“Coyote vs. Acme”: Depois de Ser Cancelado por Ganância Fiscal, Filme de $70 Milhões Vai Finalmente Chegar aos Cinemas 🎬💥

🎯 Boas notícias para quem sempre torceu pelo eterno azarado do deserto: Wile E. Coyote vai, afinal, ter a sua merecida estreia no grande ecrã. O filme Coyote vs. Acme, uma comédia em live-action que junta animação à boa maneira Looney Tunes com os atores Will Forte e John Cena, foi salvo da gaveta por um novo estúdio e tem agora data marcada para 2026.

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E pensar que este projeto milionário esteve a um triz de ser permanentemente destruído por uma bigorna fiscal…

Cancelado Para Ser Esmagado (Fiscalmente)

Produzido com um orçamento estimado de 72 milhões de dólares, Coyote vs. Acme era um dos três filmes completos que a Warner Bros. decidiu arquivar para beneficiar de um abate fiscal de 30 milhões de dólares. A decisão, que surgiu após uma mudança de liderança e de estratégia no estúdio, foi duramente criticada por criadores, fãs e até por membros do elenco.

O ator Will Forte foi directo ao assunto: “É uma tremenda estupidez. É um filme delicioso. Merecia muito mais.” Já o argumentista e realizador Brian Duffield foi ainda mais certeiro (e cartunesco): “Espero que múltiplas bigornas lhes caiam na cabeça.”

A Warner Bros. defendeu-se na altura com um polido “foi uma decisão difícil”, mas isso pouco aliviou a indignação generalizada.

A Redenção Chega com… Ketchup

Mas agora, tal como o Coyote que nunca desiste, o filme está de volta ao jogo. A distribuidora independente Ketchup Entertainment — que só por ter este nome já merece aplausos — adquiriu os direitos globais do filme, alegadamente por cerca de 50 milhões de dólares, e confirmou uma estreia em sala para 2026.

Gareth West, CEO da Ketchup, diz que estão “entusiasmados por dar vida a um filme que é a combinação perfeita entre nostalgia e uma narrativa moderna, capturando o espírito dos Looney Tunes e apresentando-o a uma nova geração.”

Um Julgamento Inesperado no Universo Looney Tunes ⚖️

Inspirado num artigo da New Yorker de 1990, Coyote vs. Acme centra-se numa ideia genial: farto dos produtos defeituosos que o deixam constantemente à beira da morte (e nunca apanham o Road Runner), Wile E. Coyote decide processar a Acme Corporation.

Will Forte interpreta o seu improvável advogado de cartaz, Kevin Avery, que vai enfrentar em tribunal o imponente advogado da Acme, interpretado por John Cena — que, para apimentar o drama, é também o ex-patrão do nosso herói de terno e gravata.

O realizador Dave Green (de As Tartarugas Ninja: Heróis Mutantes) dirige o filme, que foi descrito por quem o viu como “divertido, encantador e surpreendentemente comovente”. O par de realizadores Phil Lord e Christopher Miller, vencedores de Óscares e especialistas em humor inteligente, também elogiaram o projeto, dizendo que esperavam que “o mundo pudesse ver o incrível trabalho ali feito”.

O Fim da Era das Bigornas Fiscais?

O caso de Coyote vs. Acme torna-se simbólico num momento em que Hollywood debate o equilíbrio entre criatividade e rentabilidade. Entre 2022 e 2023, a Warner Bros. já tinha cancelado o filme da Batgirl (com um orçamento de 90 milhões de dólares!) e um outro projeto animado de Scooby-Doo, tudo em nome de cortes e otimizações fiscais.

Mas o resgate deste filme — e o facto de The Day the Earth Blew Up: A Looney Tunes Movie, outro projeto anteriormente abandonado, ter feito mais de 8 milhões em bilheteira — pode ser um sinal de que há ainda esperança para filmes que “não servem” os algoritmos mas fazem rir miúdos e graúdos.

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E nós, claro, cá estaremos em 2026 para ver o julgamento mais animado do século — com foguetes, molas gigantes, explosivos e muito humor ao estilo ACME.

Todd Haynes Vai Ser Homenageado em Cannes com o Prémio Carruagem de Ouro 🎬✨

O realizador Todd Haynes, uma das vozes mais marcantes do cinema queer e independente norte-americano, será distinguido com o prestigiado Prémio Carruagem de Ouro na Quinzena dos Realizadores, uma secção paralela do Festival de Cannes. A cerimónia terá lugar a 14 de maio, e promete ser um dos momentos mais simbólicos desta edição do certame francês.

Aos 64 anos, Haynes mantém intacto o seu estatuto de provocador elegante: um cineasta que nunca receou desafiar convenções — sejam elas sociais, sexuais ou estéticas. A Sociedade de Realizadores de Cinema (SRF), que atribui o prémio, destacou a sua “capacidade de questionar normas” como um dos motivos centrais da homenagem.

Uma Filmografia de Ousadia e Elegância

Desde “Seguro” (1995), uma inquietante alegoria sobre a ansiedade contemporânea, até à reinvenção poética da biografia de Bob Dylan em “I’m Not There” (2007), Haynes tem cultivado um cinema profundamente autoral, esteticamente sofisticado e politicamente atento.

Em “Carol” (2015), apresentou uma das histórias de amor lésbico mais arrebatadoras e delicadas do cinema contemporâneo, com Cate Blanchett e Rooney Mara. Mais recentemente, em “May December: Segredos de Um Escândalo” (2023), voltou a brilhar ao lado de Natalie Portman e Julianne Moore num drama mordaz sobre representação e manipulação.

O seu percurso em Cannes tem sido frequente e marcante: várias das suas obras passaram pela seleção oficial, e Haynes tornou-se um nome querido da Croisette.

“Todos os filmes são políticos”

Mais do que um criador de mundos cinematográficos, Todd Haynes é também uma voz crítica e interventiva. Em fevereiro deste ano presidiu ao júri do Festival de Berlim, onde não se inibiu de abordar a política norte-americana. “Todos os filmes são políticos. Todos podem desempenhar um papel”, afirmou à agência AFP.

O realizador nunca escondeu a sua oposição a Donald Trump, considerando essencial que o cinema seja também um espaço de resistência e reflexão.

Um Prémio com História

O Prémio Carruagem de Ouro (Carrosse d’Or) é atribuído desde 2002 pela SRF e pretende distinguir realizadores cujo trabalho se tenha pautado por uma abordagem corajosa, inovadora e independente.

Todd Haynes junta-se assim a uma galeria de nomes ilustres que já inclui Martin Scorsese, Agnès Varda, Naomi Kawase, Clint Eastwood, Jafar Panahi ou, mais recentemente, Andrea Arnold (2023) e Souleymane Cissé (também em 2023).

A Quinzena dos Realizadores — que decorrerá de 14 a 22 de maio — promete ser, mais uma vez, um espaço de descoberta e celebração do cinema que pensa para além da norma. E Todd Haynes, sem dúvida, é um mestre dessa arte

“Karate Kid: Os Campeões” Revela Novo Trailer com Jackie Chan, Ralph Macchio e Ben Wang

✌️ O espírito da saga Karate Kid está de volta com força renovada! Foi revelado o novo trailer de Karate Kid: Os Campeões, o muito aguardado filme que promete unir gerações ao juntar Ralph Macchio e Jackie Chan numa nova aventura cinematográfica que estreia a 29 de maio de 2025.

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O trailer foi apresentado em primeira mão na CinemaCon em Las Vegas, onde Ben Wang, o novo protagonista, subiu ao palco ao lado de Macchio para entusiasmar os exibidores com esta nova iteração da saga. Wang, conhecido pelo seu trabalho na série American Born Chinese, interpreta Li Fong, um jovem prodígio do Kung Fu que, após uma tragédia familiar, se muda de Pequim para Nova Iorque com a sua mãe.

Apesar de querer manter-se afastado dos combates, os problemas perseguem-no até à porta da escola. Quando um amigo precisa de ajuda, Li acaba por entrar numa competição de karaté. Mas as suas competências não são suficientes, e é então que Mr. Han (Jackie Chan) decide procurar a ajuda de Daniel LaRusso (Ralph Macchio), o lendário Karate Kid.

⚡️ O filme aposta forte na ideia de união entre gerações e estilos. Sob a tutela conjunta dos dois mestres, Li aprende a fundir o karaté e o kung fu num estilo único e pessoal, preparando-se para o confronto final. O argumento segue a fórmula clássica da saga, mas com a promessa de novas emoções, novos combates e uma forte mensagem de resiliência e identidade.

✨ O elenco inclui ainda Joshua Jackson, Sadie Stanley e Ming-Na Wen, enquanto a realização está a cargo de Jonathan Entwistle, conhecido pelas séries The End of the F**ing World* e I Am Not Okay with This.

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Com uma data de estreia marcada para 29 de maio de 2025, Karate Kid: Os Campeões promete ser um dos grandes eventos cinematográficos do próximo ano, apelando tanto aos nostálgicos dos anos 80 como a uma nova geração pronta para aprender que, mais importante do que saber lutar, é saber quando o fazer.

Val Kilmer: Morreu o Rebelde de Hollywood que Foi Batman, Iceman e Jim Morrison

🕶️ Val Kilmer, o eterno Iceman de Top Gun, o excêntrico Jim Morrison de The Doors e o controverso Batman de Batman Forever, morreu esta terça-feira em Los Angeles aos 65 anos. A notícia foi confirmada pela filha, Mercedes Kilmer, que revelou que a causa da morte foi uma pneumonia. O ator, que há muito lutava contra graves problemas de saúde, partiu como viveu: com intensidade, sem pedir desculpa e sem remorsos.

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Na década de 90, Kilmer parecia imparável. Nascido em Los Angeles, o californiano brilhou no início com a comédia Top Secret! (1984), mas foi ao lado de Tom Cruise, como o gelado Iceman em Top Gun (1986), que se tornou uma estrela mundial. A partir daí, construiu uma carreira que misturava talento, polémica e um perfeccionismo quase destrutivo. Os bastidores dos seus filmes eram frequentemente palco de conflitos e egos inflacionados — e o dele não era pequeno.

🎤 Em 1991, surpreendeu o mundo ao cantar com a sua própria voz no papel de Jim Morrison no filme The Doors, realizado por Oliver Stone. E em 1995, brilhou ao lado de dois monstros sagrados do cinema, Al Pacino e Robert De Niro, em Heat. No mesmo ano, vestiu o fato do Cavaleiro das Trevas em Batman Forever… e não deixou saudades. Apesar do sucesso comercial, as críticas foram duras e a sua relação com o realizador Joel Schumacher acabou em gritos e porta a bater. Segundo o próprio Schumacher, Val era “o ser humano mais psicologicamente perturbado” com quem tinha trabalhado.

😬 E não foi o único. Em A Ilha do Dr. Moreau (1996), o conflito com Marlon Brando e o realizador John Frankenheimer foi tão épico quanto o filme foi um desastre. A indústria não esqueceu, e a reputação de Kilmer ficou gravemente ferida. Ainda assim, protagonizou outros títulos marcantes como The Saint (1997), Kiss Kiss Bang Bang (2005) ou The Salton Sea (2002), alternando entre êxitos discretos e fracassos clamorosos.

🦇 Nos bastidores de Hollywood, passou a ser conhecido como “o menino mau” da indústria — uma etiqueta que ele próprio nunca tentou sacudir. “Portei-me mal. Comportei-me corajosamente. Para alguns, comportei-me de forma bizarra”, confessaria anos mais tarde no documentário Val (2021). E com isso, talvez tenha dito tudo.

Nos últimos anos, o cancro na garganta que lhe foi diagnosticado em 2014 obrigou-o a uma traqueostomia e a perder grande parte da sua voz. Mas nem isso o travou. Voltou a ser Iceman na sequela de Top Gun: Maverick, num momento breve mas poderoso, ao lado de Tom Cruise. Foi também poeta, autor de livros e até nomeado para um Grammy em 2011 com The Mark of Zorro, um álbum em áudio-drama.

🎭 Val Kilmer foi tudo menos morno. Um ator de extremos, de escolhas imprevisíveis, de talento genuíno e temperamento difícil. Deixou uma marca indelével no cinema — não apenas pelos papéis que desempenhou, mas pela maneira como os viveu (e sobreviveu a eles).

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O rebelde de Hollywood despediu-se, mas as suas personagens continuarão a viver no grande ecrã… e na memória de todos os que apreciam o cinema com carácter e personalidade.