Primeira edição do Tribeca Festival Lisboa traz estrelas de Hollywood à capital

Entre os dias 17 e 19 de outubro, Lisboa receberá pela primeira vez a edição europeia do Tribeca Festival, evento fundado há mais de duas décadas por Robert De Niro e Jane Rosenthal em Nova Iorque. Esta estreia em solo europeu acontecerá no Beato Innovation District e contará com a presença de grandes nomes do cinema internacional, como Robert De Niro, Whoopi Goldberg e Patty Jenkins.

Tribeca Festival Lisboa apresentará uma programação eclética, com filmes norte-americanos, produções independentes, séries, podcasts e atuações musicais. Entre os destaques está o filme “Anora”, de Sean Baker, que venceu a Palma de Ouro em Cannes, e “In the Summers”, de Lacorazza Samudio, premiado no Festival de Sundance. Também será exibido o filme “Ezra”, de Tony Goldwyn, seguido de uma conversa exclusiva com Robert De Niro.

Além do cinema, o evento incluirá cerca de vinte conversas com grandes personalidades do setor, como Robert De Niro, Whoopi Goldberg e Griffin Dunne. Estes diálogos abrangerão temas contemporâneos, como o impacto da inteligência artificial na produção cinematográfica e o futuro das plataformas de streaming. Haverá ainda espaço para explorar o cinema português, com a exibição da série “Azul”, de Pedro Varela, e a longa-metragem “Podia Ter Esperado por Agosto”, de César Mourão.

O festival pretende consolidar-se como um espaço de troca cultural entre os Estados Unidos e Portugal, destacando tanto o talento internacional como a criatividade portuguesa. A estreia de Tribeca em Lisboa promete ser um evento marcante, que reunirá estrelas de Hollywood, cineastas emergentes e um público ávido por novas experiências cinematográficas.

Filme de Rodrigo Areias inspirado em Raul Brandão estreia-se em formato de cineconcerto

O cineasta português Rodrigo Areias traz-nos a sua mais recente obra, “A Pedra Sonha Dar Flor”, um filme inspirado na obra literária de Raul Brandão. Com estreia marcada para o dia 12 de setembro no Cinema Trindade, no Porto, o filme será apresentado em formato de cineconcerto, com música ao vivo composta por Dada Garbeck. Esta forma de exibição tem vindo a ganhar popularidade, combinando a experiência cinematográfica com uma performance musical ao vivo.

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A narrativa do filme baseia-se na obra “A Morte do Palhaço”, de Raul Brandão, mas incorpora elementos de outras criações do autor, como “Os Operários”, “Os Pobres” e “Húmus”. A história desenrola-se numa casa de hóspedes isolada, onde a pobreza e o desespero marcam a vida das personagens, mergulhadas num ambiente sombrio de crimes e alucinações. A obra literária de Brandão, com o seu estilo contemplativo e crítico, ganha nova vida através da lente cinematográfica de Areias.

Rodrigo Areias, natural de Guimarães, tem uma forte ligação afetiva e geográfica à obra de Brandão, já que cresceu próximo à casa onde o autor viveu e escreveu grande parte da sua obra. O realizador confessa que, inicialmente, pensava em fazer um documentário, mas após uma profunda pesquisa no espólio de Brandão, decidiu juntar várias das suas obras num único filme, criando uma narrativa complexa e visualmente impactante.

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Após a estreia no Porto, o filme será exibido em vários locais do país, incluindo Lisboa, Ovar e Guimarães, sempre em formato de cineconcerto. Esta inovadora abordagem permite que o público experimente o filme de uma forma única, onde a música e o cinema se fundem para criar uma atmosfera imersiva.

Filme inspirado na juventude de Donald Trump gera polémica antes da estreia

O filme “The Apprentice – A História de Trump” já está a gerar controvérsia mesmo antes da sua estreia em Portugal, marcada para 17 de outubro. Realizado por Ali Abbasi, o filme aborda a juventude de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, e a sua ascensão no setor imobiliário de Nova Iorque. A produção, que causou um forte impacto no Festival de Cannes em maio, provocou a ira de Trump, cujos advogados já ameaçaram processar os produtores.

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Protagonizado por Sebastian Stan, o filme centra-se na relação entre um jovem Donald Trump e Roy Cohn, o seu mentor e advogado, interpretado por Jeremy Strong. A narrativa explora como Trump, ansioso por deixar a sua marca como filho de uma família rica, foi moldado por Cohn, um dos advogados mais temidos da época. Cohn via em Trump o protegido perfeito, alguém com ambição e fome de poder, disposto a fazer tudo para vencer.

Embora o filme não seja um ataque direto, ele apresenta um retrato ambíguo de Trump como um social escalador implacável, cuja decência é gradualmente corroída pelas lições de Cohn. Algumas das cenas mais polémicas incluem uma recriação de um suposto incidente de violência entre Trump e a sua primeira esposa, Ivana, e a representação de problemas pessoais, como disfunção erétil, procedimentos de lipoaspiração e cirurgia capilar.

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Além de enfrentar pressão de Trump e seus aliados, o filme teve dificuldades em garantir distribuição devido a um dos seus primeiros financiadores, Dan Snyder, um multimilionário pró-Trump, que ficou insatisfeito com a forma como o ex-presidente é retratado. Apesar disso, “The Apprentice” conseguiu assegurar uma estreia antes das eleições presidenciais dos EUA, com a data de lançamento nos cinemas norte-americanos prevista para 11 de outubro.

Kathy Bates anuncia reforma após última temporada de “Matlock”

A premiada atriz Kathy Bates, vencedora de um Óscar por “Misery” (1990) e conhecida por papéis em filmes como “Titanic” (1997) e séries como “American Horror Story”, anunciou que se vai reformar após a conclusão da nova versão da série “Matlock”, onde interpreta a protagonista.

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Com 76 anos, Bates revelou em entrevista ao The New York Times que a decisão de se retirar da vida profissional já vinha a ser ponderada há algum tempo. A atriz mencionou que, durante a rodagem de um filme (cujo nome não revelou), teve um momento emocional difícil que a fez questionar o futuro da sua carreira. “Esta é a minha última dança”, confessou.

A nova versão de “Matlock”, a popular série de tribunal originalmente protagonizada por Andy Griffith, será o último trabalho da atriz. Nesta versão atualizada, Bates interpreta Madeline Matlock, uma brilhante advogada septuagenária que regressa ao mercado de trabalho após uma longa pausa, num prestigiado escritório de advocacia. O primeiro episódio terá uma antestreia especial no dia 22 de setembro no canal CBS, com a série a estrear oficialmente a 17 de outubro. Os episódios estarão também disponíveis na Paramount+, mas a estreia europeia ainda não foi confirmada em Portugal.

A atriz explicou que, embora tenha considerado a reforma mais cedo, o argumento de “Matlock” a cativou ao ponto de adiar a decisão. “Foi como se tudo pelo qual trabalhei e rezei estivesse a ser colocado à prova”, comentou. No entanto, Bates admitiu que, caso a série seja renovada para uma segunda temporada, terá de rever os seus planos de retirada definitiva.

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Esta notícia marca o fim de uma longa e prolífica carreira de uma das mais respeitadas atrizes de Hollywood.

Curtas-metragens da Estónia abrem o Beast – Festival Internacional de Cinema no Porto

O Beast – Festival Internacional de Cinema regressa ao Porto para a sua 7ª edição, que decorrerá entre os dias 25 e 29 de setembro. O festival, que promove o diálogo cinematográfico entre o Leste e o Oeste da Europa, será inaugurado com a exibição de três curtas-metragens da Estónia, o país convidado deste ano.

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As obras escolhidas para abrir o evento no cinema Batalha incluem “Sauna Day” (2024), uma co-produção entre Anna Hints e Tushar Prakash, que estarão presentes no Porto para acompanhar a sessão, “Heiki on the Other Side” (2022), de Katariina Aule, e “Miisufy” (2024), de Liisi Grünberg. Estas curtas-metragens oferecem uma visão sobre a realidade mais recente da Estónia, um país cujo cinema tem vindo a ganhar notoriedade no panorama europeu.

O festival contará com a exibição de 80 filmes no total, dos quais 23 são curtas-metragens que participam na competição oficial. A seleção inclui ainda a AnimaEast, uma secção dedicada à animação de cineastas emergentes da Europa Central e de Leste, com destaque para produções da Hungria, Polónia, Croácia e República Checa.

Além das curtas-metragens, o programa da Estónia no Beast inclui uma retrospetiva de documentários dos anos 70 e 80, conhecidos por misturarem a linguagem cinematográfica com composições musicais marcantes, retratando diferentes cenários urbanos, suburbanos e rurais. Também serão exibidos jornais de atualidades e anúncios publicitários da época soviética, produzidos pela agência Eesti Reklaamfilm.

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Ainda no âmbito da colaboração com a Estónia, a Academia de Artes do país terá carta branca para apresentar uma seleção de filmes realizados por estudantes entre 2021 e 2024. O festival Beast é uma oportunidade única para explorar o cinema da Europa de Leste, refletindo sobre a sua estética, história e relevância atual.

“Os Três Mosqueteiros: Milady” Estreia a 13 de Setembro no TVCine

Depois do sucesso de “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan”, a saga épica inspirada na obra de Alexandre Dumas regressa com uma nova e emocionante aventura. “Os Três Mosqueteiros: Milady” chega aos ecrãs portugueses no dia 13 de setembro, às 21h30, em estreia exclusiva no TVCine Top, prometendo cativar o público com uma narrativa cheia de ação, intrigas e personagens inesquecíveis.

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Nesta segunda parte, D’Artagnan (François Civil) volta a estar no centro dos acontecimentos quando a sua amada Constance é raptada. Desesperado por a salvar, o jovem mosqueteiro é obrigado a formar uma aliança improvável com a misteriosa Milady de Winter, interpretada pela carismática Eva Green. Juntos, embarcam numa busca frenética, que os levará a enfrentar inimigos poderosos e a desenterrar segredos do passado, capazes de abalar as fundações de velhas alianças e precipitar uma grande guerra.

Com a direção de Martin Bourboulon, “Os Três Mosqueteiros: Milady” eleva a fasquia das produções de época, transportando o espectador para a França do século XVII, um país dividido por conflitos religiosos e ameaçado por invasões britânicas. O filme leva-nos numa viagem entre o Louvre e o Palácio de Buckingham, passando pelas perigosas sarjetas de Paris até ao cerco de La Rochelle, com cenas de batalha e duelos de espadas que mantêm o ritmo frenético e a adrenalina no auge.

Além de Eva Green e François Civil, o elenco de luxo conta com a participação de grandes nomes do cinema francês, como Vincent Cassel, Romain Duris, Lyna Khoudri, Pio Marmai e Eric Ruf. Cada um dos personagens traz uma nova dimensão a esta aventura épica, com desempenhos intensos que prometem cativar tanto os fãs das histórias de Dumas como os novos espectadores.

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A produção já arrecadou seis nomeações para os Prémios César 2024, destacando-se na categoria de Melhor Cenografia, que venceu graças aos detalhes meticulosos e realistas da recriação histórica. Com uma atenção cuidada aos cenários e aos figurinos, “Os Três Mosqueteiros: Milady” mergulha o espectador numa experiência visual imersiva, que faz justiça à riqueza do universo criado por Alexandre Dumas.

Depois de conquistar o público com “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan”, esta segunda parte é aguardada com grande expectativa. A história de Milady promete aprofundar ainda mais as relações entre as personagens, explorando o lado mais sombrio de uma das figuras mais enigmáticas do cânone literário de Dumas. Conhecida pela sua astúcia e pelo papel decisivo que desempenha nas tramas políticas e emocionais da saga, Milady surge aqui com uma nova camada de complexidade, numa interpretação que promete marcar a carreira de Eva Green.

Para quem não puder assistir à estreia na televisão, o filme estará também disponível no serviço de streaming TVCine+, permitindo que os espectadores possam ver e rever esta épica continuação quando desejarem.

“Os Três Mosqueteiros: Milady” é uma grande produção francesa que celebra a intemporalidade da obra de Alexandre Dumas, adaptando-a com uma energia renovada e uma abordagem cinematográfica moderna. Esta nova versão da história dos lendários mosqueteiros traz à televisão uma combinação perfeita de ação, romance, intriga e emoção, transportando o público para uma era onde honra, coragem e traição são as forças motrizes de uma das narrativas mais amadas da literatura mundial.

Não perca a estreia a 13 de setembro, às 21h30, no TVCine Top, para acompanhar esta grande aventura repleta de emoção, batalhas épicas e personagens inesquecíveis.

Faleceu James Earl Jones, a Voz Imortal de Darth Vader e Mufasa

Esta segunda-feira, o mundo do cinema despediu-se de James Earl Jones, o ator norte-americano que marcou gerações com o poder da sua voz e presença em múltiplas produções. Com 93 anos, o ator faleceu em sua casa, em Nova Iorque, conforme foi anunciado pelos seus representantes à imprensa norte-americana. Jones será eternamente lembrado pelo público, não só pelo seu trabalho icónico como a voz de Darth Vader na saga “Star Wars”, mas também como Mufasa em “O Rei Leão”, entre outras memoráveis performances.

Nascido a 17 de janeiro de 1931, James Earl Jones construiu uma carreira de mais de seis décadas no cinema, televisão e teatro. A sua versatilidade levou-o a conquistar diversos prémios de prestígio, incluindo dois Emmys, um Grammy, um Óscar honorário e três Tony Awards. A sua ligação à indústria do entretenimento foi profunda e multidimensional, sendo reconhecido como um dos poucos atores a aproximar-se do estatuto “EGOT” – o raro feito de ganhar os prémios Emmy, Grammy, Óscar e Tony.

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A carreira de Jones começou no teatro, onde se destacou em diversas peças de Shakespeare, antes de ingressar no mundo do cinema com um papel marcante em “Dr. Estranhoamor” de Stanley Kubrick, em 1964. No entanto, foi a sua voz poderosa e inconfundível que o eternizou, sobretudo ao dar vida ao vilão Darth Vader na trilogia original de “Star Wars” (1977-1983). Esta interpretação tornou-o uma figura icónica, imortalizada pela sua performance sinistra e autoritária que ajudou a moldar a identidade de uma das maiores sagas da cultura pop.

Além de “Star Wars”, Jones também deu voz a Mufasa, o nobre leão de “O Rei Leão” (1994), que rapidamente se tornou uma das suas personagens mais adoradas. A sua entrega vocal à personagem, que guia o jovem Simba com sabedoria e amor paternal, continua a ser uma das mais poderosas e emotivas da história da animação.

Para além dos sucessos no grande ecrã, James Earl Jones também brilhou na televisão, sendo galardoado com dois Emmys em 1991. Ao longo da sua carreira, trabalhou em séries de drama e telefilmes, consolidando-se como uma presença respeitada em múltiplos formatos. No teatro, foi distinguido com vários prémios Tony, incluindo um pelo seu trabalho na peça “Vedações”, de 1987, demonstrando o seu alcance e talento na arte da representação.

Apesar de a sua saúde se ter fragilizado nos últimos anos, Jones manteve-se ativo até recentemente, com uma das suas últimas aparições no cinema a ser na sequela de “Um Príncipe em Nova Iorque” (2021), onde voltou a interpretar o Rei Joffer. Mesmo com a sua ausência física nos sets de filmagens, a magia do cinema permitiu que ele participasse do projeto, integrando-o de forma emblemática na narrativa.

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No entanto, a sua voz continuou a ressoar mesmo após ele se ter afastado das gravações, graças a tecnologias modernas. Em 2022, soube-se que Jones havia cedido os direitos da sua voz para futuras utilizações na saga “Star Wars”. Com a ajuda de uma inovadora tecnologia de inteligência artificial, a sua voz foi utilizada na série “Obi-Wan Kenobi” (2022), mantendo viva a presença de Darth Vader, agora através de uma recriação artificial da sua interpretação original.

O legado de James Earl Jones vai muito além dos papéis icónicos que desempenhou. O ator teve um impacto duradouro na representação afro-americana em Hollywood, sendo um dos primeiros atores negros a alcançar sucesso contínuo e significativo tanto no cinema quanto no teatro. O seu pai, Robert Earl Jones, também ator, influenciou a sua carreira, mas foi o talento singular de James que o levou a conquistar um lugar especial na história do cinema e do entretenimento global.

James Earl Jones deixa para trás um legado de excelência, uma voz que ecoará por gerações e uma carreira que se destaca pela sua diversidade, profundidade e contribuição imensurável para a arte da representação. Enquanto o mundo chora a sua perda, o seu trabalho continuará a inspirar e a encantar milhões de pessoas, assegurando que o seu nome e a sua voz permaneçam eternamente gravados na memória coletiva.