Espias: a nova série da RTP que transforma Lisboa no palco da Segunda Guerra Mundial

Sete mulheres no centro da História

A RTP prepara-se para lançar uma das suas produções mais ambiciosas dos últimos anos. Espias estreia a 8 de setembro e promete transportar os espectadores para a Lisboa de 1942, quando a cidade era o epicentro da espionagem europeia.

No centro da narrativa estão sete mulheres aventureiras, destemidas, inteligentes e sedutoras, recrutadas pelo MI6 para uma missão decisiva: descobrir o posicionamento dos submarinos alemães na Batalha do Atlântico e, ao mesmo tempo, iludir os Nazis sobre os planos futuros dos Aliados.

Um elenco de luxo

O elenco reúne algumas das mais reconhecidas atrizes portuguesas da atualidade: Madalena Almeida, Maria João Bastos, Ana Vilela da Costa, Lúcia Moniz, Gabriela Barros, Kelly Bailey e Daniela Ruah.

A elas juntam-se Adriano Carvalho, José Pimentão, André Leitão, Luís Filipe Eusébio, Adriano Luz, Eduardo Breda, João Pedro Mamede e Diogo Morgado, num leque de nomes que reforça a dimensão da aposta da RTP.

Espionagem, suspense e História

Com realização de João Maia e Laura Seixas e argumento assinado por Pandora Cunha Telles, Mário Cunha e Cláudia Clemente, a série constrói uma narrativa carregada de suspense, segredos e jogos de poder.

Entre casinos, hotéis de luxo e festas secretas, as protagonistas navegam um mundo de raptos, chantagens e traições, enquanto o regime de Salazar acumula riqueza e Portugal tenta manter a sua neutralidade.

Segundo a RTP, Espias é mais do que uma série histórica: é um retrato de coragem feminina num contexto dominado por homens e marcado pela sombra da guerra.

Quando ver

Espias estreia na RTP1 a 8 de setembro, ocupando as noites de segunda-feira às 21h00. Para quem prefere o digital, os episódios estarão disponíveis mais cedo, às 12h00, na RTP Play.

A produção junta-se assim ao conjunto de séries portuguesas que têm explorado períodos marcantes da nossa História recente, mas fá-lo com a promessa de espetáculo, ritmo e um olhar contemporâneo sobre o papel da espionagem em Portugal.

📸 Lee Miller: Na Linha da Frente – Kate Winslet Dá Vida à Mulher Que Fotografou o Inferno

Modelo, musa, fotógrafa, espia, guerreira. Lee Miller foi tudo isto e muito mais. A sua história, tão fascinante quanto pouco conhecida, chega agora ao pequeno ecrã em forma de biopic com estreia marcada para 25 de abril, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e no TVCine+. E não poderia haver melhor intérprete para dar corpo (e alma) a esta figura extraordinária do que Kate Winslet.

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👠 De Capa da Vogue… ao Horror de Dachau

Nos anos 30, Lee Miller era um ícone de elegância nas páginas da Vogue. Mas quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu, trocou os vestidos e os chapéus pelo colete de repórter de guerra. E não apenas como cronista — mas como testemunha direta dos horrores mais sombrios da humanidade.

Foi uma das primeiras mulheres a relatar os campos de concentração nazis. As suas fotografias, captadas com uma câmara e um olhar impiedoso, não pouparam verdades. Acompanhou a libertação de Dachau e regressou a casa marcada para sempre por aquilo que viu.


🎬 Um Biopic com Nome Próprio

Lee Miller: Na Linha da Frente marca a estreia na realização de Ellen Kuras, uma das mais conceituadas diretoras de fotografia de Hollywood (Eternal Sunshine of the Spotless MindBlow). O argumento baseia-se na biografia The Lives of Lee Miller, escrita pelo filho da protagonista, Antony Penrose, numa tentativa de entender a mulher por detrás da mãe que ele mal conheceu.

Winslet surge aqui num dos seus papéis mais intensos e completos. Ao seu lado, um elenco notável: Marion Cotillard, Andy Samberg, Andrea Riseborough, Noémie Merlant, Josh O’Connor e Alexander Skarsgård. Um verdadeiro desfile de talento europeu e americano para contar uma história que não tem fronteiras.


🧳 Uma Mulher Insubmissa

O filme não se limita a mostrar Lee Miller como figura histórica. Vai mais fundo — revela os seus dilemas pessoais, os traumas que carregou em silêncio e os segredos que escondeu, até mesmo do filho. E é aí que reside a força do retrato: numa mulher que, mesmo enfrentando os próprios demónios, nunca deixou que isso a impedisse de viver com coragem.


📺 Quando e Onde Ver

Lee Miller: Na Linha da Frente estreia sexta-feira, 25 de abril, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e TVCine+. Uma história inspiradora que deve ser descoberta — e lembrada.

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🎬 Vermiglio: Um Retrato Íntimo da Resistência Silenciosa

Estreou em Portugal a 17 de abril de 2025 o filme Vermiglio, da realizadora Maura Delpero, uma obra que mergulha na vida de uma família numa aldeia dos Alpes italianos durante os últimos meses da Segunda Guerra Mundial. Com uma narrativa delicada e uma fotografia que capta a beleza austera da paisagem alpina, o filme foi premiado com o Grande Prémio do Júri no Festival de Veneza e é a escolha oficial de Itália para o Óscar de Melhor Filme Internacional.  

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🏔️ Sinopse: Entre a Guerra e a Montanha

Em 1944, na remota aldeia de Vermiglio, a chegada de Pietro, um desertor siciliano, altera a rotina da família Graziadei. Lucia, a filha mais velha, apaixona-se por ele, desencadeando uma série de eventos que expõem as tensões entre tradição e desejo de liberdade. A guerra, embora distante, permeia o quotidiano através de cartas, rumores e a presença de soldados escondidos.  

🎭 Personagens e Temas

O patriarca Cesare Graziadei, interpretado por Tommaso Ragno, é um mestre-escola respeitado que exerce uma autoridade rígida sobre a família. A sua visão patriarcal entra em conflito com os anseios das filhas, especialmente Ada, cuja jornada pessoal aborda temas como a fé, a sexualidade e a busca por identidade.  

🎥 Estilo e Realização

Maura Delpero utiliza uma abordagem contemplativa, focando-se nos pequenos gestos e silêncios que revelam as dinâmicas familiares e sociais. A cinematografia destaca a dualidade entre a beleza natural da região e as restrições impostas pelas normas sociais e pela guerra.  

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🏆 Reconhecimento Internacional

Além do prémio em Veneza, Vermiglio foi selecionado para representar Itália na categoria de Melhor Filme Internacional nos Óscares de 2025, consolidando-se como uma das obras mais aclamadas do cinema europeu recente.  

Miles Teller será Gino Bartali no filme dos realizadores de “Free Solo” sobre o ciclista-herói da Segunda Guerra Mundial 🚴‍♂️🎬

🏆 O ator de “Top Gun: Maverick” e “Whiplash” interpretará o lendário ciclista italiano que desafiou os nazis para salvar vidas.

Miles Teller está pronto para assumir um dos papéis mais desafiantes da sua carreira. O ator dará vida a Gino Bartali, ícone do ciclismo e herói da Segunda Guerra Mundial, num novo biopic dos premiados realizadores E. Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin (Free SoloNyad). O projeto está a gerar grande expectativa no European Film Market (EFM) em Berlim, onde está a ser apresentado a potenciais distribuidores.

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A incrível história de Gino Bartali

Bartali tornou-se um herói nacional quando venceu o Tour de France de 1938, mas a guerra interrompeu a sua carreira durante uma década. No entanto, o que poucos sabiam até à sua morte era que ele se tornou um membro da resistência italiana, desempenhando um papel crucial no resgate de judeus perseguidos pelo regime nazi e fascista.

🚴‍♂️ Durante a guerra, Bartali transportou documentos falsificados escondidos no quadro e no selim da sua bicicleta, percorrendo centenas de quilómetros pelo norte de Itália para ajudar judeus a escaparem para a Suíça. O seu envolvimento poderia ter-lhe custado a vida, mas manteve a sua missão secreta, até mesmo da sua própria família.

A sua coragem e sacrifício foram reconhecidos postumamente quando, em 2013, foi declarado “Justo entre as Nações” pelo Memorial do Holocausto Yad Vashem, uma das mais altas distinções concedidas a não judeus que arriscaram as suas vidas para salvar judeus durante o Holocausto.

Uma equipa de peso por trás do filme

O projeto é produzido pelos próprios realizadores, através da Little Monster Films, em parceria com Leslie Holleran(Chocolat), Karen Tenkhoff (Diários de Motocicleta) e o próprio Miles Teller, que também assume o papel de produtor.

📜 O argumento foi escrito por Karen Tenkhoff e já está a receber excelentes reações no mercado internacional. A representação dos direitos para os EUA está a cargo da CAA Media Finance, enquanto a north.five.six. gere as vendas internacionais.

🎙️ Os realizadores comentam:

💬 “O momento em que lemos o guião de Karen, soubemos que este era um filme que tínhamos de fazer. Captura tudo o que amamos na arte de contar histórias – coragem, perseverança e, acima de tudo, o que significa ter uma força moral inabalável.” — Vasarhelyi e Chin

🎙️ Miles Teller sobre o papel:

💬 “Estou muito entusiasmado por dar vida a esta incrível história. Gino Bartali não foi apenas um gigante do ciclismo – foi um verdadeiro herói, que arriscou tudo para ajudar quem mais precisava. Mal posso esperar para que o público conheça a sua coragem e coração.”

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📅 Ainda sem data de estreia, o filme promete emocionar e inspirar audiências em todo o mundo.

Barry Keoghan Junta-se ao Elenco do Filme “Peaky Blinders”

A série “Peaky Blinders”, que se tornou um fenómeno global, está prestes a expandir o seu universo para o grande ecrã, e a mais recente adição ao elenco promete aumentar ainda mais as expectativas. Barry Keoghan, o talentoso ator irlandês recentemente nomeado para os Óscares, juntou-se ao elenco do próximo filme de “Peaky Blinders”, que contará também com Cillian Murphy, o rosto da série original.

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Um Elenco de Peso para o Grande Ecrã

A confirmação de Barry Keoghan no elenco do filme “Peaky Blinders” foi recebida com entusiasmo pelos fãs e pela indústria cinematográfica. Keoghan é amplamente reconhecido como um dos melhores talentos da sua geração, tendo sido nomeado para um Óscar pelo seu papel em “Os Espíritos de Inisherin” e tendo recentemente causado impacto com a sua performance em “Saltburn”.

Além de Keoghan, o filme contará também com Rebecca Ferguson, conhecida pelos seus papéis nas sagas “Missão Impossível” e “Dune”. Cillian Murphy, que interpretou Tommy Shelby ao longo das seis temporadas da série, regressará ao seu papel icónico como o líder do gangue de Birmingham. No entanto, os detalhes sobre as personagens que Keoghan e Ferguson interpretarão ainda estão por revelar.

Continuação da História na Segunda Guerra Mundial

“Peaky Blinders”, que começou a sua jornada televisiva em 2013 na BBC Two antes de se tornar um sucesso global na Netflix, terminou a sua série em 2022 após seis temporadas. O criador da série, Steven Knight, já tinha sugerido que a história continuaria com um filme que se passaria durante a Segunda Guerra Mundial, dando continuidade aos eventos finais da série, que se situavam na década de 1930.

Tom Harper, que dirigiu vários episódios da primeira temporada da série, será o realizador do filme. O enredo está a ser mantido em segredo, mas espera-se que o filme explore o impacto da guerra na vida de Tommy Shelby e dos membros restantes do seu gangue, enquanto enfrentam novos desafios e inimigos.

Uma Expansão Muito Esperada

A transição de “Peaky Blinders” para o cinema é vista como um passo natural para uma série que sempre teve uma abordagem cinematográfica na sua narrativa e estilo visual. A adição de Barry Keoghan ao elenco aumenta as expectativas de que o filme trará uma nova energia à franquia, mantendo o espírito sombrio e intenso que tornou a série um fenómeno.

Com as filmagens programadas para começar ainda este ano, os fãs estão ansiosos por ver como esta história se desenrolará na tela grande. A colaboração entre Cillian Murphy e Barry Keoghan, dois dos maiores talentos irlandeses da atualidade, promete ser um dos destaques do próximo capítulo de “Peaky Blinders”.

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Conclusão

O filme “Peaky Blinders” é um dos projetos mais esperados dos próximos anos, reunindo um elenco de estrelas e um enredo que promete expandir ainda mais o universo da série. Com a direção de Tom Harper e o argumento de Steven Knight, o filme está destinado a capturar a mesma intensidade e complexidade que fizeram da série um sucesso global. Barry Keoghan e Cillian Murphy são uma combinação poderosa, e o público aguarda ansiosamente para ver o que esta nova fase de “Peaky Blinders” trará.

Hedy Lamarr: A Estrela de Hollywood que Revolucionou a Tecnologia

Hedy Lamarr, nascida Hedwig Eva Maria Kiesler em 1914, em Viena, Áustria, é muitas vezes lembrada como uma das mais belas e talentosas atrizes de Hollywood durante a era de ouro do cinema. No entanto, a sua história vai muito além das câmaras e dos holofotes. Lamarr não só encantou o público com as suas atuações, mas também deixou uma marca indelével no mundo da tecnologia, sendo co-inventora de um sistema de comunicação que se tornou a base para a tecnologia moderna de Wi-Fi, GPS e Bluetooth.

A Ascensão em Hollywood

Hedy Lamarr começou a sua carreira cinematográfica na Europa, onde causou sensação com o filme “Êxtase” (1933), que chocou audiências pela sua ousadia. No entanto, foi em Hollywood que Lamarr realmente encontrou fama. Em 1938, assinou um contrato com a MGM e rapidamente se tornou uma das estrelas mais procuradas da época. Filmes como “Algiers” (1938), “Boom Town” (1940) e “Samson and Delilah” (1949) cimentaram a sua reputação como uma das grandes estrelas do ecrã.

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Com o seu talento natural e uma beleza estonteante, Lamarr conquistou o público e os críticos. Era frequentemente referida como a mulher mais bela do mundo, uma imagem que, embora lhe tenha trazido grande sucesso, também a confinou a papéis estereotipados que pouco refletiam o seu verdadeiro intelecto e capacidade.

O Lado Oculto de Hedy: A Inventora

Por trás da imagem glamorosa de estrela de cinema, Lamarr era uma mulher de notável inteligência e curiosidade. Apaixonada por ciência e tecnologia desde jovem, dedicava muitas horas fora dos estúdios a estudar e a trabalhar em invenções. Durante a Segunda Guerra Mundial, motivada pelo seu desejo de ajudar os Aliados, Lamarr usou o seu talento de forma inesperada.

Em parceria com o compositor George Antheil, Lamarr co-inventou um sistema de comunicação por salto de frequência destinado a guiar torpedos de forma mais precisa e impedir que fossem detetados ou bloqueados pelo inimigo. Esta tecnologia, patenteada em 1942, era revolucionária. Embora não tenha sido imediatamente utilizada durante a guerra, décadas depois, a invenção de Lamarr e Antheil seria reconhecida como precursora das tecnologias sem fio que hoje são fundamentais na nossa vida quotidiana.

Reconhecimento Tardio

Apesar do seu contributo significativo para a ciência e tecnologia, Lamarr não recebeu o devido reconhecimento durante a sua vida. A sua patente expirou antes que a tecnologia fosse amplamente adotada, e foi apenas nas últimas décadas do século XX que a sua contribuição começou a ser devidamente reconhecida. Em 1997, Lamarr e Antheil foram honrados com o Pioneer Award pela Electronic Frontier Foundation, e Hedy foi finalmente reconhecida como uma das grandes mentes inovadoras do século XX.

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Legado Duradouro

Hedy Lamarr faleceu em 2000, mas o seu legado perdura tanto no cinema como na tecnologia. A sua história é um testemunho do poder de uma mente curiosa e determinada, que não se deixou limitar pelas expectativas da sociedade. Lamarr não só quebrou barreiras na indústria cinematográfica, como também deixou um impacto duradouro na ciência e tecnologia, áreas em que as contribuições de mulheres eram (e muitas vezes ainda são) subestimadas.

Para além da sua influência tecnológica, Lamarr continua a ser uma inspiração para mulheres em todo o mundo, mostrando que a inteligência e a beleza não são mutuamente exclusivas. O seu contributo para a tecnologia moderna é um lembrete poderoso de que as inovações mais significativas podem vir de onde menos se espera.