Do Ringue ao Arranha-céus: Dolph Lundgren Regressa como Vilão em Straight Shot

Sim, meus amigos cinéfilos, Ivan Drago está de volta… mas desta vez trocou as luvas de boxe por um fato elegante e um caixão tecnológico. O actor sueco Dolph Lundgren, eternizado como o adversário mais temível de Rocky Balboa em Rocky IV e ícone da saga The Expendables, está a rodar na cidade de Columbia, Carolina do Sul, o seu mais recente filme de acção: Straight Shot.

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Nesta nova aventura, realizada e escrita por Gabriel Sabloff, acompanhamos Frank Keller (interpretado por David A.R. White, da série God’s Not Dead), um guarda-costas que precisa de enfrentar mercenários através de um arranha-céus de 50 andares para salvar a ex-noiva. O problema? Ela está presa num sofisticado caixão de alta tecnologia, cortesia do vilão interpretado por Lundgren.

Um regresso com memórias

Para Lundgren, filmar na Carolina do Sul é quase um regresso a casa. O actor estudou Engenharia Química na Universidade de Clemson e, esta semana, partilhou uma fotografia junto à famosa estátua “Cocky” na Universidade da Carolina do Sul, provando que a ligação à região é mais do que profissional.

Com um orçamento de cerca de 750 mil dólaresStraight Shot conta ainda com Rachel Leigh Cook (She’s All That) e Tyrese Gibson (Velocidade Furiosa). As filmagens já passaram por Hopkins — palco de perseguições de carro e mota, bem como cenas de luta — e até pelo aeroporto Jim Hamilton – LB Owens, onde Lundgren protagonizou uma entrada triunfal a bordo de um jacto da Eagle Aviation.

Columbia no centro da acção

O antigo edifício de um banco, no coração de Columbia, serve de cenário ao escritório do vilão, situado no fictício 50.º andar. Depois, a produção muda-se para o edifício da Truist, onde será filmada uma sequência intensa em que Keller arrasta o caixão escada abaixo numa tentativa desesperada de salvar a ex-noiva.

White, que não fazia um filme de acção há mais de dez anos, quer devolver ao género um toque mais “clássico”: poucas asneiras, ausência de excessos sexuais e violência no ponto certo.

Cinema que mexe com a economia

O produtor Brenton Earley escolheu Columbia pelo seu “visual específico” e para fugir das zonas saturadas por turismo e grandes produções. A decisão está a beneficiar a economia local: só em estadias de hotel, a produção deverá gastar cerca de 100 mil dólares, sem contar com refeições, aluguer de carros e guarda-roupa comprado em lojas da cidade.

A aposta no talento local também é clara. A figurinista Heather Gonzalez, formada pela Universidade da Carolina do Sul, estreia-se num longa-metragem. A equipa de duplos, liderada por Juan Bofill e com veteranos da Marvel e de John Wick, integra ainda dois ex-lutadores de MMA de Greenville.

Para Earley, a experiência em Columbia tem sido marcada pelo espírito de comunidade. “As pessoas aqui querem ver-nos prosperar. É algo bonito”, disse, sublinhando como particulares e empresas ajudaram sem esperar nada em troca.

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Ainda sem data de estreia, Straight Shot promete ser um regresso às origens do cinema de acção — com Lundgren a provar que, quer seja no ringue ou num arranha-céus, continua a ser um vilão à altura

Weapons e Sinners: O Terror Original Está a Vencer no Box Office

O novo filme de Zach Cregger chega aos 100 milhões de dólares em apenas uma semana e junta-se ao restrito clube de sucessos do género — onde Sinners também brilha.

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Não é todos os dias que um filme de terror original — ou seja, que não pertence a nenhuma saga pré-existente — consegue ultrapassar a barreira dos 100 milhões de dólares nas bilheteiras. Mas Weapons, de Zach Cregger, não só o fez… como o conseguiu em apenas uma semana.

Com um orçamento de produção estimado em 38 milhões de dólares, o filme já é altamente lucrativo e prova que o público ainda tem apetite por histórias frescas e inesperadas no grande ecrã.

O clube restrito dos 100 milhões

Este ano, apenas quatro filmes de terror atingiram os 100 milhões: 28 Years LaterFinal Destination: BloodlinesSinnerse agora Weapons.

E é aqui que a lista fica realmente curta: quando falamos apenas de filmes originais — sem ser sequelas, “reboots” ou adaptações — o grupo reduz-se a dois nomes: Sinners e Weapons.

Ambos chegam com propostas distintas, mas igualmente eficazes: enquanto Sinners conquistou o público com um enredo perturbador e atmosfera sufocante que se tornou tema de conversa nas redes sociais, Weapons aposta numa estrutura narrativa pouco convencional e numa mistura de mistério e horror visceral que muitos já comparam a Magnólia, de Paul Thomas Anderson… mas numa versão muito mais retorcida.

O que torna Weapons especial

A premissa é simples e inquietante: “Quando todas as crianças de uma turma, exceto uma, desaparecem misteriosamente na mesma noite e à mesma hora, a comunidade começa a questionar quem — ou o quê — está por detrás do desaparecimento.”

A crítica especializada também se rendeu. A Bloody Disgusting descreve-o como “um filme que confia na inteligência do público, com violência feita com efeitos práticos, sustos meticulosamente construídos e um humor mordaz que faz rir e contorcer-se ao mesmo tempo”.

Terror: o género “à prova de morte”

O sucesso de Weapons e Sinners reforça uma ideia que Hollywood parece esquecer de tempos a tempos: não são apenas as grandes franquias que enchem salas. O terror, mesmo quando original, continua a ser o género mais resistente e previsível na hora de gerar lucro, enquanto outras áreas — como a comédia — enfrentam maiores dificuldades nas bilheteiras.

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Zach Cregger já tem o próximo desafio em vista: uma nova abordagem à franquia Resident Evil, com estreia marcada para setembro de 2026. Mas por agora, o feito de Weapons merece ser celebrado — especialmente por ter conquistado um lugar ao lado de Sinners como prova viva de que o medo original vende.

Leonardo DiCaprio Faz 50 Mas Sente-se com 32 — E Revela o Maior Arrependimento da Carreira

O actor reflete sobre a idade, o tempo e o papel que lamenta não ter interpretado.

Para muitos, Leonardo DiCaprio será sempre o jovem de Titanic ou o ambicioso corretor de O Lobo de Wall Street. Mas o actor completou 50 anos em novembro e garante que, no seu íntimo, sente-se como se tivesse apenas 32.

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Em entrevista à revista Esquire UK, conduzida pelo realizador Paul Thomas Anderson, DiCaprio respondeu de forma imediata à pergunta: “Se não soubesse quantos anos tem, quantos diria que tinha?” — “Trinta e dois”, respondeu sem hesitar.

A urgência de não desperdiçar tempo

Ao refletir sobre a nova década, o actor admitiu que a idade trouxe-lhe uma prioridade clara: ser mais honesto e não perder tempo. “A partir de certo ponto, mais da tua vida está para trás do que à frente. É quase uma responsabilidade ser mais direto, mesmo que isso implique desentendimentos ou seguir caminhos separados — seja na vida pessoal ou profissional.”

Inspirando-se na mãe, DiCaprio disse admirar a forma como ela “diz exatamente o que pensa” e já não gasta energia a “fingir”.

O segredo para evitar o “pós-filme”

O actor revelou também como evita a sensação de vazio após terminar uma rodagem: tira longos períodos de descanso entre projectos. “A vida fica em pausa quando estás a filmar. Tudo o resto fica para segundo plano. Se passasse de filme em filme, teria medo de não ter nada a que voltar.”

Desde a estreia no cinema, em 1991, DiCaprio colecionou inúmeros prémios, incluindo o Óscar e o Bafta de Melhor Actor por The Revenant (2015).

O maior arrependimento: não ter feito Boogie Nights

Apesar da carreira recheada de sucessos, o actor confessou que há um papel que gostaria de ter interpretado: Boogie Nights (1997), de Paul Thomas Anderson.

Dos seus próprios filmes, o que mais reviu foi O Aviador (2004), a biografia de Howard Hughes realizada por Martin Scorsese. “Tinha andado com um livro sobre Hughes durante dez anos. Quase o fiz com Michael Mann, mas houve conflitos de agenda. Acabei por levá-lo ao Marty e foi a primeira vez que senti que fazia parte da produção como verdadeiro colaborador.”

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Para DiCaprio, esse papel foi um marco no crescimento enquanto actor e parceiro criativo, dando-lhe uma nova perspetiva sobre a sua própria carreira.

Próximo James Bond Pode Ser Ruivo – E Já Pode Ter Feito Audição

Rumor aponta Scott Rose-Marsh como potencial 007 no filme de Denis Villeneuve.

Oh meus amigozz, bem sei que quase todas as semanas tentamos avançar notícias do espião mais famoso do mundo… mas desta vez temos algo com mais cor. Literalmente. O próximo James Bond pode mesmo ser… ruivo.

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Segundo o The Hollywood Reporter, o actor britânico Scott Rose-Marsh, de 37 anos, poderá ter feito testes para vestir o smoking mais famoso do cinema. E não, não foi para imitar Sean Connery, Daniel Craig ou Pierce Brosnan — até porque o único conselho que recebeu antes de a câmara começar a rodar foi: “Não imites nenhum Bond anterior”.

A alegada audição aconteceu no final de junho e incluiu a leitura de cenas de GoldenEye (1995) e, possivelmente, páginas fresquinhas do novo guião que Steven Knight (Peaky Blinders) está a escrever para o filme, já sob a batuta de Denis Villeneuve.

Adeus teoria do Bond “vinte e poucos”

Se este rumor for verdade, cai por terra a ideia de que a Amazon MGM Studios queria um Bond na casa dos 20 anos para conquistar o público mais jovem. Rose-Marsh tem currículo sólido — Code of Silence (2021), Wolves of War (2022) e participações em séries como The OutlawsChloe e Yr Amgueddfa — mas está longe de ser um novato à procura do baile de finalistas do MI6.

Nem o actor nem o estúdio quiseram comentar. Ou seja, por agora, é rumor com um toque de shaken, not stirred.

Villeneuve no comando (e que comando…)

Depois de acabar a saga DuneDenis Villeneuve vai mergulhar no mundo de Bond. E não é qualquer mundo: estamos a falar de uma franquia que a Amazon comprou por cerca de mil milhões de dólares (quase dá para comprar um Aston Martin novinho por cada fã no Twitter). Ao lado de Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, o realizador prepara-se para dar início a uma nova era do agente secreto mais famoso do cinema.

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007 ruivo: mito ou revolução?

Será este o momento em que veremos o primeiro Bond ruivo da história? E se sim, será que vem com sarcasmo extra, sotaque afiado e um Martini ainda mais ousado? Fica a dúvida, mas uma coisa é certa: se este rumor se confirmar, a internet vai precisar de um Dry Martini duplo para aguentar o choque.

O Filme de Terror Mais Estranho do Ano… É Também uma História de Amor

Em Together, Alison Brie e Dave Franco levam a relação ao limite — até ao ponto de os seus corpos se fundirem.

No cinema de terror, já vimos monstros, fantasmas e criaturas de pesadelo. Mas em Together, o novo filme realizado por Michael Shanks, o horror surge como metáfora para a vida a dois: Alison Brie e Dave Franco interpretam um casal cujo corpo — literalmente — se transforma numa só entidade. O resultado é uma mistura inquietante de body horror à la Cronenberg (A Mosca) com ecos grotescos de The Thing, de John Carpenter.

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Amor, co-dependência e… horror físico

Na trama, Millie (Brie), professora, e Tim (Franco), músico desempregado e orgulhosamente citadino, mudam-se para uma zona remota devido ao novo trabalho dela. Um dia, explorando a área, encontram uma gruta com marcas misteriosas e um lago aparentemente puro. Tim bebe dessa água — e pouco depois, os seus corpos começam a fundir-se.

O argumento, escrito por Shanks, equilibra momentos de terror gráfico com uma leitura mais simbólica: a relação de Millie e Tim está longe de perfeita, marcada por frustrações, dependência mútua e rotinas difíceis de quebrar. Franco admite que a escolha do filme teve tudo a ver com o realismo que poderiam trazer: “A nossa relação de 13 anos ajudou a dar peso a estes personagens.”

Brie acrescenta: “O body horror é uma metáfora directa para os medos em torno da monogamia e da co-dependência tóxica.”

Colados… no trabalho e no ecrã

Este é o quinto projecto em conjunto do casal, depois de The Rental (2020) e Somebody I Used To Know (2023). Gravado em apenas 21 dias, Together exigiu que Brie e Franco passassem até 10 horas fisicamente colados para certas cenas. E, sim, há um momento — já muito comentado — que envolve um pormenor anatómico de Tim… em versão prostética.

Entre os momentos mais insólitos está uma cena em que Franco grita “MUSCLE RELAXANTS!” com intensidade digna de Nicolas Cage — algo que, segundo ele, deveria ser material obrigatório para se tornar meme.

Terror, humor e leitura pessoal

Para lá do grotesco, Together funciona como um espelho para o público: casais, solteiros, cépticos ou românticos, cada um verá o filme de forma diferente. Franco conta que um casal em crise disse ter feito as pazes depois de o ver; já alguns solteiros saíram da sala a dizer que foi “o melhor argumento para continuar solteiro”.

O elenco conta ainda com Jay Lycurgo, como Shy, um jovem problemático, e a dupla Tracey Ullman e Emily Watson.

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Estreia e recepção esperada

Together chega hoje (14 de Agosto) aos cinemas em Portugal, com distribuição da NOS Audiovisuais) e promete não só provocar desconforto e risos nervosos, mas também debates acesos sobre relações, intimidade e os limites do “até que a morte nos separe”.

Cillian Murphy Troca Oppenheimer por Professor em Colapso no Novo Drama da Netflix Steve

O actor irlandês interpreta um director escolar em crise num filme intenso que chega em setembro ao cinema e em outubro à Netflix.

Depois de conquistar o Óscar pela sua interpretação magistral em Oppenheimer, de Christopher NolanCillian Murphycontinua a surpreender com as suas escolhas. Após o intimista Small Things Like These, sobre os horrores das lavanderias de Magdalene, Murphy volta a trabalhar com o realizador Tim Mielants num drama intenso e claustrofóbico: Steve.

Baseado no livro Shy, de Max Porter, o filme transporta-nos para meados dos anos 90, onde Murphy interpreta Steve, director de um colégio interno de reabilitação em dificuldades. A história decorre ao longo de um único e decisivo dia para a escola, num ambiente carregado de tensão e confrontos verbais nada dignos de O Clube dos Poetas Mortos.

Um professor à beira do limite

Na sinopse oficial, Steve acompanha “um dia crucial na vida do director Steve (Murphy) e dos seus alunos, numa escola de última oportunidade num mundo que já os abandonou. Enquanto luta para preservar a integridade da instituição e impedir o seu encerramento, Steve confronta-se com os seus próprios problemas de saúde mental.”

Paralelamente, conhecemos Shy (interpretado por Jay Lycurgo), um adolescente problemático preso entre um passado marcado por dor e um futuro incerto, tentando reconciliar a sua fragilidade interior com impulsos de autodestruição e violência.

Reencontro criativo

O filme marca a segunda colaboração entre Murphy e Tim Mielants, depois de Small Things Like These. Ao contrário da abordagem centrada no estudante presente no livro original, a adaptação muda a perspetiva para o professor, abrindo espaço para uma análise profunda de um homem que tenta desesperadamente chegar a jovens que nunca foram realmente ouvidos — mas que sempre fizeram demasiado barulho para escutar os outros.

O elenco conta ainda com Tracey Ullman e Emily Watson, acrescentando peso dramático a esta narrativa já carregada de intensidade.

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Estreia em sala antes de chegar à Netflix

Steve terá estreia limitada nos cinemas a 19 de setembro, antes de chegar à Netflix a 3 de outubro, para distribuição global.

Jardim das Artes e Letras: Viseu Recebe Nove Dias de Livros, Música e Cinema no Coração da Mata do Serrado

De 29 de agosto a 6 de setembro, a cidade transforma-se num palco cultural com mais de uma centena de atividades para todas as idades.

A cidade de Viseu vai receber a primeira edição do Jardim das Artes e Letras (JAL), um novo projeto cultural que promete levar livros, cinema, música e muito mais ao cenário único da Mata do Serrado. Durante nove dias, entre 29 de agosto e 6 de setembro, o espaço natural no centro da cidade será palco de 13 atividades diárias e quase 100 eventos pontuais, todos pensados para se harmonizarem com o ambiente da mata.

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Um projeto para ficar

Apresentado pela fundadora Sandra Oliveira, o JAL é um investimento de 81 mil euros, financiado em 80% pela Direção-Geral das Artes e em 20% pela Câmara Municipal de Viseu. A vereadora da Cultura, Leonor Barata, sublinha que a iniciativa se insere no compromisso de preservação e devolução da Mata do Serrado à comunidade desde que o município assumiu a sua gestão em 2023.

Inspirada nos livros Grapefruit de Yoko Ono e Tisanas de Ana Hatherly, a programação foi pensada para todas as idades, com especial atenção às famílias, pela associação Pausa Possível e pelos programadores Lucas F. Oliveira e Maria Inês Demétrio.

Livros acessíveis e cinema para toda a família

feira do livro contará com dez estantes e um conceito diferenciado: editoras que vendem livros em segunda mão, permitindo preços mais acessíveis e incentivando o acesso à leitura, especialmente entre os mais jovens.

As sessões de cinema resultam de uma parceria com o Cine Clube de Viseu e a Tata Gallery, com destaque para curtas-metragens voltadas para o público infantil, mas que, segundo a organização, “são boas para toda a família”.

Música, oficinas e nomes de peso

A abertura do evento ficará a cargo de Rafael Toral, enquanto o encerramento será marcado pela atuação de Ece Canli. Pelo caminho, o programa inclui “cordas sem amarras”, concertos de Tó TripsNorberto LoboLula Pena e Filho da Mãe.

Entre as figuras confirmadas estão Cláudia CesárioPatrícia PortelaHugo van der DingSara BrighentiPaulo BarracosaInês LeitãoMarina PalácioLiliana BernardoJoana Mendonça, entre muitos outros, que irão dinamizar oficinas, conversas e instalações artísticas.

Toda a programação estará disponível no site oficial do evento, adaptado a qualquer dispositivo e com funcionalidades interativas que permitem partilhar ou enviar convites por email.

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Com esta primeira edição, o Jardim das Artes e Letras pretende afirmar-se como um encontro anual de artes no coração de Viseu, celebrando a cultura em harmonia com a natureza.

O Motivo Surpreendente Que Levou o “Billy” de Stranger Things a Desaparecer de Hollywood

Dacre Montgomery revela por que decidiu afastar-se da fama e como as redes sociais mudaram para sempre o mundo das estrelas de cinema.

Dacre Montgomery tornou-se um dos rostos mais marcantes de Stranger Things quando interpretou Billy Hargrove nas segunda e terceira temporadas da popular série da Netflix. Com a sua presença intensa e carisma magnético em cena, o actor australiano de 30 anos parecia destinado a seguir o caminho de muitas estrelas que saltam de produções de sucesso para uma carreira meteórica em Hollywood. No entanto, optou por fazer exatamente o contrário: afastou-se dos holofotes.

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“As redes sociais destruíram o mistério”

Em entrevista ao jornal The Australian, Montgomery explicou o motivo do seu afastamento nos últimos cinco anos. “Acho que as coisas mudaram”, afirmou. “As estrelas tradicionais de Hollywood existiam porque havia mistério… As redes sociais destruíram isso. É em grande parte por isso que desapareci do mapa.”

O actor afirma não estar interessado em competir no ritmo frenético da indústria. “Não estou a tentar competir com ninguém. Estou a viver a minha verdade e espero conseguir pagar a renda enquanto faço isso”, declarou, revelando uma abordagem mais intimista e menos orientada pelo estrelato.

Privacidade e identidade artística

Montgomery confessou que a necessidade de recuperar a sua identidade como actor foi determinante para esta pausa. “Dediquei um pouco de mim a cada papel que interpretei e é em grande parte por isso que tirei um tempo”, explicou. “Ultimamente, tenho reflectido bastante sobre o que quero para a minha carreira. Estou a tentar ter um pouco mais de controlo sobre onde e no que estou a trabalhar.”

De Hawkins a Elvis Presley

O actor entrou em Stranger Things na segunda temporada, mas foi na terceira que o seu personagem ganhou maior destaque, acabando por ter um destino trágico no final. Para além da série, Montgomery também participou em projectos de relevo, como Steve Binder no filme Elvis (2022), protagonizado por Austin Butler, e como Ranger Vermelho no filme Power Rangers (2017).

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Apesar de não estar tão presente nos ecrãs nos últimos anos, o seu regresso ao grande ecrã ou a novas produções televisivas não está descartado — apenas será, segundo o próprio, feito de forma mais selectiva e ao seu próprio ritmo.

Dois Filmes Portugueses Surpreendem ao Entrar na Seleção Especial do Festival de San Sebastián

Produções luso-espanholas conquistam lugar na prestigiada secção Made in Spain da 73.ª edição do evento.

O cinema português volta a brilhar além-fronteiras, desta vez no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, que decorre de 19 a 27 de setembro na cidade basca. Duas coproduções luso-espanholas integram a secção Made in Spain, uma montra não competitiva dedicada ao que de melhor se fez no cinema espanhol — e que, este ano, conta com forte presença nacional.

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O drama intimista de “Uma Quinta Portuguesa”

A primeira produção é Uma Quinta Portuguesa, de Avelina Prat, atualmente em exibição nos cinemas nacionais. Protagonizado por Manolo SoloMaria de Medeiros e Branka Katić, o filme conta ainda com Rita CabaçoRui Morrison e Luísa Cruz no elenco.

A história segue Fernando, um professor de geografia devastado pelo desaparecimento da mulher. Sem rumo, assume a identidade de jardineiro numa quinta portuguesa, criando amizade com a proprietária e abraçando uma nova vida — que não lhe pertence. Filmado na Quinta da Aldeia, em Ponte de Lima, o drama teve estreia no Festival de Málaga 2025.

“San Simón”: a beleza cruel de uma ilha-prisão

A segunda coprodução é San Simón, estreia na ficção do artista visual Miguel Ángel Delgado. No elenco, nomes como Flako EstévezAlexandro BouzóGuillermo Queiro e o português Nuno Preto dão vida a um episódio sombrio da história espanhola.

O filme recria o passado da ilha de San Simón, transformada pelo regime franquista, em 1936, de lazareto a campo de concentração, onde a repressão convivia com uma paisagem de beleza esmagadora.

Uma seleção que respira prestígio

A secção Made in Spain também recupera títulos de renome como Sirāt, de Oliver Laxe, vencedor do Prémio do Júri ex-aequo em Cannes, Romería, de Carla Simón, e o multipremiado Sorda, de Eva Libertad. Entre outros destaques estão Los tortuga, de Belén Funes, documentários aclamados como The Sleeper. El Caravaggio perdido e Almudena, e o êxito de bilheteira La infiltrada, vencedor de dois Prémios Goya.

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Com duas produções na lista, Portugal marca presença num dos palcos mais respeitados do cinema internacional — e promete não passar despercebido.

Na Lama: A Nova Série Argentina da Netflix Que Mergulha na Sobrevivência e Solidariedade Atrás das Grades

O drama realista acompanha três mulheres condenadas a prisão perpétua e a luta diária por um lugar num universo hostil.

A Netflix volta a apostar no drama de alta intensidade com Na Lama, a nova série argentina que estreou no passado dia 14 de agosto e que promete não deixar ninguém indiferente. Ao longo de oito episódios, o espectador é conduzido a um mundo fechado e claustrofóbico, onde a liberdade é uma memória distante e a sobrevivência se constrói passo a passo.

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Um trio de protagonistas em circunstâncias extremas

A história acompanha La Borges (Gladys Guerra), La Gallega e La Zurda, interpretadas respectivamente por Carolina RamírezValentina Zenere e Ana Rujas. As três mulheres, condenadas a prisão perpétua, encontram-se num momento decisivo das suas vidas: a caminho da prisão de La Quebrada, um incidente inesperado marca o destino do grupo e cria um laço indestrutível entre elas e outras reclusas sem historial de detenções.

Esse elo inicial será fundamental para o que se segue: a adaptação a uma realidade onde o dia a dia é regido por regras não escritas e por “tribos” que dominam cada recanto do estabelecimento prisional.

Sobreviver, resistir e encontrar um lugar

Mais do que um simples drama carcerário, Na Lama explora as estratégias de sobrevivência física e emocional num ambiente que desafia constantemente os limites das protagonistas. Ao longo da temporada, vemos como a experiência pessoal de cada uma — com as suas forças e fragilidades — se transforma numa arma para enfrentar o regime e conquistar algum espaço de autonomia.

O confinamento e a ausência total de liberdade não são apenas o pano de fundo, mas o motor narrativo que obriga estas mulheres a reinventar-se. O confronto com outras “tribos”, a luta por direitos e regalias e o peso da rotina opressiva moldam cada decisão e alimentam tensões permanentes.

Laços que resistem às grades

Se no interior as batalhas são diárias, no exterior existe uma guerra silenciosa para manter vivas as ligações com quem ficou de fora. A série dá especial atenção a esses fios de esperança: telefonemas, visitas e lembranças que se tornam âncoras emocionais. É este contacto com a família e com as pessoas amadas que sustenta a resistência e mantém acesa a possibilidade — ainda que remota — de recuperar a liberdade.

“Las embarradas” e o significado de uma nova identidade

Mesmo sem procurarem destaque, La Borges, La Gallega e La Zurda acabam por ganhar uma alcunha: “Las embarradas”. Um nome que, mais do que rótulo, simboliza a transformação inevitável provocada pela prisão. As antigas motivações e planos de vida dão lugar a um instinto primário de adaptação e resiliência, onde a sobrevivência e a união do grupo se tornam prioridades absolutas.

Uma aposta forte da Netflix no drama social

Ao apostar num enredo carregado de realismo, Na Lama distancia-se de produções glamorizadas e aproxima-se de uma representação crua da vida atrás das grades. É um retrato duro e sem filtros de como o sistema prisional molda — e por vezes destrói — a identidade de quem nele vive.

Com interpretações intensas e uma narrativa que não foge à dureza do tema, esta série argentina insere-se na linha de produções que usam o drama como ferramenta de reflexão social.