dunst. Realizado por Derek Cianfrance (Blue Valentine), o filme promete ser um dos mais peculiares e inesperados romances criminais do ano.

Um Robin dos Brinquedos

Inspirado na vida real de Jeffrey Manchester, um ex-militar americano que viveu durante meses escondido em grandes superfícies comerciais, Roofman mergulha no universo improvável de um criminoso com coração. No caso real — sim, isto aconteceu mesmo — Manchester escondeu-se durante seis meses numa Toys “R” Us e, antes disso, num Circuit City. A alcunha “Roofman” surgiu do seu método preferido de assalto: serrar os telhados para entrar discretamente em lojas, especialmente McDonald’s.

No filme, Tatum interpreta esse criminoso de forma carismática e tocante, dividido entre manter-se escondido para não ser recapturado ou arriscar tudo por amor. A sua paixão nasce de uma forma no mínimo invulgar: observando Kirsten Dunst através das câmaras de vigilância da loja. Quem disse que o cupido não opera por CCTV?

Peter Dinklage no modo “patrão tóxico”

O elenco secundário de Roofman é digno de destaque. Peter Dinklage rouba (literalmente) a cena como o chefe insuportável da personagem de Dunst, enquanto LaKeith Stanfield interpreta um cúmplice do protagonista. Juno Temple, Ben Mendelsohn, Melonie Diaz, Uzo Aduba, Lily Collias e Jimmy O. Yang completam um elenco de luxo para esta comédia romântica com toques de heist movie.

A banda sonora também merece aplausos: o trailer já deixa ouvir “Running Down a Dream”, de Tom Petty, que confere ao filme uma estética sulista e nostálgica, num cenário passado em Charlotte, na Carolina do Norte.

Quando estreia Roofman?

O filme chega às salas de cinema a 10 de outubro e promete ser um dos destaques do outono — seja pelo absurdo encantador da história, pelo charme de Tatum em modo ladrão romântico ou pela química com Kirsten Dunst.

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Numa época de super-heróis, sequelas e remakes, Roofman surge como uma lufada de ar fresco: uma história real, improvável e irresistível que nos faz acreditar que até no fundo de uma loja de brinquedos pode nascer uma história de amor.

“M3GAN 2.0” Divide Críticos e Chega aos Cinemas com Avaliação Inferior ao Primeiro Filme

A sequela do fenómeno de 2022 estreia com uma recepção mista… e menos terror do que o esperado

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Depois de ter surpreendido o mundo em 2022 com uma mistura certeira de terror, humor negro e inteligência artificial, M3GAN regressa com uma sequela muito antecipada. Mas os primeiros sinais críticos de M3GAN 2.0 não estão a corresponder ao sucesso do original. Com apenas 61% de aprovação no Rotten Tomatoes — longe dos impressionantes 93% do primeiro filme — a nova entrada da Blumhouse promete dividir tanto fãs como críticos.

Quando o robô de estimação ganha armas… e músculos

A premissa de M3GAN 2.0 leva a boneca andróide homicida a um novo nível: reconstruída com upgrades militares, a protagonista digital enfrenta agora um robô de combate alimentado com a própria tecnologia da M3GAN original. A acção sobe de intensidade, os cenários tornam-se mais futuristas, mas segundo vários críticos… o terror ficou pelo caminho.

O elenco volta a contar com Allison Williams, Violet McGraw, Amie Donald (responsável pela performance física de M3GAN) e Jenna Davis (voz da personagem), agora acompanhados por novos nomes como Ivanna Sakhno, Jemaine Clement e Aristotle Athari. Gerard Johnstone volta à cadeira de realizador, com argumento novamente escrito em colaboração com Akela Cooper.

Terror ou comédia de acção?

Apesar da antecipação e do pedigree da Blumhouse, as críticas iniciais revelam um filme com identidade trocada. A revista ScreenRant resume o sentimento de muitos ao afirmar que “o filme ainda faz rir, mas já não pertence ao género de terror”. E esta parece ser a crítica recorrente: M3GAN 2.0 tem piada, mas perdeu o fio ao horror.

Há quem compare o tom mais absurdo da sequela a títulos como Terminator 2 ou Evil Dead 2, abraçando o seu lado mais paródico. Mas outros apontam falhas graves de coerência narrativa, falta de tensão e uma aposta excessiva num estilo “polido” que elimina o charme desequilibrado do original.

O futuro de M3GAN… e da Blumhouse

Esta recepção dividida coloca um travão no entusiasmo em torno de uma possível franquia. A Blumhouse, que nos últimos anos tem tido uma série de sucessos (The Black PhoneM3GANFive Nights at Freddy’s), também viu estreias recentes como ImaginaryNight Swim e AfrAId afundarem-se tanto nas bilheteiras como na crítica.

Ainda assim, o fenómeno viral que foi M3GAN (com coreografias, memes e fandom fervoroso) poderá ser suficiente para atrair espectadores às salas — pelo menos os que estiverem prontos para trocar sustos por gargalhadas tecnológicas.

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Resta saber se M3GAN 2.0 será um novo capítulo digno ou apenas uma actualização cheia de bugs.


É Oficial: Denis Villeneuve Vai Realizar o Próximo Filme de James Bond

O cineasta de Dune e Blade Runner 2049 assume a saga do espião mais famoso do cinema

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Está confirmado: Denis Villeneuve será o realizador do próximo filme de James Bond. A notícia foi avançada esta quarta-feira pelos estúdios MGM da Amazon, marcando um novo e ambicioso capítulo na mais duradoura franquia de espionagem da história do cinema.

Villeneuve, realizador canadiano nomeado para o Óscar e aclamado por obras como SicarioArrivalBlade Runner 2049Dune e Dune: Parte Dois, assume assim o leme de uma das sagas mais icónicas da sétima arte. “Sou um fã incondicional de Bond. Para mim, é território sagrado. Pretendo honrar a tradição e abrir o caminho para muitas novas missões. É uma responsabilidade gigantesca”, afirmou o cineasta num comunicado.

Um novo ciclo para Bond

Este será o primeiro filme da saga produzido sob a alçada criativa da Amazon MGM Studios, que formou recentemente uma joint venture com os históricos detentores dos direitos da franquia, Michael G. Wilson e Barbara Broccoli.

Ainda não se sabe quem interpretará o espião britânico nesta nova fase da série. Daniel Craig, que vestiu o smoking de 007 entre Casino Royale (2006) e No Time to Die (2021), abandonou o papel após cinco filmes e quase 800 milhões de dólares arrecadados apenas no seu capítulo final.

Villeneuve e o peso da herança

A escolha de Villeneuve é, ao mesmo tempo, ousada e lógica. O cineasta é conhecido por trazer profundidade emocional, densidade temática e um visual arrebatador aos seus filmes. A sua abordagem cerebral ao género de ficção científica – que lhe valeu nomeações aos Óscares tanto por realização (Arrival, 2016) como argumento adaptado (Dune, 2021) – poderá representar um novo tom para Bond, mais introspectivo e contemporâneo.

A comparação com realizadores anteriores é inevitável: se Sam Mendes deu sofisticação a Skyfall e Spectre, Villeneuve poderá aprofundar ainda mais o legado psicológico do agente secreto, equilibrando acção, mistério e inquietação existencial. E tudo isto sem abdicar da tradição: gadgets, vilões carismáticos e sequências de acção de cortar a respiração.

Produção de peso

A nova entrada na série Bond terá produção de Amy Pascal (Spider-Man: No Way Home) e David Heyman (Harry PotterOnce Upon a Time in Hollywood), reforçando a promessa de um projecto à escala épica.

O anúncio surge num momento de transição para a indústria cinematográfica, com os grandes estúdios a apostarem cada vez mais em propriedades intelectuais consolidadas. A escolha de Villeneuve, um realizador autoral com mão firme e visão estética ímpar, poderá redefinir o espião britânico para uma nova geração.

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A data de estreia ainda não foi anunciada — nem o actor que irá interpretar Bond —, mas uma coisa é certa: com Villeneuve ao comando, o mundo de 007 prepara-se para abanar.

Lea Massari: Morreu a Musa de Antonioni e Louis Malle

A actriz italiana que conquistou França e o cinema europeu partiu aos 91 anos

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Lea Massari, uma das presenças mais magnéticas e discretas do cinema europeu, morreu aos 91 anos, anunciou esta quarta-feira o governo italiano. A actriz, cujo verdadeiro nome era Anna Maria Massatani, deixou uma marca indelével no cinema de autor, sobretudo nas décadas de 1960 e 1970, ao participar em obras-primas como A Aventura, de Michelangelo Antonioni, ou Sopro no Coração, de Louis Malle.

Nascida em Roma a 30 de Junho de 1933, Lea Massari viria a tornar-se um dos rostos mais emblemáticos da Nouvelle Vague italiana e francesa. Tinha uma beleza serena, uma voz inconfundível e uma presença capaz de roubar o ecrã mesmo quando o argumento lho negava. Morreu na passada segunda-feira, em Roma, e foi sepultada no dia seguinte em Sutri, a norte da capital, segundo avança o jornal Il Messaggero.

A musa de Antonioni

O seu papel em A Aventura (1960), de Antonioni, foi o que verdadeiramente a lançou para o estrelato. No filme, interpreta Anna, a jovem que desaparece misteriosamente numa ilha durante uma excursão, e cujo súbito apagamento da narrativa é um dos pontos de viragem mais ousados da história do cinema moderno. Ao lado de Monica Vitti, Lea Massari tornou-se um símbolo da modernidade cinematográfica italiana, num filme que desafiou convenções e confundiu audiências, ao mesmo tempo que antecipava os tempos da alienação emocional e existencial.

De Itália para França

Apesar de profundamente ligada ao cinema italiano, a actriz teve também uma sólida carreira em França, onde se tornou uma presença regular em filmes de autores como Louis Malle (Sopro no Coração, 1971), Henri Verneuil (Medo Sobre a Cidade, 1975) ou Chantal Akerman (Os Encontros de Anna, 1978).

Trabalhou com Alain Delon em dois filmes — O Indomável (1964) e Outono Escaldante (1972) — e participou em títulos como O Colosso de Rodes (1961), de Sergio Leone, Que Viva a Revolução! (1974), dos irmãos Taviani, e Cristo Parou em Eboli (1979), de Francesco Rosi.

Reconhecimento e despedida

Lea Massari foi distinguida nos David di Donatello com um prémio especial pelas suas interpretações em Uma Vida Difícil (1961), de Dino Risi, e Os Sonhos Morrem ao Amanhecer (1961), um trabalho colectivo de Mario Craveri, Enrico Gras e Indro Montanelli.

O seu último filme foi Viaggio d’amore (1990). Desde então, afastou-se discretamente dos holofotes, mantendo a elegância e reserva que sempre a caracterizaram. A secretária da Cultura italiana, Lucia Borgonzoni, lamentou a sua morte, homenageando “uma actriz de magnetismo irresistível e talento deslumbrante”.

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Lea Massari deixa-nos, mas o seu rosto — tantas vezes em silêncio, tantas vezes em sombra — continuará a habitar as paisagens do cinema europeu como um enigma por decifrar. E talvez seja essa a sua maior herança: a de ter tornado o mistério humano numa arte.

Dakota Johnson e Adria Arjona em “Splitsville”: Comédia Selvagem Sobre Casamentos Abertos Chega com Trailer Promissor

💔💥 Alerta de drama conjugal com muito humor (e alguma pancadaria emocional à mistura)! Dakota Johnson e Adria Arjona protagonizam Splitsville, a nova comédia da Neon que explora as alegrias e desastres dos casamentos abertos — e promete virar do avesso o conceito de “relações modernas”.

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No trailer divulgado a 23 de junho, conhecemos duas personagens em momentos bem diferentes da vida conjugal: Ashley (Arjona) confessa ao marido Carey (Kyle Marvin) que quer o divórcio… e que o traiu. Ferido e desnorteado, Carey recorre aos amigos Julie (Johnson) e Paul (Michael Angelo Covino) em busca de conselhos — e é então que descobre o segredo da suposta felicidade conjugal do casal: um casamento aberto.

Amizades em risco, camas partilhadas e caos garantido

Claro que nada corre bem. Depois de se envolver com Julie, Carey gera um curto-circuito emocional que põe em risco todas as relações — amorosas e de amizade. O trailer deixa antever discussões acaloradas, acidentes de carro e até umas quantas cenas de pancadaria (comédia física ao estilo The Climb).

A sinopse oficial confirma o tom: “Depois de Ashley pedir o divórcio, o bem-intencionado Carey recorre aos seus amigos Julie e Paul em busca de apoio. Fica chocado ao descobrir que o segredo da felicidade deles é um casamento aberto — até que cruza a linha e atira todas as relações para o caos.”

O elenco conta ainda com Nicholas Braun (Succession), David Castañeda (The Umbrella Academy) e O-T Fagbenle (The Handmaid’s Tale), numa comédia que promete equilibrar ternura, ironia e momentos genuinamente hilariantes sobre o amor (e os limites da modernidade emocional).

A dupla Covino & Marvin volta à carga

Splitsville marca o regresso da dupla Michael Angelo Covino e Kyle Marvin como argumentistas e protagonistas, depois do sucesso indie The Climb (2019). A química disfuncional entre os dois parece intacta, agora com a ajuda de duas protagonistas de peso — Adria Arjona, que regressa ao cinema após a série Andor, e Dakota Johnson, que vive um ano especialmente romântico, depois da estreia de Materialists em junho.

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Com estreia mundial em Cannes, Splitsville promete ser uma comédia dramática onde as emoções correm soltas, as regras conjugais são quebradas e a honestidade brutal pode ser o pior (ou melhor?) dos remédios.

A não perder se gosta de: Marriage StoryYou Hurt My FeelingsFriends With Kids, ou se simplesmente quer ver Dakota Johnson a atirar-se a uma relação (ou duas) com o charme desajeitado que já lhe é característico.

“Five Nights At Freddy’s – O Filme” Assombra os Canais TVCine com Estreia Imperdível

Preparem-se para uma noite de terror em frente ao ecrã, porque o fenómeno global Five Nights At Freddy’s está prestes a chegar aos Canais TVCine. A adaptação cinematográfica do icónico jogo de terror estreia-se esta sexta-feira, 27 de junho, às 21h30 no TVCine Top — e será depois disponibilizada no TVCine+ para sustos em diferido.

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Preparem-se para uma noite de terror em frente ao ecrã, porque o fenómeno global Five Nights At Freddy’s está prestes a chegar aos Canais TVCine. A adaptação cinematográfica do icónico jogo de terror estreia-se esta sexta-feira, 27 de junho, às 21h30 no TVCine Top — e será depois disponibilizada no TVCine+ para sustos em diferido.

O filme, com selo da Blumhouse (a produtora responsável por sucessos como M3GAN e The Black Phone), foi um autêntico terramoto nas bilheteiras: só no primeiro fim de semana arrecadou 130 milhões de dólares a nível mundial, tornando-se instantaneamente num dos maiores êxitos do cinema de terror da década. Um feito notável para uma obra baseada num jogo de computador criado em 2014 por Scott Cawthon.

Uma história de pesadelo (literalmente)

Em Five Nights At Freddy’s: O Filme, seguimos Mike (interpretado por Josh Hutcherson), um jovem perturbado que aceita o emprego de segurança noturno no restaurante Freddy Fazbear’s Pizza — um espaço há muito encerrado e envolto em rumores sinistros. Acontece que, durante a noite, os animatrónicos do restaurante parecem ter vida própria… e intenções assassinas. O que começa como um simples turno noturno rapidamente se transforma numa luta aterradora pela sobrevivência.

O elenco conta ainda com Matthew Lillard (Scream), Elizabeth Lail (You), Piper Rubio e Mary Stuart Masterson. A realização está a cargo de Emma Tammi, que conduz esta descida ao inferno com atmosfera densa e tensão crescente, fiel ao espírito do jogo original.

Terror para toda uma geração

Five Nights At Freddy’s é mais do que um filme: é um fenómeno geracional. O jogo original captou a imaginação (e os gritos) de milhões, com a sua premissa simples mas altamente eficaz: sobreviver cinco noites num local assombrado por bonecos animatrónicos assassinos. A adaptação para o grande ecrã mantém o ADN do jogo, mas oferece uma narrativa mais rica, expandindo o universo de Freddy Fazbear com novos sustos e revelações.

Para os fãs do jogo, é uma oportunidade de ver os seus pesadelos favoritos ganharem vida com efeitos práticos impressionantes e cenários arrepios na espinha. Para os que chegam agora ao universo de Freddy’s… boa sorte.

Marcação obrigatória com o medo

A não perder: Five Nights At Freddy’s: O Filme, dia 27 de junho, sexta-feira, às 21h30 no TVCine Top. Depois, disponível no TVCine+, para que ninguém escape ao susto. Recomendado para quem gosta de terror, nostalgia de videojogos… ou precisa de um bom motivo para deixar a luz acesa durante a noite.

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📺 Estreia: 27 de junho | 21h30 | TVCine Top

“F1 – O Filme”: Brad Pitt a 300 à hora numa corrida patrocinada pela Apple

🎬 Crítica ao blockbuster mais veloz (e descaradamente publicitário) do verão

Logo nos primeiros segundos de F1 – O Filme, antes de ouvirmos uma única linha de diálogo, a câmara foca… uns AirPods Max. Sim, aqueles auscultadores da Apple que custam mais de 500 euros e que, segundo o filme, são tão confortáveis que permitem dormir a noite inteira com eles antes de se partir para uma jornada de corridas alucinantes.

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Se esta introdução soa como publicidade descarada, é porque é mesmo. A nova mega-produção protagonizada por Brad Pitt e realizada por Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick) é uma carta de amor à Fórmula 1… e à Apple. Produzido pelo próprio Pitt e por Lewis Hamilton (lenda da F1), F1 – O Filme é também o primeiro grande teste da Apple aos blockbusters de verão para cinema.

Mas sejamos justos: apesar de todo o product placement e espírito corporativo, o filme é um deleite para os sentidos e um dos melhores filmes de corridas de sempre.

Brad Pitt no volante da nostalgia

A história não vai ganhar o Óscar de originalidade. Brad Pitt é Sonny Hayes, uma lenda caída da Fórmula 1 recrutada por um velho amigo (Javier Bardem) para salvar uma equipa em decadência. Pelo caminho, há confrontos com um colega mais novo e vaidoso (Damson Idris), reconciliações com o passado e, claro, aquela pontinha de romance previsível.

Sim, já vimos este filme. Mas isso não impede F1 – O Filme de ser absolutamente emocionante, especialmente nas cenas de corrida. Kosinski recorre a tecnologia de ponta – incluindo sensores de iPhone, chips da Apple e câmaras Sony 6K ainda não lançadas – para colocar o espectador dentro dos carros. A sensação de velocidade, o som dos motores, a vibração dos pneus no asfalto… tudo contribui para um realismo raro.

A acção é o motor. E que motor!

A fórmula repete-se: um herói com algo a provar, uma equipa desfeita à espera de salvação, e uma realização milimétrica que acelera o coração do espectador. As sequências de corrida, em particular, são filmadas com tal precisão e fluidez que se torna quase impossível não prender a respiração. E se a história não tem grande profundidade, a experiência sensorial compensa com sobras.

F1 é apresentado integralmente no formato IMAX 1.90:1, o que oferece uma visão imersiva contínua – ao contrário de outros filmes que alternam formatos. Visto no grande ecrã, especialmente em IMAX, é pura adrenalina cinematográfica.

Publicidade? Sim. E então?

É impossível ignorar o lado promocional. Desde os AirPods Max à obsessão em mostrar o lado glamoroso da Fórmula 1, o filme funciona também como uma montra de produtos e valores associados. Há até uma cena em que os preciosos auscultadores quase tocam na água de um banho de gelo – mas só quase. A Apple não quer acidentes, nem nos filmes.

Ainda assim, F1 – O Filme sabe o que é: um espectáculo ruidoso, veloz e tecnicamente irrepreensível. Não é Rush de Ron Howard nem Le Mans ’66, mas também não quer ser. Tal como Top Gun: Maverick, quer apenas pôr-nos a vibrar com velocidade, máquinas e um herói carismático. E nisso, é um sucesso total.

Há filmes desportivos que exploram a condição humana, como Chariots of Fire. Outros são dramas de personagem, como Rocky. E depois há F1 – O Filme, onde “carro faz vruuum”… e faz muito bem. Brad Pitt pode já não ser um miúdo, mas continua a acelerar como ninguém.

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Pedro Pascal responde às críticas sobre ser o novo Mister Fantastic: “Ele precisa de fazer a barba…”

Pedro Pascal sabe que nem todos os fãs ficaram convencidos com a sua escolha como Reed Richards no novo The Fantastic Four: First Steps — e decidiu não ignorar as críticas.

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O ator chileno-americano, um dos mais requisitados de Hollywood na actualidade, estreia-se no Universo Cinematográfico da Marvel como o carismático cientista elástico, mas admite que nunca sentiu tanta resistência a um papel como agora.

“Estou mais consciente do desagrado em relação ao meu casting do que em qualquer outra coisa que já fiz. ‘Ele é demasiado velho. Não é o certo. Ele precisa de fazer a barba’”, revelou à Vanity Fair.

Corações, Avengers e… críticas

Apesar da recepção mista, Pascal garante que está a investir tudo no novo projecto.

“Estamos a pôr os nossos corações num prato dentro deste género. Nunca sabes se as pessoas vão ficar comovidas ou enojadas com isso.”

Entre os fãs mais ruidosos, há quem questione a idade de Pascal (49 anos) para interpretar um Reed Richards num universo onde a juventude e o carisma visual são frequentemente exaltados. Outros limitam-se a comentar detalhes estéticos: “Ele precisa de fazer a barba” tornou-se meme nas redes sociais.

Ainda assim, Pedro Pascal está longe de estar sozinho. Segundo revela, tem encontrado apoio em pesos pesados da Marvel como Robert Downey Jr., que o recebeu de braços abertos.

“Ele é imediatamente generoso e acolhedor. Faz-te sentir que podes ter medo, fome ou dúvidas.”

Avenger… ou não?

Curiosamente, Pascal foi visto a caminho de um “dia de trabalhos de casa” na casa de Downey Jr., onde se reuniu com o elenco de Avengers: Doomsday. O ator volta a interpretar Mister Fantastic nesse filme, o que levanta a inevitável pergunta: será ele agora um Vingador?

“Não sei, não sei”, respondeu com uma gargalhada. “Vamos antes voltar a falar de morte e suicídio, em vez dos Avengers!”

Uma polémica que não desaparece

A entrevista também tocou no recente atrito com J.K. Rowling. Pascal criticou publicamente a autora de Harry Potterdepois de esta ter celebrado a decisão do Supremo Tribunal do Reino Unido que restringe a definição legal de mulher ao sexo biológico. Descreveu a postura de Rowling como “um comportamento de perdedora horrível”.

“Pergunto-me: estou a ajudar? Estou realmente a ajudar? Esta é uma situação que exige elegância, para que algo mude e as pessoas possam ser protegidas. Mas os bullies deixam-me absolutamente doente”, disse Pascal.

Rowling respondeu com insinuações, partilhando um vídeo em que Pascal toca na mão da colega Vanessa Kirby durante um painel da Marvel. Sugeriu, de forma implícita, que o ator teria sido “presunçoso” com ela. Vanessa Kirby reagiu com firmeza, explicando:

“Estávamos nervosos antes de entrar em palco. Ele segurou na minha mão para me dar força, e eu agradeci. Foi um gesto bonito.”

A responsabilidade de ser Reed Richards

Entre polémicas, dúvidas e apoios, uma coisa é certa: The Fantastic Four: First Steps será um dos filmes mais esperados da nova fase da Marvel. Pascal lidera um elenco que inclui Vanessa Kirby como Sue Storm, Ebon Moss-Bachrach como Ben Grimm e Joseph Quinn como Johnny Storm.

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E, com o destino do universo em risco, Reed Richards poderá ser a chave para enfrentar o temido Doutor Destino — desta vez, interpretado por… Robert Downey Jr.

Sim, leu bem.

Dois Procuradores: Janus Films adquire os direitos do drama ucraniano premiado em Cannes

🎬 Um retrato denso e perturbador da repressão soviética que promete agitar o circuito de cinema independente norte-americano

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O thriller histórico Dois Procuradores (Two Prosecutors), realizado pelo ucraniano Sergei Loznitsa e apresentado na Competição Oficial do Festival de Cannes 2025, foi adquirido pela distribuidora Janus Films para os direitos de exibição na América do Norte.

A longa-metragem, ambientada na União Soviética de 1937 durante o auge do Grande Expurgo estalinista, acompanha um recém-formado em Direito que, ao assumir o cargo de procurador, decide enfrentar a corrupção do sistema… e paga caro pela ousadia. Baseado numa novela do cientista e dissidente soviético Georgy Demidov — ele próprio prisioneiro político —, o filme mergulha nos horrores burocráticos e morais de um regime totalitário.

Em Cannes, Dois Procuradores arrecadou o Prémio François Chalais, distinção atribuída a obras que melhor retratam os valores do jornalismo e da dignidade humana.

Uma realização meticulosa e um ambiente opressivo

Descrito pelo crítico Jordan Mintzer, do The Hollywood Reporter, como “meticulosamente realizado e magistralmente interpretado”, o filme foi particularmente elogiado pelo seu ambiente claustrofóbico, fiel ao terror psicológico vivido sob o regime de Estaline.

No elenco destacam-se Aleksandr Kuznetsov, Alexander Filippenko, Anatoli Beliy, Andris Keišs e Vytautas Kaniušonis — rostos fortes para um drama onde a tensão política e moral é levada ao extremo.

O realizador Sergei Loznitsa comentou a aquisição:

“Estou orgulhoso por confiar o meu mais recente filme à Janus e entusiasmado por trabalhar com eles pela primeira vez. Tenho plena confiança de que darão ao filme o lançamento impactante que merece na América do Norte.”

Por seu lado, a Janus Films sublinhou a importância contemporânea do projeto:

“Com Dois Procuradores, Sergei criou um thriller meticuloso e assombroso, enraizado nos horrores do passado, mas de uma ressonância arrepiante com as realidades políticas de hoje.”

Um novo capítulo para Janus Films

Este é mais um título de prestígio a juntar-se ao catálogo da distribuidora, que já lançou nos EUA filmes como Drive My Car, de Ryusuke Hamaguchi (vencedor do Óscar de Melhor Filme Internacional), e este ano os aguardados Misericórdia, de Alain Guiraudie, The Shrouds, de David Cronenberg, e Caught by the Tides, de Jia Zhangke.

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Para além de Dois Procuradores, a Janus Films também adquiriu outros destaques de Cannes 2025, como Ressurreição, de Bi Gan (Prémio do Júri), o épico histórico Magalhães, de Lav Diaz, e O Amor que Resta, de Hlynur Pálmason.

A data de estreia de Dois Procuradores nos cinemas portugueses ainda não é conhecida, mas o seu percurso internacional — e o seu potencial impacto no circuito de prémios — fazem deste um título a acompanhar de perto.

É Oficial (Mesmo Que Ele Finja Que Não): Jake Schreier Vai Realizar o Novo Filme dos X-Men

🎬 Depois de anos de rumores e especulações, o futuro cinematográfico dos X-Men no Universo Cinematográfico da Marvel começa finalmente a ganhar forma — e já tem realizador… mesmo que ele ainda não o admita.

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A confirmação chegou da forma mais insólita possível: Ryan Coogler, o prestigiado realizador de Black Panther, deixou escapar a revelação numa entrevista informal ao Metro Entertainment. Quando questionado se estaria ligado ao novo projeto dos mutantes, Coogler respondeu com descontracção:

“Não, não sou eu. O Jake é que está a realizar isso.”

Jake, neste caso, é Jake Schreier, realizador de Thunderbolts, outro dos projetos do MCU em desenvolvimento. E para que não restem dúvidas, o site io9 contactou a Marvel, que confirmou oficialmente: Jake Schreier é mesmo o realizador do novo X-Men.

“Se estivesse, não poderia dizer…”

A ironia? Schreier recusa-se a confirmar… pelo menos por enquanto.

Durante a sua presença num festival de cinema em Malta, foi confrontado com a pergunta diretamente. A resposta foi evasiva:

“Mesmo que estivesse confirmado, não acho que me deixassem responder a essa pergunta.”

Mas a máscara já caiu. E a Marvel não tem o hábito de deixar confirmações escaparem por acidente, muito menos em entrevistas de bastidores. A verdade é que, salvo reviravolta de última hora, o novo capítulo dos mutantes será mesmo entregue a Jake Schreier.

O que esperar do novo 

X-Men

?

Neste momento, a produção ainda está longe de começar. A Marvel está atualmente focada em Avengers: Doomsday, com estreia marcada para dezembro de 2025, e não terá um grande painel na San Diego Comic-Con este ano, o que significa que mais novidades sobre os X-Men podem demorar.

O que se sabe, porém, é que a Marvel quer reinventar a saga dos mutantes para uma nova geração de fãs, agora já plenamente integrada no MCU. E Schreier, apesar de relativamente desconhecido do grande público, já provou com Thunderbolts que sabe lidar com grupos de anti-heróis — o que o torna uma escolha coerente.

Além disso, na mesma entrevista, Schreier revelou que o que mais o entusiasma nos projetos é a construção das personagens e a colaboração com bons argumentistas. Se isso significar uma abordagem mais íntima e menos genérica à saga dos mutantes, então os fãs têm razões para ter esperança.

Um longo caminho até Xavier voltar ao ecrã

Com os X-Men a regressarem aos cinemas pela mão da Marvel Studios, a fasquia está alta. Não só pela memória dos filmes da Fox — que variaram entre o brilhante (X2Logan) e o desastroso (Dark Phoenix) — mas também pela promessa de integração com o universo de personagens já estabelecidas, como os Vingadores, Deadpool ou até o novo Fantastic Four.

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Para já, sabemos que Jake Schreier está ao leme. E, mesmo que ele ainda finja que não… está tudo confirmado.

“Blade” Continua no Limbo: Nem Mahershala Ali Sabe o que se Passa com o Filme da Marvel

Anunciado com pompa em 2019, o novo filme de Blade continua sem data de estreia, sem realizador fixo e, ao que parece, sem rumo. Nem o próprio Mahershala Ali sabe quando — ou se — irá empunhar a espada.

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Em julho de 2019, a Marvel terminou a apresentação da sua ambiciosa Fase 4 com um momento bombástico na Comic-Con de San Diego: Mahershala Ali, vencedor de dois Óscares, surgia no palco com um boné de Blade, confirmando-se como o novo intérprete de Eric Brooks, o caçador de vampiros meio-humano, meio-creatura da noite.

Cinco anos depois, o filme continua sem sair da gaveta.

“Gostava que acontecesse… mas não sei em que ponto está a Marvel”

Em declarações recentes à The Hollywood Reporter durante a antestreia do seu novo filme Mundo Jurássico: Renascimento, Mahershala Ali foi claro quanto ao estado atual do projeto: não sabe absolutamente nada.

“Estou a levar um dia de cada vez. Estou a fazer o melhor trabalho que posso. Gostava que o Blade acontecesse, mas não sei em que ponto está agora a Marvel”, confessou o ator, que se tem mantido discretamente associado ao papel desde 2019.

À Variety, foi ainda mais sucinto e direto:

“Estou pronto. Digam-lhes que estou pronto.”

Apesar do entusiasmo contínuo de Ali, a realidade é que o filme passou por um percurso atribulado: dois realizadores abandonaram o projeto, seis argumentistas estiveram ligados à produção, e as sucessivas greves em Hollywood em 2023, aliadas à nova política da Disney de “menos quantidade, mais qualidade”, empurraram Blade para fora de todos os calendários de estreia.

De destaque a incógnita

Quando foi anunciado, Blade era para ser um dos pilares de uma nova fase do Universo Cinematográfico da Marvel, integrando-se numa linha narrativa mais sombria e madura, com personagens sobrenaturais e tramas mais violentas. Chegou a ter datas marcadas: 3 de novembro de 2023, depois 6 de setembro de 2024, e mais recentemente 7 de novembro de 2025.

Neste momento, o projeto nem sequer figura no calendário oficial do estúdio. É o único título apresentado na Comic-Con de 2019 que ainda não entrou em fase de rodagem.

Entretanto, Mahershala Ali teve apenas uma breve participação vocal numa cena pós-créditos de Eternals (2021), onde se ouviu a voz de Blade pela primeira (e única) vez. À parte disso, o ator continua à espera — e a preencher o tempo com outros papéis. No filme Your Mother Your Mother Your Mother, por exemplo, revelou ter conseguido saciar o “apetite por cenas de ação”, embora sem o sabor especial do caçador de vampiros.

O legado de Blade… e a sombra de Wesley Snipes

Blade já tem uma história longa no cinema. Wesley Snipes interpretou o personagem em três filmes entre 1998 e 2004, antecipando em anos o boom de adaptações de super-heróis que se seguiria com a Marvel Studios. Snipes até regressou este ano para uma participação especial em Deadpool & Wolverine, como homenagem ao legado do personagem.

Ali, por seu lado, é um ator de prestígio, com Oscars por Moonlight e Green Book, e a sua escolha para o papel foi vista como um trunfo de peso. Mas passados cinco anos, a promessa está por cumprir.

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O que se passa dentro da Marvel permanece um mistério — até para os seus próprios protagonistas.

Tom Cruise e Brad Pitt reencontram-se em Londres… três décadas depois de Entrevista com o Vampiro

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Trinta e um anos após o tenso encontro em Entrevista com o Vampiro, Tom Cruise e Brad Pitt voltam a aparecer juntos em público, desta vez na antestreia europeia de F1 – O Filme.

Foi um momento inesperado e simbólico para os fãs de cinema: Tom Cruise e Brad Pitt, que partilharam o ecrã em Entrevista com o Vampiro (1994), reencontraram-se esta segunda-feira na antestreia europeia de F1 – O Filme, em Londres. O novo filme protagonizado por Brad Pitt e realizado por Joseph Kosinski, com produção de Jerry Bruckheimer, junta nomes que também estiveram envolvidos em Top Gun: Maverick, de Cruise.

Cruise, cuja presença não tinha sido anunciada, surpreendeu ao aparecer no evento e posar com Pitt, Kosinski, Bruckheimer e o CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali. Num vídeo amplamente divulgado nas redes sociais, os dois atores surgem a conversar de forma calorosa, trocando sorrisos, palavras e até abraços, num clima bem mais amistoso do que aquele que marcou a única colaboração cinematográfica que tiveram.

“Grande noite no cinema com os meus amigos. Vocês arrasaram!”, escreveu Cruise no X (antigo Twitter), celebrando o momento.

Recordar Entrevista com o Vampiro: um clássico e um conflito

A relação entre os dois astros de Hollywood nem sempre foi pacífica. A adaptação do romance gótico de Anne Rice, realizada por Neil Jordan, foi marcada por fricções nos bastidores. Enquanto Cruise interpretava o vampiro carismático Lestat, Pitt assumia o papel de Louis, o protagonista atormentado.

Durante anos, circularam relatos de tensões no set. O próprio Pitt confessou o desconforto com a escolha de Cruise para o papel de Lestat e descreveu a dinâmica entre os dois com a frase que se tornou célebre: “Ele é o Polo Norte, eu sou o Polo Sul”. Acrescentou ainda que havia “uma competição latente que atrapalhava qualquer conversa a sério”.

O realizador Neil Jordan confirmou publicamente que Pitt torceu o nariz à escolha de Cruise. E, apesar das tentativas de ambos em minimizar publicamente o distanciamento, uma fonte citada pela revista Closer em 2024 referia que “não se suportam” e que “há um motivo para não trabalharem juntos há 30 anos”.

Um reencontro… e uma oportunidade perdida

A recente antestreia de F1 – O Filme marca assim não só um reencontro simbólico, mas também um possível reatar de relações profissionais que esteve quase a acontecer. O realizador Joseph Kosinski revelou há pouco tempo que tentou juntar Pitt e Cruise numa versão anterior de Le Mans ’66: O Duelo, filme que acabaria por estrear em 2019 realizado por James Mangold, com Matt Damon e Christian Bale nos papéis principais.

Segundo Kosinski, o projeto com Cruise e Pitt não avançou devido a limitações orçamentais. Ainda assim, a intenção esteve em cima da mesa, mostrando que o regresso da dupla não era totalmente impensável.

Mais do que um reencontro

Seja apenas um momento de cortesia ou o prenúncio de uma futura colaboração, o reencontro de Tom Cruise e Brad Pitt está já a marcar 2024 como um dos acontecimentos mais simbólicos de Hollywood. Três décadas depois de um filme que se tornou culto e de um conflito que marcou o imaginário dos fãs, a imagem dos dois juntos em Londres faz sonhar os cinéfilos com um novo capítulo — agora talvez mais pacífico — entre duas das maiores estrelas do cinema contemporâneo.

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Mark Gatiss descarta regresso de Sherlock e apresenta nova série policial no Festival de Séries Global em Itália

O criador da aclamada série britânica Sherlock deixou poucas esperanças quanto a um eventual regresso, ao mesmo tempo que apresentou o seu novo projeto, Bookish.

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Durante uma masterclass no Festival de Séries Global de Itália (Italian Global Series Festival), o argumentista e actor britânico Mark Gatiss afirmou que o regresso de Sherlock à televisão — ou até mesmo ao cinema — é improvável. “Voltar atrás é muitas vezes muito difícil”, disse Gatiss, reconhecendo que o entusiasmo dos fãs continua vivo, mas que o momento da série pode ter ficado no passado.

A declaração surge depois de, no ano passado, Sue Vertue, produtora da Hartswood Films, ter admitido que haveria um “futuro” para Sherlock, desde que os atores principais — Benedict Cumberbatch e Martin Freeman — aceitassem regressar. No entanto, Gatiss esclareceu que, até agora, “não foi feita uma nova temporada porque o Benedict e o Martin não quiseram fazer mais”.

Gatiss revelou ainda que chegou a apresentar uma ideia de filme durante o confinamento da pandemia, que agradou aos dois protagonistas, mas que nunca avançou para desenvolvimento. “É importante reconhecer quando um tempo é um tempo. Às vezes está lá e depois termina — e não há nada de errado com isso”, acrescentou.

Sherlock, adaptação moderna dos contos de Arthur Conan Doyle, estreou na BBC em 2010 e teve quatro temporadas, terminando em 2016 com um episódio especial. O próprio Mark Gatiss interpretava Mycroft Holmes, irmão do célebre detetive.

Nova série: Bookish

O criador britânico apresentou no mesmo evento a sua nova série de mistério, Bookish, cuja estreia mundial decorreu esta semana no festival. A história acompanha Gabriel Book, dono de uma livraria de antiguidades em Londres do pós-Segunda Guerra Mundial, que vive num casamento de conveniência com uma mulher, enquanto resolve crimes com o auxílio de um jovem inspetor.

Descrita como uma mistura entre mistério clássico e crítica social, a série aborda temas como a repressão da homossexualidade e a instabilidade social do pós-guerra. Gatiss — que escreve, interpreta e cria a série — explicou que a intenção foi mostrar como “o mundo pós-guerra era perigoso e excitante”, oferecendo ao público “um grande escape do mundo actual”.

Apesar do tom leve, Gatiss sublinha que Bookish não é um exemplo de cosy crime. “As pessoas afastaram-se das histórias de assassinos em série, que são tão desagradáveis, e procuraram mundos mais gentis. Mas não gosto do termo cosy crime, porque sugere que não há agressividade — e há, sim”, defendeu.

A série é produzida pela Eagle Eye Drama (subsidiária da ITV Studios) e pela Happy Duck Films, com transmissão assegurada pela UKTV no Reino Unido e pela PBS nos EUA. A Beta Film, empresa alemã, é responsável pela distribuição internacional.

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Gatiss, conhecido também pelo seu trabalho em Doctor Who, mostrou-se mais reservado quanto ao futuro da série de ficção científica. “Acho que ninguém sabe muito bem o que se está a passar com Doctor Who neste momento. Tudo gira à volta do acordo com a Disney”, disse. “Não escrevo um episódio desde 2017, e quando já se passaram dois Doutores, não se volta.”

Produtor americano detido por suspeita de duplo homicídio em Roma: caso levanta suspeitas sobre créditos fiscais e identidade falsa

Francis Charles Kaufmann, que usava os pseudónimos Rexal Ford e Matteo Capozzi, é acusado de matar a companheira e a filha de 11 meses.

Um produtor e realizador norte-americano foi detido pelas autoridades gregas na ilha de Skiathos a 7 de junho, na sequência de um mandado internacional emitido por Itália, após o homicídio da sua companheira e da filha de ambos, com apenas 11 meses, em Roma. A história, que já chocava pela violência do crime, está agora a levantar suspeitas mais amplas sobre fraudes no mundo do cinema, uso de identidades falsas e irregularidades no acesso a incentivos fiscais públicos.

O suspeito, detido sob o nome artístico Rexal Ford, foi identificado como Francis Charles Kaufmann, de 46 anos. Usava também o nome Matteo Capozzi, através do qual reclamava ter trabalhado em grandes produções como All the Money in the World (2017), de Ridley Scott, e The 15:17 to Paris (2018), de Clint Eastwood. No entanto, fontes das respetivas produtoras desmentiram qualquer envolvimento do indivíduo nestes projetos.

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As vítimas foram Anastasia Trofimova, de 28 anos, de nacionalidade russa, e Andromeda, a filha do casal. Os corpos foram encontrados em diferentes pontos do Parque Villa Pamphili, em Roma, um local muito frequentado por famílias e desportistas. A polícia italiana acredita que os homicídios ocorreram após uma tentativa falhada de Kaufmann obter parte de um crédito fiscal atribuído pelo Ministério da Cultura italiano para um filme que nunca foi produzido.

Fraude em crédito fiscal e uso de empresas-fantasma

A investigação revelou que Kaufmann/Ford obteve um crédito fiscal de 863.595 euros através da empresa Tintagel Films — com sede alegada no Reino Unido — em colaboração com a produtora romana Coevolutions, para um projeto chamado Stelle della Notte, que nunca saiu do papel.

A atribuição do crédito, já sob suspeita pelas autoridades italianas, reacendeu o debate sobre o controlo e fiscalização dos apoios públicos ao cinema. Coevolutions teria já acumulado cerca de 4 milhões de euros em créditos fiscais para 13 projetos, apenas um dos quais chegou a ser concluído.

O Ministro da Cultura italiano, Alessandro Giuli, prometeu consequências caso sejam confirmadas irregularidades, e recordou que uma recente reforma no sistema visa precisamente evitar situações semelhantes.

Uma teia de pseudónimos e créditos inventados

O perfil profissional do suspeito inclui uma série de títulos e funções em festivais e produções independentes — como DiamantinoThe Ornithologist e Zurich — nas quais nunca terá tido qualquer envolvimento real. Produtores desses filmes contactados pela imprensa internacional garantiram não conhecer Kaufmann, e já pediram a remoção do seu nome de bases de dados como o IMDb.

Além das falsas credenciais, Kaufmann era descrito como “um manipulador” e “um psicopata” pela própria irmã, Penelope Kaufmann, que confirmou à imprensa italiana que a família o apoiava financeiramente com a condição de não regressar aos EUA.

Investigação em curso e extradição pendente

De acordo com informações das autoridades, Kaufmann terá conhecido Trofimova em Malta, onde esta residia ilegalmente após o visto de turista expirar. A filha nasceu naquele país no verão de 2024, mas não foi registada devido à falta de documentação. A família deslocou-se para Roma de catamarã, depois de uma alegada tentativa frustrada de obter acesso ao crédito fiscal aprovado.

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extradição de Kaufmann de volta para Itália está pendente, num processo que poderá demorar meses. A polícia italiana investiga agora não apenas os homicídios, mas também as ramificações económicas e criminais ligadas à atividade do suspeito na indústria cinematográfica.