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Esposa de Jimmy Kimmel Fala da Dor de Ter Família Pró-Trump: “O Meu Marido Está Lá Fora a Lutar Contra Esse Homem”

Molly McNearney, mulher do apresentador de Jimmy Kimmel Live, revelou como o apoio de familiares a Donald Trump abalou relações pessoais e trouxe tensão para dentro de casa.

O apresentador norte-americano Jimmy Kimmel tornou-se há muito tempo um dos críticos mais ferozes de Donald Trump entre as figuras da televisão norte-americana. Mas agora, a guerra política ultrapassou o ecrã e chegou ao coração da sua vida familiar.

Em entrevista ao podcast We Can Do Hard ThingsMolly McNearney, casada com Kimmel há 12 anos e atualmente guionista-chefe e produtora executiva do programa Jimmy Kimmel Live, falou sobre o impacto emocional e pessoal que o clima político tem causado dentro da própria família.

Dói-me muito, porque agora tenho uma relação pessoal com isto: o meu marido está lá fora, todos os dias, a lutar contra esse homem”, desabafou, referindo-se a Trump.

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Famílias divididas pela política

McNearney revelou que o apoio de alguns familiares a Trump em 2016 já tinha causado desconforto, mas que o cenário em 2024 tornou-se insustentável. “Na minha perspetiva, votar em Trump é o mesmo que não votar em mim, nem no meu marido, nem na nossa família. Infelizmente, perdi relações com pessoas da minha família por causa disso.”

A guionista explicou que cresceu num meio “muito conservador e republicano”, mas que a sua visão mudou com o tempo. “Isto já não é apenas uma questão de Republicanos versus Democratas. Para mim, trata-se de valores familiares. Cresci a acreditar nos ideais cristãos de cuidar dos doentes e dos pobres — e não vejo isso refletido neste partido republicano.”

Segundo McNearney, esse conflito interno tem-lhe causado frustração constante: “Sinto-me em conflito permanente e zangada o tempo todo. E isso não é saudável.”

Emails, apelos e desilusões

Às vésperas das eleições, McNearney contou ter enviado e-mails emocionados a vários familiares, implorando que não votassem em Trump. “Mandei uma lista com dez razões para não votar neste homem. Pedi-lhes, quase a suplicar. Mas não resultou.”

O esforço, admite, acabou por acentuar a divisão: “Aproximou-me das pessoas da família com quem me sinto mais alinhada, mas afastou-me das outras. E odeio que isto tenha acontecido.”

Kimmel, por sua vez, manteve a sua postura combativa. Após o regresso de Jimmy Kimmel Live ao ar — depois de uma breve suspensão pela ABC devido a comentários sobre o movimento MAGA —, o apresentador voltou a ironizar Trump em direto. “Segundo uma nova sondagem da YouGov, sou mais popular do que o presidente dos Estados Unidos”, brincou, arrancando gargalhadas do público.

Num tom mais ácido, acrescentou: “Nunca fui condenado por nenhum crime, nunca fui amigo do Jeffrey Epstein, nem paguei a uma estrela pornográfica. Portanto, acho que merecia uma pontuação um bocadinho melhor.”

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A batalha que transcende o ecrã

A tensão entre Kimmel e Trump não é nova, mas os últimos meses tornaram-na pessoal. O apresentador tornou-se um alvo recorrente dos apoiantes do ex-presidente, especialmente após os seus comentários sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk. O episódio levou a ABC a suspender temporariamente o programa em setembro, antes de o reinstaurar devido à pressão do público e ao cancelamento em massa de assinaturas da Disney+.

Enquanto o debate político continua a polarizar os EUA, Kimmel e McNearney representam, à sua maneira, o retrato íntimo de um país dividido — onde as discussões eleitorais já não se travam apenas na televisão, mas também à mesa de jantar.

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