Woody Allen em Outubro: Canal Cinemundo Faz-lhe Uma Retrospetiva à Medida

Durante o mês de outubro, as noites de terça-feira no Canal Cinemundo vão ter sotaque nova-iorquino e aroma europeu. O canal elegeu Woody Allen como estrela do mês, preparando um ciclo com sete filmes que percorrem várias fases da sua carreira, desde as comédias disparatadas às intrigas sombrias, passando pelas histórias românticas que filmou em cidades como Londres, Barcelona e Roma.

ver também: Blade Runner 2049: Warner Bros. Discovery Próxima de Vencer Batalha Judicial Contra a Tesla

É um programa que convida à (re)descoberta de um realizador que, com mais de 50 títulos no currículo, continua a ser uma das vozes mais singulares da sétima arte — e também uma das mais controversas fora dela. Mas aqui o que interessa é a obra, e é nela que a programação do Cinemundo se concentra.

Do crime ao riso, passando pelo romance

O ciclo arranca a 7 de outubro com “Vigaristas de Bairro”, uma comédia sobre pequenos ladrões que tropeçam na fortuna ao tentar assaltar um banco. Ainda na mesma noite, surge “Hollywood Ending”, sátira deliciosa onde um cineasta em decadência tenta realizar um grande projeto… enquanto sofre de cegueira psicossomática. Uma piada perfeita sobre a própria indústria que tantas vezes idolatramos.

Na semana seguinte, a 14 de outubro, o tom muda drasticamente com “Match Point”, talvez o filme mais celebrado de Allen no século XXI. Um thriller elegante, rodado em Londres, onde Scarlett Johansson e Jonathan Rhys Meyers protagonizam uma história de paixão, ambição e destino — um regresso do realizador à sua veia mais sombria. Logo depois, o canal propõe “Scoop”, mistura de romance e mistério com Hugh Jackman e Johansson, num registo mais leve e divertido.

O dia 21 de outubro é dedicado à Península Ibérica: primeiro com “Vicky Cristina Barcelona”, explosão de desejos e encontros que deu a Penélope Cruz o Óscar de Melhor Atriz Secundária; depois com “O Sonho de Cassandra”, outro mergulho em tons trágicos, com Ewan McGregor e Colin Farrell como irmãos apanhados num dilema moral que os conduz ao abismo.

O ciclo encerra a 28 de outubro em clima italiano com “Para Roma com Amor”, mosaico de histórias que mistura turistas, artistas e cidadãos romanos em situações improváveis, sempre com aquele humor peculiar de Allen, capaz de encontrar absurdo e poesia nas esquinas de qualquer cidade.

Uma viagem pelas cidades de Allen

Se Nova Iorque foi sempre a sua musa original, a programação escolhida pelo Cinemundo mostra bem como Woody Allen se deixou seduzir pela Europa nos anos 2000. Londres, Barcelona e Roma são filmadas como protagonistas de narrativas que cruzam o crime, a paixão e o ridículo da vida moderna. Ao lado das comédias mais ligeiras, os thrillers mais pesados revelam outra faceta do realizador: a de moralista cínico, interessado em como o acaso e a ambição moldam destinos.

Um realizador que não deixa ninguém indiferente

É impossível falar de Woody Allen sem reconhecer que a sua figura pública foi marcada, nos últimos anos, por polémicas fora do ecrã. Ainda assim, para muitos espectadores, a sua obra mantém-se como um retrato singular das neuroses urbanas, dos labirintos do coração e das ironias do destino. É precisamente essa obra que o Canal Cinemundo traz de volta às televisões, numa retrospetiva que abrange três décadas de criatividade.

ver também : Marvel em Crise? Novo Relatório Levanta Dúvidas Sobre o Futuro do MCU

Quando ver

O ciclo Woody Allen – Estrela do Mês decorre de 7 a 28 de outubro, sempre às terças-feiras, a partir das 21h00, no Canal Cinemundo. Sete filmes, sete oportunidades de revisitar um dos cineastas mais prolíficos e provocadores do cinema contemporâneo

Blade Runner 2049: Warner Bros. Discovery Próxima de Vencer Batalha Judicial Contra a Tesla

Inteligência artificial no centro da polémica

A luta legal em torno de Blade Runner 2049 e a utilização indevida de imagens do filme por parte da Tesla ganhou um novo capítulo. Um tribunal norte-americano rejeitou várias acusações dirigidas à Warner Bros. Discovery, aproximando o estúdio da vitória num processo que envolve direitos de autor, inteligência artificial e a sempre polémica figura de Elon Musk.

ver também : Robert Pattinson Já Leu o Argumento de The Batman: Part II  — e Matt Reeves Garante Surpresas Nunca Vistas

A disputa começou quando, em 2023, a Tesla apresentou o seu projeto de robotáxi num evento mediático num estúdio da Warner. Durante a apresentação, Musk exibiu uma imagem gerada por inteligência artificial que mostrava uma figura de sobretudo diante de ruínas envoltas em névoa laranja — um cenário quase idêntico à famosa sequência de Blade Runner 2049 em que Ryan Gosling explora uma Las Vegas devastada.

As acusações e a resposta do tribunal

A produtora Alcon Entertainment, detentora dos direitos do filme, acusou a Tesla de ter alimentado um gerador de imagens com fotogramas da obra sem licença, criando material promocional não autorizado. Warner Bros. Discovery foi arrastada para o processo, com a alegação de que teria fornecido imagens em alta resolução à Tesla ou, pelo menos, não impediu a sua utilização.

O tribunal, contudo, descartou essas acusações. O juiz Wu sublinhou que não havia provas de que a Warner tivesse entregue material à Tesla, nem de que tivesse o poder de impedir Musk e a sua empresa de recorrer a imagens do filme. “Permitir que Musk e a Tesla ‘escolhessem’ conteúdo de uma biblioteca não equivale a dar à Warner o direito de controlar, limitar ou supervisionar esse uso”, escreveu o juiz na decisão de 11 de setembro.

Tesla sob escrutínio

Apesar deste avanço para a Warner, a Tesla continua sob pressão. O tribunal recusou um pedido para arquivar uma acusação de violação direta de direitos de autor, citando “semelhanças evidentes” entre o material usado no evento e imagens do filme. A alegação de que a empresa recorreu a inteligência artificial apenas horas depois de ser negada a permissão para usar fotogramas originais reforça a gravidade da situação.

O que está em jogo

A Alcon Entertainment mantém o processo vivo também por razões de imagem: a produtora prepara uma série televisiva baseada em Blade Runner 2049 e quer distanciar-se publicamente de Musk e da Tesla. “Parte do que está a acontecer aqui é a necessidade de o meu cliente deixar claro que se distancia de algumas das partes envolvidas”, explicou o advogado da empresa numa audiência.

ver também: Festa do Cinema Francês 2025: Retrospetiva a Alain Delon e Mais de 60 Filmes em Destaque

Para já, Warner Bros. Discovery ainda enfrenta uma acusação de infração contributiva, por alegadamente ter facilitado o uso indevido das imagens, mas a tendência aponta para uma saída relativamente limpa do processo. Já a Tesla poderá ter mais dificuldade em escapar às consequências legais da sua aposta na inteligência artificial.

Marvel em Crise? Novo Relatório Levanta Dúvidas Sobre o Futuro do MCU

Um 2025 aquém das expectativas

O ano de 2025 trouxe três grandes estreias para o Universo Cinematográfico da Marvel (Captain America: Brave New WorldThunderbolts e The Fantastic Four: First Steps), mas os resultados de bilheteira ficaram longe dos tempos gloriosos de Avengers: Endgame (2019). Apesar de elencos repletos de estrelas e críticas positivas em alguns casos, os números não convenceram a indústria.

Ver também: The Lost Bus: Matthew McConaughey Enfrenta o Inferno em Drama de Paul Greengrass

Segundo a Variety, que ouviu realizadores, executivos e agentes, a Marvel atravessa uma fase de incerteza. Brave New World, protagonizado por Anthony Mackie, arrecadou 415,1 milhões de dólares mundialmente com um orçamento de 180 milhões — pouco acima do ponto de equilíbrio, quando a regra é duplicar ou triplicar o investimento. Thunderbolts, lançado em maio, fez ainda menos: 382,4 milhões, também com um orçamento de 180 milhões. Já The Fantastic Four: First Steps, estreado em julho, conseguiu 517,2 milhões a nível global, mas com uma queda abrupta de 80% da primeira para a segunda semana em cartaz.

Críticas fortes, bilheteiras fracas

Curiosamente, a qualidade não parece estar em causa. Thunderbolts alcançou 93% de aprovação do público no Rotten Tomatoes e 88% da crítica, enquanto First Steps se manteve igualmente “Certified Fresh”, com 87% dos críticos e 91% do público a aprová-lo. O caso mais divisivo foi Brave New World, com 76% de aprovação popular mas apenas 46% da crítica.

Ainda assim, os resultados de bilheteira mostram um desfasamento: os filmes até agradam, mas já não atraem multidões como outrora.

Um apelo menor para atores e fãs

Outro dado revelador: participar num filme da Marvel já não é o sonho universal de Hollywood. Um agente ouvido pela Variety admitiu: “Ainda é uma oportunidade de vida, mas já não tenho tantos clientes a pedir para entrar como há cinco anos.”

Parte da explicação pode estar na saturação do mercado e no facto de os filmes estarem disponíveis em streaming muito rapidamente. Thunderbolts chegou à Disney+ em agosto, apenas três meses após a estreia em sala, e tornou-se de imediato o segundo filme mais visto na plataforma a nível mundial.

Vingadores ainda são “à prova de bala”

Apesar das dúvidas, há quem acredite que os próximos capítulos dos Vingadores continuam imbatíveis. Avengers: Doomsday (2026) e Avengers: Secret Wars (2027) são vistos como apostas seguras, apoiadas no legado de Endgame, que arrecadou 2,7 mil milhões de dólares em 2019.

A questão está nos filmes a solo. Já não parecem obrigatórios para acompanhar a narrativa global, e muitos espectadores sentem que podem “saltá-los” sem perder o fio à meada. Resultado: o MCU deixou de ser um fenómeno infalível para se tornar numa aposta arriscada.

O que vem aí

Enquanto Brave New World e Thunderbolts já estão disponíveis na Disney+ e The Fantastic Four: First Steps chega ao streaming ainda este ano, a grande expectativa recai sobre os próximos Vingadores. Até lá, fica a pergunta: terá a Marvel perdido a sua força irresistível ou estará apenas a preparar terreno para um novo ciclo?

ver também : The Housemaid: Sydney Sweeney e Amanda Seyfried Trazem Segredos Perigosos no Novo Thriller de Paul Feig

The Lost Bus: Matthew McConaughey Enfrenta o Inferno em Drama de Paul Greengrass

Uma história real de heroísmo em pleno caos

Em 2018, a Califórnia viveu um dos piores incêndios da sua história recente: o devastador Camp Fire. Foi nesse cenário que um motorista de autocarro escolar e uma professora se viram obrigados a improvisar um resgate para salvar 22 crianças presas na zona de evacuação. É essa história, já de si dramática, que Paul Greengrass recria em The Lost Bus, um filme que coloca o espectador no centro do caos, do calor e do ruído ensurdecedor das chamas.

Com Matthew McConaughey no papel de Kevin McKay, o motorista que aceitou a chamada de emergência, e America Ferrera como Mary Ludwig, a professora que manteve as crianças calmas enquanto o fogo devorava tudo à volta, o filme adapta os acontecimentos reais quase sem alterar nomes ou detalhes. Greengrass opta por um realismo cru: o fogo nasce de uma linha elétrica com falhas, espalha-se com a ajuda do vento e transforma o dia em noite, enquanto a fuga pela estrada se torna uma luta contra o tempo.

ver também : The Housemaid: Sydney Sweeney e Amanda Seyfried Trazem Segredos Perigosos no Novo Thriller de Paul Feig

Suspense e realismo à flor da pele

Conhecido por United 93 e Captain Phillips, Greengrass volta a explorar um drama baseado em factos com a sua marca habitual: câmara nervosa, ação visceral e tensão contínua. As cenas do incêndio foram recriadas com fogueiras controladas, reforçadas por CGI e imagens reais, mergulhando o público no terror de um fogo incontrolável. O som é central: o rugido incessante das chamas é apresentado como um inimigo quase físico, que bloqueia a comunicação, corta as estradas e isola os protagonistas.

Apesar de a audiência saber que a história real teve um final feliz, a viagem nunca perde intensidade. A incerteza sobre se o autocarro conseguirá atravessar estradas em colapso ou resistir ao fumo torna o filme num exercício de suspense quase insuportável.

O lado humano da tragédia

Para além da ação, The Lost Bus é também um drama de personagens. America Ferrera dá vida a Mary, uma professora que, entre o medo de nunca mais ver o filho e a responsabilidade de acalmar crianças aterrorizadas, mantém uma coragem silenciosa e comovente.

Matthew McConaughey, por sua vez, constrói Kevin como um homem em busca de redenção. Sobrecarregado por problemas pessoais — um filho adolescente rebelde, um casamento falhado, uma mãe doente, até um cão recentemente perdido —, vê no resgate a oportunidade de provar a si mesmo que ainda é capaz de fazer a diferença. Se essa acumulação de dramas parece excessiva no arranque, o magnetismo habitual do ator ajuda a ancorar a narrativa.

Um drama que ilumina o real

Mais do que revisitar um acontecimento já conhecido, The Lost Bus mostra como o cinema pode tornar tangível o que muitas vezes é apenas estatística ou imagem televisiva. É um retrato de coragem em circunstâncias extremas, mas também uma reflexão sobre falhas humanas, azar e improviso no meio da catástrofe.

ver também : Robert Pattinson Já Leu o Argumento de The Batman: Part II  — e Matt Reeves Garante Surpresas Nunca Vistas

Paul Greengrass confirma, mais uma vez, ser mestre em transformar factos em experiências cinematográficas imersivas — e este é um daqueles filmes que o espectador dificilmente esquecerá.

The Housemaid: Sydney Sweeney e Amanda Seyfried Trazem Segredos Perigosos no Novo Thriller de Paul Feig

Uma mansão, duas mulheres e muitos segredos

A Lionsgate revelou o primeiro trailer de The Housemaid, o novo thriller de Paul Feig que promete misturar tensão, segredos e personagens imperfeitas. Protagonizado por Sydney Sweeney e Amanda Seyfried, o filme chega aos cinemas a 19 de dezembro de 2025, adaptando o bestseller homónimo de Freida McFadden.

A história acompanha Millie (Sweeney), uma jovem desesperada por trabalho que aceita ser empregada doméstica de Nina (Seyfried) e Andrew (Brandon Sklenar). O que começa como uma oportunidade de sobrevivência rapidamente se transforma num jogo de desconfianças e revelações perturbadoras, à medida que Millie descobre que o casal esconde segredos obscuros dentro da mansão onde vive.

ver também: Morreu Robert Redford: O Último Grande Ícone de Hollywood e Guardião do Cinema Independente

Do riso ao suspense: Paul Feig troca de registo

Conhecido pelas suas comédias (BridesmaidsSpyLast Christmas), Paul Feig aventurou-se aqui num território mais sombrio. O realizador confessou que foi precisamente a combinação entre “tensão, sustos e humor” que o atraiu para a história: “Foi um sonho tornado realidade.”

O argumento foi escrito por Rebecca Sonnenshine (The BoysStranger Things), que adaptou o romance publicado em 2022. Além de Sweeney, Seyfried e Sklenar, o elenco conta ainda com Michele Morrone e Elizabeth Perkins.

Um projeto feito com paixão

Para Sydney Sweeney, que acumula também créditos como produtora executiva, o projeto teve um sabor especial. Fã assumida da trilogia literária de McFadden, a atriz revelou ter lido os três livros em apenas uma semana: “Não conseguia parar. As personagens são falhadas, são caóticas — e isso é fascinante.”

Amanda Seyfried, por sua vez, acrescenta peso dramático ao elenco, trazendo a elegância e intensidade que lhe valeram nomeações aos Óscares e aos Emmys. Juntas, as duas atrizes prometem transformar The Housemaid num duelo psicológico capaz de prender o público até ao último minuto.

Expectativas em alta

Depois da apresentação de imagens exclusivas no CinemaCon em abril, a antecipação em torno do filme só cresceu. Com um realizador habituado ao humor, mas agora rendido ao suspense, e duas protagonistas em ascensão e maturidade, The Housemaid pode ser um dos thrillers mais comentados do final de 2025.

ver também : Festa do Cinema Francês 2025: Retrospetiva a Alain Delon e Mais de 60 Filmes em Destaque

Robert Pattinson Já Leu o Argumento de The Batman: Part II  — e Matt Reeves Garante Surpresas Nunca Vistas

Um novo mistério em Gotham

Os fãs do Cavaleiro das Trevas podem começar a erguer os olhos para o céu: o sinal de Batman ainda não brilhou, mas já não falta muito. Matt Reeves confirmou que o argumento de The Batman: Part II está finalmente concluído e entregue, depois de uma longa espera desde o sucesso do primeiro filme em 2022.

ver também : A Namorada: O Thriller Psicológico da Prime Video Que Vai Mexer com as Suas Desconfianças

Em declarações à The Hollywood Reporter durante os Emmy Awards, o realizador revelou que a equipa entra agora em pré-produção e que as filmagens estão previstas para a primavera de 2026. “Foi um percurso mais longo do que eu gostaria, por várias razões pessoais, mas o mais importante era chegar ao ponto em que sentíssemos que tínhamos o melhor guião possível”, explicou Reeves.

Um argumento guardado a sete chaves

Proteger os segredos da sequela foi uma prioridade quase obsessiva. O argumento foi enviado a Robert Pattinson através de um sistema de alta segurança digno de Bruce Wayne: uma bolsa com código, enviado separadamente. O ator, no entanto, acabou por tropeçar no dispositivo. “O Rob disse: ‘Não consigo abrir’. E eu respondi: ‘Eu sei, aqui está o código’”, contou Reeves, entre risos.

Após decifrar o enigma tecnológico, Pattinson leu o guião e partilhou as suas impressões com o realizador numa chamada de FaceTime. A reação foi entusiástica: “Ele é o Batman. Se não gostasse, estávamos mal. Mas adorou, e isso foi incrivelmente encorajador”, revelou Reeves.

A promessa de algo inédito

Sem revelar detalhes da trama, o realizador garantiu que a nova história será novamente um mistério policial, fiel ao tom que marcou The Batman. No entanto, deixou no ar a promessa de algo verdadeiramente novo: “O que este filme faz com a personagem, tanto com Batman como com Bruce, nunca foi feito antes desta forma.”

O regresso de um fenómeno

Lançado em março de 2022, The Batman arrecadou 772 milhões de dólares em bilheteira mundial, reinventando a mitologia do herói e consolidando Robert Pattinson como um Bruce Wayne mais sombrio e introspectivo. A sequela será novamente escrita por Reeves em colaboração com Mattson Tomlin, e tudo indica que continuará a explorar o lado detetivesco do Cavaleiro das Trevas, enquanto expande a sua complexidade psicológica.

ver também: Morreu Robert Redford: O Último Grande Ícone de Hollywood e Guardião do Cinema Independente

Até ao próximo sinal no céu de Gotham, resta aos fãs esperar — mas com a garantia de que The Batman: Part II pretende levar o herói por caminhos inéditos.

Festa do Cinema Francês 2025: Retrospetiva a Alain Delon e Mais de 60 Filmes em Destaque

Lisboa e Porto abrem as portas ao melhor do cinema francófono

A 26.ª edição da Festa do Cinema Francês arranca a 2 de outubro em Lisboa e no Porto, trazendo mais de 60 filmes inéditos em sala e uma programação que combina homenagens, antestreias e novas secções pensadas para celebrar a vitalidade do cinema francófono. O festival decorre em Lisboa até 12 de outubro, com sessões no Porto entre os dias 2 e 8, antes de seguir viagem por várias cidades do país, incluindo Coimbra, Lagos, Almada, Cascais, Beja e Setúbal.

ver também : Morreu Robert Redford: O Último Grande Ícone de Hollywood e Guardião do Cinema Independente

Alain Delon em retrospetiva

Um dos pontos altos da edição será a retrospetiva dedicada a Alain Delon, o lendário ator francês que morreu em agosto de 2024 aos 88 anos. Em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, a mostra intitulada “Alain Delon, a virtude do silêncio” reunirá cerca de vinte filmes, recordando o carisma e a intensidade de uma das maiores figuras do cinema europeu dos anos 1960, cuja influência atravessou gerações.

Convidados de peso e antestreias

O festival contará ainda com a presença de Thierry Frémaux, diretor do Festival de Cannes e do Instituto Lumière, que apresentará o filme Lumière, a Aventura Continua! em Lisboa. A atriz Marina Foïs virá apresentar a antestreia de Moi qui t’aimais, de Diane Kurys, enquanto a realizadora Louise Hémon traz o filme L’Engloutie, também incluído na competição oficial.

A programação abre com Nouvelle Vague, de Richard Linklater, recriando a rodagem de O Acossado (1960), clássico de Jean-Luc Godard, e encerra a 12 de outubro com Partir, Um Dia, comédia musical de Amélie Bonnin que brilhou na abertura do Festival de Cannes.

Competição e novas secções

A competição oficial reúne títulos como Ma frère (Lise Akoka e Romane Gueret), Love Me Tender (Anna Cazenave), Les rendez-vous de l’été (Valentine Cadic), Le roi soleil (Vincent Maël Cardona) e La Pampa (Antoine Chevrollier).

Entre as novidades, destaca-se a secção La Belle Époque, dedicada a obras marcantes da história do cinema, incluindo a exibição em cópia restaurada de O Acossado. Outra aposta é um evento voltado para coproduções luso-francófonas, com projetos de cineastas como Pocas Pascoal, Ágata Pinho e Pedro Neto.

O documentário Écrire la vie – Annie Ernaux racontée par des lycéennes et de lycéens, de Claire Simon, dedicado à Nobel da Literatura Annie Ernaux, é outro dos destaques da programação.

Uma nova etapa para o festival

Este ano marca também uma mudança nos bastidores: a produção da Festa do Cinema Francês passa a estar a cargo da associação Il Sorpasso, que organiza também a Festa do Cinema Italiano e a mostra itinerante Luso! em Itália. A direção artística é agora assumida pela programadora Anne Delseth, sinalizando uma nova fase para um festival que, ano após ano, se afirma como um dos momentos maiores da agenda cultural em Portugal.

ver também.:  Namorada: O Thriller Psicológico da Prime Video Que Vai Mexer com as Suas Desconfianças

A Namorada: O Thriller Psicológico da Prime Video Que Vai Mexer com as Suas Desconfianças

Quando a perfeição da família começa a rachar

A Prime Video acaba de lançar mais uma série pronta a viciar quem gosta de thrillers psicológicos. A Namorada ( “A Namorada Ideal” no Brasil) , baseada no bestseller homónimo de Michelle Frances, já conquistou o público e entrou diretamente para o topo das produções mais vistas da plataforma.

ver também : Morreu Robert Redford: O Último Grande Ícone de Hollywood e Guardião do Cinema Independente

Combinando mistério, tensão e atuações intensas, a série parte de uma premissa aparentemente simples: Laura (Robin Wright), uma mulher de sucesso com tudo o que poderia desejar, vê a sua vida virar do avesso quando o filho, Daniel (Laurie Davidson), apresenta à família a sua nova namorada, Cherry (Olivia Cooke).

É então que o instinto materno de Laura se cruza com a paranoia, e a dúvida instala-se: estará Cherry a esconder alguma coisa, ou será Laura a projetar as suas inseguranças?

Um jogo de manipulações

O grande trunfo da série está na alternância de perspetivas. O público acompanha tanto a visão de Laura, a mãe que desconfia de Cherry, como a da jovem namorada, aparentemente inocente. O resultado é um jogo psicológico viciante, onde cada gesto pode ser lido de duas formas, e onde nunca é claro quem manipula quem.

A cada episódio, o espectador é forçado a questionar as suas próprias perceções: será instinto, será ciúme, será manipulação? Essa ambiguidade mantém a tensão em alta e transforma A Namorada num verdadeiro quebra-cabeças emocional.

Elenco de luxo em alta tensão

Olivia Cooke, que muitos conhecerão de House of the Dragon, entrega aqui uma das performances mais intensas da sua carreira, explorando a fronteira entre fragilidade e perigo. Robin Wright, por sua vez, volta a brilhar no pequeno ecrã depois de House of Cards, encarnando uma mulher dividida entre a proteção do filho e os fantasmas da sua própria mente. Laurie Davidson completa o trio central, ao lado de Tanya Moodie, Waleed Zuaiter e Anna Chancellor.

Mais do que um thriller familiar

O que torna A Namorada particularmente eficaz é a forma como reflete inseguranças do quotidiano. Quem nunca desconfiou das intenções de alguém próximo? Quem nunca se questionou sobre até onde vai a verdade ou a manipulação numa relação?

ver também: Bella Ramsey Quer Ser Spider-Man e Assaltar Bancos com Pedro Pascal

É por isso que, para além da tensão narrativa, a série funciona também como espelho das nossas próprias dúvidas e receios. No fim, A Namorada é menos sobre “quem é o vilão” e mais sobre a fragilidade das perceções humanas.

Prepare-se: depois de carregar no play, vai ser difícil parar de ver.

Morreu Robert Redford: O Último Grande Ícone de Hollywood e Guardião do Cinema Independente

Um rosto romântico que se tornou uma lenda

Robert Redford, ator, realizador e ativista que atravessou gerações como símbolo do charme masculino e da integridade artística, morreu. Tinha 89 anos. A notícia marca o desaparecimento de uma das figuras mais emblemáticas do cinema americano, cuja carreira se estendeu por mais de cinco décadas e que deixou uma marca indelével tanto em Hollywood como no cinema independente.

ver também : Rooney Mara e Joaquin Phoenix: O Amor Discreto Que Se Tornou a História Mais Bonita de Hollywood

Entre os anos 1960 e 1980, Redford foi um dos rostos mais reconhecidos do grande ecrã, admirado em igual medida por homens e mulheres. Mas nunca se contentou em ser apenas o “menino-bonito” de Hollywood: construiu uma filmografia que unia êxitos comerciais e obras de risco, sempre com um olhar atento às questões políticas e sociais do seu tempo.

Do basebol ao estrelato

Nascido a 18 de agosto de 1936 na Califórnia, Redford começou por sonhar com uma carreira no basebol, mas acabou por enveredar pelas artes. Depois de estudar pintura, escolheu o teatro e cedo brilhou na Broadway com Descalços no Parque, em 1963. A transição para o cinema foi quase imediata: em 1965 já dava que falar em O Estranho Mundo de Daisy Clover, e poucos anos depois tornava-se uma estrela mundial com Dois Homens e Um Destino (1969), ao lado de Paul Newman.

Seguiram-se clássicos incontornáveis como A Golpada (1973), que lhe valeu o Óscar de Melhor Filme, Os Três Dias do Condor (1975), Os Homens do Presidente (1976), sobre o escândalo Watergate, e África Minha (1985), ao lado de Meryl Streep.

Realizador premiado e fundador de Sundance

Redford também se destacou atrás das câmaras. A sua estreia como realizador em Gente Vulgar (1980) foi um triunfo imediato, conquistando o Óscar de Melhor Realização. Seguiram-se títulos como Quiz Show (1994) e Regra de Silêncio(2012), sempre pautados pela inquietação moral e pelo comentário político.

Mas talvez o seu maior legado esteja no apoio ao cinema independente. Em 1981 fundou o Sundance Institute, que viria a transformar o Festival de Sundance no maior certame do mundo dedicado ao cinema independente. Ao longo de quatro décadas, Sundance revelou cineastas como Quentin Tarantino, Steven Soderbergh, Kelly Reichardt ou Chloé Zhao, e tornou-se uma rampa de lançamento para vozes fora do sistema de estúdios.

Uma despedida discreta

Nos últimos anos, Redford afastou-se das câmaras, mantendo apenas uma breve participação simbólica em Avengers: Endgame (2019). Já em 2018 tinha anunciado a reforma após O Cavalheiro com Arma, filme em que contracenou com Sissy Spacek. Apesar do mediatismo da declaração, preferiu depois o silêncio, preservando a sua privacidade.

A sua última aparição pública aconteceu em outubro de 2021, na cerimónia de prémios da Fundação Alberto II do Mónaco. Ainda assim, continuava a acompanhar o destino do festival que criou, tendo reagido este ano à anunciada mudança de Sundance para Boulder, no Colorado, em 2027: “A mudança é inevitável”, disse, sublinhando que o festival deve continuar a assumir riscos e a apoiar histórias inovadoras.

O fim de uma era

Com a morte de Robert Redford, desaparece um dos últimos grandes ícones românticos de Hollywood clássica, mas também o arquiteto de um espaço fundamental para o cinema independente. Entre o glamour de A Golpada, a tensão política de Os Homens do Presidente e a revolução cultural de Sundance, o seu legado permanece intocado.

A próxima edição do Festival de Sundance, marcada para 22 de janeiro a 1 de fevereiro de 2026 — a última na sua cidade de origem, antes da mudança para Boulder —, terá inevitavelmente um peso simbólico acrescido: será não só uma celebração do cinema independente, mas também uma homenagem ao homem que o tornou possível.

The Texas Chainsaw Massacre: A24 Prepara Série Televisiva da Lendária Franquia de Terror

A guerra pelo massacre já tem vencedor

Quase cinco décadas depois de Tobe Hooper ter lançado ao mundo o perturbador The Texas Chain Saw Massacre (1974), um dos filmes que definiu o género slasher, a saga prepara-se para renascer… desta vez na televisão. Segundo o site Deadline, a produtora A24 venceu a feroz disputa pelos direitos da franquia e já tem em desenvolvimento uma série que promete devolver Leatherface ao centro do medo.

ver também : Sketch: Quando os Rabiscos Ganharem Vida no Grande Ecrã

A equipa criativa por trás do projeto

A24, que nos últimos anos se afirmou como uma das casas mais respeitadas do terror contemporâneo, junta nomes de peso a esta nova incursão televisiva. Entre eles estão JT Mollner (Strange Darling), Roy Lee (WeaponsIt) e Glen Powell (Hit Man), que assumem a produção da série. Embora Powell esteja envolvido apenas atrás das câmaras, a sua participação reforça o peso criativo do projeto.

A disputa pelos direitos foi intensa: Bryan Bertino (The Strangers) chegou a propor um novo filme, Oz Perkins (Longlegs) estava ligado como produtor, Taylor Sheridan (Yellowstone) apresentou um pitch, e até Jordan Peele esteve em cima da mesa, embora tenha desistido sem explicação. No final, foi a A24 quem levou a melhor, mesmo que o acordo ainda esteja sujeito a confirmação oficial.

Do grande ecrã para a televisão

The Texas Chainsaw Massacre junta-se assim a uma vaga crescente de franquias de terror a darem o salto para a televisão. Chucky transformou-se em fenómeno de culto, Alien: Earth conquistou fãs e críticos, e este ano estreiam It: Welcome to Derry (HBO Max) e uma série-prequela de The Conjuring (HBO). A própria A24 prepara também uma série ligada a Friday the 13th, focada na enigmática Pamela Voorhees, mãe de Jason.

A oportunidade para recuperar o terror puro

Apesar do estatuto icónico, a franquia Texas Chainsaw Massacre tem atravessado tempos difíceis. Desde o remake de 2003, que alimentou a onda de reinterpretações do género, as tentativas de prolongar a saga resultaram em filmes mal recebidos como Texas Chainsaw 3D (2013), Leatherface (2017) e a sequela-tributo Texas Chainsaw Massacre (2022).

ver também : Criadores de Ídolos: Thriller Português Que Questiona a Fama e o Poder Estreia Esta Semana

Com o selo A24 e uma equipa criativa que sabe equilibrar ousadia e reverência, a nova série pode ser a oportunidade de devolver dignidade a uma das sagas mais influentes do terror. A questão que fica no ar: estará o público preparado para enfrentar, novamente, a motosserra mais temida da história do cinema?

Scary Movie 6: Marlon Wayans Promete Uma Comédia Sem Filtros Que “Vai Ofender Alguém”


O regresso do terror mais disparatado

Mais de 20 anos depois de ter dado vida ao icónico Shorty, Marlon Wayans prepara-se para voltar à saga Scary Movie. O ator e argumentista, que esteve na génese dos dois primeiros filmes da popular paródia de terror, confirmou que Scary Movie 6 já está em andamento — e promete não poupar ninguém.

ver também : Bella Ramsey Quer Ser Spider-Man e Assaltar Bancos com Pedro Pascal

“Vai ser como sempre fizemos. Queremos que toda a gente se ria, e não nos importa se alguém for sensível. Até as pessoas sensíveis precisam de rir de si próprias”, disse Wayans à Entertainment Weekly.

Humor sem barreiras

O comediante sublinhou que o novo capítulo será um “no holds barred”, ou seja, sem filtros e com espaço para provocar gargalhadas mesmo que algumas piadas possam ofender. “Quando fizemos White Chicks, gozámos com toda a gente — negros, brancos, hispânicos. É isso que fazemos: rirmo-nos do mundo e torná-lo mais leve. Às vezes alguém pode ficar ofendido, mas se 100 pessoas se rirem e uma sair da sala, ainda assim é uma boa piada.”

Segundo Wayans, a ideia é que Scary Movie 6 seja um filme que atravesse gerações: “Três gerações diferentes que já não têm grandes comédias há muito tempo vão poder sentar-se juntas e rir.”

Um olhar sobre as mudanças

Para o ator, não basta repetir a fórmula antiga: “A comédia mudou, o cinema mudou, o público mudou, o mundo mudou. Temos de reconhecer isso. Por isso, quisemos tornar a diferença geracional parte da conversa. É através desses contrastes que conseguimos criar piadas e, ao mesmo tempo, comentar o que mudou no horror e na sociedade.”

O regresso de rostos familiares

A saga volta também a contar com nomes muito pedidos pelos fãs. Segundo a Deadline, Anna Faris e Regina Hall estão confirmadas no elenco de Scary Movie 6, marcando o regresso das protagonistas que ajudaram a tornar os primeiros filmes em sucessos de bilheteira. O guião está a ser escrito por Marlon, em colaboração com os irmãos Shawn Wayans e Keenen Ivory Wayans, ausentes das últimas três sequelas mas que agora regressam ao comando criativo.

Wayans deixou ainda no ar a promessa de mais regressos de atores conhecidos da franquia, embora tenha admitido que ainda não há contratos fechados.

ver também : Criadores de Ídolos: Thriller Português Que Questiona a Fama e o Poder Estreia Esta Semana

Uma paródia pronta para 2025

Depois de anos de ausência, Scary Movie prepara-se assim para voltar a rir-se de tudo e todos — e, ao que parece, sem medo de chocar. O resultado pode muito bem ser a paródia irreverente que faltava à comédia atual, disposta a brincar tanto com o género do terror como com a própria sensibilidade dos tempos modernos.

Bella Ramsey Quer Ser Spider-Man e Assaltar Bancos com Pedro Pascal

Da sobrevivência ao caos divertido

Bella Ramsey, que conquistou o público como Ellie em The Last of Us, parece já estar a sonhar com futuros papéis muito para lá do apocalipse. Durante o evento da HBO dedicado aos nomeados para os Emmys, a atriz revelou que adoraria reencontrar Pedro Pascal num projeto bem diferente: um filme de assalto.

ver também : Frozen 3: Casamento Real em Arendelle e um Novo Membro Misterioso na Família

“Talvez um filme de assalto em que estamos a assaltar um banco juntos”, disse Ramsey, imaginando uma parceria caótica mas irresistível com o eterno Joel.

O reencontro adiado com Pedro Pascal

Ramsey confessou ainda que Pascal continua a ser a pergunta que mais vezes lhe fazem: “É sempre ‘Como é o Pedro Pascal? É tão simpático como parece?’ A resposta é: sim.” Segundo contou, a relação de ambos mantém-se próxima, mesmo que a agenda os obrigue a andar desencontrados. “A maioria das nossas mensagens são ‘Onde estás no mundo? Estou aqui, e tu? Oh, acabámos de nos desencontrar’.”

Super-heróis no horizonte?

A conversa ganhou um tom ainda mais curioso quando o tema passou para super-heróis, já que Pascal fará parte de The Fantastic Four: First Steps. Ramsey não hesitou: “Eu podia ser o Spider-Man. O Tom Holland fez um ótimo trabalho, mas talvez precisem de criar um novo [super-herói] para mim.”

Entre rumores que a colocam como possível Kitty Pryde no novo filme dos X-Men — algo que disse desconhecer —, a atriz revelou também que só recentemente entrou no universo Marvel. O primeiro e único filme que viu até agora foi The Amazing Spider-Man, com Andrew Garfield. O veredito? “Incrível. Adorei.”

Em alta com 

The Last of Us

Enquanto isso, Ramsey continua em destaque com The Last of Us, série que somou 17 nomeações para os Emmys de 2025, incluindo mais uma para a atriz. Quanto à terceira temporada, ainda não há guiões nem datas de filmagens, mas a antecipação já cresce entre os fãs.

ver também: Criadores de Ídolos: Thriller Português Que Questiona a Fama e o Poder Estreia Esta Semana

Entre o sonho de vestir o fato do Spider-Man e a ideia de assaltar bancos ao lado de Pedro Pascal, Bella Ramsey mostra que não lhe falta imaginação — e Hollywood pode muito bem estar pronta para seguir o seu impulso.

Frozen 3: Casamento Real em Arendelle e um Novo Membro Misterioso na Família

A sinopse oficial já está aí e traz revelações mágicas

A Disney revelou finalmente os primeiros detalhes oficiais de Frozen 3, e os fãs de Arendelle já têm motivos para sonhar com mais um épico musical cheio de surpresas. O filme, que tem estreia marcada para 24 de novembro de 2027, promete unir novamente Anna e Elsa numa nova jornada repleta de magia, emoção e novidades de cortar a respiração.

Segundo a sinopse partilhada pela conta oficial da Disney no WeChat, em tradução divulgada pelo perfil @almanaquedisney no X (antigo Twitter), o novo capítulo irá mostrar “o casamento do século em Arendelle, quando a Rainha Anna caminha até ao altar e se junta a Elsa numa nova viagem mágica cheia de desafios desconhecidos”. Mas a maior surpresa é a chegada de “um novo e misterioso membro à família real”, cuja identidade está a ser mantida em segredo.

https://twitter.com/almanaquedisney/status/1966867913878413791?s=61

O regresso da equipa original

Jennifer Lee, que realizou os dois primeiros filmes, regressa à cadeira de realizadora e garante continuidade criativa ao universo que se tornou fenómeno cultural. Kristen Bell, Idina Menzel, Jonathan Groff e Josh Gad também voltam a dar voz às personagens que conquistaram uma geração — ainda que o processo de gravações nem sequer tenha começado.

O próprio Josh Gad confirmou ao Collider que o elenco ainda não ouviu as novas canções nem gravou qualquer diálogo, sublinhando que a produção está em fase inicial. Mesmo assim, a antecipação é enorme: os fãs sabem que as músicas de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez têm sido uma das chaves do sucesso da saga, e não será diferente desta vez.

O que esperar desta nova aventura?

Frozen (2013) apresentou-nos as irmãs Anna e Elsa e conquistou o mundo com o hino “Let It Go”. Frozen 2 (2019) expandiu o legado da família real de Arendelle, revelando que a mãe das protagonistas, Iduna, era parte da tribo Northuldra e explicando o destino de Elsa como o quinto espírito da Floresta Encantada.

Agora, tudo indica que Frozen 3 continuará a aprofundar os laços familiares, trazendo novas respostas e novos desafios. Entre o casamento real e o misterioso novo elemento que promete abalar a vida em Arendelle, a Disney prepara-se para mais uma superprodução que, tal como as anteriores, deverá marcar o imaginário do público.

A contagem decrescente já começou: faltam dois anos para regressarmos ao reino gelado de Elsa e Anna, mas a magia promete aquecer corações em todo o mundo.

The Road Between Us: Documentário Sobre o 7 de Outubro Conquista o Público em Toronto

O filme mais polémico do TIFF 2025

O Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) foi palco de uma das histórias mais conturbadas da edição deste ano. Depois de ter sido inicialmente convidado, desprogramado e novamente reintegrado na seleção oficial, o documentário The Road Between Us: The Ultimate Rescue acabou por se tornar um dos grandes destaques da 50.ª edição do festival ao vencer o People’s Choice Award para Melhor Documentário — um prémio atribuído pelo voto do público.

ver também : Criadores de Ídolos: Thriller Português Que Questiona a Fama e o Poder Estreia Esta Semana

Realizado por Barry Avrich, o filme acompanha o general reformado israelita Noam Tibon, que no dia 7 de outubro de 2023 atravessou zonas de conflito para resgatar o filho e a família, presos num kibbutz perto de Gaza durante os ataques do Hamas a Nahal Oz. Uma história pessoal e dramática, que rapidamente se transformou num retrato maior sobre coragem, família e sobrevivência em meio à violência.

Uma estreia envolta em protestos e controvérsia

A exibição mundial do filme em Toronto não esteve isenta de polémica. Para além das tensões relacionadas com o conflito israelo-palestiniano — que levaram a protestos em frente ao Roy Thomson Hall durante a estreia —, surgiram também preocupações logísticas e legais por parte do festival, nomeadamente em relação à utilização de imagens captadas por câmaras do Hamas durante os ataques.

Apesar das hesitações iniciais, e após críticas da comunidade judaica canadiana e de várias figuras públicas em Israel, o TIFF voltou atrás na decisão e autorizou a estreia do documentário. Barry Avrich agradeceu pessoalmente a Cameron Bailey, diretor do festival, pela reabertura da porta ao filme.

A força do público

Ao receber o prémio, Avrich destacou a importância do voto da audiência: “O público votou, e eu agradeço por isso. É emocionante para mim e para o Mark [Selby, produtor] vencer este prémio. Estamos ansiosos pelo resto desta jornada.”

Mark Selby reforçou a mensagem, sublinhando que se sentiram apoiados pela organização do festival: “Espero que todos os cineastas desta edição tenham sentido o mesmo apoio que nós sentimos.”

Próxima etapa: salas da América do Norte

Após o triunfo em Toronto, The Road Between Us prepara-se para ser exibido em cerca de 125 salas de cinema em mais de 20 cidades da América do Norte, a partir de 3 de outubro, numa distribuição maioritariamente independente.

ver também: Sketch: Quando os Rabiscos Ganharem Vida no Grande Ecrã

Entre aplausos, protestos e discussões acesas, uma coisa ficou clara: este documentário tornou-se um dos títulos incontornáveis do TIFF 2025, lembrando que o cinema continua a ser um palco privilegiado para confrontar histórias difíceis e debates urgentes.

Sketch: Quando os Rabiscos Ganharem Vida no Grande Ecrã

No próximo dia 18 de setembro chega às salas portuguesas Sketch – Cuidado com o que desenhas, uma fantasia sombria realizada por Seth Worley que promete transformar a inocência do desenho infantil num verdadeiro pesadelo. A ideia é simples e perturbadora: e se aquilo que as crianças rabiscam nos cadernos ganhasse vida, com toda a estranheza, a ternura e os monstros que daí poderiam nascer?

A história segue Taylor Wyatt, um pai viúvo interpretado por Tony Hale, que vive com os filhos Amber e Jack. A menina, com uma imaginação prodigiosa, começa a ver as suas criações de lápis e giz manifestarem-se no mundo real, após um misterioso incidente junto de um lago. O que começa por parecer uma dádiva rapidamente se transforma num pesadelo, à medida que criaturas bizarras e ameaçadoras escapam do papel para assombrar a cidade. Entre proteger os filhos e reparar os erros desencadeados, Taylor terá de enfrentar um desafio maior do que alguma vez imaginou.

ver também : Criadores de Ídolos: Thriller Português Que Questiona a Fama e o Poder Estreia Esta Semana

Ao lado de Hale, encontramos D’Arcy Carden no papel de Liz, a tia das crianças, Bianca Belle como Amber, a pequena artista, e Kue Lawrence como Jack, o irmão curioso e aventureiro. O filme combina momentos de fantasia luminosa com uma vertente mais obscura e inquietante, misturando drama familiar com elementos de terror leve — sempre embalado por uma atmosfera que faz lembrar tanto os clássicos de criaturas dos anos 80 como os universos mais recentes de fantasia para toda a família.

O que distingue Sketch é a forma como junta a imaginação infantil a temas mais adultos, como o luto, a responsabilidade e os laços familiares. Há sustos, sim, mas também há humor, ternura e um subtexto emocional que o aproxima mais de uma fábula sombria do que de um típico filme de horror.

ver também : Rooney Mara e Joaquin Phoenix: O Amor Discreto Que Se Tornou a História Mais Bonita de Hollywood

Estreando em pleno regresso às aulas, Sketch é uma proposta curiosa para quem gosta de cinema que brinca com a imaginação e, ao mesmo tempo, questiona até que ponto estamos preparados para lidar com os monstros — reais ou inventados — que nos espreitam dentro de casa.

Criadores de Ídolos: Thriller Português Que Questiona a Fama e o Poder Estreia Esta Semana

Uma conspiração que atravessa gerações

O cinema português prepara-se para receber um dos thrillers mais ousados do ano. Criadores de Ídolos, novo filme de Luís Diogo, estreia já esta quinta-feira, 18 de setembro, nas salas nacionais com distribuição da NOS Audiovisuais.

Com José Fidalgo, Ricardo Carriço, Virgílio Castelo, Rafaela Sá e Oceana Basílio nos principais papéis, o filme mergulha numa trama intensa onde a ficção e a realidade se cruzam para levantar questões sobre o papel das figuras públicas e o preço da fama.

ver também : Rooney Mara e Joaquin Phoenix: O Amor Discreto Que Se Tornou a História Mais Bonita de Hollywood

A história acompanha Sofia, jovem determinada a tornar-se a primeira mulher a integrar a “Ordem dos Criadores de Ídolos”, uma sociedade secreta que, segundo a narrativa, esteve por detrás das mortes de ícones como John F. Kennedy, Elvis Presley, Marilyn Monroe e James Dean. Para os membros da Ordem, a criação de mártires é a única forma de inspirar valores numa sociedade cada vez mais fútil. Mas o dilema de Sofia é moralmente devastador: será ela capaz de planear a morte de uma celebridade para conquistar o seu lugar na organização?

Entre drama e suspense

Luís Diogo constrói um filme que mistura drama e suspense, aliando uma narrativa envolvente a reflexões sobre a necessidade de referências na sociedade contemporânea, a igualdade de género e até a fronteira entre verdade e mentira.

O elenco conta ainda com Diogo Lima, que se junta a um grupo de atores de peso, habituados a transitar entre televisão e cinema.

Reconhecimento internacional antes da estreia

Criadores de Ídolos abriu oficialmente o Fantasporto 2025 e já conquistou prémios além-fronteiras, incluindo o de Melhor Longa-Metragem no Cobb International Film Festival, nos Estados Unidos. O percurso em festivais de cinema independente reforça a ambição de um projeto que procura provocar debate tanto em Portugal como no estrangeiro.

ver também : The Long Walk: A Distopia de Stephen King Ganha Vida com Intensidade e um Elenco de Luxo

Com uma premissa ousada e uma abordagem autoral, o filme promete não deixar ninguém indiferente. A pergunta fica no ar: até onde iríamos para criar os ídolos de que tanto precisamos?

The Long Walk: A Distopia de Stephen King Ganha Vida com Intensidade e um Elenco de Luxo

Francis Lawrence volta ao terreno da sobrevivência

Depois de levar milhões de espectadores a arenas letais em The Hunger Games, Francis Lawrence volta a envergar os óculos de distopia para adaptar The Long Walk, romance que Stephen King publicou em 1979 sob o pseudónimo Richard Bachman. O resultado é um thriller distópico tenso, sombrio e surpreendentemente humano, que transforma um simples ato — caminhar — num exercício de resistência física, psicológica e até filosófica.

ver também : Inacreditável Transformação: Jeremy Allen White é Bruce Springsteen em Filme Que Já Tem Data em Portugal

O filme transporta-nos para uma América alternativa, marcada pelo trauma do pós-Vietname, onde jovens são selecionados por sorteio para participar numa marcha televisiva sem fim. O objetivo é cruel: andar sem parar até restar apenas um vencedor, recompensado com fama, riqueza e um desejo realizado. Para os restantes, a eliminação é literal, feita sob o olhar vigilante de soldados armados.

Um elenco que dá corpo ao desespero

No centro da narrativa está Ray Garraty (Cooper Hoffman), que se despede da mãe (Judy Greer) antes de enfrentar a 19.ª edição da marcha. Ao longo da jornada, cria laços com outros concorrentes, como o carismático Peter McVries (David Jonsson), o fervoroso Arthur Baker (Tut Nyuot) e o aguerrido Hank Olson (Ben Wang). O Major impiedoso, interpretado por Mark Hamill, lidera o espetáculo distópico como uma sombra constante.

Apesar da premissa minimalista — caminhar ou morrer — o filme surpreende pela variedade visual e pela forma como investe nos personagens. Lawrence, em colaboração com o diretor de fotografia Jo Willems, evita a monotonia através de enquadramentos engenhosos e de uma atmosfera carregada de tensão, enquanto a violência, explícita e inevitável, é sempre enquadrada pela dor e pela consciência da sua futilidade.

Uma parábola sobre fascismo e resistência

Mais do que um jogo de sobrevivência, The Long Walk funciona como metáfora sobre como regimes autoritários moldam indivíduos e sociedades. Alguns caminham por dinheiro, outros por desespero, outros ainda pela necessidade de resistir. No coração do filme está a relação entre Garraty e McVries, marcada por amizade, admiração e um confronto filosófico que oscila entre a esperança e a resignação.

Cooper Hoffman constrói um protagonista com uma determinação quase animal, enquanto David Jonsson rouba a cena com um McVries carismático e compassivo, transformando a dupla na âncora emocional da narrativa.

Entre a brutalidade e a melancolia

Apesar de não atingir plenamente o impacto emocional a que aspira, especialmente no seu final ambíguo, The Long Walkmantém-se fascinante pela maior parte da sua duração. É um filme sobre juventudes condenadas, sobre a violência transformada em espetáculo e sobre como a esperança pode persistir mesmo nas estradas mais sombrias.

ver também : Emmys 2025: The Studio Brinda ao Recorde, Mas Houve Mais Surpresas na Noite da Televisão

Francis Lawrence pode não ter encontrado o mesmo equilíbrio épico de The Hunger Games, mas entrega aqui uma obra visualmente inventiva e emocionalmente carregada, que mantém viva a chama das distopias de Stephen King.

Inacreditável Transformação: Jeremy Allen White é Bruce Springsteen em Filme Que Já Tem Data em Portugal

Do sucesso de The Bear ao mito do “Boss”

Depois de conquistar a crítica com The Bear, Jeremy Allen White enfrenta agora o maior desafio da sua carreira: dar vida a Bruce Springsteen no biopic Deliver Me From Nowhere. Realizado por Scott Cooper (Crazy Heart) e baseado no livro de Warren Zanes, o filme mergulha na criação de Nebraska (1982), um dos álbuns mais enigmáticos e intimistas do cantor.

ver também : Emmys 2025: The Studio Brinda ao Recorde, Mas Houve Mais Surpresas na Noite da Televisão

Springsteen, que vinha do sucesso estrondoso de The River, fechou-se no quarto com um gravador de quatro pistas e produziu um conjunto de canções sombrias e nuas, que chocaram a indústria mas acabaram por se tornar um clássico absoluto. É essa luta entre a pressão das editoras e a fidelidade artística que o filme coloca no centro da narrativa.

Um elenco de luxo e estreia em outubro

Além de White no papel do “Boss”, o filme conta com Jeremy Strong como Jon Landau, o icónico manager de Springsteen. O elenco inclui ainda Paul Walter Hauser, Odessa Young, Marc Maron, Gabby Hoffman, Stephen Graham e Johnny Cannizzaro.

Em Portugal, Deliver Me From Nowhere estreia a 23 de outubro, um dia antes dos EUA, com distribuição em várias salas nacionais.

Música, cinema e legado

Para acompanhar a estreia, Bruce Springsteen prepara também um presente para os fãs: Nebraska ’82: Expanded Edition, uma caixa de cinco discos que traz o álbum remasterizado, a versão elétrica nunca editada, outtakes raros e até um filme-concerto gravado no Count Basie Theatre, em Red Bank, New Jersey.

ver também . Toy Story faz 30 anos: o filme que mudou a animação regressa ao grande ecrã

Entre a cinebiografia e a celebração musical, este outono será marcado por uma revisitação profunda a um dos capítulos mais fascinantes da carreira de Springsteen. Jeremy Allen White tem agora a missão de mostrar como, por vezes, a maior força de um artista surge na sua vulnerabilidade.

Emmys 2025: The Studio Brinda ao Recorde, Mas Houve Mais Surpresas na Noite da Televisão

A sátira que virou carta de amor a Hollywood

A 77.ª edição dos Emmys, os “Óscares da Televisão”, coroou The Studio como a grande vencedora da noite. A série da Apple TV+, criada e protagonizada por Seth Rogen, conquistou 13 estatuetas — um recorde absoluto para uma série de comédia — e transformou a sua visão satírica e apaixonada sobre Hollywood num fenómeno televisivo.

ver também : Toy Story faz 30 anos: o filme que mudou a animação regressa ao grande ecrã

Com 23 nomeações, já partia como favorita. No fim, arrecadou os troféus mais cobiçados, incluindo Melhor Série de Comédia e Melhor Ator numa Série de Comédia para Rogen, que igualou o recorde de mais Emmys ganhos por uma só pessoa numa noite. A série confirma-se como um retrato mordaz das inseguranças e falhas morais da indústria que retrata… mas com um toque de autoironia que encantou votantes e público.

A força britânica de Adolescência

Se Hollywood celebrou com Rogen, também houve sotaque britânico na festa. A minissérie Adolescência, da Netflix, conquistou oito Emmys, incluindo o de Melhor Minissérie. Stephen Graham brilhou como Melhor Ator, enquanto Owen Cooper entrou para a história como o mais jovem vencedor masculino de sempre numa categoria de interpretação, ao levar para casa o prémio de Melhor Ator Secundário. Erin Doherty, por sua vez, confirmou o estatuto de revelação ao vencer Melhor Atriz Secundária.

Drama com sabor a vitória: The Pitt

O drama também teve os seus heróis. The Pitt, da HBO Max, sagrou-se Melhor Série Dramática, derrotando pesos pesados como The Last of UsSeparação e The White Lotus. Noah Wyle arrebatou o Emmy de Melhor Ator em Drama, e Katherine LaNasa surpreendeu ao vencer na categoria de Melhor Atriz Secundária, impondo-se a quatro nomeadas de The White Lotus.

Outros destaques da noite

Nem só de recordes viveu esta edição. The Penguin arrecadou nove estatuetas, sobretudo em categorias técnicas, mas também deu a Cristin Milloti o prémio de Melhor Atriz numa Minissérie. Já Separação, apesar das 27 nomeações, ficou-se por oito vitórias — mas ainda assim entrou para a história: Tramell Tillman tornou-se o primeiro homem negro a conquistar o Emmy de Melhor Ator Secundário em Drama, e Britt Lower venceu Melhor Atriz Dramática.

Houve ainda momentos de nostalgia: os 25 anos de Gilmore Girls, o 50.º episódio de Survivor, os 40 anos de Golden Girls e até os 20 de Anatomia de Grey. A cerimónia foi conduzida pelo comediante Nate Bargatze, que prometeu discursos curtos com uma “chantagem solidária”: doar 100 mil dólares a uma instituição de caridade, com o valor a decrescer sempre que alguém se alongasse. Resultado? Uma noite mais ágil e focada na celebração da televisão.

ver também : Demon Slayer: Infinity Castle arrasa no box office com estreia entre $56M e $60M

A festa da televisão continua

Do brilho da passadeira vermelha às homenagens sentidas, os Emmys de 2025 confirmaram que a televisão continua a ser terreno fértil para grandes histórias e interpretações memoráveis. Se The Studio ficará para a história como a rainha da sátira televisiva, Adolescência e The Pitt provaram que há sempre espaço para novas vozes e dramas marcantes.

Toy Story faz 30 anos: o filme que mudou a animação regressa ao grande ecrã

Foi a 12 de novembro de 1995 que o mundo conheceu Toy Story e, desde então, a história da animação nunca mais foi a mesma. O primeiro filme totalmente animado em computador revolucionou Hollywood e transformou um pequeno grupo de criativos da Pixar em pioneiros de uma nova era.

ver também . Demon Slayer: Infinity Castle arrasa no box office com estreia entre $56M e $60M

Na altura, ninguém imaginava o impacto que teria. A Pixar tinha acabado de assinar um contrato de 26 milhões de dólares com a Disney para produzir três longas-metragens e apresentou três ideias: duas baseadas em livros infantis e uma, “meio cozida”, sobre brinquedos que ganhavam vida. Adivinhe-se qual foi escolhida.

Pete Docter, Andrew Stanton e Jonas Rivera — que na época eram apenas jovens animadores e até um estagiário — recordam hoje que o ambiente era quase amador. “Parecia que estávamos a fazer um filme na garagem”, contou Docter. Mas essa irreverência acabou por abrir caminho para Woody, Buzz Lightyear e companhia conquistarem o mundo.

Entre o caos e o génio criativo

Nem tudo foi fácil. A famosa projeção de Toy Story para executivos da Disney — conhecida como o “Black Friday” — quase cancelou o projeto. A equipa teve apenas duas semanas para reescrever partes cruciais do guião e salvar o filme.

No centro da narrativa estavam dois brinquedos: Woody, o xerife de cordel (voz de Tom Hanks), e Buzz Lightyear, o patrulheiro espacial (voz de Tim Allen). O segredo esteve em dar-lhes profundidade emocional. “Woody tem medo de ser substituído. Quem nunca sentiu isso, seja num emprego ou numa relação?”, explicou Jonas Rivera. Essa vulnerabilidade humana, embrulhada em aventura e humor, deu à história uma ressonância universal.

O público rendeu-se de imediato. Rex, Hamm, Bo Peep e o resto da trupe de brinquedos tornaram-se instantaneamente familiares, como se sempre tivessem existido.

Um legado sem fim

Toy Story arrecadou quase 400 milhões de dólares em bilheteira mundial e tornou-se o filme mais lucrativo de 1995. Seguiram-se três sequelas, curtas, especiais, o spin-off Lightyear e, claro, Toy Story 5, já marcado para 19 de junho de 2026. Para além disso, os personagens tornaram-se presença obrigatória nos parques temáticos da Disney.

Agora, para celebrar o 30.º aniversário, o clássico regressa às salas de cinema numa versão restaurada e, pela primeira vez, em 4DX, numa estreia mundial a 12 de setembro.

ver também : Avengers: Doomsday já tem primeira sinopse – e deixou muitos fãs desiludidos

Andrew Stanton, que escreve e realiza Toy Story 5, deixou uma mensagem clara aos fãs: “É evidente como o carinho por estes personagens é genuíno. Nós sentimos o mesmo. E queremos continuar a contar estas histórias convosco.”

Três décadas depois, a promessa de Buzz Lightyear continua viva: até ao infinito… e mais além!