Train Dreams: Joel Edgerton e Felicity Jones Numa História de Amor, Solidão e Progresso Industrial 🌲🚂

O novo filme da Netflix adapta a aclamada novela de Denis Johnson e promete uma das interpretações mais intensas de Edgerton

A Netflix divulgou o trailer completo de Train Dreams, o novo drama histórico protagonizado por Joel Edgerton e Felicity Jones, que chega aos cinemas a 7 de novembro antes de estrear em streaming a 21 de novembro.

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O filme, realizado e escrito por Clint Bentley (Jockey), teve estreia no Festival de Sundance e foi também exibido no Festival de Toronto, onde foi recebido com grande entusiasmo pela crítica, destacando-se pela sua melancolia e beleza visual.

🚂 Viver à beira do progresso

Inspirado na novela homónima de Denis Johnson (publicada em 2011), Train Dreams segue Robert Grainier (Joel Edgerton), um lenhador do início do século XX que tenta equilibrar a luta pela sobrevivência com a vida familiar num momento em que o mundo muda a uma velocidade vertiginosa.

Entre o avanço das linhas férreas e a promessa do progresso, Grainier enfrenta as consequências de uma existência marcada pelo isolamento, pela perda e por uma relação profunda com a natureza selvagem do noroeste dos Estados Unidos.

A certa altura do trailer, Felicity Jones — que interpreta a esposa de Grainier — pergunta-lhe:

“Não pensei que voltasses tão cedo.”

Ao que ele responde:

“Não consegui parar de andar até chegar aqui.”

Uma frase simples, mas que define o tom contemplativo e emocional do filme.

🌲 Um épico íntimo sobre o homem comum

Train Dreams é, nas palavras do crítico David Rooney, do The Hollywood Reporter,

“Um retrato elegíaco de um trabalhador itinerante do início do século XX, onde o peso acumulado de todos os momentos banais da vida é o verdadeiro tema do filme.”

Rooney acrescenta que esta poderá ser a melhor interpretação da carreira de Joel Edgerton, que encontra em Grainier um homem dividido entre o dever e o sonho, entre a natureza e o avanço implacável da modernidade.

🎬 Uma equipa criativa em ascensão

O argumento foi escrito por Clint Bentley em colaboração com Greg Kwedar, com quem já tinha trabalhado em Sing Sing, filme que lhes valeu uma nomeação ao Óscar.

No elenco, juntam-se ainda Kerry Condon (The Banshees of Inisherin) e William H. Macy, completando um conjunto de intérpretes de peso num filme que promete misturar realismo poético e cinema de época.

A produção é assinada por Marissa McMahon, Teddy Schwarzman, Will Janowitz, Ashley Schlaifer e Michael Heimler, com Edgerton e Kwedar também a assumir funções de produção executiva.

🕯️ A poesia das pequenas vidas

Mais do que um retrato histórico, Train Dreams é um filme sobre o tempo e a fragilidade humana, sobre o peso das pequenas escolhas que definem uma vida comum.

Com fotografia naturalista, ritmo meditativo e uma banda sonora melancólica, o filme evoca o espírito dos grandes dramas americanos de Terrence Malick e Kelly Reichardt — onde o silêncio, a paisagem e o gesto simples contam mais do que as palavras.

📅 Nos cinemas: 7 de novembro

📺 Na Netflix: 21 de novembro

Prepare-se para uma das obras mais belas e introspectivas do ano — um conto de poeira, madeira e amor perdido que mostra que até os homens mais silenciosos têm histórias que ecoam como o apito distante de um comboio.

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Jeff Buckley regressa à luz em documentário íntimo: It’s Never Over, Jeff Buckley

🎙️ A voz de Jeff Buckley parecia vinda de outro lugar. Etérea, intensa, comovente. A sua morte prematura em 1997, aos 30 anos, selou o destino trágico de uma das figuras mais enigmáticas da música dos anos 90. Mas como garantir que a memória de alguém assim não se dilua com o tempo? É essa a missão do novo documentário It’s Never Over, Jeff Buckley, realizado por Amy Berg e estreado no Festival de Sundance.

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Mais do que uma biografia, o filme é uma homenagem pungente, construída a partir de material de arquivo nunca antes divulgado — incluindo mensagens de voz que o músico deixou à mãe, Mary Guibert. Segundo a realizadora, essas gravações revelam o lado mais humano e vulnerável de Buckley: “O verdadeiro Jeff está ali”, diz.

Quando a música consola… e expõe

Em entrevista ao The Verge, Amy Berg partilhou a ligação pessoal que tem com a obra de Buckley. O álbum Grace, lançado em 1994, marcou-a desde a adolescência:

“Cortou-me por dentro. Apaixonei-me por Jeff Buckley. ‘Lover, You Should’ve Come Over’ era a minha música-refúgio. Ele massajava a minha dor.”

O documentário foi pensado não como um produto de culto, mas como um convite à descoberta. E se há algo que Berg quis evitar foi mitificar em excesso a figura do cantor. “Muita gente olha para o Jeff como se caminhasse sobre as águas. Mas ele era jovem, vulnerável, lutava com muita coisa e nem sempre era bonito de ver. Era real.”

Arquivos, mensagens e o direito a contar tudo

A origem do documentário começou com um convite para realizar um biopic. No entanto, ao receber um pen drive com os arquivos pessoais de Buckley, Amy Berg soube imediatamente que o projecto teria de ser documental. “As mensagens de voz partiram-me o coração. Ali está ele — sem filtros, amoroso, carente, divertido.”

Uma dessas mensagens, onde Buckley se identifica como “o teu filho sexy e grande”, tornou-se emblemática para a realizadora, que nunca hesitou em incluí-las no filme.

“Há muitas versões do Jeff, e as mensagens mostram isso com uma sinceridade brutal.”

Contrariando rumores sobre alegadas restrições impostas pela mãe, Amy Berg assegura que Mary Guibert lhe deu total liberdade criativa:

“Ela disse-me: ‘Faz o que quiseres. Conta a história como quiseres contar.’ Pedi-lhe final cut e ela aceitou. Não queria fazer um retrato bonitinho, e isso levou anos a conquistar.”

Morte, amor e o peso da ausência

Ao contrário de outros documentários que começam pela tragédia, It’s Never Over, Jeff Buckley conduz o espectador pela vida do músico até à sua morte. Para Amy Berg, isso foi uma escolha deliberada:

“Queria que as pessoas mergulhassem no mundo dele e, depois, encontrassem por si mesmas o caminho até à sua música.”

No fundo, o filme é também uma carta de amor — à arte, à dor, à beleza imperfeita que Buckley carregava. E aos que ainda hoje se emocionam ao ouvi-lo cantar como se estivesse mesmo ali, numa sala vazia, a falar só connosco.

“Ouvir Jeff é uma experiência profundamente pessoal. E é isso que quero que as pessoas redescubram.”

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“It’s Never Over, Jeff Buckley”: O Documentário Que Revela o “Não” a Brad Pitt 🎤🎬

O músico Jeff Buckley, conhecido pela sua emotiva interpretação de Hallelujah, de Leonard Cohen, volta aos holofotes com o documentário It’s Never Over, Jeff Buckley, que estreia hoje, 24 de janeiro, no Festival de Sundance. Este documentário, produzido por Brad Pitt, mergulha na vida e legado do artista, incluindo um episódio curioso envolvendo a tentativa de Pitt de interpretar Buckley num biopic que nunca aconteceu.

Brad Pitt e o Papel Que Não Foi Para a Frente 🎭

No ano 2000, Brad Pitt mostrou grande interesse em encarnar Jeff Buckley num filme biográfico. A mãe do músico, Mary Guibert, recorda no documentário que Pitt tentou convencê-la de todas as formas, incluindo convites para almoçar na sua casa e até para o seu casamento com Jennifer Aniston. Apesar do entusiasmo do ator, Guibert permaneceu cética sobre a capacidade de Pitt de transformar-se no seu filho.

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“Vamos pintar o cabelo de loiro, colocar lentes castanhas naqueles olhos azuis e fazer com que a voz do Jeff saia da tua boca?”, questionou Guibert, destacando as diferenças físicas entre os dois. O projeto acabou por ser cancelado, embora outros filmes tenham explorado a vida do músico desde então.

A Vida e o Legado de Jeff Buckley 🌊🎶

Jeff Buckley, filho do cantor Tim Buckley, tornou-se uma lenda da música com o lançamento do álbum Grace (1994), que inclui a icónica Hallelujah. No entanto, a sua vida foi tragicamente interrompida em 1997, aos 30 anos, quando morreu num acidente de natação no rio Wolf, em Memphis. A sua morte foi considerada acidental, sem sinais de drogas ou álcool no organismo.

Desde então, o legado de Buckley tem sido celebrado em filmes e documentários. Greetings From Tim Buckley (2012), com Penn Badgley no papel principal, narrou a preparação do músico para a sua primeira apresentação pública. A sua casa em Memphis foi recentemente transformada num Airbnb em sua homenagem, descrito como “um tributo, mas sem pretensões de ser um Graceland hipster”.

O Que Esperar de “It’s Never Over, Jeff Buckley”? 🎥✨

Produzido por Pitt, o documentário promete ser uma exploração íntima da vida de Buckley, com depoimentos sinceros de Mary Guibert e imagens inéditas. Ao destacar momentos como a decisão de rejeitar Brad Pitt e o impacto duradouro de Hallelujah, It’s Never Over oferece aos fãs uma oportunidade única de conhecer melhor o homem por detrás da música.

Jeff Buckley continua a inspirar gerações com a sua voz angelical e a sua trágica história. Este documentário é mais uma peça essencial no puzzle do seu legado, celebrando um artista cuja influência nunca se apagará.

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Sundance 2025: Um Festival de Cinema com Histórias de Superação e Emoção 🎬🔥

O Festival de Sundance, conhecido pela sua celebração do cinema independente, começou este ano envolto em um cenário tão dramático quanto os filmes que exibe. Apesar de acontecer no cenário idílico das Montanhas Rochosas, em Utah, o evento não escapou ao impacto das devastadoras chamas que assolam Los Angeles e que já marcaram profundamente a vida de muitos profissionais da indústria cinematográfica.

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Entre 18 de janeiro e 2 de fevereiro, o festival exibe 88 filmes de 33 países, mas, para muitos realizadores e participantes, a presença no evento não foi apenas um ato profissional, mas também uma expressão de resiliência. O diretor do festival, Eugene Hernandez, relatou histórias emocionantes de cineastas que fugiram de incêndios com pouco mais do que os discos rígidos contendo os seus projetos. A paixão pelo cinema revelou-se, mais uma vez, inabalável.

Filmes que Refletem Realidades Ardentes 🌍🎥

O impacto dos incêndios vai além da tragédia pessoal e reflete-se diretamente nos filmes apresentados. Um dos exemplos mais marcantes é “Didn’t Die”, de Meera Menon, um thriller pós-apocalíptico com ‘zombies’, rodado em Altadena, Califórnia. As casas usadas como cenários, incluindo as dos próprios realizadores e equipa, foram consumidas pelas chamas logo após as filmagens. Meera Menon e os seus colegas perderam tudo, mas trouxeram ao festival uma história de luta e esperança.

Entre os destaques do evento, encontram-se também filmes que exploram outras formas de perda e redenção. “Rebuilding”, de Max Walker-Silverman, aborda a recuperação emocional após um incêndio devastador, enquanto “The Thing with Feathers”, com Benedict Cumberbatch, mergulha na experiência de uma família que enfrenta a dor da perda.

Estrelas e Histórias Brilhantes ✨🌟

Este Sundance não se limita a histórias trágicas. A diversidade de temas e talentos é impressionante. Olivia Colman brilha em “Jimpa”, de Sophie Hyde, uma comovente narrativa sobre identidade e aceitação. Jennifer Lopez marca presença com “Kiss of the Spider Woman”, um musical da Broadway adaptado por Bill Condon. E até a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, promove “Prime Minister”, um documentário sobre a sua carreira.

A série de culto “The Bear” também ganha espaço no festival, com Ayo Edebiri a protagonizar “Opus”, ao lado de John Malkovich, enquanto o rapper A$AP Rocky faz a sua estreia no cinema com “If I Had Legs I’d Kick You”. Este Sundance é, sem dúvida, um caldeirão de criatividade e inovação.

Sundance: Um Festival que Ilumina Mesmo em Tempos Sombrios 🌟🔥

O Festival de Sundance 2025 não é apenas um palco para filmes independentes; é também um testemunho da resiliência humana. Mesmo com desafios imensos, cineastas de todo o mundo continuam a criar histórias que inspiram, emocionam e nos fazem refletir.

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Com um programa diversificado e um espírito inabalável, Sundance reafirma o seu papel como um farol no mundo do cinema, provando que, mesmo entre as cinzas, há sempre espaço para a arte florescer.