O Realizador de Nightmare on Elm Street 3 Quer Jim Carrey Como Freddy Krueger — e a Ideia é Mesmo Assustadora 😱

Chuck Russell, responsável por um dos filmes mais populares da saga, acredita que só um “novo rumo ousado” justificaria o regresso do assassino dos pesadelos — e que Jim Carrey poderia ser o homem certo para o papel.

Freddy Krueger pode estar prestes a trocar de rosto — e não, não é um pesadelo. Chuck Russell, realizador e coargumentista de A Nightmare on Elm Street 3: Dream Warriors (1987), acredita que Jim Carrey teria o que é preciso para dar nova vida ao icónico vilão criado por Wes Craven.

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Durante uma entrevista ao podcast Development Hell, do site Dread Central, Russell explicou que, embora Robert Englund continue a ser “o único Freddy” no seu coração, Carrey poderia surpreender o público se o projeto tomasse um rumo arrojado.

“O Jim, na minha opinião, pode fazer praticamente tudo se colocar o coração nisso”, disse o realizador. “Para ele aceitar, e para eu o dirigir, teríamos de fazer algo que representasse um novo salto para a saga — como o Wes fez com New Nightmare. Teria de ser uma direção realmente ousada.”

Um Freddy à altura de um novo pesadelo

Jim Carrey, recorde-se, trabalhou com Chuck Russell em The Mask (1994), um dos maiores sucessos da década de 90 — e também um exemplo perfeito de como o actor consegue equilibrar o humor e o terror visual com carisma e intensidade. A ideia de o ver como Freddy Krueger — o monstro dos sonhos armado com uma luva de lâminas — é, no mínimo, intrigante.

Ainda assim, Russell fez questão de sublinhar que, para tal acontecer, o projeto teria de contar com apoio total do estúdio e do elenco original. Aliás, Patricia Arquette, que interpretou Kristen Parker em Dream Warriors, já afirmou publicamente que gostaria de regressar à franquia.

O legado de Robert Englund

O eterno Freddy Krueger, Robert Englund, confessou em 2023 que se sente “demasiado velho e pesado” para voltar ao papel.

“Não consigo fazer cenas de luta durante mais do que uma tomada. Tenho problemas no pescoço, nas costas e artrite no pulso”, disse à Variety. “Mas adorava fazer uma participação especial.”

Englund chegou mesmo a sugerir outro nome para o papel: Kevin Bacon, elogiando a sua fisicalidade e o respeito que demonstra pelo género do terror.

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Desde a sua última aparição oficial como Freddy em Freddy vs. Jason (2003), apenas Jackie Earle Haley tentou vestir a pele queimada do assassino no remake de 2010 — com resultados mistos.

Um pesadelo à espera de renascer

Chuck Russell não esconde o desejo de voltar ao universo que o consagrou.

“Adorava fazer outro Elm Street, se toda a gente estivesse envolvida”, disse.

Com o público de terror a viver uma nova era de renascimentos — de Scream a Halloween —, talvez seja apenas uma questão de tempo até alguém se atrever a trazer Freddy de volta. E se for Jim Carrey a invadir os nossos sonhos… bem, nesse caso, o pesadelo pode ser ainda mais interessante.

“The Toxic Avenger”: O Herói Radioativo Que Não Sabíamos Precisar Chega aos Cinemas

Peter Dinklage lidera o regresso grotesco e satírico do clássico de culto dos anos 80

Preparem-se para litros de sangue verde, sátira ambiental e muito humor negro: The Toxic Avenger regressa reinventado para uma nova geração. O filme, realizado por Macon Blair e protagonizado por Peter Dinklage, estreia em Portugal a 25 de setembro, com distribuição da NOS Audiovisuais .

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Do empregado invisível ao justiceiro monstruoso

Na nova versão, Dinklage interpreta Winston Gooze, um funcionário de limpeza ignorado pela sociedade que, após um acidente químico, renasce como o improvável herói radioativo: o Toxic Avenger. Feio, mutante e grotesco, mas dotado de um estranho sentido de justiça, Toxie enfrenta magnatas corporativos e forças corruptas que ameaçam a sua comunidade — tudo com muito sarcasmo e litros de fluídos nada convencionais.

Elenco improvável e explosivo

Se a escolha de Dinklage já surpreende, o resto do elenco não fica atrás: Kevin Bacon assume o papel de vilão corporativo, Elijah Wood surge num registo perturbadoramente excêntrico, e juntam-se ainda Jacob Tremblay, Taylour Paige e Julia Davis. O resultado é uma combinação improvável que mistura sátira social, violência caricatural e homenagem aos filmes de culto dos anos 80.

Entre monstros e sátira

The Toxic Avenger recorre a efeitos práticos ao estilo clássico, com monstros mutantes e ação exagerada, mas tempera tudo com uma camada de crítica ao mundo moderno. Mais do que um simples remake, é uma reinterpretação anárquica, irreverente e até emotiva, que promete tanto gargalhadas como desconforto.

Sessões com sabor português

As sessões em Portugal terão um extra especial: a exibição da curta-metragem Borbulha, de Fernando Alle (Mutant BlastPapá Wrestling). A comédia de terror de quatro minutos começa com uma simples borbulha e termina em caos sangrento. Produzida por Alle e co-produzida por Bruno Caetano (nomeado ao Óscar® por Ice Merchants), a curta já foi selecionada para mais de 30 festivais internacionais.

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Quando a justiça é radioativa

Com estreia confirmada para 25 de setembroThe Toxic Avenger promete ser mais do que um simples regresso: é a reinvenção de um ícone do cinema independente, capaz de conquistar tanto os fãs do original como uma nova geração pronta para abraçar este anti-herói grotesco.

Heather Burns quer voltar ao palco de Miss Detective 3 — e nós também! 👑✨

Atriz de “Miss Rhode Island” revela que faria uma terceira aventura com Sandra Bullock “num instante”

Preparem as faixas, os saltos altos e os jactos de spray fixador: Heather Burns está mais do que pronta para regressar ao universo de Miss Congeniality (Miss Detective, em português). E se depender da vontade dela, o concurso de beleza mais caótico do FBI ainda pode ter uma terceira edição.

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Durante a estreia do seu novo filme The Best You Can, no prestigiado Festival de Tribeca 2025, a actriz foi entrevistada pela revista People e partilhou o entusiasmo com a ideia de voltar a interpretar Cheryl Frasier, a célebre Miss Rhode Island. E sim, ela ainda sabe que o dia mais perfeito do ano é 25 de Abril — “nem muito quente, nem muito frio”.

“Adorava. Foi uma das melhores experiências da minha vida”, confessou Burns. “Foi divertidíssimo fazer os dois filmes.”

Amizades que resistem ao tempo — e à maquilhagem de palco

Já passaram 25 anos desde a estreia do primeiro Miss Detective em 2000 (sim, vinte e cinco), mas os laços entre algumas das participantes da competição fictícia continuam fortes. Heather Burns revelou que continua próxima de várias colegas do elenco — incluindo Melissa De Sousa (Miss New York), que a acompanhou como “par romântico” à estreia em Tribeca.

E a amizade com Sandra Bullock, protagonista e produtora da saga, também ficou para a vida:

“Fiz amizades para sempre com a Sandra. É um sonho. Por isso sim, um terceiro filme? Eu saltava para isso sem pensar duas vezes.”

Burns e Bullock voltariam a contracenar pouco tempo depois em Two Weeks Notice (Amor em Fuga), cimentando a química entre ambas para além dos concursos fictícios.

Um novo filme… e uma nova paixão pelo cinema independente

Enquanto esperamos (com os dedos cruzados) por um eventual Miss Detective 3, Heather Burns não está parada. No seu novo projecto, The Best You Can, contracena com pesos pesados como Kevin Bacon, Kyra Sedgwick, Brittany O’Grady e Judd Hirsch. O filme, descrito como uma dramedy, acompanha a improvável amizade entre um segurança e um urologista.

“Apaixonei-me logo pelo argumento”, disse a actriz. “É o tipo de filme que adoro. Com alma. Tocou-me profundamente.”

Burns também não escondeu o entusiasmo por trabalhar com os veteranos do elenco:

“Sempre adorei a Kyra. Cresci a ver o Judd Hirsch em Taxi. E o Kevin Bacon… é o Kevin Bacon. Fiquei radiante por fazer parte deste projecto.”

E agora… será que a Sandra atende o telefone?

Fica a deixa para Hollywood: há vontade, há nostalgia e há fãs. A fórmula está feita. Só falta mesmo a luz verde para ver novamente Gracie Hart e as suas colegas em acção — com spray, disfarces, e talvez outro desfile interrompido por agentes do FBI.

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☣️ The Toxic Avenger: Peter Dinklage Transforma-se num Vingador Mutante Contra o Sistema de Saúde

O clássico de culto dos anos 80, The Toxic Avenger, regressa aos cinemas numa versão renovada e ainda mais provocadora. Realizado por Macon Blair, o filme estreia a 29 de agosto de 2025 e conta com Peter Dinklage no papel principal, acompanhado por Kevin Bacon, Elijah Wood e Jacob Tremblay. 

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🧪 Sinopse: Da Injustiça à Mutação

Winston Gooze (Peter Dinklage), um humilde zelador, enfrenta uma doença terminal e descobre que o tratamento necessário é financeiramente inacessível. Ao solicitar ajuda ao seu patrão (Kevin Bacon), é traído e atirado para um tanque de resíduos tóxicos. Sobrevivendo à experiência, renasce como o Toxic Avenger, um ser deformado com sede de justiça contra aqueles que o prejudicaram. 

🎭 Elenco de Destaque

  • Peter Dinklage como Winston Gooze / Toxic Avenger
  • Kevin Bacon como o chefe impiedoso
  • Elijah Wood em papel ainda não revelado
  • Jacob Tremblay como Wade, o enteado de Winston 

🎬 Estilo e Temática

O filme mantém o espírito irreverente do original, combinando humor negro, crítica social e cenas de ação grotescas. A nova versão satiriza o sistema de saúde americano, destacando as dificuldades enfrentadas por aqueles que não podem pagar por cuidados médicos adequados. O trailer recente apresenta cenas intensas, incluindo uma paródia de infomercial médico e confrontos sangrentos que refletem a frustração do protagonista.

🗓️ Estreia

The Toxic Avenger chega aos cinemas a 29 de agosto de 2025. Para os fãs de cinema de culto e sátiras sociais, esta é uma estreia a não perder. 

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Kevin Bacon e o Pesadelo de “Footloose”: Porque Evita a Música nos Casamentos? 🎶🕺

Hollywood está cheia de atores que se destacaram por um único papel, mas poucos conseguem carregar o peso do estrelato como Kevin Bacon e a sua icónica performance em Footloose – A Música Está do Teu Lado (1984). Apesar do impacto duradouro do filme na cultura pop, o ator revelou recentemente que evita ouvir a famosa música-tema de Kenny Loggins em eventos sociais, especialmente em casamentos. O motivo? Ele não quer tornar-se o centro das atenções quando tudo deveria girar em torno dos noivos.

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O Efeito “Footloose” na Vida de Kevin Bacon

Durante a sua participação numa retrospetiva da carreira no festival South By Southwest (SXSW), Kevin Bacon falou sobre a sua relação com Footloose e como a sua vida mudou após o lançamento do filme. Aos 25 anos, viu-se projetado para o estrelato ao interpretar Ren McCormack, o jovem rebelde que luta contra a proibição da dança numa pequena cidade conservadora do Midwest. O filme tornou-se um fenómeno cultural, catapultando Bacon para a fama, mas trazendo também alguns efeitos colaterais inesperados.

“Era o que queria, não posso culpar ninguém além de mim próprio. Sem dúvida que era o meu sonho ter todas aquelas coisas. Mas até se ter, não se percebe realmente que existe algo de estranho sobre isso”, confessou Bacon.

O ator recordou ainda a fase em que era capa de revistas para adolescentes e como isso ia contra a sua vontade de ser levado a sério na indústria cinematográfica. Aos 66 anos, Bacon já conseguiu diversificar a sua carreira com papéis em filmes como Mystic River (2003) e O Homem Invisível (2000), mas Footloose continua a persegui-lo.

O Pior Pesadelo: Casamentos e “Footloose” 🎧❌

Bacon revelou que, em casamentos, evita cuidadosamente situações em que a música Footloose possa ser tocada. Segundo o ator, o padrão é sempre o mesmo: a festa começa normalmente, os convidados estão focados nos noivos, mas à medida que o álcool entra em cena, alguém decide colocar a famosa música e, de repente, toda a atenção recai sobre ele.

“O meu pior pesadelo é estar num casamento e o DJ colocar a música. Começa sempre por ser sobre a noiva e depois existe o álcool. E por volta das 22h30, a música começa e, de repente, o casamento torna-se sobre mim a avançar e dançar. As pessoas formam literalmente um círculo à minha volta e batem palmas como se fosse um macaco amestrado.”, revelou o ator.

Para evitar essa situação, Bacon adotou uma estratégia preventiva: aborda os DJs antes da festa e pede-lhes para não colocarem Footloose na playlist. E não, isso não significa que ele odeie a música ou o filme: “Não é porque não goste da canção, adoro-a. Não é porque não tenha orgulho no filme, tenho 100% de orgulho nele”.

Quantas Vezes Bacon Viu “Footloose”? Poucas! 🎥

Outro detalhe curioso partilhado pelo ator foi que, apesar de Footloose ser um marco na sua carreira, ele só viu o filme “três ou quatro vezes” ao longo da vida. E mais: os seus próprios filhos nunca o viram!

A revelação mostra como, para Bacon, Footloose foi um trampolim para o sucesso, mas não necessariamente um filme que ele revê com frequência. Embora continue a ser lembrado pelo papel, a sua filmografia é vasta e diversificada, provando que há muito mais no talento de Kevin Bacon do que apenas a dança revolucionária de 1984.

O Peso da Nostalgia em Hollywood 🎭

Este caso levanta uma questão interessante sobre a nostalgia na indústria cinematográfica. Muitos atores ficam presos a um único papel que define as suas carreiras, mesmo que tenham participado em dezenas de outros projetos. No caso de Kevin Bacon, Footloose foi um fenómeno cultural que ainda hoje é referenciado, seja em séries, filmes ou mesmo na vida real, quando um DJ decide testar o espírito dançante do ator numa festa.

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Seja como for, o impacto de Footloose na cultura pop é inegável e Kevin Bacon continuará a ser sinónimo de dança e rebeldia, mesmo que ele próprio prefira evitar os holofotes em certas ocasiões. Afinal, todos merecem uma folga daquilo que os tornou famosos – especialmente quando estão apenas a tentar aproveitar um casamento sem serem desafiados a dançar!

📌 E tu, conseguirias resistir a dançar “Footloose” se o Kevin Bacon estivesse presente num casamento? Conta-nos nos comentários!

Kevin Bacon e a Redescoberta de “Tremors”: De Arrependimento a Adoração

“Tremors”, o filme de terror e comédia de 1990, passou de uma estreia modesta nas bilheteiras para se tornar um clássico cult adorado por gerações. No entanto, nem todos os envolvidos estavam inicialmente convencidos do seu mérito, incluindo Kevin Bacon, a estrela principal, que teve uma relação complexa com o filme ao longo dos anos.

Uma Relação Turbulenta com “Tremors”

Quando Kevin Bacon aceitou o papel de Valentine McKee em “Tremors”, foi por necessidade financeira. Com um casamento recente e um filho a caminho, Bacon viu no projeto uma oportunidade de estabilidade económica, apesar de nutrir dúvidas sobre o impacto da história de vermes subterrâneos gigantes na sua carreira.

Após a estreia, o filme não teve grande sucesso comercial, e Bacon, já em dúvida sobre o projeto, passou a considerá-lo um erro:

“Eu pensava que era a pior coisa que já tinha feito. Achava que ia arruinar a minha carreira,” confessou o ator numa entrevista.

A receção medíocre nos cinemas agravou a sua frustração, e Bacon chegou a desassociar-se do filme, recusando-se a reconhecê-lo nos anos que se seguiram.

A Reviravolta

Tudo mudou quando “Tremors” encontrou o seu verdadeiro público no mercado de VHS. As vendas e alugueres dispararam, triplicando o seu lucro inicial de bilheteira. Lentamente, o filme começou a conquistar uma base de fãs devota, transformando-se num fenómeno de culto.

Com o passar dos anos, Bacon começou a reconsiderar a sua visão sobre o filme. Em 2012, já com uma perspectiva diferente, o ator revelou:

“Gravar ‘Tremors’ foi a experiência mais divertida que tive a fazer um filme em toda a minha carreira.”

Em 2020, numa entrevista nostálgica, Bacon explicou que o filme havia se tornado um dos seus favoritos de todos os tempos:

“Eu nunca vejo os meus filmes mais de uma vez, mas já vi ‘Tremors’ uma dúzia de vezes. Adoro-o tanto. Passei anos a tentar recapturar a energia que tivemos no set de ‘Tremors’.”

O Legado de “Tremors”

Parte do charme duradouro de “Tremors” reside no seu equilíbrio entre humor, terror e ação, combinado com um elenco carismático e efeitos práticos inovadores. A química no set, embora inicialmente não valorizada por Bacon, acabou por ser um dos fatores que eternizou o filme como uma referência no género.

Hoje, “Tremors” é celebrado como um marco no cinema de terror e comédia, com múltiplas sequências, uma série de TV e uma legião de fãs. A jornada de Kevin Bacon com o filme reflete não apenas a evolução do público, mas também a capacidade do tempo de alterar perceções e revelar a verdadeira magia de uma obra.

Sean Penn em “Mystic River” (2003): A Profundidade da Dor e a Glória de um Óscar

Sean Penn é amplamente reconhecido como um dos atores mais talentosos da sua geração, com uma carreira marcada por interpretações intensas e profundamente emocionais. Em 2003, Penn alcançou um dos momentos mais altos da sua carreira ao ganhar o Óscar de Melhor Ator pelo seu papel em “Mystic River”, um drama poderoso realizado por Clint Eastwood. O filme, baseado no romance homónimo de Dennis Lehane, explora como as feridas da infância podem evoluir para uma dor adulta que destrói vidas.

A Trama de “Mystic River”

“Mystic River” centra-se na história de três amigos de infância que cresceram juntos num bairro operário de Boston: Jimmy Marcus (Sean Penn), um ex-presidiário que agora gere uma pequena mercearia; Dave Boyle (Tim Robbins), um trabalhador da classe operária cuja vida foi marcada por um trauma na infância; e Sean Devine (Kevin Bacon), um detetive da polícia. O evento que muda para sempre a vida dos três ocorre quando Dave é raptado por dois homens que fingem ser polícias. Este incidente horrível quebra a inocência dos jovens, com consequências que se estendem até à idade adulta.

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Anos depois, o destino dos três volta a cruzar-se de forma trágica quando a filha de Jimmy, Katie (interpretada por Emmy Rossum), é brutalmente assassinada. A investigação do crime é liderada por Sean Devine, que tem de lidar não apenas com a pressão do caso, mas também com as emoções complexas derivadas do seu passado partilhado com Jimmy e Dave. À medida que a investigação avança, Dave torna-se um dos principais suspeitos, exacerbando ainda mais as tensões entre os três homens.

A Interpretação de Sean Penn

No papel de Jimmy Marcus, Sean Penn oferece uma interpretação devastadora e multifacetada que lhe valeu o seu primeiro Óscar de Melhor Ator. Penn retrata Jimmy como um homem consumido pela dor e pela sede de vingança, que luta para manter o controlo enquanto a sua vida se desmorona à sua volta. A dor crua e visceral que Penn transmite é palpável, tornando cada cena em que aparece uma lição de atuação. O momento em que Jimmy descobre o corpo da sua filha é particularmente impressionante, com Penn a canalizar uma angústia tão intensa que se tornou uma das cenas mais memoráveis do cinema contemporâneo.

Penn, conhecido pela sua abordagem meticulosa e imersiva à atuação, trabalhou de perto com Clint Eastwood para criar uma personagem que fosse ao mesmo tempo aterradora e profundamente humana. O próprio Eastwood, um realizador famoso pela sua economia de palavras e pelo seu estilo de direção direto, elogiou Penn pela sua dedicação e pela sua capacidade de se perder completamente no papel.

O Impacto de “Mystic River”

“Mystic River” foi amplamente elogiado pela crítica, não só pela sua realização e guião, mas também pelas performances arrebatadoras dos seus atores principais. Para além de Penn, Tim Robbins também foi galardoado com o Óscar de Melhor Ator Secundário pelo seu papel como Dave Boyle, um homem que luta para lidar com os demónios do seu passado. O filme foi igualmente um sucesso de bilheteira, arrecadando mais de 156 milhões de dólares a nível mundial.

O filme de Clint Eastwood destacou-se pelo seu tom sombrio e realista, uma exploração intensa da dor, culpa e vingança. Eastwood utilizou uma paleta de cores frias e uma cinematografia austera para reforçar o clima de tristeza e inevitabilidade que permeia a narrativa. A banda sonora, composta pelo próprio Eastwood, contribui ainda mais para a atmosfera melancólica, sublinhando o peso emocional das cenas sem nunca se sobrepor à ação.

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Conclusão

“Mystic River” permanece, até hoje, como um dos filmes mais poderosos e perturbadores do início do século XXI. A performance de Sean Penn é central para o impacto emocional do filme, consolidando o seu lugar como um dos maiores atores do seu tempo. O filme é uma obra-prima do drama, uma meditação sombria sobre como o passado pode assombrar o presente e como as escolhas feitas sob o peso da dor podem ter consequências devastadoras. Para qualquer amante de cinema, “Mystic River” é uma experiência cinematográfica imperdível, um exemplo brilhante de como o cinema pode explorar as profundezas da condição humana.