
O título pode soar exagerado, mas quem acompanhou a estreia de Hell of a Summer — agora finalmente nos cinemas — sabe que Finn Wolfhard não é apenas mais uma estrela juvenil em transição para a realização. Com apenas 22 anos, o ator canadiano estreou-se atrás das câmaras com uma comédia slasher escrita, realizada e protagonizada por si. E não foi nada fácil.
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Em entrevista à PEOPLE, o jovem revelou que começou a escrever o argumento com apenas 16 anos. Mas não foi só o argumento que enfrentou obstáculos: também ele teve de bater a muitas portas que se fecharam logo à entrada.
“Senti muitas vezes que não me levavam a sério por causa da idade. Era só mais um miúdo com uma ideia. Mas tivemos a sorte de contar com produtores que acreditaram em nós”, contou.
A “nós” refere-se a Billy Bryk, seu cúmplice criativo e co-realizador do filme. Juntos, escreveram Hell of a Summer, que estreou em 2023 no Festival de Toronto e chega agora a um circuito mais alargado de exibição.
Um verão sangrento com risos à mistura
O filme segue um grupo de monitores de um acampamento de verão que se tornam alvo de um assassino mascarado. É uma homenagem óbvia aos clássicos dos anos 80, mas com uma energia millennial e um piscar de olho ao humor de Shaun of the Dead, uma das principais influências do realizador.
“Queria algo com personagens fortes, humor genuíno e tensão real. Algo que não fosse só sustos e sangue. Queria algo com coração”, disse Wolfhard.
Além de Shaun of the Dead, Finn cita também Let the Right One In, South Park e até as primeiras temporadas de Os Simpsons como fontes de inspiração para o tom da sua estreia.
O elenco conta com rostos como Fred Hechinger (The White Lotus), Abby Quinn, D’Pharaoh Woon-A-Tai (Reservation Dogs) e Adam Pally. Mas é o entusiasmo irreverente de Finn que dá alma ao projeto.
“Scream King” com ambições de autor
Wolfhard já é veterano no terror. De Stranger Things a It, passando por The Turning, The Addams Family e Ghostbusters, é presença regular no género — e com boas razões. Como ele próprio admite, é “um espaço onde se sente confortável”. Ainda assim, recusa-se a ficar preso a um rótulo:
“Se fizer outro filme de terror, tem de ser algo mesmo louco ou totalmente original. Quero explorar outros géneros, não só como realizador, mas também como ator.”
Apesar do entusiasmo, Wolfhard é realista quanto ao caminho que ainda tem pela frente. “Mesmo tendo feito um filme, sei que muitos vão continuar a tratar-me como um miúdo que não sabe o que está a fazer. Mas estou em paz com isso. Vou provar-me as vezes que forem necessárias.”
E se Hell of a Summer for apenas o primeiro passo, não temos dúvidas: Finn Wolfhard está cá para ficar — com ou sem máscara.
Onde ver “Hell of a Summer” em Portugal?
Por enquanto, o filme ainda não está disponível nos canais nacionais nem nas plataformas de streaming portuguesas. Mas fica atento ao catálogo da Filmin Portugal e aos ciclos de cinema de género nos festivais, porque este é dos que tem tudo para aparecer por lá.
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