The Chapel: novo palco do Tribeca Festival Lisboa estreia com filmes e séries imperdíveis 🎬✨

Um convento transformado em sala de cinema

Tribeca Festival Lisboa anunciou a programação oficial para a estreia de The Chapel by Betclic, a nova sala de exibição instalada na Capela do Convento do Beato. O espaço icónico da capital foi renovado para acolher alguns dos títulos mais aguardados do ano, numa iniciativa que reforça o papel do festival como ponto de encontro entre o cinema português e o panorama internacional.

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Entre 30 de outubro e 1 de novembro, o público poderá assistir em estreia a produções de realizadores consagrados e a obras que prometem marcar a temporada de festivais.

O que vai passar em The Chapel

A programação está recheada de nomes fortes:

  • “In the Hand of Dante”, de Julian Schnabel, uma das grandes apostas do circuito internacional;
  • “Sonhos”, o mais recente filme do mexicano Michel Franco;
  • “Sandokan: The Pirate Prince”, série com Can Yaman e Ed Westwick;
  • “Bugonia”, do grego Yorgos Lanthimos, depois do sucesso mundial de Poor Things;
  • “The Best You Can”, de Michael J. Weihorn;
  • “Além do Horizonte — A Travessia”, novo filme do português Fernando Vendrell, que dá destaque à produção nacional.

Para além destes títulos já confirmados, a programação reserva ainda dois filmes-surpresa a anunciar.

Três dias, nove sessões

O calendário de exibições no novo espaço será o seguinte:

📅 30 de outubro

  • 14h30 – In the Hand of Dante
  • 18h30 – Bugonia
  • 21h30 – Feel the Magic: Ticha Penicheiro — Against All Odds

📅 31 de outubro

  • 14h30 – Filme a anunciar
  • 18h30 – Sonhos
  • 21h30 – Sandokan: The Pirate Prince

📅 1 de novembro

  • 14h30 – The Best You Can
  • 18h30 – Além do Horizonte — A Travessia
  • 21h30 – Filme a anunciar

Bilhetes e passes

Os bilhetes individuais para cada sessão custam 15€ e estarão disponíveis a partir de 22 de setembro. Para quem quiser mergulhar a fundo na programação, existem pacotes especiais:

  • Cinema Pack I (35€) – acesso a seis sessões;
  • Cinema Pack II (65€) – acesso a três sessões;
  • Full Pass (255€) – acesso a todos os dias do festival.

Lisboa no mapa do cinema mundial

Para Cara Cusumano, diretora do festival em Nova Iorque, esta segunda edição do Tribeca Festival Lisboa celebra “o que mais gostamos na arte de contar histórias a nível global”, juntando títulos de peso do Tribeca 2025 e estreias internacionais que reforçam o caráter ousado do evento.

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Com The Chapel, Lisboa ganha não só um novo palco cultural, mas também a oportunidade de se afirmar como uma cidade que respira cinema em todas as suas formas.

O Grito: a nova série portuguesa da HBO Max que promete prender o público 🎭🇵🇹

Entre o mistério e a dor

As produções portuguesas estão a conquistar cada vez mais espaço no panorama internacional do streaming, e a estreia de O Grito na HBO Max confirma essa tendência. Lançada a 16 de setembro, a série já foi distinguida com os prémios de Melhor Série de TV e Melhor Realizador no Buenos Aires International Film Festival – Web Series 2025.

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Com realização de Leonel Vieira, o projeto aposta num enredo intenso, onde o mistério e o drama se cruzam com reflexões profundas sobre o peso das expectativas sociais e os silêncios que corroem as relações familiares.

Daniela Ruah e Sara Matos em confronto de irmãs

No centro da narrativa está Vitória Neves (Daniela Ruah), uma professora dedicada que vive em função dos outros — alunos, família, amigos — esquecendo-se de si própria. O seu marido, Salvador (Pedro Laginha), e o filho adolescente Pedro (Gonçalo Almeida) sentem diariamente o vazio deixado por essa entrega total.

O choque acontece quando Vitória decide pôr fim à própria vida. A partir daí, a protagonista passa a ser a sua irmã, Sofia (Sara Matos), uma artista plástica que regressa de Londres a Portugal determinada a compreender o que levou Vitória ao suicídio. À medida que percorre os últimos passos da irmã, Sofia descobre segredos dolorosos que abalam toda a família.

Um thriller dramático de identidade portuguesa

Com interpretações de Nuno Nolasco, Natália Luiza, Roberto Bomtempo, Joaquim Horta, Ricardo Veigas, Madalena Aragão, António Van Zeller e Mar BandeiraO Grito constrói uma teia de revelações onde cada personagem carrega as suas próprias fragilidades.

O tom de thriller dramático distingue a série, ao mesmo tempo que dá espaço para refletir sobre temas tabu como o suicídio, colocando o espectador perante questões de identidade, dor e resiliência.

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Estreia semanal até novembro

Até ao momento, apenas o primeiro episódio foi disponibilizado na HBO Max, com novos capítulos a estrearem todas as semanas até 4 de novembro. A promessa é clara: manter o público em suspense, num mergulho emocional que junta o melhor do talento nacional com uma narrativa de alcance universal.

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Palma de Ouro de Cannes segue rumo a Hollywood

França anunciou a escolha de Foi Só um Acidente, do realizador iraniano Jafar Panahi, como candidato oficial ao Óscar de Melhor Filme Internacional na 98.ª edição dos prémios da Academia, marcada para 15 de março de 2026 em Los Angeles.

O filme, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, estreia em Portugal a 13 de novembro e foi rodado em condições clandestinas, com parte da equipa a ser detida no Irão após o anúncio de que competiria no festival francês.

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Uma história de vingança e dúvida

Inspirado em testemunhos de presos políticos iranianos, Foi Só um Acidente acompanha um homem que julga ter encontrado, por acaso, o seu torturador. Decide raptá-lo e enterrá-lo vivo no deserto, mas a dúvida sobre a identidade do homem leva-o a procurar a ajuda de uma fotógrafa de casamentos que também esteve presa. O que começa como um ato de vingança transforma-se numa espiral de incertezas e caos.

O filme reflete as próprias experiências de Panahi, que esteve detido duas vezes — 86 dias em 2010 e quase sete meses entre 2022 e 2023 — e que permanece impedido de filmar no seu país.

França aposta em coproduções internacionais

A escolha foi anunciada pelo Centro Nacional de Cinema de França (CNC), que destacou o papel do país como “coração pulsante das coproduções internacionais”. Segundo Gaëtan Bruel, diretor do CNC, a candidatura de Panahi mostra como a França continua a ser “uma terra acolhedora para criadores impedidos de trabalhar nos seus países”.

A decisão representou uma derrota para Nouvelle Vague, de Richard Linklater (produzido pela Netflix), que era um dos favoritos. Outros filmes em análise incluíam Arco, de Ugo Bienvenu, La Petite Dernière, de Hafsia Herzi, e Vie privée, de Rebecca Zlotowski, protagonizado por Jodie Foster.

O passado e o presente dos Óscares

Panahi nunca foi selecionado pelo Irão para representar o país, apesar de já ter vencido alguns dos maiores prémios do cinema mundial — de Veneza a Berlim. Agora, com o apoio francês, tem finalmente uma oportunidade de chegar à corrida aos Óscares.

A França não vence na categoria de Melhor Filme Internacional desde Indochina (1992), mas no último ano conseguiu grande visibilidade com Emilia Perez, de Jacques Audiard, que obteve 13 nomeações, embora tenha perdido para o brasileiro Ainda Estou Aqui.

Portugal também entra na corrida

Portugal será representado por Margarida Cardoso e o seu filme Banzo, juntando-se a uma lista já preenchida por nomes fortes: os irmãos Dardenne com Jeunes Mères (Bélgica), Óliver Laxe com Sirât (Espanha), Park Chan-wook com No Other Choice (Coreia do Sul), Joachim Trier com Sentimental Value (Noruega), entre muitos outros.

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A lista final de 15 pré-selecionados será revelada a 16 de dezembro, com as cinco nomeações oficiais a serem conhecidas a 22 de janeiro de 2026.

One Battle After Another – Paul Thomas Anderson e Leonardo DiCaprio mergulham no caos da contracultura

Anderson reencontra Pynchon num delírio político

Dez anos depois de adaptar Inherent VicePaul Thomas Anderson volta a cruzar-se com o universo literário de Thomas Pynchon. Desta vez, inspira-se livremente no romance Vineland (1990) e cria “One Battle After Another”, uma espécie de thriller pulp e sátira política que mistura contracultura, paranoia e ação desenfreada.

O resultado é um filme tão caótico quanto fascinante: uma fábula moderna sobre resistência, poder e decadência, com a energia visual e sonora que só Anderson parece conseguir manter sempre “com o pedal colado ao fundo”. A banda sonora de Jonny Greenwood acentua esse nervosismo constante, vibrando entre o psicadélico e o apocalíptico.

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Leonardo DiCaprio, um revolucionário desajeitado

No centro da trama está Leonardo DiCaprio, que interpreta Bob, um revolucionário desgrenhado, sempre à beira do colapso nervoso. Membro secundário de uma célula armada que ataca prisões de migrantes na fronteira com o México, o seu papel é quase cómico: lançar fogo-de-artifício como distração. Ao lado dele estão figuras mais imponentes, como Deandra (Regina Hall) e o intelectual Howard (num cameo de Paul Grimstad).

Mas o verdadeiro íman da narrativa é Perfidia (Teyana Taylor), companheira e líder nata, capaz de manipular o grotesco coronel Lockjaw (Sean Penn, num registo repulsivo e caricato) para virar a máquina militar contra si própria. Uma das imagens mais arrebatadoras do filme mostra Perfidia, grávida de nove meses, a disparar uma metralhadora — cena que Anderson transforma num ícone de resistência e excesso.

Entre a farsa e a tragédia

A vida de Bob complica-se ainda mais quando se vê forçado a criar a filha adolescente Willa (Chase Infiniti) como pai solteiro. Enquanto ele se perde em drogas e cinismo, Willa mostra-se determinada, treinada em artes marciais por um excêntrico mestre (nada menos que Benicio del Toro). A relação entre os dois oscila entre ternura e frustração, até desembocar num dilema de paternidade que dá ao filme um inesperado sabor de Mamma Mia! passado no meio da guerrilha.

Anderson no fio da navalha

“One Battle After Another” é simultaneamente sério e farsesco, realista e cartoonesco. A ação — com perseguições de automóvel de cortar a respiração — convive com reflexões sobre identidade, poder e o eterno conflito cultural americano. Anderson transforma o caos em espetáculo, questionando se a luta pela contracultura não se tornou apenas mais um capítulo interminável da guerra cultural dos EUA.

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É um filme que não pede consenso: uns vão achá-lo excessivo e desconcertante, outros vão render-se ao seu ritmo alucinado. Mas é impossível negar que Anderson continua a ser um dos cineastas mais ousados da sua geração, capaz de fazer cinema político sem abdicar da extravagância visual.

Amanda Seyfried responde a críticas após comentário polémico sobre Charlie Kirk 🎭

Atriz clarifica posição depois de onda de reacções negativas

A atriz Amanda Seyfried, conhecida por filmes como Mean Girls e Mamma Mia!, voltou às redes sociais para esclarecer os seus comentários sobre Charlie Kirk, ativista político norte-americano recentemente assassinado durante um evento em Utah.

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Depois de ter chamado Kirk de “odioso” num comentário no Instagram, Seyfried enfrentou uma onda de críticas, acusações de insensibilidade e até ameaças de boicote ao seu novo filme, The Housemaid, que estreia esta sexta-feira.\

“Esquecemo-nos da nuance da humanidade”

Num texto publicado no Instagram, Seyfried, de 39 anos, escreveu:

“Podemos estar zangados com a misoginia e com discursos racistas e, AO MESMO TEMPO, concordar que o assassinato de Charlie Kirk foi absolutamente perturbador e deplorável em todos os sentidos.”

A atriz acrescentou ainda que não estava a tentar “alimentar o fogo”, mas sim oferecer “clareza a algo que foi irresponsavelmente (ainda que compreensivelmente) tirado do contexto”.

A polémica inicial

A controvérsia começou quando Seyfried comentou um post com frases controversas atribuídas a Kirk, conhecido pelas suas posições radicais contra o aborto, a imigração e a comunidade negra. Além disso, partilhou nos stories uma publicação que muitos interpretaram como insinuando que Kirk teria, de certa forma, incitado a própria morte:

“Não se pode convidar a violência para a mesa de jantar e depois ficar chocado quando ela começa a comer.”

Reacções do público

As redes sociais rapidamente se dividiram:

  • Alguns acusaram Seyfried de “apoiar a violência” e de atacar a fé cristã de Kirk;
  • Outros defenderam a atriz, sublinhando que condenar discursos de ódio não equivale a justificar um homicídio.

Houve também quem pedisse o boicote ao novo filme da atriz, que protagoniza ao lado de Sydney Sweeney.

O caso Charlie Kirk

Charlie Kirk, de 31 anos, foi morto a tiro a 10 de Setembro, durante o evento “American Comeback Tour” na Utah Valley University. O alegado atirador, Tyler Robinson, de 22 anos, foi detido e enfrenta acusações de homicídio, obstrução da justiça, disparo de arma de fogo causando ferimentos graves, intimidação de testemunhas e prática de crime violento na presença de uma criança.

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Entre política, Hollywood e liberdade de expressão

O episódio reacende o debate sobre a relação entre figuras públicas, política e liberdade de expressão. Amanda Seyfried termina o seu esclarecimento com uma pergunta que ecoa esse dilema:

“Discurso animado — não é isso que deveríamos estar a ter?”

Jimmy Kimmel suspenso pela ABC após comentários sobre Charlie Kirk 📺🔥

Uma suspensão que agita o debate político e mediático nos EUA

ABC anunciou a suspensão indefinida de Jimmy Kimmel, após os comentários polémicos do apresentador sobre o assassinato de Charlie Kirk, influente ativista de direita norte-americano. “Jimmy Kimmel Live será preterido indefinidamente”, confirmou um porta-voz da estação detida pela Disney.

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Durante o seu monólogo de segunda-feira, Kimmel acusou a chamada “Maga gang” de tentar tirar proveito político da morte de Kirk e criticou também as homenagens oficiais prestadas, incluindo as bandeiras a meia-haste. A reação não tardou: tanto Donald Trump como várias estações afiliadas à ABC elogiaram a decisão de afastar o apresentador.

As palavras que incendiaram a polémica

Na emissão, Kimmel ironizou a forma como Trump reagiu ao homicídio, dizendo:

“Isto não é a forma como um adulto lamenta a morte de alguém que chama amigo. É a forma como uma criança de quatro anos chora a perda de um peixinho dourado.”

Apesar de ter condenado o ataque e enviado “amor” à família de Kirk no próprio dia do crime, o tom do seu discurso em antena foi considerado “ofensivo e insensível” por vários grupos mediáticos, incluindo a gigante Nexstar Media, que se recusou a transmitir o programa “no futuro próximo”.

Trump celebra, sindicatos condenam

O ex-presidente Donald Trump festejou a suspensão como “ótima notícia para a América”, chamando ao programa de Kimmel um “show falido de audiências”.

Por outro lado, sindicatos como a Writers Guild of America (WGA) e a Sag-Aftra classificaram a decisão como uma ameaça à liberdade de expressão. “Vergonha para aqueles no governo que se esquecem desta verdade fundacional”, declarou a WGA.

FCC dividida sobre o caso

O presidente da FCC (Comissão Federal de Comunicações)Brendan Carr, nomeado por Trump, afirmou que Kimmel demonstrou “a conduta mais doentia possível” e elogiou os canais que cancelaram a emissão. Defendeu ainda que, no mínimo, o apresentador deveria apresentar um pedido de desculpas.

Em contrapartida, Anna Gomez, a única comissária democrata da FCC, criticou as declarações de Carr, sublinhando que um ato de violência individual não pode ser usado como desculpa para justificar censura alargada.

Um futuro incerto para o “Jimmy Kimmel Live”

Segundo fontes próximas citadas pela CNBC, Kimmel não foi despedido. A intenção da ABC será conversar com o apresentador antes de um eventual regresso ao ar. Ainda assim, o futuro do programa é incerto, numa altura em que os talk shows noturnos enfrentam a concorrência feroz do streaming e veem a sua relevância diminuir.

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Enquanto isso, algumas estações anunciaram que irão substituir o programa por especiais dedicados a Charlie Kirk, reforçando o peso político da polémica.

Keanu Reeves e Alex Winter trocam guitarras por Beckett em “Waiting for Godot” 🎭

De Bill & Ted ao palco da Broadway

Quem se lembra de “Bill & Ted’s Excellent Adventure” (1989) dificilmente imaginaria que, décadas depois, os mesmos protagonistas estariam lado a lado a dar vida a uma das obras mais enigmáticas do teatro moderno. Pois bem: Keanu Reeves e Alex Winter voltaram a juntar-se, desta vez não numa viagem no tempo, mas na peça “Waiting for Godot”, de Samuel 

Beckett.

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A estreia em pré-apresentações aconteceu a 13 de Setembro no Hudson Theater, em Nova Iorque, e marca um momento inédito na carreira de Reeves: é a sua primeira incursão na Broadway.

Um reencontro improvável

A ideia nasceu há cerca de três anos e meio, quando Reeves, num quarto de hotel, pensou em projetos que poderia partilhar novamente com Winter. A resposta surgiu como um relâmpago: “Waiting for Godot”.

A proposta encontrou eco no encenador Jamie Lloyd, que rapidamente abraçou o desafio de levar esta dupla icónica para o universo surrealista de Beckett.

Estragon e Vladimir em versão 2025

Na peça, Reeves interpreta Estragon e Winter dá corpo a Vladimir, duas figuras que esperam interminavelmente por alguém que talvez nunca apareça. Para Winter, que já tinha experiência na Broadway, o regresso ao palco é familiar. Para Reeves, é uma novidade carregada de emoções: “terror, ansiedade, esperança”, confessou, não resistindo a brincar com a sua inexperiência teatral.

Mais de 30 anos depois da estreia de Bill & Ted, os dois abordam agora Beckett com a maturidade de quem viveu altos e baixos, sucessos e perdas. “O texto é muito mais pessoal agora”, disse Winter. “A peça é sobre fugir da dor, distraindo-nos constantemente do presente imediato.”

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Uma temporada limitada

A produção de “Waiting for Godot” vai decorrer até 4 de Janeiro de 2026, oferecendo ao público nova-iorquino a oportunidade de assistir a uma leitura contemporânea de um dos maiores clássicos do teatro do século XX — e, claro, ao reencontro de duas lendas que marcaram gerações no cinema.

Daniela Melchior enfrenta a cobra gigante em “Anaconda” ao lado de Paul Rudd e Jack Black 🐍🇵🇹

A portuguesa no centro da nova versão do clássico

A Sony acaba de lançar o primeiro trailer de “Anaconda”, e há um motivo especial para os portugueses ficarem atentos: Daniela Melchior integra o elenco principal desta reinterpretação do clássico de 1997. A atriz, que já brilhou em The Suicide Squad e Velocidade Furiosa 10, junta-se agora a Paul Rudd e Jack Black numa mistura inesperada de terror e comédia.

Realizado por Tom Gormican (The Unbearable Weight of Massive Talent), que também assina o argumento com Kevin Etten, este novo Anaconda não é um remake direto do original. Em vez disso, apresenta-se como uma história mais irreverente: um grupo de amigos em plena crise de meia-idade decide recriar o filme favorito da juventude… até que a viagem à selva rapidamente se transforma numa luta real pela sobrevivência.

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Daniela Melchior, de Hollywood para a selva

Ainda não se conhecem muitos detalhes sobre a personagem de Daniela Melchior, mas o trailer deixa antever que terá um papel de destaque na narrativa. Ao lado de Rudd (Griff), um ator secundário habituado a papéis de fundo, e Black (Doug), um videógrafo de casamentos, Melchior promete trazer intensidade e energia ao grupo que se vê encurralado entre risos, nostalgia e uma cobra mortal.

O elenco conta também com Thandiwe Newton e Steve Zahn, mas é inevitável que para o público português o foco esteja em Melchior, que continua a afirmar-se como um dos nomes lusos mais sólidos em Hollywood.


Um Natal diferente no cinema

O filme tem estreia marcada para o Natal de 2025, uma data invulgar para lançamentos de terror, mas que sublinha a mistura de géneros que o projeto quer explorar. Como referiu Paul Rudd na apresentação: “Vão rir, vão assustar-se e, se calhar, até vão querer aplaudir com os vossos amigos”.

Produzido por Brad Fuller e Andrew Form através da Fully Formed Entertainment, “Anaconda” promete ser tanto uma homenagem ao clássico de 1997 como uma sátira às convenções do género.

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O legado do original e a aposta no futuro

O primeiro Anaconda, protagonizado por Jennifer Lopez, Ice Cube e Jon Voight, tornou-se um clássico de culto, famoso pelo suspense exagerado e pela criatura digital que aterrorizou plateias nos anos 90. Agora, quase três décadas depois, Daniela Melchior tem a oportunidade de inscrever o seu nome no legado da saga, levando o talento português para o centro de uma das produções mais inusitadas de 2025.

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Apple TV+ aposta forte no seu drama estrela

A Apple TV+ decidiu não esperar para ver. Antes mesmo de a 4.ª temporada estrear — marcada para quarta-feira, 17 de Setembro — o serviço de streaming anunciou oficialmente que “The Morning Show” terá uma 5.ª temporada. A decisão reforça a confiança da plataforma na série protagonizada por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon, um dos títulos mais populares e comentados do catálogo desde a estreia em 2019.

Segundo Matt Cherniss, responsável pela programação da Apple TV+, a produção tem sido “um destaque desde o primeiro momento” e conseguiu não só entreter como também ressoar junto de audiências em todo o mundo.

O que esperar da 4.ª temporada

A nova temporada situa-se quase dois anos após os eventos da terceira. Com a fusão entre a UBA e a NBN concluída, a redação enfrenta agora novos dilemas: responsabilidades acrescidas, motivos ocultos e o desafio de perseguir a verdade numa América cada vez mais polarizada.

O elenco ganha sangue novo com nomes de peso:

  • Marion Cotillard e Jeremy Irons, ambos vencedores de Óscar, juntam-se ao projeto;
  • Boyd Holbrook, que interpreta um podcaster à la Joe Rogan;
  • Aaron Pierre e William Jackson Harper, que trazem novas dinâmicas à redação.

Entre os veteranos, regressam Billy Crudup, Mark Duplass, Nestor Carbonell, Karen Pittman, Greta Lee, Nicole Beharie e Jon Hamm.

Aniston continua a interpretar Alex Levy, agora a partir de uma nova posição de poder, enquanto Witherspoon regressa como Bradley Jackson, que lida com as consequências de ter protegido o irmão após os eventos de 6 de Janeiro em Washington.

Intriga, família e poder nos bastidores da TV

Tal como nas temporadas anteriores, os bastidores do jornalismo televisivo servem de palco para temas que misturam política, escândalos mediáticos e dilemas pessoais. Entre furos jornalísticos, novos romances e tensões familiares, “The Morning Show” mantém a fórmula que conquistou público e crítica.

A showrunner Charlotte Stoudt regressa para liderar a produção, que continua a contar com a realização de Mimi Ledere com a dupla Aniston e Witherspoon também no papel de produtoras executivas.

Conclusão: confiança total no futuro

Com a 4.ª temporada prestes a estrear e a 5.ª já confirmada, a Apple TV+ mostra que vê em “The Morning Show” não apenas uma série de sucesso, mas uma das suas grandes bandeiras na guerra do streaming. Para os fãs, fica a certeza: ainda há muito drama, segredos e reviravoltas para acompanhar ao pequeno-almoço.

“Black Rabbit”: Jason Bateman e Jude Law brilham em drama sombrio da Netflix 🐇🎭

Dois irmãos, uma espiral de caos

A Netflix prepara-se para lançar no dia 18 de Setembro a sua mais recente série original: “Black Rabbit”, um thriller em oito episódios que promete mergulhar os espectadores no coração obscuro de Nova Iorque. O grande chamariz? A dupla improvável mas explosiva formada por Jude Law e Jason Bateman, que dão vida a dois irmãos tão inseparáveis quanto autodestrutivos.

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Law interpreta Jake Friedkin, dono de um restaurante de quatro andares que é ao mesmo tempo espaço exclusivo de celebridades e laboratório de ambições desmedidas. Já Bateman é Vince, o irmão perdido entre vícios, dívidas e esquemas de sobrevivência, que regressa para arrastar Jake de volta a um passado de sombras. Entre eles, uma relação marcada pela lealdade e pela frustração, pelo afeto e pelo rancor — um laço que os salva e destrói em simultâneo.

Entre clubes de luxo e becos perigosos

“Black Rabbit” é mais do que um drama familiar: é também um retrato da vida noturna nova-iorquina, da pressão dos negócios e da violência escondida nas esquinas da cidade. A série equilibra intriga criminal, segredos familiares e dilemas morais, com passagens que evocam desde o realismo urbano de Michael Mann até a energia frenética de Mississippi Grind.

Pelo caminho, desfilam personagens secundárias de peso: a enigmática bartender Anna (Abbey Lee), o temível agiota Mancuso (Troy Kotsur, vencedor de um Óscar), e um conjunto de figuras tão carismáticas quanto perigosas. A presença de realizadores como Justin Kurzel e Laura Linney nos episódios finais assegura que a tensão nunca abranda.

Um par improvável que funciona

O que realmente faz de “Black Rabbit” algo especial é a química entre Law e Bateman. Num instante, os dois passam de cúmplices divertidos a inimigos amargos — e vice-versa. São olhares, tiques e silêncios que revelam uma vida inteira partilhada. A dinâmica lembra um Newton’s cradle humano: cada choque entre os irmãos desencadeia novas ondas de ação e conflito.

Estilo, música e feridas abertas

Visualmente, a série alterna entre cores desbotadas e sequências em preto e branco, transportando o espectador tanto para a nostalgia do passado como para a crueza do presente. A banda sonora, com Interpol e Fontaines D.C., adiciona camadas de urgência e melancolia.

No fundo, porém, “Black Rabbit” fala sobre ambição, vício e a impossibilidade de escapar à família. É uma história que questiona: seremos definidos pelas escolhas que fazemos ou pelas coisas de que fugimos?

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Conclusão: uma queda inevitável

Com diálogos afiados, um elenco de luxo e uma realização que nunca perde o ritmo, “Black Rabbit” surge como uma das apostas televisivas mais intensas do ano. Preparem-se para mergulhar na toca do coelho e descobrir que, por vezes, os maiores inimigos estão à mesa connosco.

“Wednesday” regressa em força e luta pela coroa no Top da Netflix 🎬👑

Um combate histórico, uma série em ascensão e um fenómeno inesperado

A semana de 8 a 14 de Setembro foi de tudo menos aborrecida no catálogo da Netflix. O grande destaque foi o combate Canelo vs. Crawford, que conquistou o primeiro lugar no Top 10 de TV em inglês com uns impressionantes 17,7 milhões de visualizações. Mas logo atrás, a família Addams voltou a mostrar que continua a dar cartas: a segunda temporada de “Wednesday” somou mais 15 milhões de visualizações, entrando oficialmente para a lista das séries mais populares de sempre da plataforma.

Se já não bastasse o sucesso da estreia em 2022, que colocou a 1.ª temporada de Wednesday no trono absoluto, agora a 2.ª temporada surge no 10.º lugar da lista histórica — o que significa que a Netflix tem a sua própria Addams a dominar tanto o presente como o passado do streaming.

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A ascensão de “Wednesday” – mas com nuances

Com a estreia da parte 2 da nova temporada, a série conseguiu finalmente entrar no top histórico da Netflix, ultrapassando os 95 milhões de visualizações acumuladas. Ainda assim, há um dado curioso: ao contrário do que muitos esperavam, a adesão não tem sido tão explosiva quanto na temporada inaugural. No meu micro grupo de fãs da série, a divisão do segunda season em 2 partes foi um dos motivos, sendo que a maioria esperou pelos episódios do dia 3 de Outubro. Todavia o fenómeno mantém-se forte, mas tudo indica que “Wednesday” não conseguirá destronar a sua própria primeira temporada.

Mesmo assim, o feito é notável. Raramente uma série consegue ocupar dois lugares numa lista tão disputada — e Jenna Ortega continua a cimentar-se como um dos maiores fenómenos globais da atualidade.

O resto da tabela televisiva

Depois do combate e da adolescente gótica favorita do mundo, o pódio fechou com “Beauty in Black” (2.ª temporada), que conquistou 8,7 milhões de visualizações. Logo a seguir, veio “My Life with the Walter Boys” (2.ª temporada), com 5,2 milhões.

O cinema também brilhou – e com um fenómeno inesperado

No lado dos filmes, a liderança continua a ser de “Kpop Demon Hunters”, que já se tornou um caso de estudo dentro da Netflix. O filme acrescentou mais 22,6 milhões de visualizações nesta semana, mantendo uma regularidade impressionante ao longo de mais de mês e meio. A versão sing-along, somada à original, tem ajudado a impulsionar os números, mas a verdade é que a Netflix nunca tinha visto nada parecido.

Em segundo lugar no cinema surge “The Wrong Paris”, com 12,8 milhões, seguido de “Unknown Number: The High School Catfish”, com 11,7 milhões. E, no campo documental, quem surpreendeu foi Charlie Sheen, que, com o revelador aka Charlie Sheen, conseguiu 9,7 milhões de visualizações.

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Conclusão: Addams, boxe e K-pop

Enquanto o boxe continua a dar provas de que há futuro para eventos desportivos em direto no streaming, a série “Wednesday” reafirma o seu estatuto de fenómeno cultural. Pode não superar a temporada anterior, mas já garantiu lugar na história da Netflix. E, do outro lado do ringue, os caçadores de demónios K-pop continuam a bater recordes semana após semana, transformando-se no maior enigma do cinema em streaming de 2025.

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De Cannes a Hollywood

A Academia de Cinema de Espanha anunciou que Sirât, de Oliver Laxe, será o filme que representará o país na corrida ao Óscar de Melhor Filme Internacional na 98.ª edição dos prémios da Academia. A escolha recaiu sobre o vencedor do Prémio do Júri em Cannes 2025, impondo-se a Romería, de Carla Simón, e Sorda, de Eva Libertad, que também integravam a shortlist.

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Uma busca no meio da noite eterna

O filme acompanha um homem (Sergi López) e o seu filho (Bruno Núñez Arjona), que viajam até às montanhas do sul de Marrocos à procura de Mar, filha e irmã desaparecida meses antes durante uma rave. Munidos de fotografias e mergulhados em noites infindáveis de música eletrónica, pai e filho entram num mundo de liberdade desconcertante. O rasto leva-os até um grupo de ravers que se dirige ao deserto, em busca de uma última festa — e da esperança de reencontrar a jovem perdida.

No elenco estão ainda Richard Bellamy, Stefania Gadda e Joshua Liam Henderson, ao lado de Sergi López, veterano do cinema europeu, e do jovem Bruno Núñez Arjona.

Uma produção internacional com ADN espanhol

Sirât é uma produção original da Movistar Plus+, em colaboração com Filmes da Ermida, El Deseo, Uri Films e 4a4 Productions. A distribuição em Espanha é da Bteam Pictures, enquanto as vendas internacionais estão a cargo da The Match Factory. Nos Estados Unidos, a estreia ficará a cargo da Neon.

O peso da escolha

O anúncio foi feito pelo cineasta Pablo Berger (Robot Dreams, nomeado ao Óscar em 2024), acompanhado pelo presidente da Academia Espanhola, Fernando Méndez-Leite. A decisão sucede à candidatura do ano passado, Saturn Return, de Isaki Lacuesta e Pol Rodríguez, que não chegou à shortlist.

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Com o impacto já conquistado em Cannes e a próxima exibição no Festival de San Sebastián, Sirât chega à temporada de prémios com forte visibilidade internacional. A questão agora é se conseguirá o feito histórico de voltar a colocar o cinema espanhol entre os nomeados aos Óscares.

Stephen Colbert Brinca com a Falta de Emmys de Trump Após Primeira Vitória de The Late Show

Uma estreia tardia, mas saborosa

Depois de anos de nomeações, The Late Show With Stephen Colbert conquistou finalmente o Emmy de Melhor Talk Show na cerimónia de 2025, superando rivais como Jimmy Kimmel Live! e The Daily Show. Para Colbert, a vitória foi não só um motivo de celebração, como também uma oportunidade para voltar a provocar o seu velho adversário: Donald Trump.

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No primeiro programa após a cerimónia, Colbert exibiu a estatueta dourada perante o público com ironia: “Devíamos ter sido cancelados há anos.” A piada foi uma referência direta ao anúncio da CBS, feito em julho, de que The Late Showterminará em maio de 2026.

Uma equipa de 200 pessoas atrás das câmaras

O apresentador aproveitou o momento para agradecer à sua vasta equipa, sublinhando o papel dos argumentistas, técnicos de palco, editores, músicos e até estagiários. “Este prémio pertence às 200 pessoas que fazem este programa todos os dias. Mas vou ficar com ele”, brincou.

Numa nota mais mordaz, Colbert avisou que “se alguém tocar no Emmy, enfio-lhe as asas pelos olhos adentro”, arrancando gargalhadas da plateia.

A piada inevitável a Trump

O momento mais comentado chegou no final do seu monólogo, quando Colbert atirou: “Falando em Emmys… Donald Trump não tem nenhum.” A alfinetada deu continuidade a uma rivalidade de longa data.

O atual presidente dos EUA, recorde-se, já tinha gozado com o cancelamento do programa, escrevendo na rede Truth Social: “Adoro que o Colbert tenha sido despedido. O seu talento era ainda menor do que as audiências.” Trump aproveitou ainda para atacar outros apresentadores noturnos, elogiando Greg Gutfeld e criticando Jimmy Kimmel e Jimmy Fallon.

Apesar da provocação de Colbert, Trump não saiu totalmente em branco nos Emmys: The Apprentice foi nomeado em 2004 e 2005 para Melhor Programa de Competição, mas nunca venceu.

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Uma vitória com sabor especial

Para Colbert e a equipa de The Late Show, a conquista do primeiro Emmy chega numa altura agridoce: às portas do fim do programa, mas com a consagração que há muito lhes escapava. E, claro, com material fresco para mais uma piada à custa de Trump.

Other Mommy: Novo Filme de Terror Produzido por James Wan Adiado para Outubro de 2026

Universal troca a primavera pelo Halloween

A Universal Pictures anunciou que Other Mommy, o novo filme de terror da Atomic Monster (produtora de James Wan), vai estrear mais tarde do que o previsto. Inicialmente agendado para 8 de maio de 2026, o filme chega agora às salas a 9 de outubro de 2026, em plena temporada de Halloween, competindo diretamente com The Legend of Aang: The Last Airbender, da Paramount.

Baseado em Josh Malerman, autor de Bird Box

Inspirado no romance Incidents Around the House, de Josh Malerman (Bird Box), Other Mommy promete mergulhar o público numa história sobrenatural inquietante. A narrativa acompanha uma jovem rapariga cuja família e casa começam a ser assombradas por uma entidade maligna que quer instalar-se… mas antes precisa de convencer a menina a deixá-la entrar.

Um elenco de luxo no coração do terror

O filme conta com Jessica Chastain, vencedora de Óscar e já veterana no género após It: Capítulo Dois, ao lado de Jay Duplass (Transparent), Arabella Olivia Clark (Springsteen: Deliver Me From Nowhere) e Dichen Lachman(Severance).

Na realização está Rob Savage, responsável por Host e The Boogeyman, enquanto o argumento foi escrito por Nathan Elston, vencedor do WGA Award por Succession.

James Wan na produção

Other Mommy junta forças da Atomic Monster e da Blumhouse, em parceria com a Spin a Black Yarn e a Universal Pictures. James Wan, criador de SawInsidious e The Conjuring, assina a produção ao lado de Michael Clear, Judson Scott e Macdara Kelleher. Entre os produtores executivos estão o próprio Savage, Malerman e Ryan Lewis.

Uma aposta forte no terror

A Universal continua a reforçar a sua aposta no género, com um calendário recheado. Antes de Other Mommy, o estúdio lança ainda este ano títulos como Him (da Monkeypaw, com Marlon Wayans), Black Phone 2 (17 de outubro), Wicked: For Good (21 de novembro) e Five Nights at Freddy’s 2 (5 de dezembro).

Com estreia marcada para outubro de 2026, Other Mommy posiciona-se como a grande aposta de terror para a próxima temporada de Halloween — e com James Wan na produção, as expectativas estão no topo.

Óscares 2026: Colômbia Escolhe A Poet Como Candidato a Melhor Filme Internacional

Do júri de Cannes à corrida a Hollywood

A Colômbia anunciou oficialmente que A Poet, de Simón Mesa Soto, será o filme representante do país na corrida ao Óscar de Melhor Filme Internacional em 2026. A obra estreou mundialmente no Festival de Cannes deste ano, onde conquistou o Prémio do Júri na secção Un Certain Regard, e já passou também pelo Festival de Toronto (TIFF).

ver também: Woody Allen em Outubro: Canal Cinemundo Faz-lhe Uma Retrospetiva à Medida

Trata-se da segunda longa-metragem de Mesa Soto, que já se começa a afirmar como uma das vozes mais singulares do novo cinema colombiano.

Uma história de fracasso, redenção e literatura

No centro da narrativa está Óscar, interpretado pelo estreante Ubeimar Rio, um escritor falhado e desempregado que vive com a família em Medellín. Entregue ao álcool e ao desencanto, vagueia pelas ruas da cidade lamentando o estado da literatura no seu país. A sua vida ganha, no entanto, um novo propósito quando lhe é oferecida a oportunidade de orientar uma jovem estudante — um gesto que pode significar a sua redenção.

O elenco conta ainda com Rebeca Andrade, Guillermo Cardona, Humberto Restrepo, Alisson Correa e Margarita Soto.

Reconhecimento dentro e fora da Colômbia

“A receção do público colombiano foi comovente. Muitos identificaram-se com o nosso poeta, e isso foi o que mais nos emocionou. Agora, saber que vamos representar a Colômbia no caminho até aos Óscares é uma honra enorme”, afirmou o realizador Simón Mesa Soto.

Nos Estados Unidos, os direitos de distribuição foram adquiridos pela 1-2 Special, que planeia uma estreia em sala.

O histórico da Colômbia nos Óscares

A presença da Colômbia na corrida ao Óscar tem sido esporádica, mas marcante. Em 2015, o país conseguiu pela primeira vez uma nomeação com O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra. Mais tarde, em 2018, Pássaros de Verão, de Cristina Gallego e Guerra, chegou a integrar a shortlist.

Com A Poet, a Colômbia volta a apostar num cinema autoral e poético, que tem vindo a conquistar a crítica internacional.

O calendário dos prémios

O prazo de submissões aos Óscares termina a 1 de outubro. A shortlist de 15 filmes será revelada a 16 de dezembro, enquanto as nomeações oficiais para a 98.ª edição dos prémios da Academia serão anunciadas a 22 de janeiro de 2026.


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A Poet

 Como Candidato a Melhor Filme Internacional

Do júri de Cannes à corrida a Hollywood

A Colômbia anunciou oficialmente que A Poet, de Simón Mesa Soto, será o filme representante do país na corrida ao Óscar de Melhor Filme Internacional em 2026. A obra estreou mundialmente no Festival de Cannes deste ano, onde conquistou o Prémio do Júri na secção Un Certain Regard, e já passou também pelo Festival de Toronto (TIFF).

Trata-se da segunda longa-metragem de Mesa Soto, que já se começa a afirmar como uma das vozes mais singulares do novo cinema colombiano.

Uma história de fracasso, redenção e literatura

No centro da narrativa está Óscar, interpretado pelo estreante Ubeimar Rio, um escritor falhado e desempregado que vive com a família em Medellín. Entregue ao álcool e ao desencanto, vagueia pelas ruas da cidade lamentando o estado da literatura no seu país. A sua vida ganha, no entanto, um novo propósito quando lhe é oferecida a oportunidade de orientar uma jovem estudante — um gesto que pode significar a sua redenção.

O elenco conta ainda com Rebeca Andrade, Guillermo Cardona, Humberto Restrepo, Alisson Correa e Margarita Soto.

Reconhecimento dentro e fora da Colômbia

“A receção do público colombiano foi comovente. Muitos identificaram-se com o nosso poeta, e isso foi o que mais nos emocionou. Agora, saber que vamos representar a Colômbia no caminho até aos Óscares é uma honra enorme”, afirmou o realizador Simón Mesa Soto.

Nos Estados Unidos, os direitos de distribuição foram adquiridos pela 1-2 Special, que planeia uma estreia em sala.

O histórico da Colômbia nos Óscares

A presença da Colômbia na corrida ao Óscar tem sido esporádica, mas marcante. Em 2015, o país conseguiu pela primeira vez uma nomeação com O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra. Mais tarde, em 2018, Pássaros de Verão, de Cristina Gallego e Guerra, chegou a integrar a shortlist.

Com A Poet, a Colômbia volta a apostar num cinema autoral e poético, que tem vindo a conquistar a crítica internacional.

O calendário dos prémios

O prazo de submissões aos Óscares termina a 1 de outubro. A shortlist de 15 filmes será revelada a 16 de dezembro, enquanto as nomeações oficiais para a 98.ª edição dos prémios da Academia serão anunciadas a 22 de janeiro de 2026.

ver também: Ricky Stanicky: John Cena e Zac Efron em Comédia Caótica Que Chega ao TVCine

Ricky Stanicky: John Cena e Zac Efron em Comédia Caótica Que Chega ao TVCine

O amigo imaginário que ganhou vida

Durante anos, três amigos de infância culparam um certo Ricky Stanicky por todas as asneiras que cometeram. O detalhe? Ricky não existia. Era apenas uma desculpa conveniente, usada como álibi para escapar a compromissos e responsabilidades. Mas o que acontece quando a mentira ameaça vir ao de cima e é preciso transformar o amigo imaginário em alguém real?

ver também :Woody Allen em Outubro: Canal Cinemundo Faz-lhe Uma Retrospetiva à Medida

É este o ponto de partida de Ricky Stanicky, a nova comédia de Peter Farrelly, que estreia no TVCine Top a 19 de setembro, às 21h30 (também disponível no TVCine+).

John Cena a roubar a cena

No filme, Dean (Zac Efron), JT (Andrew Santino) e Wes (Jermaine Fowler) decidem contratar um ator excêntrico, “Rock Hard” Rod (John Cena), para interpretar o inexistente Ricky Stanicky. O problema é que Rod leva o papel demasiado a sério, embarcando num espetáculo de exageros que rapidamente foge ao controlo.

Com John Cena no seu registo mais disparatado e Zac Efron a liderar o trio de amigos trapalhões, a comédia promete momentos de puro caos e gargalhadas inesperadas.

O regresso de Peter Farrelly à comédia desbragada

Realizado por Peter Farrelly, conhecido por clássicos como Doidos à SoltaDoidos por Mary e Ela, Eu e o Outro, mas também vencedor de Óscar com Green Book – Um Guia Para a Vida, o filme recupera o espírito irreverente das comédias dos anos 90 e 2000, combinando humor físico, diálogos rápidos e personagens ridiculamente carismáticas.

Amizade, mentiras e consequências

Para além do humor, Ricky Stanicky é também uma reflexão divertida sobre amizade, cumplicidade e o preço das mentiras que contamos a nós próprios e aos outros. Afinal, quando se inventa um “melhor amigo” durante demasiado tempo, o risco é que ele acabe mesmo por ganhar vida própria — e atrapalhar tudo.

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Prepare-se: na noite de sexta-feira, 19 de setembro, às 21h30, o caos tem nome e está em estreia no TVCine Top.

Woody Allen em Outubro: Canal Cinemundo Faz-lhe Uma Retrospetiva à Medida

Durante o mês de outubro, as noites de terça-feira no Canal Cinemundo vão ter sotaque nova-iorquino e aroma europeu. O canal elegeu Woody Allen como estrela do mês, preparando um ciclo com sete filmes que percorrem várias fases da sua carreira, desde as comédias disparatadas às intrigas sombrias, passando pelas histórias românticas que filmou em cidades como Londres, Barcelona e Roma.

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É um programa que convida à (re)descoberta de um realizador que, com mais de 50 títulos no currículo, continua a ser uma das vozes mais singulares da sétima arte — e também uma das mais controversas fora dela. Mas aqui o que interessa é a obra, e é nela que a programação do Cinemundo se concentra.

Do crime ao riso, passando pelo romance

O ciclo arranca a 7 de outubro com “Vigaristas de Bairro”, uma comédia sobre pequenos ladrões que tropeçam na fortuna ao tentar assaltar um banco. Ainda na mesma noite, surge “Hollywood Ending”, sátira deliciosa onde um cineasta em decadência tenta realizar um grande projeto… enquanto sofre de cegueira psicossomática. Uma piada perfeita sobre a própria indústria que tantas vezes idolatramos.

Na semana seguinte, a 14 de outubro, o tom muda drasticamente com “Match Point”, talvez o filme mais celebrado de Allen no século XXI. Um thriller elegante, rodado em Londres, onde Scarlett Johansson e Jonathan Rhys Meyers protagonizam uma história de paixão, ambição e destino — um regresso do realizador à sua veia mais sombria. Logo depois, o canal propõe “Scoop”, mistura de romance e mistério com Hugh Jackman e Johansson, num registo mais leve e divertido.

O dia 21 de outubro é dedicado à Península Ibérica: primeiro com “Vicky Cristina Barcelona”, explosão de desejos e encontros que deu a Penélope Cruz o Óscar de Melhor Atriz Secundária; depois com “O Sonho de Cassandra”, outro mergulho em tons trágicos, com Ewan McGregor e Colin Farrell como irmãos apanhados num dilema moral que os conduz ao abismo.

O ciclo encerra a 28 de outubro em clima italiano com “Para Roma com Amor”, mosaico de histórias que mistura turistas, artistas e cidadãos romanos em situações improváveis, sempre com aquele humor peculiar de Allen, capaz de encontrar absurdo e poesia nas esquinas de qualquer cidade.

Uma viagem pelas cidades de Allen

Se Nova Iorque foi sempre a sua musa original, a programação escolhida pelo Cinemundo mostra bem como Woody Allen se deixou seduzir pela Europa nos anos 2000. Londres, Barcelona e Roma são filmadas como protagonistas de narrativas que cruzam o crime, a paixão e o ridículo da vida moderna. Ao lado das comédias mais ligeiras, os thrillers mais pesados revelam outra faceta do realizador: a de moralista cínico, interessado em como o acaso e a ambição moldam destinos.

Um realizador que não deixa ninguém indiferente

É impossível falar de Woody Allen sem reconhecer que a sua figura pública foi marcada, nos últimos anos, por polémicas fora do ecrã. Ainda assim, para muitos espectadores, a sua obra mantém-se como um retrato singular das neuroses urbanas, dos labirintos do coração e das ironias do destino. É precisamente essa obra que o Canal Cinemundo traz de volta às televisões, numa retrospetiva que abrange três décadas de criatividade.

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Quando ver

O ciclo Woody Allen – Estrela do Mês decorre de 7 a 28 de outubro, sempre às terças-feiras, a partir das 21h00, no Canal Cinemundo. Sete filmes, sete oportunidades de revisitar um dos cineastas mais prolíficos e provocadores do cinema contemporâneo

Blade Runner 2049: Warner Bros. Discovery Próxima de Vencer Batalha Judicial Contra a Tesla

Inteligência artificial no centro da polémica

A luta legal em torno de Blade Runner 2049 e a utilização indevida de imagens do filme por parte da Tesla ganhou um novo capítulo. Um tribunal norte-americano rejeitou várias acusações dirigidas à Warner Bros. Discovery, aproximando o estúdio da vitória num processo que envolve direitos de autor, inteligência artificial e a sempre polémica figura de Elon Musk.

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A disputa começou quando, em 2023, a Tesla apresentou o seu projeto de robotáxi num evento mediático num estúdio da Warner. Durante a apresentação, Musk exibiu uma imagem gerada por inteligência artificial que mostrava uma figura de sobretudo diante de ruínas envoltas em névoa laranja — um cenário quase idêntico à famosa sequência de Blade Runner 2049 em que Ryan Gosling explora uma Las Vegas devastada.

As acusações e a resposta do tribunal

A produtora Alcon Entertainment, detentora dos direitos do filme, acusou a Tesla de ter alimentado um gerador de imagens com fotogramas da obra sem licença, criando material promocional não autorizado. Warner Bros. Discovery foi arrastada para o processo, com a alegação de que teria fornecido imagens em alta resolução à Tesla ou, pelo menos, não impediu a sua utilização.

O tribunal, contudo, descartou essas acusações. O juiz Wu sublinhou que não havia provas de que a Warner tivesse entregue material à Tesla, nem de que tivesse o poder de impedir Musk e a sua empresa de recorrer a imagens do filme. “Permitir que Musk e a Tesla ‘escolhessem’ conteúdo de uma biblioteca não equivale a dar à Warner o direito de controlar, limitar ou supervisionar esse uso”, escreveu o juiz na decisão de 11 de setembro.

Tesla sob escrutínio

Apesar deste avanço para a Warner, a Tesla continua sob pressão. O tribunal recusou um pedido para arquivar uma acusação de violação direta de direitos de autor, citando “semelhanças evidentes” entre o material usado no evento e imagens do filme. A alegação de que a empresa recorreu a inteligência artificial apenas horas depois de ser negada a permissão para usar fotogramas originais reforça a gravidade da situação.

O que está em jogo

A Alcon Entertainment mantém o processo vivo também por razões de imagem: a produtora prepara uma série televisiva baseada em Blade Runner 2049 e quer distanciar-se publicamente de Musk e da Tesla. “Parte do que está a acontecer aqui é a necessidade de o meu cliente deixar claro que se distancia de algumas das partes envolvidas”, explicou o advogado da empresa numa audiência.

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Para já, Warner Bros. Discovery ainda enfrenta uma acusação de infração contributiva, por alegadamente ter facilitado o uso indevido das imagens, mas a tendência aponta para uma saída relativamente limpa do processo. Já a Tesla poderá ter mais dificuldade em escapar às consequências legais da sua aposta na inteligência artificial.

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Um 2025 aquém das expectativas

O ano de 2025 trouxe três grandes estreias para o Universo Cinematográfico da Marvel (Captain America: Brave New WorldThunderbolts e The Fantastic Four: First Steps), mas os resultados de bilheteira ficaram longe dos tempos gloriosos de Avengers: Endgame (2019). Apesar de elencos repletos de estrelas e críticas positivas em alguns casos, os números não convenceram a indústria.

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Segundo a Variety, que ouviu realizadores, executivos e agentes, a Marvel atravessa uma fase de incerteza. Brave New World, protagonizado por Anthony Mackie, arrecadou 415,1 milhões de dólares mundialmente com um orçamento de 180 milhões — pouco acima do ponto de equilíbrio, quando a regra é duplicar ou triplicar o investimento. Thunderbolts, lançado em maio, fez ainda menos: 382,4 milhões, também com um orçamento de 180 milhões. Já The Fantastic Four: First Steps, estreado em julho, conseguiu 517,2 milhões a nível global, mas com uma queda abrupta de 80% da primeira para a segunda semana em cartaz.

Críticas fortes, bilheteiras fracas

Curiosamente, a qualidade não parece estar em causa. Thunderbolts alcançou 93% de aprovação do público no Rotten Tomatoes e 88% da crítica, enquanto First Steps se manteve igualmente “Certified Fresh”, com 87% dos críticos e 91% do público a aprová-lo. O caso mais divisivo foi Brave New World, com 76% de aprovação popular mas apenas 46% da crítica.

Ainda assim, os resultados de bilheteira mostram um desfasamento: os filmes até agradam, mas já não atraem multidões como outrora.

Um apelo menor para atores e fãs

Outro dado revelador: participar num filme da Marvel já não é o sonho universal de Hollywood. Um agente ouvido pela Variety admitiu: “Ainda é uma oportunidade de vida, mas já não tenho tantos clientes a pedir para entrar como há cinco anos.”

Parte da explicação pode estar na saturação do mercado e no facto de os filmes estarem disponíveis em streaming muito rapidamente. Thunderbolts chegou à Disney+ em agosto, apenas três meses após a estreia em sala, e tornou-se de imediato o segundo filme mais visto na plataforma a nível mundial.

Vingadores ainda são “à prova de bala”

Apesar das dúvidas, há quem acredite que os próximos capítulos dos Vingadores continuam imbatíveis. Avengers: Doomsday (2026) e Avengers: Secret Wars (2027) são vistos como apostas seguras, apoiadas no legado de Endgame, que arrecadou 2,7 mil milhões de dólares em 2019.

A questão está nos filmes a solo. Já não parecem obrigatórios para acompanhar a narrativa global, e muitos espectadores sentem que podem “saltá-los” sem perder o fio à meada. Resultado: o MCU deixou de ser um fenómeno infalível para se tornar numa aposta arriscada.

O que vem aí

Enquanto Brave New World e Thunderbolts já estão disponíveis na Disney+ e The Fantastic Four: First Steps chega ao streaming ainda este ano, a grande expectativa recai sobre os próximos Vingadores. Até lá, fica a pergunta: terá a Marvel perdido a sua força irresistível ou estará apenas a preparar terreno para um novo ciclo?

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The Lost Bus: Matthew McConaughey Enfrenta o Inferno em Drama de Paul Greengrass

Uma história real de heroísmo em pleno caos

Em 2018, a Califórnia viveu um dos piores incêndios da sua história recente: o devastador Camp Fire. Foi nesse cenário que um motorista de autocarro escolar e uma professora se viram obrigados a improvisar um resgate para salvar 22 crianças presas na zona de evacuação. É essa história, já de si dramática, que Paul Greengrass recria em The Lost Bus, um filme que coloca o espectador no centro do caos, do calor e do ruído ensurdecedor das chamas.

Com Matthew McConaughey no papel de Kevin McKay, o motorista que aceitou a chamada de emergência, e America Ferrera como Mary Ludwig, a professora que manteve as crianças calmas enquanto o fogo devorava tudo à volta, o filme adapta os acontecimentos reais quase sem alterar nomes ou detalhes. Greengrass opta por um realismo cru: o fogo nasce de uma linha elétrica com falhas, espalha-se com a ajuda do vento e transforma o dia em noite, enquanto a fuga pela estrada se torna uma luta contra o tempo.

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Suspense e realismo à flor da pele

Conhecido por United 93 e Captain Phillips, Greengrass volta a explorar um drama baseado em factos com a sua marca habitual: câmara nervosa, ação visceral e tensão contínua. As cenas do incêndio foram recriadas com fogueiras controladas, reforçadas por CGI e imagens reais, mergulhando o público no terror de um fogo incontrolável. O som é central: o rugido incessante das chamas é apresentado como um inimigo quase físico, que bloqueia a comunicação, corta as estradas e isola os protagonistas.

Apesar de a audiência saber que a história real teve um final feliz, a viagem nunca perde intensidade. A incerteza sobre se o autocarro conseguirá atravessar estradas em colapso ou resistir ao fumo torna o filme num exercício de suspense quase insuportável.

O lado humano da tragédia

Para além da ação, The Lost Bus é também um drama de personagens. America Ferrera dá vida a Mary, uma professora que, entre o medo de nunca mais ver o filho e a responsabilidade de acalmar crianças aterrorizadas, mantém uma coragem silenciosa e comovente.

Matthew McConaughey, por sua vez, constrói Kevin como um homem em busca de redenção. Sobrecarregado por problemas pessoais — um filho adolescente rebelde, um casamento falhado, uma mãe doente, até um cão recentemente perdido —, vê no resgate a oportunidade de provar a si mesmo que ainda é capaz de fazer a diferença. Se essa acumulação de dramas parece excessiva no arranque, o magnetismo habitual do ator ajuda a ancorar a narrativa.

Um drama que ilumina o real

Mais do que revisitar um acontecimento já conhecido, The Lost Bus mostra como o cinema pode tornar tangível o que muitas vezes é apenas estatística ou imagem televisiva. É um retrato de coragem em circunstâncias extremas, mas também uma reflexão sobre falhas humanas, azar e improviso no meio da catástrofe.

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Paul Greengrass confirma, mais uma vez, ser mestre em transformar factos em experiências cinematográficas imersivas — e este é um daqueles filmes que o espectador dificilmente esquecerá.