Ben Stiller Critica o “Clima Difícil” Para a Comédia Durante a Era Trump 2.0 🎭🇺🇸

O actor e realizador defende que os humoristas devem continuar a “falar verdade ao poder”, apesar do medo e da censura

Ben Stiller, conhecido tanto pelas suas comédias icónicas como por trabalhos mais sérios, lamentou o que considera ser um período de grande hostilidade à liberdade de expressão humorística durante o segundo mandato de Donald Trump.

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Em entrevista à revista Radio Times, o actor de Zoolander e realizador da série Severance descreveu o momento atual como “um tempo desafiante para a comédia”.

“Vivemos num mundo em que arriscar na comédia é cada vez mais difícil. E vemos isso claramente no nosso país”, afirmou.

“Mas acredito que é fundamental que os comediantes continuem a fazer o que fazem — a falar verdade ao poder e a dizer o que querem. Isso é o mais importante.”

Da polémica com Jimmy Kimmel ao caso “Zoolander”

Os comentários de Stiller surgem pouco depois da suspensão temporária de Jimmy Kimmel pela ABC, na sequência de piadas sobre a morte do ativista conservador Charlie Kirk. A decisão da Disney provocou um intenso debate sobre liberdade de expressão e censura política, com várias figuras de Hollywood — incluindo Stiller — a criticarem a medida.

O actor publicou na rede X/Twitter:

“Isto não está certo.”

Stiller recordou ainda que também já foi alvo de pressões políticas e culturais para “apagar” o passado. Em Zoolander(2001), o então magnata Donald Trump surge brevemente num cameo, dizendo:

“Sem Derek Zoolander, a moda masculina não seria o que é hoje.”

Desde então, várias pessoas pediram que Stiller retirasse o cameo de Trump em reedições do filme, mas o actor recusou:

“Já me pediram para editar o Donald Trump fora de Zoolander, mas no fim do dia, aquilo foi um momento que existiu e aconteceu. Não vou reescrever a história.”

Entre o legado familiar e a liberdade artística

Stiller deu a entrevista enquanto promovia o documentário da Apple TV, Stiller & Meara: Nothing Is Lost, um retrato íntimo dos seus pais, os comediantes Jerry Stiller e Anne Meara. O projecto, profundamente pessoal, é também um tributo à tradição da comédia como forma de resistência e reflexão social.

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O actor sublinha que, mesmo em tempos de polarização, a comédia continua a ser uma arma poderosa para expor verdades desconfortáveis — e que abdicar desse papel seria um erro histórico:

“A comédia sempre existiu para provocar, questionar e fazer pensar. Se deixarmos de o fazer por medo, deixamos de ser livres.”

Dave Chappelle provoca polémica em Riade: “É mais fácil falar aqui do que na América” 🎤🌍

Um festival rodeado de controvérsia

O comediante Dave Chappelle voltou a estar no centro da polémica após a sua atuação no Riyadh Comedy Festival, na Arábia Saudita. Durante o espetáculo, Chappelle comparou a liberdade de expressão no Médio Oriente e nos Estados Unidos, afirmando que era “mais fácil falar ali do que na América”.

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“Neste momento, na América, dizem que se falares sobre o Charlie Kirk, és cancelado. Não sei se é verdade, mas vou descobrir”, atirou o humorista.

“É mais fácil falar aqui do que na América.”

A declaração arrancou gargalhadas do público presente, mas gerou fortes críticas no regresso ao Ocidente.

“Vão fazer algo para me calar”

Ainda durante o espetáculo, Chappelle confessou algum receio sobre o regresso aos Estados Unidos:

“Quando voltar, eles vão fazer algo para que eu não possa dizer o que quero dizer.”

A reação da comunidade de comediantes

O festival de Riade reuniu nomes como Bill Burr e Louis C.K., mas foi alvo de duras críticas de vários artistas norte-americanos. O comediante David Cross não poupou palavras, acusando os colegas de legitimarem um “feudo totalitário”:

“Como é que algum de nós pode levar-vos a sério outra vez? Todo o vosso choradinho sobre ‘cancel culture’ e ‘liberdade de expressão’? Acabou. Nunca mais podem falar disso.”

Cross acrescentou ainda que todos já tinham visto os contratos assinados para atuar no festival, insinuando limitações impostas aos humoristas.

Perspetiva diferente de Bill Burr

Se Chappelle gerou polémica, Bill Burr mostrou-se entusiasmado com a experiência. No seu Monday Morning Podcast, de 29 de setembro, o comediante descreveu o festival como uma das três melhores experiências da sua carreira:

“Foi incrível estar naquela parte do mundo e participar no primeiro festival de comédia na Arábia Saudita. Os reais adoraram o espetáculo, todos ficaram felizes. Foi uma experiência incrível.”

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Entre o riso e a política

Riyadh Comedy Festival está a tornar-se num dos eventos mais falados do ano — não apenas pelas atuações, mas sobretudo pelo debate em torno de liberdade de expressão, política e ética artística. Chappelle voltou a ser a figura central da controvérsia, reforçando a sua reputação de comediante capaz de fazer rir… e de incendiar discussões globais.

Bill Burr defende atuação no polémico Festival de Comédia de Riade 🎤🇸🇦

“Uma das três melhores experiências da minha vida”

O comediante norte-americano Bill Burr partilhou no seu podcast detalhes da sua participação no Riyadh Comedy Festival, na Arábia Saudita, evento que foi promovido como o maior festival de comédia do mundo. Burr, que dividiu palco com nomes como Dave Chappelle, Louis C.K. e Kevin Hart, descreveu a experiência como “inesquecível”, afirmando que o público local “queria comédia verdadeira” e que o ambiente foi surpreendentemente acolhedor.

“Definitivamente, está no top 3 das melhores experiências que já tive. Acho que vai trazer coisas muito positivas”, disse Burr.

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Do nervosismo à descoberta

Antes de subir ao palco em Riade, Burr testou o material com uma atuação em Bahrain, país vizinho mais liberal, onde confessou ter chegado ansioso. A experiência, contudo, foi tranquila, e o humorista notou que as pessoas “são como nós: querem rir, querem divertir-se”.

Ao chegar à Arábia Saudita, admitiu ter carregado estereótipos sobre a região, mas acabou surpreendido pela forte presença de marcas ocidentais e pelo entusiasmo do público. Durante a atuação, foi avançando no seu repertório habitual, incluindo piadas arriscadas, e percebeu que o público estava recetivo.

Regras suavizadas para os artistas

Segundo Burr, as restrições iniciais sobre o que os comediantes poderiam dizer foram renegociadas antes do festival. No fim, apenas dois temas ficaram proibidos: não fazer piadas sobre a família real nem sobre religião.

“O público sabia da reputação que têm e por isso foram ainda mais calorosos. Senti uma troca de energia incrível”, contou Burr.

Críticas e acusações de “comedy-washing”

Apesar do entusiasmo de Burr, a presença de comediantes no festival não passou despercebida às críticas. O humorista David Cross foi particularmente duro, acusando colegas como Burr de legitimar um “feudo totalitário” em troca de dinheiro:

“Estou profundamente desiludido. Pessoas talentosas que admiro cederam por um barco, por mais ténis? É nojento.”

Na mesma linha, um artigo de opinião da MSNBC classificou o evento como “comedy-washing”, defendendo que serviu para projetar uma falsa imagem de abertura cultural num país onde continuam a existir fortes restrições às liberdades civis.

O eterno debate cultural

A discussão insere-se num debate antigo: boicotar regimes autoritários ou usar a cultura como ferramenta de abertura?. O conceito de soft power, popularizado pelo cientista político Joseph Nye, defende que a arte e a cultura podem influenciar positivamente sociedades fechadas.

O músico Sting, por exemplo, já se posicionou neste sentido quando atuou no Uzbequistão em 2009:

“Acredito que boicotes culturais são contraproducentes. Ao isolar, só se torna uma sociedade ainda mais fechada e paranoica.”

Entre política e gargalhadas

No caso de Burr, a escolha está feita: o comediante defende que a experiência foi não só memorável como também uma oportunidade de mostrar o valor da stand-up comedy num país onde, até há pouco tempo, isso seria impensável.

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Jimmy Kimmel Regressa ao Ar Entre Lágrimas e Polémica: “Nunca Foi Minha Intenção Fazer Piada com a Morte de Charlie Kirk” 🎤📺

Um regresso emotivo

Jimmy Kimmel voltou finalmente ao seu programa, Jimmy Kimmel Live!, depois de uma semana afastado na sequência das polémicas declarações sobre o assassinato do influenciador conservador Charlie Kirk.

Visivelmente emocionado, Kimmel abriu a emissão quase em lágrimas, sublinhando:

“Não acho que haja nada de engraçado nisto. Nunca foi minha intenção fazer piada com a morte de Charlie Kirk, nem culpar um grupo específico pelo que foi claramente a ação de um indivíduo perturbado.”

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O apresentador admitiu ainda que os seus comentários anteriores puderam soar “mal cronometrados ou pouco claros, ou talvez ambos”.

Perdão e contraste político

Kimmel aproveitou o momento para elogiar Erika Kirk, viúva do influenciador, que no memorial público perdoou o assassino do marido. O gesto, descreveu o humorista, foi “um ato de graça desinteressado que me tocou profundamente”.

O contraste foi evidente em relação ao Presidente Donald Trump, que no mesmo serviço fúnebre declarou: “Eu odeio o meu adversário e não lhe desejo o melhor.”

Guerra aberta com as estações e com Trump

No regresso, Kimmel também criticou as afiliadas da ABC que se recusaram a transmitir o programa durante a sua suspensão:

“Isso não é legal. Isso não é americano. É antiamericano.”

Recorde-se que apesar de a Disney, dona da ABC, ter anunciado o regresso do talk-show após a onda de protestos vindos de Hollywood e de políticos democratas, grupos de comunicação como a Sinclair Broadcast Group e a Nexstaranunciaram que não exibiriam o programa.

Do lado político, Trump voltou ao ataque na sua rede Truth Social, escrevendo:

“Não consigo acreditar que a ABC lhe devolveu o programa. Ele não é engraçado, tem más audiências e passa lixo democrata positivo em 99% do tempo. Vamos testar a ABC nisto.”

Kimmel não deixou passar em claro: “Ele tentou cancelar-me e, em vez disso, obrigou milhões a ver o programa”, ironizou no monólogo.

O que desencadeou a suspensão

A polémica começou a 15 de setembro, quando Kimmel comentou no programa a exploração política da morte de Kirk:

“Chegámos a novos patamares vergonhosos com a turma MAGA a tentar desesperadamente caracterizar o jovem que assassinou Charlie Kirk como algo diferente de um deles e a fazer de tudo para ganhar pontos políticos com isso.”

Nessa mesma noite, acrescentou ainda que a forma como Trump reagiu à morte de Kirk se parecia mais “com a de uma criança de quatro anos a chorar pela morte de um peixinho dourado”.

Entre liberdade de expressão e pressão política

A suspensão de Kimmel abriu um debate aceso sobre liberdade de expressão e influência política nos media norte-americanos. Para uns, o apresentador foi vítima de censura; para outros, ultrapassou os limites do respeito em circunstâncias trágicas.

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O certo é que o regresso de Jimmy Kimmel aconteceu sob forte escrutínio, mas também com o apoio público de centenas de celebridades e figuras políticas — entre elas Barack Obama —, que consideraram a suspensão um “momento sombrio para a liberdade de expressão na América”.

A Volta de Jimmy Kimmel: Entre a Liberdade de Expressão e o Boicote de Afiliadas

O comentário que incendiou Hollywood e Washington

Jimmy Kimmel, um dos rostos mais reconhecíveis da televisão norte-americana desde 2003, viu o seu late-night showsuspenso depois de um monólogo polémico. No programa emitido a 15 de setembro, o apresentador ironizou a forma como apoiantes do movimento Maga exploraram politicamente o assassinato de Charlie Kirk, fundador da organização de direita Turning Point.

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As palavras de Kimmel provocaram uma tempestade. Do lado conservador, o Presidente Donald Trump aplaudiu a suspensão, classificando-a como uma “vitória para a decência”. Do outro, Hollywood reagiu em peso: nomes como Jennifer Aniston, Meryl Streep e Robert De Niro assinaram uma carta aberta a defender o apresentador, considerando a decisão “um momento sombrio para a liberdade de expressão em nossa nação”.

Disney recua e traz Kimmel de volta

Perante a pressão crescente, a Disney — dona da ABC — anunciou que Jimmy Kimmel Live! regressaria já esta terça-feira, 23 de setembro.

“Sentimos que alguns dos comentários foram inoportunos e insensíveis”, reconheceu a empresa em comunicado, explicando que a suspensão visava evitar inflamar ainda mais um momento delicado para o país. Após dias de conversas com Kimmel, o canal decidiu devolver-lhe o palco.

Mas nem todos vão ver o regresso

Se para os fãs parecia que o caso estava resolvido, a Sinclair Broadcast Group veio deitar mais lenha para a fogueira. A gigante mediática, que controla 39 afiliadas da ABC em todo o país — incluindo a importante WJLA-TV de Washington, D.C. —, anunciou que não transmitirá o programa.

Segundo a empresa, Jimmy Kimmel Live! será substituído por programação jornalística até que as negociações com a ABC cheguem a uma conclusão. Na prática, isto significa que uma fatia significativa dos lares norte-americanos poderá não ter acesso ao regresso de Kimmel.

E não é só a Sinclair que está na equação. A Nexstar, dona de 32 afiliadas da ABC, afirmou estar a “monitorizar a situação” sem confirmar se manterá o programa no ar. Juntas, Sinclair e Nexstar representam cerca de um quarto da distribuição nacional da ABC.

Um equilíbrio delicado

Entre a pressão conservadora, a defesa apaixonada de artistas e a necessidade de não perder mercado, a Disney enfrenta um verdadeiro número de circo em cima da corda bamba. O caso Kimmel tornou-se mais do que uma polémica televisiva: é hoje um campo de batalha sobre liberdade de expressão, influência política e a forma como os media navegam num país cada vez mais polarizado.

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Seja visto como provocador ou como defensor da sátira política, Jimmy Kimmel volta ao ecrã com o peso de saber que cada piada pode ter consequências muito para lá da televisão.

Caso Jimmy Kimmel Ameaça Evento de Willow Bay, Mulher de Bob Iger 🎤🏠

A decisão da Disney de suspender Jimmy Kimmel Live! depois de comentários do apresentador sobre Donald Trump e o comentador de direita Charlie Kirk continua a gerar ondas de choque em Hollywood. Agora, o impacto chega à vida privada de Bob Iger, CEO da Disney, e da sua mulher, Willow Bay.

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Bay, jornalista e atual reitora da USC Annenberg School for Communication and Journalism, tinha planeado receber no próximo mês, na sua casa em Brentwood, uma gala de angariação de fundos para a International Women’s Media Foundation (IWMF), organização que apoia mulheres e pessoas não-binárias no jornalismo. O evento, contudo, poderá ter de mudar de local por causa da polémica.

Segundo fontes próximas da fundação, vários membros da direção expressaram preocupação com a “contradição” de realizar um evento dedicado à liberdade de expressão justamente na casa do homem acusado de ceder a pressões políticas para silenciar um apresentador de televisão. “Não podemos fazer este evento agora”, terá dito um dos elementos.

Um porta-voz da IWMF desmentiu, no entanto, que essa discussão esteja a decorrer oficialmente, garantindo que “nem a direção nem a liderança da organização estão a equacionar alterar o evento com Willow Bay”.

A situação coloca Bay numa posição delicada. Embora não tenha tido qualquer envolvimento na decisão de Iger, a sua função académica e o seu histórico como jornalista — foi repórter da NBC e da ABC, e tornou-se em 2017 a primeira mulher a liderar a Annenberg School — tornam inevitável a associação.

Com laços de quase duas décadas à IWMF, Bay preside ao comité consultivo de Los Angeles da fundação e, juntamente com Iger, tem sido uma das principais apoiantes, tendo doado 50 mil dólares no ano passado através da Iger Bay Foundation.

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Resta saber se a polémica em torno de Jimmy Kimmel vai mesmo obrigar a organização a procurar novo palco para a sua gala anual. Por agora, o episódio é mais um reflexo da tensão crescente entre Hollywood, política e liberdade de expressão, com o casal Iger-Bay inesperadamente no centro da tempestade.

🤐 Ruído: Bruno Nogueira Apresenta Série Distópica Onde o Humor É Crime — Mas a Resistência Está de Volta

A comédia nacional prepara-se para dar um salto ousado — e talvez até subversivo. Bruno Nogueira acaba de divulgar nas redes sociais o trailer da sua nova série, Ruído, e a premissa é tão surpreendente quanto pertinente: num futuro próximo, rir é ilegal. Mas há quem não esteja disposto a aceitar isso em silêncio.

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Produzida pela RTP1, Ruído marca o regresso de Nogueira à ficção televisiva com um conceito distópico e provocador. A série, que conta com a colaboração de Carlos Coutinho Vilhena e Frederico Pombares no argumento, parece apostar numa mistura entre crítica social, absurdo e melancolia — como já se tornou hábito no universo criativo do humorista.


😂 Quando o humor se torna resistência

O trailer, partilhado no perfil do projecto “Corpo de Dormente” no X (antigo Twitter), revela um mundo em que os cidadãos vivem sob vigilância constante e qualquer manifestação de humor é reprimida. Mas há um grupo clandestino que se recusa a abdicar do riso — e é aí que começa a verdadeira história.

Bruno Nogueira interpreta um dos elementos centrais dessa resistência silenciosa e cómica. No elenco estão também Gabriela Barros, Rita Cabaço, Albano Jerónimo e um leque de actores bem conhecidos do público português, todos aparentemente apostados em levar esta farsa séria até às últimas consequências.

A estética do trailer faz lembrar o universo de Brazil, de Terry Gilliam, ou mesmo o tom resignado e surreal de séries como Black Mirror ou The Lobster, mas com uma assinatura muito própria — onde o humor serve tanto como crítica como escapatória.


Uma série sobre o silêncio… e o barulho certo

O título Ruído não é acidental. Num país onde o debate sobre liberdade de expressão e os limites do humor tem sido cada vez mais presente, Bruno Nogueira parece querer levantar questões relevantes sem recorrer ao didatismo. E fá-lo com o seu estilo habitual: desconstruindo a realidade através da sátira e da poesia do absurdo.

Ainda sem data de estreia confirmada, Ruído deverá chegar à RTP1 nas próximas semanas. Mas o trailer já gerou entusiasmo, com centenas de partilhas nas redes sociais e uma reacção claramente positiva por parte dos fãs de Bruno Nogueira e do público que procura algo mais desafiante na televisão nacional.


Expectativas altas para uma televisão com mais personalidade

Depois de projectos como Principiantes de VooSara ou Como é Que o Bicho Mexe, Bruno Nogueira volta a mostrar que não tem medo de reinventar formatos e desafiar convenções. Ruído poderá ser uma das grandes apostas da RTP para 2025 — e, quem sabe, uma nova referência no panorama da ficção televisiva portuguesa.

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Julianne Moore Chocada com a Proibição do Seu Livro Infantil 📚🚫

Julianne Moore, aclamada atriz e vencedora do Óscar, revelou estar “profundamente chocada” ao descobrir que o seu livro infantil Freckleface Strawberry foi banido pelo governo dos EUA. A decisão foi tomada pelo Departamento de Defesa norte-americano, que removeu diversas obras relacionadas com temas de raça, género e sexualidade das escolas militares, seguindo uma ordem executiva do ex-presidente Donald Trump. 😱

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O Que Tem Este Livro de Controverso? 🤔

Publicado em 2007, Freckleface Strawberry conta a história de uma menina de sete anos que luta para aceitar as suas sardas, até perceber que ser diferente é normal. O livro é semi-autobiográfico, inspirado na infância da própria Moore, e tem sido amplamente utilizado para ensinar crianças sobre autoaceitação e inclusão.

🗣️ “Escrevi este livro para os meus filhos e para todas as crianças, para lembrar que todos temos desafios, mas somos unidos pela nossa humanidade e comunidade”, partilhou Moore nas redes sociais.

No entanto, o Departamento de Defesa incluiu Freckleface Strawberry numa purga de títulos considerados como “doutrinação radical”, levando à sua remoção das escolas geridas pela entidade. O impacto desta medida é especialmente significativo, dado que Moore frequentou uma dessas escolas durante a sua infância, sendo filha de um veterano do Exército dos EUA. 🇺🇸

Censura e o Impacto na Liberdade de Expressão 📖⚖️

Moore expressou a sua indignação e tristeza com a situação, afirmando:

🗣️ “Nunca pensei ver algo assim num país onde a liberdade de expressão e de pensamento são direitos constitucionais”.

A decisão do governo faz parte de uma onda maior de censura a livros nos EUA, particularmente aqueles que abordam temas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Segundo The Guardian, um memorando do Departamento de Defesa informou os pais que o acesso às bibliotecas escolares seria suspenso durante uma semana para uma “revisão de conformidade” dos títulos disponíveis.

O caso de Freckleface Strawberry levanta questões sobre os limites da censura na educação e o impacto que essas decisões podem ter sobre crianças que, como a protagonista do livro, procuram encontrar o seu lugar no mundo. 🌍📚

O Que Vem a Seguir? 🤷‍♂️

A proibição do livro já está a gerar repercussões e organizações como a PEN America estão a monitorizar o caso. A luta pela liberdade literária continua, e Moore espera que a sua obra volte às mãos das crianças para as quais foi escrita. 📖✨

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O que achas desta decisão? Deveriam livros infantis ser alvo deste tipo de restrições? Deixa a tua opinião nos comentários! 👇

Luca Guadagnino Enfrenta Censura com “Queer” e Defende o Poder do Cinema

O realizador Luca Guadagnino falou abertamente sobre a censura enfrentada pelo seu mais recente filme, “Queer”, durante o Festival Internacional de Cinema de Marraquexe. A obra, baseada no romance de William S. Burroughs, foi banida em Istambul, Turquia, sob alegações de “conteúdo provocativo”.

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Uma visão controversa, mas necessária
“Queer” segue a história de Lee, interpretado por Daniel Craig, que se muda para a Cidade do México após um incidente em Nova Orleães, onde se apaixona por Allerton (Drew Starkey). Apesar da censura, Guadagnino reafirmou a sua crença no poder do cinema para desafiar normas sociais e provocar reflexão. “Se dizem que o meu filme pode causar colapso social, isso significa que o cinema ainda tem poder”, comentou o realizador.

A reação de Mubi e o impacto no festival
A plataforma de streaming Mubi, que organizava o Mubi Fest Istambul, decidiu cancelar todo o evento após a proibição do filme pela administração local. “Este tipo de censura é uma intervenção direta contra a arte e a liberdade de expressão”, afirmou a empresa em comunicado. O cancelamento gerou um debate global sobre os limites da censura e a importância de proteger a diversidade narrativa no cinema.

Uma mensagem de resistência
Guadagnino, que preside ao júri do festival de Marraquexe, prometeu continuar a lutar contra instituições que restringem a liberdade artística. “O cinema é uma ferramenta poderosa e nunca devemos deixar que seja silenciado”, disse.

“Queer” já se encontra disponível em territórios selecionados através da Mubi, permitindo que o público continue a explorar a visão provocadora de Guadagnino.

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