Adam Pearson confirmado para nova adaptação de The Elephant Man

O ator britânico Adam Pearson, conhecido pelo seu papel em A Different Man, foi confirmado como protagonista de uma nova adaptação cinematográfica da peça The Elephant Man, de Bernard Pomerance. Esta será a primeira vez que um ator com deficiência interpretará Joseph Merrick no grande ecrã, marcando um momento significativo na representação de pessoas com deficiências no cinema. 

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🎭 Uma escolha autêntica e histórica

Pearson, que vive com neurofibromatose, expressou a sua profunda ligação pessoal com Merrick, afirmando: 

“Joseph Merrick é um homem com quem tenho uma relação longa e complexa. Desde ouvir o seu nome usado como termo de escárnio até aprender sobre o homem real em documentários que apresentei. Tem sido uma jornada catártica de crescer para amar e respeitar um homem que, em criança, evitava até pensar.”  

A filha do dramaturgo, Eve Pomerance, que também é produtora do filme, destacou que o seu pai sempre defendeu que Merrick fosse interpretado sem o uso de próteses, para que o público pudesse empatizar plenamente com o personagem. Ela acredita que a escolha de Pearson permitirá que o público “se coloque verdadeiramente no lugar de Merrick”.  


🎬 Uma nova adaptação da peça original

Ao contrário do filme de 1980 realizado por David Lynch, que não foi baseado na peça de Pomerance, esta nova adaptação será a primeira versão cinematográfica direta da obra teatral. O guião está a ser escrito por Moby Pomerance, filho do dramaturgo, e a produção está prevista para começar na primavera de 2026.  

A peça The Elephant Man estreou em 1977 e foi aclamada pela crítica, tendo sido interpretada por atores como David Bowie, Bradley Cooper e Mark Hamill. No entanto, todos os anteriores intérpretes de Merrick eram atores sem deficiências, tornando a escolha de Pearson um marco na busca por uma representação mais autêntica.  


🌟 Pearson: ator e defensor da inclusão

Além da sua carreira de ator, Pearson é um defensor ativo da inclusão e da representação de pessoas com deficiências nos meios de comunicação. Ele já criticou publicamente decisões de casting que não consideram atores com deficiências para papéis relevantes, como quando a BBC escolheu um ator sem deficiência para interpretar Merrick numa produção anterior.  

Com esta nova adaptação de The Elephant Man, espera-se que Pearson traga uma perspectiva única e autêntica à história de Joseph Merrick, oferecendo ao público uma representação mais fiel e empática da sua vida e desafios.

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Disney Revê Iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e Prioriza Objetivos Empresariais

A Disney anunciou recentemente uma reformulação nas suas iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), enfatizando a sua missão empresarial e valores corporativos. Esta mudança ocorre num contexto de transformações culturais em grandes corporações americanas, especialmente após a reeleição de Donald Trump.

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De acordo com um memorando interno enviado pela chefe de Recursos Humanos da Disney, Sonia Coleman, as iniciativas de DEI passarão a estar mais alinhadas com os objetivos empresariais e valores da companhia. Além disso, algumas mudanças específicas serão implementadas:

  • Redução do impacto das iniciativas de DEI na avaliação de compensação executiva.
  • Fim da plataforma digital “Reimagine Tomorrow”, lançada em 2021 para amplificar vozes sub-representadas.
  • Reformulação dos grupos de afinidade da empresa, agora chamados “Belonging Employee Resource Groups”.

Essas decisões fazem parte de um movimento mais amplo da Disney para reequilibrar sua abordagem ao conteúdo e evitar que questões políticas suplantem seu foco principal: o entretenimento. O CEO Bob Iger já havia comentado anteriormente sobre o assunto, sugerindo que, embora filmes possam ter mensagens positivas, sua prioridade deve ser entreter o público.

No entanto, esta nova direção não está isenta de controvérsias. A Disney tem sido alvo de críticas tanto da direita quanto da esquerda política em questões de diversidade e representação. O caso mais recente envolve a próxima adaptação live-action de “Branca de Neve”, que reformulou os “sete anões” como “criaturas mágicas”, gerando debates acalorados.

A seguir, a tradução integral do memorando interno de Sonia Coleman:


Líderes Executivos,

Há mais de 100 anos, a Disney tem entretido e inspirado gerações de famílias de todas as partes do mundo. Criamos entretenimento que apela a um público global, e ter uma força de trabalho que reflete os consumidores que servimos ajuda a impulsionar o nosso negócio. Com mais de 230.000 funcionários e membros de elenco dedicados em mais de 40 países em seis continentes, a Disney acredita há muito tempo que a rica variedade de talentos e experiências que nossos funcionários trazem para o seu trabalho é benéfica para o nosso negócio e melhora a experiência dos nossos consumidores, audiências e convidados em todo o mundo.

Criar um ambiente acolhedor e respeitoso para nossos funcionários e convidados é essencial para a nossa cultura empresarial. Os nossos valores — integridade, criatividade, colaboração, comunidade e inclusão — guiam as nossas ações e como tratamos uns aos outros. Hoje, quero fornecer uma atualização sobre como esses valores estão incorporados nos nossos programas de compensação para líderes, especificamente nos “Outros Fatores de Performance” (OPFs), bem como compartilhar parte do trabalho que tem sido desenvolvido para evoluir a nossa estratégia de talentos, consistente com esses valores.

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Outros Fatores de Performance (OPFs):
A partir deste ano fiscal, estamos adicionando um novo fator de “Estratégia de Talento” ao nosso plano de compensação executiva. Este fator avaliará como os líderes defendem os valores da nossa empresa, incorporam diferentes perspectivas para impulsionar o sucesso do negócio, cultivam um ambiente onde todos os funcionários possam prosperar e sustentam um pipeline robusto para garantir a força organizacional a longo prazo. Este novo fator representa uma evolução de conceitos importantes no antigo OPF de Diversidade & Inclusão e será usado juntamente com nossos outros dois OPFs, “Narrativa & Criatividade” e “Sinergia”.

Nos últimos meses, colaboramos com diferentes partes interessadas dentro da empresa para discutir a evolução do nosso quadro estratégico, garantindo que nosso compromisso com um ambiente de trabalho acolhedor, respeitoso e inclusivo esteja alinhado com nossos objetivos empresariais. O novo quadro estratégico, lançado em dezembro, está centrado em quatro pilares-chave:

  • Pessoas: Atraímos e retemos os melhores talentos ao redor do mundo, garantindo processos livres de barreiras para todos.
  • Cultura: Defendemos intencionalmente uma cultura onde todos pertencem e podem contribuir para o sucesso da empresa.
  • Alcance de Mercado: Criamos histórias, experiências e produtos inesquecíveis que ressoam globalmente.
  • Comunidade: Aprendemos e apoiamos comunidades sub-representadas, estabelecendo e investindo em relações impactantes com organizações e partes interessadas do setor.

Ao desenvolver este novo quadro, analisamos formas de aprimorar os nossos programas e práticas para fortalecer o ambiente de trabalho em prol do nosso negócio.

Embora alguns de vocês já estejam familiarizados com as novas direções, gostaríamos de destacar alguns dos principais desenvolvimentos:

  • Novo Destino Online: Em dezembro, adicionamos nosso novo quadro ao site corporativo de Impacto e ao portal Belong no MyDisneyToday, com foco nos pilares acima e progresso contínuo. Este novo quadro, enraizado nos nossos esforços para aprimorar a experiência dos funcionários, representa a evolução do trabalho significativo realizado com o Reimagine Tomorrow.
  • Grupos de Funcionários: No ano passado, iniciamos o processo de unificação e simplificação da estrutura global dos Grupos de Recursos para Funcionários (BERGs), renomeando o “B” de “Business” para “Belonging” para destacar que o papel desses grupos está focado em fortalecer nossa comunidade de funcionários e experiência no local de trabalho.

Embora estas iniciativas continuem a evoluir, o que não mudará é o nosso compromisso em promover uma cultura onde todos pertencem e podem prosperar, permitindo-nos oferecer o entretenimento globalmente apelativo que impulsiona o nosso negócio.

Atenciosamente,
Sonia Coleman

HBO Abre Casting para a Nova Série de Harry Potter: Crianças do Reino Unido e Irlanda Podem Candidatar-se

A HBO anunciou oficialmente o início das audições para a sua aguardada série baseada na saga de Harry Potter. O casting procura novos talentos para interpretar as icónicas personagens de Harry Potter, Ron Weasley e Hermione Granger. Este convite destina-se exclusivamente a crianças entre os 9 e os 11 anos, que residam no Reino Unido ou na Irlanda, e que estejam interessadas em dar vida a estas figuras lendárias da cultura pop. A notícia foi confirmada pela HBO à revista Variety, gerando entusiasmo entre os fãs da saga mágica.

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As audições são abertas, permitindo que qualquer criança que cumpra os requisitos básicos se candidate, sem a necessidade de experiência prévia. Os jovens atores devem ter entre 9 e 11 anos em abril de 2025 e residir no Reino Unido ou na Irlanda. As candidaturas devem ser submetidas pelos pais ou pelos guardiões legais até 31 de outubro de 2024, segundo as orientações do anúncio, que foi partilhado nas redes sociais.

Inclusão e Diversidade no Elenco

Um dos aspetos que mais se destaca neste processo de seleção é o compromisso da HBO com um elenco inclusivo e diverso. O anúncio sublinha que a escolha dos novos atores será baseada unicamente no seu talento, independentemente da “etnia, deficiências, raça, orientação sexual ou identidade de género”. Este enfoque na diversidade contrasta com as recentes polémicas em torno da autora da saga, J.K. Rowling, que se envolveu em debates sobre a questão da identidade de género, sendo criticada por algumas das suas opiniões sobre mulheres trans.

O Processo de Audição

Os aspirantes a feiticeiros terão de gravar dois vídeos como parte do processo de candidatura. O primeiro vídeo deve mostrar a criança a recitar uma história ou um poema de sua preferência, com a única condição de que não seja um excerto dos livros de Harry Potter e que não exceda os 30 segundos. No segundo vídeo, os candidatos devem apresentar-se, referindo a sua idade, local de residência, altura, e descrevendo uma pessoa ou animal com quem tenham uma relação próxima. Em ambos os vídeos, as crianças devem usar o seu sotaque natural, uma instrução clara no anúncio da HBO.

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Para auxiliar os pais ou guardiões legais, a produtora incluiu diretrizes sobre como gravar os vídeos, incentivando a escolha de roupas confortáveis e que as crianças gostem de usar. Além disso, há três formulários disponíveis para a submissão de candidaturas específicas para as personagens de Harry Potter, Hermione Granger e Ron Weasley. Este formato de audições abertas recorda o processo utilizado no ano 2000 para descobrir Emma Watson e Rupert Grint, que interpretaram Hermione e Ron, respetivamente, nos filmes. Daniel Radcliffe, que ficou mundialmente conhecido como Harry Potter, foi selecionado por um processo um pouco diferente, sendo descoberto por um produtor e um argumentista após meses de audições.

Uma Nova Adaptação para a Televisão

A nova série de Harry Potter será composta por sete temporadas, cada uma baseada nos respetivos livros da saga. Contudo, ainda não foi anunciada uma data oficial de estreia. Em fevereiro de 2024, David Zaslav, diretor-executivo da Warner Bros., revelou que a série está programada para estrear no início de 2026. A referência à data de abril de 2025 para os candidatos sugere que as gravações devem começar em meados de 2025.

Embora o elenco para as personagens principais ainda seja desconhecido, há especulação sobre o envolvimento de atores mais velhos para papéis secundários, seguindo o modelo dos filmes originais. Até ao momento, não foram divulgados nomes. O que se sabe é que Francesca Gardiner e Mark Mylod, conhecidos pelo seu trabalho na série Succession, serão os produtores executivos e realizadores de alguns episódios da nova adaptação.

Conclusão

Com a promessa de um elenco diversificado e uma adaptação televisiva fiel aos livros, os fãs de Harry Potter aguardam com entusiasmo o desenvolvimento desta nova série. A abertura das audições dá esperança de que novos talentos possam emergir e conquistar o público com interpretações frescas e cativantes das personagens que marcaram gerações. Será interessante ver quem serão os novos rostos que irão personificar Harry, Ron e Hermione nesta versão televisiva de uma das sagas mais amadas da literatura e do cinema.

Judi Dench e Siân Phillips fazem história ao serem admitidas no exclusivo Garrick Club

O lendário Garrick Club de Londres, conhecido pela sua exclusividade masculina desde a sua fundação em 1831, deu um passo histórico ao admitir as suas primeiras mulheres como sócias. As icónicas atrizes Judi Dench e Siân Phillips são as pioneiras desta mudança, conforme informou a imprensa britânica na terça-feira. Esta decisão marca um momento significativo na luta pela igualdade de género em instituições de prestígio e poder.

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O Garrick Club, localizado no bairro de Covent Garden, tem uma longa história de associação com figuras influentes, incluindo juízes, advogados, jornalistas e líderes políticos. Entre os seus membros notáveis, constam o rei Carlos III e os atores Brian Cox e Benedict Cumberbatch. A pressão para abrir as portas às mulheres aumentou significativamente após a publicação de uma lista de membros pelo jornal The Guardian em março, o que levou a saídas proeminentes, como a do diretor do Serviço Secreto MI6, Richard Moore, e do secretário-geral de Downing Street, Simon Case.

A votação decisiva para a admissão de mulheres ocorreu em maio e, numa movimentação rara, o clube acelerou o processo de nomeação para Judi Dench, de 89 anos, e Siân Phillips, de 91 anos, reconhecendo-as como “membros proeminentes”. Judi Dench é mundialmente conhecida pelos seus papéis em filmes da saga James Bond e é uma das atrizes inglesas mais premiadas, com um Óscar e sete nomeações, além de dois Globos de Ouro. Siân Phillips, uma atriz galesa famosa pelos seus papéis no teatro e pelo trabalho no filme “Duna” de David Lynch, também se destaca pelo seu contributo ao cinema e televisão.

Outras mulheres, como a ex-ministra do Interior Amber Rudd e a jornalista de televisão Cathy Newman, deverão seguir o exemplo de Dench e Phillips, ingressando no clube. Em 2015, uma votação similar não obteve maioria suficiente, e em 2021, uma petição liderada por Cherie Booth, esposa do ex-primeiro-ministro Tony Blair, também falhou. Booth relembrou como em 1976 teve que ficar na entrada do clube enquanto o seu futuro marido tinha permissão para entrar, destacando as desigualdades que perduravam até agora.

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Esta mudança no Garrick Club representa não só uma vitória simbólica para a igualdade de género, mas também um reflexo das mudanças sociais mais amplas, onde a inclusão e a igualdade estão finalmente a ganhar terreno em todas as esferas da vida pública e profissional.