Lilo & Stitch regressa em versão live-action: a amizade improvável que conquistou o mundo chega ao Disney+

Há encontros que mudam vidas – e há filmes que mudam gerações. Em 2002, a Disney apresentou ao mundo Lilo & Stitch, uma animação que, sem príncipes nem princesas, conseguiu conquistar o coração de milhões com uma história de amizade, diferença e família. Agora, mais de duas décadas depois, essa mesma magia ganha nova vida com uma versão live-action que estreia no Disney+ a 3 de setembro de 2025.

Um clássico reinventado

A nova versão é realizada por Dean Fleischer Camp, nome aclamado pelo surpreendente Marcel the Shell with Shoes On(2021), o que desde logo promete um olhar mais delicado e sensível para esta aventura havaiana. No elenco, destacam-se Zach Galifianakis, conhecido pelo humor excêntrico de A Ressaca, e *Courtney B. Vance, ator consagrado que traz peso dramático à narrativa.

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Se a história original já era inesquecível, este regresso aposta em recriar – com tecnologia de ponta e uma dose de emoção em carne e osso – a ligação improvável entre Lilo, uma rapariga havaiana de espírito rebelde e coração enorme, e Stitch, uma criatura alienígena criada para ser uma máquina de destruição, mas que acaba por descobrir o significado de família.

‘Ohana’: a palavra que ficou para sempre

Mais do que um buddy movie improvável, Lilo & Stitch tornou-se um fenómeno cultural por abordar temas raramente tratados em filmes infantis: a perda, a solidão, a diferença, mas também a noção de comunidade. Quem não se lembra da frase que se tornou mantra para tantos espectadores?

“Ohana significa família. Família significa nunca abandonar ou esquecer.”

É essa essência que a nova versão live-action promete resgatar, sem esquecer a energia vibrante do Havai, a herança cultural e, claro, o humor caótico de Stitch, que continua a ser um dos personagens mais carismáticos e adorados da Disney.

O desafio do live-action

A Disney tem apostado nos últimos anos em reinventar os seus clássicos através do live-action. Nem sempre estas adaptações escaparam à polémica – há quem as veja como uma oportunidade de revisitar mundos mágicos, e quem lamente o excesso de reciclagem em detrimento de novas histórias.

No caso de Lilo & Stitch, porém, a expetativa é particularmente alta: trata-se de um dos títulos mais queridos da era pós-Renascimento da Disney e que, pela sua carga emocional e pela atualidade da sua mensagem, pode ganhar nova relevância numa época em que o cinema familiar procura equilibrar espetáculo com autenticidade.

Uma estreia que marca um aniversário

A chegada de Lilo & Stitch ao Disney+ não podia ser mais simbólica: acontece no mesmo mês em que a plataforma celebra 5 anos em Portugal. É, portanto, um momento que combina celebração, nostalgia e renovação – um presente para quem cresceu a ouvir Elvis Presley nas aventuras da pequena Lilo e um convite para que novas gerações conheçam esta história que continua a emocionar.

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🔹 Lilo & Stitch estreia a 3 de setembro de 2025 em exclusivo no Disney+.

🔹 Realização: Dean Fleischer Camp

🔹 Elenco: Zach Galifianakis, Courtney B. Vance e mais surpresas a revelar

“Bugonia”: Emma Stone e Yorgos Lanthimos voltam a chocar (e a fascinar) Veneza

Emma Stone voltou a dar que falar na 82.ª edição do Festival de Veneza com Bugonia, o novo filme de Yorgos Lanthimos que mistura thriller de rapto, ficção científica e sátira social. A atriz norte-americana interpreta Michelle Fuller, uma poderosa CEO farmacêutica que é raptada por dois homens convencidos de que ela… é uma extraterrestre.

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O filme, que marca a quarta colaboração entre Stone e Lanthimos — depois de The FavouritePoor Things e Kinds of Kindness — está a ser descrito pela crítica como um verdadeiro “choque de géneros”: ao mesmo tempo suspense, paranoia, comédia negra e comentário político.

Raptores, alienígenas e eco chambers

Na história, Michelle (Stone) é sequestrada por Teddy (Jesse Plemons, nomeado ao Óscar por The Power of the Dog) e Don (Aidan Delbis). Teddy acredita que a executiva é culpada pela doença da mãe e pelo colapso das abelhas, e que a sua captura pode salvar a humanidade. O resultado é um duelo psicológico intenso, passado em grande parte na cave de Teddy, onde a CEO e o raptor entram num jogo de manipulação e poder.

Lanthimos, conhecido por explorar o absurdo nas relações humanas, aproveita a trama para mergulhar no impacto das teorias da conspiração e das bolhas digitais. “Não muito da distopia do filme é ficção. É um reflexo dos nossos tempos”, explicou o realizador em Veneza.

Emma Stone de cabeça rapada e Jesse Plemons em estado bruto

Para o papel, Stone submeteu-se a uma transformação radical: a sua personagem é obrigada a rapar o cabelo pelos sequestradores. “Foi a coisa mais fácil do mundo: só precisas de uma máquina”, ironizou a atriz, que também admitiu acreditar na possibilidade de vida extraterrestre, citando Carl Sagan como influência.

Já Jesse Plemons trouxe profundidade ao perturbado Teddy, que, entre papel de vilão e mártir, encarna o perigo de reduzir pessoas traumatizadas a caricaturas. “Ele é um torturado que só quer ajudar, por mais louco que pareça”, afirmou o ator.

Da Coreia para Veneza

Bugonia é um remake livre do filme sul-coreano Save the Green Planet! (2003), mas Lanthimos imprime-lhe a sua marca pessoal: diálogos desconfortáveis, humor ácido e violência estilizada.

A crítica dividiu-se, mas quase todos concordaram num ponto: a performance de Emma Stone é magnética. O Hollywood Reporter chamou ao filme “um turbilhão de géneros, suspense e humor sombrio”, enquanto o Telegraph lhe atribuiu cinco estrelas pela forma como Lanthimos equilibra o grotesco com o cómico.

Um espelho do presente

Longe de ser apenas um exercício de ficção distópica, Lanthimos garante que Bugonia é um alerta. “Humanidade está a enfrentar um acerto de contas. Se não escolhermos o caminho certo, não sei quanto tempo temos”, disse, referindo-se à guerra, à tecnologia e à nossa crescente indiferença.

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Seja pela sua crítica social, pelo humor negro ou pela coragem dos seus protagonistas, Bugonia já é um dos filmes mais discutidos de Veneza — e confirma que a dupla Lanthimos/Stone continua a ser uma das mais desafiantes e imprevisíveis do cinema atual.

“The Walking Dead: Daryl Dixon” regressa em setembro com a sua terceira temporada

Os fãs do universo The Walking Dead já têm data marcada para regressar ao caos do apocalipse. A terceira temporada de The Walking Dead: Daryl Dixon estreia-se em Portugal a 8 de setembro, em exclusivo no AMC SELEKT, apenas um dia depois da estreia nos Estados Unidos.

A nova temporada será composta por sete episódios de sessenta minutos, lançados semanalmente na plataforma, e volta a reunir no centro da narrativa dois dos sobreviventes mais icónicos da saga: Daryl Dixon (Norman Reedus) e Carol Peletier (Melissa McBride).

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Uma jornada cada vez mais distante de casa

Depois de se separarem dos seus entes queridos, Daryl e Carol continuam a sua perigosa travessia pela Europa, enfrentando cenários hostis, comunidades devastadas e diferentes formas de adaptação ao colapso da civilização. Segundo a sinopse oficial, a viagem do duo acabará por os afastar ainda mais do seu objetivo inicial: regressar a casa. Pelo caminho, testemunharão “os diversos efeitos do apocalipse dos caminhantes”, confrontando novos inimigos e dilemas.

Espanha no coração do apocalipse

À semelhança das temporadas anteriores, a série foi rodada em Espanha, tornando-se também uma montra para alguns dos seus talentos. O elenco conta com nomes como Eduardo NoriegaÓscar Jaenada e Alexandra Masangkay, além de Candela Saitta, Hugo Arbués, Greta Fernández, Gonzalo Bouza, Hada Nieto, Yassmine Othman, Cuco Usín e Stephen Merchant.

O universo “The Walking Dead” continua a expandir-se

Produzida por Scott M. Gimple, esta terceira temporada reforça a aposta da AMC no prolongamento do universo criado a partir da série-mãe. Depois de spin-offs como Fear the Walking Dead ou The Walking Dead: Dead City, a jornada de Daryl Dixon assumiu-se como uma das mais bem recebidas pela crítica e pelos fãs, sobretudo pela sua atmosfera mais sombria e pela profundidade dada à relação com Carol, que se mantém como um dos pilares emocionais da franquia.

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Com estreia marcada já para setembro, resta saber até onde Daryl e Carol conseguirão ir na sua luta pela sobrevivência — e se alguma vez regressarão a casa.

John Williams surpreende: “Nunca gostei muito de música de cinema”

É impossível imaginar a história do cinema sem as notas de John Williams. Do suspense inconfundível de Tubarão ao tema épico de Star Wars, passando pela magia de Harry Potter e pelas aventuras de Indiana Jones, a sua música moldou a memória coletiva de gerações de espectadores. Aos 93 anos, o compositor soma mais de 100 bandas sonoras, cinco Óscares e o título de pessoa viva mais nomeada da história da Academia (54 vezes). Ainda assim, o mestre tem uma visão desconcertante sobre o seu próprio legado: “Nunca gostei muito de música de cinema”, confessou.

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A revelação surge numa nova biografia escrita por Tim Greiving, que se mostrou “chocado” com a sinceridade do compositor. Williams descreveu a música de cinema como “efémera” e “fragmentária”, considerando que só raramente atinge uma verdadeira grandeza. Para ele, muitas das bandas sonoras mais aclamadas não passam de “um trabalho” — frases que surpreendem ainda mais quando vêm do homem que revolucionou a própria ideia do que uma banda sonora pode ser.

Ainda assim, Greiving alerta para não levar as palavras demasiado à letra. Williams pode desvalorizar o género, mas a sua carreira prova o contrário: a forma meticulosa como compôs para E.T.A Lista de Schindler ou Star Wars mostra que encarou o cinema com a mesma seriedade e exigência de um compositor de música clássica. Como nota o biógrafo, Williams “elevou a música de cinema a uma forma de alta cultura”.

O compositor também refletiu sobre o que faria de forma diferente se pudesse recomeçar: gostaria de ter unificado melhor a sua música de concerto e a música para cinema, tornando-as mais “suas”. Mas admite que, na altura, a composição para filmes era, sobretudo, uma oportunidade de trabalho — uma visão pragmática que contrasta com a reverência dos críticos e do público.

Há, no entanto, um espaço onde Williams não esconde entusiasmo: a sua colaboração de meio século com Steven Spielberg. Desde Tubarão (1975), apenas três filmes do realizador não contaram com a sua música. Williams descreve Spielberg como um parceiro criativo com formação musical rara entre cineastas, alguém que sabia ouvir e compreender a música como parte integrante da narrativa.

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Seja visto como trabalho “funcional” ou como arte sublime, a verdade é que John Williams definiu a identidade sonora de Hollywood como poucos antes dele. As suas partituras são mais do que acompanhamento: são personagens invisíveis que respiram dentro das histórias. E mesmo que o próprio prefira desvalorizar, para o cinema será sempre impossível ouvir aquelas primeiras notas de Star Wars sem sentir que estamos diante de algo maior que a vida.

Daniela Melchior junta-se ao Pai Natal mais letal do cinema em “Noite Violenta 2”

A carreira internacional de Daniela Melchior continua a somar capítulos de peso em Hollywood. A atriz portuguesa, que já brilhou em títulos como O Esquadrão Suicida (2021), Marlowe: O Caso da Loira Misteriosa (2022), Velocidade Furiosa X (2023) e Road House (2024), foi agora confirmada no elenco de “Noite Violenta 2” (Violent Night 2), a sequela da comédia de ação natalícia que conquistou o público em 2022.

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O filme volta a ter David Harbour (Stranger ThingsViúva Negra) como protagonista, retomando a sua versão inesperadamente brutal do Pai Natal. A primeira aventura mostrou um Nicolau nada santo, capaz de enfrentar uma equipa de mercenários para salvar uma família rica na véspera de Natal — um conceito que misturava espírito natalício com sangue e pancadaria, e que rapidamente se tornou um sucesso de culto nas salas de cinema.

Desta vez, Melchior junta-se ao elenco ao lado de Kristen Bell, que vive um momento de grande popularidade com a série da Netflix Ninguém Quer Isto. A realização volta a estar nas mãos do norueguês Tommy Wirkola, responsável por filmes como Hansel e Gretel: Caçadores de Bruxas e a saga Dead Snow (Os Mortos-Vivos Nazis), conhecido pela sua mistura de humor negro, ação descontrolada e violência estilizada.

Ainda não foram revelados detalhes sobre a nova história, mas as expetativas são elevadas: poderá o segundo filme repetir o equilíbrio improvável entre sátira natalícia e ação hardcore que fez do original um êxito-surpresa?

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Com estreia marcada para dezembro de 2026Noite Violenta 2 promete ser um dos títulos mais curiosos da temporada natalícia de Hollywood. Para Daniela Melchior, é mais uma oportunidade de cimentar a sua posição como uma das atrizes portuguesas mais requisitadas no panorama internacional.

Valter Hugo Mãe no grande ecrã: São Paulo celebra o escritor português com cinema e arte

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, um dos mais prestigiados festivais da América Latina, vai dedicar em 2025 uma homenagem especial a Valter Hugo Mãe, figura maior da literatura portuguesa contemporânea. O autor será celebrado não apenas pelas palavras, mas também pela sua ligação ao cinema e às artes visuais, com um programa que inclui um documentário, uma adaptação literária e até o cartaz oficial da 49.ª edição do festival, que decorre entre 16 e 30 de outubro.

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No centro desta homenagem estará a exibição de “De Lugar Nenhum”, documentário de Miguel Gonçalves Mendes que acompanha o processo criativo de Valter Hugo Mãe na escrita de A Desumanização. Rodado em Portugal, Islândia, Colômbia, Brasil e Macau, o filme integra o vasto projeto do realizador intitulado O Sentido da Vida, um conjunto de nove longas-metragens que se entrelaçam no tempo e no espaço. Este será o primeiro a chegar ao público e promete revelar, com intimidade e rigor, as obsessões e rituais criativos do escritor.

Mas o grande acontecimento cinematográfico será a antestreia de “O Filho de Mil Homens”, primeira adaptação de uma obra de Valter Hugo Mãe ao cinema. O romance homónimo ganha vida pelas mãos de Daniel Rezende, realizador brasileiro conhecido por Bingo: O Rei das Manhãs (2017), e terá como protagonista Rodrigo Santoro, um dos atores brasileiros mais internacionais. Produzido pela Netflix, o filme deverá estrear ainda este ano na plataforma, após a passagem pela mostra paulista.

Além do ecrã, Valter Hugo Mãe estará presente no próprio rosto do festival: foi escolhido para assinar o cartaz oficial da 49.ª edição. A diretora da Mostra, Renata de Almeida, sublinha que o traço visual do autor “dialoga com o que escreve: detalhista, cheio de repetições gráficas, obsessões e gestos quase caligráficos que lembram a sua cadência textual”.

Esta celebração surge num momento em que Valter Hugo Mãe está em grande destaque no Brasil. Nos últimos meses participou em vários encontros literários — da FLIP, em Paraty, ao FLISampa, em São Paulo — e viu ser lançado no mercado brasileiro o livro Educação da Tristeza. Chegou mesmo a ser recebido pelo presidente Lula da Silva, sinal da relevância cultural que lhe é atribuída no país.

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Entre palavras, imagens e cinema, a homenagem da Mostra de São Paulo confirma o estatuto de Valter Hugo Mãe como um dos grandes criadores portugueses do nosso tempo — um autor cuja voz transcende fronteiras e linguagens artísticas.

“Vingadores: Doomsday”: rumores de egos e conflitos no set aumentam pressão sobre o regresso da Marvel

O Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) atravessa um momento de viragem e, inevitavelmente, de enorme pressão. A superprodução “Vingadores: Doomsday”, que já está em rodagem entre Londres e o Bahrain, é encarada como a oportunidade para devolver ao estúdio o brilho dos tempos de Endgame (2019). Mas, entre atrasos, rumores de conflitos e egos a colidirem no set, a internet já transformou os bastidores num autêntico espetáculo paralelo.

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O rumor mais viral das últimas semanas? Uma alegada zanga entre Robert Downey Jr. e Ryan Reynolds. O primeiro está oficialmente confirmado no elenco, regressando ao MCU numa reviravolta inesperada — não como Tony Stark/Homem de Ferro, mas como o vilão Doutor Destino. O segundo, Deadpool de serviço, nem sequer está confirmado, mas a especulação disparou depois de partilhar nas redes sociais um logotipo dos Vingadores rabiscado a vermelho, cor associada à sua personagem.

A história ganhou força quando o The Hot Mic Podcast, de Jeff Sneider, sugeriu que a produção tinha sido prolongada porque Downey Jr. não aprovou os duplos usados no fato do Doutor Destino, exigindo refilmagens com ele próprio. Sneider descreveu ainda o ambiente da rodagem como “disfuncional” e comparável ao de Velocidade Furiosa, célebre pelos desentendimentos entre Vin Diesel e Dwayne Johnson.

Dias depois, o também jornalista John Rocha revelou que houve, de facto, um confronto entre dois atores “bastante conhecidos”, motivado por uma piada mal recebida. A situação terá escalado a ponto de a Marvel considerar filmar as cenas em separado — o que aumentaria os custos em milhões de dólares. Mas uma mediação entre os envolvidos resolveu a tensão, com pedidos de desculpa incluídos, e o plano de rodagem seguiu em frente.

Ainda assim, os fãs transformaram-se em detetives: todas as pistas apontariam para Downey Jr. e… Reynolds. A especulação atingiu tamanha proporção que uma fonte oficial recorreu à People para desmentir: “Não há nenhum ressentimento. Os dois nunca se conheceram pessoalmente.”

Seja mito ou verdade, o episódio mostra a enorme pressão que rodeia “Doomsday”. Realizado novamente pelos irmãos Russo, responsáveis por alguns dos capítulos mais celebrados do MCU (O Soldado do InvernoGuerra InfinitaEndgame), o filme junta uma autêntica constelação de estrelas: Chris Hemsworth, Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Paul Rudd, Letitia Wright, Florence Pugh, Tom Hiddleston, Patrick Stewart, Ian McKellen, Rebecca Romijn, James Marsden e Channing Tatum, entre muitos outros.

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Com estreia marcada para 17 de dezembro de 2026, e a sequela Avengers: Secret Wars já apontada para dezembro de 2027, o peso do futuro da Marvel parece condensar-se nestas duas produções. Para já, os rumores só alimentam o hype. Mas se os Vingadores querem salvar o mundo (e o próprio MCU), terão primeiro de sobreviver aos seus próprios bastidores.

“A Solidão dos Lagartos”: curta portuguesa ruma a San Sebastián e leva o Algarve para o centro do cinema europeu

O cinema português volta a marcar presença no prestigiado Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, e desta vez com um olhar vindo do sul. A Solidão dos Lagartos, curta-metragem da realizadora Inês Nunes, foi selecionada para a secção Nest, dedicada a filmes de estudantes de cinema, e que tem revelado ao mundo alguns dos mais promissores talentos emergentes.

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Filmada em 2022 e já exibida em Cannes, a curta transporta-nos para um spa rodeado de montanhas de sal no Algarve. Entre os turistas que procuram o lazer, os salineiros que trabalham incansavelmente e as crianças que correm em liberdade, ergue-se um microcosmos onde o quotidiano se mistura com o onírico. À medida que a noite cai, o espaço transforma-se num cenário de desejos ocultos e de encontros inesperados, evocando um ambiente simultaneamente real e misterioso.

Nascida em Tavira, Inês Nunes estudou Realização na Escola Superior de Teatro e Cinema e recebeu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian que a levou a aprofundar a sua formação na Elías Querejeta Zine Eskola, em San Sebastián. Foi nesse percurso académico que a ideia inicial do filme ganhou corpo, inspirada pelas salinas de Castro Marim e pelo spa Salino Água Mãe. A cineasta descreve o local como um espelho do Algarve contemporâneo: “um ponto de vista sobre a região, onde convivem o turismo, o lazer, o trabalho e as responsabilidades”.

Mas A Solidão dos Lagartos não vai a San Sebastián sozinha. O festival, que decorre de 19 a 27 de setembro, contará ainda com a presença de outros nomes portugueses. A secção Zabaltegi-Tabakalera abre com a coprodução Una Película de Miedo, do brasileiro Sergio Oksman, enquanto André Silva Santos leva a sua primeira longa, Sol Menor, depois de conquistar o prémio de Melhor Filme Português no Curtas de Vila do Conde. Já Paula Tomás Marquesregressa ao certame com Duas Vezes João Liberada, depois de ter vencido anteriormente o prémio Nest com Em Caso de Fogo.

Na secção Made in Spain, Portugal volta a estar representado com Uma Quinta Portuguesa e San Simón, confirmando o lugar de destaque que o cinema nacional continua a conquistar no panorama internacional.

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Com o seu olhar poético sobre o Algarve e a capacidade de cruzar paisagem, memória e transformação social, Inês Nunes junta-se assim à nova geração de realizadores que estão a levar o cinema português a percorrer o mundo

Filme em Destaque: Quando Chega o Outono, de François Ozon — Agora no Filmin

François Ozon, mestre do cinema francês contemporâneo, apresenta Quando Chega o Outono (Quand vient l’automne, 2024), um drama sensível e cheio de suspense que chega agora ao catálogo da Filmin.

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Sinopse Sucinta

Não recomendado a menores de 14 anos, este filme situa-se numa vila pitoresca da Borgonha. A história segue Michelle (Hélène Vincent), uma aposentada que vive em total harmonia com a vizinha de longa data, Marie-Claude (Josiane Balasko)  . A paz é abalada quando Michelle acidentalmente serve cogumelos venenosos à filha Valérie (Ludivine Sagnier), que adoece e proíbe a mãe de ver o neto Lucas  .

Enquanto Michelle tenta lidar com a culpa e a dor, Marie‑Claude enfrenta seus próprios fantasmas: o filho Vincent (Pierre Lottin) acaba de sair da prisão. O reencontro entre eles traz à tona segredos familiares, desequilíbrios e emoções contidas, transformando a narrativa num retrato tenso e profundamente humano  .

Destaques e Pontos de Interesse

  • O filme mistura drama familiar com elementos de mistério e thriller psicológico, mantendo o espectador em constante tensão e reflexão  .
  • A atuação de Hélène Vincent é amplamente elogiada: dominadora e cheia de nuances, imprime grande dignidade ao papel de Michelle  .
  • A direção de Ozon evita clichés sentimentais, apostando em uma abordagem elíptica e que permite ao público preencher lacunas com sua imaginação  .
  • O filme foi reconhecido no Festival de San Sebastián com o Prémio do Júri para Melhor Argumento, enquanto Pierre Lottin recebeu a Concha de Prata por Melhor Ator Secundário  .
  • A receção crítica é muito positiva, com uma aprovação de 97% no Rotten Tomatoes e score 74/100 no Metacritic  .

Vale a Pena Ver?

Se procuras um filme que combine drama íntimosuspense controlado e personagens complexas, Quando Chega o Outono é uma excelente escolha. Com a sensibilidade característica de Ozon, o filme ensaia sobre culpa, perdão e segundas chances — e mostra como o cinema pode, ainda em tempos tranquilos, guardar reviravoltas impactantes.

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Chegou o primeiro trailer de Nuremberga (Nuremberg), o drama histórico que promete ser um dos grandes títulos da temporada de prémios de 2025. Realizado por James Vanderbilt, o filme reúne um elenco de luxo e revisita um dos momentos mais marcantes do século XX: o julgamento dos líderes nazis após a Segunda Guerra Mundial.

Em Baixo divulgamos o trailer original, dado que ainda não está disponível a versão legendada.

Um elenco de peso em tribunal

Russell Crowe assume o papel de Hermann Göring, uma das figuras mais temidas do regime nazi, aqui sentado no banco dos réus. Ao seu lado, um leque de atores de primeira linha dá vida às tensões judiciais e morais deste processo histórico:

  • Rami Malek interpreta um psiquiatra encarregado de avaliar a sanidade dos acusados;
  • Michael Shannon e John Slattery surgem como advogados envolvidos nas acesas batalhas jurídicas;
  • Um conjunto de secundários de relevo completa o elenco, reforçando a densidade dramática do projeto.

O filme pretende não só retratar a dimensão histórica do julgamento, mas também explorar a psicologia e as contradições dos acusados e daqueles que os confrontaram em tribunal.

O desafio de filmar a História

O realizador James Vanderbilt, que anteriormente assinou Truth (2015), sobre o caso Dan Rather vs. George W. Bush, tem agora a tarefa de transpor para o grande ecrã um episódio que é simultaneamente documento histórico e reflexão ética. Se Truth dividiu a crítica, Nuremberga chega com o peso acrescido das expectativas e a promessa de se afirmar como um dos grandes dramas históricos contemporâneos.

Produzido pela Sony Pictures Classics, o filme chega aos cinemas em novembro — em plena corrida aos Óscares — e aposta numa narrativa de tribunal que junta o rigor histórico com a intensidade de performances de atores já consagrados.

Entre justiça e memória

Os julgamentos de Nuremberga não foram apenas um momento jurídico, mas um marco civilizacional, que lançou as bases para o direito internacional moderno e para a noção de crimes contra a humanidade. A escolha de Russell Crowe como Göring promete um retrato intenso de uma das figuras mais complexas do Terceiro Reich, enquanto Rami Malek surge como contrapeso humano e psicológico neste duelo em tribunal.

Com a estreia marcada para novembro, Nuremberga já é visto como um dos filmes-acontecimento da temporada — e, se cumprir o que o trailer promete, poderá inscrever-se na lista de obras essenciais sobre a memória da Segunda Guerra Mundial.

“O Justiceiro” Regressa: KITT e Michael Knight Rumo ao Cinema com os Criadores de Cobra Kai

A nostalgia dos anos 80 continua a ser uma mina de ouro para Hollywood — e agora chegou a vez de um dos maiores fenómenos televisivos dessa década dar o salto para o grande ecrã. O Justiceiro (Knight Rider no título original), a série que eternizou David Hasselhoff ao volante do icónico KITT, vai transformar-se em filme pela mão dos criadores de Cobra Kai.

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Segundo a revista The Hollywood Reporter, a Universal Pictures deu finalmente luz verde a um projeto que há anos era falado mas nunca passava do papel. Josh Heald, Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg — a equipa que revitalizou Karate Kid para uma nova geração com Cobra Kai — estão em negociações para assinar o argumento. Hurwitz e Schlossberg poderão também realizar o filme, num projeto que contará ainda com a produtora dos três e a 87North de Kelly McCormick e David Leitch, responsáveis por títulos como Atomic BlondeDeadpool 2 e Bullet Train.

O regresso de uma dupla lendária: Michael Knight e KITT

Entre 1982 e 1986, O Justiceiro conquistou fãs em todo o mundo com quatro temporadas que misturavam ação, intriga e, claro, o charme futurista de um carro indestrutível e com Inteligência Artificial. A Fundação para a Lei e o Governo (FLAG) recrutava Michael Knight (David Hasselhoff) para missões perigosas, mas era o seu parceiro de quatro rodas, KITT, que roubava sempre a cena — um Pontiac Trans Am que falava, acelerava como nenhum outro e tinha resposta pronta para qualquer ameaça.

O culto gerado pela série ultrapassou a televisão: houve telefilmes, spin-offs, videojogos, livros e até convenções dedicadas, como a KnightCon. Em Portugal, O Justiceiro foi transmitido ainda nos anos 80, ao domingo às 19h00, em versão original, mas viria a ganhar nova popularidade quando regressou em versão dobrada em português do Brasil. Foi daí que nasceu a frase imortalizada por fãs: “KITT, vem me buscar!”.

Hollywood e a máquina da nostalgia

O anúncio surge numa altura em que Hollywood continua a revisitar os anos 80 com entusiasmo: de Cobra Kai a Top Gun: Maverick, passando pelos rumores de novos capítulos de Regresso ao Futuro e Caça-Fantasmas. A escolha dos criadores de Cobra Kai para revitalizar O Justiceiro parece natural: já provaram ser capazes de respeitar a memória de uma saga enquanto a tornam relevante para uma geração que não viveu o fenómeno original.

Ainda não existem detalhes sobre o enredo, nem confirmação de elenco, mas a expectativa é alta: será que veremos David Hasselhoff de regresso, nem que seja numa participação especial? E que voz dará vida ao KITT nesta nova versão?

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Uma coisa é certa: se o projeto se concretizar como anunciado, O Justiceiro tem tudo para voltar a ser um fenómeno — agora nas salas de cinema. Afinal, como dizia o genérico original: “Um homem que não existe, numa luta contra o crime, com a ajuda de um carro que não tem igual.”

Veneza Celebra Werner Herzog: O “Soldado do Cinema” Que Fez da Loucura Arte

O Festival de Veneza abriu a sua 82.ª edição com uma homenagem a um dos mais ousados, visionários e, para muitos, insanos cineastas do último século: Werner Herzog. O realizador alemão recebeu o Leão de Ouro pela carreira, entregue por ninguém menos que Francis Ford Coppola, que lhe dedicou palavras de amizade e admiração ao recordar mais de 50 anos de cumplicidade criativa.

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“Se Werner tem algum limite, não sei onde fica”, disse Coppola, recordando como chegou a apresentá-lo à sua atual companheira, Lena. Ao receber o prémio, Herzog emocionou-se: “Queria ser um bom soldado do cinema, e isso significa perseverança, lealdade, coragem e sentido de dever. Trabalhei sempre para levar algo transcendental ao ecrã.”

O cineasta que levou o cinema ao extremo

Herzog construiu uma filmografia marcada pelo risco, pela obsessão e pela procura constante de imagens inéditas. Desde os tempos em que arrastou um barco de 300 toneladas por uma montanha na Amazónia em Fitzcarraldo (1982), até filmagens em vulcões, desertos, glaciares e até na selva angolana, onde rodou recentemente Ghost Elephants (apresentado em Veneza), o realizador mostrou uma dedicação que beira a loucura.

Entre ficção e documentário, já soma mais de 70 filmes. Deu-nos obras icónicas como Aguirre, o Aventureiro (1972), Nosferatu, o Vampiro (1978), O Enigma de Kaspar Hauser (1974) e Grizzly Man (2005). Foi ainda nomeado ao Óscar com Encounters at the End of the World (2007).

A relação explosiva com Klaus Kinski

Herzog também ficou célebre pela sua tumultuosa parceria com o ator Klaus Kinski, com quem rodou cinco filmes e partilhou uma convivência marcada por génio e desvario. Entre ameaças de morte e confrontos físicos, nasceu uma das colaborações mais intensas da história do cinema, retratada pelo próprio em O Meu Melhor Inimigo (1999).

Da Baviera ao mundo

Nascido em Munique em 1942, filho da guerra e da pobreza, Herzog filmou a primeira curta aos 15 anos com uma câmara roubada. Desde então, percorreu um caminho único: foi um dos nomes centrais do Novo Cinema Alemão ao lado de Wim Wenders e Volker Schlöndorff, mas rapidamente se tornou um aventureiro global, cruzando fronteiras e géneros.

Em Veneza, Herzog é celebrado não apenas pelo radicalismo das suas filmagens, mas por ter levado o cinema para lugares onde quase ninguém ousaria. Um herdeiro do romantismo alemão que soube transformar o caos humano em arte, a obsessão em beleza e a loucura em transcendência.

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Como disse Coppola, talvez ninguém saiba onde estão os limites de Werner Herzog. Talvez porque, no seu caso, simplesmente não existem.

“I Play Rocky”: Encontrado o Ator Que Vai Dar Vida a Sylvester Stallone no Filme Sobre os Bastidores de Rocky

A história de bastidores de um dos maiores clássicos do cinema já tem protagonista. Anthony Ippolito, que recentemente interpretou um jovem Al Pacino na minissérie The Offer, vai agora assumir o papel de Sylvester Stallone em I Play Rocky, o novo filme da Amazon MGM sobre a criação do lendário Rocky.

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Realizado por Peter Farrelly — vencedor do Óscar por Green Book — o projeto promete estrear-se em salas de cinema e revisitar a trajetória improvável de Stallone: um ator praticamente desconhecido, que acreditava com todas as forças que tinha nascido não apenas para escrever Rocky, mas para ser o próprio Rocky Balboa.

O Verdadeiro “Underdog Story” de Hollywood

I Play Rocky será tanto um drama biográfico como uma história inspiradora. O argumento, escrito por Peter Gamble, centra-se na forma como Stallone enfrentou inúmeras rejeições em Hollywood ao insistir que ninguém mais poderia interpretar Balboa. Contra todas as probabilidades, arriscou tudo, recusando vender o guião sem o direito de ser também protagonista. O resultado? Um filme que não só arrecadou o Óscar de Melhor Filme em 1977, como deu início a uma das sagas mais icónicas do cinema, que viria a render mais de 1,7 mil milhões de dólares em bilheteira ao longo de várias décadas, incluindo os recentes spin-offs Creed.

Curiosamente, o próprio Anthony Ippolito parece ter encarnado o espírito de Stallone na hora de conquistar o papel. O ator gravou por iniciativa própria uma audição caseira, enviou-a diretamente aos produtores e, graças a essa ousadia, garantiu a oportunidade de interpretar o jovem Stallone.

De The Godfather a Rocky

A escolha de Ippolito para este papel ganha ainda mais simbolismo ao lembrarmos o seu percurso: depois de encarnar Al Pacino em The Offer (a série sobre a rodagem de O Padrinho), passa agora para outra história de bastidores de um clássico dos anos 70. A sua carreira inclui ainda Purple Hearts (Netflix), Pixels — onde interpretou a versão jovem de Adam Sandler — e Not Fade Away, de David Chase.

O Que Esperar do Filme

Produzido por Toby Emmerich, antigo presidente do Warner Bros. Pictures Group, e Christian Baha, I Play Rockypromete ser não apenas um retrato da luta de Stallone pelo papel da sua vida, mas também uma reflexão sobre Hollywood, os seus mecanismos e as histórias de persistência que se tornam lenda.

Ao dar vida ao jovem Stallone, Anthony Ippolito terá de captar não apenas a fisicalidade e o sotaque inconfundível, mas sobretudo a determinação feroz que transformou um aspirante a ator no criador de um dos maiores símbolos do cinema mundial.

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Se Rocky foi “a derradeira história de underdog”, I Play Rocky promete ser o seu espelho fora do ringue: a luta de um homem para ser ouvido e reconhecido na meca do cinema.

James Gunn Afasta Chris Pratt de Batman, mas Abre-lhe as Portas do Novo DCU

James Gunn voltou a falar sobre o futuro do Universo Cinematográfico da DC, e desta vez a especulação envolvia um dos seus colaboradores mais próximos: Chris Pratt. O realizador, que trabalhou com o ator nas três aventuras de Guardians of the Galaxy, foi direto ao ser questionado se poderia ver Pratt a vestir o capuz do Cavaleiro das Trevas.

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“Como Batman? Não”, respondeu de forma categórica numa entrevista recente ao EScorpionGolden. Mas a história não acaba aqui: Gunn fez questão de esclarecer que vê espaço para Pratt no novo DCU — apenas não como Bruce Wayne. “Como outra coisa? Sim. Ele adoraria fazer algo na DC. Eu adoraria que ele fizesse algo na DC…”, revelou, acrescentando que ainda precisa de refletir sobre qual seria a personagem ideal.

Chris Pratt no radar da DC

O ator, conhecido como Star-Lord no universo Marvel, tem uma longa relação criativa com Gunn, e a possibilidade de uma nova colaboração não surpreende. Afinal, o realizador tem vindo a transportar vários colegas para os seus projetos da DC: Pom Klementieff, Michael Rooker ou Bradley Cooper já apareceram em Superman (mesmo em papéis pequenos), e o próprio irmão de Gunn, Sean Gunn, surge como Max Lord na segunda temporada de Peacemaker.

Tudo indica que, mais cedo ou mais tarde, Chris Pratt acabará por se juntar ao novo universo partilhado, ainda que longe da sombra do morcego.

Quem será o próximo Batman?

Enquanto isso, a grande questão permanece: quem dará vida ao novo Batman em The Brave and The Bold? O projeto parece ter sido colocado temporariamente em pausa, com Gunn e Peter Safran a concentrarem-se noutras produções já em desenvolvimento. Mas o realizador já foi claro: Robert Pattinson continuará no universo separado de Matt Reeves, onde a sua versão sombria e mais realista de Bruce Wayne está segura.

Esta decisão abriu o caminho a novas especulações. Nomes como Alan Ritchson (Reacher) ou Jensen Ackles (a voz de Batman em várias animações da DC) têm sido apontados pelos fãs como possíveis escolhas para um Cavaleiro das Trevas mais físico e experiente.

E The Batman – Parte II?

Enquanto o futuro de The Brave and The Bold ainda é incerto, o mesmo não se pode dizer da continuação da saga de Matt Reeves. O cineasta já entregou o argumento de The Batman Part II, e as primeiras reações dentro da Warner Bros. foram muito positivas. O filme deverá começar a rodagem no início de 2026, com estreia prevista para 1 de outubro de 2027.

Colin Farrell confirmou que regressa como Pinguim (embora com uma presença limitada), ao lado de Jeffrey Wright (Comissário Gordon) e Andy Serkis (Alfred). Tudo aponta para que Reeves continue a explorar a sua versão noir e cerebral do herói, consolidando o seu próprio espaço fora do DCU de Gunn.

Entre dois universos

Com Superman já lançado e a preparar o terreno para a nova fase “Gods and Monsters”, Gunn sabe que a escolha do novo Batman será um dos momentos mais decisivos para o futuro da DC. Para já, pelo menos, uma coisa ficou clara: Chris Pratt não será o Homem-Morcego, mas tem cadeira reservada em futuras histórias.

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Paolo Sorrentino Abre Veneza com La Grazia: Toni Servillo é o Presidente que Todos Queríamos Ter

O Festival de Veneza abre este ano com o novo filme de Paolo Sorrentino, La Grazia (A Graça), que marca a 10.ª longa-metragem do realizador italiano e mais uma colaboração com o seu ator-fetiche, Toni Servillo. Depois de retratar figuras polémicas como Giulio Andreotti em Il Divo e Silvio Berlusconi em Loro, Sorrentino decide agora mostrar o oposto: um político íntegro, humano e compassivo — aquilo que, nas palavras do próprio, “um político deveria ser”.

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Um presidente com dilemas humanos

Em La Grazia, Toni Servillo interpreta Mariano De Santis, um fictício presidente da República italiana que enfrenta dilemas éticos de grande peso. Entre eles, a decisão de assinar — ou não — uma lei que legaliza a eutanásia num país profundamente católico. Mas o filme vai além da questão política: De Santis é também um viúvo que carrega as suas fragilidades, fuma um cigarro às escondidas do único pulmão e encontra afinidade inesperada na música do rapper italiano Guè.

Sorrentino inspirou-se numa notícia real sobre o atual presidente Sergio Mattarella, que perdoou um idoso que matara a esposa com Alzheimer. A partir daí, nasceu a pergunta central: o que significa, para um presidente, ter o poder de decidir sobre a vida e a morte?

Toni Servillo, o rosto da autoridade

Não é surpresa que Sorrentino tenha voltado a Servillo, ator com quem partilha sete filmes. “Quando penso em figuras de autoridade, penso imediatamente em Toni”, confessou o realizador. Ainda assim, o cineasta pediu-lhe contenção, evitando sentimentalismos excessivos, para que a humanidade emergisse apenas da presença natural do ator.

A relação entre o presidente e a sua filha (Anna Ferzetti) é outro pilar do filme. Inspirado na própria experiência de Sorrentino como pai, mostra um homem que aprende a ouvir uma nova geração em vez de se refugiar no saudosismo. É através dela que encontra a coragem para assinar a lei sobre a eutanásia — não por convicção pessoal, mas por confiança no futuro que pertence aos jovens.

Um filme moral, mas com ironia

Fiel ao estilo que lhe valeu o Óscar com A Grande Beleza, Sorrentino volta a cruzar drama e ironia. O realizador compara La Grazia a obras como O Decálogo de Krzysztof Kieslowski, em que cada dilema moral se torna motor da narrativa. Ao contrário dos retratos cáusticos de Andreotti e Berlusconi, aqui surge um político que exala integridade, mesmo com falhas pessoais — algo que o realizador considera urgente, num tempo em que demasiadas decisões políticas nascem da vaidade e da impulsividade.

Música, perdão e humanidade

A presença do rapper Guè no enredo acrescenta uma nota contemporânea ao filme. Uma das suas músicas, Le bimbe piangono, inclui a frase: “Chiedo dopo perdono, non prima per favore” (“Peço perdão depois, não antes, por favor”). Para Sorrentino, esta ideia ressoa como um mantra: o reconhecimento de que todos, mais cedo ou mais tarde, teremos de pedir perdão pelas nossas falhas.

Veneza como rampa de lançamento

Produzido pela The Apartment (do grupo Fremantle) e pela própria companhia de Sorrentino, Numero 10, em associação com a PiperFilm, La Grazia será distribuído pela MUBI nos EUA e em vários territórios internacionais. A estreia em Veneza confirma a aposta no filme como um dos grandes títulos da temporada, e, à semelhança de A Grande Beleza ou The Hand of God, promete colocar Sorrentino novamente no centro da corrida aos prémios.

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La Grazia é, no fundo, um retrato poético de como o poder político pode ser exercido com empatia e humanidade — um desejo tanto cinematográfico como político, que ecoa muito para lá do grande ecrã.

George Clooney Abandona Veneza Mais Cedo do Que o Previsto — Mas o Novo Filme Já Tem Data de Estreia

O Festival de Cinema de Veneza estava preparado para receber George Clooney em grande estilo, mas a visita do ator terminou de forma inesperada. Aos 64 anos, o protagonista de Jay Kelly foi obrigado a reduzir a sua participação no certame italiano devido a problemas de saúde que, embora descritos como não graves, levantaram preocupação entre fãs e colegas de profissão.

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Da passadeira vermelha ao recuo forçado

Clooney chegou a Veneza a 26 de agosto acompanhado pela mulher, Amal Clooney, e o casal voltou a monopolizar os flashes com a sua habitual elegância: ele num polo preto de manga curta e calças bege slim fit, ela num vestido amarelo da Balmain Resort. Porém, a agenda de promoção de Jay Kelly sofreu um corte inesperado quando o ator teve de cancelar compromissos oficiais para descansar.

Segundo o The Hollywood Reporter, Clooney faltou ao jantar privado da equipa do filme, que contou com o realizador Noah Baumbach, os co-protagonistas Adam Sandler e Laura Dern, bem como executivos de topo da Netflix, incluindo Ted Sarandos. O ator regressou ao hotel mais cedo, embarcando num barco por volta das 16h, e acabou por ausentar-se do convívio noturno.

Fontes próximas garantem que o episódio não é motivo de alarme e que Clooney deverá retomar o ritmo normal ainda durante o festival.

O que esperar de Jay Kelly

Depois do thriller Wolfs, Clooney regressa agora com uma comédia dramática descrita pela Netflix como uma “comédia com coração partido”. No filme, interpreta um ator famoso que atravessa uma crise de identidade e se apoia na amizade com o seu gestor, Ron (Adam Sandler). Juntos, os dois embarcam numa viagem pela Europa que os levará a reavaliar escolhas, arrependimentos e segredos.

Além de Clooney, Sandler e Laura Dern, o elenco é reforçado por nomes como Billy Crudup, Riley Keough, Jim Broadbent, Stacy Keach, Greta Gerwig, Isla Fisher e Patrick Wilson.

Datas de estreia

Jay Kelly terá a sua antestreia no Festival de Londres, a 10 de outubro, antes de chegar às salas de cinema a 15 de novembro. Pouco depois, a partir de 5 de dezembro, estará disponível na Netflix, consolidando-se como uma das grandes apostas da temporada para a corrida aos prémios.

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Mesmo com o contratempo de Veneza, Clooney continua a ser uma das presenças mais aguardadas no outono cinematográfico — e Jay Kelly promete ser mais uma prova de que, na sua maturidade, o ator sabe equilibrar humor, melancolia e uma presença magnética no ecrã.

Midas Man: O Filme Que Mostra Como o “Quinto Beatle” Mudou a Música Para Sempre

Quando se fala nos Beatles, é inevitável pensar em John, Paul, George e Ringo. Mas, por trás da ascensão meteórica da banda mais influente do século XX, esteve um homem cuja visão e talento mudaram para sempre a forma como a música é gerida e consumida: Brian Epstein, o empresário que ficou conhecido como o “quinto Beatle”.

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É precisamente a sua vida — brilhante, mas atormentada — que chega agora ao grande ecrã em Midas Man e os Quatro de Liverpool, com estreia exclusiva em Portugal no dia 31 de agosto, às 20h40, no TVCine Top e no TVCine+.

O génio por trás da Beatlemania

Epstein foi o homem que descobriu os Beatles e os transformou de uma jovem banda de Liverpool num fenómeno global. Mais do que um empresário, criou o modelo moderno de gestão artística que ainda hoje influencia a indústria. A sofisticação da sua abordagem à imagem e ao marketing foi decisiva para catapultar os Fab Four para o estrelato.

Entre o sucesso e os demónios pessoais

Contudo, por trás do brilho público escondia-se uma luta silenciosa. Epstein viveu marcado por inseguranças e pela repressão da sua homossexualidade numa época de preconceito e intolerância. Midas Man mostra não só a sua genialidade e visão empresarial, mas também a sua fragilidade humana, revelando um homem dividido entre o triunfo global e o peso das suas batalhas íntimas.

Um retrato íntimo e intenso

Realizado por Joe Stephenson, o filme conta com a interpretação magnética de Jacob Fortune-Lloyd (Gambito de Dama), que dá corpo a Epstein numa performance elogiada pela sua intensidade e profundidade emocional. Mais do que um simples biopic, Midas Man é um retrato íntimo de uma das figuras mais influentes da cultura pop moderna — e uma reflexão sobre as pressões invisíveis que acompanham o génio.

Um filme para fãs de música e cinema

Midas Man e os Quatro de Liverpool é, ao mesmo tempo, uma carta de amor à música e uma análise das sombras que acompanham o sucesso. Para os fãs dos Beatles, é uma oportunidade rara de olhar para a história a partir da perspetiva do homem que lhes abriu as portas do mundo. Para os cinéfilos, é uma viagem emocional que cruza espetáculo e intimidade com a marca de um verdadeiro biopic de peso.

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🎬 Estreia: 31 de agosto, domingo, às 20h40, em exclusivo no TVCine Top e no TVCine+.


“Apanhado a Roubar”: Austin Butler levado ao limite num thriller imperfeito mas arrebatador de Darren Aronofsky

Um sonho perdido, um favor fatal

Hank Thompson (Austin Butler) foi, em tempos, uma promessa do basebol, mas um acidente roubou-lhe o futuro. Agora vive uma vida aparentemente tranquila em Nova Iorque: é barman, partilha o dia a dia com a namorada (Zoë Kravitz) e apoia religiosamente a sua equipa favorita. Tudo muda quando o vizinho punk (Matt Smith) lhe pede para tomar conta do gato durante uns dias. De repente, Hank vê-se no meio de uma conspiração violenta com gangsters à perna — e sem perceber porquê.

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Butler no centro da tempestade

Austin Butler é o coração pulsante do filme. A sua interpretação traz camadas de dor, arrependimento e raiva contida, transformando Hank num anti-herói atormentado. Mais do que sobreviver, o personagem parece lutar contra os fantasmas de tudo o que perdeu. Darren Aronofsky, fiel ao seu estilo visceral, transforma cada cena de brutalidade física numa metáfora para as feridas invisíveis da alma.

O olhar cru de Aronofsky

Filmado por Matthew Libatique com uma crueza quase documental, Apanhado a Roubar mergulha-nos numa Nova Iorque suja e claustrofóbica. A cidade é um espelho da degradação interna do protagonista. A banda sonora de Rob Simonsen, gravada pela banda Idles, intensifica a atmosfera sufocante, ora pulsante, ora melancólica.

Violência, humor e o risco do desequilíbrio

A violência é extrema, mas nunca gratuita: traduz a descida de Hank ao seu próprio inferno. Ainda assim, Aronofsky injeta humor negro através de personagens caricaturais, como o mafioso russo de Nikita Kukushkin ou a dupla de vilões insana interpretada por Liev Schreiber e Vincent D’Onofrio. Esse contraste gera momentos de ironia eficaz, mas por vezes choca com o peso dramático da narrativa.

Um final que divide

Depois de tanto caos e intensidade, o desfecho surge surpreendentemente sereno, quase em contraste com a brutalidade anterior. A escolha de Aronofsky pode frustrar quem esperava uma verdadeira tragédia, mas também oferece ao público uma catarse inesperada.

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Apanhado a Roubar é imperfeito, mas fascinante. Darren Aronofsky volta a provocar desconforto e reflexão, confirmando que o seu cinema é sempre uma experiência visceral. Austin Butler assina aqui uma das interpretações mais intensas da carreira, dando corpo e alma a um protagonista em guerra consigo próprio. É um thriller duro, inquietante e por vezes contraditório — mas que não deixa ninguém indiferente.

The Watchers – Eles Veem Tudo: Dakota Fanning entra num pesadelo sobrenatural no TVCine

Há florestas que escondem mais do que árvores. Em The Watchers – Eles Veem Tudo, a estreia televisiva marcada para 30 de agosto, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+, o terror ganha forma através de criaturas que nunca vemos… mas que veem tudo.

Dakota Fanning em território hostil

Mina, uma jovem artista americana, vê a sua vida virar do avesso quando, após um acidente no oeste da Irlanda, fica presa numa floresta isolada. O refúgio improvável surge numa estrutura escondida, onde conhece três estranhos. Mas este abrigo tem uma regra inquebrável: à noite, ninguém pode sair.

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O motivo? Entidades misteriosas, conhecidas apenas como “The Watchers”, observam cada movimento, silenciosas e invisíveis, mas sempre presentes. O medo cresce, a confiança entre os sobreviventes desmorona, e Mina percebe que o perigo pode vir tanto dos que estão dentro como dos que espreitam no escuro.

Terror psicológico com selo Shyamalan

Baseado no romance homónimo de A.M. Shine, o filme é realizado por Ishana Night Shyamalan, filha do mestre das reviravoltas M. Night Shyamalan. A estreia na realização de Ishana combina terror psicológico, folclore irlandês e um ambiente visual arrebatador, criando uma experiência que promete deixar os espectadores colados ao ecrã.

O que esperar

  • Uma Dakota Fanning intensa e vulnerável, num dos papéis mais desafiantes da sua carreira recente.
  • Mistério e suspense que vão crescendo a cada noite dentro daquela cabana.
  • Uma realização que honra o legado Shyamalan, mas com identidade própria, explorando o medo do desconhecido como metáfora do isolamento e da desconfiança humana.

Prepare-se para uma noite de arrepios e tensão: The Watchers – Eles Veem Tudo estreia sábado, 30 de agosto, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e TVCine+.

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Musk: O polémico documentário de Alex Gibney sobre Elon Musk vai chegar às salas de cinema

Elon Musk já inspirou debates, memes, guerras digitais e até revoluções industriais. Agora, será também o centro de um documentário de grande escala, assinado por Alex Gibney, vencedor de um Óscar e um dos nomes mais respeitados do cinema documental. O projeto, simplesmente intitulado Musk, garantiu distribuição para salas de cinema nos Estados Unidos antes de chegar ao streaming na HBO Max.

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Descrito pelos produtores como “um olhar incisivo por detrás da lenda de Elon Musk, o mais celebrado ‘inventor-empreendedor’ do nosso tempo”, o filme promete dissecar não só o homem, mas também a sua influência avassaladora na forma como vivemos — do espaço às redes sociais, dos carros elétricos às polémicas políticas.

Uma obra em mutação constante

O documentário foi anunciado pela primeira vez em março de 2023, mas a sua estreia tem sido adiada por uma razão curiosa: a própria vida de Musk. O protagonismo constante do empresário nas notícias globais fez com que Gibney e a sua equipa tivessem dificuldade em decidir onde terminar a narrativa. “O filme continua a crescer em escala à medida que a história evolui”, disseram HBO Films e Bleecker Street em comunicado conjunto.

Musk, por sua vez, não perdeu tempo em reagir quando o projeto foi revelado: classificou-o como “um ataque”. Gibney respondeu de imediato, perguntando-lhe: “Como é que sabes?”.

O realizador que expõe os poderosos

Alex Gibney não é estranho a polémicas. O cineasta construiu carreira ao mergulhar em figuras e instituições controversas:

  • Enron: The Smartest Guys in the Room (2005), sobre a queda da gigante energética;
  • Taxi to the Dark Side (2007), que lhe valeu o Óscar, sobre detenção e tortura no Médio Oriente;
  • Going Clear: Scientology and the Prison of Belief (2015), premiado com três Emmys, sobre os segredos da Cientologia;
  • We Steal Secrets: The Story of WikiLeaks (2013), sobre Julian Assange;
  • Citizen K (2019), sobre Vladimir Putin e o oligarca Mikhail Khodorkovsky.

É este olhar crítico e meticuloso que agora se volta para Musk, considerado por alguns um visionário e por outros um vilão moderno.

Uma estreia esperada em Veneza

A distribuição para salas foi anunciada na véspera do Festival de Veneza, onde o projeto deverá marcar presença. O filme conta com produção de Gibney através da Jigsaw Productions, em parceria com Closer Media, Anonymous Content e Double Agent, e terá ainda a Universal Pictures envolvida na distribuição internacional.

Ainda sem data de estreia definida, Musk chega num momento em que o empresário continua a dividir opiniões — seja pelo papel na SpaceX, Tesla e Neuralink, seja pela compra do Twitter (rebatizado como X), ou pelas suas declarações controversas sobre política e tecnologia.

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Tudo indica que, mais do que um simples retrato biográfico, Alex Gibney está prestes a entregar um filme-acontecimentoque colocará em perspetiva a ascensão e os dilemas de uma das figuras mais polarizadoras do século XXI.