“Sombras”: O Novo Terror Português Que Promete Deixar o Público em Suspenso 🌒🎬

O filme de Jorge Cramez, protagonizado por Vitória Guerra e Pedro Lacerda, chega agora aos cinemas depois de causar sensação no Motelx

Depois de uma estreia arrepiantemente bem recebida no Motelx – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, o novo filme de Jorge Cramez, intitulado Sombras, chega finalmente às salas de cinema em todo o país. O realizador, conhecido por obras de registo intimista, mergulha agora no território do terror psicológico, com uma história que mistura o drama emocional com o sobrenatural.

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Um casal, uma casa isolada e o peso do desconhecido

Em SombrasVitória Guerra e Pedro Lacerda dão vida a um casal que decide abandonar a vida urbana e mudar-se para o campo, em busca de tranquilidade. Mas, como em tantas histórias do género, a paz depressa se transforma em inquietação. No isolamento rural, começam a surgir presenças inexplicáveis, memórias distorcidas e silêncios que se tornam ameaçadores.

O filme não aposta no susto fácil: prefere a tensão lenta, o desconforto crescente e a dúvida constante sobre o que é real e o que nasce da mente das personagens.

Jorge Cramez entre o drama e o fantástico

Conhecido por obras como O Capacete Dourado e Amor Amor, Cramez sempre demonstrou interesse pelas zonas cinzentas da emoção humana. Em Sombras, leva essa sensibilidade para um terreno mais sombrio, onde o terror serve de espelho à fragilidade psicológica das personagens.

A atmosfera densa, os enquadramentos meticulosos e a fotografia que oscila entre a luz natural e o negrume da noite rural reforçam a sensação de que algo se esconde fora de campo — ou talvez dentro de nós.

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O terror português em expansão

Com a estreia de Sombras, o cinema português continua a explorar o género do terror psicológico, uma vertente que tem vindo a ganhar força nos últimos anos. Depois de títulos como Mutant Blast e O Pior Homem de Londres, Jorge Cramez traz uma abordagem mais introspectiva e emocional — uma que aposta na sugestão em vez do choque.

Se gosta de terror com alma e significado, Sombras promete ser uma experiência inquietante e, talvez, profundamente humana.

Sérgio Godinho no Apocalipse? Curta Portuguesa Brilha nos EUA com Distopia Premiada 🎬

“Era Uma Vez no Apocalipse” conquista o prémio de Melhor Curta-Metragem no Gen Con Film Festival e reforça a afirmação do cinema português lá fora

Pode um país devastado pela III Guerra Mundial dar origem a uma das curtas-metragens mais aclamadas do circuito indie internacional? A resposta, claramente, é sim. E tem sotaque português.

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A curta Era Uma Vez no Apocalipse, de Tiago Pimentel, protagonizada pelo incontornável Sérgio Godinho — sim, o músico e poeta — ao lado de Paulo Calatré e Mariana Pacheco, acaba de conquistar o prémio de Melhor Curta-Metragem no prestigiado Gen Con Film Festival, nos Estados Unidos. A cerimónia decorreu entre 31 de julho e 3 de agosto em Indianapolis, num evento que junta o melhor do cinema e do universo gaming, numa celebração da cultura pop com milhares de participantes.

Do MotelX à América: um percurso fulgurante

Este novo reconhecimento surge cerca de um ano depois da participação do filme na emblemática Comic Con de San Diego, onde integrou a competição do Comic Con Independent Film Festival na categoria de Terror / Suspense. Desde então, a produção portuguesa tem vindo a acumular distinções e selecções em vários festivais, incluindo o MOTELX (fora de competição), o Fantasporto, o Shortcutz Lisboa — onde foi eleita a melhor curta do mês de fevereiro — e o Avanca Film Fest, onde arrecadou três prémios: Melhor Ator, Competição Avanca e Cineastas com menos de 30 anos.

A tudo isto somam-se os cinco galardões conquistados na última edição dos Prémios Curtas, consolidando a curta como um dos projectos nacionais mais relevantes do momento.

Um Portugal distópico, um jogo mortal

Descrita como uma “fábula negra”, Era Uma Vez no Apocalipse transporta-nos para um Portugal distorcido pelo horror da III Guerra Mundial e mergulhado num cruel inverno nuclear. A sinopse não poupa nos pesadelos: uma ditadura militar implacável governa o que resta do país e um pai idoso e a sua filha são confrontados com a visita de um oficial do regime, iniciando-se um inquietante jogo de manipulação, tensão e violência — com final anunciado: tragédia.

A atmosfera opressiva é realçada pela fotografia de Tomás Brice e pela banda sonora composta por José Tornada, enquanto o argumento é assinado pelo próprio Tiago Pimentel e António Miguel Pereira, dupla criativa que já havia colaborado na série de ficção científica Projeto Delta (2023) e na curta Cá Dentro | Inside (2019), ambas com carreira internacional.

Uma estreia nacional com pedigree internacional

Entre os trunfos desta produção, destaca-se a colaboração inédita com Luís Sequeira, figurinista luso-canadiano nomeado para os Óscares pelos seus trabalhos em A Forma da Água (2017) e Nightmare Alley – Beco das Almas Perdidas (2021), ambos de Guillermo del Toro. É a primeira vez que Sequeira colabora numa produção portuguesa — e isso nota-se, reforçando a estética cuidada e visualmente marcante da obra.

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Com mais este prémio internacional no bolso, Era Uma Vez no Apocalipse confirma que há vida — e muito talento — no cinema de género português. E se ainda havia dúvidas sobre a versatilidade de Sérgio Godinho, este filme trata de dissipá-las numa nuvem radioactiva de qualidade cinematográfica. 🎥🇵🇹

Dois Filmes de Terror Lideram Nomeações dos Prémios Curtas 2024

Os filmes de terror “Umbral” e “Era uma vez no Apocalipse” são os mais nomeados para os Prémios Curtas 2024, que celebram a curta-metragem e que, nesta terceira edição, prestam homenagem ao ator e encenador Luís Miguel Cintra.

Reconhecimento ao Cinema de Curta-Metragem 🎬🏆

Criados em 2023, os Prémios Curtas destacam os profissionais do cinema em 18 categorias, incluindo realização, interpretação, direção de fotografia e guarda-roupa. A edição deste ano tem como líderes nas nomeações “Umbral”, de Miguel Andrade, com dez indicações, e “Era uma vez no Apocalipse”, de Tiago Pimentel, com nove nomeações.

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Umbral e Era uma vez no Apocalipse: Os Favoritos do Ano 👻🎭

“Umbral”, uma produção académica do Politécnico do Porto – Escola Superior de Media Artes e Design, venceu uma menção especial no MOTELX 2024 e está indicado para Melhor Curta de Ficção, Melhores Efeitos Especiais (Nuno Costa), Melhor Ator (Daniel Silva) e Melhor Atriz Secundária (Diana Sá), entre outras categorias.

“Era uma vez no Apocalipse”, protagonizado por Sérgio Godinho, Mariana Pacheco e Paulo Calatré, garantiu nomeações para todos os seus atores. O guarda-roupa ficou a cargo do designer luso-canadiano Luís Sequeira, nomeado aos Óscares pelo seu trabalho com Guillermo del Toro. O filme já foi premiado no festival de Avanca e no Shortcutz Lisboa.

Nomeados para Melhor Realização 🎥✨

A categoria de Melhor Realização inclui:

  • Cláudia Varejão (Kora)
  • Daniel Soares (Bad for a Moment)
  • Inês Lima (O Jardim em Movimento)
  • Isadora Neves Marques (As Minhas Sensações São Tudo o que Tenho para Oferecer)
  • Mário Veloso (Chuvas de Verão)

Homenagem a Luís Miguel Cintra 🎭🌟

A partir desta edição, os Prémios Curtas passam a atribuir um prémio honorário pelo conjunto da carreira, com Luís Miguel Cintra a ser o primeiro homenageado, em reconhecimento pelo seu contributo no teatro e cinema, bem como pelo apoio a novos realizadores.

Júri e Data da Cerimónia 📅🏛️

O júri desta edição é composto por Frederico Corado, Marina Leonardo, Hugo Gomes, Inês Moreira Santos, Rafael Félix, Carolina Serranito, Francisco Rocha, Jasmim Bettencourt, Filipa Amaro, André Pereira, Bernardo Freire e Bruno Gascon.

A cerimónia de entrega dos prémios está marcada para 5 de abril no Fórum Lisboa.

Monstrare 2024: Mostra de Cinema Social em Loulé Destaca o Momento de Transição Mundial

11.ª edição da Mostra Internacional de Cinema Social (Monstrare) decorre entre 18 e 25 de janeiro em Loulé, no Algarve, prometendo uma programação diversificada de filmes e eventos que refletem sobre o momento de transição que o mundo atualmente vive. Com entrada gratuita, o evento integra novamente a Algarve Film Week, apresentando uma seleção de documentários, curtas e longas-metragens, bem como oficinas, conversas e sessões dirigidas à indústria cinematográfica.

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Destaques da Programação

A sessão de abertura decorre no Auditório Solar da Música Nova, no dia 18 de janeiro, com a apresentação do Programa de Apoio Audiovisual, seguido da performance ”{EYE} Cult”. Já no dia 19, arranca a programação de cinema com a exibição, no Pavilhão Multiúsos 25 de Abril, em Almancil, do filme “Robot Dreams – Amigos Improváveis”, do realizador Pablo Berger. Esta animação conta a história de uma amizade improvável entre um cão e um robot na Nova Iorque dos anos 1980.

A Participação do MOTELx e a Secção de Terror

O festival lisboeta MOTELx, dedicado ao cinema de terror, programará dois dias da mostra:

20 de janeiro – Exibição da animação “Flow”, de Gints Zilbalodis, vencedora de prémios no Festival de Annecy e dos Globos de Ouro na categoria de Melhor Filme de Animação. Segue-se “Oddity”, um thriller paranormal do irlandês Damian McCarthy, que teve estreia no MOTELx.

21 de janeiro – Apresentação da melhor curta portuguesa do MOTELx, seguida do filme “Humanist Vampire Seeking Consenting Suicidal Person”, de Ariane Louis-Seize, premiado no Festival de Veneza 2023.

Filmes Portugueses e Antestreias Nacionais

produção nacional também está bem representada na Monstrare 2024, com várias exibições de realizadores portugueses:

22 de janeiro – Estreia de “A Rapariga Que Caminhava Sobre a Neve”, curta-metragem de animação de Bruno Carnide, na Escola Básica 2/3 D. Dinis, em Quarteira.

Noites Claras (22h00, Cineteatro Louletano) – O novo filme de Paulo Filipe Monteiro, que teve estreia no Festival del Cinema Europeo, em Itália.

“Energia Nuclear Já!” (23 de janeiro, Cineteatro Louletano) – Documentário de Oliver Stone que aborda o medo da radiação e o debate sobre energia nuclear.

“L’Empire” (24 de janeiro, Cineteatro Louletano) – O mais recente filme de Bruno Dumont, premiado com o Prémio do Júri na Berlinale 2024.

“Lindo” (25 de janeiro, 14h30) – Documentário ficcional de Margarida Gramaxo sobre um caçador de tartarugas na Ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe.

Encerramento com os Prémios Cinetendinha

No último dia da mostra, 25 de janeiro, realiza-se a 5.ª edição dos Prémios Cinetendinha, no Cineteatro Louletano, um evento promovido pelo crítico de cinema Rui Pedro Tendinha. Esta cerimónia celebra o melhor do cinema independente e de autor, dando destaque a produções que marcaram o último ano.

Monstrare 2024 promete ser um espaço privilegiado para reflexão e debate sobre os desafios sociais e culturais do nosso tempo, trazendo ao Algarve um panorama cinematográfico diversificado e de elevada qualidade.

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