A morte de Matthew Perry, icónica estrela da série “Friends”, chocou o mundo do entretenimento em outubro de 2023. Recentemente, surgiram novas revelações que apontam para a responsabilidade direta de cinco indivíduos na trágica overdose que vitimou o ator, incluindo o seu assistente pessoal e dois médicos. Este desenvolvimento levanta questões inquietantes sobre a ética na medicina e o papel dos cuidadores na vida das celebridades que lutam contra dependências.

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O procurador Martin Estrada, do Ministério Público, revelou que os médicos envolvidos no caso foram acusados de fornecerem a Matthew Perry doses perigosamente elevadas de cetamina, um potente anestésico comumente utilizado em tratamentos para dores crónicas e depressão. A gravidade do caso é intensificada pelo facto de os médicos terem deliberadamente explorado a vulnerabilidade do ator, que lutava contra a dependência de substâncias, para lucro pessoal. “Estes arguidos aproveitaram-se dos problemas de dependência de substâncias do senhor Perry para enriquecerem. Eles sabiam que o que estavam a fazer era errado”, afirmou Estrada, sublinhando a natureza predatória das ações dos acusados.

No dia fatídico, Perry recebeu várias injeções de cetamina, administradas pelo seu assistente pessoal, Kenneth Iwamasa, que vivia com ele. Foi o próprio Iwamasa que encontrou o ator sem vida, de bruços na banheira de hidromassagem da sua casa, em Los Angeles. Apesar da rápida resposta dos paramédicos, Perry foi declarado morto no local. A investigação subsequente revelou que, além dos médicos e do assistente, outras duas pessoas estavam envolvidas na administração da droga, com três dos acusados já a declararem-se culpados.

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A autópsia realizada em dezembro confirmou que a quantidade de cetamina no sangue de Perry estava dentro dos limites utilizados para anestesia geral, sugerindo um uso controlado mas letal do fármaco. A cetamina, apesar de ser um medicamento antigo, tem visto um aumento significativo de utilização nos últimos anos como tratamento para depressão, ansiedade e dor. No entanto, o seu uso fora de um ambiente clínico controlado pode ter consequências fatais, como evidenciado neste trágico caso.

Pessoas próximas ao ator informaram que Perry estava a receber terapia de infusão de cetamina para tratar a sua depressão, mas os níveis da droga no seu sistema no dia da morte não poderiam ser explicados pelo último tratamento, que ocorreu uma semana e meia antes. As autoridades concluíram que a overdose foi acidental, sem suspeita de crime premeditado, mas com um claro nexo de responsabilidade nas ações imprudentes daqueles que deveriam ter cuidado da saúde do ator.

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Matthew Perry, que lutou publicamente contra a dependência de substâncias durante grande parte da sua carreira, deixou uma marca indelével na televisão como Chandler Bing, um dos personagens mais queridos da série “Friends”. A sua morte não só é uma perda profunda para os fãs e para a indústria do entretenimento, mas também serve como um alerta sobre os perigos da dependência e as consequências potencialmente fatais de negligência médica e exploração.

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