Keanu Reeves Volta à Ficção Científica em “Shiver” — Um “Edge of Tomorrow” com Tubarões, Mercenários e um Loop Temporal

Antes do regresso a John Wick e ao tão aguardado Constantine 2, Keanu Reeves mergulha num novo thriller de ação e ficção científica — e desta vez, o perigo vem do mar.

Keanu Reeves parece ter feito um pacto com o tempo — não só por continuar com a energia de um jovem herói de ação aos 61 anos, mas também porque o seu próximo filme o coloca literalmente preso num loop temporal. O projeto chama-se Shiver e junta o ator a Tim Miller, o realizador de Deadpool.

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Segundo o The Hollywood ReporterShiver mistura o ritmo frenético de Edge of Tomorrow com a tensão claustrofóbica de The Shallows. Reeves interpreta um contrabandista que é traído durante uma operação no mar das Caraíbas, encontrando-se rapidamente cercado por cadáveres, mercenários e… tubarões famintos. O verdadeiro problema, contudo, é outro: o protagonista percebe que está preso num ciclo de morte e renascimento, condenado a reviver o mesmo pesadelo até descobrir como quebrar o ciclo.

O argumento é assinado por Ian Shorr (Infinite), e a produção reúne nomes de peso como Matthew Vaughn (Kingsman) e Aaron Ryder (Dumb MoneyPieces of a Woman). A Warner Bros. está prestes a fechar o acordo para distribuir o projeto, que promete ser um dos thrillers de ficção científica mais aguardados dos próximos tempos.

Esta não é a primeira colaboração entre Reeves e Tim Miller: os dois trabalharam juntos em Secret Level, a antologia animada da Prime Video que adaptava propriedades de videojogos icónicas. Nessa série, Reeves deu voz a um episódio inspirado em Armored Core, com uma performance que rapidamente se destacou como uma das mais elogiadas da produção.

Um Futuro Cheio de Keanu

Enquanto Shiver se prepara para levantar âncora, os fãs de Keanu Reeves têm muito mais por onde se entusiasmar. O ator regressa em breve ao universo John Wick com um quinto capítulo já confirmado, e continua envolvido na adaptação cinematográfica da sua banda desenhada BRZRKR.

E, claro, há ainda Constantine 2, a sequela do filme de 2005 que o reuniu ao realizador Francis Lawrence (The Hunger Games). Apesar da escassez de novidades, Reeves revelou recentemente que “chegou uma nova versão do argumento” e que a equipa está prestes a apresentá-la à Warner Bros.

James Gunn, co-presidente da DC Studios, confirmou que já discutiu o projeto com Reeves — embora ainda não tenha lido o guião. Tudo indica que Constantine 2 poderá integrar o selo Elseworlds da DC, ao lado de The Batman – Part II, mantendo assim uma ligação independente do novo universo partilhado de super-heróis.

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Entre loops temporais, caçadores de demónios e assassinos de terno impecável, Keanu Reeves continua a provar que é o último verdadeiro herói de ação de Hollywood — e Shiver poderá ser a próxima prova disso.

Robert Englund Recebe Estrela no Passeio da Fama — e Faz Homenagem Assustadora a Freddy Krueger

No Halloween, o eterno vilão de A Nightmare on Elm Street foi imortalizado em Hollywood… com direito à icónica luva de lâminas.

Um dos nomes mais temidos — e amados — do cinema de terror acaba de ser eternizado em Hollywood. Robert Englund, o homem por detrás de Freddy Krueger, recebeu a sua estrela no Passeio da Fama precisamente no dia 31 de Outubro, o que só podia significar uma coisa: Halloween com estilo (e lâminas).

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Com mais de 100 filmes no currículo, Englund é há décadas uma das figuras mais emblemáticas do género. Mas foi o papel de Freddy Krueger — o assassino dos sonhos da saga A Nightmare on Elm Street — que o transformou num ícone cultural. E, claro, o actor não perdeu a oportunidade de fazer uma entrada digna do seu alter ego: apareceu na cerimónia com a célebre luva de garras afiadas.

Uma Homenagem ao Mestre Wes Craven

Durante o discurso, Robert Englund recordou o criador de Freddy, o lendário Wes Craven, a quem prestou uma sentida homenagem. “Sem o Wes, não haveria pesadelos… e provavelmente não haveria esta estrela”, disse o actor, emocionado, perante fãs e colegas que o aplaudiram de pé.

Craven, falecido em 2015, escreveu e realizou o filme original de 1984 que deu início à saga A Nightmare on Elm Street e definiu uma geração de amantes do terror. Englund, por sua vez, encarnou Freddy em oito filmes e inúmeras aparições televisivas, tornando o vilão num símbolo inconfundível do medo — e também de humor macabro.

Um Legado que Nunca Dorme

Embora seja inseparável de Freddy Krueger, Robert Englund construiu uma carreira diversificada que vai muito além da icónica personagem. Participou em mais de uma centena de produções, de filmes independentes a séries de culto, e continua activo tanto em frente como atrás das câmaras.

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Ainda assim, é impossível negar que o seu nome e o de Freddy permanecem entrelaçados para sempre — algo que o actor parece abraçar com orgulho. Ao posar junto da sua estrela, de luva calçada e sorriso diabólico, Englund parecia estar a dizer aos fãs: “Um, dois… o Freddy voltou outra vez.”

E assim, no Halloween de 2025, Hollywood voltou a sonhar com Freddy Krueger — desta vez, felizmente, acordado.

Novo Filme de The Conjuring em Desenvolvimento — Prequela Irá Explorar as Origens dos Warren Após o Sucesso de Last Rites

Depois do recorde histórico de bilheteira com The Conjuring: Last Rites, a Warner Bros. confirma o regresso do universo sobrenatural criado por James Wan — agora com uma nova história que recua ao início da carreira do casal de investigadores paranormais.

Os fãs do terror sobrenatural podem respirar de alívio (ou talvez não): The Conjuring vai continuar. Apesar de The Conjuring: Last Rites ter sido anunciado como o capítulo final da saga, o enorme sucesso comercial do filme levou a Warner Bros. e a New Line Cinema a avançar com um novo projecto — desta vez, uma prequela que explorará os primeiros casos do casal Ed e Lorraine Warren.

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Segundo o Variety, o realizador francês Rodrigue Huart está em negociações para assumir a direcção do novo filme. Huart ainda não tem longas-metragens no currículo, mas é um nome em ascensão no género, com curtas premiadas como Transylvanie (vencedora do Prémio do Júri no SXSW 2024), Trigger e Real.

O argumento ficará a cargo de Richard Naing e Ian Goldberg, dupla responsável pelos guiões de The Nun II (2023) e do recente The Conjuring: Last Rites. Embora os contratos ainda não estejam fechados, as negociações estão bem encaminhadas — e a expectativa é alta.

O Sucesso Que “Fechou”… Para Abrir

The Conjuring: Last Rites estreou em Setembro e rapidamente se tornou o maior êxito da franquia, arrecadando 487 milhões de dólares a nível mundial — um recorde absoluto para o universo criado por James Wan. Diante destes números, era apenas uma questão de tempo até o suposto “último capítulo” se transformar em mais um ponto de partida.

O novo filme irá, segundo fontes próximas da produção, recuar aos primeiros anos de actividade dos Warren, muito antes dos eventos do primeiro The Conjuring (2013). Isso significa que Vera Farmiga e Patrick Wilson, que interpretaram o casal nas histórias anteriores, poderão não regressar — abrindo espaço para novos actores assumirem os papéis dos icónicos investigadores do oculto.

Do Grande Ecrã à Televisão

A expansão do universo Conjuring não se limita ao cinema. A HBO está a desenvolver uma série televisiva que dará continuidade à narrativa dos filmes. A produção está a cargo de Nancy Won, que será argumentista, produtora executiva e showrunner do projecto. Embora os detalhes do enredo estejam a ser mantidos em segredo, a série deverá manter o mesmo tom sobrenatural e psicológico que define o universo da saga.

Um Império do Medo

Criado por James Wan e produzido por Peter Safran, o universo Conjuring é hoje o franchise de terror mais rentável da história, com nove filmes (incluindo Annabelle e The Nun) e mais de 2,7 mil milhões de dólares de receita global. Além de rentável, é também um caso raro de consistência artística num género conhecido pela irregularidade das suas sequelas.

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O próximo capítulo promete levar os fãs de volta às origens — antes da fama, antes das possessões mediáticas e antes da casa de Amityville. Um regresso às sombras onde tudo começou.

Acordo Nuclear: Diplomacia, Emoções e Segredos no Coração das Negociações EUA-Irão

A nova minissérie que estreia a 4 de novembro no TVCine Edition promete seis episódios de tensão política e dilemas morais — onde o silêncio é a arma mais perigosa.

A diplomacia raramente é feita de gestos grandiosos — mais frequentemente, joga-se no olhar, na pausa e nas palavras que ficam por dizer. É esse o território de O Acordo Nuclear, a nova minissérie que estreia terça-feira, 4 de novembro, às 22h10, no TVCine Edition (também disponível no TVCine+), e que mergulha nas complexas negociações entre os Estados Unidos e o Irão durante o histórico processo nuclear de 2015.

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Realizada por Jean-Stéphane Bron, a série combina intriga política com drama humano, mostrando o que acontece quando o dever colide com o coração — e quando uma única palavra pode mudar o rumo da história.

Entre o dever e a memória

A protagonista, Alexandra Weiss, é uma diplomata suíça veterana, habituada a servir como ponte entre potências inimigas. Desta vez, é chamada a mediar as negociações nucleares entre Washington e Teerão, numa altura em que o fracasso pode significar um colapso diplomático global.

Mas o que começa como uma missão de mediação transforma-se num teste pessoal. A chegada de Payam Sanjabi, um engenheiro nuclear iraniano com quem Alexandra partilhou um passado íntimo, abala o seu equilíbrio profissional e emocional. Dividida entre a neutralidade que o cargo exige e as recordações que o reencontro desperta, Alexandra vê-se num jogo em que a verdade tem sempre dois lados — e ambos são perigosos.

Realismo e tensão em cada gesto

Com Veerle BaetensJuliet StevensonArash MarandiAlexander Behrang Keshtar e Moshem Mahdavi nos papéis principais, O Acordo Nuclear distingue-se pelo realismo e pela subtileza da encenação. Ao longo dos seis episódios, a série explora o quotidiano das negociações internacionais com precisão cirúrgica — reuniões à porta fechada, espionagem velada, pressão mediática e decisões que se jogam nos bastidores.

Jean-Stéphane Bron (reconhecido pela sua sensibilidade documental e pela atenção ao detalhe político) cria aqui um thriller diplomático elegante, onde o suspense não vem de tiros ou perseguições, mas da incerteza moral e da manipulação silenciosa.

Um retrato da diplomacia como campo de batalha

Mais do que uma série sobre política, O Acordo Nuclear é uma reflexão sobre o poder — o poder de convencer, de mentir, de manter a calma quando tudo ameaça ruir. Entre a neutralidade suíça e as rivalidades internacionais, o argumento constrói um mosaico de interesses, memórias e dilemas que ecoam o mundo real, onde as guerras são travadas tanto com palavras como com armas.

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Com um tom contido, mas emocionalmente intenso, a série promete tornar-se um dos grandes destaques do outono televisivo, especialmente para quem aprecia produções com o peso e a densidade de dramas como Le Bureau des Légendes ou Homeland.

Estreia: 4 de novembro | 22h10 | TVCine Edition e TVCine+

Novos episódios: todas as terças-feiras à mesma hora

A House of Dynamite: Autenticidade em Jogo — Kathryn Bigelow Defende-Se Face às Críticas do Pentagon

O novo filme de Kathryn Bigelow sobre uma ameaça nuclear desafia o discurso oficial dos EUA sobre defesa antimíssil — e desperta um debate entre realismo cinematográfico, factos militares e a ficção.

Quando vemos um filme sobre a eventualidade mais catastrófica possível — uma bomba nuclear lançada contra o solo americano — podemos perguntar: quão próximo da realidade está este retrato? Em A House of Dynamite, Kathryn Bigelow e o argumentista Noah Oppenheim traçam exactamente esse cenário — e provocam uma forte reacção das autoridades norte-americanas.

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No filme, vemos um míssil intercontinental ser lançado, o sistema de defesa americano lançar interceptores e… falhar. Um dos personagens declara que o sistema só tem cerca de “50 % de hipóteses” de o abater. A Missile Defense Agency (MDA), agência dentro do Pentágono, reagiu com uma nota interna, já obtida pela Bloomberg, afirmando que “os interceptores apresentaram uma taxa de precisão de 100 % nos testes durante mais de uma década”.  

O lado oficial: “Não reflete a realidade”

O Pentágono, via MDA, considera que o filme distorce a realidade. A nota interna realça que, embora o filme possa “ser convincente” e “destinado ao entretenimento”, a realidade dos testes falhos é muito diferente.  Adicionalmente, afirma que o sistema de defesa antimíssil dos EUA continua “um componente crítico da estratégia nacional de defesa”.  

Este tipo de reacção não é inédita: sempre que o cinema aborda temas militares sensíveis, a colaboração ou o desacordo com o Pentágono torna-se central na recepção pública da obra.

O lado dos realizadores: “Queremos realismo, não propaganda”

Por outro lado, Kathryn Bigelow defende que A House of Dynamite segue uma lógica de realismo intenso. Tal como afirmou à The Guardian:

“Para mim, são peças que se inclinam fortemente para o realismo. Convidas o público para algo quase secreto — a sala de controlo do STRATCOM, por exemplo. Queres que seja autêntico e honesto.”  

O argumentista Noah Oppenheim reforça-o:

“Falámos com muitos especialistas em defesa de mísseis… todos em registo. Achamos que o nosso retrato era bem preciso.”  

Para Bigelow, a recusa de consultar directamente o Pentágono foi intencional — sinal de independência criativa.

“Senti que precisávamos de ser mais independentes”, disse.  

Onde está o “realismo” e onde começa a “licença artística”?

  • A favor do realismo: O filme retrata com rigor espaços normalmente inacessíveis — bases de mísseis, centros de comando, salas de crise. Consultores militares e ex-oficiais confirmaram que os cenários, o tempo de reacção (em torno dos 18-30 minutos), e a pressão humana são registados com fidelidade.  
  • Pontos de tensão: Alguns especialistas sugerem que a figura de “50-61 % de interceptação” apresentada no filme é uma simplificação — num contexto real seria necessário prever múltiplos mísseis, enganos (decoys) e ações coordenadas.  

Neste sentido, a crítica do Pentágono baseia-se sobretudo no dado “100 % de testes” que a agência apresentou, enquanto os cineastas sustentam que esses números são fruto de seleções restritas, sob condições controladas, e não são necessariamente representativos de um cenário real de guerra.  

Por que este confronto importa?

Porque o filme ultrapassa o entretenimento: insere-se no debate público sobre defesa nuclear, dissuasão, investimento em mísseis versus diplomacia. O senador Edward Markey escreveu que o filme é “um claro ‘wake-up call’” para a fragilidade da defesa americana.  

Em última análise, a tensão entre Hollywood e o Pentágono revela-se como uma luta por narrativa: quem define “o real” quando se fala de guerra, tecnologia e ameaça nuclear? Bigelow aposta que o cinema pode provocar conversa — e, eventualmente, política. Ela afirmou:

“A cultura tem o potencial de impulsionar a política — e se houver diálogo sobre a proliferação de armas nucleares, isso é música para os meus ouvidos.”  

A House of Dynamite é tanto thriller de alto risco como documento de reflexão. Entre uma agência militar que defende que “temos tudo sob controlo” e cineastas que retratam uma falibilidade sistemática, o filme torna-se campo de batalha de realismo versus narrativa. Independentemente de quem “tem razão”, o impacto está: provocar questionamento. E, talvez, inspirar a reacção que uma superpotência não queria ver — mas que todos precisávamos de confrontar.

The Witcher 4: Críticos e Fãs Arrasam a Nova Temporada — “O Feitiço Virou-se Contra o Feiticeiro”

A estreia de Liam Hemsworth como Geralt de Rivia não convenceu quase ninguém. Com 17% de aprovação do público, a quarta temporada é um dos maiores desastres recentes da Netflix.

O feitiço que um dia encantou o público mundial parece ter-se quebrado. A quarta temporada de The Witcher chegou à Netflix… e foi recebida com uma mistura de desilusão, frustração e saudade. No Rotten Tomatoes, a série regista 53% de aprovação da crítica e uns devastadores 17% por parte do público — um resultado quase histórico para uma produção deste calibre.

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Grande parte do descontentamento está centrada na saída de Henry Cavill, o carismático intérprete de Geralt de Rivia, substituído por Liam Hemsworth. E os fãs não perdoaram. Nas redes sociais multiplicam-se os comentários de quem considera que a série “perdeu a alma”, e que o novo Geralt “simplesmente não é o mesmo”.

Mesmo entre críticos profissionais, o consenso é duro: Hemsworth “faz o possível”, mas a química, o peso e a presença de Cavill são insubstituíveis.

O caos narrativo e a perda de identidade

Para lá do elenco, o enredo da quarta temporada também está a ser duramente criticado. Muitos espectadores descrevem a narrativa como confusa e desorientada, com mudanças de tom bruscas e um ritmo irregular.

Alguns apontam que a série “se perdeu nas suas próprias tramas”, tentando equilibrar demasiadas linhas narrativas e esquecendo o que tornava The Witcher especial: o equilíbrio entre drama humano, ação épica e misticismo sombrio.

“O problema não é apenas a ausência de Cavill — é a sensação de que ninguém sabe bem para onde a história vai”, resumiu um utilizador no Reddit, ecoando o sentimento geral.

Entre memes e lamentos: o público reage

Nas redes sociais, a revolta é global. No X (antigo Twitter) e no TikTok, multiplicam-se vídeos de fãs comparando cenas de Cavill e Hemsworth, com títulos como “Quando o Witcher se tornou um feiticeiro genérico”.

A sensação dominante é de nostalgia por uma série que já não existe. “Já não é The Witcher, é apenas mais uma fantasia cheia de efeitos e sem coração”, escreveu um crítico no IGN.

Netflix confirma quinta e última temporada

Apesar da receção fria, a Netflix já confirmou a quinta temporada, que servirá de desfecho para a saga. É a última oportunidade para Geralt — agora nas mãos de Hemsworth — reconquistar o público e terminar com dignidade uma das séries de fantasia mais influentes da última década.

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Mas, para já, o feitiço parece mesmo ter-se virado contra o próprio Witcher.

Taylor Sheridan e Peter Berg Vão Levar Call of Duty ao Cinema com a Paramount

O criador de Yellowstone e o realizador de Lone Survivor unem forças para transformar uma das maiores sagas de videojogos de sempre num épico de guerra em imagem real.

Hollywood prepara-se para mais uma ofensiva no campo das adaptações de videojogos. A Paramount confirmou que Call of Duty, a lendária série de tiros em primeira pessoa, vai finalmente ganhar uma versão cinematográfica — e nas mãos de dois pesos pesados: Taylor Sheridan (YellowstoneHell or High Water) e Peter Berg (Lone SurvivorDeepwater Horizon).

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Segundo o Deadline, Sheridan e Berg vão co-escrever o argumento, com Berg a assumir a realização e ambos a participar na produção, ao lado de David Glasser. O filme será uma parceria entre a Paramount e a Activision, com o objectivo de levar para o grande ecrã a intensidade militar e a adrenalina que tornaram Call of Duty um fenómeno global.

Uma amizade de longa data em modo de combate

Sheridan e Berg são amigos de longa data e já trabalharam juntos em filmes como Hell or High Water — nomeado para quatro Óscares, incluindo Melhor Filme e Melhor Argumento Original — e Wind River. O estúdio acredita que esta dupla tem o perfil ideal para dar vida a um universo que combina estratégia, acção e realismo militar.

Peter Berg traz consigo uma experiência sólida no género, tendo realizado Lone Survivor, baseado em factos verídicos da guerra no Afeganistão, e a série Painkiller sobre a crise dos opioides. Sheridan, por sua vez, consolidou o seu nome com produções televisivas de sucesso como YellowstoneTulsa King e Lioness, esta última também centrada em operações de elite.

Um fenómeno de 500 milhões de cópias

Lançado em 2003, Call of Duty tornou-se a franquia de videojogos mais vendida nos Estados Unidos durante 16 anos consecutivos, com mais de 500 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. A sua popularidade atravessa gerações e plataformas, atraindo milhões de jogadores com campanhas que exploram desde a Segunda Guerra Mundial até futuros distópicos de alta tecnologia.

Com este filme, a Paramount pretende não só satisfazer os fãs mais fervorosos, mas também conquistar novos públicos através de uma narrativa cinematográfica de grande escala. Sheridan e Berg prometem uma abordagem realista e emocional, capaz de combinar espectáculo visual com o peso humano da guerra — uma marca comum no trabalho de ambos.

Sheridan muda-se para a NBCUniversal

A notícia chega pouco depois de Taylor Sheridan ter assinado um novo contrato de cinco anos com a NBCUniversal, que o afastará gradualmente dos seus projectos na Paramount. Ainda assim, o autor manteve-se empenhado em escrever e produzir Call of Duty, um dos seus últimos grandes projectos ligados ao estúdio.

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Com dois veteranos da acção e do drama à frente das operações, o filme de Call of Duty promete ser uma autêntica missão de alto risco — tanto em ambição como em escala. Se tudo correr como planeado, Hollywood pode finalmente conseguir o que muitos tentaram: uma adaptação de videojogo digna da sua legião de fãs.

Fusão Entre Paramount e Skydance Leva ao Despedimento de Quase 1.000 Funcionários

A reestruturação após a fusão entre os dois gigantes de Hollywood faz parte de um plano de redução de custos superior a 2 mil milhões de dólares.

A Paramount Pictures, um dos estúdios mais emblemáticos da história do cinema, vive dias turbulentos. Quase 1.000 funcionários foram despedidos esta quarta-feira, no seguimento da fusão com a Skydance Media, empresa liderada por David Ellison. A notícia, avançada pela agência Associated Press, confirma o início de uma profunda reestruturação na nova Paramount Skydance Corporation.

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Num comunicado interno, Ellison reconheceu a dureza da decisão:

“Estas decisões nunca são tomadas de forma leviana, especialmente tendo em conta o efeito que terão nos nossos colaboradores que fizeram contribuições significativas para a empresa.”

Uma fusão bilionária com consequências humanas

A fusão, concluída a 7 de agosto, foi avaliada em cerca de 8 mil milhões de dólares (quase 7 mil milhões de euros), após mais de um ano de negociações. A operação tinha como objetivo modernizar o catálogo do estúdio, otimizar recursos e reforçar a aposta em plataformas digitais como o Paramount+.

Contudo, o processo de integração já previa cortes significativos. Em agosto, a empresa tinha anunciado um plano de 2.000 a 3.000 despedimentos, representando cerca de 10% da força laboral global da Paramount.

Os departamentos de cinema e plataformas digitais estão entre os mais afetados, segundo a agência EFE.

Redução de custos e futuro incerto

A nova direção de Ellison estima que as medidas de reestruturação permitam reduzir mais de 2 mil milhões de dólares em custos.

A estratégia pretende tornar o grupo mais competitivo num mercado em rápida transformação, marcado pelo domínio do streaming e pela queda das receitas tradicionais de cinema e televisão.

A Paramount Skydance planeia, segundo fontes internas, “otimizar o negócio” e investir em novas produções que reforcem o catálogo digital — mas os efeitos imediatos estão a ser sentidos sobretudo pelos trabalhadores.

O peso de uma era que muda

Fundada em 1912, a Paramount é um símbolo do velho e do novo Hollywood: o estúdio de clássicos como The GodfatherChinatown ou Titanic, agora reinventado numa era em que o streaming dita as regras.

A fusão com a Skydance, produtora de sucessos como Top Gun: Maverick e Mission: Impossible – Dead Reckoning, pode marcar o início de um novo capítulo — mas também o fim de uma era para muitos dos que ajudaram a construir o legado do estúdio.

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Entre o glamour das estreias e o pragmatismo financeiro, Hollywood continua a provar que, por trás da magia do cinema, há sempre o lado duro dos negócios.

Billy the Kid Chega ao Fim: A Última Temporada da Lenda do Velho Oeste

O confronto final entre Billy e o xerife Pat Garrett marca o desfecho épico da série — estreia a 3 de novembro, às 22h10, no TVCine Emotion e TVCine+.

O pistoleiro mais famoso do Oeste está de volta para o seu último duelo. Billy the Kid regressa para a terceira e última temporada, encerrando a saga do fora-da-lei mais procurado da América. A estreia acontece segunda-feira, 3 de novembro, às 22h10, no TVCine Emotion, com novos episódios todas as segundas também disponíveis no TVCine+.

Após a guerra devastadora no condado de Lincoln, Billy é agora um fugitivo em todo o Novo México. Caçado sem descanso, vê-se forçado a enfrentar não só o exército e a lei, mas também o seu antigo amigo — o xerife Pat Garrett. O que antes foi camaradagem transforma-se numa perseguição sem tréguas, culminando no inevitável confronto entre os dois homens que definiram uma era.

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Lealdade, vingança e o preço da justiça

Nesta temporada final, o foco recai sobre a relação complexa entre Billy e Garrett — dois homens separados pelo destino, mas ligados por um passado de lealdade e culpa. Enquanto Billy luta para sobreviver e preservar a sua liberdade, o xerife confronta o dilema entre a amizade e o dever.

É a derradeira corrida no deserto, onde justiça e vingança se confundem sob o sol inclemente do Velho Oeste.

Um épico assinado por Michael Hirst

A série, criada e escrita por Michael Hirst, o homem por detrás de sucessos como ElizabethOs Tudors e Vikings, mantém o seu selo de qualidade cinematográfica e rigor histórico.

Com Tom Blyth no papel de Billy the Kid e Alex Roe como Pat Garrett, a produção continua a apostar em personagens densas, conflitos morais e uma recriação autêntica da era dos pistoleiros.

Billy the Kid é mais do que uma história de tiros e perseguições — é uma reflexão sobre o fim de uma época, sobre como os heróis e vilões do Oeste se tornam, com o tempo, lendas eternas.

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Jeff Bridges defende Tron: Ares e critica a obsessão com o box office: “Os filmes podem crescer em nós”

O veterano de Hollywood compara a receção fria de Tron: Ares à de clássicos como Heaven’s Gate, hoje vistos como obras-primas incompreendidas

Jeff Bridges regressou ao universo digital de Tron para interpretar novamente Kevin Flynn em Tron: Ares, e, apesar das expectativas comerciais não terem sido alcançadas, o ator mantém uma visão serena — e profundamente cinéfila — sobre o tema.

O novo capítulo da saga estreou nos cinemas a 10 de outubro, arrecadando 33,5 milhões de dólares nos EUA e 60,5 milhões a nível global no primeiro fim de semana. Os analistas esperavam uma abertura entre 40 e 45 milhões no mercado norte-americano e 80 a 90 milhões no total mundial. Com um orçamento estimado em 220 milhões, o filme poderá registar um prejuízo de mais de 130 milhões, caso a bilheteira global não ultrapasse os 160 milhões.

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Mas Bridges, que interpreta Flynn desde o clássico de 1982, não se deixa impressionar pelos números. Em entrevista à Entertainment Weekly, o ator comentou:

“É curioso a forma como os filmes são recebidos no fim de semana de estreia. Lembro-me de Heaven’s Gate — foi considerado um fracasso total na altura, mas hoje muita gente o vê como uma espécie de obra-prima. É interessante como certas coisas ganham novo valor com o tempo.”

“As opiniões mudam — e ainda bem”

Bridges, sempre filosófico, comparou a relação com o cinema à experiência pessoal de rever um filme que inicialmente não apreciou:

“Às vezes, eu próprio não gosto de um filme à primeira. Passado um tempo, revejo-o e penso: ‘Mas o que é que eu estava a pensar?’ Como diria o Dude: ‘That’s just, like, your opinion, man.’”

O ator recorda que Heaven’s Gate, de Michael Cimino, onde também participou, foi retirado dos cinemas após críticas negativas e fracasso nas bilheteiras, mas com o passar dos anos ganhou estatuto de filme de culto — um lembrete de que a história nem sempre é escrita pelos números do fim de semana de estreia.

O legado de Tron e o futuro da saga

Tron: Ares, o terceiro capítulo da saga, marca o regresso do universo que revolucionou os efeitos visuais nos anos 80, com Jared Leto como protagonista, ao lado de Greta LeeEvan PetersJodie Turner-SmithHasan MinhajArturo Castro e Gillian Anderson.

Apesar da receção inicial aquém das expectativas, a saga Tron sempre viveu na fronteira entre o experimental e o mainstream — um território onde, historicamente, as ideias visionárias demoram a ser compreendidas.

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Bridges parece perfeitamente ciente disso: para ele, a verdadeira medida de um filme não é a bilheteira, mas o tempo. E se há alguém que sabe esperar para ver o futuro, é Kevin Flynn — o homem que já viveu dentro do sistema.

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O clássico distópico regressa ao grande ecrã com um novo elenco e um protagonista pronto para desafiar o sistema

Num futuro dominado por um regime totalitário, onde a televisão é a última válvula de escape para as massas, existe um programa que prende o mundo inteiro ao ecrã: The Running Man. A competição é simples e brutal — durante trinta dias, concorrentes desesperados são caçados por assassinos profissionais e até por cidadãos comuns. A recompensa? Uma fortuna. A probabilidade de sobreviver? Quase nula.

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Neste universo opressivo, Glen Powell assume o papel de Ben Richards, um operário que se inscreve no jogo para salvar a mulher e a filha. O que começa como um ato de desespero rapidamente se transforma num fenómeno global: Richards torna-se o símbolo da resistência, um herói relutante que desafia o próprio sistema com astúcia, força e coragem. Mas o preço da fama é alto — e entre os seus inimigos contam-se o manipulador produtor Dan Killian (interpretado por Josh Brolin) e o implacável chefe dos caçadores McCone (Lee Pace).

Um regresso com história — e com o aval do mestre

The Running Man é baseado no romance homónimo de Stephen King, publicado em 1982 sob o pseudónimo Richard Bachman. A história, cuja ação decorre ironicamente em 2025, antecipa com inquietante precisão a obsessão moderna pela violência mediática e pela fama instantânea.

Paramount Pictures’ “THE RUNNING MAN.”

Antes de aceitar o papel, Glen Powell fez questão de contactar Stephen King para pedir o seu consentimento pessoal. O ator revelou que o autor ficou entusiasmado com a nova abordagem, mais fiel ao espírito distópico do livro original — bem diferente da célebre adaptação de 1987, protagonizada por Arnold Schwarzenegger, que transformou a história num espetáculo de ação ao estilo eighties, mais musculado do que reflexivo.

“Queria ter a certeza de que o Sr. King sabia que íamos honrar a visão original do livro, e não apenas fazer uma versão moderna do filme do Schwarzenegger”, explicou Powell.

Um elenco de luxo e uma crítica feroz à sociedade do espetáculo

O novo The Running Man conta ainda com Colman DomingoKaty O’BrianEmilia Jones e Michael Cera, num elenco que promete equilibrar adrenalina e intensidade dramática. A realização — descrita como um cruzamento entre Black Mirror e The Hunger Games — aposta numa estética moderna, brutal e profundamente política, expondo o voyeurismo e o colapso moral de uma sociedade viciada em entretenimento.

A edição portuguesa do romance chega às livrarias a 6 de novembro, publicada pela Bertrand Editora, com uma capa inspirada no poster oficial do filme, fruto da parceria entre Paramount Pictures e NOS Audiovisuais. Já o filme estreia nas salas portuguesas a 13 de novembro, em todos os formatos premium — IMAX, 4DX, D-Box e ScreenX.

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Entre o legado de Stephen King e a sombra de Schwarzenegger, The Running Man promete devolver o pesadelo mediático ao seu verdadeiro propósito: fazer-nos correr — não pela glória, mas pela sobrevivência.

Kimmel desafia Trump para um “teste de QI” com AOC e Jasmine Crockett — televisão a piscar o olho ao game show

No mais recente monólogo do Jimmy Kimmel Live!, Jimmy Kimmel propõe — em tom satírico — um “teste de QI” televisivo com Donald Trump frente-a-frente com as congressistas democratas Alexandria Ocasio-Cortez e Jasmine Crockett. O clipe foi publicado nas páginas oficiais do programa nas redes sociais.  

As punchlines que incendiaram a plateia

Kimmel monta a ideia como espectáculo e salpica-a com one-liners que o vídeo regista de forma inequívoca: chama a Trump “fat Albert Einstein”, precisamente por ele se apresentar, recorrentemente, como “um dos maiores génios de todos os tempos”. Em modo vendedor de prime time, promete ainda que seria “the greatest television show of all time”. E, a picar o calcanhar preferido do ex-presidente, atira: “What’s the thing you love most, above else… above family… that’s right, ratings… they’ll be huge — they will be bigger than the night after you tried to cancel me.”  

Fackham Hall: A resposta britânica a The Naked Gun promete rir-se de Downton Abbey

Com Damian Lewis, Thomasin McKenzie e Katherine Waterston, esta comédia promete trazer de volta o charme da sátira britânica — e talvez o regresso triunfal dos filmes de paródia.

Será que o cinema de paródias está de volta? Depois do sucesso inesperado do reboot de The Naked Gun com Liam Neeson, eis que surge Fackham Hall, uma comédia que promete aplicar a mesma receita — humor absurdo, ritmo britânico e um toque de nostalgia — ao universo aristocrático de Downton Abbey.

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Realizado por Jim O’Hanlon (A Long Way DownCatastrophe), o filme estreia nos cinemas norte-americanos a 5 de Dezembro de 2025, pela Bleecker Street, embora ainda não haja data confirmada para Portugal.

Um “Downton Abbey” passado no modo paródia

Descrito como uma mistura entre Downton AbbeyAirplane! e Monty PythonFackham Hall segue Eric Noone, um simpático batedor de carteiras que, por uma série de coincidências, consegue um emprego num majestoso solar inglês. Rapidamente sobe na hierarquia da casa e apaixona-se pela aristocrata Rose Davenport — mas quando um misterioso assassinato ocorre, Eric é acusado injustamente, mergulhando a nobre família num escândalo de proporções cómicas.

O elenco é um verdadeiro festim britânico: Thomasin McKenzieBen RadcliffeKatherine WaterstonEmma LairdTom Felton (sim, o Draco Malfoy de Harry Potter), Damian LewisAnna Maxwell Martin e Sue Johnston, entre outros.

O argumento — assinado por Steve Dawson, Andrew Dawson, Tim Inman, Jimmy Carr e Patrick Carr — promete humor afiado, cheio de anacronismos e nonsense britânico, a par de um amor assumido pelas produções de época.

Entre a sátira e a homenagem

Com produções como Downton Abbey: The Grand Finale (lançado em Setembro de 2025) a encerrar definitivamente o ciclo da série criada por Julian Fellowes, Fackham Hall surge quase como uma catarse coletiva — uma forma de rir do que o público tanto amou.

Jim O’Hanlon parece disposto a recuperar o espírito das paródias clássicas, homenageando o melodrama britânico com a ironia dos tempos modernos. O trailer promete colunas douradas, sotaques pomposos, intrigas absurdas e um desfile de slapstick digno de Monty Python.

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E, convenhamos, só o título já é suficiente para arrancar um sorriso malicioso.

“Harry Potter”: Primeira Imagem de Hogwarts na Nova Série da HBO Deixa Fãs em Êxtase 🏰✨

As primeiras fotografias dos cenários de Harry Potter já mostram o renascimento de Hogwarts — e prometem uma adaptação mais fiel e mágica do que nunca.

A magia voltou a acender-se no Reino Unido. A tão aguardada série Harry Potter, produção original da HBO baseada nos livros de J.K. Rowling, já está em andamento — e as primeiras imagens do set revelam o regresso triunfal da Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts.

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As fotos, divulgadas nas redes sociais esta sexta-feira, mostram parte da construção do novo castelo, ainda envolto em andaimes, mas já inconfundível para qualquer fã do Mundo Mágico. É o primeiro vislumbre de um dos cenários mais icónicos da história do cinema, agora a ganhar vida para o pequeno ecrã.

Hogwarts renasce — pedra por pedra

A nova Hogwarts está a ser erguida na Fazenda Berrybushes, no Reino Unido, onde a produção construiu cinco grandes sets: o campo de quadribol, a estufa das aulas de herbologia (Greenhouse), o castelo principal — onde decorrem as aulas de feitiçaria — e a Cabana do Hagrid.

Segundo fontes próximas da produção, os detalhes arquitetónicos estão a ser recriados com um nível de fidelidade impressionante, misturando cenários físicos com tecnologia de ponta em efeitos visuais.

A primeira temporada vai adaptar “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, o livro que deu início à saga, com estreia prevista na HBO Max entre o final de 2026 e o primeiro semestre de 2027.

Um elenco renovado para uma nova geração de feiticeiros

A série promete ser a adaptação mais fiel de sempre à obra literária de J.K. Rowling, com a HBO a garantir que cada temporada explorará em detalhe um dos sete livros. “Cada temporada levará Harry Potter e as suas incríveis aventuras a públicos novos e antigos”, anunciou o estúdio.

O elenco principal já está definido:

  • Dominic McLaughlin será o novo Harry Potter;
  • Arabella Stanton interpretará Hermione Granger;
  • Alastair Stout será Ron Weasley.

Entre os professores, destacam-se nomes de peso:

  • John Lithgow como Alvo Dumbledore;
  • Janet McTeer como Minerva McGonagall;
  • Paapa Essiedu como Severo Snape;
  • Nick Frost no papel de Rúbeo Hagrid.

A magia está de volta — e desta vez, para durar

Com sete temporadas planeadas e uma promessa de fidelidade total aos livros, a série Harry Potter da HBO quer reconquistar os fãs de longa data e encantar uma nova geração.

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Hogwarts ergue-se novamente — e, se as primeiras imagens são um prenúncio, a magia continua viva, pronta para deslumbrar o mundo uma vez mais.

Bridget Jones está de volta – e mais atrevida do que nunca!

Preparem os corações (e o balde de pipocas): quase dez anos depois da sua última aventura, Bridget Jones regressa aos ecrãs para mais trapalhadas, gargalhadas e… romance! Bridget Jones 4: Louca Por Ele estreia a 15 de agosto, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+, e promete mostrar que a vida não acaba aos 40… nem aos 50!

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Agora com 51 anos, Bridget (Renée Zellweger) continua a ser aquela mistura irresistível de charme, gafe e coração enorme – mas a vida não tem sido fácil. Depois da perda trágica de Mark (Colin Firth), o amor da sua vida, em plena missão humanitária, ela enfrenta o desafio de educar dois filhos, manter uma carreira exigente e sobreviver num mundo obcecado pela juventude. E claro… o caos do mundo dos encontros não poderia faltar.

E é aí que tudo se complica: Bridget vê-se no meio de um triângulo amoroso explosivo entre Roxster McDuff (Leo Woodall), um sedutor vinte anos mais novo, e Scott Wallaker (Chiwetel Ejiofor), o simpático professor de ciências do filho. Resultado? Situações hilariantes, momentos ternurentos e aquela boa dose de drama romântico que só ela sabe viver.

Renée Zellweger volta a vestir a pele da eterna solteira mais famosa do cinema, ao lado de Hugh Grant, Emma Thompson e novas caras que vão surpreender. A realização fica a cargo de Michael Morris, que traz frescura a este regresso tão esperado.

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E para aquecer motores, o TVCine Emotion vai exibir os três filmes anteriores nos dias 12, 13 e 14 de agosto. Uma verdadeira maratona para rever todas as aventuras (e desventuras) de Bridget antes do grande dia.

Marquem na agenda: 15 de agosto, 21h30. Bridget está de volta – e, spoiler alert, continua absolutamente irresistível.

Willem Dafoe Interpreta Bilionário Grego Megalómano em  The Birthday Party, que Estreia em Locarno  

Actor encarna figura inspirada em Onassis num retrato rico de ambição, poder e decadência — “O que faz este homem… é também o que o destrói” 

🏛️ Quem poderia imaginar Willem Dafoe no papel de um magnata grego do transporte marítimo, num registo que mistura o charme à beira do grotesco com uma crítica feroz ao poder patriarcal? O próprio actor, à partida, não. 

“Eu? Fazer de um armador grego? Não me parece”, disse em tom irónico à Variety, durante uma entrevista em Atenas. 

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Mas é precisamente esse o papel que assume em The Birthday Party, filme que estreia a 7 de Agosto na icónica Piazza Grande do Festival de Locarno. Dafoe interpreta Marcos Timoleon, um bilionário autofeito que organiza uma festa de aniversário luxuosa para a filha — e, no processo, inicia uma espiral emocional e política que ameaça desfazer o seu império familiar. 

Um dia, uma ilha, um império em ruínas 

Inspirado no romance do escritor grego Panos Karnezis, The Birthday Party decorre ao longo de 24 horas numa ilha privada nos anos 70. Timoleon, figura carismática mas tirânica, rodeia-se de bajuladores e oportunistas numa festa que serve de pretexto para os confrontos internos — especialmente com a filha Sofia (Vic Carmen Sonne), a única herdeira do império. 

“É um retrato rico, um estudo sobre o tipo de poder — e de patriarcado — que corrói tudo à sua volta”, diz Dafoe. 

A história desenrola-se entre silêncios pesados, alianças tensas e decisões que terão consequências irreversíveis. O próprio bilionário prepara, em segredo, uma escolha determinante sobre o futuro da filha… sem o seu consentimento. 

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Uma tragédia familiar com tons de ópera 

Realizado por Miguel Ángel Jiménez, cineasta espanhol com um pé em Atenas, o filme é uma co-produção internacional que junta a grega Heretic (de Triangle of Sadness), a espanhola Fasten Films, a neerlandesa Lemming Film e a britânica Raucous Pictures. 

O elenco inclui ainda Emma Suárez como a mulher de Timoleon — uma figura que mistura força e fragilidade —, Joe Cole (Peaky Blinders) como um jornalista que se envolve com Sofia, e a brilhante Vic Carmen Sonne, revelação de The Girl With the Needle

“É uma história sobre poder. Corrupção. Família. Amor, sim, mas também ego e vulnerabilidade”, diz Suárez. 

“A Olivia ama incondicionalmente. Vê-o como ninguém mais o vê. E tenta salvá-lo — mesmo sabendo que talvez seja tarde demais.” 

Uma fábula moderna sobre os monstros que criamos 

Filmado na ilha grega de Corfu, com o mar azul a contrastar com o ouro da ostentação, o filme capta um universo onde riqueza, isolamento e vaidade criam monstros — muitas vezes de forma inconsciente. 

“As pessoas constroem coisas que, se não tiverem cuidado, se tornam num pesadelo”, reflecte Dafoe. 

“Esquecem-se da intenção original. E aí… tudo desaba.” 

O realizador insiste que não quis cair na caricatura: 

“Sou contra tudo o que esta casta representa. Mas quis filmá-los com humanidade. Sem julgamentos fáceis.” 

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Uma performance à altura de Brando e Lancaster 

The Birthday Party evoca, segundo Dafoe, performances como as de Marlon Brando em The Godfather ou Burt Lancaster em The Leopard — figuras maiores que a vida, simultaneamente fascinantes e repulsivas, cuja queda é tão épica quanto a sua ascensão. 

O produtor Giorgos Karnavas vai mais longe: 

“Não consigo imaginar mais ninguém a interpretar Marcos Timoleon.” 

Um Dafoe em modo imperial 

Depois de uma carreira onde encarnou santos, criminosos, artistas e deuses em queda, Willem Dafoe continua a surpreender — e a arriscar. The Birthday Party promete ser mais um capítulo notável na sua filmografia: um estudo íntimo sobre o poder e o preço que se paga por o manter. 

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Liam Neeson Não Perdoa Atrasos no Set: “Nunca Trabalharia com Essas Pessoas”

Aos 73 anos, o actor estreia-se em comédia com The Naked Gun e aproveita para dar lições de profissionalismo… com o sotaque sério que todos conhecemos.

🕵️‍♂️ Liam Neeson tem uma daquelas vozes que ninguém contesta — nem quando está a ameaçar alguém num filme de acção, nem quando está a falar de pontualidade em entrevistas. E foi precisamente isso que fez numa conversa recente com a Rolling Stone, onde o actor criticou abertamente colegas de profissão que chegam atrasados às filmagens. 

“Oiço histórias perturbadoras sobre actores e actrizes talentosos que aparecem duas, três, quatro horas atrasados. Nunca trabalharia com essas pessoas. É um insulto”, declarou. 

“Tens uma equipa de 60, 70, 80 pessoas à tua espera. O mínimo é apareceres a horas.” 

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Neeson não mencionou nomes — nem parece estar a falar de ninguém do elenco de The Naked Gun, a nova comédia da Paramount onde contracena com Pamela Anderson. Mas a mensagem é clara: talento não é desculpa para falta de respeito. 

De vingador implacável a detective trapalhão 

The Naked Gun marca uma mudança de tom na carreira recente de Neeson, mais conhecida por papéis intensos em thrillers como Taken ou The Grey. Desta vez, o actor irlandês interpreta um inspector da polícia atrapalhado e absolutamente ineficaz, no espírito das comédias clássicas protagonizadas por Leslie Nielsen. 

A estreia do filme nas salas norte-americanas trouxe boas notícias: $17 milhões no primeiro fim-de-semana, um número sólido para uma comédia nos dias de hoje. O público parece estar a aceitar esta nova faceta de Neeson com bom humor — e ele próprio também. 

Adeus às pancadarias (com ou sem andarilho) 

Numa outra entrevista, à Variety, Neeson admitiu que o seu tempo nos filmes de acção está a chegar ao fim. 

“Tenho 73 anos, caramba. Não quero insultar o público com cenas de luta que não são minhas”, confessou. 

“Gostava de fazer as minhas próprias cenas de acção, mas não quero estar a fazer isso com uma bengala ou um andarilho.” 

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Apesar disso, admite que pode haver mais um filme de acção algures no horizonte, mas só se o papel fizer sentido. E com Neeson, isso implica profissionalismo e… chegar a horas, claro. 

Lições de um veterano 

A mensagem de Neeson não é apenas uma crítica; é um lembrete. Num tempo em que os egos em Hollywood ainda se confundem com talento, o actor volta a provar porque continua a ser tão respeitado dentro e fora do ecrã: disciplina, ética de trabalho e respeito por todos os que fazem um filme possível

Sharon Stone Revela Conflito com Michael Douglas Antes de Basic Instinct: “Ele Não Queria Que Eu Fosse Co-Protagonista”

A actriz conta como uma discussão acesa em Cannes quase comprometeu a sua participação no clássico erótico de Paul Verhoeven 

🧊 Quase tão explosiva quanto o famoso cruzar de pernas em Basic Instinct é a história que Sharon Stone agora revela sobre os bastidores do filme. Em entrevista recente ao Business Insider, a actriz confessou que Michael Douglas se recusou a fazer testes com ela antes das filmagens — e tudo devido a um confronto tenso entre os dois no Festival de Cannes. 

“O Michael não queria pôr o rabo nu no ecrã ao lado de uma desconhecida”, afirmou. “E percebo isso. Mas também havia outra razão: tivemos uma discussão antes disso.” 

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“Vamos lá fora”: o primeiro encontro que quase acabou à pancada 

O incidente aconteceu em Cannes, durante um jantar com várias pessoas do meio. Douglas fez um comentário sobre a relação entre um pai e os seus filhos. Stone conhecia bem a família em questão e decidiu intervir. A resposta de Douglas? Gritou-lhe: 

“O que é que tu sabes sobre isso?” 

Stone não recuou. 

“Levantei-me e disse: ‘Vamos lá fora.’” 

Lá fora, explicou-lhe o que sabia — e porquê — e o mal-estar acabou resolvido… mais ou menos. 

“Não diria que ficámos amigos, mas acabámos de forma cordial. Quando chegou a altura de escolherem a actriz para Basic Instinct, acho que ele não queria que fosse eu.” 

A tensão serviu bem o ecrã 

Apesar da resistência inicial, a química (e a fricção) entre os dois actores acabou por jogar a favor da história. Douglas interpreta um detective envolvido com a principal suspeita de um homicídio — a misteriosa e sedutora escritora Catherine Tramell, papel que transformou Sharon Stone numa estrela internacional

“Funcionou lindamente. O Michael tem um feitio difícil, mas isso não me intimidava. Isso trouxe algo interessante à dinâmica das personagens”, explicou. 

“Hoje, somos grandes amigos. Admiro-o imenso.” 

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A polémica do famoso “cruzar de pernas” 

O sucesso de Basic Instinct deve-se tanto ao enredo como à sua carga erótica — e, em particular, à infame cena do interrogatório. Em 2021, na sua autobiografia The Beauty of Living Twice, Sharon Stone revelou que foi enganada para filmar a cena sem roupa interior

“Disseram-me que não se via nada, que era só para evitar reflexos da luz. Mas vi a cena numa sala cheia de agentes e advogados. Foi assim que vi a minha vagina no ecrã pela primeira vez.” 

Stone conta que, chocada, confrontou o realizador Paul Verhoeven e deu-lhe uma estalada na cabine de projecção. 

“Já não havia nada a fazer. Era o meu corpo ali. Tive de tomar decisões.” 

E agora… um reboot? 

Segundo a Variety, a Amazon MGM Studios e a United Artists adquiriram os direitos para um reboot de Basic Instinct, com o regresso do argumentista original, Joe Eszterhas, ao leme do guião. Não se sabe ainda se Sharon Stone estará envolvida. A actriz participou na sequela de 2006 (Basic Instinct 2), que foi fortemente criticada e falhou nas bilheteiras. 

Num tempo em que o olhar sobre sexualidade, consentimento e poder em Hollywood mudou radicalmente, resta saber como será reimaginado um dos filmes mais provocadores da década de 90 — e se Catherine Tramell voltará a cruzar as pernas… ou as linhas da moral. 

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Quando o Grito de Scarlett Johansson Assusta Lobos: Marriage Story Está a Salvar Gado nos EUA 

A cena de discussão entre Adam Driver e Scarlett Johansson tornou-se inesperadamente… uma arma rural contra predadores 

🐺💔 Quem diria que o momento mais devastador de Marriage Story, o drama de 2019 realizado por Noah Baumbach, viria a ser usado não só como exemplo de representação emocional, mas também como ferramenta de dissuasão contra lobos selvagens nos Estados Unidos

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Segundo o The Wall Street Journal, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) está a recorrer ao áudio da famosa cena de discussão entre Scarlett Johansson e Adam Driver — sim, aquela em que tudo explode num apartamento claustrofóbico — para assustar lobos e proteger o gado em zonas rurais

“Os lobos precisam de saber que os humanos são maus”, explicou um supervisor do USDA no estado do Oregon. 

“Wolf hazing”: drones, AC/DC e… terapia de casal? 

A técnica, conhecida como “wolf hazing”, consiste em usar drones equipados com câmaras térmicas e altifalantes para patrulhar zonas onde há registo de ataques a vacas e ovelhas. Quando um lobo é detetado, o drone projecta luz intensa e transmite sons considerados “alarmantes”. Entre os sons favoritos dos técnicos estão: 

  • Fogos de artifício 
  • Tiros 
  • Discussões de filmes, como a de Marriage Story 
  • E até clássicos do rock como “Thunderstruck” dos AC/DC 

O método tem-se revelado eficaz: depois de 11 vacas terem sido mortas por lobos numa zona do sul do Oregon em apenas 20 dias, a intervenção dos drones e do som dramático reduziu esse número para apenas duas mortes em 85 dias

Da dor emocional à utilidade ecológica 

A cena em questão — um dos pontos altos (ou baixos?) emocionais de Marriage Story — mostra Johansson e Driver aos gritos, numa das representações mais cruas e reais de um divórcio no cinema recente. Foi este momento que lhes valeu nomeações ao Óscar e o aplauso da crítica, tendo o filme sido classificado como um dos melhores de 2019 por publicações como a Variety

“Eles encarnam a raiva, orgulho, desespero e paixão de um casal a destruir a relação — e a si próprios — tentando ainda assim manter-se inteiros”, escreveu Owen Gleiberman. 

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Agora, esses gritos rasgados, carregados de frustração e mágoa… estão a aterrorizar lobos. E a salvar vacas. 

Uma ironia (muito) cinematográfica 

Se Baumbach pretendia explorar o colapso de um casamento como um campo de batalha emocional, dificilmente imaginaria que o seu filme viria a ser usado literalmente como arma de dissuasão em zonas de conflito… entre humanos e predadores. 

Hollywood nunca teve problemas em explorar o sofrimento humano para o entretenimento. Mas aqui, num volte-face inesperado, o sofrimento é reciclado para fins ecológicos. Um pouco como se Scenes from a Marriage tivesse sido misturado com O Livro da Selva e passado por um editor de som rural. 

Próxima paragem: os gritos de  

Revolutionary Road a proteger plantações? 

A pergunta que fica: que outras cenas devastadoras do cinema podem servir para fins práticos no mundo real? Gritos de Meryl Streep em Kramer vs. Kramer? Monólogos de Daniel Day-Lewis em There Will Be Blood? O choro contido de Ryan Gosling em Blue Valentine

O cinema nunca foi tão útil — nem tão imprevisível. 

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“Se Dizem Que Só Sei Fazer de Mim Mesmo… Não Quero Saber” — George Clooney Responde às Críticas Com a Elegância de Sempre (E Um Pouco de Desdém)

Às vésperas da estreia de Jay Kelly, de Noah Baumbach, o actor norte-americano mostra que a idade só lhe aguçou o sentido de humor — e o desinteresse pela crítica 

🎬 George Clooney tem duas estatuetas douradas em casa, mais de 40 anos de carreira e uma lista de filmes que vai de comédias absurdas a thrillers políticos. Mas ainda há quem insista que ele “só sabe fazer de George Clooney”. E a resposta do actor a essas críticas é… bem ao estilo Clooney: 

“Dizem que só faço de mim mesmo? Não quero saber”, afirmou, em entrevista à Vanity Fair

“Já tentaram fazer de vocês mesmos? É difícil.” 

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A conversa surgiu no contexto de uma prévia sobre o novo filme de Noah Baumbach, Jay Kelly, que estreia mundialmente este mês no Festival de Veneza. No filme, Clooney interpreta — surpresa — um actor de 60 e tal anos a reflectir sobre a sua vida pessoal e profissional. Metaficção ou só mais um papel feito à medida? Segundo Clooney, isso pouco importa. 

Clooney: entre a leveza e a densidade, com currículo para calar todos 

Com papéis que vão de O Brother, Where Art Thou? a Syriana (que lhe valeu o Óscar de Melhor Actor Secundário), passando por Michael Clayton, Up in the Air ou The Descendants, Clooney recusa a ideia de ser um “actor de um só tom”. 

“Não há assim tantos tipos da minha idade que consigam fazer comédias amplas e depois virar para dramas sérios como Syriana ou Michael Clayton”, defende. 

E não mente. Clooney tem equilibrado há décadas o lado mais comercial com projectos politicamente carregados, filmes de autor, e colaborações com realizadores como os irmãos Coen, Steven Soderbergh ou Alexander Payne. E fez tudo isto depois dos 30

“Não tive sucesso a sério até aos 33 anos, com Urgências. Já trabalhava há 12. Isso deu-me uma perspectiva real de como tudo isto é passageiro — e de como pouco tem a ver contigo.” 

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Jay Kelly: Clooney ao espelho? 

Escrito por Noah Baumbach e Emily Mortimer, Jay Kelly será lançado em sala a 14 de Novembro, com estreia na Netflix a 5 de Dezembro. O elenco é um verdadeiro desfile de estrelas: Laura Dern, Adam Sandler, Isla Fisher, Greta Gerwig, Billy Crudup, Riley Keough, Jim Broadbent, entre muitos outros. 

O filme apresenta-se como uma dramédia sobre envelhecer, reflectir e, claro, representar — temas que batem fundo na vida real de Clooney, que agora vê o estrelato com a leveza de quem já não precisa de provar nada. 

“Não Quero Saber” — Mas Sabe o Que Está a Fazer 

Esta fase da carreira de Clooney parece assentar-lhe como um fato italiano bem cortado: confortável, elegante, com espaço para ironia e profundidade. Se há coisa que nunca lhe faltou, foi consciência do seu lugar no jogo — e uma boa dose de auto-humor

Se está a fazer de George Clooney? Talvez. Mas se o faz tão bem, quem se importa? 

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