Skip to content

George Clooney — O Batman Que Ninguém Queria Ser

Como um episódio de ER levou Bruce Wayne à urgência

Antes de ser o galã de Hollywood e o realizador respeitado que hoje todos conhecem, George Clooney era o Dr. Doug Ross da icónica série médica ER – Serviço de Urgência. E foi precisamente um episódio dessa série, segundo o realizador Christopher Chulack, que mudou o rumo da sua carreira — e, involuntariamente, o destino do pior filme de Batman alguma vez feito.

ler também: Ruby Rose Ataca Sydney Sweeney: “Arruinaste o Filme”

Em entrevista à TV Insider, Chulack revelou que o episódio “Hell and High Water”, emitido em Novembro de 1995, foi o catalisador que levou Clooney a vestir o capuz do Cavaleiro das Trevas. Nesse episódio, o médico Doug Ross protagoniza uma operação de resgate heróica, salvando um rapaz preso num esgoto inundado — uma sequência intensa que captou 45 milhões de espectadores e deixou a América colada ao ecrã.

“No dia seguinte, os presidentes da Warner Bros. Television bateram à porta do camarim do George e disseram-lhe: ‘Vais ser o próximo Batman por causa do heroísmo deste episódio’”, contou Chulack.

Pouco depois, Clooney estava em filmagens para Batman & Robin (1997), realizado por Joel Schumacher e com um elenco estelar: Uma ThurmanArnold SchwarzeneggerChris O’Donnell e Alicia Silverstone.

O herói que caiu no ridículo

Mas o sonho depressa se tornou pesadelo. Para os fãs da DC Comics e para a crítica em geral, Batman & Robin foi unanimemente considerado o pior filme de toda a saga Batman — e, inevitavelmente, o pior Batman de sempre.

Com vilões caricatos, frases de antologia (“Everybody chill!”), cores berrantes e fatos anatómicos com mamilos em relevo, o filme foi um fracasso tanto artístico como comercial. Clooney, que herdava o papel após Michael Keaton e Val Kilmer, viu-se transformado num meme cinematográfico antes dos memes existirem.

O próprio actor nunca escondeu o embaraço. Em várias entrevistas, Clooney confessou que rever o filme “ainda dói” e que proibiu a família de o ver — incluindo a mulher, Amal Clooney. “Nunca mostrei Batman & Robin à minha mulher. Quero que continue a respeitar-me”, disse com ironia numa conversa com o Variety.

O resgate da carreira

Apesar do fiasco monumental, Clooney rapidamente fez o que o seu Batman não conseguiu: salvou-se a si próprio. Após o desastre de 1997, o actor afastou-se de blockbusters e mergulhou em projetos mais sérios e pessoais, apostando em papéis exigentes e colaborações com realizadores de peso.

Em Three Kings (1999) e Syriana (2005) mostrou a sua veia dramática; em O Brother, Where Art Thou? (2000) revelou talento cómico; e em Good Night, and Good Luck (2005) e Michael Clayton (2007) consolidou o estatuto de actor e realizador de prestígio.

Hoje, Clooney é sinónimo de elegância, inteligência e filantropia — um dos rostos mais respeitados de Hollywood. Mas, por mais prémios que acumule, o espectro do seu Batman camp e sorridente continuará a persegui-lo.

Entre a dor e a redenção

É curioso pensar que tudo começou com um herói da medicina numa série televisiva e terminou com um super-herói que se tornou piada. Clooney conseguiu redimir-se, mas Batman & Robin permanece como uma cicatriz na sua filmografia — uma ferida antiga que ainda o faz estremecer sempre que alguém menciona “mamilos no fato”.

ler também : “Sem Tempo” — Quando o Tempo se Torna Dinheiro

E, sejamos honestos: se até o próprio diz que o filme dói, talvez devêssemos poupá-lo de mais uma revisita.

Artigos relacionados

No comment yet, add your voice below!


Add a Comment

Segue-nos nas redes Sociais

Os nossos Patrocinadores

Posts Recentes

Os nossos Patrocinadores

<--!-->