Glen Powell enfrenta o jogo mortal em The Running Man — e pediu a bênção de Stephen King antes de entrar na arena

O clássico distópico regressa ao grande ecrã com um novo elenco e um protagonista pronto para desafiar o sistema

Num futuro dominado por um regime totalitário, onde a televisão é a última válvula de escape para as massas, existe um programa que prende o mundo inteiro ao ecrã: The Running Man. A competição é simples e brutal — durante trinta dias, concorrentes desesperados são caçados por assassinos profissionais e até por cidadãos comuns. A recompensa? Uma fortuna. A probabilidade de sobreviver? Quase nula.

ver também : Saiba porque Taylor Sheridan Abandona a Paramount

Neste universo opressivo, Glen Powell assume o papel de Ben Richards, um operário que se inscreve no jogo para salvar a mulher e a filha. O que começa como um ato de desespero rapidamente se transforma num fenómeno global: Richards torna-se o símbolo da resistência, um herói relutante que desafia o próprio sistema com astúcia, força e coragem. Mas o preço da fama é alto — e entre os seus inimigos contam-se o manipulador produtor Dan Killian (interpretado por Josh Brolin) e o implacável chefe dos caçadores McCone (Lee Pace).

Um regresso com história — e com o aval do mestre

The Running Man é baseado no romance homónimo de Stephen King, publicado em 1982 sob o pseudónimo Richard Bachman. A história, cuja ação decorre ironicamente em 2025, antecipa com inquietante precisão a obsessão moderna pela violência mediática e pela fama instantânea.

Paramount Pictures’ “THE RUNNING MAN.”

Antes de aceitar o papel, Glen Powell fez questão de contactar Stephen King para pedir o seu consentimento pessoal. O ator revelou que o autor ficou entusiasmado com a nova abordagem, mais fiel ao espírito distópico do livro original — bem diferente da célebre adaptação de 1987, protagonizada por Arnold Schwarzenegger, que transformou a história num espetáculo de ação ao estilo eighties, mais musculado do que reflexivo.

“Queria ter a certeza de que o Sr. King sabia que íamos honrar a visão original do livro, e não apenas fazer uma versão moderna do filme do Schwarzenegger”, explicou Powell.

Um elenco de luxo e uma crítica feroz à sociedade do espetáculo

O novo The Running Man conta ainda com Colman DomingoKaty O’BrianEmilia Jones e Michael Cera, num elenco que promete equilibrar adrenalina e intensidade dramática. A realização — descrita como um cruzamento entre Black Mirror e The Hunger Games — aposta numa estética moderna, brutal e profundamente política, expondo o voyeurismo e o colapso moral de uma sociedade viciada em entretenimento.

A edição portuguesa do romance chega às livrarias a 6 de novembro, publicada pela Bertrand Editora, com uma capa inspirada no poster oficial do filme, fruto da parceria entre Paramount Pictures e NOS Audiovisuais. Já o filme estreia nas salas portuguesas a 13 de novembro, em todos os formatos premium — IMAX, 4DX, D-Box e ScreenX.

ver também : Jennifer Lawrence Confessa Que Era “Irritante” em Entrevistas Antigas e Entende Por Que o Público se Cansou Dela

Entre o legado de Stephen King e a sombra de Schwarzenegger, The Running Man promete devolver o pesadelo mediático ao seu verdadeiro propósito: fazer-nos correr — não pela glória, mas pela sobrevivência.

The Running Man: Glen Powell é Escolhido por Edgar Wright — com a “Bênção” (e o Suspense) de Stephen King 🏃‍♂️🔥

O realizador de Baby Drive e promete uma versão mais fiel ao livro e revela que King teve a palavra final na escolha do protagonista

Durante o painel da New York Comic Con, o realizador Edgar Wright surpreendeu os fãs ao revelar novos detalhes sobre The Running Man, a sua aguardada adaptação do clássico distópico de Stephen King — e uma das estreias mais esperadas de 2025. O cineasta britânico subiu ao palco ao lado de Glen Powell (Hit ManTop Gun: Maverick) e Lee Pace, revelando que o filme será “muito mais fiel ao livro” do que a versão de 1987 com Arnold Schwarzenegger.

ver também : O Melhor Filme de Sempre, Segundo Jim Carrey: “É Fenomenal” 🎬🔥

Mas antes de Powell garantir o papel principal de Ben Richards, o ator passou por uma prova de fogo — literalmente nas mãos do “Mestre do Terror”.

“Quando o Edgar me ofereceu o papel, eu aceitei logo. Ele disse: ‘És o meu Ben Richards.’ E eu fiquei: ‘Vamos a isso!’”, contou Powell. “Mas depois o Edgar acrescentou: ‘Ah, só falta uma coisa — o Stephen King tem de aprovar-te.’”

O autor decidiu ver o filme Hit Man nessa mesma noite.

“Passei a noite inteira à espera que ele visse o filme e rezar para ainda ter o papel na manhã seguinte”, brincou o ator.

Felizmente, King aprovou a escolha — e até enviou um e-mail elogioso, descrevendo o guião como “mais fiel ao livro, o suficiente para manter os fãs satisfeitos e eu próprio entusiasmado”.

Edgar Wright quer filmar o livro que The Running Man merecia

O realizador, conhecido pelo seu estilo energético e visualmente inventivo, confessou que leu The Running Man na adolescência e ficou desiludido quando viu a versão com Schwarzenegger:

“Li o livro antes de ver o filme de 1987 e senti logo que havia uma parte enorme da história que nunca tinha sido adaptada. O meu objetivo não é refazer esse filme, mas criar algo diferente — uma adaptação realmente fiel ao livro de King.”

O novo The Running Man estreia nos cinemas a 14 de novembro de 2025, pela Paramount Pictures, e será uma mistura entre ficção científica, ação e crítica social, como a obra original de King (publicada em 1982 sob o pseudónimo Richard Bachman).

Glen Powell: “Ben Richards é o último dos homens comuns”

Sobre o papel, Powell descreveu Richards como um homem empurrado aos limites:

“Ele é o último ‘underdog’. Um tipo normal que enfrenta o sistema mais poderoso e opressivo que existe. Está frustrado, zangado, e só quer proteger a família num mundo que o impede de o fazer.”

Edgar Wright revelou que pediu ao ator para explorar um lado mais sombrio:

“Disse-lhe: ‘Preciso do Glen em mau humor’. E ele deu tudo. Este filme exigiu uma energia bruta, física e emocional.”

Lee Pace, que interpreta o caçador Evan McCone, descreveu o seu personagem como “um fantasma televisivo”, uma mistura de showman e assassino de reality show, com um visual “extravagante e ameaçador”.

Um mundo entre UFC e American Idol

Edgar Wright explicou que a nova versão de The Running Man vai expandir o universo para além da arena fechada do filme original.

“Desta vez, o jogo acontece no mundo real. É uma espécie de ‘caça ao homem’ à escala global — um jogo mortal de esconde-esconde.”

Inspirado por décadas de reality shows, o realizador descreve a estética como “uma fusão entre UFC e American Idol”, com um toque distópico. Entre os detalhes mais curiosos, o filme inclui um refrigerante e um cereal inventados por King e até uma nota de 100 dólares com o rosto de Schwarzenegger — algo que o próprio ator aprovou com bom humor:

“Ligámo-nos a ele para pedir autorização. Disse-lhe: ‘Fizemos de ti a nota de 100’. E ele respondeu: ‘Fico muito feliz com isso.’”

Um desafio épico: 168 cenários e três países

A rodagem decorreu em BulgáriaEscócia e mais um país não revelado, com 168 cenários diferentes, segundo Wright:

“Foi o projeto mais ambicioso que alguma vez realizei. Às vezes parecia que nós próprios estávamos a competir dentro do jogo.”

Além de Powell e Pace, o elenco inclui Colman DomingoMichael CeraEmilia JonesDaniel EzraMartin HerlihyKatie O’Brien — uma combinação de talento jovem e veterano que promete dar nova vida ao universo distópico de King.

Um “amanhã diferente”, sem data no calendário

Apesar de o livro situar a história no ano 2025, Wright decidiu não indicar um ano no filme:

“Não queremos que o público se prenda a uma cronologia. Preferimos tratá-lo como um ‘amanhã diferente’ — algo próximo e assustadoramente possível.”

ver também : Steven Spielberg Surpreende na Estreia de Hamnet e Elogia Chloé Zhao: “Ela Está Ligada ao Batimento Sísmico da Terra”

Com a bênção de Stephen King, o talento feroz de Glen Powell e a visão estilística de Edgar Wright, The Running Manpromete ser muito mais do que uma nova versão — será a corrida mais perigosa (e atual) que o cinema já viu.